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ESTUDO DA FLORA VASCULAR NO MUNICÍPIO DE SÃO THOMÉ DAS LETRAS, MG, BRASIL
Introdução
Paulo de Salles Penteado Sampaio1; Erich Ricardo Sattelmayer2; Valdeci de Andrade3; Suzana Ehlin Martins4; José Claudio de Castro5 ; Gilberto Inácio de Faria6
Metodologia
Resultados Preliminares
Um arraial construído a partir do século XVIII no alto da Serra das Letras utilizando técnica
construtiva peculiar com matéria prima encontrada na região, o quartzito, deu origem ao
município de São Thomé das Letras, sendo este conjunto arquitetônico tombado pelo IEPHA
em 1996 (D’Auria 2000). As mais antigas impressões visuais da região foram retratadas por
Facchinetti através de pinturas a óleo encomendadas por D. Pedro II (Kayapó 2015). Na
cidade e em suas adjacências a herança de povos indígenas é ainda bastante expressiva,
havendo concentração de significativos sítios de valor arqueológico, como instrumentos de
pedra polida e colares, e várias inscrições cuja autoria, embora ainda não exista um
consenso, foram presumivelmente produzidas por povos do neolítico (D’Auria 2000). Possui
rica biodiversidade ainda em bom estado de conservação e localiza-se no encontro dos
biomas que estão entre os mais diversos, porém mais ameaçados do país: o Cerrado e a
Mata Atlântica. Em contrapartida possui a maior extração de quartzito a céu aberto de
Minas Gerais, o turismo ainda precisa de regulação, podendo aumentar em até cinco vezes
a população local de quase 7.000 habitantes, e ocorrem queimadas na estação seca. Com
poucos trabalhos desenvolvidos relacionados a flora do município (Tecnominas 2003; Lopes
2012; Lopes, et al. 2013) e os impactos antrópicos mencionados fica evidente a necessidade
de se ampliar os estudos com a flora para que sirva de ferramenta ao gerenciamento e
reorganização espacial da região, permitindo o manejo adequado dos recursos naturais.
Foi realizada revisão bibliográfica, consulta ao banco de dados speciesLink e coleta de
espécimes no período de jan/2014 a out/2015 percorrendo-se trilhas nas diversas
formações vegetais do município. Todo material foi coletado e processado segundo as
técnicas usuais e depositado no herbário da Universidade Santa Cecília (HUSC). A
identificação utilizou bibliografia especializada, comparação com exsicatas de herbário
e disponíveis em imagens digitalizadas no Reflora e speciesLink, além de consulta à
especialistas. A classificação das famílias seguiu o APG III (2009) e a validação dos
nomes científicos seguiu a Lista de Espécies da Flora do Brasil (2015).
Os três estudos de flora citados contribuíram com 204 amostras, as coletas dos autores
foram até o momento 295 e a consulta ao speciesLink resultou no acesso a coleção de 46
herbários num total de 1.944 exemplares coletados em São Thomé das Letras, destacando-
se com maior número de amostras os herbários RB (341), HUSC (295), CESJ (243), MBM
(204), NYBG_BR (184) e UEC (146). Os exemplares mais antigos foram coletados por A.C.
Brade em 1950 e estão depositados no Jardim Botânico do RJ. Foram descobertas no
município cinco espécies e uma variedade: Mimosa thomista Barneby; Vellozia tomeana
L.B.Sm. & Ayensu; Hoffmannseggella flavasulina F.E.L.Miranda & K.G.Lacerda; Svitramia
hatschbachii Wurdack; Chamaecrista incurvata var. zanclodes (H.S.Irwin & Barneby)
H.S.Irwin & Barneby e Vriesea claudiana Leme. Até o momento temos registradas 909
espécies distribuídas em 128 famílias com aumento de 171 espécies coletadas pelos autores
deste estudo. As licófitas e samambaias apresentaram 14 famílias e 37 espécies;
gimnospermas 2 famílias e 2 espécies e angiospermas 112 famílias e 870 espécies. As dez
famílias com maior número de espécies foram Asteraceae (90), Orchidaceae (79), Fabaceae
(62), Melastomataceae (49), Myrtaceae (39), Poaceae (34), Bromeliaceae (27), Cyperaceae
(26), Malpighiaceae (25) e Rubiaceae (21). Vale destacar que 37 espécies estão ameaçadas
de extinção, sendo 21 em nível nacional e 16 a nível estadual. Estes resultados somados a
presença de sítios arqueológicos, pinturas rupestres, cavernas e listagem preliminar com
264 espécies de aves; mostram a necessidade da implantação de uma Unidade de
Conservação com maior proteção dos remanescentes das diversas formações vegetais do
município do que a atual APA existente. Um “Guia fotográfico das plantas de Thomé” com
mais de 350 espécies deste estudo está disponível para download em “slideshare”.
Área de estudo
Localizado na Serra da Mantiqueira na bacia do rio Grande, o município abrange uma
área de 398 km2 limitando-se com os municípios de Três Corações, Luminárias,
Conceição do Rio Verde, Baependi e São Bento Abade, apresenta elevação entre 870-
1436m; o clima é tropical de altitude com pluviosidade e temperatura média anual,
respectivamente, 1.500 mm e 19°C. A cobertura vegetal apresenta as formações de
Floresta Estacional Semidecídua Montana, Cerradão, Cerrado Rupestre, Campo Sujo,
Campo Limpo, Campos de Altitude, Campos Rupestres, Matas Nebulares e Matas de
Galeria.
1 HUSC - Herbário da Universidade Santa Cecília, Santos, SP, Brasil; 2Técnico Agrícola da Prefeitura Municipal de São Thomé das Letras, MG, Brasil; 3Ritmo Natural Pousada e Ecoturismo, São Thomé
das Letras, MG, Brasil; 4IPBio – Instituto de Pesquisas da Biodiversidade, São Paulo, SP, Brasil;5Camping do Noel, São Thomé das Letras, MG, Brasil; 6 Loja Arteiros, São Thomé das Letras, MG, Brasil.
Email para contato: pspsampaio@unisanta.br
APG III . 2009. An Update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the Orders and Families of Flowering Plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161:
105–121.
D' AURIA C.A. 2000. São Thomé das Letras na encruzilhada das fontes, dos tempos e dos saberes um estudo sobre etnografia e historicidade com registros audiovisuais.
Dissertação de Mestrado, Unicamp.
KAYAPÓ, R. São Thomé das Letras e a sua Verdadeira História. 2°ed.2015.
LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 18 de Outubro de 2015.
LOPES, R.F.M. 2012. Ecologia, etnoconhecimento e educação: integrando os saberes acadêmico e popular para a conservação do patrimônio natural e cultural de São Tomé Das
Letras, Minas Gerais. Tese doutorado em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre, UFMG.
LOPES, R.F.M.; FREITAS, V.L.O.; BARBOSA, P.M.M. 2013. Estrutura do componente arbóreo em áreas de cerrado no município de São Tomé Das Letras, MG. Revista Árvore, Viçosa,
v.37, n.5, p.801-813.
NETO, R.M.2012. O fenômeno cárstico em São Thomé Das Letras (Mg) e a mineração: evolução e degradação de cavernas em quartzito. Revista Brasileira de Geomorfologia 13 (4).
SPECIESLINK. <http://www.splink.org.br > em 18 de Outubro de 2015.
TECNOMINAS. 2003. Projeto de criação da APA São Thomé no município de São Thomé das Letras.
Figura 1: A – Visão geral da Serra de São Thomé mostrando a cidade e pedreiras à esquerda e
vegetação conservada à direita; B – Talude gerado pelas atividades de lavra (obtida de Neto
2012) C – Queimada; D - Parque Municipal Antônio Rosa lotado de turistas; E - Pintura
Rupestre; F – Casa tombada pelo IEPHA .
A B
D E
C
Figura 2: A – Transição entre a Mata Atlântica (à direita) e o Cerrado (obtida de google earth,
2015); B, C – Floresta Estacional Semidecídua Montana; D, E – Campo Rupestre;
F – Afloramentos rochosos presentes no Morro do Elefante (ao fundo); G, H – Mata de
Galeria; I – Mata Nebular.
A B
D
D
C
E F
G H I
Figura 3: A–Annona tomentosa (Annonaceae); B–Eremanthus erythropappus (Asteraceae); C–Hololepis pedunculata
(Asteraceae); D–Lessingianthus rosmarinifolius (Asteraceae); E–Anemopaegma arvense (Bignoniaceae); F–Handroanthus
ochraceus (Bignoniaceae); G–Zeyheria montana (Bignoniaceae); H–Aechmea nudicaulis (Bromeliaceae); I- Aechmea
vanhoutteana (Bromeliaceae) foto Vânia Pereira; J–Ananas bracteatus (Bromeliaceae); K–Vriesea interrogatoria
(Bromeliaceae); L–Arthrocereus melanurus (Cactaceae); M–Kielmeyera speciosa (Callophylaceae); N–Dichorisandra
hexandra (Commelinaceae); O–Merremia macrocalyx (Convolvulaceae); P–Agarista hispidula (Ericaceae); Q–
Ancistrotropis peduncularis (Fabaceae); R–Copaifera langsdorffii (Fabaceae) S–**Mimosa thomista** (Fabaceae); T–
Calolisianthus pedunculatus (Gentianaceae); U-Paliavana sericiflora (Gesneriaceae); V-Cipura paludosa (Iridaceae); W-
Trimezia juncifolia (Iridaceae) X-Lafoensia pacari (Lythraceae); Y–Camarea hirsuta (Malpighiaceae); Z–Svitramia
hatschbachii (Melastomataceae); AA–Cattleya loddigesii (Myrtaceae) foto Vânia Pereira; AB–Laplacea fructicosa
(Theaceae); AC–Vellozia tomeana (Velloziaceae) foto Iacy Nogueira; AD–Stachytarpheta sellowiana (Verbenaceae) foto
Marques Leite. Legenda: em vermelho espécies ameaçadas de extinção; em roxo as descobertas em São Thomé das Letras.
C
A B C D E
F G H I J
ONMLK
P Q R S T
YXWVU
Z AA AB AC AD
BIBLIOGRAFIA
F

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Na cidade e em suas adjacências a herança de povos indígenas é ainda bastante expressiva, havendo concentração de significativos sítios de valor arqueológico, como instrumentos de pedra polida e colares, e várias inscrições cuja autoria, embora ainda não exista um consenso, foram presumivelmente produzidas por povos do neolítico (D’Auria 2000). Possui rica biodiversidade ainda em bom estado de conservação e localiza-se no encontro dos biomas que estão entre os mais diversos, porém mais ameaçados do país: o Cerrado e a Mata Atlântica. Em contrapartida possui a maior extração de quartzito a céu aberto de Minas Gerais, o turismo ainda precisa de regulação, podendo aumentar em até cinco vezes a população local de quase 7.000 habitantes, e ocorrem queimadas na estação seca. Com poucos trabalhos desenvolvidos relacionados a flora do município (Tecnominas 2003; Lopes 2012; Lopes, et al. 2013) e os impactos antrópicos mencionados fica evidente a necessidade de se ampliar os estudos com a flora para que sirva de ferramenta ao gerenciamento e reorganização espacial da região, permitindo o manejo adequado dos recursos naturais. Foi realizada revisão bibliográfica, consulta ao banco de dados speciesLink e coleta de espécimes no período de jan/2014 a out/2015 percorrendo-se trilhas nas diversas formações vegetais do município. Todo material foi coletado e processado segundo as técnicas usuais e depositado no herbário da Universidade Santa Cecília (HUSC). A identificação utilizou bibliografia especializada, comparação com exsicatas de herbário e disponíveis em imagens digitalizadas no Reflora e speciesLink, além de consulta à especialistas. A classificação das famílias seguiu o APG III (2009) e a validação dos nomes científicos seguiu a Lista de Espécies da Flora do Brasil (2015). Os três estudos de flora citados contribuíram com 204 amostras, as coletas dos autores foram até o momento 295 e a consulta ao speciesLink resultou no acesso a coleção de 46 herbários num total de 1.944 exemplares coletados em São Thomé das Letras, destacando- se com maior número de amostras os herbários RB (341), HUSC (295), CESJ (243), MBM (204), NYBG_BR (184) e UEC (146). Os exemplares mais antigos foram coletados por A.C. Brade em 1950 e estão depositados no Jardim Botânico do RJ. Foram descobertas no município cinco espécies e uma variedade: Mimosa thomista Barneby; Vellozia tomeana L.B.Sm. & Ayensu; Hoffmannseggella flavasulina F.E.L.Miranda & K.G.Lacerda; Svitramia hatschbachii Wurdack; Chamaecrista incurvata var. zanclodes (H.S.Irwin & Barneby) H.S.Irwin & Barneby e Vriesea claudiana Leme. Até o momento temos registradas 909 espécies distribuídas em 128 famílias com aumento de 171 espécies coletadas pelos autores deste estudo. As licófitas e samambaias apresentaram 14 famílias e 37 espécies; gimnospermas 2 famílias e 2 espécies e angiospermas 112 famílias e 870 espécies. As dez famílias com maior número de espécies foram Asteraceae (90), Orchidaceae (79), Fabaceae (62), Melastomataceae (49), Myrtaceae (39), Poaceae (34), Bromeliaceae (27), Cyperaceae (26), Malpighiaceae (25) e Rubiaceae (21). Vale destacar que 37 espécies estão ameaçadas de extinção, sendo 21 em nível nacional e 16 a nível estadual. Estes resultados somados a presença de sítios arqueológicos, pinturas rupestres, cavernas e listagem preliminar com 264 espécies de aves; mostram a necessidade da implantação de uma Unidade de Conservação com maior proteção dos remanescentes das diversas formações vegetais do município do que a atual APA existente. Um “Guia fotográfico das plantas de Thomé” com mais de 350 espécies deste estudo está disponível para download em “slideshare”. Área de estudo Localizado na Serra da Mantiqueira na bacia do rio Grande, o município abrange uma área de 398 km2 limitando-se com os municípios de Três Corações, Luminárias, Conceição do Rio Verde, Baependi e São Bento Abade, apresenta elevação entre 870- 1436m; o clima é tropical de altitude com pluviosidade e temperatura média anual, respectivamente, 1.500 mm e 19°C. A cobertura vegetal apresenta as formações de Floresta Estacional Semidecídua Montana, Cerradão, Cerrado Rupestre, Campo Sujo, Campo Limpo, Campos de Altitude, Campos Rupestres, Matas Nebulares e Matas de Galeria. 1 HUSC - Herbário da Universidade Santa Cecília, Santos, SP, Brasil; 2Técnico Agrícola da Prefeitura Municipal de São Thomé das Letras, MG, Brasil; 3Ritmo Natural Pousada e Ecoturismo, São Thomé das Letras, MG, Brasil; 4IPBio – Instituto de Pesquisas da Biodiversidade, São Paulo, SP, Brasil;5Camping do Noel, São Thomé das Letras, MG, Brasil; 6 Loja Arteiros, São Thomé das Letras, MG, Brasil. Email para contato: pspsampaio@unisanta.br APG III . 2009. An Update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the Orders and Families of Flowering Plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161: 105–121. D' AURIA C.A. 2000. São Thomé das Letras na encruzilhada das fontes, dos tempos e dos saberes um estudo sobre etnografia e historicidade com registros audiovisuais. Dissertação de Mestrado, Unicamp. KAYAPÓ, R. São Thomé das Letras e a sua Verdadeira História. 2°ed.2015. LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 18 de Outubro de 2015. LOPES, R.F.M. 2012. Ecologia, etnoconhecimento e educação: integrando os saberes acadêmico e popular para a conservação do patrimônio natural e cultural de São Tomé Das Letras, Minas Gerais. Tese doutorado em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre, UFMG. LOPES, R.F.M.; FREITAS, V.L.O.; BARBOSA, P.M.M. 2013. Estrutura do componente arbóreo em áreas de cerrado no município de São Tomé Das Letras, MG. Revista Árvore, Viçosa, v.37, n.5, p.801-813. NETO, R.M.2012. O fenômeno cárstico em São Thomé Das Letras (Mg) e a mineração: evolução e degradação de cavernas em quartzito. Revista Brasileira de Geomorfologia 13 (4). SPECIESLINK. <http://www.splink.org.br > em 18 de Outubro de 2015. TECNOMINAS. 2003. Projeto de criação da APA São Thomé no município de São Thomé das Letras. Figura 1: A – Visão geral da Serra de São Thomé mostrando a cidade e pedreiras à esquerda e vegetação conservada à direita; B – Talude gerado pelas atividades de lavra (obtida de Neto 2012) C – Queimada; D - Parque Municipal Antônio Rosa lotado de turistas; E - Pintura Rupestre; F – Casa tombada pelo IEPHA . A B D E C Figura 2: A – Transição entre a Mata Atlântica (à direita) e o Cerrado (obtida de google earth, 2015); B, C – Floresta Estacional Semidecídua Montana; D, E – Campo Rupestre; F – Afloramentos rochosos presentes no Morro do Elefante (ao fundo); G, H – Mata de Galeria; I – Mata Nebular. A B D D C E F G H I Figura 3: A–Annona tomentosa (Annonaceae); B–Eremanthus erythropappus (Asteraceae); C–Hololepis pedunculata (Asteraceae); D–Lessingianthus rosmarinifolius (Asteraceae); E–Anemopaegma arvense (Bignoniaceae); F–Handroanthus ochraceus (Bignoniaceae); G–Zeyheria montana (Bignoniaceae); H–Aechmea nudicaulis (Bromeliaceae); I- Aechmea vanhoutteana (Bromeliaceae) foto Vânia Pereira; J–Ananas bracteatus (Bromeliaceae); K–Vriesea interrogatoria (Bromeliaceae); L–Arthrocereus melanurus (Cactaceae); M–Kielmeyera speciosa (Callophylaceae); N–Dichorisandra hexandra (Commelinaceae); O–Merremia macrocalyx (Convolvulaceae); P–Agarista hispidula (Ericaceae); Q– Ancistrotropis peduncularis (Fabaceae); R–Copaifera langsdorffii (Fabaceae) S–**Mimosa thomista** (Fabaceae); T– Calolisianthus pedunculatus (Gentianaceae); U-Paliavana sericiflora (Gesneriaceae); V-Cipura paludosa (Iridaceae); W- Trimezia juncifolia (Iridaceae) X-Lafoensia pacari (Lythraceae); Y–Camarea hirsuta (Malpighiaceae); Z–Svitramia hatschbachii (Melastomataceae); AA–Cattleya loddigesii (Myrtaceae) foto Vânia Pereira; AB–Laplacea fructicosa (Theaceae); AC–Vellozia tomeana (Velloziaceae) foto Iacy Nogueira; AD–Stachytarpheta sellowiana (Verbenaceae) foto Marques Leite. Legenda: em vermelho espécies ameaçadas de extinção; em roxo as descobertas em São Thomé das Letras. C A B C D E F G H I J ONMLK P Q R S T YXWVU Z AA AB AC AD BIBLIOGRAFIA F