Este documento descreve um protótipo de edifício construído com diferentes espécies de bambu no Brasil. O protótipo foi construído para avaliar os materiais e métodos construtivos usando bambu. O documento detalha o processo de coleta, tratamento e uso do bambu em vários componentes como estrutura, painéis, telhado e acabamentos.
Pesquisa feita sobre a história e a técnica da alvenaria, no tercerio semestre de Arquitetura e Urbanismo no Mackenzie. Uma tentativa de ligar a técnica construtiva com a arte, mostrando a beleza deste método construtivo.
Pesquisa feita sobre a história e a técnica da alvenaria, no tercerio semestre de Arquitetura e Urbanismo no Mackenzie. Uma tentativa de ligar a técnica construtiva com a arte, mostrando a beleza deste método construtivo.
São 10 Apostilas de desenvolvimento profissional voltado a construção civil. São cursos das áreas de, pedreiro, gesseiro, eletricista, carpinteiro, armador, pintor, bombeiro hidráulico, segurança do trabalho que os ajudarão a expandir conhecimentos de forma técnica e profissional.
A precariedade habitacional, deterioração da qualidade de vida, impacto na saúde de ambientes
insalubres e o distanciamento da comunidade científica da realidade comprovam a necessidade de aumentar a eficácia e eficiência das políticas públicas de saúde. Para isso, foram feitos acordos, estabelecidas alianças e propostas estratégicas para concentrar esforços e recursos
a partir das potencialidades das instituições acadêmicas e públicas envolvidas com as
questões de saúde e habitação.
São 10 Apostilas de desenvolvimento profissional voltado a construção civil. São cursos das áreas de, pedreiro, gesseiro, eletricista, carpinteiro, armador, pintor, bombeiro hidráulico, segurança do trabalho que os ajudarão a expandir conhecimentos de forma técnica e profissional.
A precariedade habitacional, deterioração da qualidade de vida, impacto na saúde de ambientes
insalubres e o distanciamento da comunidade científica da realidade comprovam a necessidade de aumentar a eficácia e eficiência das políticas públicas de saúde. Para isso, foram feitos acordos, estabelecidas alianças e propostas estratégicas para concentrar esforços e recursos
a partir das potencialidades das instituições acadêmicas e públicas envolvidas com as
questões de saúde e habitação.
Comportamento Térmico de Cobertura Verde2016arqmiriam
COMPORTAMENTO TÉRMICO DE COBERTURA
VERDE UTILIZANDO A GRAMA BRACHIARIA
HUMIDICOLA NA CIDADE DE SÃO CARLOS, SP
Autores: Nixon César de Andrade, Maurício Roriz
“Plantas ruderais: o mato que alimenta, protege e embeleza o ambiente”, a qual integra a série Guia Alimentar da Rede Sans. Lucia expõe características, aspecto nutricional, culinária e propriedades medicinais das plantas caruru, beldroega, serralha, emilia, picão roxo, picão preto, galinsoga, quebra-pedra, taioba e ora-pro-nobis.
Este catálogo indica aos empreendedores rurais que o cultivo de hortaliças, por ser alimento saudável,
tem um grande mercado consumidor com forte tendência de crescimento. São pelo menos de
cerca de 200 milhões de brasileiros e outros bilhões a conquistar no exterior.
Há vários estudos comprovando que a maioria das hortaliças é rica em substâncias que apresentam
propriedades funcionais, ou seja, têm ação benéfica para a saúde na prevenção e controle de várias
doenças, a exemplo de obesidade, diabetes, câncer de cólon, úlceras e doenças coronarianas.
A lista de 50 espécies de hortaliças foi elaborada pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Unidade
de Agronegócios do Sebrae. Essas espécies estão entre as mais comercializadas no País, de acordo
com levantamentos feitos em cinco importantes centros de referência de mercado.
Força Tarefa do Sistema ONU no Brasil sobre a Agenda 2030 lança, neste primeiro ano de vigência dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o primeiro de uma série de glossários sobre os termos contidos nesse complexo conjunto de metas que os 193 Estados-membros das Nações Unidas concordaram, por unanimidade, atingir até 2030. Esse trabalho representa a continuidade da parceria entre o Sistema das Nações Unidas no Brasil e o Governo Federal para a implementação e transversalização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em todas as esferas governamentais e múltiplos setores interessados.
A crise pela qual passamos não é ambiental, mas civilizacional. O planeta retoma seu equilíbrio, mas a humanidade não. Nossa carência não é unicamente de casas e educação ambiental, mas de valores, ética, identidade e respeito pelo planeta.
A arquitetura é um instrumento para ajudar nesse processo de cura do planeta e resgate da dignidade e qualidade de vida do ser humano. A casa é o primeiro abrigo, depois do útero e pode se tornar a porta para a descoberta de ser e estar no mundo. Construir casas que permitam essa experiência, sem agredir o planeta é o desafio da arquitetura.
Documento organizado em quatro partes. Após a apresentação, a segunda parte reúne conceitos e entendimentos sobre mobilidade, em especial, os reflexos decorrentes das transformações urbanas, em
grande parte, provocadas pelas mudanças na economia e nas formas de produção das últimas décadas.
Constam ainda dessa parte considerações referentes às condições atuais de mobilidade, particularmente observadas nos grandes centros de países emergentes.
Estudo elaborado por solicitação do Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades e do ONU-Habitat, visa discutir os possíveis impactos de processos de mudanças, em especial relacionadas ao crescimento econômico, sobre o setor de saneamento, em suas diversas características, desde política pública até infraestrutura sanitária, abordando as diversas esferas federativas. Onu disponibiliza documentos sobre sustentabilidade urbana -
A problemática ambiental urbana deve ser o elemento capaz de unificar todas as ações urbanísticas,
nos mais diversos setores, em torno de um único desafio: construir cidades ambientalmente e socialmente justas para as nossas próximas gerações.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, preocupada em transmitir, de forma adequada, os
conhecimentos adquiridos na labuta sobre a agenda ambiental, cria essa inovadora série de publicações intitulada Cadernos
de Educação Ambiental. A linguagem escolhida, bem como o formato apresentado, visa atingir um público formado,
principalmente, por professores de ensino fundamental e médio, ou seja, educadores de crianças e jovens.
Os Cadernos de Educação Ambiental, face à sua proposta pedagógica, certamente vão interessar ao público mais amplo,
formado por técnicos, militantes ambientalistas, comunicadores e divulgadores, preocupados com a temática do meio ambiente.
Os produtores de conteúdo são técnicos, especialistas, pesquisadores e gerentes dos órgãos vinculados à Secretaria
Estadual do Meio Ambiente. Os Cadernos de Educação Ambiental representam uma proposta educadora, uma
ferramenta facilitadora, nessa difícil caminhada rumo à sociedade sustentável.
http://www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes
A construção civil brasileira consome atualmente algo em torno de 40%
dos recursos naturais extraídos e é responsável pela geração de, aproximadamente,
60% de todo o resíduo sólido urbano, além de utilizar madeira
em larga escala, sendo esta, muitas vezes, extraída de mata nativa, sem a
observância de critérios técnicos e legais.
Apesar do surgimento de diversas iniciativas voltadas à inclusão de critérios
sociais e ambientais no setor da construção civil, dentre os quais a certificação de
origem dos recursos, verifica-se que os mecanismos propostos para a adequação
dos processos ainda vêm sendo utilizados de forma incipiente.
A saúde e a manutenção da qualidade de vida nos ecossistemas da terra dependem
do funcionamento sustentável dos organismos que nela habitam. Incluindo as edificações,
que como os seres vivos, possuem suas funções excretoras com geração
de esgotos e dejetos, que podem ser substituídas por produção de húmus e alimento,
através da consciência ecológica e do uso de técnicas como o Banheiro Seco.
Para dar destino ao esgoto negro (aquele que contem fezes) o melhor a se fazer é
ter um Banheiro Compostável a Seco, no qual utilizamos na descarga, matéria orgânica
seca (serragem, folha secas ou terra) ao invés de água.
Além de não utilizar água na descarga e não necessitar de rede de esgoto, esses
sanitários são mais higiênicos e ecológicos que as fossas comuns, pois não despejam
dejetos no meio ambiente poluindo o solo, os mananciais de água subterrânea e
os nossos córregos, rios e mares.
1. PROTÓTIPO DE EDIFICAÇÃO COM O USO DE
DIFERENTES ESPÉCIES DE BAMBU
Antonio L. BERALDO e Anísio AZZINI
Colaboração: Sandra Martins, Wilza Lopes e Martha Valenciano
Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMP
Imagem do bambu Guadua
Campinas
Novembro de 2000
2. INTRODUÇÃO
Embora seja possível executar uma construção apenas com bambu, costuma-se
também associá-lo a outros materiais, tais como, madeira e terra, dependendo da
disponibilidade local e adequação de uso (JANSSEN, 1995). O autor destacou, ainda, que é
comum o uso do bambu em construções populares, mas que em alguns países são
encontrados exemplos de edificações de alto padrão também feitas com o bambu.
De acordo com BARBOSA e INO (1998), na Costa Rica a produção habitacional
utilizando o bambu gira em torno de 1500 casas por ano, as quais apresentam desempenhos
que atendem aos requisitos exigidos pela ONU para construção de unidades residenciais.
As autoras salientaram, ainda, que embora a Costa Rica não possuísse espécies de bambu
adequadas, e nem o costume de utilização do bambu em construção, implantou um
programa habitacional voltado para o uso desse material.
PROCEDIMENTOS
No Campo Experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) foi
construído um protótipo de edificação em bambu, baseado em construções realizadas na
Costa Rica.. Procurou-se usar o bambu em várias etapas da construção, com a intenção de
mostrar a sua viabilidade e versatilidade. A construção embora não tenha sido desenvolvida
para um uso específico, teve a finalidade de avaliar os materiais utilizados e o método
construtivo empregados.
Na execução do protótipo foram utilizadas quatro espécies de bambu: Phyllostachis
purpuratta, Guadua angustifolia, Dendrocalamus giganteus e Bambusa vulgaris,
facilmente encontradas no Brasil.
- Coleta dos bambu
Os colmos de bambu utilizados na construção foram colhidos em touceiras
uniformes, com, no mínimo, três anos de idade, localizadas na Fazenda Santa Elisa, do
Instituto Agronômico de Campinas, em Campinas, SP. A coleta deu-se no final de março,
após o período das chuvas, utilizando-se facão e moto-serra, para o corte das espécies de
maior porte.
3. - Tratamento químico
O bambu, de um modo geral, apresenta baixa resistência ao ataque de insetos. Desse
modo, logo após o corte, os colmos foram transportados para a FEAGRI, e deixados
submersos em água, por sete dias para, através do processo de fermentação, conseguir-se a
eliminação parcial do amido, o qual é o principal alvo do ataque de carunchos (Dinoderus
minutus). Após esse período, os colmos da espécie de D. giganteus, que seriam utilizados
na forma de pilares, foram submetidos a um tratamento químico, que consistiu na
colocação dos colmos em tambores metálicos, em solução de 1,5 kg sulfato de cobre, mais
1,5 kg de dicromato de sódio, dissolvidos em 100 litros de água. Os colmos foram
colocados nos tambores na posição vertical, por um período de sete dias, após o qual foram
invertidos, para melhor absorver a solução preservativa, por um igual período de tempo.
Após o tratamento os colmos foram deixados secar à sombra, por um período em torno de
30 dias.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO
- Desenho do protótipo
A construção consistiu de apenas um módulo de 4,00 x 3,00 m e pé direito de 3,00
m. O protótipo possui duas janelas, uma porta e cobertura em duas águas com caimento
para o maior lado, e beirais de 0,60 m (Figura 1).
Figura 1- Planta da construção. Detalhe dos painéis.
4. - Fundação
Foi feita uma fundação de sapata corrida, executada com duas fiadas de blocos de
concreto de 39 x 9x 19 cm, reforçados com ferro de ¼” preenchidos com concreto. Nos
quatro cantos e nas metades dos vãos da construção foram utilizadas fôrmas de
compensado para concretagem das bases dos pilares de 10 x 10 x 80 cm. Os colmos de
bambu foram revestidos com arame farpado na base para fornecer maior aderência ao
concreto (Figura 2 e 3).
Figura 2. Detalhe da fundação.
Figura 3. Seqüência construtiva da fixação do pilar na fundação.
5. - Estrutura
A estrutura foi composta por oito pilares de bambu da espécie D. giganteus, com
3,00 m de altura e com cerca de 12 cm de diâmetro, e vigas de bambu da espécie G.
angustifolia. No internódio superior dos pilares foi concretado um ferro de espera de ¼”
para a fixação das vigas. As tesouras foram executadas com um sistema misto de bambu e
sarrafos de madeira, ao passo que os caibros e ripas eram de madeira (Figura 4 e 5).
Figura 4. Detalhe geral da estrutura da construção.
Figura 5. Seqüência construtiva da estrutura da cobertura.
Pisos
O contrapiso foi realizado de forma convencional, sendo compactado manualmente.
O piso e a calçada de proteção foram executados com argamassa de cimento e areia com
6. casca de arroz no traço em volume de 1:3:2 (cimento, areia e casca), desempenado e
regularizado com sarrafo de madeira (Figura 6).
Figura 6. Seqüência construtiva da execução do piso.
- Vedação
Os painéis de vedação foram fabricados com uma moldura de madeira (cedrinho) e
lascas de bambus das espécies P. purpuratta, G. angustifolia, D. giganteus e B. vulgaris,
cortadas em seis pedaços, sendo dispostas suas faces alternadamente. Os painéis foram
confeccionados de acordo com as medidas do projeto, diferenciando-se entre painéis-janela,
painéis-cegos e painéis-porta, sendo fixados aos pilares com o auxílio de uma barra de aço.
Após a montagem, efetuou-se o revestimento dos painéis com argamassa de cimento
reforçada com fibra de bagaço de cana (Figura 7).
Figura 7. Montagem dos painéis e acabamento com argamassa.
- Cobertura
As telhas para a cobertura foram inicialmente fabricadas na UNIMEP (Universidade
Metodista de Piracicaba) com o auxílio da máquina PARRY-ASSOCIATES de acordo com
a metodologia de fabricação especificada em SKAT (1994). Posteriormente, desenvolveu-
se um equipamento similar, o qual apresentou um resultado satisfatório. As telhas foram
confeccionadas com argamassa de cimento CP V-ARI e partículas de bambu da espécie G.
angustifolia desfibradas em solução de soda cáustica (5%). Utilizou-se o traço, em massa,
de 1:1,25:0,05 (cimento, areia e fibras de bambu), como apresentado na Figura 8.
7. Figura 8. Seqüência da fabricação das telhas.
- Acabamento
As taliscas de bambu dos painéis foram impermeabilizadas com piche e salpicadas
com areia grossa para proporcionar uma maior aderência à argamassa de revestimento. A
seguir, efetuou-se a caiação das paredes (Figura 9)
Figura 9. Vista final da construção.
A porta e as janelas foram confeccionadas com uma moldura de madeira e bambus
da espécie P. purpuratta, colocados diagonalmente e revestidas com resina cristal
transparente proporcionando um efeito estético diferenciado (figura 10).
8. Figura 10. Detalhes das janelas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde a coleta e preparo do material, até a construção propriamente dita, foi
observado facilidade de execução durante todas as etapas do processo construtivo do
protótipo. De uma forma geral as espécies de bambu utilizadas, de acordo com suas
características dimensionais e de resistência mecânica, mostraram um excelente
desempenho, comprovando a versatilidade do bambu como material de construção.
Ao sistema construtivo estrutural básico empregado (pilar/viga) foram feitas
adaptações que viabilizassem os encaixes e junções dos pilares-vigas, pilares-painéis e
tesouras para o telhado. Tais alternativas mostraram-se adequadas e de simples execução.
A solução utilizada, no que diz respeito à variação de diâmetro dos colmos e a sua
não verticalidade, consistiu no acabamento das interfaces dos pilares com os painéis,
através de um contramarco de madeira de seção retangular que os unia. Além desta peça de
madeira empregou-se corda de sisal para o fechamento final do painel.
Este projeto, cuja finalidade foi a de contribuir para os possíveis programas
habitacionais e de construções rurais, está aberto para, junto com outros estudos referidos à
aplicação do bambu,, ser incorporado em futuras pesquisas.
O protótipo encontra-se em análise de pós-ocupação, tendo sido instrumentado para
avaliar-se o desempenho térmico do conjunto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, J. C.; INO, A. (1998). Utilização do bambu na produção de habitação de interesse
social - Compilação dos exemplos construtivos. In: VI Encontro Brasileiro em Madeiras e
em Estruturas de Madeira. Florianópolis, SC, 1998. Anais, vol. 4. p.307-318.
JANSSEN, J.J.A. (1995). Building with Bamboo.London, UK. Intermediate Technology
Publications, 65p.