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Operações de GIRH
Opções de Descentralização:
  Organizações de bacias
       Frank Jaspers
  UNESCO-IHE INSTITUTE for
      Water Education
Quais são os maiores desafios para os
  recursos hídricos no século 21?


1. Água potável e saneamento: acesso para todos?

2. Problemas ambientais e prevenção de poluição

3. Produção de alimentos: água suficiente para a
   população em crescimento?

4. Transversalidade: lidando com a mudança global,
   incluindo a mudança climática

5. Cross-cutting: questões de governança & gestão de
   conflitos
Gestão integrada de recursos hídricos

Inspirada pelos Princípios de Dublin (1992)
e
Definida primeiramente pela Agenda 21 (Capítulo
18):

“...água como uma parte integral do ecossistema,
       um recurso natural e um bem social
                e econômico …”
Gestão integrada de recursos hídricos

Quatro dimensões
   Recursos hídricos: o ciclo de água completo
   Usuários de água: todos os usuários, todos os setores
   Espacial : distribuição espacial, escalas administrativas
   Temporal: variação na disponibilidade e na demanda,
               estruturas físicas
Gestão integrada de recursos hídricos

Agenda 21 (Capítulo 18):

“Gestão integrada de recursos hídricos baseia-se na
percepção da água como uma parte integral do
ecossistema, um recurso natural e um bem social e
econômico”

“Gestão integrada de recursos hídricos, incluindo
aspectos relacionados a terra- e- água, deve ser
conduzida ao nível de bacias hidrográficas ou sub-
bacias.”
Gestão integrada de recursos hídricos



Definição de GWP:

“A Gestão Integrada de Recursos Hídricos é um
 processo que promove o desenvolvimento
coordenado da água, terra e recursos relacionados,
para se maximizar o bem estar econômico e social
resultantes, de uma maneira equilibrada e sem
comprometer a sustentabilidade dos ecossistemas
vitais”


(Global Water Partnership, 2000)
O que é uma organização
        pública?
O que é uma organização
           pública?
Orgão ou fundação criado para um
interesse público específico baseado
em e incluindo um conjunto de regras
operacionais, costumes e padrões
originados duma lei ou relação
estabelecida numa sociedade ou
comunidade
Questão: Organizações publicas se
desenvolvem por causa de evolução ou
são feitas pelo governo?
Quais são os objetivos da
descentralização ou, porque
    precisamos de uma
     descentralização?
Objetivos da Descentralização
   Organização mais eficiente e mais eficaz
     – Sintonia fina
   Tomada de decisões em nível mais baixo e mais
    apropriado!
   Participação de usuários na tomada de decisões
    e atingir entre todos os stakeholders no
    processo
   Maior transparência e responsabilidade
   Sustentabilidade financeira
    – Recuperar os custos
   Aplicação de GIRH. Outros?
Tipos de descentralização
 Desconcentração:tarefas ou responsibilidades são
  transferidas dentro da mesma estrutura para os níveis
  mais baixos de administração sem mudança de
  autoridade ou responsibilidade para tomada de decisões
 Delegação: tarefas ou responsibilidades são transferidas
  para fora do centro de administração para os niveis mais
  baixos ou para outros orgãos ou organizações com
  transferência de responsibilidade para tomada de
  decisões. Mas sem transferência irreversível de
  autoridade. Linhas de autoridade existentes não mudam.
 Transferência: Tarefas e responsibilidades para tomada
  de decisões são transferidas para um orgão público.
  Estas organizações por conseguinte ,cumprem funções
  de um modo autônomo
 Alienação: privatização
O que significa autonomia?
Caraterísticas da autonomia
   Processo de tomada de decisões
    independente (a autoridade não pertence a outro
    órgão ou pessoa)
 Empregados chave são nomeados ou
  eleitos de maneira transparente
 Propriedade dos bens
    – Edifícios, meios de produção, barragens, ações
   Financeiro
    – Independente
    – Liberdade de orçamento
O que é descentralização
funcional administrativa?
Descentralização funcional
         administrativa
Distribuição,transmissão, redistribuição de
tarefas e responsibilidades ou competências
para organizar ou implementar uma função
governamental específica (gestão de recursos
hídricos) para um nível mais baixo ou outro
nível administrativo apropriado do centro de
autoridade.
Principais elementos da
      „descentralização funcional‟ de
             gestão de águas
   Gestão de águas em limites hidrológicos
   Organizações específicas de bacias
    – Plano legal e organizacional claro
    – “Organização com um (único) fim específico”!!
   Participação de stakeholders na tomada de decisões
    – Subsidiaridade
    – Equilíbrio de gênero
   Sistemas de planejamento integrado
    – Planos de bacia
   Em limites de bacia ou sub-bacia
   Sustentabilidade financeira
    - recuperação de custos
Vocês poderiam indicar algumas
  caraterísticas diferentes da
     variedade de bacias?
Aspectos da gestão integrada de águas em
               limites hidrológicos
   Escalas
     – Locais, nacionais, internacionais
   Carateristicas fisicas
     – Clima
     – Água de superfície ou subterrânea
   Problemas maiores na bacia
     –   Inundações ou secas
     –   Poluição das águas
     –   Erosão e degradação da bacia
     –   Controle do nível das águas
     –   Represas hidroelétricas
   Realidades do contexto
      - Economia da bacia
      - Segurança: guerra nas bacias Africanas! (de dificil gerenciamento!)
   Capacidade do setor privado
     - parcerias existentes
GLOBAL WATER CYCLE
Respecting the basin
ciclo hidrológico
Características tropicais
 (inundações e secas)
Quais tipos de organizaçoes de
gestão de água vocês têm no
            Brazil?
Opções organizacionais para a
           descentralização pública
   Orgãos multifuncionais
                                     ONGs
     – Estado, provincia,
       prefeitura                    Parcerias
   Orgãos de coordenação            Organizações comunitárias
       Comissão                       – Comitê de irrigação
       Conselho                       – Associação dos usuários
       Comitê                           de águas
   Corporações                      Setor privado
       Agência                        – Concessão, leasing,
         Parastal                       contratos de gestão
         Quango (Quasi ONG)
                                       – privatização completa
   Funcional
       Autoridade de bacia, de
        aquífero
Descentralização funcional
            (resumo)
Distribuicao, transmissao, redistribuicao de
responsibilidades, autoridades ou tarefas
para organizar ou cumprir uma funçao
governamental especifica (Gestão das
Águas) para um nivel mais baixo ou outro
mais apropriado do centro de autoridade.
Uma organização especifica, criada para
gerenciar as águas nos limites da bacia
Não tem somente um unico tipo
 de organização de bacia, tem
      muitos diversidades
Organizações de bacia
   Governo/Quase Governo
    – Comitê
    – Comissão
    – Conselho
   Autonomos/Quase autonomos
    – Autoridade
    – Agência
   Judicial/ Quase judicial
     -   Tribunal
   Setor privado
      - Parcerias
      - Associação,Truste, etc
Quais são as necessidades para
uma gestão de bacia eficiente e
            eficaz?
Necessidades para operacões
          efficazes
 Tomada   adequada de decisões
 Estrutura legal e projeto
  organizacional
 Sustentabilidade financeira
 Mecanismo detalhado de resolução
  de conflitos
 Fortalecimento de capacidades
Tomada adequada de decisões
   Coordenação
    – Vertical e horizontal
        Sistema de organizações de bacia e sub-bacia,
         aquíferos (vertical)
        Gestão dos recursos naturais e agricultura
         (horizontal)
   Estrutura legal e projeto organizacional
    – Mandatos articulados
   Integração
    – Desenvolvimento de planejamento integral
    – Intersetorial e holística
        Orientado para problemas práticos e suas soluções
Tomada adequada de decisões
   Capacidade de responder
    – Inovadora: mundo de globalização
    – Flexivel: muitas mudanças
   Participação dos usuários e dos
    stakeholders na tomada de decisões
Vocês podem dar exemplos de
 stakeholders na tomada de
decisões na gestão de águas?
Participação dos stakeholders

– Usuários diretos/poluidores
– Usuários potenciais
– Governo como usuário de água
– Governo como gestor de água
– Partes interessadas e.g. ONGs
– Sociedade em geral: experts,
  cientistas
– Outros stakeholders
Stakeholders
 Usuários diretos/poluidores: água potável,
  agricultura, hidroenergia, indústria,
  recreação, transporte, natureza e fauna
  (setor público e privado),
 stakeholders: usuários diretos, usuários
  potenciais, governo como gestor
 Partes interessadas:usuários diretos,
  stakeholders e ONGs, especialistas,
  academia, comunidade em geral
Água para
pessoas
Água para
alimentos
Água para energia
Água para transporte
Água para indústria
Água para recreação e turismo
Água para valores espirituais e
culturais
Água para a natureza
Em que os stakeholders podem
         participar?
Áreas de Participação
 Tomada de decisões
 Planejamento
 Monitoramento
 Cumprimento das leis
 Financiamento
 Desenvolvimento
    – Construção de infra-estruturas
       Parcerias públicas/privadas
   Outras gestões
Areas de participação


Tomada de decisões:

 envolve a integração dos diferentes objetivos
 onde possível, e
 uma compensação ou definição prioritária entre
 esses objetivos, onde necessária,
 pesando-os criteriosamente de uma maneira
 informativa e transparente,
 conforme objetivos e restrições sociais.
Escada de Participação (níveis)
 Manipulação
 Informação
 Consulta
 Parceria
 Autoridade delegada
 Auto-controle, autonomia
Processo de participação de
         stakeholders (Arnstein 1969)
                               Auto-gestão
                                                         Alta
                          Tomada de decisões conjuntas

                    Consulta        Média

             Informacao compartilhada

        Informação coletada                  Baixa

Desconsiderada
Projeto legal e organizacional
 Habilitação da estrutura legal
   – Projeto organizacional
   – Mandatos e funções efetivos
   – Regulamentos
   – Autonomia suficiente para tomada de decisões
   – Estrutura de gestão adequada para adaptações
 Plataforma para tomada de decisões
   – Participação dos stakeholders
 Acordos financeiros
   – Recuperação de custos
       Sistema de taxas e cobranças
 Arranjos para planejamento e tomada de decisões
Exemplos de funções de bacias e de
             sub-bacias
  Bacia                      Sub-bacia
 Planejamento de bacia     Gestão operacional
 Coordenação               Monitoramento
 Gestão estratégica        Cumprimento das leis
 Medidas gerais            Medidas protetoras
 Licenças, permissões      Organização de usuários
 Participação pública      Recolhimento de taxas
 Conscientização           Apelações
 Resolução de conflitos
 Gestão financeira
Projeto organizacional (ii)
“melhor adaptar ou criar através das boas
     práticas (de outros lugares)?”
Organização de bacias hidrográficas
                     (um exemplo)
                                      Organização da Plataforma



                                  Plataforma de Bacia Hidrográfica
                                           Stakeholders


            Plataforma de sub-bacia                Plataforma de sub-bacia     Plataforma de sub-bacia
                    Usuários                               Usuários                    Usuários


Associação de Usuários     Comitê de irrigação      Conselho Distrital Rural   Conselho Municipal de
       de água                                                                        águas
Critérios de referência para projetar Organizações
           de Gestão de Bacias (resumo)
   Transferência histórica
   Diretrizes de políticas e leis nacionais
   Caráter do problema: quantitade, qualidade,
    contaminação
   Caraterísticas físicas, escala, tamanho de bacia
   Caráter, investimento e distribuição da infra-estrutura
   Nível e capacidade de participação do setor privado
    – Delegação progressiva (Que significa?)
   Coordenação e integração com outros modos de gestão
    de recursos naturais
   Competências e limites administrativos
   Outros fatores?
River Basin Organization (exemplo)

                                        Organizational Chart (example)


                                        River Basin Organization

      Platform of Stakeholders          Executive Administration            Chief Executive
     Board, Council, Committee            General Directorate

             Directorate                  Directorate Planning           Directorate Operations
Licencing, Monitoring and Enforcement                                    Flood and river control
                                                                             Water pollution
                                                                               Financing
Sustentabilidade financeira e econômica

   “A água é um bem econômico em todos os usos
    competitivos “(Dublin principle no 4)
   “Usuário e poluidor” pagam todos os custos
   Custos de gestão, consequências negativas diretas,
    externalidades, investimentos, subsídios cruzados??
   Através da cobrança de serviços, taxas, encargos,
    tributos
   Vários arranjos institucionais comerciais para a
    contratação desde simples serviços até privatização
    completa e todas as modalidades entre elas
Sustentabilidade financeira e
          econômica

   Declaração 1:Organizações de bacia podem
somente asumir funções para as quais eles podem
  procurar cobertura financeira: “água paga por
                     água!”

 Declaração 2: Algumas funções sensíveis e vitais
como gestão ambiental devem ser financiadas pelo
 governo. Nao pode deixar para os consumadores
                  ou as ONGs.

            Que é valido para Brasil?
Usuário/poluidor paga pelo que?
Usuário/poluidor paga pelo que?
 Gestão
 Consequências negativas direitas
 Externalidades
 Desenvolvimento?
 Subvenção dos pobres?
 Através de impostos ou cobrancas?
Sustentabilidade financeira de
            Organizações de Bacia
 Mecanismo estratégico de planejamento
  financeiro
 Potencial de investimento

    -   Bancos de desenvolvimento
    - Banco específico de investimento das OBHs
   Produção dos rendimentos
    – Mecanismos de recuperação de custos
   Transparência e responsabilidade
       Participação dos stakeholders
   Estabelecimento de preços por serviços
    prestados
Instrumentos de recuperação de custos
  Character/     Service      Cost recovery    Ratio of
  Instrument     relation      mechanism      willingness
    Service       Strong         Direct          High
    pricing
      Tax         Weak          Indirect         Low

   Charge        Strong          Direct       Intermediate

    Levy       Intermediate      Direct          Low
Fortalecimento das capacidades
   Desenvolvimento instituicional
     – Organizações
     – Capacidades e forças insitucionais
     – Participação da comunidade
         Participação dos stakeholders e das mulheres nas
          tomadas de decisões
   Criação dum ambiente institucional
    – Procedimentos e regulamentos
    – Sistemas legais e institucionais
   Desenvolvimento dos recursos humanos
    – Pessoal bom é o recurso mais precioso!
   Desenvolvimento de redes de informações e
    compartilhamento de conhecimentos
Quais fatores influenciam uma
 organização de bacia? Quais
      interferem no seu
      desenvolvimento?
Fatores importantes para o
     desenvolvimento das funções
   História
    – funções transferidas do passado: as Autoridades das
      Águas da Holanda originadas desde 1100
   Cultura e políticas
    – Religião
    – Orientações na política e legislação (inter)nacionais
    – Segurança
   Carateristicas físicas de bacia: tamanho, clima
    e hidrologia
Fatores de influência (continuação)
 Nível de desenvolvimento
   – Ambiente institucional
       ONGs fortes
       Doadores influentes
       Mecanismo de cumprimento das leis
   – Distribuição e caráter da infra-estrutura
       Proporção de investimento
 Caráter do problema: inundações, secas,
  contaminação, erosão, sedimentação,
  transporte, navegação, hidrelétricas, pobreza.
Fatores de influência
          (continuação)
 Mandatos e competências administrativas
 Coordenação e integração com outras
  áreas de gestão de recursos naturais
 Nível e capacidade de participação do
  setor privado: delegação progressiva
  possivel ou não
 Outros fatores?
Responder às seguintes questões em
pequenos grupos
   1.   Descreva as Organizações de
        Bacia no Brasil (situação atual)?
   2.   Quais são as tendências? O que
        se espera num futuro próximo?
   3.   Quais são os desafios e
        problemas?
   4.   Plano de ações? Em sequência
   5.   Desino sua organização desejavel
Elementos para reflexão
   Projeto organizacional
    – Fatores de contexto
   Funções, papéis, responsabilidades, tarefas
    – Preparativos para planejamento
    – Papel do setor privado
 Participação dos stakeholders em tomada de
  decisões!!
 Peparativos financeiros
    – Cobrança dos custos
   Capacidades
    – Recursos humanos
    – Dados: coletar, processar, aplicar
Estudos de caso

Organizações de Gestão de Bacias
Plano organizacional: sistema
 francês de descentralização
Sistema francês de
                 descentralização
   Disposições institucionais: Autoridades de Bacias (6)
    –   Comitê de bacia
    –   Executivo (25 diretores)
    –   Comitês locais de planejamento
    –   Comunidades locais (proprietários da infra-estrutura)
   Representação tripartite
     – 1/3 Governo nacional
     – 1/3 Governo local
     – 1/3 Usuários
     – Sistema muito apreciado por países africanos e
       asiáticos
          Organizações novas
Sistema francês de
descentralização (continuação)
 Administrações coordenativas
   – Autoridades regionais cumprem (como
     estados?)
       Iniciativa para fazer planejamento
        integrado
       Incentivos financeiros para gestão de
        águas
 Implementação e aplicação através dos
  escritórios regionais setoriais
 Governo federal, local, usuários
Sistema organizacional (França)
Comitês de bacias              Executivo
                                  Programa de ações (5 anos)
   Plano mestre (5 anos)          -   análise do problema
   Aprovação do programa          - lista de operações
    de ações pelo Executivo        - cobertura financeira: cobrança de taxas
                                  Estabelecimento de comunidades
   Planejamento estratégico       locais como proprietários da infra-
   Determinação de taxas de       estrutura
    água                          Conscientização
                                  Monitoramento e Pesquisa
                                  Planos de gestão e desenvolvimento
                                       – Início
                                       – Aprovação
As seis Organizações de bacia (Agences de l'Eau) na
França
                      1
                              Adour-Garonne


                          2
                              Artois-Picardie


                          3
                              Loire-Brittany


                          4
                              Rhine-Mosel


                          5
                              Rhone-Mediterranean-
                              Corsica

                          6
                              Seine-Normandy
A carateristica do sistema
 francês é tomada de decisões
pelos usuarios e implementação
   pelos instituiçoes regulares
O financiamento da gestão local
      de águas (Holanda)
Organizações de bacias na
        Holanda
Unie
van Waterschappen

       Organizações de bacia: tarefas
                             Quantidade das Águas
                              ( +proteção contra
       Qualidade das Águas
                                 inundações)


                Princípio
                                   Princípio


             Poluidor paga
Unie
van Waterschappen


                    História: contribuição em espécie
Unie
van Waterschappen

             Substituição por pagamento




                    Fornecimento de rendimentos
                    equilibrados
Unie
van Waterschappen



                         Duas cobranças

   Emissões: Cobrança pela contaminação
                    Usado para:Purificação de águas de esgoto (80%)
                     Gestão da qualidade de águas e do ambiente (20%)



   Gestão das Águas: Cobrança de bacia
                     Lei das bacias
                     Proteção contra inundações
                     Gestão do nivel das águas (trânsito de navios)
Unie
van Waterschappen


                Quem paga a conta da
                   contaminação?
       Todos os poluidores pagam: Lei de
       Contaminação das Águas
           •Domésticas
           •Todas as indústrias
           •Agricultura ainda não…
           • Toda emissão é proibida sem licença
           • Licença: paga e tem condições
Unie
van Waterschappen


                     Custo
                Unidade de contaminação (P) : 60
                Euro/ano(2007)


                Casas        3 P: 180 Euro/ano
                Indústrias pequenas 3 P: 180 Euro/ano
                Indústrias médias: por categoria, em média
                Indústrias grandes: por emissão, base individual
Unie
van Waterschappen


        Resultado: Melhoria da Qualidade
        das Águas (decréscimo de emissão)
Ano                 1970    1980          1990       1995
Indústria           33,3     13,7          9,8       10,2

Residências         12,5     14,3         14,9       15,3

Dissolvido em       5,5      12,6         17,0       18,6
tratamento de
plantas
Descarga em     40,0         15,4          7,7       6,9
águas de
superfície  Emissões, mln P em águas de superfície
Unie
van Waterschappen


           Quem paga pela gestão do
              sistema de águas?
  Envolvidos
   Proprietários de terra ( agricultura e natureza) (superfície)
   Proprietários do imóvel industrial (valor)
   Proprietários do imóvel residencial, (valor)
   Habitantes/usuários (fixo)


  De acordo com seu interesse (princípio do
  benefício)
Unie
van Waterschappen
                      Custos médios por
                      habitantes (2007)
                • Casas                 50 Euro
                • Edifício              65 Euro (valor médio)
            Proprietários de terra:     80 Euro por hectare
                •Por hectare de terra   65 Euro (uso)
            Indústria
                •Edifícios              valor econômico
                Grandes diferençias regionais por que existem
                diferentes Organizações de Bacia!
Unie
van Waterschappen




                    Grandes investimentos,
                    fundos externos
                    Suporte financeiro do governo nacional:
                    subvenções
                    No mercado privado : empréstimos


                    Agências de bacia criaram suas próprias
                    insituições financeiras sobre lei privada
Unie
van Waterschappen




                    A dedicated financial institution


            Netherlands Water Board Bank
Unie
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         Não existe plano
               fixo


           Matéria para
            reflexão
Aspectos internacionais
   Organizações de Bacias
       Hidrográficas
Quais são os maiores desafios para os
  recursos hídricos no século 21?


1. Água potável e saneamento: acesso para todos?

2. Problemas ambientais e prevenção de poluição

3. Produção de alimentos: água suficiente para a
   população em crescimento?

4. Transversalidade: lidando com a mudança global,
   incluindo a mudança climática

5. Cross-cutting: questões de governança & gestão de
   conflitos
Eventos históricos
   1965-1974   Década Internacional da Hidrologia
   1966         Regras de Helsinki nos Usos de Rios Internacionais
   1977        Conferência das águas da ONU, Mar del Plata
   1981-1990   Década Internacional de Abastecimento de Água
                Potável e de Saneamento
   1987        Comissão Mundial de Meio Ambiente e de
                Desenvolvimento
   1992        Conferência Internacional de Águas e Meio Ambiente,
                Dublin
   1992        Conferência da ONU em Meio Ambiente e
                Desenvolvimento, Rio de Janeiro
   1994        Conferência da ONU em População e
                Desenvolvimento, Cairo
   1996        Parceria Mundial pela Água (GWP)
   1996        Conselho Mundial de Águas
   1997        Convenção da ONU sobre rios internacionais
   1997        Primeiro Fórum Mundial de Águas, Marrakech
Eventos históricos
   1965-1974   Década Internacional da Hidrologia
   1966         Regras de Helsinki nos Usos de Rios Internacionais
   1977        Conferência das águas da ONU, Mar del Plata
   1981-1990   Década Internacional de Abastecimento de Água
                Potável e de Saneamento
   1987        Comissão Mundial de Meio Ambiente e de
                Desenvolvimento
   1992        Conferência Internacional de Águas e Meio Ambiente,
                Dublin
   1992        Conferência da ONU em Meio Ambiente e
                Desenvolvimento, Rio de Janeiro
   1994        Conferência da ONU em População e
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   1996        Parceria Mundial pela Água (GWP)
   1996        Conselho Mundial de Águas
   1997        Convenção da ONU sobre rios internacionais
   1997        Primeiro Fórum Mundial de Águas, Marrakech
Desenvolvimentos recentes

2000   Comissão Mundial de Barragens– relatório final
2000   Cúpula do Milênio da ONU MDGs
2000   2º Fórum Mundial das Águas, Haia Visão mundial de água
2002   Cúpula Mundial em Desenvolvimento em Desenvolvimento
       Sustentável, Johannesburg
            IWRM / WE planos prontos em 2005
2002   Comentário Geral sobre o direito à água pelo comitê da ONU
       sobre direitos econômicos, sociais e culturais
2003   3º Fórum Mundial das Águas, Kyoto
2004   ILA adota as Regras de Berlim para Recursos Hídricos
2006   4º Fórum Mundial das Águas, Mexico
2008   Ano internacional do saneamento
2009   5º Fórum Mundial das Águas, Istambul
2010   UNGA declara acesso a água limpa e saneamento um direito
       humano fundamental
2012   Dublin+20, Rio+20, 6º Fórum Mundial de Água, Marseille
Água e as
            Metas do Desenvolvimento do Milênio

   melhoria do uso da água de chuva e de irrigação; e maior
    acesso a água produtiva (MDG 1 Targets 1 & 2)
   Aperfeiçoamento das operações e manutenções dos
    sistemas de abastecimento de água e saneamento
    existentes e infraestruturas de esgotos, e a construção de
    novas instalações (MDG 4 Target 5, MDG 5 Target 6, MDG 6 Target 8, MDG 7 Target 10)
   Inclusão do meio ambiente como um legítimo usuário de
    água, melhoria da gestão da qualidade de água, gestão de
    bacias e reciclagem de nutrientes (MDG 7 Target 9)
   Sistemas Resilientes que possam lidar com inundações e
    secas   (MDG x)
Challenges (2000)

1.1 billion people without adequate
access to water supply




2.4 billion people without adequate
access to sanitation services




                                      98
Água um Direito Humano

Comitê da ONU dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais

Comentário Geral dos Direitos da Água (2002)

“ O direito humano à água habilita todos a ter água
suficiente, segura,satisfatória, fisicamente acessível e
disponível para usos pessoais e domésticos”

“A água deve ser tratada como um bem social e cultural e
não principalmente como um produto econômico”
Água um Direito Humano


Assembléia Geral da ONU em 28 julho 2010
Adotou uma resolução não-obrigatória, que declara:

“acesso à água limpa e saneamento é um direito
humano fundamental”

A resolução recebeu o apoio de 122 países membros, enquanto 41
países se abstiveram.
Convenção de Cursos d‟águas
     internacionais (UN 1997 principles)
   Utilização racional (art 6)
    – Uso de água efetivo e eficiente
   Utilização equilibrada (art 6)
   Sem danos significaticos(art 7)
    – Compensação
   Participação na tomada de decisões
    – Direitos e deveres(art 24)
   Notificação prévia
    – Dever de cooperar(art 8)
    – Intercâmbio de dados(art 9)
    – Dever de informar(art 11-19)
   Desenvolvimento sustentável
    – Entre gerações (preâmbulo)
O que é uma utilização
equilibrada entre os países que
 compartilham um rio? (art. 6)
O que é uma utilização equilibrada?
            (art. 6)
   Características naturais do curso d‟água
   Necessidades sociais e econômicas dos países
    envolvidos
   População dependente do curso d‟água
   Efeitos dos usuários de um país sobre outro
   Uso existentes e potenciais do curso d‟água
   Conservação, proteção, desenvolvimento e
    economia dos uso de água; e custos das
    medidas envolvidas
   A disponibilidade de alternativas, de valor
    comparável, de um uso particular existente ou
    planejado
Shared Vision
       Development
   Desenvolvimento da
   Visão Compartilhada
Visão compartilhada da utilização sustentável e
    comum dos recursos da bacia hidrográfica
        internacional do Nilo (exemplo)
Visão compartilhada
   Projeção de uma nova situação futura
    desejável
   Envolve identificação, descrição e análise de
    problemas
   Fornece orientação para a formulação de
    políticas e estratégias e visa a implementação
   Expressão através de uma plataforma de
    relevantes tomadores de decisões
   Apoiada preferencialmente por um processo
    confiante e de fortalecimento de capacidades
Características da visão
            compartilhada
 Consenso de todos os países ribeirinhos (chefes
  de estado)
 Gestão de águas em limites hidrológicos
 Considera-se a bacia hidrográfica como um
  todo (GIRH, GIB)
    – Planejamento à nível de sub-bacias e nacional
    – Síntese regional das prioridades nacionais
 Maximizar benefícios para todos
 À partir do compartilhamento de água para
  benefícios do compartilhamento:
  hidrosoliedaridade
 Otimizar equilíbrio e sustentabilidade
Arranjos Institutionais (NBI,
               ABN)
 Conselho de ministros
 Plataforma de especialistas (Nile-TAC)
  com Secretariado (Nile-Sec)
    – Arranjo transicional
 Autoridade de bacia hidrográfica
 Parcerias sub-regionais para assuntos
  específicos
 Comitês Nacionais (stakeholders)
Arranjos de planejamentos

   Plano Regional de GIRH sintetizado
    – Planos Nationais
    – Planos de Sub-bacias
 Investmentos prioritários
 Arranjos Financeiros
    – Parcerias para investimentos
    – Cobranças por custos operacionais
Prevenção de disputas

   Gestão conjunta
    – Arranjos Institutionais
    – Desenvolvimento da plataforma
 Desenvolvimento da visão compartilhada
 Participação de Stakeholders na tomada
  de decisões
 Soluções para resolução de problemas
Resolução de disputas (passos)

 Busca de fatos
 Facilitação de negociação
 Conciliação
    – Técnicas de prevenção de disputas
    – Técnicas de negociação
 Mediação
 Arbitragem
    – Vinculação
   Litígio
    – ICJ
CONFLICT            RESOLUTION




                        COMMUNICATION       IMPROVEMENT
  CONFIDENCE BUILDING




                                                           CAPACITY BUILDING
                          PLATFORM            CREATION




                        INSTITUTIONAL       ARRANGEMENTS




                        LEGAL                FRAMEWORK




                         RIVER      BASIN     STRATEGY




Fig. 1: Steps in Shared Vision Development
Bottlenecks
                     Risks
                 Self-interests




                 Challenges
                Opportunities




                  Trade-offs
                  Common
                   Interests




                    Mutual
                    Benefits




Fig. 2:Process of Shared Vision Development
A

                                 Shared Vision


     B         Co-operative framework (Institutional and Legal) (D3)

         C                   D                     E                    F

Confidence Building    Socio-Economic,       Water Resources    Applied Training
  & Stakeholder       Sectoral & Environ. Planning & Management
   Involvement            Analyses:
                        •Environment
                            •Power
                         •Agriculture
                       •Benefit Sharing



              G       Capacity building & human resource development



 Figure 3: Basin-wide Shared Vision Programme (NBI 2001)
Necessidades especificas das
    organizações de bacia internacionais
             (interestaduais?)
 Tratados ou acordos claros sobre as
  disposições de cooperação
 Acordos de distribuição das águas
 Planejamento integral: hidro-solidariedade
 Estrutura de gestão adaptável
 Participação pública
 Mecanismo detalhado de resolução de
  conflitos

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Apresentação 3abplus

  • 1. Operações de GIRH Opções de Descentralização: Organizações de bacias Frank Jaspers UNESCO-IHE INSTITUTE for Water Education
  • 2. Quais são os maiores desafios para os recursos hídricos no século 21? 1. Água potável e saneamento: acesso para todos? 2. Problemas ambientais e prevenção de poluição 3. Produção de alimentos: água suficiente para a população em crescimento? 4. Transversalidade: lidando com a mudança global, incluindo a mudança climática 5. Cross-cutting: questões de governança & gestão de conflitos
  • 3. Gestão integrada de recursos hídricos Inspirada pelos Princípios de Dublin (1992) e Definida primeiramente pela Agenda 21 (Capítulo 18): “...água como uma parte integral do ecossistema, um recurso natural e um bem social e econômico …”
  • 4. Gestão integrada de recursos hídricos Quatro dimensões  Recursos hídricos: o ciclo de água completo  Usuários de água: todos os usuários, todos os setores  Espacial : distribuição espacial, escalas administrativas  Temporal: variação na disponibilidade e na demanda, estruturas físicas
  • 5. Gestão integrada de recursos hídricos Agenda 21 (Capítulo 18): “Gestão integrada de recursos hídricos baseia-se na percepção da água como uma parte integral do ecossistema, um recurso natural e um bem social e econômico” “Gestão integrada de recursos hídricos, incluindo aspectos relacionados a terra- e- água, deve ser conduzida ao nível de bacias hidrográficas ou sub- bacias.”
  • 6. Gestão integrada de recursos hídricos Definição de GWP: “A Gestão Integrada de Recursos Hídricos é um processo que promove o desenvolvimento coordenado da água, terra e recursos relacionados, para se maximizar o bem estar econômico e social resultantes, de uma maneira equilibrada e sem comprometer a sustentabilidade dos ecossistemas vitais” (Global Water Partnership, 2000)
  • 7. O que é uma organização pública?
  • 8. O que é uma organização pública? Orgão ou fundação criado para um interesse público específico baseado em e incluindo um conjunto de regras operacionais, costumes e padrões originados duma lei ou relação estabelecida numa sociedade ou comunidade Questão: Organizações publicas se desenvolvem por causa de evolução ou são feitas pelo governo?
  • 9. Quais são os objetivos da descentralização ou, porque precisamos de uma descentralização?
  • 10. Objetivos da Descentralização  Organização mais eficiente e mais eficaz – Sintonia fina  Tomada de decisões em nível mais baixo e mais apropriado!  Participação de usuários na tomada de decisões e atingir entre todos os stakeholders no processo  Maior transparência e responsabilidade  Sustentabilidade financeira – Recuperar os custos  Aplicação de GIRH. Outros?
  • 11. Tipos de descentralização  Desconcentração:tarefas ou responsibilidades são transferidas dentro da mesma estrutura para os níveis mais baixos de administração sem mudança de autoridade ou responsibilidade para tomada de decisões  Delegação: tarefas ou responsibilidades são transferidas para fora do centro de administração para os niveis mais baixos ou para outros orgãos ou organizações com transferência de responsibilidade para tomada de decisões. Mas sem transferência irreversível de autoridade. Linhas de autoridade existentes não mudam.  Transferência: Tarefas e responsibilidades para tomada de decisões são transferidas para um orgão público. Estas organizações por conseguinte ,cumprem funções de um modo autônomo  Alienação: privatização
  • 12. O que significa autonomia?
  • 13. Caraterísticas da autonomia  Processo de tomada de decisões independente (a autoridade não pertence a outro órgão ou pessoa)  Empregados chave são nomeados ou eleitos de maneira transparente  Propriedade dos bens – Edifícios, meios de produção, barragens, ações  Financeiro – Independente – Liberdade de orçamento
  • 14. O que é descentralização funcional administrativa?
  • 15. Descentralização funcional administrativa Distribuição,transmissão, redistribuição de tarefas e responsibilidades ou competências para organizar ou implementar uma função governamental específica (gestão de recursos hídricos) para um nível mais baixo ou outro nível administrativo apropriado do centro de autoridade.
  • 16. Principais elementos da „descentralização funcional‟ de gestão de águas  Gestão de águas em limites hidrológicos  Organizações específicas de bacias – Plano legal e organizacional claro – “Organização com um (único) fim específico”!!  Participação de stakeholders na tomada de decisões – Subsidiaridade – Equilíbrio de gênero  Sistemas de planejamento integrado – Planos de bacia  Em limites de bacia ou sub-bacia  Sustentabilidade financeira - recuperação de custos
  • 17. Vocês poderiam indicar algumas caraterísticas diferentes da variedade de bacias?
  • 18. Aspectos da gestão integrada de águas em limites hidrológicos  Escalas – Locais, nacionais, internacionais  Carateristicas fisicas – Clima – Água de superfície ou subterrânea  Problemas maiores na bacia – Inundações ou secas – Poluição das águas – Erosão e degradação da bacia – Controle do nível das águas – Represas hidroelétricas  Realidades do contexto - Economia da bacia - Segurança: guerra nas bacias Africanas! (de dificil gerenciamento!)  Capacidade do setor privado - parcerias existentes
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  • 27. Quais tipos de organizaçoes de gestão de água vocês têm no Brazil?
  • 28. Opções organizacionais para a descentralização pública  Orgãos multifuncionais  ONGs – Estado, provincia, prefeitura  Parcerias  Orgãos de coordenação  Organizações comunitárias  Comissão – Comitê de irrigação  Conselho – Associação dos usuários  Comitê de águas  Corporações  Setor privado  Agência – Concessão, leasing,  Parastal contratos de gestão  Quango (Quasi ONG) – privatização completa  Funcional  Autoridade de bacia, de aquífero
  • 29. Descentralização funcional (resumo) Distribuicao, transmissao, redistribuicao de responsibilidades, autoridades ou tarefas para organizar ou cumprir uma funçao governamental especifica (Gestão das Águas) para um nivel mais baixo ou outro mais apropriado do centro de autoridade. Uma organização especifica, criada para gerenciar as águas nos limites da bacia
  • 30. Não tem somente um unico tipo de organização de bacia, tem muitos diversidades
  • 31. Organizações de bacia  Governo/Quase Governo – Comitê – Comissão – Conselho  Autonomos/Quase autonomos – Autoridade – Agência  Judicial/ Quase judicial - Tribunal  Setor privado - Parcerias - Associação,Truste, etc
  • 32. Quais são as necessidades para uma gestão de bacia eficiente e eficaz?
  • 33. Necessidades para operacões efficazes  Tomada adequada de decisões  Estrutura legal e projeto organizacional  Sustentabilidade financeira  Mecanismo detalhado de resolução de conflitos  Fortalecimento de capacidades
  • 34. Tomada adequada de decisões  Coordenação – Vertical e horizontal  Sistema de organizações de bacia e sub-bacia, aquíferos (vertical)  Gestão dos recursos naturais e agricultura (horizontal)  Estrutura legal e projeto organizacional – Mandatos articulados  Integração – Desenvolvimento de planejamento integral – Intersetorial e holística  Orientado para problemas práticos e suas soluções
  • 35. Tomada adequada de decisões  Capacidade de responder – Inovadora: mundo de globalização – Flexivel: muitas mudanças  Participação dos usuários e dos stakeholders na tomada de decisões
  • 36. Vocês podem dar exemplos de stakeholders na tomada de decisões na gestão de águas?
  • 37. Participação dos stakeholders – Usuários diretos/poluidores – Usuários potenciais – Governo como usuário de água – Governo como gestor de água – Partes interessadas e.g. ONGs – Sociedade em geral: experts, cientistas – Outros stakeholders
  • 38. Stakeholders  Usuários diretos/poluidores: água potável, agricultura, hidroenergia, indústria, recreação, transporte, natureza e fauna (setor público e privado),  stakeholders: usuários diretos, usuários potenciais, governo como gestor  Partes interessadas:usuários diretos, stakeholders e ONGs, especialistas, academia, comunidade em geral
  • 45. Água para valores espirituais e culturais
  • 46. Água para a natureza
  • 47. Em que os stakeholders podem participar?
  • 48. Áreas de Participação  Tomada de decisões  Planejamento  Monitoramento  Cumprimento das leis  Financiamento  Desenvolvimento – Construção de infra-estruturas  Parcerias públicas/privadas  Outras gestões
  • 49. Areas de participação Tomada de decisões: envolve a integração dos diferentes objetivos onde possível, e uma compensação ou definição prioritária entre esses objetivos, onde necessária, pesando-os criteriosamente de uma maneira informativa e transparente, conforme objetivos e restrições sociais.
  • 50. Escada de Participação (níveis)  Manipulação  Informação  Consulta  Parceria  Autoridade delegada  Auto-controle, autonomia
  • 51. Processo de participação de stakeholders (Arnstein 1969) Auto-gestão Alta Tomada de decisões conjuntas Consulta Média Informacao compartilhada Informação coletada Baixa Desconsiderada
  • 52. Projeto legal e organizacional  Habilitação da estrutura legal – Projeto organizacional – Mandatos e funções efetivos – Regulamentos – Autonomia suficiente para tomada de decisões – Estrutura de gestão adequada para adaptações  Plataforma para tomada de decisões – Participação dos stakeholders  Acordos financeiros – Recuperação de custos  Sistema de taxas e cobranças  Arranjos para planejamento e tomada de decisões
  • 53. Exemplos de funções de bacias e de sub-bacias Bacia Sub-bacia  Planejamento de bacia  Gestão operacional  Coordenação  Monitoramento  Gestão estratégica  Cumprimento das leis  Medidas gerais  Medidas protetoras  Licenças, permissões  Organização de usuários  Participação pública  Recolhimento de taxas  Conscientização  Apelações  Resolução de conflitos  Gestão financeira
  • 54. Projeto organizacional (ii) “melhor adaptar ou criar através das boas práticas (de outros lugares)?”
  • 55. Organização de bacias hidrográficas (um exemplo) Organização da Plataforma Plataforma de Bacia Hidrográfica Stakeholders Plataforma de sub-bacia Plataforma de sub-bacia Plataforma de sub-bacia Usuários Usuários Usuários Associação de Usuários Comitê de irrigação Conselho Distrital Rural Conselho Municipal de de água águas
  • 56. Critérios de referência para projetar Organizações de Gestão de Bacias (resumo)  Transferência histórica  Diretrizes de políticas e leis nacionais  Caráter do problema: quantitade, qualidade, contaminação  Caraterísticas físicas, escala, tamanho de bacia  Caráter, investimento e distribuição da infra-estrutura  Nível e capacidade de participação do setor privado – Delegação progressiva (Que significa?)  Coordenação e integração com outros modos de gestão de recursos naturais  Competências e limites administrativos  Outros fatores?
  • 57. River Basin Organization (exemplo) Organizational Chart (example) River Basin Organization Platform of Stakeholders Executive Administration Chief Executive Board, Council, Committee General Directorate Directorate Directorate Planning Directorate Operations Licencing, Monitoring and Enforcement Flood and river control Water pollution Financing
  • 58. Sustentabilidade financeira e econômica  “A água é um bem econômico em todos os usos competitivos “(Dublin principle no 4)  “Usuário e poluidor” pagam todos os custos  Custos de gestão, consequências negativas diretas, externalidades, investimentos, subsídios cruzados??  Através da cobrança de serviços, taxas, encargos, tributos  Vários arranjos institucionais comerciais para a contratação desde simples serviços até privatização completa e todas as modalidades entre elas
  • 59. Sustentabilidade financeira e econômica Declaração 1:Organizações de bacia podem somente asumir funções para as quais eles podem procurar cobertura financeira: “água paga por água!” Declaração 2: Algumas funções sensíveis e vitais como gestão ambiental devem ser financiadas pelo governo. Nao pode deixar para os consumadores ou as ONGs. Que é valido para Brasil?
  • 61. Usuário/poluidor paga pelo que?  Gestão  Consequências negativas direitas  Externalidades  Desenvolvimento?  Subvenção dos pobres?  Através de impostos ou cobrancas?
  • 62. Sustentabilidade financeira de Organizações de Bacia  Mecanismo estratégico de planejamento financeiro  Potencial de investimento - Bancos de desenvolvimento - Banco específico de investimento das OBHs  Produção dos rendimentos – Mecanismos de recuperação de custos  Transparência e responsabilidade  Participação dos stakeholders  Estabelecimento de preços por serviços prestados
  • 63. Instrumentos de recuperação de custos Character/ Service Cost recovery Ratio of Instrument relation mechanism willingness Service Strong Direct High pricing Tax Weak Indirect Low Charge Strong Direct Intermediate Levy Intermediate Direct Low
  • 64. Fortalecimento das capacidades  Desenvolvimento instituicional – Organizações – Capacidades e forças insitucionais – Participação da comunidade  Participação dos stakeholders e das mulheres nas tomadas de decisões  Criação dum ambiente institucional – Procedimentos e regulamentos – Sistemas legais e institucionais  Desenvolvimento dos recursos humanos – Pessoal bom é o recurso mais precioso!  Desenvolvimento de redes de informações e compartilhamento de conhecimentos
  • 65. Quais fatores influenciam uma organização de bacia? Quais interferem no seu desenvolvimento?
  • 66. Fatores importantes para o desenvolvimento das funções  História – funções transferidas do passado: as Autoridades das Águas da Holanda originadas desde 1100  Cultura e políticas – Religião – Orientações na política e legislação (inter)nacionais – Segurança  Carateristicas físicas de bacia: tamanho, clima e hidrologia
  • 67. Fatores de influência (continuação)  Nível de desenvolvimento – Ambiente institucional  ONGs fortes  Doadores influentes  Mecanismo de cumprimento das leis – Distribuição e caráter da infra-estrutura  Proporção de investimento  Caráter do problema: inundações, secas, contaminação, erosão, sedimentação, transporte, navegação, hidrelétricas, pobreza.
  • 68. Fatores de influência (continuação)  Mandatos e competências administrativas  Coordenação e integração com outras áreas de gestão de recursos naturais  Nível e capacidade de participação do setor privado: delegação progressiva possivel ou não  Outros fatores?
  • 69. Responder às seguintes questões em pequenos grupos 1. Descreva as Organizações de Bacia no Brasil (situação atual)? 2. Quais são as tendências? O que se espera num futuro próximo? 3. Quais são os desafios e problemas? 4. Plano de ações? Em sequência 5. Desino sua organização desejavel
  • 70. Elementos para reflexão  Projeto organizacional – Fatores de contexto  Funções, papéis, responsabilidades, tarefas – Preparativos para planejamento – Papel do setor privado  Participação dos stakeholders em tomada de decisões!!  Peparativos financeiros – Cobrança dos custos  Capacidades – Recursos humanos – Dados: coletar, processar, aplicar
  • 71. Estudos de caso Organizações de Gestão de Bacias
  • 72. Plano organizacional: sistema francês de descentralização
  • 73. Sistema francês de descentralização  Disposições institucionais: Autoridades de Bacias (6) – Comitê de bacia – Executivo (25 diretores) – Comitês locais de planejamento – Comunidades locais (proprietários da infra-estrutura)  Representação tripartite – 1/3 Governo nacional – 1/3 Governo local – 1/3 Usuários – Sistema muito apreciado por países africanos e asiáticos  Organizações novas
  • 74. Sistema francês de descentralização (continuação)  Administrações coordenativas – Autoridades regionais cumprem (como estados?)  Iniciativa para fazer planejamento integrado  Incentivos financeiros para gestão de águas  Implementação e aplicação através dos escritórios regionais setoriais  Governo federal, local, usuários
  • 75. Sistema organizacional (França) Comitês de bacias Executivo  Programa de ações (5 anos)  Plano mestre (5 anos) - análise do problema  Aprovação do programa - lista de operações de ações pelo Executivo - cobertura financeira: cobrança de taxas  Estabelecimento de comunidades  Planejamento estratégico locais como proprietários da infra-  Determinação de taxas de estrutura água  Conscientização  Monitoramento e Pesquisa  Planos de gestão e desenvolvimento – Início – Aprovação
  • 76. As seis Organizações de bacia (Agences de l'Eau) na França 1 Adour-Garonne 2 Artois-Picardie 3 Loire-Brittany 4 Rhine-Mosel 5 Rhone-Mediterranean- Corsica 6 Seine-Normandy
  • 77. A carateristica do sistema francês é tomada de decisões pelos usuarios e implementação pelos instituiçoes regulares
  • 78. O financiamento da gestão local de águas (Holanda)
  • 80. Unie van Waterschappen Organizações de bacia: tarefas Quantidade das Águas ( +proteção contra Qualidade das Águas inundações) Princípio Princípio Poluidor paga
  • 81. Unie van Waterschappen História: contribuição em espécie
  • 82. Unie van Waterschappen Substituição por pagamento Fornecimento de rendimentos equilibrados
  • 83. Unie van Waterschappen Duas cobranças Emissões: Cobrança pela contaminação Usado para:Purificação de águas de esgoto (80%)  Gestão da qualidade de águas e do ambiente (20%) Gestão das Águas: Cobrança de bacia  Lei das bacias  Proteção contra inundações  Gestão do nivel das águas (trânsito de navios)
  • 84. Unie van Waterschappen Quem paga a conta da contaminação? Todos os poluidores pagam: Lei de Contaminação das Águas •Domésticas •Todas as indústrias •Agricultura ainda não… • Toda emissão é proibida sem licença • Licença: paga e tem condições
  • 85. Unie van Waterschappen Custo Unidade de contaminação (P) : 60 Euro/ano(2007) Casas 3 P: 180 Euro/ano Indústrias pequenas 3 P: 180 Euro/ano Indústrias médias: por categoria, em média Indústrias grandes: por emissão, base individual
  • 86. Unie van Waterschappen Resultado: Melhoria da Qualidade das Águas (decréscimo de emissão) Ano 1970 1980 1990 1995 Indústria 33,3 13,7 9,8 10,2 Residências 12,5 14,3 14,9 15,3 Dissolvido em 5,5 12,6 17,0 18,6 tratamento de plantas Descarga em 40,0 15,4 7,7 6,9 águas de superfície Emissões, mln P em águas de superfície
  • 87. Unie van Waterschappen Quem paga pela gestão do sistema de águas? Envolvidos  Proprietários de terra ( agricultura e natureza) (superfície)  Proprietários do imóvel industrial (valor)  Proprietários do imóvel residencial, (valor)  Habitantes/usuários (fixo) De acordo com seu interesse (princípio do benefício)
  • 88. Unie van Waterschappen Custos médios por habitantes (2007) • Casas 50 Euro • Edifício 65 Euro (valor médio) Proprietários de terra: 80 Euro por hectare •Por hectare de terra 65 Euro (uso) Indústria •Edifícios valor econômico Grandes diferençias regionais por que existem diferentes Organizações de Bacia!
  • 89. Unie van Waterschappen Grandes investimentos, fundos externos Suporte financeiro do governo nacional: subvenções No mercado privado : empréstimos Agências de bacia criaram suas próprias insituições financeiras sobre lei privada
  • 90. Unie van Waterschappen A dedicated financial institution Netherlands Water Board Bank
  • 91. Unie van Waterschappen Não existe plano fixo Matéria para reflexão
  • 92. Aspectos internacionais Organizações de Bacias Hidrográficas
  • 93. Quais são os maiores desafios para os recursos hídricos no século 21? 1. Água potável e saneamento: acesso para todos? 2. Problemas ambientais e prevenção de poluição 3. Produção de alimentos: água suficiente para a população em crescimento? 4. Transversalidade: lidando com a mudança global, incluindo a mudança climática 5. Cross-cutting: questões de governança & gestão de conflitos
  • 94. Eventos históricos  1965-1974 Década Internacional da Hidrologia  1966 Regras de Helsinki nos Usos de Rios Internacionais  1977 Conferência das águas da ONU, Mar del Plata  1981-1990 Década Internacional de Abastecimento de Água Potável e de Saneamento  1987 Comissão Mundial de Meio Ambiente e de Desenvolvimento  1992 Conferência Internacional de Águas e Meio Ambiente, Dublin  1992 Conferência da ONU em Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro  1994 Conferência da ONU em População e Desenvolvimento, Cairo  1996 Parceria Mundial pela Água (GWP)  1996 Conselho Mundial de Águas  1997 Convenção da ONU sobre rios internacionais  1997 Primeiro Fórum Mundial de Águas, Marrakech
  • 95. Eventos históricos  1965-1974 Década Internacional da Hidrologia  1966 Regras de Helsinki nos Usos de Rios Internacionais  1977 Conferência das águas da ONU, Mar del Plata  1981-1990 Década Internacional de Abastecimento de Água Potável e de Saneamento  1987 Comissão Mundial de Meio Ambiente e de Desenvolvimento  1992 Conferência Internacional de Águas e Meio Ambiente, Dublin  1992 Conferência da ONU em Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro  1994 Conferência da ONU em População e Desenvolvimento, Cairo  1996 Parceria Mundial pela Água (GWP)  1996 Conselho Mundial de Águas  1997 Convenção da ONU sobre rios internacionais  1997 Primeiro Fórum Mundial de Águas, Marrakech
  • 96. Desenvolvimentos recentes 2000 Comissão Mundial de Barragens– relatório final 2000 Cúpula do Milênio da ONU MDGs 2000 2º Fórum Mundial das Águas, Haia Visão mundial de água 2002 Cúpula Mundial em Desenvolvimento em Desenvolvimento Sustentável, Johannesburg  IWRM / WE planos prontos em 2005 2002 Comentário Geral sobre o direito à água pelo comitê da ONU sobre direitos econômicos, sociais e culturais 2003 3º Fórum Mundial das Águas, Kyoto 2004 ILA adota as Regras de Berlim para Recursos Hídricos 2006 4º Fórum Mundial das Águas, Mexico 2008 Ano internacional do saneamento 2009 5º Fórum Mundial das Águas, Istambul 2010 UNGA declara acesso a água limpa e saneamento um direito humano fundamental 2012 Dublin+20, Rio+20, 6º Fórum Mundial de Água, Marseille
  • 97. Água e as Metas do Desenvolvimento do Milênio  melhoria do uso da água de chuva e de irrigação; e maior acesso a água produtiva (MDG 1 Targets 1 & 2)  Aperfeiçoamento das operações e manutenções dos sistemas de abastecimento de água e saneamento existentes e infraestruturas de esgotos, e a construção de novas instalações (MDG 4 Target 5, MDG 5 Target 6, MDG 6 Target 8, MDG 7 Target 10)  Inclusão do meio ambiente como um legítimo usuário de água, melhoria da gestão da qualidade de água, gestão de bacias e reciclagem de nutrientes (MDG 7 Target 9)  Sistemas Resilientes que possam lidar com inundações e secas (MDG x)
  • 98. Challenges (2000) 1.1 billion people without adequate access to water supply 2.4 billion people without adequate access to sanitation services 98
  • 99. Água um Direito Humano Comitê da ONU dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais Comentário Geral dos Direitos da Água (2002) “ O direito humano à água habilita todos a ter água suficiente, segura,satisfatória, fisicamente acessível e disponível para usos pessoais e domésticos” “A água deve ser tratada como um bem social e cultural e não principalmente como um produto econômico”
  • 100. Água um Direito Humano Assembléia Geral da ONU em 28 julho 2010 Adotou uma resolução não-obrigatória, que declara: “acesso à água limpa e saneamento é um direito humano fundamental” A resolução recebeu o apoio de 122 países membros, enquanto 41 países se abstiveram.
  • 101. Convenção de Cursos d‟águas internacionais (UN 1997 principles)  Utilização racional (art 6) – Uso de água efetivo e eficiente  Utilização equilibrada (art 6)  Sem danos significaticos(art 7) – Compensação  Participação na tomada de decisões – Direitos e deveres(art 24)  Notificação prévia – Dever de cooperar(art 8) – Intercâmbio de dados(art 9) – Dever de informar(art 11-19)  Desenvolvimento sustentável – Entre gerações (preâmbulo)
  • 102. O que é uma utilização equilibrada entre os países que compartilham um rio? (art. 6)
  • 103. O que é uma utilização equilibrada? (art. 6)  Características naturais do curso d‟água  Necessidades sociais e econômicas dos países envolvidos  População dependente do curso d‟água  Efeitos dos usuários de um país sobre outro  Uso existentes e potenciais do curso d‟água  Conservação, proteção, desenvolvimento e economia dos uso de água; e custos das medidas envolvidas  A disponibilidade de alternativas, de valor comparável, de um uso particular existente ou planejado
  • 104. Shared Vision Development Desenvolvimento da Visão Compartilhada Visão compartilhada da utilização sustentável e comum dos recursos da bacia hidrográfica internacional do Nilo (exemplo)
  • 105.
  • 106. Visão compartilhada  Projeção de uma nova situação futura desejável  Envolve identificação, descrição e análise de problemas  Fornece orientação para a formulação de políticas e estratégias e visa a implementação  Expressão através de uma plataforma de relevantes tomadores de decisões  Apoiada preferencialmente por um processo confiante e de fortalecimento de capacidades
  • 107. Características da visão compartilhada  Consenso de todos os países ribeirinhos (chefes de estado)  Gestão de águas em limites hidrológicos  Considera-se a bacia hidrográfica como um todo (GIRH, GIB) – Planejamento à nível de sub-bacias e nacional – Síntese regional das prioridades nacionais  Maximizar benefícios para todos  À partir do compartilhamento de água para benefícios do compartilhamento: hidrosoliedaridade  Otimizar equilíbrio e sustentabilidade
  • 108. Arranjos Institutionais (NBI, ABN)  Conselho de ministros  Plataforma de especialistas (Nile-TAC) com Secretariado (Nile-Sec) – Arranjo transicional  Autoridade de bacia hidrográfica  Parcerias sub-regionais para assuntos específicos  Comitês Nacionais (stakeholders)
  • 109. Arranjos de planejamentos  Plano Regional de GIRH sintetizado – Planos Nationais – Planos de Sub-bacias  Investmentos prioritários  Arranjos Financeiros – Parcerias para investimentos – Cobranças por custos operacionais
  • 110. Prevenção de disputas  Gestão conjunta – Arranjos Institutionais – Desenvolvimento da plataforma  Desenvolvimento da visão compartilhada  Participação de Stakeholders na tomada de decisões  Soluções para resolução de problemas
  • 111. Resolução de disputas (passos)  Busca de fatos  Facilitação de negociação  Conciliação – Técnicas de prevenção de disputas – Técnicas de negociação  Mediação  Arbitragem – Vinculação  Litígio – ICJ
  • 112. CONFLICT RESOLUTION COMMUNICATION IMPROVEMENT CONFIDENCE BUILDING CAPACITY BUILDING PLATFORM CREATION INSTITUTIONAL ARRANGEMENTS LEGAL FRAMEWORK RIVER BASIN STRATEGY Fig. 1: Steps in Shared Vision Development
  • 113. Bottlenecks Risks Self-interests Challenges Opportunities Trade-offs Common Interests Mutual Benefits Fig. 2:Process of Shared Vision Development
  • 114. A Shared Vision B Co-operative framework (Institutional and Legal) (D3) C D E F Confidence Building Socio-Economic, Water Resources Applied Training & Stakeholder Sectoral & Environ. Planning & Management Involvement Analyses: •Environment •Power •Agriculture •Benefit Sharing G Capacity building & human resource development Figure 3: Basin-wide Shared Vision Programme (NBI 2001)
  • 115. Necessidades especificas das organizações de bacia internacionais (interestaduais?)  Tratados ou acordos claros sobre as disposições de cooperação  Acordos de distribuição das águas  Planejamento integral: hidro-solidariedade  Estrutura de gestão adaptável  Participação pública  Mecanismo detalhado de resolução de conflitos

Notas do Editor

  1. Uma Organização