2. Atmosfera e suas características
Fonte: MARINA, L; TÉRCIO. Geografia. Ática: São Paulo: 2003.
A atmosfera constitui uma camada
gasosa que recobre o planeta, sendo
composta por camadas diferenciadas
entre si. Cada estrato possui
propriedades que interferem na dinâmica
climática e em outros fatores que estão
diretamente relacionados às
características espaciais do planeta.
3. As camadas da atmosfera
As camadas da atmosfera podem ser classificadas da
seguinte maneira, da mais interna à mais externa:
Troposfera;
Estratosfera;
Mesosfera;
Ionosfera;
Exosfera.
4. As principais funções da atmosfera
Nas camadas mais inferiores irão se concentrar a maior parte
dos gases que afetam as dinâmicas biológicas no planeta. As
principais camadas que compõem a atmosfera são:
Troposfera: Será nessa camada onde ocorrerão os fenômenos
atmosféricos que caracterizam os diferentes climas encontrados no
planeta, tais como: a formação de nuvens; as precipitações (chuvas) e
os ventos.
Estratosfera: Será nessa camada que se localizará a Camada de
Ozônio. Estrato atmosférico, composto por moléculas do gás ozônio
(O3). Essa camada é responsável pela refração de parte dos raios Ultra-
Violeta (UV) nocivos à vida na Terra.
Ionosfera: Nessa camada ocorrerão as comunicações de rádio. Será
nessa faixa que irão operar as telecomunicações intercontinentais.
5. Principais fatores climáticos
Existem vários fatores que influem nas dinâmicas
climáticas no mundo, sendo as principais:
Temperatura;
Pressão Atmosférica;
Latitude;
Altitude;
Continentalidade;
Maritimidade.
6. Latitude
A latitude constitui a diferença entre os paralelos, que cortam o planeta no sentido
horizontal. Dessa forma, pode ser quantificada tanto para norte quanto para sul.
A medida que elevamos o valor da latitude (altas latitudes) temos uma temperatura mais
amena. A medida que diminuímos o valor da latitude (baixas latitudes) temos uma
temperatura mais elevada.
Será basicamente essa relação que formará as chamadas Zonas Climáticas.
A diferença de temperatura de acordo com a latitude se deve, principalmente, ao grau de
curvatura da Terra. Quanto mais nos afastamos do Equador, existe uma dispersão dos raios
solares, ocorrendo o inverso à medida que nos aproximamos do Equador.
Fonte: Enciclopédia do Estudante. Moderna, 2008.
7. A Latitude e a formação das Zonas
Climáticas
Fonte: Enciclopédia do Estudante. Moderna, 2008.
A Imagem ao lado mostra
que a latitude, aliada ao
grau de curvatura da Terra
forma as chamadas zonas
climáticas, responsáveis
pelas grandes formações
climáticas, definindo
diretamente os níveis de
temperatura e os regimes
de chuva nos continentes.
8. Altitude
A altitude também influi na dinâmica climática, variando a
temperatura quanto mais nos elevamos no terreno. A relação é
diretamente proporcional, ou seja, a medida que elevamos a
altura, diminuímos a temperatura, ocorrendo o contrário a
medida que nos aproximamos do nível do mar.
Essa relação está associada à diminuição da temperatura
quando nos aproximamos das partes mais externas da
atmosfera. Como vimos anteriormente essa relação se constitui
com base na composição das camadas mais superiores, que
quase não possuem gases capazes de reter o calor.
9. Continentalidade e Maritimidade
Continentalidade: Constitui a relação de afastamento dos
oceanos. Dessa forma, quanto mais próximos chegamos do
centro dos continentes, menos sofremos os efeitos climáticos
provenientes dos mares. Como características principais temos
a baixa incidência de chuvas e o aumento das temperaturas
médias.
Maritimidade: Constitui a relação de aproximação dos
oceanos. Dessa forma, quanto mais nos aproximamos da
borda dos continentes, ou seja, das orlas, mais sofremos os
efeitos climáticos provenientes dos mares. Como
características principais temos a alta incidência de chuvas e
a diminuição das temperaturas médias.
10. Temperatura
A temperatura varia, basicamente, de acordo com as zonas climáticas.
Quanto mais próximas estamos da Linha do Equador, mais quente se
torna o clima. Enquanto, à medida que nos afastamos encontramos climas
mais frios. Porém existem outros fatores que regulam a temperatura, como
a chegada de massas de ar ou mesmo a proximidade ou afastamento dos
oceanos. A temperatura é medida em °C (graus Celsius) em alguns países
ou em °F (graus Fahrenheit).
Para compreendermos as variações climáticas diferenciadas, devemos nos
atentar à chamada temperatura média, indicando se a área em análise é
Fria ou Quente, de acordo com os valores anuais. Por exemplo a cidade de
São Paulo apresenta uma temperatura média no mês de Junho de 18°C.
Esse valor não esteve presente em todos dias do mês, porém constitui a
média calculada das temperaturas diárias nesse período. Segundo o
exemplo podemos considerar que a cidade brasileira possui um clima
quente, devido à sua localização e, principalmente, as médias mensais, que
mesmo em um mês de inverno apresenta médias de 18°C.
11. Pressão Atmosférica
A pressão atmosférica varia de acordo com a temperatura, da
seguinte maneira:
Alta temperatura = Baixa pressão
Baixa temperatura = Alta pressão
Essa relação se deve ao comportamento das partículas
presentes no ar. Quanto mais frio, as moléculas ficam mais
coesas e consequentemente mais densas, aumentando a
pressão. Quanto mais quente, as moléculas ficam mais
agitadas e consequentemente mais leves.
12. As consequências regionais da diferença
de pressão atmosférica
Fonte: Enciclopédia do Estudante. Moderna, 2008.
A variação da pressão
atmosférica, entre o
continente e o oceano na
Ásia, forma os chamados
ventos de monções,
que possuem grande
importância nos ciclos
agrícolas regionais,
pois, trazem umidade
vinda dos mares em
determinado período do
No verão: Ventos úmidos vindos do
ano, marcando os
Oceano Índico.
períodos de plantio e
No inverno: Ventos secos atingindo colheita do arroz na
parte da Oceania e parte da África. China.
13. Os ventos atmosféricos globais
Fonte: http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap8/cap8-2.html
14. A dinâmica detalhada dos ventos
A Linha do Equador (paralelo 0°) funciona como uma zona de
baixa pressão. Dessa forma, o ar fica mais “leve”, devido as
altas temperaturas, elevando-se, provocando um elevados índices
de nebulosidade e precipitações nessa região.
Em seguida o ar quente soerguido se desloca em direção as
paralelos 30° (trópicos de Câncer e Capricórnio), resfriando-se e
descendo, caracterizando essas regiões como zonas de alta
pressão atmosférica. Como os ventos se deslocam da alta para
baixa pressão atmosférica, existe um retorno desses ventos para
as áreas compreendidas pela Linha do Equador.
A mesma dinâmica é verificada entre os trópicos e os círculos
polares. Porém, dessa vez, os trópicos trabalham como zonas de
baixa pressão em relação aos círculos polares, que são zonas de
alta pressão atmosférica.