A peça de teatro "A Pele do Lobo", de Artur Azevedo, apresenta um subdelegado e sua esposa que estão atrasados para um batizado. Seu tempo é gasto atendendo as reclamações de Apolinário, um homem tagarela que teve galinhas roubadas. Apolinário se recusa a ir embora até que sua queixa seja registrada, para desespero do casal que tenta demitir o subdelegado de seu cargo burocrático.
O documento é um resumo da peça de teatro "A Pele do Lobo", de Artur Azevedo. A cena se passa na sala do subdelegado Cardoso, que está pronto para sair com sua esposa Amália para um batizado. Entretanto, eles são atrasados pela chegada de Apolinário, que vem fazer uma queixa sobre galinhas roubadas. Apolinário se mostra muito falante e maçante, atrasando ainda mais Cardoso e Amália, que querem sair logo.
O documento apresenta seis esquetes curtas com temas como um passageiro diabético em um avião, a conversa entre um vinho e um leite na geladeira, e um casal revelando em um motel que muitas de suas características são artificiais. Os esquetes usam humor para abordar situações do cotidiano e questões de saúde de forma irreverente.
Este drama homoerótico conta a história de dois amigos, Bruno e Cristiano, que acabam de se mudar para um pequeno apartamento juntos para estudarem na faculdade. Bruno tenta convencer Cristiano a ficar mais à vontade com a nudez entre eles, enquanto Cristiano parece hesitante e envergonhado.
O documento apresenta um espetáculo teatral satírico e irreverente protagonizado por "bufões". No prólogo, o Arauto apresenta os personagens e o espírito carnavalesco do espetáculo. Na primeira cena, os bufões fazem um banquete bacanal. Na segunda cena, o Falso Profeta prega um sermão hipócrita sobre oferendas. Na terceira cena, um bufão faz uma propaganda ridícula de perfume para peidos. Na quarta cena, os bufões discutem sobre amor e defecação.
1) A peça de teatro gira em torno de Rapivalho, um homem que finge ser um escritor, mas é confrontado por suas credoras Malhada e Quinquinata.
2) Rapivalho desmaia dramaticamente depois de uma discussão com as mulheres, assustando Manuel e Joanicota.
3) Depois de "ressuscitar", os personagens têm conversas estranhas e dançam, com Mario insinuando de forma inapropriada.
O documento apresenta pequenos trechos de diferentes obras literárias e peças teatrais, unidos em uma colagem de textos. As cenas abordam temas como solidão, dúvidas existenciais, frustrações amorosas e problemas familiares relacionados ao uso de drogas.
O documento é um texto de drama intitulado "Castelos de Areia". Conta a história de um casal que terminou o relacionamento, mas o homem ainda não conseguiu superar o término e tenta convencer a mulher a reatar. Ela diz que não o quer mais, mas ele insiste em saber o motivo do fim do namoro.
O documento descreve um encontro no topo de um prédio entre X, um homem em situação de rua pensando em cometer suicídio, e Y, um homem de classe média. Y impede X de pular do prédio e tenta convencê-lo a não desistir da vida, mas X se sente sem esperança. Eles discutem suas diferentes situações de vida e perspectivas.
O documento é um resumo da peça de teatro "A Pele do Lobo", de Artur Azevedo. A cena se passa na sala do subdelegado Cardoso, que está pronto para sair com sua esposa Amália para um batizado. Entretanto, eles são atrasados pela chegada de Apolinário, que vem fazer uma queixa sobre galinhas roubadas. Apolinário se mostra muito falante e maçante, atrasando ainda mais Cardoso e Amália, que querem sair logo.
O documento apresenta seis esquetes curtas com temas como um passageiro diabético em um avião, a conversa entre um vinho e um leite na geladeira, e um casal revelando em um motel que muitas de suas características são artificiais. Os esquetes usam humor para abordar situações do cotidiano e questões de saúde de forma irreverente.
Este drama homoerótico conta a história de dois amigos, Bruno e Cristiano, que acabam de se mudar para um pequeno apartamento juntos para estudarem na faculdade. Bruno tenta convencer Cristiano a ficar mais à vontade com a nudez entre eles, enquanto Cristiano parece hesitante e envergonhado.
O documento apresenta um espetáculo teatral satírico e irreverente protagonizado por "bufões". No prólogo, o Arauto apresenta os personagens e o espírito carnavalesco do espetáculo. Na primeira cena, os bufões fazem um banquete bacanal. Na segunda cena, o Falso Profeta prega um sermão hipócrita sobre oferendas. Na terceira cena, um bufão faz uma propaganda ridícula de perfume para peidos. Na quarta cena, os bufões discutem sobre amor e defecação.
1) A peça de teatro gira em torno de Rapivalho, um homem que finge ser um escritor, mas é confrontado por suas credoras Malhada e Quinquinata.
2) Rapivalho desmaia dramaticamente depois de uma discussão com as mulheres, assustando Manuel e Joanicota.
3) Depois de "ressuscitar", os personagens têm conversas estranhas e dançam, com Mario insinuando de forma inapropriada.
O documento apresenta pequenos trechos de diferentes obras literárias e peças teatrais, unidos em uma colagem de textos. As cenas abordam temas como solidão, dúvidas existenciais, frustrações amorosas e problemas familiares relacionados ao uso de drogas.
O documento é um texto de drama intitulado "Castelos de Areia". Conta a história de um casal que terminou o relacionamento, mas o homem ainda não conseguiu superar o término e tenta convencer a mulher a reatar. Ela diz que não o quer mais, mas ele insiste em saber o motivo do fim do namoro.
O documento descreve um encontro no topo de um prédio entre X, um homem em situação de rua pensando em cometer suicídio, e Y, um homem de classe média. Y impede X de pular do prédio e tenta convencê-lo a não desistir da vida, mas X se sente sem esperança. Eles discutem suas diferentes situações de vida e perspectivas.
Este documento apresenta o primeiro ato da peça teatral "Nova Viagem à Lua", de Artur Azevedo. Nele, Machadinho e seus amigos Luís, Augusto e Silva chegam a uma fazenda em Ubá, Minas Gerais. Eles discutem como convencer o pai de Luís, o teimoso Arruda, a ir à corte para ajudar Luís a se casar com Zizinha. Machadinho tem então a ideia de convencer Arruda a viajar para a Lua.
A peça teatral aborda a situação de uma família nordestina de retirantes que foi obrigada a deixar sua terra devido à seca. Após muitas dificuldades, eles encontram um abrigo temporário em uma oiticica, onde começam a reconstruir suas vidas enfrentando novos desafios em meio à pobreza e incertezas do futuro.
O documento é um resumo de uma peça de teatro cômica em 1 ato. Narra a história de Natividade, que contrata seu ex-funcionário Custódio para fazer de espantalho e vigiar sua nova "esposa" Zetublé, uma mulher circassiana que Natividade comprou em Constantinopla e trouxe secretamente para o Rio de Janeiro fingindo ser Túnis. Custódio relutantemente aceita o novo trabalho estranho.
O documento descreve um acidente aéreo no qual Sávio sobrevive milagrosamente. Ele é ajudado por Polus Trasímaco Predicus, um estranho passageiro, e por Dione Herpilis Kireane, um anjo que aparece. Eles ajudam os sobreviventes e os levam para uma nave espacial. Sávio fica confuso sobre como sobreviveu e para onde estão indo.
O documento apresenta um resumo do drama "Cidade dos Urubus" de Julio Carrara. A peça retrata a vida de personagens marginalizados que vivem em um ferro velho na cidade. Kill comemora seu aniversário de 18 anos sozinho até conhecer Malu, que está grávida e abandonada. Os dois desenvolvem uma conexão enquanto lidam com suas próprias lutas e o submundo ao redor.
Este documento fornece instruções para várias peças teatrais curtas para serem realizadas em um acampamento de escoteiros. As peças incluem construir uma fogueira simulada, procurar um anel perdido, reclamar sobre pelos em hambúrgueres e guardar um forte militar fictício.
A peça de teatro apresenta a interação entre dois vagabundos, Serafim e Malacueco, e o Pirata da Perna de Pau. Serafim e Malacueco vão até uma casa em busca de comida e encontram o Pirata, que os obriga a fazer parte de sua tripulação em uma viagem marítima.
Este documento apresenta uma peça teatral cômica sobre dois mendigos que enganam um padeiro e sua esposa para obter comida. Os mendigos ouvem o padeiro dizer para sua esposa entregar um pastelão apenas para quem cantar uma música específica. Um dos mendigos se disfarça e consegue enganar a esposa do padeiro, recebendo o pastelão. Posteriormente, o outro mendigo tenta o mesmo truque, mas é descoberto.
Este resumo em 3 frases:
1) Dois vagabundos chamados Serafim e Malacueco encontram um Pirata da Perna de Pau que os obriga a trabalhar para ele.
2) Após o barco do Pirata ser levado pela corrente, eles ficam presos em uma ilha governada por um Rei estranho.
3) Conseguem escapar da ilha quando um peixe grande puxa a linha de pesca deles para o mar, levando-os em uma frigideira para longe da ilha.
A história descreve o advogado Doutor Pires de Aguiar, um homem vaidoso que gosta de se exibir com suas amantes atrizes. Sua amante atual é a atriz portuguesa Clorinda. A costureira designada para Clorinda é revelada como sendo Marcelina, o primeiro amor de Aguiar. Marcelina aconselha Clorinda a não confiar tanto nos homens como Aguiar e a se concentrar mais em sua arte.
O documento descreve um roteiro para uma peça teatral sobre crianças brincando de cantigas, adivinhações e lendas populares em uma roda. O roteiro inclui 19 cenas com diversas brincadeiras tradicionais como "Se essa rua fosse minha", "Ciranda, cirandinha" e "Balança caixão".
Este capítulo apresenta várias cenas que mostram tensões entre os personagens: 1) Lisa hesita em aceitar o convite de Leandro para sair por ele ser noivo; 2) Ester confronta Raquel sobre dinheiro roubado, mas Raquel nega; 3) Ermelita se insinua para Constantino na frente da casa de Jurema; 4) Raquel ameaça Ester com uma faca durante sua discussão.
Este documento fornece informações sobre um boletim informativo virtual chamado Agrissênior Notícias. Ele é editado por Luiz Ferreira da Silva e Jefferson Dias e contém artigos sobre temas variados como ditados populares, rios subterrâneos, as mulheres de 30 anos e dicas para ter idade mas não ser velho.
Perfeição , capítulo 30 - Audiência da guarda de Pedro Junior acontecelucas_vinicius2012
O capítulo começa com Jeca explicando seu plano para Raquel em um local abandonado. Em seguida, Leninha faz compras no supermercado e discute com Fátima sobre Geovane. Marizete demonstra preocupação com Pedro Júnior e discute com Cláudio sobre a audiência. Por fim, no caixa do supermercado, Leninha tenta convencer o caixa a deixar fiado, mas não consegue.
Este documento é uma peça de teatro escrita por José Joaquim de Campos Leão Qorpo-Santo que retrata as dificuldades enfrentadas por um credor da Fazenda Nacional para receber o pagamento de dívidas do governo. A peça mostra o credor indo repetidamente à repartição pública em vão e sua frustração crescendo a cada nova promessa não cumprida. Em um momento, outro homem na mesma situação ameaça incendiar os documentos da repartição em protesto.
Este documento descreve os últimos momentos de vida de uma velha. Enquanto ela está morrendo, é visitada por uma figura misteriosa chamada Avejão, que coloca em dúvida a vida dedicada à religião e caridade que ela levou. O Avejão sugere que ela viveu uma mentira e que seu sacrifício foi em vão. A velha fica perturbada ao questionar se desperdiçou sua vida.
O documento apresenta o primeiro ato da peça teatral "A Casadinha de Fresco" de Artur Azevedo. A cena se passa em uma estalagem onde Carlos planeja secretamente se casar com Gabriela, contra a vontade do pai dela. Carlos contrata um alfaiate e uma costureira para levar roupas de noivado, mas teme que seu plano seja descoberto.
O documento é uma peça de teatro em dois atos de José de Alencar intitulada "Verso e Reverso". A história gira em torno de Ernesto, um estudante de São Paulo que está decepcionado com o Rio de Janeiro após altas expectativas. Ele sofre assédio constante de vendedores e corretores durante uma visita a uma loja.
Este documento apresenta o primeiro ato da peça teatral "Nova Viagem à Lua", de Artur Azevedo. Nele, Machadinho e seus amigos Luís, Augusto e Silva chegam a uma fazenda em Ubá, Minas Gerais. Eles discutem como convencer o pai de Luís, o teimoso Arruda, a ir à corte para ajudar Luís a se casar com Zizinha. Machadinho tem então a ideia de convencer Arruda a viajar para a Lua.
A peça teatral aborda a situação de uma família nordestina de retirantes que foi obrigada a deixar sua terra devido à seca. Após muitas dificuldades, eles encontram um abrigo temporário em uma oiticica, onde começam a reconstruir suas vidas enfrentando novos desafios em meio à pobreza e incertezas do futuro.
O documento é um resumo de uma peça de teatro cômica em 1 ato. Narra a história de Natividade, que contrata seu ex-funcionário Custódio para fazer de espantalho e vigiar sua nova "esposa" Zetublé, uma mulher circassiana que Natividade comprou em Constantinopla e trouxe secretamente para o Rio de Janeiro fingindo ser Túnis. Custódio relutantemente aceita o novo trabalho estranho.
O documento descreve um acidente aéreo no qual Sávio sobrevive milagrosamente. Ele é ajudado por Polus Trasímaco Predicus, um estranho passageiro, e por Dione Herpilis Kireane, um anjo que aparece. Eles ajudam os sobreviventes e os levam para uma nave espacial. Sávio fica confuso sobre como sobreviveu e para onde estão indo.
O documento apresenta um resumo do drama "Cidade dos Urubus" de Julio Carrara. A peça retrata a vida de personagens marginalizados que vivem em um ferro velho na cidade. Kill comemora seu aniversário de 18 anos sozinho até conhecer Malu, que está grávida e abandonada. Os dois desenvolvem uma conexão enquanto lidam com suas próprias lutas e o submundo ao redor.
Este documento fornece instruções para várias peças teatrais curtas para serem realizadas em um acampamento de escoteiros. As peças incluem construir uma fogueira simulada, procurar um anel perdido, reclamar sobre pelos em hambúrgueres e guardar um forte militar fictício.
A peça de teatro apresenta a interação entre dois vagabundos, Serafim e Malacueco, e o Pirata da Perna de Pau. Serafim e Malacueco vão até uma casa em busca de comida e encontram o Pirata, que os obriga a fazer parte de sua tripulação em uma viagem marítima.
Este documento apresenta uma peça teatral cômica sobre dois mendigos que enganam um padeiro e sua esposa para obter comida. Os mendigos ouvem o padeiro dizer para sua esposa entregar um pastelão apenas para quem cantar uma música específica. Um dos mendigos se disfarça e consegue enganar a esposa do padeiro, recebendo o pastelão. Posteriormente, o outro mendigo tenta o mesmo truque, mas é descoberto.
Este resumo em 3 frases:
1) Dois vagabundos chamados Serafim e Malacueco encontram um Pirata da Perna de Pau que os obriga a trabalhar para ele.
2) Após o barco do Pirata ser levado pela corrente, eles ficam presos em uma ilha governada por um Rei estranho.
3) Conseguem escapar da ilha quando um peixe grande puxa a linha de pesca deles para o mar, levando-os em uma frigideira para longe da ilha.
A história descreve o advogado Doutor Pires de Aguiar, um homem vaidoso que gosta de se exibir com suas amantes atrizes. Sua amante atual é a atriz portuguesa Clorinda. A costureira designada para Clorinda é revelada como sendo Marcelina, o primeiro amor de Aguiar. Marcelina aconselha Clorinda a não confiar tanto nos homens como Aguiar e a se concentrar mais em sua arte.
O documento descreve um roteiro para uma peça teatral sobre crianças brincando de cantigas, adivinhações e lendas populares em uma roda. O roteiro inclui 19 cenas com diversas brincadeiras tradicionais como "Se essa rua fosse minha", "Ciranda, cirandinha" e "Balança caixão".
Este capítulo apresenta várias cenas que mostram tensões entre os personagens: 1) Lisa hesita em aceitar o convite de Leandro para sair por ele ser noivo; 2) Ester confronta Raquel sobre dinheiro roubado, mas Raquel nega; 3) Ermelita se insinua para Constantino na frente da casa de Jurema; 4) Raquel ameaça Ester com uma faca durante sua discussão.
Este documento fornece informações sobre um boletim informativo virtual chamado Agrissênior Notícias. Ele é editado por Luiz Ferreira da Silva e Jefferson Dias e contém artigos sobre temas variados como ditados populares, rios subterrâneos, as mulheres de 30 anos e dicas para ter idade mas não ser velho.
Perfeição , capítulo 30 - Audiência da guarda de Pedro Junior acontecelucas_vinicius2012
O capítulo começa com Jeca explicando seu plano para Raquel em um local abandonado. Em seguida, Leninha faz compras no supermercado e discute com Fátima sobre Geovane. Marizete demonstra preocupação com Pedro Júnior e discute com Cláudio sobre a audiência. Por fim, no caixa do supermercado, Leninha tenta convencer o caixa a deixar fiado, mas não consegue.
Este documento é uma peça de teatro escrita por José Joaquim de Campos Leão Qorpo-Santo que retrata as dificuldades enfrentadas por um credor da Fazenda Nacional para receber o pagamento de dívidas do governo. A peça mostra o credor indo repetidamente à repartição pública em vão e sua frustração crescendo a cada nova promessa não cumprida. Em um momento, outro homem na mesma situação ameaça incendiar os documentos da repartição em protesto.
Este documento descreve os últimos momentos de vida de uma velha. Enquanto ela está morrendo, é visitada por uma figura misteriosa chamada Avejão, que coloca em dúvida a vida dedicada à religião e caridade que ela levou. O Avejão sugere que ela viveu uma mentira e que seu sacrifício foi em vão. A velha fica perturbada ao questionar se desperdiçou sua vida.
O documento apresenta o primeiro ato da peça teatral "A Casadinha de Fresco" de Artur Azevedo. A cena se passa em uma estalagem onde Carlos planeja secretamente se casar com Gabriela, contra a vontade do pai dela. Carlos contrata um alfaiate e uma costureira para levar roupas de noivado, mas teme que seu plano seja descoberto.
O documento é uma peça de teatro em dois atos de José de Alencar intitulada "Verso e Reverso". A história gira em torno de Ernesto, um estudante de São Paulo que está decepcionado com o Rio de Janeiro após altas expectativas. Ele sofre assédio constante de vendedores e corretores durante uma visita a uma loja.
Em período de confinamento, incluindo na aldeia francesa de os druidas engendraram uma revista semanal inédita para alegrar os seus dias: Irredutíveis com Astérix!
Contém atividades, jogos e BD’s de Astérix para toda a família!
Este documento é um resumo de uma peça de teatro de José de Alencar intitulada "O Rio de Janeiro - Verso e Reverso". A peça descreve as experiências de um jovem chamado Ernesto que acaba de chegar ao Rio de Janeiro vindo de São Paulo e se decepciona com a cidade, sofrendo assédios constantes de vendedores, corretores e outros personagens.
Este documento apresenta o resumo do primeiro ato da peça teatral "A Casadinha de Fresco", de Artur Azevedo. O ato se passa em uma estalagem, onde viajantes comem e bebem. Carlos parece estar esperando alguém ou algo secretamente. Ele recebe visitas misteriosas de um alfaiate e uma costureira. O dono da estalagem e sua sobrinha desconfiam das ações estranhas de Carlos e tentam descobrir o que está acontecendo.
1) O documento apresenta a sinopse da peça cômica "A Princesa dos Cajueiros" de Artur Azevedo, incluindo a lista de personagens e a descrição da cena do prólogo.
2) No prólogo, o Rei Caju ordena ao médico Doutor Escorrega que faça com que a rainha dê à luz uma menina, sob pena de morte.
3) O Doutor Escorrega teme pelo seu futuro dado que a rainha dará provavelmente à luz um menino, contrari
1) Leandro chega tarde em casa e inventa uma desculpa para Ester, que desconfia.
2) Bartolomeu e Carmélia planejam se disfarçar para enganar Ester e acessar o cofre da mansão.
3) Ermelita fica nervosa ao saber que um homem chamado Mourão perguntou por ela na feira.
Carlos está planejando se casar secretamente com Gabriela, mas teme que seu plano seja descoberto. Ele suspeita que o estalajadeiro Bento e sua sobrinha Beatriz estejam espionando suas ações misteriosas, que na verdade envolvem apenas preparativos para o casamento. Carlos adverte Gabriela sobre os perigos de seu casamento, especialmente se o Capitão-general descobrir, sugerindo que há algo obscuro sobre sua relação com a autoridade colonial.
O documento descreve uma discussão entre o empresário, o ensaiador e o doutor de uma companhia teatral após o fracasso da peça "A Ceia dos Cardeais". Eles debatem sobre qual será a próxima peça e o crítico que destruiu a apresentação anterior. O doutor anuncia que está deixando a companhia devido às críticas do empresário sobre seu prestígio.
O documento descreve uma discussão entre o empresário e o diretor de um teatro sobre as baixas vendas de ingressos para uma peça e a necessidade de mudar o repertório. Eles discutem sobre qual peça substituir e sobre a importância do prestígio do diretor versus a qualidade do teatro como um todo. No final, o diretor ameaça deixar a companhia teatral.
A peça descreve uma cena em uma capela onde nove freiras estão reunidas sob a liderança da Superiora. Cada freira confessa uma culpa do dia sob a vigilância da Superiora. A Irmã H não consegue inventar uma culpa e fica angustiada. A Irmã I tenta consolá-la, mas a Irmã H quer escapar do convento, acreditando que podem ter sido esquecidas.
Perfeição - cap. 17 - Cai a casa, Ester descobre que Leandro a trailucas_vinicius2012
Este capítulo mostra vários personagens em situações diferentes: 1) Lisa termina o relacionamento com Leandro depois que ele propõe um caso extraconjugal; 2) Ermelita e Constantino são flagrados se beijando por Jurema, que os repreende; 3) Jeca planeja mostrar fotos comprometedoras de Lisa e Leandro para Ester em troca de dinheiro.
1) Valentim, um latoeiro rico, organiza um grande jantar para celebrar seu anúncio de casamento com Luisinha, uma órfã que ele acolheu.
2) Valentim espera também a chegada de seu irmão gêmeo Jorge, um capitão do exército, para participar da festa.
3) No entanto, Valentim esconde os detalhes do motivo exato da celebração de Luisinha e dos outros trabalhadores.
O documento apresenta o prólogo da peça teatral "Fritzmac", de Artur Azevedo e Aluísio Azevedo. Nele, o alquimista Fritzmac explica ao demônio Pero Botelho que irá criar um indivíduo que incorpora os sete pecados mortais para corromper a cidade do Rio de Janeiro a pedido de Pero Botelho. Fritzmac convoca então os sete pecados para iniciarem o processo.
O documento apresenta o prólogo da peça teatral "Fritzmac", de Artur Azevedo e Aluísio Azevedo. Nele, o alquimista Fritzmac explica ao demônio Pero Botelho que irá criar um indivíduo que incorpora os sete pecados mortais para corromper a cidade do Rio de Janeiro a pedido de Pero Botelho. Fritzmac convoca então os sete pecados para iniciarem o processo.
A peça de teatro começa apresentando o personagem Impertinente, um escritor frustrado que está tentando escrever uma comédia. Ele se encontra com a Consoladora, que o perturba com suas palavras mágicas. Em seguida, Impertinente leva Interpreta, uma jovem de 16 anos, para sua casa, prometendo comida e roupas, mas ela logo percebe que ele está mentindo e vai embora. Impertinente fica frustrado por ter sido "pregado um carão" mais uma vez. A peça continua no Ato
O documento apresenta três situações distintas: 1) A descrição detalhada da higiene pessoal de uma mulher chamada Célia; 2) A entrada de Estefânio no quarto de Célia e suas observações sobre a falta de higiene; 3) Uma reflexão sobre como todos precisam lidar com odores e sujeiras inevitáveis.
MATEMÁTICA FINANCEIRA - REGRA DE TRÊS SIMPLES / JUROS SIMPLESTulipa Zoá
Apostila de Matemática Financeira
Conteúdo:
1. Regra de Três Simples
Cálculos de Exemplo
Diretamente Proporcional
Inversamente Proporcional
2. Diferença entre Capital e Montante
3. Definição de Juros e Prazo
4. Transformação de Taxa
5. Interpretação
6. Juros Simples
Exercícios Resolvidos De Juros Simples
7. Exercícios
Regra de Três (10)
Juros Simples (20)
8. Gabaritos
O documento conta a história de amor entre Ponciano e Gabriela. Eles se apaixonam em um almoço de aniversário na casa de Praxedes, pai de Gabriela. Para se comunicarem escrevem bilhetes escondidos no chapéu do pai de Gabriela, que leva o chapéu para o trabalho. Quando Praxedes troca de chapéu, o caso quase é descoberto, mas acaba em casamento.
O Barão de Pituaça é uma opereta em quatro atos de 1887. A história gira em torno de Milu, que desconfia da infidelidade de seu marido Alberto com outras mulheres. Gouveia tenta seduzir Milu, revelando que Alberto tem uma amante. Milu fica chocada com a revelação.
O documento apresenta o primeiro ato da peça de teatro "O Badejo" de Artur Azevedo. A cena se passa na casa de João Ramos, que convidou dois pretendentes de sua filha Ambrosina, César Santos e Benjamin Ferraz, para um almoço na esperança de que ela escolha entre eles um marido. Ambrosina, no entanto, não sente preferência por nenhum dos dois.
Raimundo nasceu deformado devido à falta de assistência médica no parto. Ele sofreu bullying de Aureliano na escola e teve dificuldades para conseguir emprego. Casou-se com Leopoldina, mas ela o traiu com Aureliano. Deprimido, Raimundo se suicidou afogado. Mais tarde, durante uma tempestade, o corpo de Raimundo salvou Aureliano de se afogar quando ele naufragou.
A criada Francelina entra na casa errada por engano e deixa entrar uma velha senhora surda que diz ser tia da dona da casa. Quando a dona chega, encontra a velha adormecida e não consegue acordá-la, percebendo que ela morreu. A dona descobre que a velha entrou na casa errada por engano.
O barão da Cerveira descobre que o chacareiro José Barroso é seu irmão mais novo, do qual não tinha notícias há muitos anos. O barão, nascido em Portugal, veio para o Brasil aos 10 anos e se tornou rico através do comércio, enquanto seu irmão teve uma vida mais difícil. Ao conversarem, eles reconhecem detalhes de sua família e vila natal em comum, revelando que são irmãos.
Este conto descreve a história de Raimundo, um homem que saiu do Maranhão para fugir de lembranças dolorosas após ser abandonado por seu amor Filomena. Após muitos anos, Raimundo decide reconciliar-se com sua terra natal. No entanto, ao visitar a seção do Maranhão na Exposição, ele acaba reencontrando Filomena, agora transformada e com uma família. Este encontro inesperado completa a cura de Raimundo, que passa a aceitar seu passado e fica disposto
O Barreto descobre que as jóias falsas da sua falecida esposa Francina eram na verdade verdadeiras e valiosas. Quando o joalheiro que as vendeu aparece para comprá-las de volta por 60 contos de réis, o Barreto fica tão chocado que morre de surpresa.
A história conta a traição do marido Sebastião com sua amante Mirandolina, com quem ele mantinha um caso escondido. No entanto, ao chegar na casa da amante uma noite, ele encontra seu melhor amigo Sepúlveda dormindo ao lado dela. Sebastião então decide voltar para casa e ficar com sua esposa legítima, concluindo que é melhor cumprir com suas obrigações conjugais do que se entregar a uma falsa devoção.
O documento conta a história de João Silva, um flautista misterioso que se mudou para uma casinha nos fundos da chácara do Comendador Freitas. João Silva acaba se apaixonando pela filha do Comendador, Sara Freitas, e os dois iniciam um romance secreto através de bilhetes jogados por cima do muro. No final, revela-se que João Silva na verdade é Pedro Linhares, um rico herdeiro paulista que se disfarçou para se aproximar de Sara.
Este conto descreve como um sedutor chamado Vaz engana uma mulher chamada Ernestina para encontrá-la em um quarto alugado. Quando ela resiste, ele a convence dizendo que é o primeiro homem dela. Mais tarde, Vaz descobre que Ernestina se encontra regularmente nesse mesmo quarto com outro homem mais velho, revelando que ela não era tão ingênua assim. Vaz aprende a lição de nunca confiar na ingenuidade declarada de uma mulher.
O Major Brígido tinha uma filha, Gilberta, que estava apaixonada por Teobaldo Nogueira, um homem sem posição social ou financeira definida. Quando o amigo do Major, Viegas, ficou doente e próximo da morte, ele propôs se casar com Gilberta para deixar seu dinheiro para ela. Embora Gilberta e Teobaldo inicialmente apoiassem a ideia, após o casamento Viegas se recuperou e viajou para a Europa com Gilberta, colocando distância entre ela e Teobaldo.
Getúlio, um fazendeiro paulista, viaja ao Rio de Janeiro pela primeira vez a convite de seu pai. Lá, ele conhece Alípio, um carioca que se oferece para mostrar a cidade. Alípio leva Getúlio a locais de diversão e jogo, onde Getúlio ganha dinheiro na roleta, mas tem sua carteira roubada quando volta sozinho para o hotel, sem que Alípio o procure novamente.
Ludgero Baptista escreveu um soneto insultando uma mulher casada chamada Laura Rosa. Anos depois, casado com Blandina, Ludgero descobre que um rapaz está enviando poemas para Blandina. Um dos poemas é na verdade o antigo soneto de Ludgero com apenas o nome alterado. Ludgero reconhece o soneto e escreve uma resposta, resolvendo o mal-entendido e permanecendo felizmente casado com Blandina.
1) O Abreu é um homem muito triste desde que sua esposa o abandonou por outro homem. 2) Todos os carnavais, o Abreu sai mascarado para observar sua ex-esposa sentada na porta de um alfaiate. 3) Ele passa horas apenas olhando para ela, pois é a única coisa que lhe traz algum conforto, embora sua tristeza continue.
O Tenente Remígio Soares se apaixonou por D. Andréia, uma mulher casada. Eles trocaram cartas por dezoito meses, mas nunca tiveram uma reunião pessoal devido ao marido ciumento dela. Finalmente, uma oportunidade surgiu, mas o Tenente não pôde ir por ter bebido um laxante por engano. Isso encerrou seu romance secreto.
O Dr. Lacerda é pego em uma situação comprometedora com sua ex-amante Esmeralda na frente de seu filho Epaminondas. Para acalmar sua esposa D. Sidônia, ele mente dizendo que tudo não passou de uma brincadeira planejada. Epaminondas, que foi ensinado a nunca mentir, concorda com a mentira do pai para protegê-lo.
A peça de teatro "Entre a Missa e o Almoço" retrata um grupo de senhoras da alta sociedade carioca que se reúnem após a missa dominical na casa da Viscondessa para tomar café e fofocar. Uma delas, Isaltina, dá a grande notícia de que Alice Viegas se separou do marido Arnaldo. As mulheres discutem os possíveis motivos para a separação, com algumas defendendo Alice e outras levantando suspeitas sobre ela e seu marido.
O documento conta a história de Dr. Pinheiro, oficial de gabinete de um ministro, que adoece ao participar do batizado do filho de um juiz. Durante sua recuperação na casa do juiz, o ministério cai, mas ninguém informa Pinheiro. Ao retornar para casa, Pinheiro percebe por meio de três encontros estranhos que ocorreu uma mudança política durante sua ausência.
1. A Pele do Lobo , de Artur Azevedo
Fonte:
AZEVEDO, Artur. Teatro de Artur Azevedo - Tomo 1. Instituto Nacional de Artes Cênicas- INACEN. V. 7: Coleção Clássicos do teatro Brasileiro.
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado pelo voluntário:
Sérgio Luiz Simonato – Campinas/SP
Este material pode ser redistribuído livremente, desde que não seja alterado, e que as informações acima sejam mantidas. Para mais informações,
escreva para <bibvirt@futuro.usp.br>.
Estamos em busca de patrocinadores e voluntários para nos ajudar a manter este projeto. Se você quer ajudar de alguma forma, mande um e-mail
para <bibvirt@futuro.usp.br> e saiba como isso é possível.
A PELE DO LOBO
Artur Azevedo
Comédia em um ato
Escrita em 1875 e representada pela primeira vez no Rio de Janeiro, no
Teatro Fênix Dramática, em 10 de abril de 1877
A ANTONIO FONTOURA XAVIER
PERSONAGENS
CARDOSO - subdelegado
AMÁLIA - sua mulher
APOLINÁRIO
PERDIGÃO
JERÔNIMO
MANUEL MARIA
VITORINO
O COMPADRE
UMA PARTE
Dois soldados da polícia
3. Ato Único
Sala, secretária, relógio de mesa, etc., etc.
Cena I
CARDOSO, AMÁLIA (Vestidos para a cerimônia e prontos para sair.) UMA
PARTE (Que logo sai, à porta do fundo.)
CARDOSO - Sim, senhor; sim,. senhor! Pode ir com Deus. Descanse,
que hoje mesmo serão dadas as providências que o caso exige.
PARTE - Às ordens de Vossa Senhoria. (Retira-se.)
CARDOSO - Safa!
AMÁLIA (Erguendo-se.) - Deixar-te-ão desta vez?
CARDOSO- E metam-se!
AMÁLIA - Hein?
CARDOSO - E metam-se a servir o país!
AMÁLIA - Para que aceitaste esta maldita subdelegacia?
CARDOSO (Ainda passeando.) - Eu não aceitei: pedi. Mas já tenho
dito um milhão de vezes que os serviços prestados ao país e ao partido pesam
muito no ânimo daqueles que me podem fazer galgar mais um degrau na
escala social.
AMÁLIA - Deixa-te disso, Cardoso; um degrau dessa tão falada escala
social, não vale decerto o sacrifício que te custa essa autoridade de ca-ca-ra-
cá. São uns desfrutadores, eis o que são! Hás de ser pago com um pontapé.
Verás!
CARDOSO - Hei de ser promovido na primeira vaga que aparecer. O
Cantidiano está por pouco a bater a bota. Verás se o lugar é ou não é meu!
AMÁLIA - Fia-te na Virgem e não corras.
CARDOSO - E uma vez que aceitei o cargo...
AMÁLIA - A carga, deves dizer.
CARDOSO - Venha com ele o sacrifício. Antes de tudo o dever!
AMÁLIA - Estamos prontos para sair há duas horas.
CARDOSO (Consultando o relógio de mesa.) - Há duas horas e dois
minutos.
AMÁLIA (Embonecando-se ao espelho.) - Creio que não chegamos a
tempo para o batizado.
CARDOSO - Que remédio terão eles, senão esperar pelos padrinhos?
AMÁLIA - E o carro na porta há tanto tempo?
CARDOSO - Anda com isso, anda com isso! E metam-se!
4. AMÁLIA - Hein?
CARDOSO - E metam-se a servir o país!
AMÁLIA - Vamos. Não percamos mais tempo.
CARDOSO - Vamos . (Vão saindo. Batem palmas.)
AMBOS - Bateram.
CARDOSO - Quem é?
APOLINÁRIO (Fora.) - Sou eu.
AMÁLIA - Eu quem?
APOLINÁRIO (No mesmo.) - Um criado de Vossa Senhoria.
CARDOSO - Entre quem é.
AMÁLIA - Temo-la travada! (Entra Apolinário. Pisa macio e fala
descansado.)
Cena II
Os mesmos e Apolinário
APOLINÁRIO (À porta do fundo.) - Dá licença, senhor subdelegado?
CARDOSO - Entre, senhor. (Vai outra vez por o chapéu na secretária.)
APOLINÁRIO (Entrando e sentando-se em uma cadeira que deve estar
no meio da cena.) - Não se incomode Vossa Senhoria. Estou muito bem.
Vossa Senhoria como tem passado?
CARDOSO - Bem, obrigado. O que pretende o senhor?
APOLINÁRIO - Sua senhora tem passado bem, senhor subdelegado?
AMÁLIA - Bem, obrigada. O senhor o que pretende?
APOLINÁRIO - Ah! estava aí, minha senhora? Os meninos estão bons?
AMÁLIA - Que meninos, senhor?
APOLINÁRIO - Os seus filhos, minha senhora.
AMÁLIA - Não os tenho. E esta!
APOLINÁRIO - Pois levante as mãos pra o céu e dê graças a Nosso
Senhor Jesus Cristo!(Sinais de impaciência em Cardoso e Amália.) Eu tenho
três, três! Todos três machos, felizmente. Mas que consumição! Que canseira!
Quando não está um doente, está outro; quando não está outro, está outro;
quando não está nenhum, está a mãe; quando não está a mãe, está o pai. Às
vezes estão, filhos e pais, todos doentes. É preciso chamar a vizinha para dar-
nos qualquer coisa. É uma lida, minha rica senhora! Peça a Deus que lhe não
dê filhos. Olhe...(Mostra a cabeça.) Não vê?
AMÁLIA - O quê? o quê?
5. APOLINÁRIO - Já estou pintando... Ainda anteontem... Anteontem
não... Quando foi, Apolinário? Segunda... terça... Foi anteontem mesmo... Eu
tinha acabado de tomar o meu banhinho e de ouvir minha missinha...
CARDOSO (Interrompe-o.) - Meu caro senhor, tomo a liberdade de
preveni-lo que temos muita pressa e não, podemos perder tempo. Íamos
saindo justamente quando o senhor entrou...
APOLINÁRIO (Erguendo-se.) - Nesse caso, senhor doutor...
CARDOSO - Perdão, não sou doutor.
APOLINÁRIO - Fica para outro dia... Eu vinha dar minha queixa,
mas... (Cumprimenta.) Senhor doutor... minha senhora... (Vai saindo.)
CARDOSO - Venha cá, senhor: já agora diga o que pretende.
APOLINÁRIO (Voltando-se e preparando-se como para um discurso,
com força.) - Senhor subdelegado...
CARDOSO - Não é preciso gritar tanto...
APOLINÁRIO - Esta noite fui roubado.
CARDOSO - Diga.
APOLINÁRIO - Dezoito cabeças de criação... dezoito ou dezenove...
Ontem esteve em nossa casa um cunhado meu, irmão de minha mulher,
empregado no Arsenal de Guerra, e não tenho certeza de que ele levasse
alguma galinha consigo, mas creio que não. Em todo caso, foram dezoito ou
dezenove cabeças, não falando em um bonito galo de crista, que comprei no
mercado, não há quinze dias.
CARDOSO - Muito bem. O senhor chama-se...
APOLINÁRIO - Apolinário, um criado de Vossa Senhoria.
CARDOSO - Apolinário de quê?
APOLINÁRIO - Apolinário da Rocha Reis Paraguaçu (Dando um
cartão) Olhe, aqui tem Vossa Senhoria meu nome e morada.
CARDOSO - Bem; pode ir descansado, que serão dadas as providências
que o caso exige.
APOLINÁRIO (Preparando-se outra vez para um discurso e elevando
muito a voz.) - Ainda não fica nisso, senhor doutor!
CARDOSO - Já tive ocasião de dizer-lhe, primeiro, que não é preciso
gritar tanto; segundo, que não sou doutor.
APOLINÁRIO (Com a mesma inflexão, porém baixinho.) - Não fica
nisso. Eu conheço o gatuno!
CARDOSO - E por que estava calado?
AMÁLIA (Não se podendo conter.) - Com efeito, Senhor Paraguaçu!
APOLINÁRIO (Atarantado.) - Hein! (Falando com cada vez mais
descanso.) Não conheço eu outra coisa! Chama-se Jerônimo de tal, um ilhéu,
um vagabundo, que foi há tempo cocheiro de bondes e agora não sai da venda
6. de seu Manuel Maria, ao qual dizem que vende por um precinho de amigo, o
que ... (Ação de furtar.) Vossa Senhoria sabe qual é a venda de seu Manuel
Maria? É a que fica mesmo em frente à casa do meu cunhado, do mesmo que
esteve ontem em nossa casa, e sobre o qual estou em dúvida se levou ou não
alguma galinha. (A Amália.) Mas que bonito galinho, senhora! Vossa Senhoria
dava oito mil réis por ele com os olhos fechados... Era branco, branquinho,
como aqueles patinhos do Passeio Público. Uma crista escarlate! Que bonito
galo!
CARDOSO - Vamos! Não temos tempo a perder! Faça o favor de
sentar-se naquela mesa e dar a queixa por escrito.
APOLINÁRIO - De muito bom gosto, senhor doutor. (Obedece.)
CARDOSO - E o senhor a dar-lhe! Já lhe disse que não sou doutor.
APOLINÁRIO - Isso é modéstia de Vossa Senhoria.
AMÁLIA - Parece de propósito, Senhor Paraguaçu.
CARDOSO - Deixa-o para lá. (Vai para junto de Amália.) Que
maçador! E metam-se!
AMÁLIA - Não chegaremos a tempo.
APOLINÁRIO (À mesa.) - Esta pena está escarrapachada, senhor
subdelegado...
CARDOSO - Vou dar-lhe outra... vou dar-lhe outra...
AMÁLIA - Anda... Tem paciência... Acaba com isso. (Cardoso vai
abrir a secretaria e mudar a pena da caneta.)
APOLINÁRIO - Muito obrigado! Que incômodo tem tomado Vossa
Senhoria! Mas também não há quem diga à boca cheia: “Aquilo é que é um
subdelegado! Zelo até ali... É o pai das partes!”
CARDOSO - Faça o favor de escrever o que tem de escrever...
APOLINÁRIO - Às ordens de Vossa Senhoria . (Escreve.)
CARDOSO (Voltando para junto de Amália.) - Decididamente peço a
demissão!
AMÁLIA - Isso já devias ter feito há muito tempo.
CARDOSO - Olha que é bem difícil suportar uma maçada assim... E
metam-se!
AMÁLIA - Hein?
CARDOSO - E metam-se a servir o país!
AMÁLIA - Pede demissão, Cardoso, pede demissão.
APOLINÁRIO (Da mesa.) - Senhor subdelegado, faça o favor de me
dizer o modo por que devo principiar este requerimento... Em matéria de
polícia sou completamente leigo... Diga-me só o cabeçalho... O cabeçalho! o
resto vai...
7. CARDOSO - Aí, Senhor Paraguaçu! O senhor é maçante! Tenho estado
a aturá-lo há meia hora!
AMÁLIA (Olhando o relógio.) - Há meia hora e sete minutos.
CARDOSO - Estamos muito apressados, meu caro senhor... não posso
estar com isso...
APOLINÁRIO - Eu quis retirar-me quando Vossa Senhoria disse que ...
CARDOSO - Vamos lá! Escreva no alto — Ilustríssimo Senhor .
APOLINÁRIO - O Ilustríssimo Senhor — já cá está.
CARDOSO - Bem (Ditando.) —“O abaixo assinado, morador nesta
freguesia, à rua de tal , número tal...”
APOLINÁRIO (Escrevendo.) - ... número treze...
CARDOSO - “Queixa-se a Vossa Senhoria de que, ontem, às tantas
horas da noite...”
APOLINÁRIO - “Queixa-se” é com x ou ch?
AMÁLIA - Ó céus! (Rindo-se.)
CARDOSO - Como quiser! Não faço questão de ortografia.
APOLINÁRIO - Vai com ch. (Acabando.) ... “da noite”...
CARDOSO - Como está?! (Vendo.) Fulano de tal, tal, tal. Ah!
(Ditando.) “Furtaram-lhe tantas galinhas...”
APOLINÁRIO (Escrevendo.) - ...”e um galo de crista”...
CARDOSO - “... as suspeitas de cujo furto faz recair em Fulano de
Tal.” (Consultando o relógio.) E metam-se!
APOLINÁRIO (Escrevendo.) - “Fulano de tal, vulgo Barriga-cheia”.
Pronto!
CARDOSO - Na outra linha: “Deus guarda a Vossa senhoria.”
APOLINÁRIO - ... “a Vossa Senhora”...
CARDOSO - Na outra linha: “Ilustríssimo Senhor Subdelegado de tal
freguesia.”
APOLINÁRIO - Pronto.
CARDOSO - Assine.
APOLINÁRIO - ... “Apolinário da Rocha Reis Paraguaçu.” (Erguendo-
se.) Pronto.
CARDOSO - Bem; agora pode ir descansado, que serão dadas as
providências que o caso exige.
APOLINÁRIO - Com licença, senhor subdelegado... Às ordens de
Vossa Senhoria...
CARDOSO - Passe bem.
APOLINÁRIO - Minha senhora...
AMÁLIA - Viva. (Volta-lhe as costas.)
APOLINÁRIO - Sem mais incômodo. (Saída falsa.)
8. CARDOSO - Safa!
AMÁLIA - Saiamos, saiamos quanto antes! pode vir outro... (Vão
saindo.)
APOLINÁRIO (Voltando.) - Ia-me esquecendo, senhor subdelegado...
CARDOSO - Outra vez!
AMÁLIA - Assustou-me até!
CARDOSO - O que mais deseja?
APOLINÁRIO - Hoje, logo depois do almoço, encontrei-me cara a cara
com o tal Jerônimo!
CARDOSO - Que Jerônimo, senhor?
APOLINÁRIO - O Barriga-cheia, o tal que me furtou as galinhas...
CARDOSO - E o que tenho eu com isso, não me dirá?
APOLINÁRIO - Direi, sim, senhor. Com licença. (Desce à cena e
senta-se.) Chamei-o de ladrão! Disse-lhe assim: “Você é um ladrão!” — Com
licença da senhora...
AMÁLIA - E o que tem meu marido com isso?
APOLINÁRIO - É que o sujeito tomou três testemunhas, e diz que me
vai processar por crime de injúrias verbais.
CARDOSO - Mas, enfim, faz favor de me dizer para que voltou cá?
APOLINÁRIO - Vim prevenir a Vossa Senhoria de que...
CARDOSO - Vá prevenir ao diabo que o carregue!
APOLINÁRIO (levantando-se.) - Senhor doutor.
CARDOSO (Gritando.) - Já lhe disse que não sou doutor!
APOLINÁRIO (Imitando-o) - Isso é modéstia de Vossa senhoria!
CARDOSO - Saia! Ponha-se ao fresco! Supõe o senhor que sirvo de
joguete?
APOLINÁRIO - Mas Vossa Senhoria...
CARDOSO - Saia!
APOLINÁRIO - É que ...
AMÁLIA - Oh! senhor, já é a terceira vez que se lhe diz — saia.
APOLINÁRIO - Minha senhora, eu...(Tornando a sentar-se, com todo
o sossego.) Com licença...
AMÁLIA - Oh! isto é demais!
CARDOSO - Então, não ouve!
APOLINÁRIO - Quero justificar-me!
CARDOSO (Ameaçador.) - Cuidado, Senhor Paraguaçu!
APOLINÁRIO - Bem, Vossa Senhoria está em sua casa: manda.
(Levantando-se e cumprimentando.) Ás ordens de Vossa Senhoria.
CARDOSO - Viva! Há mais tempo! (Passeia agitado.)
APOLINÁRIO - Minha senhora...
9. AMÁLIA - Passe bem. (Saída falsa de Apolinário.) Que inferno! que
inferno! E metam-se!
APOLINÁRIO (Voltando.) - Acredite senhor doutor, que eu não queria
de forma alguma...
CARDOSO (Desesperado.) - Ah! ele é isso? (Agarra uma cadeira e
levanta-a, correndo para Apolinário.)
AMÁLIA (Muito aflita.) - Ah! (Suspende o braço de Cardoso. Ficam
todos numa posição dramática.)
APOLINÁRIO (Com todo o sangue frio.) — Tableau. (Desaparece.)
Cena III
Cardoso e Amália
CARDOSO - Vês, Sinhá, vês como um homem se deita a perder?
AMÁLIA - Sim, sim, mas vamos, anda daí!
CARDOSO (Caindo na cadeira que tinha nas mãos.) - E que dor de
cabeça fez-me este bruto!... E metam-se.
AMÁLIA - Hein?
CARDOSO - E metam-se a servir o país!
AMÁLIA - Espera... vou buscar a garrafinha de água-flórida. (Sai e
volta com a garrafinha.)
CARDOSO - Depressa... depressa, Sinhá! (Amália esfrega-lhe as
frontes com água-flórida.) Bem... basta... está pronto... Aí! que ferroadas!
deita a garrafinha em cima a mesa e vamos, vamos! (Amália deita a
garrafinha sobre a mesa e vai dar o braço a seu marido.)
AMÁLIA - Vamos! (Saem e voltam.) Esqueci-me do leque. (Entra à
direita baixa.)
CARDOSO (Falando para dentro.) Que demora, Sinhá, que demora!
Ainda há de vir alguém, verás! (Passeia.) Então não achas esse leque! Aí!
minha cabeça! E metam-se! (Quebra-se alguma coisa dentro.) O que foi
isso?! O que foi isso?! (Corre também para a direita baixa.)
AMÁLIA (Dentro.) - O meu frasco de água da Colônia!
CARDOSO (Dentro.) - Que pena!
AMÁLIA (Dentro.) - Ah! cá está o leque! (Voltam à cena, de braço
dado e dirigem-se para a porta.)
CARDOSO - Já estou suando. (Procura nos bolsos.) Não tenho lenço.
AMÁLIA - Oh que maçada! Quanto mais pressa, mais vagar. (Sai
correndo pela direita baixa.)
10. CARDOSO - E metam-se, hein! E metam-se a servir o país!
AMÁLIA (Voltando com um par de meias na mão.) - Toma, toma...
Apre! (Dá-lho.)
CARDOSO - Isto é um par de meias, Sinhá! Estás a meter os pés pelas
mãos! (Restitui-lho.)
AMÁLIA - Como está esta cabeça, meu Deus! (Sai e volta com um
lenço.) Toma... Vamos... uf!
CARDOSO - Vamos! (Encaminham-se para a porta. Batem palmas.)
AMBOS - Ah!
CARDOSO (Fora de si.) - Não estou em casa!
JERÔNIMO (Aparecendo, de chapéu na cabeça.) - Licença para um...
Cena IV
Os mesmos e Jerônimo
CARDOSO - Então é assim que se entra em casa alheia?
JERÔNIMO (Sombrio.) - Assim como? A casa da autoridade é uma
repartição pública. (Deita no chão a cinza de um cachimbo; e escarra na
parede.)
CARDOSO - E que tal?
AMÁLIA - Vê o que ele quer, Cardoso?
JERÔNIMO - Venho preveni-lo de que é falso o que lhe veio hoje dizer
um tal Paraguaçu, acerca de um furto de galinhas. É provável que ele lhe
dissesse que eu, Jerônimo Linhares, vulgo Barriga-cheia, sou o autor desse
furto, como andou por aí dizendo a quem quis ouvi-lo. É falso! (Cospe outra
vez na parede.)
AMÁLIA (Empurrando um escarrador com o pé.) - Faz favor de não
cuspir no chão... Aqui tem o escarrador... (Jerônimo nem olha para Amália.)
CARDOSO - Era só isso? Estou ciente.
JERÔNIMO - Não, senhor; por isto só não vinha eu cá, ora viva! Venho
queixar-me do queixoso por crime de injúrias verbais. Chamou-me de ladrão,
e se quiser o mais, mande aquela mulher para dentro. (Cospe outra vez na
parede.)
CARDOSO - Pois apresente a queixa e as testemunhas.
JERÔNIMO - A queixa aqui está. (Apresenta um papel sujo, que
Cardoso pega com repugnância. Vai à porta do fundo.) Ò compadre! Ó seu
Manuel Maria! Ó seu Vitorino? podem entrar... Nada de cerimônias!
11. CARDOSO (A Amália.) - O tratante dispõe desta casa como se fosse
sua!
Cena V
Os mesmos, Manuel Maria, depois O Compadre, depois Vitorino
MANUEL MARIA (Entrando.) - Aqui estou eu!
COMPADRE (Entrando.) - E eu...
VITORINO (Entrando.) - E eu...
AMÁLIA - Cardoso, dize-lhes que venham em outro dia... (À parte.)
Como cheiram a cachaça!
CARDOSO - Meus senhores, tenham a bondade de voltar amanhã.
JERÔNIMO - Aí vem o maldito sistema da demora e do papelório.
CARDOSO - Cala-te daí, insolente, que não tens autoridade para fazer
considerações neste lugar... Apareçam terça-feira ou mesmo amanhã! Mas
terça-feira é melhor, porque é o dia da audiência. Não posso estar agora com
isto... Estamos prontos para sair há muito tempo!
AMÁLIA - Há três horas!
CARDOSO (Consultando o relógio.) - Há três horas e três minutos!
JERÔNIMO (Cuspindo na parede.) - Então, podiam ter dito logo!
Escusava a gente de estar aqui à espera! É isto sempre! A autoridade vai para
a pândega, e o povo que sofra!
CARDOSO - Insolente! Espera que te ensino! (Agarra numa cadeira
que está perto do toucador.)
AMÁLIA - Cardoso! O que vais fazer?!..
JERÔNIMO - Ah! Ele é isso? (Tira uma faca e deita a correr atrás de
Cardoso. Amália fecha-se no quarto. As três testemunhas correm atrás de
Jerônimo, para retê-lo. Cardoso apita.)
MANUEL MARIA - O que é isto, seu Jerônimo?!
COMPADRE - Compadre, tenha mão!
VITORINO - Não se deite a perder!
(Cardoso continua a apitar. Confusão.)
AMÁLIA (Grita de dentro.) - Aqui d’el-rei!
Cena VI
Os mesmos e Dois Soldados
12. SOLDADOS - O que é isto? o que é isto?...(Correm todos em redor da
cena.)
CARDOSO - Prendam-no! prendam-no! (Jerônimo é afinal preso.)
Levem-no! (Os soldados levam o preso, Saem também as testemunhas.)
Cena VII
Cardoso e depois Amália
CARDOSO (Caindo extenuado em uma cadeira.) - Uf!
AMÁLIA (Entrando.) - Feriu-te o maldito, feriu-te?
CARDOSO - Creio que não. (Apalpando-se.) Não feriu, não, Sinhá! Se
não fossem as ordenanças que estavam na porta, a estas horas estavas viúva!
AMÁLIA - Credo! Viúva!
CARDOSO - Maldita subdelegacia! Maldita a hora em que aceitei
semelhante cargo!
AMÁLIA - Como estás suando! Esta camisa é incapaz de aparecer no
batizado...
CARDOSO - É verdade! O batizado! Vou mudar de camisa...
AMÁLIA - Mas isso depressa... depressa! (Saída falsa de Cardoso.) Ó
Senhor Deus! Isto contado lá se acredita! É bem feito , senhor meu marido, é
bem feito! Quem não quiser ser lobo, não lhe vista a pele. (Rolo na rua.
Apitos. Gritos. Pancadaria. Amália vai à janela.) Que vejo! Uma malta de
capoeiras! Cardoso! Cardoso! Não tardam a entrar...
CARDOSO (Entra em mangas de camisa e com o fitão de
subdelegado.) - O que é isto? (Espirra.) Atxim! constipei-me... Atxim! O que
é isto? Atxim! (Sai a correr pelo fundo.)
Cena VIII
Amália, depois Perdigão
AMÁLIA - Meu Deus! Hoje parece ser o dia de São Bartolomeu! Se
não anda o diabo solto na cidade, ao menos nesta freguesia..
PERDIGÃO (Entra apressado pelo fundo, vestido para a cerimônia.) -
Ó compadre! Ó comadre!
AMÁLIA - Mais uma parte!
PERDIGÃO - Deixe-se de partes!
AMÁLIA - Meu marido não está... (Reparando.) Ah! é o compadre!
PERDIGÃO - Estamos até estas horas à espera do padrinho e nada!
13. AMÁLIA - Queixe-se da maldita subdelegacia, compadre! Estamos
vestidos há três horas... (Consultando o relógio.) Há três horas e um quarto...
PERDIGÃO - Ora! Para que foi o compadre buscar sarna para se
coçar...
AMÁLIA - O compadre não imagina! Quantas vezes, alta noite, está ele
sossegado a dormir, quando, de repente, é despertado pelas malditas partes...
PERDIGÃO - Por força!
AMÁLIA (Indo à janela.) - Já está aplacado o rolo... (Voltando.) Hoje
quase o matam!
PERDIGÃO (Dando um salto.) - A quem?
AMÁLIA - Ao Cardoso.
PERDIGÃO - Ah! Ele descia a escada com tanta impetuosidade! Ia em
mangas de camisa e de fitão... Olhem que figura! Espirrava, que era um Deus
nos acuda! “Viva!” lhe disse eu; ele, porém, não me conheceu, apesar de
responder: “Dominus tecum”, em vez de: ”Obrigado!”
Cena IX
Os mesmos e Cardoso
CARDOSO (Entra e cai espirrando em uma cadeira.) - Atxim!
PERDIGÃO - Viva!
CARDOSO - Dominus te... Quero dizer: Obrigado... Atxim! Ah! É o
senhor, compadre? Desculpe.
PERDIGÃO - Já sei de tudo... Está mais que desculpado... Mas não
perca tempo!
AMÁLIA - Sim, não percamos tempo!
CARDOSO - Vamos! (Ergue-se e deita o chapéu.) - Estou pronto!
PERDIGÃO - Em mangas de camisa, compadre?
CARDOSO - É verdade! (Corre ao quarto e volta vestindo a casaca.)
AMÁLIA - De fitão, Cardoso?
CARDOSO - É verdade! (Despedaça o fitão zangado.) Atxim!
PERDIGÃO - Já leu o que traz hoje o Jornal a seu respeito?
CARDOSO - Já: descompostura bravia! É o pago que dão a tantos
sacrifícios.
PERDIGÃO - Diga antes: é o castigo que infligem ao erro de aceitá-los.
AMÁLIA (Impaciente.) - Vamos embora! (Vão todos saindo.)
Cena X
14. Os mesmos e um Soldado
SOLDADO (a Cardoso.) - Trouxeram este ofício e esta carta para
Vossa Senhoria. (Entrega a carta e o ofício e sai.)
CARDOSO - De cá. (Abrindo a carta.) Com licença. (Lê.) É um bilhete
em que o oficial do gabinete do ministro me participa haver sido outro
nomeado para a vaga do Cantidiano... E metam-se!
PERDIGÃO - Hein?
CARDOSO - E metam-se a servir o país! (Abrindo o ofício.) Com
licença! (Depois de ler o ofício.) Sabem o que é? Minha demissão.
PERDIGÃO E AMÁLIA - Demissão?
CARDOSO - Á vista do que a meu respeito tem aparecido na imprensa
periódica!
PERDIGÃO - Não falemos mais nisso! Vamos embora.
CARDOSO - Poupou-me o trabalho de pedi-la.
AMÁLIA - Quem não quiser ser lobo...
PERDIGÃO - Mas o compadre acaba de despir a pele do lobo.
(Apanhando o fitão.) Ei-la!
CARDOSO - Atxim! (Saem tos os três e cai o pano.)
[ Cai o pano]