2. Definições
Aquacultura ou aqüicultura
cultivo de organismos aquáticos (peixes,
crustáceos, moluscos e algas)
Piscicultura
cultivo (criação, reprodução) de peixes
Carcinicultura
cultivo de crustáceos
Mitilicultura
cultivo de moluscos
3. Definições
Pesca
explorados publicamente
recurso público
com ou sem licenças
Aquacultura
explorados por um indivíduo ou
associações
propriedade / posse durante todo
processo de criação
4. Cultivo – produção econômica
Intervenção no processo de criação
↑ produção
Estocagem regular / padronização
Alimentação / nutrição
Proteção contra predadores
aves, mamíferos aquáticos, insetos
5. Histórico
Mundial
5.000 A.C. – vestígios de tanques –
Polônia
1.135 -1.122 A.C. – Wen Fang: primeiros
registros sobre crescimento e
comportamento de carpas
460 A.C. – Fan Li: “Piscicultura Clássica”
6. Histórico
Brasil
década de 20 – introdução de carpas
década de 30 – introdução de tilápias
década de 40 – introdução de trutas
década de 60 – introdução de carpas chinesas
década de 70 e 80 – incentivos governamentais
a partir da década de 90 – profissionalização
7. Importância
A aquacultura cresce mais rápido do que
qualquer outro setor produtor de alimentos
Taxa anual : 5,93%
Brasil é o 13º no ranking mundial de produtores de
peixes
Receita gerada: $ 8 bilhões, sendo que a piscicultura
gera cerca de 3 milhões de empregos diretos e
indiretos.
8. Importância
Os peixes nativos, liderados pelo tambaqui*, participam com
35% e outras espécies com 5%.
1961: 9,0 kg per capita 20,2 kg per capita em 2015.
Em 2015, o pescado respondeu por 17% de toda a proteína
animal consumida no mundo.
Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, espécie
que representa 60% da produção do país.
9.
10. .
Importância
O maior consumo per capita do pescado, acima de 50 kg, é
encontrado em algumas ilhas em desenvolvimento,
particularmente na Oceania, em contraste aos níveis mais baixos,
acima de 2 kg, na Ásia Central e em alguns países sem conexão
com recursos aquáticos
11. O pescado é uma fonte
proteica importante,
principalmente, em países
subdesenvolvidos. Em
países como Tailândia,
Vietnã, Camboja, Filipinas
e Indonésia, o pescado
suplementa uma parcela
considerável das
necessidades diárias da
população de baixa renda.
12. Importância
Produção mundial de carnes (Milhões de toneladas)
(2022)
Consumo humano direto - 75%
Principal fonte de alimento e renda
Características nutricionais
Países desenvolvidos grandes importadores
Pescado Suínos Aves Bovinos
185 120 121 68
13. Importância
Crescente demanda de produtos aqüícolas
alimentação e saúde
produtos de alta elasticidade-renda de consumo
crescimento da população mundial
Mercado
rastreabilidade
segurança alimentar
“ambientalmente correta”
14. Importância
Conversão de proteína de origem vegetal em proteína
animal
Animal
Proteína
ingerida
(kg)
Produção
(kg)
Peixe 1,9 – 2,4 1*
Frango 2 – 4 1
Suíno 4 – 5 1
Bovino 6 – 8 1
*Peixe: pecilotérmico – 5% de energia para eliminar catabólitos
homeotérmicos – 20%
15. A piscicultura é uma atividade que vem se desenvolvendo em
um ritmo muito acelerado;
Sul - Paraná (213.351 ton), São Paulo (70.500 ton). Já o
terceiro lugar está MG (42.100 ton), seguido por Santa
Catarina (40.059 toneladas) e MS (29.090 toneladas)
Pequeno investimento, pouca mão-de-obra, baixo risco e
retorno econômico.
Em relação à pecuária -> 20 a 80 vezes mais proteína por
hectare.
Potencial Brasileiro
16. Potencial Brasileiro
•Potencial hídrico e climático ( temperatura e luminosidade
favoravéis) e de solo
•5,3 milhões de hectares de água doce em reservatórios
naturais e artificiais;
•8000km de zona costeira.
•600 mil hectares propícios a carcinicultura (15 mil ha)
•Abundante produção de grãos
•212 milhões habitantes demanda deprimida de cerca de
2,5 milhões de toneladas de pescado / ano
17. Brasil
Pesque-pague – comercialização
Truticultura
alto valor de mercado
enfoque empresarial
< ciclo de produção
Carcinicultura
> responsável pelo salto na balança
comercial
organização do setor
18. Escolha da espécie
Gosto leve
Carne firme e
branca
Sem espinhos
Poucas espécies nativas brasileiras
têm futuro na Aquacultura
19.
20. Escolha da espécie
Poucas espécies nativas brasileiras
têm futuro na Aquacultura
Informação
sobre nutrição,
sanidade e
manejo
21. Escolha da espécie
Poucas espécies nativas brasileiras
têm futuro na Aquacultura
Informação
sobre
reprodução e
larvicultura
22. Poucas espécies nativas brasileiras
têm futuro na Aquacultura
Idade a
maturação
Facilidade para Melhoramento
Genético
23. Poucas espécies nativas brasileiras
têm futuro na Aquacultura
Facilidade para Melhoramento
Genético
Rendimento de
filé
Formato do
peixe
41. Sistemas de produção
Abastecimento contínuo de
água nos tanques de cultivo.
Tanques retangulares ou
circulares de concreto ou
outro material que resistam
ao atrito constante da água
Rasos e permitem uma grande
densidade de estocagem
Race ways
63. Características Gerais:
Pecilotérmicos – Ectotérmicos*
Exclusivamente aquáticos
Herbívoros ou carnívoros
Corpo com formato hidrodinâmico (achatado
lateralmente e alongado)
Presença de nadadeiras (dorsal, peitoral, anal
e caudal)
Corpo com escamas e presença de muco
Linha lateral
Ótima conversão alimentar
64. Anatomia dos peixes
• A forma de cada espécie reflete o modo de
vida e os hábitos alimentares de cada espécie.
65.
66. Características Gerais:
• Respiração branquial – por possuir brânquias ou
guelras
• Coração com 2 cavidades ( 1 átrio e 1
ventrículo) – percorre sangue venoso
• Reprodução sexuada: fecundação interna ou
externa, desenvolvimento indireto ou direto,
podendo ser ovíparos ou ovovivíparos
67. As escamas
• Proteção a mais para os peixes;
• Auxiliam numa melhor hidrodinâmica
• Corpo coberto com uma mucilagem
• Glândulas mucosas (muco – diminuição de
atrito e proteção contra microrganismos)
69. • Ciclóides : típica de
peixes ósseos,
crescem por toda vida
do peixe, são lisas,
não possuindo
projeções.
70. • Ctenóides : Típica dos
peixes ósseos, são
finas e crescem por
toda vida, possuem
pequenas projeções
formando uma coroa
de minúsculos
espinhos, que
conferem aos peixes
uma aparência
áspera.
71. • Ganóides : são
esmaltadas e
brilhantes. Elas são
encontrados em peixes
como os esturjões, os
baiacus e os peixes-
espátulas
72. Placóides : Encontradas
em tubarões e
arraias, possuem
pequenos dentículos
dérmicos voltados
para trás, o que
deixa sua pele
áspera, com
aparência de uma
lixa
73. Barbatanas ou nadadeiras: órgãos externos
para a locomoção e equilíbrio;
74. Nadadeira caudal
• Nadadores velozes possuem esta nadadeira
com uma bifurcação bastante pronunciada
Nadadeira anal
• Utilizada como estabilizador;
• Nos machos vivíparos desenvolveu-se como
órgão de reprodução
75. Barbatanas ventrais
• Podem formar uma bolsa de sucção que
prende os peixes ao leito do rio
• Utilizadas sobretudo para orientação dos
movimentos, também estão adaptadas para
outros fins.
Barbatanas peitorais
76. Os sentidos do peixe
• Visão;
• Tato;
• Paladar;
• Audição;
• Olfato;
77. Olhos
• Na maioria dos peixes os olhos estão situados
lateralmente à cabeça, mas em algumas
espécies o posicionamento pode variar.
• Muitos peixes detectam os alimentos pelo
cheiro e, frequentemente a grandes distâncias.
• Os orifícios nasais de um peixe não são
utilizados para respirar mas apenas para cheirar.
78. Não tem pálpebras, seus olhos ficam sempre
abertos.
Os peixes não dormem (alternam estados de vigília
e repouso) que consiste num aparente estado de
imobilidade, em que mantêm o equilíbrio por meio
de movimentos bem lentos;
HÁBITOS DE REPOUSO
79. Boca e a mandíbula
• Não mastigam o alimento e alguns trituram o
que ingerem;
82. A posição da boca indica qual o
nível de profundidade em que o
peixe geralmente habita.
83. Pequenos pelágicos (vivem em cardumes, sardinhas,
anchovas, atuns): são planctonófagos
Os grandes peixes são predadores ativos de pequenos
peixes, lulas e crustáceos;
Os peixes demersais (presos a um substrato nos solos
arenosos ou nas rochas, ex. moreias): podem ser
predadores, herbívoros, detritívoros;
Peixes abissais (das regiões mais profundas): costumam
ter a boca com grandes dimensões, que lhes permitem
comer animais quase do seu tamanho.
HÁBITOS ALIMENTARES
85. Narinas
• Situada no "focinho", à frente e próximas aos
olhos;
• Suas bolsas olfativas possuem função
sensitiva para substâncias dissolvidas na
água.
86.
87. SISTEMA NERVOSO E SENSORIAL
Todos os peixes diurnos possuem olhos bem
desenvolvidos com visão colorida;
Apresentam quimiorreceptores responsáveis pelos
sentidos de gosto e cheiro.
Sistema linear lateral: permite aos peixes detectar
correntes e vibrações, bem como o movimento de outros
peixes e presas por perto.
Podem sentir dor
88. Linha lateral
• Este órgão tem funções relacionadas com a
orientação, uma espécie de sexto sentido.
90. SISTEMA RESPIRATÓRIO
Branquial: brânquias recobertas por epitélio
respiratório sobre os vasos , de modo que o CO2 do
sangue pode ser trocado por O2 dissolvido na água;
92. Opérculo
• Alguns peixes desenvolveram projeções em
forma de espinhos, sendo utilizados como
defesa.
93.
94.
95.
96.
97.
98. Sistema circulatório
Coração com duas cavidades (1A e 1V)
* No coração dos peixes só circula sangue venoso
Circulação fechada, simples e completa
99. Peixes dipnóicos: apresentam bexiga
natatória vascularizada e permite a realização
de trocas gasosas entre o ar presente no
interior e o sangue. Ex: pirambóia
100.
101. Bexiga natatória
• É um saco de paredes flexíveis, derivado do
intestino que pode expandir-se ou contrair de
acordo com a pressão;
• A bexiga natatória possui uma glândula que
permite a introdução de gases, principalmente
oxigênio, na bexiga, para aumentar o seu volume.
102.
103.
104. A maioria é dióica, ovípara, e de fecundação externa;
Sardinhas (nadam livremente): ovos flutuam na água
– e podem ser comidos por outros organismos, assim
cada fêmea liberta um enorme número de óvulos.
Outras espécies, os ovos afundam e os óvulos podem
não ser tão numerosos, uma vez que são menos
vulneráveis aos predadores.
REPRODUÇÃO
105. Fecundação externa (maioria);
Ovíparos ( maioria);
Desenvolvimento indireto - Larva - alevino;
Detalhe de alevino ainda com o saco vitelínico e após absorção completa
REPRODUÇÃO
106. Existem também casos de hermafroditismo (pargo);
Casos de mudança de sexo - peixes que são fêmeas
durante as primeiras fases de maturação sexual e se
transformam em machos (protoginia) e o inverso
(protandria);
REPRODUÇÃO
Pargo – Familia Sparidae Romano – Ex: Protoginia
107. Existem também espécies
vivíparas e ovovivíparas, onde
pode haver fertilização
interna (os machos não tem
pênis verdadeiro), mas
possuem uma estrutura para
introduzir o esperma dentro
da fêmea.
Ocorre em tubarões e arraias,
e em muitos peixes de água
doce;
REPRODUÇÃO
Molinésia-Amazona Poecilia
formosa
Notas do Editor
Enguia = corpo liso
-uma barbatana dorsal -uma barbatana anal -uma barbatana caudal -um par de barbatanas ventrais (ou barbatanas pélvicas) e -um par de barbatanas peitorais.
Apenas as barbatanas pares têm relação evolutiva com os membros dos restantes vertebrados.
Abissais: Estes seres desenvolveram estratégias de sobrevivência sofisticadas para driblar as condições de frio, escuridão, pouca disponibilidade de alimentos e dificuldades quanto à reprodução (estima-se que, para cada fêmea sexualmente amadurecida existam de quinze a vinte machos).
Como a disponibilidade de alimento é escassa, bocas gigantescas e estômagos maiores ainda permitem que estes seres se alimentem, muitas vezes, de indivíduos maiores que eles mesmos, garantindo fonte energética por um período de tempo maior
Em 2003, alguns cientistas escoceses da Universidade de Edimburgo descobriram que os peixes podem sentir dor. Peixes como os peixes-gato e tubarões possuem órgãos que detectam pequenas correntes elétricas. Outros peixes, como a enguia elétrica, podem produzir sua própria eletricidade.
Apresentam linhas laterais: Canais ao longo do corpo, por onde a água do mar penetra. Nestes canais há grupos de células sensoriais (neuromastos) capazes de detectar variações de pressão na água, como as causadas pelo movimento de um predador, e enviar estas informações sensoriais para o sistema nervoso central, permitindo que o peixe escape. (É como se fosse o aparelho auditivo dos peixes).
. Estas trocas gasosas ocorrem durante os movimentos de bombeamento da água por ação muscular em dois momentos: expansão da cavidade oro-faringea com aspiração de água ,e num segundo momento, abertura dos ossos operculares liberando a passagem da água.
Nos peixes dipnóicos, a membrana da bexiga natatória é vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior e o sangue. Esses "peixes pulmonados" podem resistir a longos períodos de seca, quando permanecem entocados em buracos no fundo lamacento dos rios. A pirambóia, encontrada no Brasil, é um exemplo de peixe dipnóico.
Peixe ósseo Romano: É uma espécie hermafrodita em que as fêmeas, quando atingem cerca de 30 cm de comprimento, se transformam em machos. Estes são altamente territoriais!