SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 94
Baixar para ler offline
As alterações
edáficas e
climáticas
são as
principais
responsáveis
pela
formação dos
diferentes
biomas.
Floresta Amazônica
-Típica floresta Tropical que se espalha por sete territórios da América do
Sul: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname,
Guiana e Guiana Francesa.
- No Brasil (63%), cobre cerca de 61% do território. Abrange os seguintes
estados brasileiros: Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará, Rorâima,
Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
- Relevo de planícies.
- Precipitação intensa e regular.
- Solo pobre em nutrientes e não muito profundo. Intenso processo de
decomposição – o que mantém a floresta viva.
- Cobertura vegetal ameniza impacto da chuva.
- Enorme diversidade biológica, com mais de 20 mil espécies de plantas
superiores e grande número de espécies da fauna.
Área Original x área desmatada –
Floresta Amazônica
ÁREA DESMATADA:
aproximadamente
20%
do seu total!!!
Grandes problemas:
- Desmatamento;
- Queimadas;
- Extração de madeira (madeireiras);
- Expansão da área de agropecuária;
- Extração de Ouro;
- Biopirataria
- Típica floresta tropical.
-Relevo de planaltos e montanhas.
- A mata atlântica estende-se desde o Nordeste até Santa
Catarina.
-Grande precipitação, ajudada pela cadeia de montanhas.
- Cobertura vegetal ameniza impacto da chuva.
- Enorme diversidade biológica, com mais de 25 mil
espécies de plantas superiores e associada a essa grande
flora, existe uma fauna muito diversificada.
MATA ATLÂNTICA
Área
Original x
área
desmatada
– Mata
Atlântica
Bromélia da Mata Atlântica
Cerrado
Ocorre na região Centro-Oeste do Brasil, ocupando 25% do território
brasileiro. O clima da região é quente, com estação seca rigorosa, embora
chova em outras épocas do ano.Os solos são profundos, ácidos e pobres em
minerais. A vegetação é composta por arvores e arbustos de pequeno porte,
com características xeromórficas (escleromorfismo oligotrófico). A fauna é
muito rica.
• O cerrado corresponde a 1/3 da biota
brasileira.
• Aproximadamente
1,8 ou 2,0 milhões de Km2 se
adicionarmos as áreas periféricas
encravadas em outros domínios
vizinhos.
ÁREA
Representado no
centro do país, a sua
área corre o domínio
do cerrado e estende-
se de um extremo ao
outro do Mato Grosso
do Sul ao Piauí em
seu eixo maior.
Sul e sudeste:
Floresta Atlântica
Leste:
vegetação
de Caatinga
nordestina
Oeste:
Floresta
Amazônica
Geograficamente, a
região dos cerrados
situa-se em um local
estratégico que facilita
o intercâmbio florístico
e faunístico entre os
domínios brasileiros.
• Mais de 90% da
precipitação ocorrem
de outubro a março,
demarcando duas
estações climáticas
distintas: a chuvosa
e a seca.
•Tropical sazonal de inverno seco.
•Precipitação média anual de 1.500 mm.
CLIMA
•Temperatura média em torno de 22 - 23ºC.
• Na sua maioria ricos em
argila e óxidos de ferro,de
cor vermelha ou vermelha
amarelada.
• Profundos, porosos,
permeáveis, bem drenados
e intensamente lixiviados.
• Pequena capacidade de
retenção de água.
• Teor ácido com pH que pode variar de
menos de 4 a pouco mais de 5.
SOLO
•Tóxico para a maioria das plantas
agrícolas devido aos altos índices de Al+3.
•Teor de matéria orgânica é pequeno, com
lenta decomposição do húmus em função
do longo período de seca.
• A correção do pH e a adubação podem
tornar o solo fértil e produtivo, seja para a
cultura de grãos ou de frutíferas.
De modo geral podemos
distinguir dois estratos na
vegetação dos cerrados.
• Árvores com troncos
tortuosos, súber espesso e
longas raízes subterrâneas
atingindo 10, 15 ou mais
metros de profundidade.
A - Estrato lenhoso :
VEGETAÇÃO
• Raízes superficiais, indo
até pouco mais de 30 cm.
B - Extrato herbáceo/arbustivo:
• Formado por
espécies perenes com
órgãos subterrâneos
de resistência que lhe
garantem sobreviver à
seca e ao fogo.
São responsáveis pela formação de 4, 5,
6 ou mais toneladas de palha por ha/ano.
Um combustível que facilmente se inflama
favorecendo a ocorrência e propagação
das queimadas no cerrado.
• Ramos aéreos
anuais que secam e
morrem durante a
estação seca.
B - Extrato herbáceo/arbustivo:
FISIONOMIAS DO CERRADO
Em termos fisionômicos o Cerrado é uma
savana tropical, ou seja, um bioma no qual
árvores e arbustos coexistem com uma
vegetação rasteira formada principalmente
por gramíneas.
As árvores e arbustos distribuem-se
esparsamente pela vegetação rasteira e
raramente formam uma cobertura arbórea
contínua, determinando desde formas
campestres abertas, como os campos limpos
de cerrado, até formas relativamente densas
florestais como o cerradão.
• A disponibilidade de água ou
profundidade do lençol freático.
• A ação do homem.
Estas fisionomias aparecem
distribuídas de acordo com:
• A quantidade de nutrientes no solo.
• As características das queimadas de
cada local (freqüência,época,intensidade).
Predominância do estrato
herbáceo
Presença de pequena quantidade de
arbustos, que se distribuem de forma
bem espaçada por entre o estrado
herbáceo mais predominante.
Vegetação campestre, com predomínio de
gramíneas, pequenas árvores e arbustos
bastante esparsos entre si. Pode tratar-se
de transição entre campo e demais tipo de
vegetação ou às vezes resulta da
degradação do cerrado.
Presença de arbustos e árvores que
raramente ultrapassam 6 metros de altura,
recobertos por cascas espessas com
folhas coriáceas e caules tortuosos, que
se distribuem por entre a vegetação
rasteira (herbácea).
Esta é a fisionomia de maior
biodiversidade. Apresenta árvores de
grande porte com altura entre 8 e 15
metros (cobertura arbórea entre 50 e 90%) .
O estrato herbáceo, como na maioria das
formações florestais, apresenta-se
escasso.
OUTRAS FORMAÇÕES
DO DOMÍNIO CERRADO
MATA CILIAR:
• Sua ocorrência é
favorecida pelas condições
físicas locais, relacionada,
em especial, à maior
umidade do solo.
• Vegetação que cresce ao
longo dos cursos d'água e
linhas de drenagem.
Matas-de-galeria:
• A sobreposição de copas
promove uma cobertura
vegetal de 70 a 95%.
• Vegetação de grande
porte (20-30 metros) que
ocorre ao longo de
pequenos e córregos
formando "galerias".
• As espécies são perenes,
sem perda de folhas
durante a seca.
VEREDAS:
• As veredas são sempre
encontradas em solos
hidromórficos em locais de
afloramento do lençol
freático, próximas a
nascentes ou na borda das
matas de galeria,
circundadas por campo
limpo.
• O buritizeiro (Mauritia vinifera)
e certas gramíneas são as
espécies principais na
vereda.
A ÁGUA É UM FATOR
LIMITANTE PARA A
VEGETAÇÃO DO CERRADO??
Com uma longa estação seca, a vegetação
do Cerrado,tem aspectos que costumam
ser interpretados como adaptações a
ambientes secos. (xeromorfismo)
Árvores de
pequeno a médio
porte e de copa
rala.
Folhas endurecidas,
com superfície
brilhante e, não raro,
recoberta por pêlos.
FATOS A FAVOR:
Suber
espesso
•Observa-se o crescimento
de Eucalyptus, mangueiras,
abacateiros, cana-de-
açúcar, laranjeiras, etc sem
necessidade de irrigação.
FATOS CONTRA:
• Mesmo durante a seca as folhas das
árvores perdem razoáveis quantidades de
água por evaporação.
•Muitas espécies arbóreas
do cerrado florescem em
plena estação seca.
A água não é fator limitante para o
estrato arbóreo-arbustivo, pois estas
possuem raízes pivotantes profundas (10,
15, 20 m) que retiram água do lençol
freático.
Apenas o estrato herbáceo-arbustivo,
devido às suas raízes pouco profundas,
sofre com a seca, cuja parte epigéia se
desseca e morre, embora suas partes
hipogéias se mantenham vivas,
resistindo sob a terra às agruras da seca.
CONCLUSÕES:
O aspecto do estrato arbóreo não é
devido à falta d’água, que por isso,
apresentaria um pseudoxeromorfismo,
mas sim devido à escassez de nutrientes
do solo.
Diz-se, então, que a vegetação apresenta
um escleromorfismo oligotrófico ou, em
outras palavras, "um aspecto muito duro
devido à falta de nutrição".
CONCLUSÕES:
A tortuosidade dos
troncos e o espesso
suber das árvores do
cerrado encontram
explicação na ação do
fogo que, repetidas
vezes, queima o
meristema apical das
árvores, favorecendo
o brotamento das
gemas laterais.
CONCLUSÕES:
O FOGO
O fogo é de extraordinária importância
para o bioma do cerrado, seja pelos
múltiplos e diversificados efeitos
ecológicos que exerce, seja por ser ele
uma excelente ferramenta para o manejo
de áreas de cerrado, com objetivos
conservacionistas.
Sincronização do processo de
floração de várias espécies
diferentes, facilitando a
polinização cruzada e o
conseqüente aumento da
biodiversidade.
EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO
EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO
• Dispersão de sementes (anemocoria),
devido à eliminação da palha seca que se
acumula sobre o solo.
• Germinação de sementes
pirofíticas.
• Os insetos polinívoros e
nectarívoros beneficiam-se
com a resposta floral das
plantas após a passagem
do fogo.
BIODIVERSIDADE
O cerrado possui um terço da
biodiversidade do nosso país, ou seja, de
cada 100 espécies de seres vivos
brasileiros, cerca de 33 vivem por lá.
É considerado o segundo maior bioma do
Brasil, isto é, o segundo maior conjunto
de espécies animais e vegetais que vivem
em uma mesma área, atrás apenas da
Amazônia.
Sua flora riquíssima apresenta mais de
10.000 espécies de plantas, sendo 4.400
endêmicas dessa área.
A fauna apresenta 837 espécies de aves;
161 espécies de mamíferos (19 endêmicas);
150 espécies de anfíbios, (45 endêmicas);
120 espécies de répteis, (45 endêmicas).
Apenas no Distrito Federal, há 90
espécies de cupins, mil espécies de
borboletas e 500 espécies de abelhas e
vespas.
AMEAÇAS AO CERRADO
A partir da década de
1960, com a
interiorização da
capital e a abertura de
uma nova rede
rodoviária, largos
ecossistemas deram
lugar à pecuária e à
agricultura extensiva,
como a soja, arroz e ao
trigo.
•A destruição e a fragmentação de habitats
consistem, atualmente, na maior ameaça à
integridade desse bioma.
•Cerca de 80% do Cerrado já foi modificado
pelo homem.
Somente 19,15% corresponde a áreas nas
quais a vegetação original ainda está em
bom estado.
•60% da área total é destinada à pecuária
e 6% aos grãos, principalmente soja.
AMEAÇAS AO CERRADO
A cada ano, estima-se que dois milhões
de hectares do cerrado são desmatados,
sendo que as áreas mais afetadas estão
em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Goiás e Minas Gerais, além do oeste da
Bahia.
Se a degradação continuar
o cerrado poderá
desaparecer até 2030.
AMEAÇAS AO CERRADO
Mata de Araucária
Ocorre na região sul do pais, principalmente Paraná e
Santa Catarina, estendendo-se até São Paulo e Rio Grande do Sul.
Apresenta chuva regularmente distribuídas ao longo do ano e
duas estações bem definidas. Apresenta três estratos vegetais
bem definidos.
Gralha azul – ave endêmica da Mata de Araucária
Mata dos Cocais
Ocorre mais ao nordeste do país. É constituída de
palmeiras, principalmente o babaçu e a carnaúba. Pode ser
considerada uma região de transição entre a Caatinga e a
Amazônia, acreditam até ser uma área de sucessão ecológica
secundária.
Caatinga
Ocorre no nordeste do país, ocupando 11% do território
brasileiro. As chuvas são irregulares, com secas prolongadas e
temperaturas elevadas. É constituída por uma vegetação não muito
diversificada, composta principalmente por cactáceas e gramíneas. A
fauna inclui muitos repteis, gavião, javali,tatu, veado catingueiro.
Cactáceas – exemplo
de plantas que
apresentam
características
xeromórficas
Pantanal
Abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso,
estendendo-se pela Bolívia e Paraguai. É uma região plana, onde os
rios extravasam sua águas nos meses de cheia, inundando extensas
áreas. A vegetação é variada desde plantas típicas de brejos, cerrado
até semelhantes às florestas. A fauna é muito rica, onde o principal
destaque é para as aves.
PANTANAL – Reconhecido pela UNESCO (2000) como
Reserva da Biosfera – Patrimônio da Humanidade.
Manguezais
Ocupam cerca de 25Km da costa brasileira. Desenvolvem-se em
estuários, locais onde os rios se encontram com mar. As plantas típicas deste
locais apresentam adaptações como raízes escora e respiratórias. Fauna rica
em caranguejos, ostras.
Restam apenas 40%
da cobertura original
dos mangues.
Raizes tipo
ESCORA
Fauna e flora brasileira, os descaminhos que passam

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Fauna e flora brasileira, os descaminhos que passam

Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]
Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]
Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]Nery Costa
 
Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01
Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01
Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01Italo Alan
 
BIOMAS BRASILEIROS.pptx
BIOMAS BRASILEIROS.pptxBIOMAS BRASILEIROS.pptx
BIOMAS BRASILEIROS.pptxAlanAlmeida83
 
Biomasdobrasil 1
Biomasdobrasil 1Biomasdobrasil 1
Biomasdobrasil 1Italo Alan
 
Apresentação domínios morfoclimáticos brasileiros
Apresentação domínios  morfoclimáticos brasileiros Apresentação domínios  morfoclimáticos brasileiros
Apresentação domínios morfoclimáticos brasileiros Edmar Alves da Cruz
 
Biomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasilBiomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasilItalo Alan
 
Domínio Morfoclimático Do Cerrado
Domínio Morfoclimático Do CerradoDomínio Morfoclimático Do Cerrado
Domínio Morfoclimático Do CerradoSara Silva
 
Biomas , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADO
Biomas  , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADOBiomas  , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADO
Biomas , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADOConceição Fontolan
 
Capacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidadeCapacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidadeitamyr
 
Capacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidadeCapacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidadeitamyr
 
6º ano cap 6 biomas brasileiros
6º ano cap 6  biomas brasileiros6º ano cap 6  biomas brasileiros
6º ano cap 6 biomas brasileirosISJ
 

Semelhante a Fauna e flora brasileira, os descaminhos que passam (20)

Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]
Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]
Paisagens naturais brasileiras_e_expressãµes_culturais_regionais[1]
 
Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01
Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01
Osdomniosmorfoclimticosdobrasil 100307172448-phpapp01
 
Biomas brasileiros
Biomas brasileirosBiomas brasileiros
Biomas brasileiros
 
Biomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasilBiomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasil
 
Biomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasilBiomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasil
 
Biomas do brasil
Biomas do brasilBiomas do brasil
Biomas do brasil
 
4 biomas
4   biomas4   biomas
4 biomas
 
BIOMAS BRASILEIROS.pptx
BIOMAS BRASILEIROS.pptxBIOMAS BRASILEIROS.pptx
BIOMAS BRASILEIROS.pptx
 
Biomasdobrasil 1
Biomasdobrasil 1Biomasdobrasil 1
Biomasdobrasil 1
 
Taiany e Victor
Taiany e VictorTaiany e Victor
Taiany e Victor
 
Apresentação domínios morfoclimáticos brasileiros
Apresentação domínios  morfoclimáticos brasileiros Apresentação domínios  morfoclimáticos brasileiros
Apresentação domínios morfoclimáticos brasileiros
 
Ecossistemas Amazônicos
Ecossistemas AmazônicosEcossistemas Amazônicos
Ecossistemas Amazônicos
 
Biomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasilBiomas do mundo e do brasil
Biomas do mundo e do brasil
 
Domínio Morfoclimático Do Cerrado
Domínio Morfoclimático Do CerradoDomínio Morfoclimático Do Cerrado
Domínio Morfoclimático Do Cerrado
 
Biomas , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADO
Biomas  , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADOBiomas  , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADO
Biomas , DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E A GUERRA DO CONTESTADO
 
Paisagens vegetais do brasil
Paisagens vegetais do brasil Paisagens vegetais do brasil
Paisagens vegetais do brasil
 
Biomas do Brasil e do Mundo
Biomas do Brasil e do MundoBiomas do Brasil e do Mundo
Biomas do Brasil e do Mundo
 
Capacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidadeCapacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidade
 
Capacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidadeCapacitação biodiversidade
Capacitação biodiversidade
 
6º ano cap 6 biomas brasileiros
6º ano cap 6  biomas brasileiros6º ano cap 6  biomas brasileiros
6º ano cap 6 biomas brasileiros
 

Fauna e flora brasileira, os descaminhos que passam

  • 1.
  • 2.
  • 3. As alterações edáficas e climáticas são as principais responsáveis pela formação dos diferentes biomas.
  • 4. Floresta Amazônica -Típica floresta Tropical que se espalha por sete territórios da América do Sul: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. - No Brasil (63%), cobre cerca de 61% do território. Abrange os seguintes estados brasileiros: Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará, Rorâima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. - Relevo de planícies. - Precipitação intensa e regular. - Solo pobre em nutrientes e não muito profundo. Intenso processo de decomposição – o que mantém a floresta viva. - Cobertura vegetal ameniza impacto da chuva. - Enorme diversidade biológica, com mais de 20 mil espécies de plantas superiores e grande número de espécies da fauna.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Área Original x área desmatada – Floresta Amazônica
  • 18. Grandes problemas: - Desmatamento; - Queimadas; - Extração de madeira (madeireiras); - Expansão da área de agropecuária; - Extração de Ouro; - Biopirataria
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. - Típica floresta tropical. -Relevo de planaltos e montanhas. - A mata atlântica estende-se desde o Nordeste até Santa Catarina. -Grande precipitação, ajudada pela cadeia de montanhas. - Cobertura vegetal ameniza impacto da chuva. - Enorme diversidade biológica, com mais de 25 mil espécies de plantas superiores e associada a essa grande flora, existe uma fauna muito diversificada. MATA ATLÂNTICA
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. Bromélia da Mata Atlântica
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41. Cerrado Ocorre na região Centro-Oeste do Brasil, ocupando 25% do território brasileiro. O clima da região é quente, com estação seca rigorosa, embora chova em outras épocas do ano.Os solos são profundos, ácidos e pobres em minerais. A vegetação é composta por arvores e arbustos de pequeno porte, com características xeromórficas (escleromorfismo oligotrófico). A fauna é muito rica.
  • 42.
  • 43. • O cerrado corresponde a 1/3 da biota brasileira. • Aproximadamente 1,8 ou 2,0 milhões de Km2 se adicionarmos as áreas periféricas encravadas em outros domínios vizinhos. ÁREA
  • 44. Representado no centro do país, a sua área corre o domínio do cerrado e estende- se de um extremo ao outro do Mato Grosso do Sul ao Piauí em seu eixo maior. Sul e sudeste: Floresta Atlântica Leste: vegetação de Caatinga nordestina Oeste: Floresta Amazônica Geograficamente, a região dos cerrados situa-se em um local estratégico que facilita o intercâmbio florístico e faunístico entre os domínios brasileiros.
  • 45. • Mais de 90% da precipitação ocorrem de outubro a março, demarcando duas estações climáticas distintas: a chuvosa e a seca. •Tropical sazonal de inverno seco. •Precipitação média anual de 1.500 mm. CLIMA •Temperatura média em torno de 22 - 23ºC.
  • 46. • Na sua maioria ricos em argila e óxidos de ferro,de cor vermelha ou vermelha amarelada. • Profundos, porosos, permeáveis, bem drenados e intensamente lixiviados. • Pequena capacidade de retenção de água. • Teor ácido com pH que pode variar de menos de 4 a pouco mais de 5. SOLO
  • 47. •Tóxico para a maioria das plantas agrícolas devido aos altos índices de Al+3. •Teor de matéria orgânica é pequeno, com lenta decomposição do húmus em função do longo período de seca. • A correção do pH e a adubação podem tornar o solo fértil e produtivo, seja para a cultura de grãos ou de frutíferas.
  • 48.
  • 49. De modo geral podemos distinguir dois estratos na vegetação dos cerrados. • Árvores com troncos tortuosos, súber espesso e longas raízes subterrâneas atingindo 10, 15 ou mais metros de profundidade. A - Estrato lenhoso : VEGETAÇÃO
  • 50. • Raízes superficiais, indo até pouco mais de 30 cm. B - Extrato herbáceo/arbustivo: • Formado por espécies perenes com órgãos subterrâneos de resistência que lhe garantem sobreviver à seca e ao fogo.
  • 51. São responsáveis pela formação de 4, 5, 6 ou mais toneladas de palha por ha/ano. Um combustível que facilmente se inflama favorecendo a ocorrência e propagação das queimadas no cerrado. • Ramos aéreos anuais que secam e morrem durante a estação seca. B - Extrato herbáceo/arbustivo:
  • 52. FISIONOMIAS DO CERRADO Em termos fisionômicos o Cerrado é uma savana tropical, ou seja, um bioma no qual árvores e arbustos coexistem com uma vegetação rasteira formada principalmente por gramíneas. As árvores e arbustos distribuem-se esparsamente pela vegetação rasteira e raramente formam uma cobertura arbórea contínua, determinando desde formas campestres abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas florestais como o cerradão.
  • 53.
  • 54. • A disponibilidade de água ou profundidade do lençol freático. • A ação do homem. Estas fisionomias aparecem distribuídas de acordo com: • A quantidade de nutrientes no solo. • As características das queimadas de cada local (freqüência,época,intensidade).
  • 56. Presença de pequena quantidade de arbustos, que se distribuem de forma bem espaçada por entre o estrado herbáceo mais predominante.
  • 57. Vegetação campestre, com predomínio de gramíneas, pequenas árvores e arbustos bastante esparsos entre si. Pode tratar-se de transição entre campo e demais tipo de vegetação ou às vezes resulta da degradação do cerrado.
  • 58. Presença de arbustos e árvores que raramente ultrapassam 6 metros de altura, recobertos por cascas espessas com folhas coriáceas e caules tortuosos, que se distribuem por entre a vegetação rasteira (herbácea).
  • 59. Esta é a fisionomia de maior biodiversidade. Apresenta árvores de grande porte com altura entre 8 e 15 metros (cobertura arbórea entre 50 e 90%) . O estrato herbáceo, como na maioria das formações florestais, apresenta-se escasso.
  • 60. OUTRAS FORMAÇÕES DO DOMÍNIO CERRADO MATA CILIAR: • Sua ocorrência é favorecida pelas condições físicas locais, relacionada, em especial, à maior umidade do solo. • Vegetação que cresce ao longo dos cursos d'água e linhas de drenagem.
  • 61. Matas-de-galeria: • A sobreposição de copas promove uma cobertura vegetal de 70 a 95%. • Vegetação de grande porte (20-30 metros) que ocorre ao longo de pequenos e córregos formando "galerias". • As espécies são perenes, sem perda de folhas durante a seca.
  • 62. VEREDAS: • As veredas são sempre encontradas em solos hidromórficos em locais de afloramento do lençol freático, próximas a nascentes ou na borda das matas de galeria, circundadas por campo limpo. • O buritizeiro (Mauritia vinifera) e certas gramíneas são as espécies principais na vereda.
  • 63. A ÁGUA É UM FATOR LIMITANTE PARA A VEGETAÇÃO DO CERRADO?? Com uma longa estação seca, a vegetação do Cerrado,tem aspectos que costumam ser interpretados como adaptações a ambientes secos. (xeromorfismo) Árvores de pequeno a médio porte e de copa rala. Folhas endurecidas, com superfície brilhante e, não raro, recoberta por pêlos. FATOS A FAVOR: Suber espesso
  • 64. •Observa-se o crescimento de Eucalyptus, mangueiras, abacateiros, cana-de- açúcar, laranjeiras, etc sem necessidade de irrigação. FATOS CONTRA: • Mesmo durante a seca as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por evaporação. •Muitas espécies arbóreas do cerrado florescem em plena estação seca.
  • 65. A água não é fator limitante para o estrato arbóreo-arbustivo, pois estas possuem raízes pivotantes profundas (10, 15, 20 m) que retiram água do lençol freático. Apenas o estrato herbáceo-arbustivo, devido às suas raízes pouco profundas, sofre com a seca, cuja parte epigéia se desseca e morre, embora suas partes hipogéias se mantenham vivas, resistindo sob a terra às agruras da seca. CONCLUSÕES:
  • 66. O aspecto do estrato arbóreo não é devido à falta d’água, que por isso, apresentaria um pseudoxeromorfismo, mas sim devido à escassez de nutrientes do solo. Diz-se, então, que a vegetação apresenta um escleromorfismo oligotrófico ou, em outras palavras, "um aspecto muito duro devido à falta de nutrição". CONCLUSÕES:
  • 67. A tortuosidade dos troncos e o espesso suber das árvores do cerrado encontram explicação na ação do fogo que, repetidas vezes, queima o meristema apical das árvores, favorecendo o brotamento das gemas laterais. CONCLUSÕES:
  • 68. O FOGO O fogo é de extraordinária importância para o bioma do cerrado, seja pelos múltiplos e diversificados efeitos ecológicos que exerce, seja por ser ele uma excelente ferramenta para o manejo de áreas de cerrado, com objetivos conservacionistas.
  • 69. Sincronização do processo de floração de várias espécies diferentes, facilitando a polinização cruzada e o conseqüente aumento da biodiversidade. EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO
  • 70. EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO • Dispersão de sementes (anemocoria), devido à eliminação da palha seca que se acumula sobre o solo. • Germinação de sementes pirofíticas. • Os insetos polinívoros e nectarívoros beneficiam-se com a resposta floral das plantas após a passagem do fogo.
  • 71. BIODIVERSIDADE O cerrado possui um terço da biodiversidade do nosso país, ou seja, de cada 100 espécies de seres vivos brasileiros, cerca de 33 vivem por lá. É considerado o segundo maior bioma do Brasil, isto é, o segundo maior conjunto de espécies animais e vegetais que vivem em uma mesma área, atrás apenas da Amazônia.
  • 72. Sua flora riquíssima apresenta mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.400 endêmicas dessa área. A fauna apresenta 837 espécies de aves; 161 espécies de mamíferos (19 endêmicas); 150 espécies de anfíbios, (45 endêmicas); 120 espécies de répteis, (45 endêmicas). Apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 espécies de abelhas e vespas.
  • 73. AMEAÇAS AO CERRADO A partir da década de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao trigo.
  • 74. •A destruição e a fragmentação de habitats consistem, atualmente, na maior ameaça à integridade desse bioma. •Cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pelo homem. Somente 19,15% corresponde a áreas nas quais a vegetação original ainda está em bom estado. •60% da área total é destinada à pecuária e 6% aos grãos, principalmente soja. AMEAÇAS AO CERRADO
  • 75. A cada ano, estima-se que dois milhões de hectares do cerrado são desmatados, sendo que as áreas mais afetadas estão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, além do oeste da Bahia. Se a degradação continuar o cerrado poderá desaparecer até 2030. AMEAÇAS AO CERRADO
  • 76. Mata de Araucária Ocorre na região sul do pais, principalmente Paraná e Santa Catarina, estendendo-se até São Paulo e Rio Grande do Sul. Apresenta chuva regularmente distribuídas ao longo do ano e duas estações bem definidas. Apresenta três estratos vegetais bem definidos.
  • 77.
  • 78. Gralha azul – ave endêmica da Mata de Araucária
  • 79. Mata dos Cocais Ocorre mais ao nordeste do país. É constituída de palmeiras, principalmente o babaçu e a carnaúba. Pode ser considerada uma região de transição entre a Caatinga e a Amazônia, acreditam até ser uma área de sucessão ecológica secundária.
  • 80.
  • 81.
  • 82. Caatinga Ocorre no nordeste do país, ocupando 11% do território brasileiro. As chuvas são irregulares, com secas prolongadas e temperaturas elevadas. É constituída por uma vegetação não muito diversificada, composta principalmente por cactáceas e gramíneas. A fauna inclui muitos repteis, gavião, javali,tatu, veado catingueiro.
  • 83.
  • 84.
  • 85. Cactáceas – exemplo de plantas que apresentam características xeromórficas
  • 86.
  • 87. Pantanal Abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, estendendo-se pela Bolívia e Paraguai. É uma região plana, onde os rios extravasam sua águas nos meses de cheia, inundando extensas áreas. A vegetação é variada desde plantas típicas de brejos, cerrado até semelhantes às florestas. A fauna é muito rica, onde o principal destaque é para as aves.
  • 88. PANTANAL – Reconhecido pela UNESCO (2000) como Reserva da Biosfera – Patrimônio da Humanidade.
  • 89.
  • 90.
  • 91. Manguezais Ocupam cerca de 25Km da costa brasileira. Desenvolvem-se em estuários, locais onde os rios se encontram com mar. As plantas típicas deste locais apresentam adaptações como raízes escora e respiratórias. Fauna rica em caranguejos, ostras.
  • 92. Restam apenas 40% da cobertura original dos mangues.