O documento busca conceituar política a partir de uma revisão da literatura sobre o tema. Primeiramente, apresenta as perspectivas polarizadas de Hannah Arendt e Max Weber sobre política, sendo a primeira centrada no consenso e a segunda no conflito. Em seguida, discute a visão de Jürgen Habermas, que contempla aspectos de ambas as abordagens. Finalmente, aborda a perspectiva de Carl Schmitt, focada na distinção amigo/inimigo.
Este documento resume o conteúdo do livro "Cartas aos Meus Amigos sobre a Crise Social e Pessoal no Momento Actual". O autor escreveu dez cartas entre 1991-1993 sobre a situação global e pessoal naquele período turbulento. As cartas discutem temas como a desintegração das instituições, novas sensibilidades, e a estrutura do pensamento político-social do autor.
This document discusses Micro, Small, and Medium Enterprises (MSMEs) in India. It defines MSMEs based on the number of employees and investment levels. In India, MSMEs are defined by investment levels in plant/machinery or equipment, with micro enterprises having less than 25 lakh investment, small between 25 lakh to 5 crore, and medium more than 5 crore to 10 crore. MSMEs make up 13 million units employing over 42 million people and contribute significantly to manufacturing, exports, and GDP. The government supports MSMEs through various schemes for credit, technology, marketing, exports, and cluster development.
O documento discute a democracia, sua origem na Grécia Antiga e formas como a democracia direta e indireta. Explica que a democracia é o governo do povo, enquanto outros sistemas como a tirania e oligarquia beneficiam poucos. Também destaca a visão de Aristóteles de que o homem é um "animal político" e a importância da política e debate público no pensamento grego.
O documento apresenta um resumo de 3 frases ou menos da seguinte forma:
1) O documento é a dissertação de mestrado da autora Vera Regina Pereira de Andrade defendida em 1987 sobre o tema da cidadania no Brasil, abordando os discursos jurídicos, liberais e contextualizados historicamente.
2) A autora analisa como a cidadania é tratada na teoria jurídica brasileira de forma individualista e despolitizada, e como emergiu no contexto do Estado capitalista ligada aos direitos civ
1. O texto apresenta um documento contendo 50 questões sobre língua portuguesa e conhecimentos pedagógicos.
2. As questões abordam tópicos como cidadania, etimologia, sintaxe e concordância verbal.
3. O texto também discute conceitos como qualidade na educação, didática e pedagogia libertadora.
3 sociologia da educação - rodrigues, alberto tosivanessa Ribeiro
O documento discute a visão de Durkheim sobre a sociologia da educação. Durkheim via a sociedade como um "reino moral" que exerce influência sobre os indivíduos através de valores e normas coletivas. Ele defendia que a sociologia deveria estudar os fatos sociais de forma objetiva, como leis naturais. Isso influenciava sua visão de que a educação serve para transmitir e conservar os valores da sociedade.
Este documento discute a filosofia política e conceitos relacionados como Estado, nação, participação cívica e direitos humanos. Ele fornece definições de termos-chave e discute como a filosofia política examina questões como o poder do Estado, participação dos cidadãos e justiça social. O documento também analisa como a filosofia política se relaciona com conceitos como constituição, governo e nação.
Este documento resume o conteúdo do livro "Cartas aos Meus Amigos sobre a Crise Social e Pessoal no Momento Actual". O autor escreveu dez cartas entre 1991-1993 sobre a situação global e pessoal naquele período turbulento. As cartas discutem temas como a desintegração das instituições, novas sensibilidades, e a estrutura do pensamento político-social do autor.
This document discusses Micro, Small, and Medium Enterprises (MSMEs) in India. It defines MSMEs based on the number of employees and investment levels. In India, MSMEs are defined by investment levels in plant/machinery or equipment, with micro enterprises having less than 25 lakh investment, small between 25 lakh to 5 crore, and medium more than 5 crore to 10 crore. MSMEs make up 13 million units employing over 42 million people and contribute significantly to manufacturing, exports, and GDP. The government supports MSMEs through various schemes for credit, technology, marketing, exports, and cluster development.
O documento discute a democracia, sua origem na Grécia Antiga e formas como a democracia direta e indireta. Explica que a democracia é o governo do povo, enquanto outros sistemas como a tirania e oligarquia beneficiam poucos. Também destaca a visão de Aristóteles de que o homem é um "animal político" e a importância da política e debate público no pensamento grego.
O documento apresenta um resumo de 3 frases ou menos da seguinte forma:
1) O documento é a dissertação de mestrado da autora Vera Regina Pereira de Andrade defendida em 1987 sobre o tema da cidadania no Brasil, abordando os discursos jurídicos, liberais e contextualizados historicamente.
2) A autora analisa como a cidadania é tratada na teoria jurídica brasileira de forma individualista e despolitizada, e como emergiu no contexto do Estado capitalista ligada aos direitos civ
1. O texto apresenta um documento contendo 50 questões sobre língua portuguesa e conhecimentos pedagógicos.
2. As questões abordam tópicos como cidadania, etimologia, sintaxe e concordância verbal.
3. O texto também discute conceitos como qualidade na educação, didática e pedagogia libertadora.
3 sociologia da educação - rodrigues, alberto tosivanessa Ribeiro
O documento discute a visão de Durkheim sobre a sociologia da educação. Durkheim via a sociedade como um "reino moral" que exerce influência sobre os indivíduos através de valores e normas coletivas. Ele defendia que a sociologia deveria estudar os fatos sociais de forma objetiva, como leis naturais. Isso influenciava sua visão de que a educação serve para transmitir e conservar os valores da sociedade.
Este documento discute a filosofia política e conceitos relacionados como Estado, nação, participação cívica e direitos humanos. Ele fornece definições de termos-chave e discute como a filosofia política examina questões como o poder do Estado, participação dos cidadãos e justiça social. O documento também analisa como a filosofia política se relaciona com conceitos como constituição, governo e nação.
1) O documento discute a intervenção clínica em relação à violação dos direitos humanos no Brasil nos anos 1970 no contexto da ditadura militar.
2) Apresenta o Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, criado em 1985 para denunciar mortes e desaparecimentos políticos durante a ditadura e lutar contra a impunidade dos torturadores.
3) Destaca o projeto pioneiro do grupo de apoio psicológico, médico e reabilitação social para vítimas da tortura, com o objetivo de contribuir para a
O documento discute os conceitos de política e poder. Define política como a atividade humana relacionada ao Estado e à administração pública desde a Antiguidade. Aristóteles via política como uma continuação da ética aplicada à vida pública. No pensamento moderno, o termo passou a estar ligado ao poder. O poder é a capacidade de influenciar o comportamento de outros por meios como força econômica, ideológica ou política.
O ESTADO MODERNO: DIREITO E MÚSICA NA ERA VARGAS Jefferson Antonione RODRIGUESmurist
O documento discute a relação entre o Estado, o Direito e a música no período de 1920 a 1951 no Brasil, focando no Estado Novo de Getúlio Vargas. Aborda como a música refletiu valores da sociedade brasileira nessa época e como o Estado usou a música para comportamento expressivo. Também analisa teorias clássicas sobre o Estado, como Maquiavel, Hobbes, Locke e Montesquieu.
O documento descreve a estrutura e objetivos da Fundação Alexandre de Gusmão, uma instituição vinculada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Ele fornece detalhes sobre a liderança da fundação e seu papel em promover o entendimento público sobre assuntos internacionais e a política externa brasileira. O documento também apresenta um livro publicado pela fundação sobre a construção de uma ordem internacional justa.
1. A categoria de formação social é importante para estudar as sociedades e o método marxista, mas foi pouco discutida por muito tempo. Recentemente, houve um renovado interesse no tema.
2. As formações econômicas e sociais referem-se a sociedades específicas em momentos de sua evolução, não à "sociedade em geral". Elas evoluem sistematicamente como um todo coerente.
3. É necessária a distinção entre modo de produção e formação social. O modo de produção representa as possibilidades de real
1. O documento é uma monografia apresentada por Anderson Balbinot para obtenção de grau de bacharel em filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul sobre o pensamento de Hannah Arendt.
2. A monografia analisa como Hannah Arendt entende a violência como uma atividade decorrente do trabalho e em oposição à ação.
3. O trabalho é caracterizado pelo isolamento do trabalhador e busca estabilidade através da produção de objetos, enquanto a ação se dá na esfera pública
O documento discute o significado de cidadania, democracia e tolerância. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre esses temas ao longo da história. Argumenta que o diálogo é essencial para resolver problemas complexos na sociedade de forma pacífica e justa.
Este documento descreve a natureza do estado. O estado é a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção através de impostos e ameaças, em vez de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da exploração e da depredação da propriedade privada, em contraste com o "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Se, então, o estado não somos “nós”, se ele não é a “família humana” se reunindo para decidir sobre os problemas mútuos, se ele não é uma reunião fraterna ou clube social, o que é afinal?
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http://twitter.com/revistacalibre
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da depredação da propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado representa o "meio político" de aquisição de riqueza através da exploração e confisco de propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da depredação da propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Murray rothbarth a anatomia do estado [50]Alvanice Souza
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da depredação da propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
O documento discute a evolução histórica da Teoria Geral do Estado como disciplina, desde Aristóteles e Platão na Grécia Antiga até seu desenvolvimento como ciência autônoma no século XIX. Apresenta também conceitos-chave da disciplina e teorias sobre a origem da sociedade e do Estado, incluindo teorias naturalistas, contratualistas e da família.
O documento discute:
1) A definição de política segundo Aristóteles como uma continuação da ética aplicada à vida pública e investigação das instituições capazes de propiciar uma melhor maneira de viver em sociedade.
2) As três formas de poder - econômico, ideológico e político - e como cada um contribui para estruturar a sociedade em grupos desiguais.
3) A relação entre Igreja e Estado ao longo da história, especialmente o perigo da Igreja se corromper quando se une ao Estado
Este documento discute a evolução da ciência política como disciplina, desde suas origens na Grécia Antiga até os dias atuais. Primeiro, aborda como Maquiavel e Hobbes ajudaram a definir seu objeto de estudo como a ação humana intencional na história. Em seguida, contrasta as visões racionalistas de Hobbes versus a visão baseada em costumes de Hume. Por fim, discute como a ciência política passou a se envolver com engenharia institucional ao estudar formas de governo representativo.
[1] O documento discute a importância de aceitar a legitimidade do outro como pressuposto fundamental da democracia. A democracia se baseia no princípio de que as pessoas podem gerar projetos de convivência que reconheçam a legitimidade de todos, ao contrário da autocracia que nega o outro.
[2] Para haver democracia, não pode haver a ideia de que existem inimigos naturais ou campos opostos. Isso leva à negação do outro e à autocracia. A democracia exige
Este trabalho resulta da compilação das anotações do curso de Ciência Política lecionado pelo professor Clóvis de Barros Filho, da Universidade de São Paulo através da plataforma Veduca.
O documento discute a democracia direta na Grécia antiga e sua comparação com a democracia moderna. Ele afirma que na Grécia antiga, o poder político era exercido publicamente na praça da cidade, em contraste com o poder oculto dos palácios. Além disso, discute que na democracia grega, as decisões políticas frequentemente giram em torno de festas e assuntos religiosos, ao contrário da seriedade que é frequentemente atribuída à democracia grega. Por fim
1) Platão acreditava que a democracia não era a forma ideal de governo, já que a massa popular é influenciável e inconstante. Ele defendia um governo ideal baseado na razão, liderado por filósofos.
2) Para Aristóteles, o homem é um "animal político" por natureza e vive em sociedade para alcançar a felicidade de forma plena. Ele via a pólis como natural e essencial para o desenvolvimento humano.
3) Na concepção de justiça de Platão e Aristóteles,
O documento descreve a ascensão e queda do comunismo na Rússia no início do século XX. Detalha as divisões entre bolcheviques e mencheviques no Partido Operário Social-Democrata da Rússia e como Lenin e os bolcheviques tomaram o poder após a Revolução de Outubro de 1917, levando à Guerra Civil Russa.
Este documento descreve eventos importantes na China comunista entre 1953 e 1976, incluindo a campanha das "Cem Flores" que levou à repressão de intelectuais, o desastre do "Grande Salto para Frente" e a ruptura sino-soviética. Também aborda a "Revolução Cultural" de Mao que causou grande sofrimento.
1) O documento discute a intervenção clínica em relação à violação dos direitos humanos no Brasil nos anos 1970 no contexto da ditadura militar.
2) Apresenta o Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, criado em 1985 para denunciar mortes e desaparecimentos políticos durante a ditadura e lutar contra a impunidade dos torturadores.
3) Destaca o projeto pioneiro do grupo de apoio psicológico, médico e reabilitação social para vítimas da tortura, com o objetivo de contribuir para a
O documento discute os conceitos de política e poder. Define política como a atividade humana relacionada ao Estado e à administração pública desde a Antiguidade. Aristóteles via política como uma continuação da ética aplicada à vida pública. No pensamento moderno, o termo passou a estar ligado ao poder. O poder é a capacidade de influenciar o comportamento de outros por meios como força econômica, ideológica ou política.
O ESTADO MODERNO: DIREITO E MÚSICA NA ERA VARGAS Jefferson Antonione RODRIGUESmurist
O documento discute a relação entre o Estado, o Direito e a música no período de 1920 a 1951 no Brasil, focando no Estado Novo de Getúlio Vargas. Aborda como a música refletiu valores da sociedade brasileira nessa época e como o Estado usou a música para comportamento expressivo. Também analisa teorias clássicas sobre o Estado, como Maquiavel, Hobbes, Locke e Montesquieu.
O documento descreve a estrutura e objetivos da Fundação Alexandre de Gusmão, uma instituição vinculada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Ele fornece detalhes sobre a liderança da fundação e seu papel em promover o entendimento público sobre assuntos internacionais e a política externa brasileira. O documento também apresenta um livro publicado pela fundação sobre a construção de uma ordem internacional justa.
1. A categoria de formação social é importante para estudar as sociedades e o método marxista, mas foi pouco discutida por muito tempo. Recentemente, houve um renovado interesse no tema.
2. As formações econômicas e sociais referem-se a sociedades específicas em momentos de sua evolução, não à "sociedade em geral". Elas evoluem sistematicamente como um todo coerente.
3. É necessária a distinção entre modo de produção e formação social. O modo de produção representa as possibilidades de real
1. O documento é uma monografia apresentada por Anderson Balbinot para obtenção de grau de bacharel em filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul sobre o pensamento de Hannah Arendt.
2. A monografia analisa como Hannah Arendt entende a violência como uma atividade decorrente do trabalho e em oposição à ação.
3. O trabalho é caracterizado pelo isolamento do trabalhador e busca estabilidade através da produção de objetos, enquanto a ação se dá na esfera pública
O documento discute o significado de cidadania, democracia e tolerância. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre esses temas ao longo da história. Argumenta que o diálogo é essencial para resolver problemas complexos na sociedade de forma pacífica e justa.
Este documento descreve a natureza do estado. O estado é a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção através de impostos e ameaças, em vez de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da exploração e da depredação da propriedade privada, em contraste com o "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Se, então, o estado não somos “nós”, se ele não é a “família humana” se reunindo para decidir sobre os problemas mútuos, se ele não é uma reunião fraterna ou clube social, o que é afinal?
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Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da depredação da propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado representa o "meio político" de aquisição de riqueza através da exploração e confisco de propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da depredação da propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
Murray rothbarth a anatomia do estado [50]Alvanice Souza
Este documento discute a natureza do estado. O estado é definido como a organização que detém o monopólio do uso da força e da violência em uma área territorial, obtendo sua receita por meio da coerção ao invés de contribuições voluntárias. O estado institucionaliza o "meio político" de aquisição de riqueza através da depredação da propriedade privada, em oposição ao "meio econômico" de produção e troca voluntária.
O documento discute a evolução histórica da Teoria Geral do Estado como disciplina, desde Aristóteles e Platão na Grécia Antiga até seu desenvolvimento como ciência autônoma no século XIX. Apresenta também conceitos-chave da disciplina e teorias sobre a origem da sociedade e do Estado, incluindo teorias naturalistas, contratualistas e da família.
O documento discute:
1) A definição de política segundo Aristóteles como uma continuação da ética aplicada à vida pública e investigação das instituições capazes de propiciar uma melhor maneira de viver em sociedade.
2) As três formas de poder - econômico, ideológico e político - e como cada um contribui para estruturar a sociedade em grupos desiguais.
3) A relação entre Igreja e Estado ao longo da história, especialmente o perigo da Igreja se corromper quando se une ao Estado
Este documento discute a evolução da ciência política como disciplina, desde suas origens na Grécia Antiga até os dias atuais. Primeiro, aborda como Maquiavel e Hobbes ajudaram a definir seu objeto de estudo como a ação humana intencional na história. Em seguida, contrasta as visões racionalistas de Hobbes versus a visão baseada em costumes de Hume. Por fim, discute como a ciência política passou a se envolver com engenharia institucional ao estudar formas de governo representativo.
[1] O documento discute a importância de aceitar a legitimidade do outro como pressuposto fundamental da democracia. A democracia se baseia no princípio de que as pessoas podem gerar projetos de convivência que reconheçam a legitimidade de todos, ao contrário da autocracia que nega o outro.
[2] Para haver democracia, não pode haver a ideia de que existem inimigos naturais ou campos opostos. Isso leva à negação do outro e à autocracia. A democracia exige
Este trabalho resulta da compilação das anotações do curso de Ciência Política lecionado pelo professor Clóvis de Barros Filho, da Universidade de São Paulo através da plataforma Veduca.
O documento discute a democracia direta na Grécia antiga e sua comparação com a democracia moderna. Ele afirma que na Grécia antiga, o poder político era exercido publicamente na praça da cidade, em contraste com o poder oculto dos palácios. Além disso, discute que na democracia grega, as decisões políticas frequentemente giram em torno de festas e assuntos religiosos, ao contrário da seriedade que é frequentemente atribuída à democracia grega. Por fim
1) Platão acreditava que a democracia não era a forma ideal de governo, já que a massa popular é influenciável e inconstante. Ele defendia um governo ideal baseado na razão, liderado por filósofos.
2) Para Aristóteles, o homem é um "animal político" por natureza e vive em sociedade para alcançar a felicidade de forma plena. Ele via a pólis como natural e essencial para o desenvolvimento humano.
3) Na concepção de justiça de Platão e Aristóteles,
O documento descreve a ascensão e queda do comunismo na Rússia no início do século XX. Detalha as divisões entre bolcheviques e mencheviques no Partido Operário Social-Democrata da Rússia e como Lenin e os bolcheviques tomaram o poder após a Revolução de Outubro de 1917, levando à Guerra Civil Russa.
Este documento descreve eventos importantes na China comunista entre 1953 e 1976, incluindo a campanha das "Cem Flores" que levou à repressão de intelectuais, o desastre do "Grande Salto para Frente" e a ruptura sino-soviética. Também aborda a "Revolução Cultural" de Mao que causou grande sofrimento.
1) A Segunda Guerra Mundial enfraqueceu o Kuomintang na China e fortaleceu os Comunistas, que controlavam uma população de 95 milhões e tinham 900 mil soldados em 1945.
2) Após a guerra, os Comunistas se aliaram às forças soviéticas na Manchúria e gradualmente expandiram seu controle territorial até tomar Pequim e Xangai entre 1946-1949.
3) A vitória comunista se deveu à reforma agrária, ideologia, organização e perícia militar, enquanto o K
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive function. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against developing mental illness and improve symptoms for those who already suffer from conditions like anxiety and depression.
O documento discute a integração jurídica, que ocorre quando o intérprete precisa preencher lacunas nas normas jurídicas ao julgar casos não previstos. Isso é feito por meio da analogia, costumes jurídicos e princípios gerais de direito. O documento também lista perguntas sobre o papel e função dos princípios jurídicos no processo de interpretação constitucional.
O documento discute os principais métodos de interpretação jurídica - gramatical, lógico-sistemático, teleológico e histórico-evolutivo - e os tipos de interpretação quanto aos efeitos - declarativa, restritiva e extensiva. Ele fornece exemplos de como esses métodos e tipos de interpretação podem ser aplicados para determinar se a imunidade de impostos para livros, jornais e papel se estende a CDs.
O documento discute a interpretação jurídica, definindo-a como fixar e extrair o sentido e alcance da norma jurídica considerando todo o sistema jurídico. Também aborda quem são os intérpretes, as técnicas que utilizam, e a diferença entre interpretação e hermenêutica.
O documento discute as fontes do direito no Brasil, incluindo legislação, jurisprudência, costume jurídico e doutrina. A legislação é composta por normas jurídicas escritas e publicadas pelo Estado, com hierarquia estabelecida pela Constituição Federal. A jurisprudência se refere às decisões dos tribunais que estabelecem precedentes. O costume jurídico surge da prática social reiterada. A doutrina resulta do estudo do direito por juristas e filósofos.
O documento discute o sistema jurídico e a divisão do direito positivo em três partes principais: 1) Sistema jurídico é o conjunto de normas que regem a estrutura do direito positivo. 2) Direito positivo é o conjunto de leis em vigor. 3) O direito positivo se divide em direito público, privado e difuso.
O documento discute os dois principais sistemas jurídicos mundiais: o civil law, encontrado em nações latinas e germânicas e baseado primariamente na lei; e o common law, originado nos usos e costumes da tradição anglo-americana e baseado significativamente em precedentes judiciais.
O documento apresenta uma síntese da evolução do pensamento econômico ao longo dos séculos, desde as primeiras escolas como os mercantilistas e os fisiocratas até chegar aos neoclássicos e keynesianos. A transição do feudalismo para o capitalismo é descrita, assim como os diferentes tipos de mercantilismo que surgiram de acordo com os países. Por fim, há uma breve menção aos fisiocratas como reformadores sociais.
Metodologia - a linguagem científica (aula 4).Felipe Hiago
O documento discute as características essenciais da redação científica, incluindo a importância da impessoalidade, objetividade e uso de linguagem técnica. Também enfatiza a necessidade de clareza, coerência e cortesia ao redigir trabalhos acadêmicos.
A empresa anunciou um novo produto para competir no mercado de smartphones. O novo aparelho terá câmera de alta resolução, processador rápido e bateria de longa duração para atrair consumidores. O lançamento está programado para o último trimestre do ano com preço competitivo.
Formação do estado moderno - historia das RIFelipe Hiago
O documento resume a formação do Estado moderno na Europa entre os séculos XVI e XVII. Apresenta os principais eventos que contribuíram para o fortalecimento dos Estados nacionais, como a Reforma Protestante, a Guerra dos Trinta Anos e o Tratado de Westfália, que reconheceu a soberania dos Estados e o equilíbrio religioso na Europa.
A empresa de tecnologia anunciou um novo produto revolucionário que combina hardware, software e serviços em nuvem. O dispositivo conectado à internet permite que os usuários acessem informações e aplicativos remotamente, e aprenda com o uso para oferecer recomendações personalizadas. A nova oferta da empresa promete transformar a forma como as pessoas vivem e trabalham.
Este documento discute a política externa do governo Lula da Silva no Brasil. Analisa se houve mudanças em relação ao governo anterior de Fernando Henrique Cardoso e descreve algumas das novas iniciativas, como a busca por coordenação política com países em desenvolvimento como Índia, África do Sul, China e Rússia. Também discute as diferentes interpretações ideológicas entre os governos Lula e FHC sobre a ordem internacional.
Normas da abnt – associação brasileiras de normasFelipe Hiago
O documento discute as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para citações e referências bibliográficas em trabalhos acadêmicos. Apresenta os tipos de citação - direta e indireta - e onde devem ser usadas nas normas da ABNT para evitar plágio e corretamente creditar ideias de outros autores.
Este documento fornece diretrizes para a apresentação de dissertações e teses da Universidade de São Paulo (USP), cobrindo elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, bem como instruções gerais de formatação, citações e referências bibliográficas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Este documento apresenta o livro "Paz e Guerra entre as Nações" de Raymond Aron. O prefácio descreve a trajetória acadêmica e política de Aron, destacando seu papel na defesa da democracia contra o totalitarismo soviético na França pós-guerra. O livro analisa os conceitos, sistemas e determinantes das relações internacionais, abordando temas como estratégia, poder, recursos e nações no contexto da Guerra Fria.
The document discusses the benefits of exercise for mental health. Regular physical activity can help reduce anxiety and depression and improve mood and cognitive functioning. Exercise causes chemical changes in the brain that may help protect against mental illness and improve symptoms for those who already suffer from conditions like anxiety and depression.
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que significa pluuo.de.ução. programa d~()riclilaç50.~()vérnar.i mpri mir orientação polític(l: .'
É. dess~ consratação básica que apolítica surge
'. (:01110 probI~ll~a:se'o'horil~m é.ül1lser social, se
.necessita se relacionar com.outroshomens para viver
e ao mesmo tempo difere dequalquer outro, como é
possível viabilizar Úmavidaem cómurnçe de gue
.'(orma o honierÍlindividualpode faiervnler suas
'. OpI'incípio bdsic:opara{cxistência da polítiC~lé,o cÍ'enç~s,valo;'es einteresses'ZA respoSLàa~ssaquestão '
:t-aiodeque OSholl1e'nssãodiferenteScpece.ssiÚllnUns .....édad~' de diferentes for~as po{diverso's autores.
·90s'olilros para 'i~;er~.~EsleJatÓfoi~p~~'ê~l:Íiru;~n,opró- "iI,lS~ar~11;()S~ascguir,.e~por(s idéias de alguns auto-
·prÍ'osurgi~erito?à"polÍti~~cOllío'obj~tode estudo.. I:csque ionla~~i1neonl0per~pe~tívacall~inhos opOSlOS
. -Aristútelesescreveu: na conccituação de polftica. Não faremos jus ao pcn-
Gr'oO',~ .l.FIA '. pi,d. ciênc. sOC.,Belo Horizonte, v. 6, n. 9, p. 11-20, ugo. J 999 .
Xf':H,OX DE •• ~ '0 ~.~_ .~ ._. )'lI'1fo
q .,. ., ~ .
( p~:'r , . '•.....-ç'_._- .
'[.,)1,:..:)..,;..<S~;.•~.-t'~a~.' .CUl.SO: ". __ c_-"_.~ .,...- -'.
"
2. '" ' ,.ill~"~' "2"J ...•(:(l, ''r'h" ,':p.:i ~ ,
>" ;);~iU~?~ ,
:~~', ,~,
" "sa~enlo global decadílUlP,deles~'09bjet'i'o é utilizá-
Jb~párárcssalttir. aspeCIO~Op?S,tos do fenôll1cllo polí-
tico,que, se'à primeiravista parecernantagônlcos, vão'
se re~clar,.postcrior;nente como doi~ lados da mesma
,moeda. Segue-se, portanto; um relato.parciale seletivo
'das idéias desses autores.
, l'araHannall AreT1dt,oquecár~cterizn à'esfera da
pol.íticaêáfala,ouscjá,a poj(tica é a esfera d:i ação
cornonlcatíva.Aautors dá ênfa~e à busca 'do consenso
entre os homens como ~ prindpilf aspecto da polírica.:
,Urna fOfrrl3,de abordar estia con'Cepçãoé'COIllparar o
, conceito.depoder .ern M;x Ve'bere Arendt. Ambos
Eartemçla idéiade qÜeopocler é Únl Dofenda) que se
atualiza em ~ções,porémcad;qualse baséianumnlO-
dele de ação diferent~.PàraWeb~r.queaocontráriode
Arendtenf,atiza a política com; con'fIito, o poder sig- ,
nifica aprobabilidade,deimpbr a própria vontade ao'
comporiamentoalheio.A ação parte de um,modeloCii-
T~916~ onde un1suJeito ou grupo ternobjetivos que,
para sua 'consecução, carecem de meios apropriados
para.induair no outro,' sujeito ou grupo.um comporta-'
mentedesejado. ' ." .... . ". .,' .'
. Q que para Weber é poder' P;U3 Arendt é violência.
Arendtconsidera'o'poder, conforme traduzido por Hd-
bermas, como a "faculdade de alcançar um acordo
. quantoàação comum, no contexto da comunicação li-
"vre dav.iolên~ia"(l984, p. 121): Segundo as palavras
da, 'própria autora: " .
(...Lopoderpassaa esistircntre.os Itomensquandoeles
agem j/(I/tos; e desaparece no ills((/I/te em que.eles.se
. dispersam. (...)0 únicomatcrlal indispensável para a .
geração de poder é aconvivência entre os homens.
(Arendt, 1981, p. 212-213),
" De outra maneira •.para. Vebe~. os atores estão
orientaqos para o pr6priosucesso e n50 para oent~n-
dimento mútuo, sendo'qúesó há erÚendiJuen10 seésie
- , .:, '. ,I" ,
§funcional aOSlÍcesso do sujeito. O entendimento.' ".' . . ."..'~ . - . - .' . - . -, . - - ~'1
,aparec~ c0l11oinslrum.ento para Oêxito de um sujeito
e é buscadode fornfa unilateral. iesta perspectÍ/a, o
jub~trato da política. é a força. c na relação entre -;s
. homens um conlponentc básico.!? a dominação. A.
. poIftic~serefereàpartici pação no podei ou à Iuta para
.. influir nadistribulçãodo poder. KãopreCiíche, portan-
:r 0,a~c,o?diç,Õ~fde Arendt.clelllnpmsens~' ulcançado
Cad. ciêIlC.SOC., Belo Horizonte: v. 6. n.9,p. I J -20. ago, J 999
. ".: . -. ll4-. ."
" ,
. I. .
de.forma não-coercitiva.
Na visão.deArendt. o poder não consiste na instru-
rnentalizaçãodeurna vontade.alheia para os próprios
fins. masna formação de uma vontade comurn.ntravés
de uma comunicação orientada para o entendimento
recíproco. ~ política é aexpressão da busca,atra vés da
(ala, do consenso entrehomens diferentes, Recupera.
-------~~----~~.assim. a concepção aristotélica da política, conceben- .>
--- - '" ,", ' . ,-----. do a esfera política retratada pela ágoragrega, na qual
-;s cidadãos, íllravés de ~maaçã6 'com'uni~nti va livre
';;coerção,buscam oentendimen(orecíproco, e não o
própriosucesso.;;Livre d~coerção"significa,quea pa-
lavra expressaasubjetividade de cadaum e não fun-
cionac()moinstrul~lentod~,~'Janipulação de terceiros.
'. Habemlas, mais. realista, retoma certas idéias de
Hannah Arendt, e refuta outras. Segundo suas pala-
vras: , I
OcollceiTO de políTica del'e es(e/lder-seJ2.ara ahra/lgcr
tal/lbéll/ a comperi({fOestratégica em torno do poder
{~~, polfrico e aplicação do poder no sistel/la polfrico. A I~O:
. litica /leiopode ser idêntica, CO/110 supõe H. A rendt, a
prâxisdaqueles que conversam entre si, afim deagirem
· emconnnn.Lnversamcnte. a teoria dominal/te restril/g_e
esse cal/ceifo aos !el/ômellos da concorrência em torno
·do poder e daalocação do Rode,., sem fa:erj1iiJl.03., ao
[CIIÔ11leIlOespecífico da gestação do pode:·. (Haberrnas,
1984,p, 115) .
·Como sevê, Habermasconternpla as perspectivas
de Arendt e Weber. Cri rica em Arendt a total excl usão
v da ação estratégica da esfera política, ou seja, daquela
ação que visa oêxitoe não o entendimento. Constata
o papel fu'ndanlental da ação estratégica na política das
sociedades modernas, onde vê um aparato institucio-
na) voltado para ~lui; política, quedemanda justa-
mente este tipo de ação. Por outro lado, critica o con-
ceito de poderemWeber por não haver o reconheci-
mento de que a base dequalquer instituição política é
O consenso. istoé, que a "gestação do poder" s6 se faz
na base do 'entendi mento. '" - . . ,.'
.Apesar detudo isso,podemos dizerque I2repondcra
. J (,'!mI-klbermasa noção da política cOllloesfera docon-. ' . f .
senso ou da açõo comunicativa. Essa sua postura fica
- "~
dará quandoexaminamos.sua proposta norrnativa de
um .rnundo emancipado. Para ele. a ação estratégica
I. tcmluuar em umasociedadehistoricamente dada, Po-." '- - ." ",--" - _: ., . " '.- :'
3. t
"rI
1
I
'
",
, . . I.~
13,I
" '" .,'
.rém.a emancipação humana se,daria pela ação cornu- Deriva daí, segundo Schmitt, gue ,somente um
nicati va, mais especificamente por uma "comunica- centro pode ter o direito de tomardecisQes eeste deve
, ção pura'Latravés dadiscussão pública isenta de do- serprote!!ido. O fato de queo mundo está pluralistica-
, minação'e restrições, implicando ~oprocessode refle-"" mente constituído porváriasentidades políticas impli-
xão generalizadn, visando amudança das instituições. caern que nenhumacoletividade deva permitir qual-
A base da verdade eda legitimidade é o consenso obti- quer pluralismo políticointerno. Com tudo isso. fica'
do'en'tre osparticip;ntes-do di;c~rso: ,',', '. .9.aroque ~políÜca calcada rni'dicotomia amigo/inimi-,,
Na outra ponta,CarL Schmitt ex}?ressadaforma go, além ,deser'umacaracterística das rela~ões entre
",~~radicalapersp'ectivada poIíÚcavista'como luta' 'Estados nacionais, passutambÚna orientaras relações'
ou confljto.Sc,llmiÚpáttedopril1,Cípiode que a vida'~"ntre pessoas e grupos no int~rjor deu'm território: '
socialéintrinsec~mentedesordenadaeaineaçadora:, ' Como Se vê, Schtni,ttradicaliza uma percepção,
Tornac:o,lllClpO'ntoéeníraCqes~aanálise a relação entre presente ;l;sidéia~deW~be~e: em menor grau.em Ha-
coletividades, Oquçse c910cacolJlO~bjetivo primor~, ' , berrnas. Assim, a ab<;>rdagenlde Schmiu, por ter leva-
dialda po:Iíticaé amanutçnç5() e preservaçã;odas fron- ' 'do ao extremo aconcepçãoda:políticacomo conflito,
teiras;peumasocied,ade das outras; ficando todos os exernplifica melhoro quede forma mais diluída, epor
'''',' ..P, ,," " ","',', ,',' ,', -__ '__ ,_,_,
"oútrQs!:aspectospára o seguÚdo plano: Segundo o a.!- vezes melhor elaborada, aparece.em outros autores.
, ror,' só dt;!ssa'forma as.potencialidades humanaspo- Mas, até aqui, para nossos propósitos, os extrernosé
dem-seconcretiznr e a identidade cultural de-cada co- que interessam.
leti vidade pode se défenderde ameaças.exteriores. Vimos, portanto, de um lado, Hannah Arendt to-
• Para Schrnitt, da mesma forma quea esfera ética mandou política como uma.ação quebusca o consenso
podeserdcillarcadapelaoposiçãoelltre o "bem"e o" entre os homens e~deoutro.Carl Schrnitt concebendo'
"'mal"óuajUrídiêapela oposição entre o "legal" e o , a política como confli to.comoabusca da (i fir111 ação de
"ilegal", O domfniõ do político deveserdefinido pela si faceao adversário, visando a imposição de certos in-
e!stinção amigo/inimigo. Torna-se, assim, a função", teresses frente a outros. Ternos, assim, duas.visões an-
o" ". •
primordial de Umacoletividadedetectar seus amigos e tagônlcas.que na verdade têm comprovação parcial na
illimigos, visando a preservação da suainlegridadee, realidade. Reside aquiapossibilidade e a necessidade
autonomia. de seremconciliadasern proveito de um conceito mais
Esse objeti vo central dapolítica, proposto pelo au- próximo do real.
ter, faZlllllaativida~lesuperior a'toda,sas outrase exige ' V ários autoresbuscam, em algum grau, articular as
urna contínua preparação ,~ara um possível conOitoduas perspectivas.uma querevela os aspectos iguali-
cominimigos. Porém, o elemento político não reside -tários e de comunicação.e outra que revela os aspectos
na guerra em si, pois temsuas técnicas.próprias. A, de desigualdade e dominação. Segue-se.um esforço de
gucrril éuma'pÚssibilidade reale um pl'essupost'o seJl~ mostrar como esses aspectos se conciliam. '
pre pr~seriteconlo p()s~ibiJi'dade, nanledida em que é Um trabalho' clássico de Alessandro Pizzorno
acqnseqüênciaextremada relação amigo/inim.igQ. E ;(1975), sobrea participação política:''fornece concei-
, ,,'.., .,'; " ,', ,', I
. é, dessap~ssib~lidade extrema que a vida do homem JOs de grande poderanalí'tieo para abordar os aspectos_
'udquiresua tensão especificamente política. de consensp e conflito da política.Pizzomo parte date-
Nesse sentido, acoilse.qijência é que sedeque a participação política abarca tanto a ação
o' " I. . ' '.' . com vistas ao poder, cornoa ação de afirmação de va-
(...) cÇidadeeis(/o;mJpriw'nenlepolflicaé Illei'elllell/el1~ "lores. Introduz, na expl icaçãodessareal idade. a noçãó
1(' (til/a decisão acer(a de li/na emergência, lima si/lia' , '. "
. ' d,C dO,I.s,sisl,eJ;~,asde,,ação poJíti ca: o,' siste/lla de int,eres,'{riq iustáve! c.}'cp/ct(J{te tOl1seqiiêl1ciase./l1 que, a ne-' ' *'-
ccssidade ràl'id{/;/ie~lje ajJrlÚ!l1dit{áe a' oportunidade ·'sesie O sistel/';hc{e solidariedade.
ilituin« aç(7ó; O ql'~COI1I(1 éaeficácia; 11(700 Iç:r.çalidáde. Pizzorno caracteriza o sistema de interesses como
(Pogg], 1981, p. 21) aquele em que a ~ÇãO: de Um ~tor'visa realizar seu~
Cad. ciênc. soe., Belo Horizonte.:v. 6; n, 9, p. J 1-20. ago. 1999
4. .•II
",o,:' r.
1 '
interesses, procurando melhorar sua posição relativa a
. 'outros atores. Para que isso seja possível é necessário
um sistema de valorações comuns entre o ator e
- , . .
aqueles emrelação aos quaisquer melhorar sua posi- '.
q' ção. No sistema de illleresses, os critérios de valoração
.'~ açãodev'em ser compartilhados objeti~'a e funcio-
•nalmente pelos membros. O que está colocado é que s6
há disputa por algo queinteressa a todos envolvidos na
~, . . ~ '.
disputa: A situação normal é a competiçãoentre os'
membros do sistema c um constante renovar das
.desigualdades.não havendo identificação dos partici-
pantescorn opróprio sistema.
O sistema desolidariedade jáenvolve a ação de um
ator na busca da identidade com os semelhantes e da
dislinçãocom osgue pertencem a outras coletivida-
.~Aação se realiza no âmbito de igualdade de
particijJação edocornpartilhamento deideais.O indi-'
~íduo se identifica com o sistema contrapondo-se a
outros sistemas.
Tornados esses dois sistemas, para Pizzorno ~
política aparece como uma relação dialética entre
solidariedade einteresses ou, confluindo as perspecti-
vas apresentadas sobre o conceito de política, ~
consenso e conflito, integração e luta. Pode-se colocar
aquestão em termos de dois momentos inter-relacio-
nados: o mOlúento da "construçãô do poder" - no
sentido de busca do consenso -'-,que envolve acapaci-
-dade de criação de "áreas de igualdade "para a forma-
çãodo sistema de solidariedade, e o momento da
"distribuição dopoder", em que indivíduos ou grupos
entram 'em ciisputa para fazer valer seus interesses. É
importante notar quea própria arena onde os diversos
interessesvão atuar se constitui num sistema de soli-
dariedade (I2or exemplo, a solidariedade de base terri-
torial que se consubstancia no Estado, no interior do
qual disputas por questões de raça, classe ou outras
. . (
ocorrem). Além do mais, Rara haver eficácia nü dispu-
ta de interesses, é necessária a capacidade de compar-
tilhar interesses e, portanto, formarsistemasde sol ida-
-... .. I . -....:..--
!iedade como, por exemplo, grupos de interesse e
partidos políticos.
Nessa mesma linha temos o trabalho de Reis (1984.),
que também se utilizados conceitos de Pizzorno. Para
oautor,tI forma de se conceituar a política é eleger
f
como foco analítico a questão do poder, na medida em
que é um problema prático da convi vência humana. O
. "". .,..! ..
autor ressalta que a autonomia dos atores políticos,. .'
pelo menos potencial, é condição para que uma relação
de poder seja denominada política. Ou seja.;a relação
é políticaapenas 11amedida em que os atores envolvi-
dos tenham relevânciapotencial uns para os outros: os
interesses de cada ator envolvido na interação devem .'
ser considerados pelo menos potencialmente. E é da
confrontação e 90 embate político dos atores, buscan- .
do fazer valer, cada qual, seus interesses e valores, que
os objetivos da coletividade são derivados. Cabe res-
saltar que a política, Ile~tesentido, expressa a coexis-
tência de uma pluralidade de objetivos ou interesses
diversos .
O papel dos canil iIasdeinlcrcsscs C elas identida-
des coletivas no jogo político é bem demonstrado nas;
palavras seguintes:
Em tomo desses interesses diversos, identidades cole-
tivas "parciais" de nature;a variada - classes sociais.
.etnias, regiões, grupos de diferentes tipos - tratam de
afirmar-se e consolidar-se como focos da ação po/(tica.
e, eventualmente, de mobilizara seufavor a-máquina do
estado.[Assim] a eficácia da ação do estado na pronto-
çãode determinados finspode representar (...) afrus-
tração de outros fins (...) de certos agentes do processo,
mas mesmo, eventualmente, a negação cabal da possi-
bilidade de que determinados focos latentes de intercs-
ses 011 agentes' políticos potenciais venham sequer ([
constituir-se como identidades coletivas efetivas. (Reis,
1984, p. 14)
Então, conforme exposto acima, num extremo terí-
a~os uma ação em que os~jeito~v.priam o outro
corno objeto, caracterizando uma situação de puro
J
ernpre orça ou da'violência, em circunstância de
tal assimetria ou desigualdade de recursos que caberia
vê-Ias .como destituídas de qualquer ingrediente de
interação. Aqui teríamos uma situação que retrataria,. .
de forma extrema a política concebida corno conflito
.ou luta. ~o outro extremo, teríamos uma situação de. ,
comunicação pura, em que os outros seriam tomados
como sujeitos autônornosc relevantes. havendo um
amplo cornpartilhamento de finseobjetivos. Repre-
sentaria uma situação encontrada na concepção da
política como consenso. Entre essas situações extrc-
Cad. ciênc.soc., Belo Horizonte.v. 6, 11. 9. p. 11-20. ago. 1999
5. Uma característica que se pode inferirde tudo o que
foi dito é o fato de que ~oJítica não tefll fins perpetua-
mente estabelecidos. Seus fins são tantos quantos fo-
rem Osobjeti vos a que um grupo organizado se propõe.
Porém, um "fim" básico" é a ordern pública nas rela-" -,,' ' ",
ções internas, já que é condição para a consecução de
todo;ôsdemaisfins. E, para Weber, numa sociedade.
. complexa só o recurso à força, mesmo que virtualmen-
te; impede a desagregaç~o do grupo.O que, aliás, pa-
. Como que foi dito até aqui.ipode-seafirrnar, por rece ter evidência ~J11pírica.
. um aspecto, que apolítica.deveservistacomoreferida ... ,. ' Sen~acaifcidade_dealgu~,gr~ mo~o~,
ao conflito de interesses, valores e atitudes. Por outro ,.acoerçao e a força, nao havena maneira de ord~s
aspecto.como na disputa política as ações "do outro"iilteresses divergentes existentesí1~a sociedade e o
estãosempre presentes, implicando ~mlimitaçõesn~. resultado seria ).guerra de todos ~", É in-
busca de objetivos para arnbas as partes, a política in- teressante notar aqui, que a passagem do estado de na-
troduz também a necessidade dainteração e coopera- tureza ao estado civil paraHobbes, acontece quando os
ção, consenso ou solidariedade, indivíduosrenunciam ao direito de uso da própria for-
ça para confiá-Já a um único corpo, ou seja; ao Estado,
Sem entrar nos desdobramentos ou especificidadesda ., .
elaboração de Hobbes, vê-se a relação entre ordem so-
cial e monop6lio da força, contida aí.
É importante salientar, porém, que o monopólio da
força, para Weber, !}ãoimplica opressão. Sua ênfase é
n6~governos Iégftlmo],aos quaisdedicoua maior par-
'te' de seus estudos. -W~ber focaliza a rélação política
.J como caracterizadaessencialmente como relação de
autoridade.ou.seja, baseada no exercício dopoderle-
gítimo. ... '...
. Como se vê, ~ um aspectofundamentalJ1o
estudo da polític~ conceito de polfticarefere-se a
uma atividade humana e vincula-se estreitamente à
quest~odo poder. o poder pode ser relacionado,por
exemplo, com o domínio da natureza. Porém, quando
se fala em poder político, este se refere à categoria do
poder do homem sobre o homem: Esse tipo. de poder
pode se expressar, por exemplo, em relações degover-
nantes e governados, soberanos e súditos, Estado e ci-
dadão, autoridade e obediência. É importante salientar
que há várias formas ge poderdo homem sobre o ho-
,< •
-, ,
.,' ,
r::, ",'
madas teríamósgradaçõesdas combinações dos ele-
mentes de luta.e comunicação.
Cornocoloca Reis (l984 p. 87),
(...)parte decisiva do drama sócio-político se desenrola
precisamente, rI/I qualquer situação dada, em torno da
mescla ou do balanço que se obtém de ingredientes de
identificação e comunicação, de interação 'e'srratégicà
em seutidoestrito eda violência e "objetificação ", Por
oIltráspalal'ras, noseu aspecto sócio-político ou ;i!te-
racional (...), o dranragira precisamente em tomo dos
condicionamentos exercidos sobre com quem determi-
nado sujeito individual irá se identificarou se "comu-
nicar" e diante de quem agirá ..instrumentalmente",
., .
"0 poder político
As relações políticas se dão em um âmbito limitado "
territorialmente. eque têm, em boa parte das vezes, co-
mo alvo,o controle do Estado. Weber (1963, p. 103)
afirmaque - .
(..,)0 Estado Moderno éuma associação c~mpIIlsória
q/le orgalliz.a a dominação. Tere êxito ao buscar mono-
l2oli::ar o. 111'0 kgí(illlo da [oiTO física como meio de
!JOll1íliiodClltrode 1/1/l1erriiório,
.'.
Assim. apesar do conflito e dorninação.ê as rela-
ções políticas se fazem dentro de um sistema de
solidariedade,onde há, identidade quanto a limites
tcrritoriais e, cçrtamente, consensocem relação a pelo
menos certas regras básicas do jogopolítico.
Em~ril1ivro sobre as idéias de Weber,Bendix faz
" I·, ." .
uma afirmação que vale reproduzir: .
[em sociedade] os homens ag(,1IIC011l os outros, e COII-
traosoutros, com base Clll,JCUS interesses materiais e
15
.ideais e mantêm /111/(1relação de obediência e'autorida-
.de com liase em acordos mútuos. (Bendix, 1986, p~223)
(grifo nosso)
. 2 .Vcber·afirm:a que t'por dorninación debe entenderse Ia probabilidad de encontrar obcdicncia a 1I1l mandato dedcrcrminado contcnido
. entre pcrsonas dadas", ( 19Cí-l. p. -IJ) .... . ... .-
. . •. .....; 101
'. Cad. ciênc. soc.,Belo Horizonte, v. 6, n. 9, p. J 1-20, ago. 1999
.i,·
6. " t·
" 16'.;
,.
mern que não o poder político, como, por exemplo, o
poder paterno e o poder despótico.
Uma característica do poder político é a sua rele-·,
r
;,ân~ia e su~remacia em relação àsoutras formas de
..!?oder. Isso fica patente no fato de que o poder é, em úl-
.. tirna instância, monopólio'ou prerrogativ~do Estado.
O fato é que historicamente foi consentida fidesmono-
polização do poder ideológico e econômico, mesmo
que parcialmente, mas não se tem registro de qualquer
grupo social que tenha podido consentir na desrnono-
polização do poder coativo.
Pode-se desdobrar o poder político em três aspec-
tos: o monopólio da força no âmbito de um determina-
do território, a capacidade dos detentores do poder de
tomarem decisões vinculatórias à toda sociedade e, fi-
~
nalmente, a capacidade de fazer valer normas à toda
comunidade.
Após essas considerações preliminares sobre o po-v,
der, é necessária uma conceituação mais clara do seu
significado. Há na literatura certa confusão conceitual
em relação ao poder e termos afins, que, se fosse abor-:
dada de forma mais ampla, daria material para um tra-
balho específico. Como aqui o interesse central ~ ou-
tro. encaminharemos à questão deforma mais sirnples.,
Serão expostos os conceitos básicos segundo a forma
adotada por Dahl (I 981); com ligeiras modificações.
Posteriormente; apresentaremos algumas con'tribui~
ções importantes forneci das por outros autores sobre
aspectos da questão do poder.
Para Dahl@ domínio e força são forma~de in-
fluência. A influência política se refere às relações
, causais" entre atores, na medida em que há uma rela-
,( ção de causa-efeito sobre o que A deseja e o que li faz.
I
Segundo Nagel,
(
(
(
~
.)
Influência é I/II/arelação entre atores tal que os desejos
preferências 011 intenções de 1/111 o;'lIIois atores af(,(c/1~
a conduta, 011 a disposição de agir. de 11111 ou mais atores
dislinlos.(Cit~do em Dahl, 1981, p. 36)4 '
~ ~ ~~ ~·iJ.crw m~e
A influê ia pode se apresentar de duas formas:
~~~~~.~~~. ,
manifestâ'elmplíc' ,. Na influência manifesta há ill-
tencionalidade bem sucedida de um ator alterar o com-
portamento do outro, no sentido de real izar seus obje-
tivos. Na influência implícita, o ator que é influencia-
do age segundo as eXPrctativas que têm sobre o que o
outro ator deseja, mesl;~tque este não aja no sentidode
impor seus objetivos. Éclaro que a influência manifes-
.ta é bem mais fácil de ser focalizada. I
Um.pomo importante é que a influência nunca é (0-
tal. ou seja. ela tem seus limites de atuação. Pode-se
chamar domínio da influência de um ator o con junto de
outros atores que recebem sua influência e escopo aos
assuntos em que tal influência se faz sentir. Decorre
daí, que qualquer afirmativa sobre influência deve in-
dicar claramente o domínio e o escopo a que se refere.
É característica visível e comum aos sistemas polí-
ticos a distribuição desigual da inOuênci::. Segundo
Dahl, essadesigualdade pode ser atribuída a três fa-
tores: .
1. diferenças na distribuição de recursos políticos,
sendo o recurso político o meio pelo qual uma
pessoa pode influenciar o comportumentodo
outro:
2. variações na eficácia com que os indivíduos
usam seus recursos políticos;
3. variações naantplitude de uso dos recursos com
objetivos políticos.
Assim. a desigualdade na distribuição da influên-
cia deve-se à posse de meios, eficácia no seu uso e sua
"aplicação ou não visando objetivos r?,!íticos. Pode-se
considerar como meios de se obter i11 riuC:ncia (5 toppi-
no. 1991. p. 935): I
1. O poder econômico. onde alguém se vale da pos-
se de bens para induzir comportamentos;
2, o poder ideológico, que se exerce pela influência
que as idéias formuladas têm sobre a conduta
~
-alheia: e
~Como as relações entre componamcmos são prováveis e não necessárias. (1 conceito de causa se vincula ã'probabitidade c niío it ne-
cessidade, . . ,
4 Kaplêil c Lasswcll (,1979, p.;87) conceituarn influência como "a posição c o potencial de·~'alordc uma pessoa ou grupo, Pode-se agrupar
val~rcs nas categorias de bem-estar, riqueza. quulificação, ilustração e dcfer':n.:ia:.: descrever pU~iÇC1~~C.UIlIreferência a cada. valor nu
conjunto de valores, por exemplo. respeito. afeto, poder. ele t ... ). Classes e estruturas sociais s50 definidas COI11relação it afirmação c
;1 distribuição de valores", Este conceito é compatível com o de Nugcl. ' . .
Cad. ciênc. SOC., Belo Horizonte, v. 6, n. 9, p. I 1-20. ago. 1999
7. " .-, ,
" '
'j'
3, o poder político, baseado na posse de instrumen-
tos mediante os quais se exerce a força física, ou
coação.
Se concebermos a pol ítica, portanto, como a busca.
pelos atores, de certas influências específicas, pode-se
concluir que essa busca não é feita em cOl9ições de
igualdade. E o pioré que a distribuição desigual da in-
fluência tCITI um caráter circular, na medida em que
"mais recursos políticos" redunda em "mais influên-
cia", c "mais influência" facilita a obtenção de "mais
recursos". Desse modo, toda a forma de influência é
r,abitualmcnte expressão de desigualdade de recursos.
A influência se desdobra em várias forrnas.ê quais
sejam:
L disciplina, que consiste na comunicação de si-
nais necessários, aos quais são vinculadas deter- ,
minadas ações; ,
2. persuasão, que pode ser racional: quando há co-
municação em que um ator seja capaz de fazer
um outro compreendersua situação verdadeira
por meio de informação verídica: ou pode ser
manipulativa: quando um ator manipula o enten-
dimento de outro transmitindo informações in-
corretas ou incompletas, para provocar urna
'conduta no outro que seja de seu interessê;',
3~uç~qUandO há alteração nas alternativas
apresentadas a determinado ator. Esta forma se J
divide em ~r, que é uma influência em que há
sanções severas para o não-cumprimento." e S2.:.
erção. que é uma forma de poder sinistro, pois 10-
- ,
das as alternativas que se apre~entam ao ator im-,
plicam em sanções severas.'
No sistema polftico os líderes buscam legitimar
suas ações, procurando difundir a crença de que são
moralmente justas e apropriadas", Temos aqui um tipo
ele influênciaque é conhecida con~o autoridade. Auto-
1'/
ridade é a influência legítima, constituindo-se uma
forma muito eficaz de influência.
O poder é referido a valores. sendo que as pessoas
buscam o poder ou obedecem por vuloriz arcm "coi-
sas". Esses valores se referem a urna infinidade de
"coisas", materiais ou ideais, que se ligam a culturas e
estruturas sociais específicas, A realização de tais va-
lores depende de uma vontade. 8 Vontade e poder se re-
lacionarn, na medidaemque a vontade é ineficaz sem
, o poder e o poder sem vontade só ulcançará eficácia
por causalidade. Para Dcutsch (1971, p, 152), é ncccs-
sário
(...) algum objetivo 011 intenção relativamente detcrmi-
nados, algumadecisão, estratégia 011 seqiiência de de-
cisõespelas quais se possa orientar i! dirigir a aplica-
ção do.poder. '
Voltemos a um aspecto que foi aludido no início
deste tópico, e que se refere à relaçãoentre política e
Estado, A política se faz, em certa di mensão.ern torno
da busca do controle do Estado, na medida em que este,
é uma fonte peculiar de poder. O Estado pode criar tan-
to benefícios ou recompensas como punição. Isso por-
que o controle do Estado possibilita a obtenção de mais
influência, na medida que o seu controle significa mo-
nopólio da coerção física. De posse desse recurso de
poder pode-se obter aquiescência a determinadas de-
cisões.
Esta 01"
orninação e refere ao~
ritativo de comando e ve uma relação recíproca
entre ~overnantes e governados. A dominação requer
um pe~soal administrativo para executarus ordens e
todaa administração requer dominação, na medida em
que o poder de comando sobre os funcionários 'precisa
estar nas mãc;>sde um indivíduo O~I grupo de indi víduos.
r
~ As formas descritas são basicamente dadas por Dahl (1981, p. 47). tl1'odific31ll0s apenas o que Dahl chama de "controle por treinamento"
por "disciplina",'conceito dado por Max Weber ~ cujo conteúdo é similar ao de Dahl. O motivo de tal trocaé que o termo de Weber é
de utiiizuçãomais Ireqücntc.: ' . ,
(. O poderé conceituado por vários autores. Esse conceito de Dahl rem mais diferenças de detalhe do que de substância com os de Wcber,
Lasswcll/Kaplan e Dcutsch. '
7 Para Dahl ( 198 I, p.53). "n~m todo poder é estritamente coercitivo no sent ido definido. Sehá induçõcs positivas combinadas COl1lsanções
severas, para assegurar a conduta d~sejada.:1 relação existente é de poder. mas nãode coerção 110sentido estrito".
8 Vontade é para Deutsch (197 L p. 147). o "conjunto de decisõesrotuladas internamente e de resultados antecipados propostos peta apli-
cação de dados oriundos do passado do sistema e peJo bloqueio de impulsos ou dudosincornpatfveis. oriundas do presente ou do futuro
do sistema".
,.
Cad. ciênc. s~c., Belo Horizonte, v, 6. n. 9, p. 11-20, ago. 1999
8. ·....•..
"
A complexidade social crescente surgida com a der é a participação no processo decisório't.I Kaplnn e
modernidade. leva à tendência de a administração e Lasssell, 1979, p. 109)
dominação se transformarem em estruturas mais dura-' ParaEaston (1968), a pai ítica se ref crc ao processo
douras. Surge, então, uma estrutura administrativa de formulação de decisões imperativas, O autor define
perrneada por relações de dominação, cujo objetivo a política ~111termos de processo social, destacando a
ideal é servir aos propósitos dos govemantes. formulaçãode decisões ali politicas como foco de aná-
Já é clássica a seguinte classificação de dominação lise. Sendo assim, ao ressaltar as políticas governa- "
de Weber (1991, p)41): mentais como aspecto analítico principal da política,
I. dominação ~iciQnal: onde a autoridade é fun- Eãston levanta como questões básicas por que uma li-
~
dada em um status herdado baseado no costume; nha de conduta foi adotada, como foi formulada c
2. dominação c~ismátjs-:- onde a legitimidade é quem participou de sua formulação, quais foram os de-
baseada em atribulas pessoais do líder; terminantes dessa atividade, seu resultado e impacto
3. dominaçã0-k5aJ; existe quando um sistema de sobre decisões posteriores.
regras, aplicado judicial ou administrativamente Easton, em sua abordagem sistêrnica, concebe o
_ .• dQ.r de acordo com princípios verificáveis, é válido processo social como um fluxo contínuo de ati vidades
~,'~).~ para todos. As autoridades são indicadas ou elei- diversas, mediante as quais há repartição de bens es-
pr tas através de processos legalmente sancionados, cassos (físicos e abstratos), Os bens escassos são re-
e estão voltadas para a manutenção da ordem le-" partidos através da interação de sujeitos cujo interesse
gal. As pessoas obedecem "à lei" e não às auto- consiste em se apropriar de tais bens, e essa alocação
ridades, é influenciada pela distribuição e utilização do poder.
Como argumenta Weber, nenhuma dessas formas O proces.so de alocação deve ser insti tucionalizudo em
aparece em estado "puro" na realidade. Porém, pode- boa medida. Deve legitimar a atribuição a certos in-
se dizer que a forma prevalecente no Estado moderno divíduos de certos objetos, tanto valorizados como, I'
é a dominação legal. Issoimplica que a luta política, no. desvalorizados.
mundo moderno, desloca-se para o controle da pro- Na esfera política, os bens escassos são alocados ,
.unulgução de regras obrigatórias. Isso porque a qdrni- por "indicação expressa" de alguém, o que significa
nistração funda seu poder de imposição sobre a prová- autoritária ou imperiosamente, com poder vinculató-
vel irnpossibilidade da capacidade decQordenação, da rio a todos os membros de uma sociedade. Isso ocorre
população, contra o poder do Estado. através do órgão que torna e implernenta decisões e dos
seus dirigentes: Estado e Governo.
: Poggi( 1981, p. 18) sintetiza a noção de política
envolvida nessa perspectiva:Políticas
Tomemos agora um desdobramento fundamental
do conceito de política: aSfJolíticas ou políticas gover-
~('
namentais. Uma conseqüência básica da política. en-
tendida como atos que afetam lodosos membros de
uma determinada sociedade, é que redundam na sub-
tração ou transferência de recuisos de um setor da so-
ciedade para outros. I
A forma pela qual os recursos são distribuídos IlU-
ma sociedade é através da tomada de decisão ou for-
mação de políticas governamentais tpolicv-niakingí.
Poder e decisão se relacionam na medida em que "po-
(...) li poliiit:« trata da alocação e nianipulação de 11/1/
recurso (a capacidade de emitir 011 promulgar ordens
sancionadas c vigentes) que, por seu turno, pode ser
usado !,ora realizarnovos alocações de 01111'001' objetos
,{/!ioSOJ.[Mas]. /1(/017 qualquer alocação baseada nu-
11/(/ (;rdCII/ qllc pode ser considerada politica. /1/(/.1' apc-
lias (;qlle/ns qu« OCO'Tell/ ('/1/ contextos sociais relativa-
I _ .'
II/cllle ali/pios (' duradouros, COIII eleitorados atnpla-
mente definidos.
Portanto. pode-se cOllsidcrarpo/(tic(/scoIl10 um ux-
pccto ou sllbclas~'c da política. Podem ser vistas C0ll10
efeitosprovocados por um conjunto complexo ele for-
ças; que surgem na medida em que certos problemas
Cad. ciênc. SOC., Belo Horizonte, v. 6. n. 9. p. 11-20, ago. IlJl)lJ
,
"
9. , ', ,
, ~
','
"
apresentam soluções viáveis,
As políticas referem-se a decisões governamentais
projetadas para atacar tais problemas, que podem estar
relacionados, por exemplo, com política externa, saú-
de pú&tica, proteção do meio ambiente, crime, desem-
prego e vários outros problemas sociais. ",
As políticas têm a ver com ações destinadas a cons-
truir uma ~ponte" entre a situação existente e um futu-
ro possível.sendo uma conduta que leva do ponto atual
ao ponto que se quer chegar. Assim, está implícita na
el aboração das pol Iticas a constatação das al ternati vas
/ .
existentes e suas conseqüências, os objetivos busca-
dos e sua relação com a natureza da situação específi-
ca. Tem, portanto, um componente de cálculo e previ-
sibilidade. Envolve; como DahI (1981, p. 23) afirma.
"[ o] como chegar do que é ao que deve ser".
. Além disso,
Quando escolhemos uma política a seguirestamos pro·
curando cobrir a distância que separa o que é do que
queremos que seja, Uma pol itica é I/ma ponte entre (/si- ..
utação que existe e existirá se neio atuarmos e a que
acreditamos qlle deva existir. t1/111 caminho para a me-
lhor alternativa que a pessoa pode conseguir, ao (lista
que está disposto apagar, e implica um esforço tanto de
análise empírica como de análise normativa. (Dahl.
1981, p. 129)
As políticas se referem a um programa de açü; go-
vernamental, cujos efeitos são direta ou indiretamente
válidos para a sociedade como um todo, ou seja, têm J
~oder vinculató~São decisões fortalecidas em um
programa, em que se utiliza em última instância da "ir-
tualidade do uso da força para sua realização,
.;, As políticas são prcdicados dos governos, na medi- I
da em que se referem a decisões imperativas que têm
como último recurso o uso da força, Essa afirmação fi-
ca mais clara se se considera o-requisito da existência
de qualquer governo a capacidade de sustentar "comI
êxito a reivindicação de regulamentar com exclusivi-
dade o ~l11prego legítimo da força física para fazer
cumprir suas regras dentrode determinadaárea terri-
torial"." (Dahl, 1981, p. 29)
~ A função básica elas políticas é a distribuição. dirc-
19
ta ou indireta, de recursos escassos em umasociedade.
Como esses recursos são disputados por grupos ou
pessoas, pode-se dizer que se trata de alocação de va-
lores entre unidades interatunntes.
As decisões governamentais resultam da combina-
ção da partici pação direta e indi reta de atores pol íticos,
que atuam por diversos meios, como persuasão, amea-
ças, promessas, manipulação direta, coerção e etc, As
formas corno são tomadas as decisões, ou mais espe-
cificamente COIllOsão formadas as politicas, depen- .
dern das características do regime polftico vigente.
Assim, políticas públicas se referem a decisões go-
vernamentais. Deutsch (1971, p. 153) conceitua deci-
...são da seguinte forma; "decisão é fechar o sistema de
formulação de decisões a quaisquer outras mensagens
adicionais capazes ele modificar tal decisão."
Uma política governamental é, portanto, uma de- .
termi nação efeti va de vontade, que envol ve todo o pro-
cesso de executar determinado curso de ação. O pro-
cesso de tomada de decisões envolve relações pesso~
ais, pois o que é decidido são as diretrizes que outras
pessoas devem seguir. Assim pode-se, a grosso modo,
traçar como etapas de uma decisão aexistência de uma
vontade e do poder para encaminhá-Ia, da escolha da
, decisão baseada na análise da realidade e nos compo-
nentes ele negociação Oll luta envolvidos na interação
entre os participanres..e da formulação das politicas
propriamente ditas.
Conclusão
Vimos até aqui, vários aspectos do estudo da polí-,
I tica, no geral, e da subclasse deste estudo que é o cs-
. tudo das politicas. Como forma detentar resumir as
idéias desenvolvidas até aqui, podemos dizer que a po-
lítica, vista ele.urnaforma abrangente, apresenta uma
relação dialérica ...entre interesses e solidariedade ou
conflito c consenso. Por um lado, temos o problema da
criação do consenso, única for;'la em que interesses
convergentes de sujeitos intcr.uunutcs podem parti-
'/ Notar CO~110Dahl concebe o que para Weber é monopólio da r~)r~..Acertadamente. afirma que "o governo de um Estado não monopoliza
I:ccessanamcnte o uso da força, mas tem a autoridade exclusiva pJra estabelecer os limites dentro dos quais a força pode ser lcgi-
umumcntc empregada", Exemplo dessa uflrmação é O Iaio da difusão de grupos de scgurançu privada atualmente.
Coei. .ciênc, soc., Belo HOrizonte, v. 6, 11. 9, p. 11-20, ago. 1999
10. •..• ' . "'dI"
•. ' ,.,v··
~.'; ~ ;; ...,-
-lhar objetivos, e assim "construir poder". visando
atuar com eficácia nareulização de <eus objetivos. Por
outro lado, temos atores que interagern de forma es-
tratégica. com cada um tentando fazer prevalecer seus
interesses sobre os demais. A política aqui é concebida
como luta e, mais especificamente, como disputa pela
submissão de uns interesses a outros.
O poder tem relevância como foco analítico na
, .
medida em que é um problema prático da convivência
humana. Se o conflito demonstra ações voltadas no
sentido da "distribuição do poder", por outro lado é
necessário "construir o poder" para se ter alguma efi-
cácia na organização da convivência de pessoas com
interesses e valores diversos, e, no nível geral, para
evitar-se a situação hobbesiana de "guerra de todos
contra todos".
Numa certa perspectiva, o processo político é um, ...
Iluxoconunuo ele atividades diversas, mediante as
quais há a repartição de bens escassos. bs bens escas-
sos s50 repartidos através da interação de incli v íduos.
onde a ação de cada um objetiva a apropriação de tais
bens. A alocação dos bens é resultante ele dada disll'·i.·
buiç.ão e utilização do poder. O processo de alocação
deve ser institucionalizado em certa medida: ou seja ..
deve orientar-se por certas regras. Ao cabo. deve le-
gitimar a atribuição a certos indivíduos ele certos ob-
jetos, tanto valorizados como desvalorizados.
Para terminar, vale citar as seguintes palavras ele
Van Dyke, pela capacidade de síntese que expressam:
(...)a política d o conflito entre atores para (/ dcternii-
.noção de linhos de condutas coletivas (policies) dentro
de 1/1/1 quadro de caoperação-int egração reciproca-
mente reconhecido. (Citado por Schmitler.1984. )).37)
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