Estes slides tem por objetivo analisar a eficácia do Projeto de Lei (PL) do PDDU- Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador na promoção do desenvolvimento econômico de Salvador. A análise do PL do PDDU na parte relativa ao Título III - DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO permite constatar que a proposta de política de desenvolvimento econômico de Salvador com suas diretrizes são insuficientes para alcançar o objetivo pretendido, sobretudo, na conjuntura atual de crise profunda da economia brasileira e mundial de efeitos danosos para a economia de Salvador.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
Análise econômica do PL do PDDU de Salvador
1. 1ª OFICINA: PROJETO DE LEI DO PDDU
DE SALVADOR
Promoção: Ministério Público Estadual
AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS
ECONÔMICOS DO PL DO PDDU
DE SALVADOR
• Fernando Alcoforado
2. Avaliação do PL do PDDU de Salvador
• O PL do PDDU de Salvador peca pelo fato de se apoiar no Plano Salvador
500 que apresenta na sua elaboração três falhas metodológicas
fundamentais:
1) não ter utilizado a técnica de cenários estratégicos prospectivos sobre os
ambientes econômico, político, tecnológico, social e ecológico no Brasil e
no mundo que possibilitariam traçar futuros plausíveis para Salvador até
2049;
2) não considerar as consequências da crise mundial do capitalismo, da
atual crise estrutural do Brasil e da mudança climática sobre a cidade de
Salvador; e,
3) não considerar as interligações econômicas de Salvador com o mercado
mundial, o intercâmbio comercial de Salvador com os demais estados do
País, o intercâmbio de Salvador com suas áreas de influência na Bahia e
fora da Bahia e o intercâmbio de Salvador com as áreas mais dinâmicas
da Bahia inclusive a RMS (Região Metropolitana de Salvador).
• Estas falhas metodológicas contribuíram para que o PL do PDDU de
Salvador não se constituísse em um real instrumento de promoção do
desenvolvimento econômico de Salvador na atualidade e no futuro até
2049.
3. CONCEITO DE CENÁRIO
• A descrição sobre um futuro e de seu
caminho correspondente constitui um
cenário.
• O cenário é um conjunto formado pela
descrição de uma situação futura e do
caminho dos acontecimentos que
permitem passar da situação origem à
situação futura.
4. FINALIDADE DOS CENÁRIOS
• Preparar a organização para as crescentes
incertezas do futuro
• Apoiar a tomada de decisão para formulação dos
grandes objetivos e estratégias institucionais
• Identificar oportunidades e riscos originados de
mudanças no ambiente externo
• Referencial para a elaboração do plano
estratégico da organização
5. MÉTODO DOS CENÁRIOS
(GODET)
Delimita-
ção do
Sistema
e
Pesquisa
de
Variáveis
Chaves
Análise
dos Jogos
dos Atores
RETROS-
PECTIVA
•Mecanis-
mos
•Tendências
•Atores
Motores
•Variáveis
Externas
Motrizes
•Variáveis
Internas
Motrizes
Análise
Estrutural
ESTRA-
TÉGIA
DOS
ATORES
Fenômeno
Estudado
(Variáveis
Internas)
Ambiente
Geral
(Variáveis
Externas)
SITUA-
ÇÃO
ATUAL
•Germes de
Mudanças
•Projetos
dos
Atores
Jogo de
Hipóteses
probabilís-
ticas
sobre as
Variáveis
Chaves
para o
futuro
Método
de
expert
CENÁRIOS
-Caminhos
-Imagens
-Previsões
ESTRA-
TÉGIAS
ALTER-
NATIVAS
Métodos
Multicri-
térios
PLANO
DE
AÇÃO
6. Processo de Elaboração dos Cenários
Oficinas de capacitação metodológica e
construção de cenários
Entrevistas Com
Gerentes e
Especialistas:
Incertezas X
Certezas
Grandes
Tendências e
Questões
Nivelamento
conceitual e
metodológico
Macrocenários
Mundiais e Nacionais
Consolidação
dos cenários
Atividades
Preparatórias
Mapeamento de
tendências
Varreduras na
internet
Consultas a
Especialistas
Geração
de
cenários
Desenvolvimento
dos cenários
mais Prováveis
Evento de validação dos
cenários e reflexão
estratégica
Metodologia de
monitoramento
7. Pontos fracos do PL do PDDU de Salvador
• Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar as interligações econômicas de
Salvador com o mercado mundial com o incremento das exportações de bens e
serviços produzidos na cidade e em outras regiões da Bahia embarcados em Salvador
as quais contribuiriam para elevar os níveis de emprego e renda do Município de
Salvador e do Estado da Bahia
• Não estabeleceu diretrizes no sentido de substituir importações com a produção em
Salvador e em outras regiões da Bahia de bens e serviços importados que
contribuíssem para elevar os níveis de emprego e renda do Município de Salvador e
do Estado da Bahia
• Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar o intercâmbio comercial de
Salvador com os demais estados do País com a produção em Salvador de bens e
serviços importados de outros estados que contribuíssem para elevar os níveis de
emprego e renda do Município de Salvador e do Estado da Bahia
• Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar o intercâmbio com a área de
influência de Salvador (Aracaju, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Vitória da
Conquista, Barreiras, Petrolina–Juazeiro, Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo
Afonso, Santo Antônio de Jesus, Itabaiana, Eunápolis, Bom Jesus da Lapa, Brumado,
Senhor do Bonfim, Alagoinhas, Cruz das Almas, Itaberaba, Ribeira do Pombal e
Valença) com a produção em Salvador de bens e serviços visando atender sua
demanda
• Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar o intercâmbio de Salvador com as
áreas dinâmicas do Estado da Bahia (Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas, Feira
de Santana, Juazeiro, Vitória da Conquista, Irecê, Guanambi, Barreiras e municípios
do Litoral Norte, Litoral Sul e Extremo Sul) com a produção em Salvador de bens e
serviços visando atender sua demanda
• Não delineou estratégias eficazes para o desenvolvimento do turismo, da indústria da
construção civil e para a produção de bens e serviços em Salvador
8. O SISTEMA DE CIDADES
• As cidades são um ecossistema onde tudo está inter-
relacionado e tudo é interdependente. A cidade é um
sistema aberto, em que o “input”, ou seja, a entrada
desse sistema, conta com a energia, a informação, as
matérias-primas, os produtos alimentares e o
“output”, a saída, é constituída pela inovação,
resíduos, produtos fabricados, etc. (BEAUJEU-
GARNIER, 1980).
• Este sistema vive, desenvolve-se, mantendo sua
organização estrutural à custa do ambiente de que ele
próprio é indissociável apresentando características
específicas porque integra, simultaneamente, o meio
físico e a ação da sociedade
• As cidades nasceram para facilitar o intercâmbio de
bens materiais, informações, cultura e conhecimento.
9. A economia de Salvador
• Salvador é uma metrópole regional de baixa renda
com indicadores econômicos bem abaixo das
metrópoles e regiões metropolitanas do Sul e Sudeste
do Brasil.
• Salvador é a capital brasileira de maior desemprego e
menor renda.
• Na formação do PIB de Salvador, a agropecuária
contribui com 0,06%, a indústria com 20,99% e os
serviços com 78,94%.
• Percebe-se, portanto, que Salvador é uma cidade
predominantemente de serviços.
• A economia de Salvador é, indiscutivelmente, uma
economia de serviços fortemente apoiada no turismo,
no setor imobiliário e serviços das mais diversas
naturezas.
10. Índice do PIB do Brasil, do Nordeste e
da Bahia
Fonte: FIPE.Estudos Econômicos - Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
11. Índice do PIB de Salvador, da RMS
sem Salvador e da Bahia sem RMS
Fonte: FIPE.Estudos Econômicos - Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
12. Dispersão nível (2012) x crescimento
do PIB per capita (1999-2012)
Fonte: FIPE.Estudos Econômicos - Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
13. Pessoas com 10 anos ou mais de idade, ocupadas
no período de 365 dias no ano na RMS, por
condição de atividades - 2011
Setor econômico Pessoas ocupadas Pessoas ocupadas (%)
Primário 29.000 1,4
Secundário 454.000 23,0
Terciário 1.495.000 75,6
Total 1.978.000 100,0
Fonte: Mello e Silva, Nentwig Silva e Pirajá Silva. A Região Metropolitana de Salvador na rede urbana brasileira e sua configuração interna, 2014.
20. Intercâmbio de Salvador com o mercado
mundial - Importações da Bahia por Origem
Fonte:SECEX, elaboração FIEB/SDI
21. Estratégias para o intercâmbio de
Salvador com o mercado mundial
• O intercâmbio de Salvador com o mercado
mundial deveria consistir na produção em
Salvador e RMS de bens e serviços visando
atender a demanda do mercado mundial e
na substituição de bens e serviços
importados com a produção interna.
• Seria importante determinar os bens e
serviços exportados e importados em
Salvador e RMS visando incrementar sua
produção em Salvador para supri-los.
22. Saldo no Comércio Interestadual
(2003)
Fonte: Magalhães, Aline Souza. O comércio por vias internas e seu papel sobre crescimento e desigualdade regional no Brasil. Belo Horizonte, MG UFMG/
Cedeplar 2009
23. Estratégias para o intercâmbio de
Salvador com os estados do Brasil
• O intercâmbio de Salvador com os estados
do Brasil deveria consistir na produção em
Salvador e RMS de bens e serviços visando
atender a demanda do mercado dos
estados do Brasil e na substituição de bens
e serviços importados desses estados com a
produção interna.
• Seria importante determinar os bens e
serviços exportados e importados de outros
estados visando incrementar sua produção
em Salvador para supri-los.
24. Intercâmbio com a área de influência
de Salvador
Fonte: IBGE. Regiões de Influências das cidades, 2007
25. Intercâmbio com a área de influência
de Salvador
• Segundo o IBGE, a área de influência de Salvador abrange
os Estados da Bahia e de Sergipe, dividindo o comando de
parte do oeste da Bahia com Brasília, e tem como centros:
Aracaju, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Vitória da
Conquista, Barreiras, Petrolina, Juazeiro, Guanambi, Irecê,
Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus,
Itabaiana, Eunápolis, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Senhor
do Bonfim, Alagoinhas, Cruz das Almas, Itaberaba, Ribeira
do Pombal e Valença.
• Salvador e sua rede de influência respondem por 8,8% da
população do País e 4,9% do PIB nacional.
• Salvador concentra 22,4% da população e 44,0% do PIB de
sua área de influência, com um PIB per capita de R$ 12,6
mil.
26. Intercâmbio com a área de influência de
Salvador - Região Metropolitana de Salvador
(RMS)
Fonte: Mello e Silva, Nentwig Silva e
Pirajá Silva. A Região Metropolitana de Salvador na rede urbana brasileira e sua configuração interna, 2014.
27. Estratégias para o intercâmbio com a área
de influência de Salvador
• O intercâmbio de Salvador com sua área
de influência deveria consistir na
produção em Salvador de bens e
serviços visando atender a demanda de
sua área de influência.
• Seria importante determinar a demanda
de bens e serviços na área de influência
de Salvador visando incrementar sua
produção em Salvador para supri-los.
28. Intercâmbio de Salvador com as áreas
dinâmicas da Bahia (ligações rodo-ferroviárias)
42 40 38
9
11
3
15
1
7
19
1
42 40 38
9
11
13
15
46 44
MARANHÃO
P
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ESPÍRITO SANTO
P
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R N A M B U C
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G
OIÁ
S
TOCANTINS
SERGIPE
Ferrovia
Rodovia
Cidades Importantes
Áreas Dinâmicas
ESCALA 1:6.000.000
60 0 60 120 180km
OCEANOATLANTICO
RioSão
F
ra
n
c
i
s
c
o
Barreiras
Irecê
Senhor do
Bonfim
Juazeiro
Feira de
Santana
Alagoinhas
S.Antônio
de Jesus MR de
Salvador
IlhéusItabuna
Porto Seguro
Eunápolis
Itamaraju
Teixeira
de Freitas
Vitória da
Conquista
Jequié
Caetité
Guanambi
Paulo Afonso
Fonte: Porto e Carvalho, 1996.
29. ÁREAS DINÂMICAS DA BAHIA
• As áreas dinâmicas da economia do Estado da Bahia são a
Macrorregião de Salvador, o Litoral (inclusive Salvador), e as
regiões sob a influência de Juazeiro, Vitória da Conquista, Irecê,
Guanambi e Barreiras.
• A Macrorregião de Salvador abrange os municípios de Salvador,
Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas e Feira de Santana.
• O Litoral da Bahia abrange o Litoral Norte, Litoral Sul e Extremo
Sul e engloba, também, a Macrorregião de Salvador.
• O Litoral da Bahia é constituído de um continuum de
subespaços composto pelas indústrias da Macrorregião de
Salvador, pela produção cacaueira (Região Sul), pela produção
de papel e celulose (Região do Extremo Sul) absorvendo mais
de 75% do fluxo turístico do Estado (Região de Salvador, Porto
Seguro e Ilhéus.
30. ÁREAS DINÂMICAS DA BAHIA
• Barreiras se destaca como a região de maior dinamismo agrícola
da Bahia como a única a produzir soja, pela crescente pecuária
bovina, além de produzir frutas diferenciadas.
• Vitória da Conquista se destaca pela produção cafeeira, pela
pecuária bovina (Itapetinga) e olerícolas (Jaguaquara e Itiruçu).
Irecê, sempre associada como a maior região produtora de
feijão do Estado, amplia e diversifica para hortícolas e
frutícolas.
• Juazeiro emprega os processos produtivos mais modernos do
Estado em termos da agroindústria, contem uma pauta
diversificada de produção de frutas para exportação e, em
menor escala, a produção de hortícolas.
• A região de Guanambi, especializada na produção de algodão
vem buscando outras alternativas, inclusive a extração de
urânio em Caetité.
31. Estratégias para o intercâmbio com as
áreas dinâmicas da Bahia
• O intercâmbio de Salvador com as áreas
dinâmicas do Estado da Bahia deveria consistir
na produção em Salvador de bens e serviços
visando atender a demanda de todos os
municípios do Estado da Bahia localizado em
suas áreas dinâmicas.
• Seria importante determinar a demanda de bens
e serviços nos municípios das áreas dinâmicas
visando incrementar sua produção em Salvador
para supri-los.
32. Pontos fortes e fracos no turismo de
Salvador
Pontos fortes
• Salvador e o seu entorno possuem imenso potencial turístico que vem
atraindo grupos internacionais interessados, sobretudo, na realização
de investimentos na área de hospedagem/equipamentos de lazer,
construindo hotéis, resorts e pousada.
• Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009",
realizada pelo Vox Populi, a Bahia é o destino turístico preferido dos
brasileiros.
• O Carnaval de Salvador é o grande destaque pela sua importante
repercussão nacional e internacional.
• Apesar de ainda necessitar de muitas melhorias, Salvador possui uma
boa infraestrutura hoteleira em geral.
• O Aeroporto Internacional de Salvador é o quinto mais movimentado
do Brasil.
• Do ponto de vista global, a atividade turística em Salvador vem se
desenvolvendo com destaque para o turismo de negócios.
• Salvador possui papel de destaque no mercado turístico nacional,
sendo o 3º destino mais visitado (e o 4º mais desejado) em viagens
domésticas. Apenas 15% das viagens a Salvador são exclusivamente a
lazer (53% dos visitantes são provenientes da Bahia).
• A cidade de Salvador passou a ser a primeira colocada na
movimentação de cruzeiros entre portos do Nordeste e a segunda do
País.
• O porto de Salvador passou a dispor de um Terminal para Cruzeiros
Marítimos em dezembro de 2014.
• Entre os grandes investimentos turísticos há um conjunto de projetos e
lançamentos de cunho cultural e ambiental, nos limites da cidade
antiga, que explora sua relação com o mar, direcionando-se para a Baía
de Todos os Santos que, de alguma forma, tem atraído para esta área
empreendimentos habitacionais para o segmento de alta renda.
Pontos fracos
• Desde o final de 2014, 10 hotéis de pequeno porte fecharam as
portas em Salvador. A situação é grave e atinge investimentos dos
mais diversos portes.
• O porto de Salvador é considerado o pior porto do Brasil por se
encontrar completamente desaparelhado, tanto para as
operações de embarque e desembarque de mercadorias como de
passageiros.
• O porto de Salvador acumula problemas estruturais como a
profundidade insuficiente para receber grandes navios, aliados a
outros como a dificuldade de acesso rodoviário e, no que se refere
ao transporte de mercadorias, lentidão na armazenagem, falta de
cobertura para os caminhões de carga e descarga, dentre outros.
• Perda de competitividade de Salvador em relação aos
empreendimentos turísticos localizados mais atrativos existentes
no Litoral Norte.
33. Estratégias para o desenvolvimento do turismo
em Salvador
• Envidar esforços para melhorar as condições operacionais do Aeroporto de
Salvador.
• Envidar esforços para promover o turismo em Salvador no Brasil e no exterior
visando elevar o afluxo de turistas na cidade.
• Modernizar o porto de Salvador para viabilizar as operações de embarque e
desembarque de mercadorias e de passageiros.
• Atrair grupos internacionais interessados, sobretudo, na realização de
investimentos na área de hospedagem/equipamentos de lazer, construção de
hotéis, resorts e pousadas em Salvador.
• Divulgar amplamente no Brasil e no exterior o Carnaval de Salvador para atrair o
máximo de turistas.
• Estimular o turismo de negócios em Salvador.
• Incrementar a movimentação de cruzeiros de Salvador para portos do Brasil.
• Incentivar investimentos turísticos de cunho cultural e ambiental, nos limites da
cidade antiga.
• Envidar esforços para tornar os empreendimentos turísticos localizados em
Salvador mais atrativos do que os existentes no Litoral Norte.
• Elaborar um plano de recuperação e preservação do Centro Histórico de Salvador
que abriga o maior acervo barroco do mundo fora da Europa que poderia gerar
milhões de reais à economia da cidade com o desenvolvimento do turismo.
• Transformar Salvador como portão (e portal) de entrada para o Norte e Nordeste
do País.
34. Pontos fortes e fracos da indústria de
construção civil
Pontos fortes
• Após muitos anos investindo na construção de imóveis de alto padrão,
para os segmentos de renda alta e média alta, o setor imobiliário
baiano constrói maciçamente para os segmentos de renda média.
• A expansão do comércio, serviços e habitações acontece na direção da
conurbação com os municípios de Lauro de Freitas, notadamente na
faixa litorânea.
• Há uma grande tendência de difusão de shopping centers pelo espaço
metropolitano, seguindo o vetor norte litorâneo, que representa
indicador da consolidação deste vetor e um estímulo a novos
empreendimentos habitacionais.
• Tendência de expansão de habitações para as faixas de renda média,
pequenos condomínios fechados e villages em bairros próximos ao
limite de Salvador e no município vizinho de Lauro de Freitas.
• Novos empreendimentos, direcionados ao setor empresarial, têm
buscado novas localizações e novos formatos.
• A ocupação da Orla Atlântica de Salvador pelos grupos dos grandes
empresários e executivos de empresas acontece em uma mancha
praticamente contínua, limitada a Oeste pela Avenida Paralela.
• Nos espaços onde se concentram as “classes superiores”, encontram-
se os equipamentos públicos e privados mais importantes, modernos
centros comerciais e de serviços, redes de infraestrutura – energia,
esgoto, água, telefonia, coleta de lixo e sistema viário.
• Empreendimentos ligados ao setor turístico ocupam a orla atlântica,
no vetor norte da RMS.
• Os preços dos imóveis são maiores na região Sul da cidade, na área
central da cidade e na orla atlântica. Essas são também as áreas que
mais se valorizaram de 2012 a 2014, segundo a ADEMI-BA.
• A construção civil na Bahia, por conta do déficit habitacional e de
outros fatores, ainda tem espaço para crescer, especialmente se atuar
focada na classe C.
Pontos fracos
• No Estado da Bahia e em Salvador, o setor imobiliário teve grande
expansão de 2004 a 2008. A crise econômica que eclodiu nos
Estados Unidos em 2008 repercutiu na Bahia e em Salvador com a
queda dos lançamentos em 2009, recuperação em 2010 seguido
de declínio até 2014. Após atingir o pico em dezembro de 2013, o
preço dos imóveis em Salvador passou a apresentar declínio.
• O setor imobiliário em Salvador vendeu 5.019 unidades
habitacionais em 2014 com um crescimento da ordem de 30% em
relação a 2013 e o melhor desempenho desde 2012. E mesmo
assim a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário da
Bahia (ADEMI- BA) afirma que o setor está em plena
desaceleração e com poucas perspectivas para 2015. As
perspectivas para 2015 são de poucos lançamentos e, mesmo no
âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal,
o ajuste fiscal pode travar os repasses. Todos os analistas
econômicos do Brasil sabem que 2015 será um ano difícil, com
inflação em alta e mercado recessivo.
• A crise do setor imobiliário em Salvador se localiza na orla
Atlântica e no miolo da cidade onde os novos lançamentos são
raros e a compra de terrenos ficou impraticável por causa dos
valores elevados da outorga onerosa estabelecido pela Prefeitura
de Salvador e dos problemas com o PDDU.
• A indústria da construção emprega cerca de 50 mil trabalhadores
apenas em Salvador sendo, portanto, um setor intensivo em mão
de obra.
• Problemas como o da outorga onerosa, somado à judicialização do
PDDU e da Louos, travam os lançamentos e comprometem
empregos. Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged-Ministério do Trabalho) aponta que em
apenas um ano desapareceram sete mil postos de trabalho na
capital baiana, quase 13% da massa salarial. As perdas são
progressivas porque não há novas obras começando.
• Em 2015, será difícil para o setor imobiliário crescer em um
cenário de recessão econômica, agravado por problemas como a
indefinição do PDDU de Salvador, aumento da outorga onerosa,
entre outros fatores.
35. Estratégias de desenvolvimento da
indústria de construção civil em Salvador
• Elaborar Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e Lei
de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) que
contribuam para reativar o setor imobiliário de Salvador.
• Incentivar a expansão imobiliária em Salvador com a concessão de
incentivos fiscais para quem constrói e para o comprador do
imóvel.
• Incentivar o fortalecimento de empresas baianas de construção
civil pesada responsável pela execução de obras de infraestrutura
e edificações.
• Incentivar a construção de imóveis de alto padrão, para os
segmentos de renda alta e média alta e, também, para os
segmentos de renda média.
• Incentivar novos empreendimentos imobiliários direcionados ao
setor empresarial.
• Incentivar a expansão da construção civil em Salvador para reduzir
seu déficit habitacional.
• Dotar a cidade de infraestrutura urbana que dê suporte aos novos
empreendimentos imobiliários.
36. Pontos fortes e fracos na produção de
bens e serviços em Salvador
Pontos fortes
• A Região Metropolitana de Salvador concentra um robusto
parque produtivo, capaz de aglutinar serviços das mais
diversas naturezas.
• No processo de industrialização da RMS, a administração
pública ganha maior peso, o comércio varejista acelera sua
renovação, com a multiplicação de shopping centers e
supermercados.
• Os serviços de consumo coletivo (notadamente educação e
saúde) e outros serviços de consumo intermediário ou final
(engenharia, transporte, telecomunicações) conhecem
significativo desenvolvimento.
• Na virada do século XX para o século XXI, amplo conjunto de
atividades industriais e “terciárias” criou as condições para a
rápida expansão e diversificação dos serviços empresariais.
Como em toda metrópole contemporânea, são esses
serviços – business services ou, mais precisamente,
business-to-business services (B2B) – que constituirão a
coluna vertebral da economia soteropolitana no século XXI.
• A estrutura econômica de Salvador, com papel principal
desempenhado pelo setor de serviços, tem reflexo na
estrutura ocupacional. A grande maioria da mão de obra
está empregada no setor de comércio e serviços. No setor
industrial ganha destaque a construção civil.
• Existência de grande número de instituições dedicadas à
educação superior localizadas em Salvador.
• Grande número de pequenas indústrias de alimentos,
materiais de construção, construção residencial, mobiliário,
gráficas e de serviços pessoais, serviços imobiliários, do
varejo de bairro, bem como do comércio de materiais de
construção.
Pontos fracos
• Não haver em Salvador a aglutinação de serviços das mais
diversas naturezas para atender a demanda da Região
Metropolitana de Salvador, do Recôncavo e de Feira de
Santana onde se concentra um robusto parque produtivo,
bem como todo o Estado da Bahia.
• Ausência de planejamento integrado da RMS e de sistema
de gestão em rede.
37. Estratégias de desenvolvimento da
produção de bens e serviços em Salvador
• Incentivar o desenvolvimento da pequena indústria urbana de alimentos, materiais de
construção, construção residencial, mobiliário, gráficas e a expansão de serviços pessoais, dos
serviços imobiliários, do varejo de bairro, bem como do comércio de materiais de construção.
• Incentivar investimentos em serviços de consumo coletivo (notadamente educação e saúde) e
outros serviços de consumo intermediário ou final (engenharia, transporte, telecomunicações)
em Salvador.
• Fortalecer instituições dedicadas à educação superior localizadas em Salvador.
• Incrementar em Salvador os serviços empresariais – business services ou, mais precisamente,
business-to-business services (B2B) – para se constituírem na coluna vertebral da economia
soteropolitana no século XXI.
• Incrementar a economia de Salvador como uma economia de serviços em transição de atividades
de consumo corrente e local para atividades superiores exportáveis: serviços prestados às
empresas, serviços sociais (saúde e educação), produção de conhecimento, cultura e turismo.
• Criar as condições para Salvador se capacitar na oferta de três tipos de serviços: 1) Business
services, isso é, serviços de consumo intermediário, que asseguram uma infraestrutura
capacitada a atrair e manter investimentos, entre os quais se destacam os serviços empresariais,
intensivos em conhecimento; 2) Turismo de lazer e de negócios, incluindo dois dos seus
segmentos mais dinâmicos – o turismo cultural e o de eventos; e, 3) Serviços sociais de consumo
coletivo, que podem ser crescentemente exportados para outras regiões da Bahia e, mesmo, para
outros estados, notadamente nas áreas de educação (ensino superior) e saúde (polo médico).
• Transformar Salvador em centro nacional exportador de serviços superiores, cultura e
conhecimento.
• Promover a aglutinação em Salvador de serviços das mais diversas naturezas para atender a
demanda da Região Metropolitana de Salvador, do Recôncavo e de Feira de Santana onde se
concentra um robusto parque produtivo, bem como todo o Estado da Bahia.
• Liderar movimento para o planejamento integrado da RMS e a implantação de sistema de gestão
em rede.