COMPORTAMENTO TÉRMICO DE COBERTURA
VERDE UTILIZANDO A GRAMA BRACHIARIA
HUMIDICOLA NA CIDADE DE SÃO CARLOS, SP
Autores: Nixon César de Andrade, Maurício Roriz
Análise do impacto das exigências energéticas decorrentes do modo de vida na ...Liliana Domingues
A elaboração deste estudo envolveu a quantificação das emissões de GEEs num caso hipotético de uma família de três pessoas a residir em Lisboa, em dois cenários distintos:
• Cenário 1 – distribuição das fontes de energia primária tendo em conta o mix energético actualmente existente em Portugal;
• Cenário 2 – distribuição das fontes de energia primária com 55 por cento da energia proveniente dos recursos renováveis, transformando o actual mix energético português;
tendo para tanto sido utilizado o software VGAS.
Desempenho térmico de cobertura verde para ambientes construídos em blocos ce...FABIOLA LODI
Avaliação comparativa de sistemas de cobertura em laje de concreto impermeabilizada e de laje de concreto com telhado verde, utilizando simulação computacional do desempenho térmico em dois protótipos em alvenaria - blocos cerâmicos e blocos de concreto.
"Impactos das Mudanças Climáticas e Adaptação em Sistemas Energéticos" é o tema da apresentação utilizada no workshop “Adaptação à Mudança do Clima no Brasil em 2040: cenários e alternativas”, realizado nos dias 16 e 17 de dezembro de 2013. Autor: André F P Lucena.
Mais informações: http://ow.ly/sN0hw
Análise do impacto das exigências energéticas decorrentes do modo de vida na ...Liliana Domingues
A elaboração deste estudo envolveu a quantificação das emissões de GEEs num caso hipotético de uma família de três pessoas a residir em Lisboa, em dois cenários distintos:
• Cenário 1 – distribuição das fontes de energia primária tendo em conta o mix energético actualmente existente em Portugal;
• Cenário 2 – distribuição das fontes de energia primária com 55 por cento da energia proveniente dos recursos renováveis, transformando o actual mix energético português;
tendo para tanto sido utilizado o software VGAS.
Desempenho térmico de cobertura verde para ambientes construídos em blocos ce...FABIOLA LODI
Avaliação comparativa de sistemas de cobertura em laje de concreto impermeabilizada e de laje de concreto com telhado verde, utilizando simulação computacional do desempenho térmico em dois protótipos em alvenaria - blocos cerâmicos e blocos de concreto.
"Impactos das Mudanças Climáticas e Adaptação em Sistemas Energéticos" é o tema da apresentação utilizada no workshop “Adaptação à Mudança do Clima no Brasil em 2040: cenários e alternativas”, realizado nos dias 16 e 17 de dezembro de 2013. Autor: André F P Lucena.
Mais informações: http://ow.ly/sN0hw
CLIMA URBANO E QUALIDADE AMBIENTAL NA CIDADE DE SÃO PAULO: UM ESTUDO DE CASO ...UNAERP
presente trabalho foca-se na análise qualitativa de como se dispõem o desenho da ilha de calor sob o aspecto da
distribuição espacial do ambiente construído, uma vez que os atributos adotados: rugosidade, uso do solo, vegetação e hipsometria, traduzem uma indicação perceptível
do seu conteúdo. Esta percepção é mais claramente definida na forma de mapas temáticos tendo como pano de fundo a análise interativa das condicionantes
geoecológicas e morfológicos observados nas imagens de satélite do sensor IKONOS II
(20/08/2002) dos distritos que fazem parte do núcleo central da cidade de São Paulo,
como um estudo de caso. As regulamentações municipais nesta área normalmente ainda
se remetem as exigências de projeto para as normas brasileiras, mas que não
contemplam estratégias de adequação climática nas áreas urbanas, por isso da
importância da avaliação da qualidade ambiental setorial como forma de propor
melhores condições ambientais de conforto térmico nas áreas urbanas.
A precariedade habitacional, deterioração da qualidade de vida, impacto na saúde de ambientes
insalubres e o distanciamento da comunidade científica da realidade comprovam a necessidade de aumentar a eficácia e eficiência das políticas públicas de saúde. Para isso, foram feitos acordos, estabelecidas alianças e propostas estratégicas para concentrar esforços e recursos
a partir das potencialidades das instituições acadêmicas e públicas envolvidas com as
questões de saúde e habitação.
No Campo Experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) foi
construído um protótipo de edificação em bambu, baseado em construções realizadas na
Costa Rica.. Procurou-se usar o bambu em várias etapas da construção, com a intenção de
mostrar a sua viabilidade e versatilidade. A construção embora não tenha sido desenvolvida
para um uso específico, teve a finalidade de avaliar os materiais utilizados e o método
construtivo empregados
“Plantas ruderais: o mato que alimenta, protege e embeleza o ambiente”, a qual integra a série Guia Alimentar da Rede Sans. Lucia expõe características, aspecto nutricional, culinária e propriedades medicinais das plantas caruru, beldroega, serralha, emilia, picão roxo, picão preto, galinsoga, quebra-pedra, taioba e ora-pro-nobis.
Este catálogo indica aos empreendedores rurais que o cultivo de hortaliças, por ser alimento saudável,
tem um grande mercado consumidor com forte tendência de crescimento. São pelo menos de
cerca de 200 milhões de brasileiros e outros bilhões a conquistar no exterior.
Há vários estudos comprovando que a maioria das hortaliças é rica em substâncias que apresentam
propriedades funcionais, ou seja, têm ação benéfica para a saúde na prevenção e controle de várias
doenças, a exemplo de obesidade, diabetes, câncer de cólon, úlceras e doenças coronarianas.
A lista de 50 espécies de hortaliças foi elaborada pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Unidade
de Agronegócios do Sebrae. Essas espécies estão entre as mais comercializadas no País, de acordo
com levantamentos feitos em cinco importantes centros de referência de mercado.
Força Tarefa do Sistema ONU no Brasil sobre a Agenda 2030 lança, neste primeiro ano de vigência dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o primeiro de uma série de glossários sobre os termos contidos nesse complexo conjunto de metas que os 193 Estados-membros das Nações Unidas concordaram, por unanimidade, atingir até 2030. Esse trabalho representa a continuidade da parceria entre o Sistema das Nações Unidas no Brasil e o Governo Federal para a implementação e transversalização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em todas as esferas governamentais e múltiplos setores interessados.
A crise pela qual passamos não é ambiental, mas civilizacional. O planeta retoma seu equilíbrio, mas a humanidade não. Nossa carência não é unicamente de casas e educação ambiental, mas de valores, ética, identidade e respeito pelo planeta.
A arquitetura é um instrumento para ajudar nesse processo de cura do planeta e resgate da dignidade e qualidade de vida do ser humano. A casa é o primeiro abrigo, depois do útero e pode se tornar a porta para a descoberta de ser e estar no mundo. Construir casas que permitam essa experiência, sem agredir o planeta é o desafio da arquitetura.
Documento organizado em quatro partes. Após a apresentação, a segunda parte reúne conceitos e entendimentos sobre mobilidade, em especial, os reflexos decorrentes das transformações urbanas, em
grande parte, provocadas pelas mudanças na economia e nas formas de produção das últimas décadas.
Constam ainda dessa parte considerações referentes às condições atuais de mobilidade, particularmente observadas nos grandes centros de países emergentes.
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distribuição espacial do ambiente construído, uma vez que os atributos adotados: rugosidade, uso do solo, vegetação e hipsometria, traduzem uma indicação perceptível
do seu conteúdo. Esta percepção é mais claramente definida na forma de mapas temáticos tendo como pano de fundo a análise interativa das condicionantes
geoecológicas e morfológicos observados nas imagens de satélite do sensor IKONOS II
(20/08/2002) dos distritos que fazem parte do núcleo central da cidade de São Paulo,
como um estudo de caso. As regulamentações municipais nesta área normalmente ainda
se remetem as exigências de projeto para as normas brasileiras, mas que não
contemplam estratégias de adequação climática nas áreas urbanas, por isso da
importância da avaliação da qualidade ambiental setorial como forma de propor
melhores condições ambientais de conforto térmico nas áreas urbanas.
A precariedade habitacional, deterioração da qualidade de vida, impacto na saúde de ambientes
insalubres e o distanciamento da comunidade científica da realidade comprovam a necessidade de aumentar a eficácia e eficiência das políticas públicas de saúde. Para isso, foram feitos acordos, estabelecidas alianças e propostas estratégicas para concentrar esforços e recursos
a partir das potencialidades das instituições acadêmicas e públicas envolvidas com as
questões de saúde e habitação.
No Campo Experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) foi
construído um protótipo de edificação em bambu, baseado em construções realizadas na
Costa Rica.. Procurou-se usar o bambu em várias etapas da construção, com a intenção de
mostrar a sua viabilidade e versatilidade. A construção embora não tenha sido desenvolvida
para um uso específico, teve a finalidade de avaliar os materiais utilizados e o método
construtivo empregados
“Plantas ruderais: o mato que alimenta, protege e embeleza o ambiente”, a qual integra a série Guia Alimentar da Rede Sans. Lucia expõe características, aspecto nutricional, culinária e propriedades medicinais das plantas caruru, beldroega, serralha, emilia, picão roxo, picão preto, galinsoga, quebra-pedra, taioba e ora-pro-nobis.
Este catálogo indica aos empreendedores rurais que o cultivo de hortaliças, por ser alimento saudável,
tem um grande mercado consumidor com forte tendência de crescimento. São pelo menos de
cerca de 200 milhões de brasileiros e outros bilhões a conquistar no exterior.
Há vários estudos comprovando que a maioria das hortaliças é rica em substâncias que apresentam
propriedades funcionais, ou seja, têm ação benéfica para a saúde na prevenção e controle de várias
doenças, a exemplo de obesidade, diabetes, câncer de cólon, úlceras e doenças coronarianas.
A lista de 50 espécies de hortaliças foi elaborada pela Embrapa Hortaliças em parceria com a Unidade
de Agronegócios do Sebrae. Essas espécies estão entre as mais comercializadas no País, de acordo
com levantamentos feitos em cinco importantes centros de referência de mercado.
Força Tarefa do Sistema ONU no Brasil sobre a Agenda 2030 lança, neste primeiro ano de vigência dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o primeiro de uma série de glossários sobre os termos contidos nesse complexo conjunto de metas que os 193 Estados-membros das Nações Unidas concordaram, por unanimidade, atingir até 2030. Esse trabalho representa a continuidade da parceria entre o Sistema das Nações Unidas no Brasil e o Governo Federal para a implementação e transversalização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em todas as esferas governamentais e múltiplos setores interessados.
A crise pela qual passamos não é ambiental, mas civilizacional. O planeta retoma seu equilíbrio, mas a humanidade não. Nossa carência não é unicamente de casas e educação ambiental, mas de valores, ética, identidade e respeito pelo planeta.
A arquitetura é um instrumento para ajudar nesse processo de cura do planeta e resgate da dignidade e qualidade de vida do ser humano. A casa é o primeiro abrigo, depois do útero e pode se tornar a porta para a descoberta de ser e estar no mundo. Construir casas que permitam essa experiência, sem agredir o planeta é o desafio da arquitetura.
Documento organizado em quatro partes. Após a apresentação, a segunda parte reúne conceitos e entendimentos sobre mobilidade, em especial, os reflexos decorrentes das transformações urbanas, em
grande parte, provocadas pelas mudanças na economia e nas formas de produção das últimas décadas.
Constam ainda dessa parte considerações referentes às condições atuais de mobilidade, particularmente observadas nos grandes centros de países emergentes.
Estudo elaborado por solicitação do Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades e do ONU-Habitat, visa discutir os possíveis impactos de processos de mudanças, em especial relacionadas ao crescimento econômico, sobre o setor de saneamento, em suas diversas características, desde política pública até infraestrutura sanitária, abordando as diversas esferas federativas. Onu disponibiliza documentos sobre sustentabilidade urbana -
A problemática ambiental urbana deve ser o elemento capaz de unificar todas as ações urbanísticas,
nos mais diversos setores, em torno de um único desafio: construir cidades ambientalmente e socialmente justas para as nossas próximas gerações.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, preocupada em transmitir, de forma adequada, os
conhecimentos adquiridos na labuta sobre a agenda ambiental, cria essa inovadora série de publicações intitulada Cadernos
de Educação Ambiental. A linguagem escolhida, bem como o formato apresentado, visa atingir um público formado,
principalmente, por professores de ensino fundamental e médio, ou seja, educadores de crianças e jovens.
Os Cadernos de Educação Ambiental, face à sua proposta pedagógica, certamente vão interessar ao público mais amplo,
formado por técnicos, militantes ambientalistas, comunicadores e divulgadores, preocupados com a temática do meio ambiente.
Os produtores de conteúdo são técnicos, especialistas, pesquisadores e gerentes dos órgãos vinculados à Secretaria
Estadual do Meio Ambiente. Os Cadernos de Educação Ambiental representam uma proposta educadora, uma
ferramenta facilitadora, nessa difícil caminhada rumo à sociedade sustentável.
http://www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes
A construção civil brasileira consome atualmente algo em torno de 40%
dos recursos naturais extraídos e é responsável pela geração de, aproximadamente,
60% de todo o resíduo sólido urbano, além de utilizar madeira
em larga escala, sendo esta, muitas vezes, extraída de mata nativa, sem a
observância de critérios técnicos e legais.
Apesar do surgimento de diversas iniciativas voltadas à inclusão de critérios
sociais e ambientais no setor da construção civil, dentre os quais a certificação de
origem dos recursos, verifica-se que os mecanismos propostos para a adequação
dos processos ainda vêm sendo utilizados de forma incipiente.
A saúde e a manutenção da qualidade de vida nos ecossistemas da terra dependem
do funcionamento sustentável dos organismos que nela habitam. Incluindo as edificações,
que como os seres vivos, possuem suas funções excretoras com geração
de esgotos e dejetos, que podem ser substituídas por produção de húmus e alimento,
através da consciência ecológica e do uso de técnicas como o Banheiro Seco.
Para dar destino ao esgoto negro (aquele que contem fezes) o melhor a se fazer é
ter um Banheiro Compostável a Seco, no qual utilizamos na descarga, matéria orgânica
seca (serragem, folha secas ou terra) ao invés de água.
Além de não utilizar água na descarga e não necessitar de rede de esgoto, esses
sanitários são mais higiênicos e ecológicos que as fossas comuns, pois não despejam
dejetos no meio ambiente poluindo o solo, os mananciais de água subterrânea e
os nossos córregos, rios e mares.
1. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 1
O EFEITO DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS EM TELHADOS VERDES
Alfredo Akira Ohnuma Júnior 1
;Luciene Pimentel da Silva 2
; Marcia Marques Gomes 3
Resumo – O objetivo deste artigo é enumerar e avaliar a influência de fatores e elementos
meteorológicos no comportamento de telhados verdes instalados em áreas de cerca de 25 países a
partir da classificação climática de Köppen-Geiger (RUBEL e KOTTEK, 2010). A metodologia
consiste de pesquisa a partir de ferramentas de busca de mais de 170 artigos científicos publicados
em periódicos nacionais e internacionais com telhados verdes, com publicações realizadas entre os
anos de 2001 e 2007. Os resultados indicam predominância de 70% de estudos com telhados verdes
em áreas de clima temperado, sendo 65% das pesquisas relacionadas ao conforto térmico e à
quantidade e qualidade da retenção do escoamento superficial. Embora haja necessidade de mais
pesquisas, conclui-se que há baixa influência de fatores climáticos principais (classificação Köppen-
Geiger A, B, C e D) na capacidade de retenção do escoamento, no entanto os grupos climáticos são
demonstra capacidade de limitar efeitos térmicos em ambientes com telhados verdes.
Palavras-Chave – telhados verdes; classificação climática; efeito térmico; runoff.
THE EFFECT OF CLIMATIC CONDITIONS IN GREEN ROOFS
Abstract – The purpose of this article is to list and evaluate the influence of factors and meteorological
elements in the behavior of green roofs installed in areas about 25 countries from the climatic
classification of Köppen (RUBEL and KOTTEK, 2010). The methodology consists of research from
search engines of more than 170 scientific papers published in national and international journals
with green roofs, as publications between 2001 and 2007. The results indicate a predominance of
70% of studies with green roofs in temperate climate, 65% of research related to thermal comfort
and the quantity and quality of retention of runoff. While there is need for more research, it is
concluded that there is little influence of major climatic factors (Köppen Classification, A, B, C and
D) in the runoff retention capacity, however the climatic groups are demonstrated ability to limit
thermal effects in environments with green roofs.
Keywords –green roof; climatic groups; termal confort; runoff.
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Engenharia, Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente
* akira@uerj.br
2
.Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Engenharia, Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente
luciene.pimenteldasilva@gmail.com
3
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Engenharia, Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente
marciam@uerj.br
2. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 2
INTRODUÇÃO
Associado ao crescimento demográfico, à intensa urbanização e ao consumo desenfreado por
produtos e serviços, elevam-se às cargas de poluição à nível global, sobretudo nas grandes
metrópoles. De forma atender às necessidades humanas, consequentemente o aumento do consumo
de energia e água em edificações é responsável pelo descarte de efluentes e emissão de gases de efeito
estufa em mais de 30% (BERARDI 2014). Nesse sentido, novas técnicas de construção começam a
surgir como respostas aos impactos ambientais de modo tornar às edificações mais eficientes e
sustentáveis. Os telhados verdes são estruturas capazes de suportar determinada vegetação na
cobertura, cujos benefícios têm sido estudados nos mais diversos países, como na capacidade de
retenção do escoamento superficial, na atenuação do efeito da temperatura em edificações
(OHNUMA JR. et al. 2014; TASSI et al., 2014; MORAU et al., 2012; ANDRADE e RORIZ, 2007).
Os efeitos da implantação de telhados verdes nas cidades são influenciados pelas condições
ambientais da região. A precipitação, a radiação solar e a temperatura são os elementos
meteorológicos principais que atuam diretamente sobre o telhado verde e, portanto capazes de
modificar à resposta na emissão de cargas de poluentes. De modo natural, os mesmos elementos
meteorológicos são utilizados desde final do ano 1800 como variáveis de contorno de modo à fornecer
condições para estabelecer os regimes climáticos nas diferentes regiões da superfície terrestre. A
atualização do mapa de classificação climática foi baseada essencialmente em dados observados de
temperatura e precipitação no período entre o ano 1951 e 2000 (RUBEL e KOTTEK, 2010).
Mundialmente, a classificação climática Köppen-Geiger é reconhecida não somente por retratar o que
há de mais atual nas condições climáticas observadas, como também para avaliar as tendências
globais do clima e projeção de cenários de mudanças climáticas.
Este artigo tem como objetivo enumerar e analisar os resultados das principais publicações
sobre telhados verdes em mais de 25 países à partir das diferentes classes climáticas estabelecidas
mundialmente e baseado em Köppen-Geiger (RUBEL e KOTTEK, 2010).
MATERIAIS E MÉTODOS
De acordo com a fonte de pesquisa de publicações de periódicos internacionais Science Direct
(http://www.sciencedirect.com/), que abrange um vasto banco de dados de artigos, revistas e livros
científicos, tem aumentado significativamente os estudos com os telhados verdes, principalmente
desde o início do ano 2000. Embora apresente características mais acadêmicas, o modelo de pesquisa
fornecido pelo Google Scholar (http://scholar.google.com.br/) também tem sido bastante utilizado
como referência para busca de artigos e publicações científicas. Neste trabalho foram consultadas
ambas ferramentas de busca de modo compor um banco de dados de artigos pesquisados sobre
telhados verdes entre 2001 e 2014.
Após as descobertas iniciais publicadas dos benefícios da implantação de telhados verdes,
outros nomes surgiram como referência na definição e conceituação do termo técnico mais apropriado
para os uso nas pesquisas de estudos científicos. Este artigo contempla buscas de trabalhos nacionais
e internacionais a partir das principais palavras-chaves utilizadas: greenroof, green roof, vegetated
roof, telhado verde e cobertura verde. Devido a facilidade do uso de filtros nos sistemas de buscas
utilizados, foram incluídas ao termo principal, palavras afins que estão diretamente associadas às
instalações e aos efeitos principais do telhado verde (Figura 1), como: thermal comfort (conforto
térmico), runoff quality (qualidade do escoamento), stormwater retention (retenção do escoamento),
substrate (substrato), species (espécies) e energy (energia). De forma menos criteriosa, foram
3. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 3
analisados também artigos de autores que investigaram demais benefícios na implantação do telhado
verde, como: air quality (qualidade do ar), acoustic comfort (conforto acústico), social project
(projetos sociais) e life cycle cost (custo do ciclo de vida). Não estão contempladas diretamente no
acervo pesquisado análises de publicações de: teses de doutorado e/ou dissertações de mestrado e
artigos de simpósios e congressos.
Figura 1: Termos de indexação gerais e específicos utilizados na pesquisa.
Foram enumerados e analisados cerca de 150 artigos científicos distribuídos conforme a
descrição anterior dos termos de indexação e com estudos realizados em mais de 170 locais de todos
os continentes. A maioria das publicações apresentam a cidade ou local de implantação do telhado
verde, mas não indicam as coordenadas geográficas e a classificação climática correspondentes. Para
se obter as informações de localização e clima, utilizou-se a referência de RUBEL e KOTTEK (2010),
que consiste de atualizar a definição de cada classe climática principal, ordem de precipitação e
temperatura, baseada em dados subjacentes disponíveis no link http://koeppen-geiger.vu-wien.ac.at/.
A partir de arquivo de extensão .KMZ, elaborado por Wilkerson, M. Scott e Wilkerson, M. Beth,
(2010), utilizou-se o aplicativo Google Earth para identificação dos pontos amostrados, com escala
da ordem de 0.5 graus latitude e longitude e resolução temporal mensal no período entre os anos 1951
e 2000 de dados observados de precipitação e temperatura. Esses dois conjuntos de dados globais
correspondem às observações climáticas selecionadas para calcular o mapa desejado.
RESULTADOS
Os resultados consistem da análise de cerca de 151 artigos nacionais e internacionais sobre
telhados verdes publicados em mais de 70 revistas científicas a partir das ferramentas Science Direct
e Google Scholar entre 2001 e 2014. Na média, foram publicados cerca de 15 artigos por ano em
diferentes locais de forma atender diferentes finalidades científicas.
A evolução das pesquisas com telhados verdes é notável, sobretudo desde 2010, quando foram
estudados cerca de 60% do total das pesquisas desde 2001 (Figura 2). América do Norte, Europa e
Ásia concentram quase 90% dos experimentos publicados em periódicos, seguidos de América do
Sul e Oceania com 11% (Figura 3).
Conforto'
térmico
escoamento
espécies
energia
Retenção'do'
escoamento
Composição'
do'substrato
espessura
declividade
4. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 4
Nos 170 locais identificados nesta pesquisa com telhados verdes foram associadas 14 classes
climáticas correspondentes, o que representa cerca de metade das classes disponíveis no globo pelo
método Köppen-Geiger e avaliadas nos experimentos com telhados verdes. O mapa atualizado de
classificação climática Köppen-Geiger (RUBEL e KOTEK, 2010) resume o quantitativo dos
principais pontos de experimentos com telhados verdes (Figura 4).
Figura 4: Mapa mundi de classificação climática Köppen-Geiger (adaptado RUBEL e KOTTEK, 2010) e pontos de
distribuição da quantidade de estudos com telhados verdes..
Cerca de 85% dos estudos realizados com telhado verde, sob diferentes aspectos, estão
localizados em regiões de clima temperado e frio e de classificação climática grupos C e D. Estimam-
se 45% das localidades em regiões de clima temperado úmido e verão quente de classificação
2 1
5
1
10
8
12
15
8
10 9
27
17
26
0
5
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2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Número1de1artigos1publicados
Ano1da1Publicação
31
1
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44
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3
1
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33
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21
1
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8
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7
2
1
Mapa Mundi de Classificação Climática Köppen-Geiger
Baseado em dados observados de temperatura e precipitação entre 1976 e
2000
Climas principais
A: Equatorial
B: Árido
C: Temperado
Quente
D: Frio
E: Polar
F: calotas polares
T: clima de tundra
Precipitação
W: desértico
S: estepe
f: úmido
s: verão seco
w: inverno seco
m: monções
Temperatura
h: árido quente
k: árido frio
a verão quente
b: verão temperado
c: verão frio
d: inverno frio
A"(equat)
11%
B"(arido)
3%
C"(temper)
71%
D"(frio)
15%
Europa
33%
Ásia
27%
Am.1Norte
27%
Am.1Sul
8%
Oceania
3%
Am.1
Central
1%
África
1%
Figura 2: Evolução histórica das publicações
com telhados verdes.
Figura 3: Distribuição das pesquisas por
continente.
5. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 5
climática Köppen-Geiger Cfa e Cfb, concentrados basicamente na Europa e leste dos Estados Unidos.
As regiões de clima temperado com inverno seco e verão quente e frio, classes Cwa e Dwa
respectivamente, compõem os países asiáticos, especialmente a China. Com características de clima
equatorial úmido, de classificação Af, países como Cingapura e Malásia, representam 5% dos locais
pesquisados com telhado verde. Regiões de clima árido, como Arábia Saudita, o estado do Arizona,
nos Estados Unidos e Madras, Índia, representam 3% dos locais com climas classificados como BWh
e BSh. A maioria dos estudos infere benefícios da aplicação de telhados verdes para melhoria da
qualidade do ambiente e da população, baseados nas condições climáticas do local.
Os estudos publicados resultam que, muito mais que as classes climáticas e a precipitação, o
volume armazenado ou retido no telhado verde depende também de outros fatores fundamentais,
como: duração da precipitação para determinação da intensidade pluviométrica, espécie de plantio,
período seco antecedente (MORUZZI, MOURA e BARBASSA, 2014), declividade do telhado,
composição e espessura do substrato. Os efeitos da profundidade ou espessura do substrato na
capacidade de armazenamento das águas pluviais em coberturas com vegetação, para as mesmas
precipitações a retenção foi de 75% para telhado verde com 15 cm de substrato e de 45% para
espessura de 10 cm. Embora a tabela 3 não resulte influências significativas nas lâminas de retenção
em relação às diferentes classes climáticas, podem ocorrer diferenças significativas do volume retido
nas estações quentes (verão) e frias (inverno), da ordem de 30% e 67%, respectivamente (MENTENS
et al., 2006), para a mesma localidade da pesquisa, na Alemanha, de classificação climática Köppen-
Geiger Cfb. No entanto, os resultados de retenção nos telhados verdes apresentam maior influência
de parâmetros físicos do que de elementos meteorológicos.
Em locais com climas tropicais quentes, como por exemplo em Madras, na Índia ou Togolese,
na África, ambos de classificação climática Köppen-Geiger Aw, as cargas térmicas são consideradas
bastante elevadas, especialmente em dias ensolarados, o que tende a provocar um ambiente
desagradável no interior dos edifícios. Os ganhos de calor decorrem do efeito do aquecimento
proveniente da radiação solar absorvida pela laje ou paredes, cuja transferência para o interior dos
prédios eleva a temperatura ambiente. Além dos ganhos de energia provenientes da radiação solar
incidente nas coberturas, há também ganhos internos do edifício, como iluminação, ocupação de
ambientes, equipamentos elétricos, etc (HODO-ABALO et al., 2012). Cidades de países com clima
temperado e úmido, como Shanghai, na China, de classificação climática Köppen-Geiger Cfa
apresentam redução da temperatura interna quando o telhado é composto por vegetação. O fluxo de
calor sensível neste tipo de cobertura é baixo devido ao elevado fluxo de calor latente de
evapotranspiração e maior radiação líquida (TAKEBAYASHI e MORIYAMA, 2007).
CONCLUSÕES
Embora não contemple a totalidade das publicações realizadas, conclui-se que há avanço nas
pesquisas com telhados verdes sobre fundamentalmente: o impacto do aspecto quantitativo para
reduzir ou retardar o volume de runoff na capacidade de retenção do volume precipitado e da melhoria
do conforto térmico nas edificações para regular o efeito da temperatura em ambientes com menos
flutuações ao longo de períodos sazonais. Os trabalhos analisados demonstram pouca influência das
classificações climáticas de Köppen-Geiger na capacidade de retenção do escoamento das águas
pluviais sobre os telhados verdes. Por outro lado, sistemas de arrefecimento estão condicionados às
condições climáticas locais de modo que climas frios e úmidos do tipo Köppen-Geiger C e D tendem
a limitar os efeitos térmicos devido o potencial evaporativo e de fotossíntese gerado pela vegetação
sobre os telhados.
6. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 6
AGRADECIMENTOS
À FINEP/CNPq pelo apoio concedido no contexto do Projeto em Rede, Manejo de Águas Pluviais
(MAPLU), Chamada Pública MCT/FINEP/Ação Transversal - Saneamento Ambiental e Habitação -
7/2009. Ao MCTI/CNPq/Universal 14/2014 processo n. 457688/2014-9. Ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Sanitária e Meio Ambiente, da Faculdade de Engenharia, da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS
a) Artigos em revista
ANDRADE, N. C.; RORIZ, M. Comportamento Térmico de Cobertura Verde Utilizando a Grama Brachiaria
Humidicola na Cidade de São Carlos, SP. Parc, v.1, n.4, p.1-16. 2009.
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