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18/12/2008

16:11

Page 1

SOBRE O AUTO - APERFEIÇOAMENTO

Não imponha aos outros o que não deseja
ver imposto a si mesmo.

durante um período de grande incerteza políOs ensinamentos de Confúcio, um dos pilares
tica na história da China. Seus ensinamentos

da civilização chinesa, continuam tão relevantes
na atualidade quanto foram há mais de dois mil

manidade vêm atravessando gerações. Apren-

anos. Aprendendo a viver com Confúcio reúne uma

trodução a uma sabedoria milenar que nos ins-

seleção desses pensamentos. É um guia indispensável para a contemplação filosófica, o aper-

CONFÚCIO

dendo a viver com Confúcio é uma fascinante in-

SOBRE A BUSCA DO CONHECIMENTO

Para ser capaz, a pessoa deve estudar;
para ser intelectual, deve aprender com
os outros.

com

sobre conduta social e moral, honestidade e hu-

Aprendendo a viver

Nascido por volta de 550 a.C., Confúcio viveu

Aprendendo a viver

SOBRE GOVERNAR

com que nos deparamos na época atual.

ISBN 978-85-220-0835-3

9 788522 008353

Quem é bom servidor público contrata a
graça; quem não o é, contrata o ódio.

SOBRE FILOSOFIA

DESAFIOS DA VIDA MODERNA

pira e ajuda a enfrentar os desafios angustiantes

com

COMO O SÁBIO CHINÊS AJUDA A ENFRENTAR OS

feiçoamento individual e a conquista do sucesso.

Ir longe demais é tão ruim quanto não ir
longe o suficiente.

CONFÚCIO
Aprendendo a viver
com Confúcio
Como o sábio chinês ajuda a enfrentar
os desafios da vida moderna

Compilada por Kuijie Zhou

Tradução de Gilson B. Soares
Título original
A Basic Confucius
Copyright © 2008 by Long River Press
Copyright da tradução © Agir Editora Ltda., 2008
Capa: Júlio Moreira
Foto: © Keren Su/CORBIS/LatinStock
Copidesque: Carla Mühlhaus
Revisão: Hermínia Totti
Produção editorial: Paulo Cesar Veiga
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

C759a

Confúcio
Aprendendo a viver com Confúcio: como o sábio chinês ajuda a
enfrentar os desafios da vida moderna / compilado por Kuijie Zhou;
tradução de Gilson B. Soares. — Rio de Janeiro: Agir, 2008.
il.
Tradução de: A basic Confucius
ISBN 978-85-220-0835-3

08-3820

1. Confúcio. 2. Filosofia confucionista. I. Zhou, Kuijie. II. Título.
CDD: 181.112
CDU: 1(315)
Este livro foi composto em New York e Century Old Style
e impresso pela RR Donnelley sobre papel Pólen Bold 90g
para a Agir em outubro de 2008.

Todos os direitos reservados à
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Sumário
Introdução

5

CAPÍTULO UM

Sobre o auto-aperfeiçoamento

11

CAPÍTULO DOIS

Sobre a busca do conhecimento

31

CAPÍTULO TRÊS

Sobre honestidade e credibilidade

57

CAPÍTULO QUATRO

Sobre ser modesto

69

CAPÍTULO CINCO

Sobre como corrigir erros

85

CAPÍTULO SEIS

Sobre o dever filial

93

CAPÍTULO SETE

Sobre como fazer amigos

107

CAPÍTULO OITO

Sobre como se portar em sociedade

129
CAPÍTULO NOVE

Sobre governar

147

CAPÍTULO DEZ

Sobre filosofia

171

CAPÍTULO ONZE

Sobre a vida cotidiana

191

Notas para as ilustrações

206
Introdução
Confúcio é provavelmente o maior filósofo da história
chinesa, e também um dos filósofos mais estudados na história da humanidade. Sua obra, composta por ensinamentos
e interpretações, foi transmitida através de gerações, e
vem orientando e influenciando quase todos os aspectos
da sociedade chinesa por milhares de anos. É comprovado
que os ensinamentos de Confúcio tiveram o maior impacto
individual na história chinesa, mais do que qualquer outro
fator social ou histórico.
Confúcio nasceu por volta de 550 a.C. no estado de
Lu, situado no que é hoje a província de Shandong. Como
muitos chineses de sua época, Confúcio tinha aspirações
políticas. A China estava dividida, tanto geográfica quanto
filosoficamente. Vários estados e regiões competiam pelo
controle político e social. Alianças eram feitas e depois
rompidas. Guerras eram travadas. Esse período, conhe5
Aprendendo a viver com Confúcio

cido como Primavera e Outono e Estados Antagônicos
(c.770-221 a.C.), deu origem a muitas escolas diferentes
de pensamento filosófico e cultural, tais como os escritos
daoístas de Laozi (Lao-tzu) e Zhuangzi (Xhuang-tzu), e os
tratados militares de filósofos como Sunzi (Sun--tzu).
O pensamento confuciano afetou cada aspecto da vida
chinesa, assim como a maneira pela qual tais aspectos se
ligavam a uma série de relacionamentos rigidamente estruturados. Em seus elementos básicos, esse pensamento
é um guia para os valores morais e para a conduta social
apropriada. Ser justo e de elevado caráter moral era responsabilidade do governante, o que por sua vez capacitaria o
povo a seguir seu exemplo.
Confúcio defendia a idéia de reciprocidade e governo
responsável. O paradigma do pensamento confuciano é que
não deveríamos fazer aos outros aquilo que nos desagrada.
O que, aliás, não é diferente do conceito de carma. Com essa
idéia veio a defesa do governo benevolente: se o governante
ou sábio estiver simplesmente no uso do poder, o povo o
seguirá; do contrário, será derrubado.
6
Introdução

Não é de surpreender, dado o ambiente social da época,
que os governantes considerassem as idéias de Confúcio
pouco práticas na luta pelo poder. Não há dúvidas de
que Confúcio falhou em alcançar uma posição política de
alguma importância. Sua vida parecia um fracasso, ainda
que ele saísse em campo atraindo leais discípulos. Por 14
anos ele viajou pela China. Embora fosse recebido com
algum respeito pelos governantes locais, seus pontos de
vista, quando não eram inteiramente descartados, não
eram levados a sério. Um governante assim equivalia, para
Confúcio, a um cão perdido à procura de um lar.
O confucionismo foi falsamente rotulado como uma
religião. Na realidade, configurou-se como um sistema de
pensamentos e ritos sociais preocupado com as necessidades
da sociedade chinesa e seus relacionamentos sociais. Ao contrário do budismo e do taoísmo, o confucionismo nada tinha
a ver com o papel da natureza ou com vida após a morte.
Historicamente falando, o pensamento confuciano continha muitos paradoxos, e seria mais ou menos aceito de
7
Aprendendo a viver com Confúcio

acordo com as dinastias chinesas que se encontravam no
poder. Os ensinamentos de Confúcio eram também considerados perigosos, e governantes temiam que o povo se
rebelasse. O primeiro imperador da China, Qin Shi Huang,
chegou a ordenar a destruição dos textos confucianos e a
execução dos eruditos da doutrina.
Confúcio era contra a tirania e a opressão. Ao mesmo
tempo, acreditava na superioridade inviolável da classe
dirigente. Ele também prescrevia que a esposa devia ser
completamente dedicada ao marido; o filho, ao pai; e o
aluno, ao professor. Originalmente, esses relacionamentos
delineavam com clareza características de “superior” versus
“inferior”. No entanto, menos do que se concentrar em
“classes” diferentes da sociedade, os elementos mais importantes do pensamento confuciano promovem simplesmente
o aperfeiçoamento do indivíduo, independentemente dos
contextos históricos.
Em meio à incerteza política e social, o pensamento
confuciano preconizava que uma civilização poderia ser
8
Introdução

harmônica se governada por um sistema de métodos
padronizado e universalmente compreendido. Para tal
espírito de governo, Confúcio defendia cinco qualidades
básicas: benevolência, probidade, decoro, sabedoria e
honestidade. Entre elas, a benevolência era considerada
a pedra fundamental, englobando lealdade, piedade filial,
tolerância e bondade.
Quando Confúcio morreu, por volta de 479 a.C., suas
idéias não eram universalmente conhecidas e a noção do
pensamento confuciano como uma verdadeira filosofia não
havia criado raízes. Seus ensinamentos foram registrados
e compilados por muitas gerações de discípulos e são hoje
conhecidos como os “Quatro Livros”, textos essenciais que
formam a obra do pensamento confuciano: Os Analectos,
O grande aprendizado, A doutrina do método e O livro de
Mêncio.
As histórias da sabedoria de Confúcio que integram
este livro beneficiam todos aqueles que pela primeira vez
entram em contato com o pensamento confuciano. Elas
9
Aprendendo a viver com Confúcio

tanto representam os fundamentos filosóficos básicos da
sociedade chinesa quanto oferecem profundas (e ainda
assim sutis) lições para o aprimoramento individual.

10
CAPÍTULO UM

Sobre o autoaperfeiçoamento
Aprendendo a viver com Confúcio

N

ão imponha aos outros
o que não deseja ver
imposto a si mesmo.

14
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Este é conhecido como o Método de Ouro do pensamento confuciano. Zhong Gong, discípulo de Confúcio, perguntou certa vez o que era benevolência.
Confúcio respondeu: “Faça o seu trabalho tão diligente
e conscientemente como se fosse receber um distinto
convidado; convoque pessoas para realizar trabalho
braçal e admire-as como se estivesse assistindo a uma
cerimônia sacra; e nunca imponha aos outros o que não
deseja ver imposto a si mesmo. Assim procedendo, você
não atrairá ressentimento.”

15
Aprendendo a viver com Confúcio

U

m cavalheiro de verdade
é sempre receptivo, ao
passo que um homem mesquinho é sempre ansioso.

16
Sobre o auto-aperfeiçoamento

A imperatriz Wu Zetian (624-705 d.C.) ouviu de um
cortesão que um de seus súditos, chamado Di Renjie,
era bondoso e honesto. A imperatriz quis, ela mesma,
descobrir a verdade. Então perguntou a Di se ele gostaria
de saber quem andava falando mal dele pelas costas. Di
respondeu, calmamente: “Se fiz algo de errado, gostaria
de consertar. Mas não tenho qualquer interesse em saber
quem pode ter falado coisas desagradáveis sobre mim
com Vossa Majestade.”

17
Aprendendo a viver com Confúcio

Q

uando conhecer um
homem de virtudes,
tente ser tão virtuoso quanto
ele. Quando conhecer um
homem sem virtudes, dê
uma olhada em si mesmo
para ver se possui os mesmos
defeitos.

18
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Durante o Período Primavera e Outono (772-481 a.C.),
um homem chamado Zi foi visitar seu amigo, o príncipe Cheng. O príncipe serviu-lhe um prato feito de carne de salamandra. Zi disse: “Não creio que cavalheiros
comam salamandra.” O príncipe então perguntou: “Você
é um cavalheiro?” Zi respondeu: “O cavalheiro sempre
estuda num esforço para melhorar sua integridade moral.
Se alguém apenas prossegue sem melhoramento, sua moralidade irá se deteriorar. Esta é a raiz da maldade. Como
eu ousaria pensar que sou um cavalheiro? Meramente
tenho o desejo de me tornar um cavalheiro.”

19
Aprendendo a viver com Confúcio

O

rquídeas em lugares
remotos podem ser
lindas e cheirar muito bem,
embora ninguém as veja,
cheire ou admire.

20
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Confúcio foi apanhado num cerco feito contra os estados de Chen e Cai, e passou muitos dias sem comida.
Todos os seus discípulos estavam igualmente famintos.
Um deles, Zi Lu, perguntou: “Mestre, você realiza um
bom trabalho a cada dia. Por que ainda tem de passar por
um sofrimento desses?” Confúcio respondeu: “Quando
se tem talento mas não oportunidade, esse talento não
pode ser bem empregado. Uma vez que surja a oportunidade, existe qualquer outro empecilho?” Além disso,
explicou: “Aquele que possui talento mas a quem não se
dá oportunidade é como a orquídea nas florestas inóspitas e nos vales remotos: embora nunca pare de emanar
uma fragrância maravilhosa, ninguém
pode apreciá-la.”

21
Aprendendo a viver com Confúcio

R

iqueza e alta posição são
como nuvens efêmeras.

22
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Confúcio estava empenhado numa discussão com
seus discípulos sobre o significado da felicidade. Alguns
achavam que ser feliz significava ter uma vida próspera,
enquanto outros acreditavam que uma elevada posição
social era o significado da felicidade. Confúcio tinha uma
opinião diferente. Ele disse: “No meu ponto de vista, a
felicidade reside em comer alimento cru, beber água
fresca e dormir com a cabeça pousada no braço. Riqueza
e posição elevada não são mais que nuvens efêmeras.”

23
Aprendendo a viver com Confúcio

P

obre, mas não adulador.
Rico, mas não arrogante.

24
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Durante o Período dos Estados Antagônicos (481468 a.C.), Xinling Jun, um nobre do estado de Wei,
usufruía de elevada posição e grande riqueza, mas não
havia nada de despótico em seu comportamento. Havia
também um velho sábio chamado Hou Ying, que trabalhava como porteiro na capital de Wei. Notícias de sua
sabedoria acabaram chegando aos ouvidos de Xinling
Jun, que dirigiu ele próprio uma carruagem para se
encontrar com Hou Ying. Xinling Jun e Hou Ying mais
tarde visitaram um amigo de Hou, e Xinling Jun, mesmo sendo um nobre, esperou pacientemente enquanto
Hou Ying e seu amigo empenhavam-se na sua própria
conversa. Hou Ying ficou surpreso com a modéstia e a
sinceridade de Xinling Jun, e a partir daí serviu ao nobre
com total dedicação.

25
Aprendendo a viver com Confúcio

C

ensurar os erros alheios
não glorifica ninguém;
censurar a má conduta alheia
não garante a conduta correta
de ninguém.

26
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Durante o Período Primavera e Outono, Shusun
Wushu, um funcionário sênior do estado de Lu, visitou
outro funcionário chamado Yan Hui, que o recebeu com
a devida cortesia. Shusun Wushu era perito em descobrir
os erros alheios e em fazer observações frívolas. Yan Hui
percebeu isto e por sua vez deu este conselho a Shusun
Wushu: “Se continuar agindo assim, não terá ninguém
mais para criticar senão a si mesmo. Meu mestre Confúcio
sempre disse que censurar os erros alheios não glorifica
ninguém, e censurar a má conduta alheia não garante a
conduta correta de ninguém. Um autêntico cavalheiro
deveria comentar suas próprias falhas, e não as dos
outros.”

27
Aprendendo a viver com Confúcio

D

iga sim quando realmente sabe. Diga não
quando não sabe. Esta é a
maneira de tornar-se uma
pessoa sábia.

28
Sobre o auto-aperfeiçoamento

Um discípulo de Confúcio, Zi Lu, o visitou um dia
trajando roupas finas. Confúcio perguntou-lhe: “O que
vai fazer vestindo tão refinado traje? Quando o rio atravessa a montanha Minshan, ele é estreito e lento. Mas
no trecho em Jiangin ele é tão torrencial que os barcos
precisam ser amarrados uns aos outros para atravessá-lo.
Isto não é por causa da confluência da água nas partes
baixas? Como as pessoas ousam dar-lhe qualquer conselho quando você está trajando roupas tão vistosas?” Ao
ouvir isto, Zi Lu apressou-se até sua casa para trocar de
roupa. Confúcio disse: “Você deve se lembrar: aqueles
que se gabam são superficiais. Somente um homem
banal é presunçoso e sente desdém pelos outros. Um
cavalheiro deveria saber que pode falar apenas daquilo
que entende e fazer somente o que é capaz de fazer. É
sábio falar verdadeiramente, e é benevolente portar-se
de modo adequado. O que não se pode aprender quando
se é sábio e benevolente?”

29
Aprendendo a viver com confúcio

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Aprendendo a viver com confúcio

  • 1. capa FOTOLITO 4 - maior.qxp 18/12/2008 16:11 Page 1 SOBRE O AUTO - APERFEIÇOAMENTO Não imponha aos outros o que não deseja ver imposto a si mesmo. durante um período de grande incerteza políOs ensinamentos de Confúcio, um dos pilares tica na história da China. Seus ensinamentos da civilização chinesa, continuam tão relevantes na atualidade quanto foram há mais de dois mil manidade vêm atravessando gerações. Apren- anos. Aprendendo a viver com Confúcio reúne uma trodução a uma sabedoria milenar que nos ins- seleção desses pensamentos. É um guia indispensável para a contemplação filosófica, o aper- CONFÚCIO dendo a viver com Confúcio é uma fascinante in- SOBRE A BUSCA DO CONHECIMENTO Para ser capaz, a pessoa deve estudar; para ser intelectual, deve aprender com os outros. com sobre conduta social e moral, honestidade e hu- Aprendendo a viver Nascido por volta de 550 a.C., Confúcio viveu Aprendendo a viver SOBRE GOVERNAR com que nos deparamos na época atual. ISBN 978-85-220-0835-3 9 788522 008353 Quem é bom servidor público contrata a graça; quem não o é, contrata o ódio. SOBRE FILOSOFIA DESAFIOS DA VIDA MODERNA pira e ajuda a enfrentar os desafios angustiantes com COMO O SÁBIO CHINÊS AJUDA A ENFRENTAR OS feiçoamento individual e a conquista do sucesso. Ir longe demais é tão ruim quanto não ir longe o suficiente. CONFÚCIO
  • 2. Aprendendo a viver com Confúcio Como o sábio chinês ajuda a enfrentar os desafios da vida moderna Compilada por Kuijie Zhou Tradução de Gilson B. Soares
  • 3. Título original A Basic Confucius Copyright © 2008 by Long River Press Copyright da tradução © Agir Editora Ltda., 2008 Capa: Júlio Moreira Foto: © Keren Su/CORBIS/LatinStock Copidesque: Carla Mühlhaus Revisão: Hermínia Totti Produção editorial: Paulo Cesar Veiga CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. C759a Confúcio Aprendendo a viver com Confúcio: como o sábio chinês ajuda a enfrentar os desafios da vida moderna / compilado por Kuijie Zhou; tradução de Gilson B. Soares. — Rio de Janeiro: Agir, 2008. il. Tradução de: A basic Confucius ISBN 978-85-220-0835-3 08-3820 1. Confúcio. 2. Filosofia confucionista. I. Zhou, Kuijie. II. Título. CDD: 181.112 CDU: 1(315) Este livro foi composto em New York e Century Old Style e impresso pela RR Donnelley sobre papel Pólen Bold 90g para a Agir em outubro de 2008. Todos os direitos reservados à AGIR EDITORA LTDA. – Uma empresa Ediouro Publicações Ltda. Rua Nova Jerusalém, 345 – CEP 21042-235 – Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ Telefone (21)3882-8200 – Fax (21)3882-8212/8313 www.ediouro.com.br
  • 4. Sumário Introdução 5 CAPÍTULO UM Sobre o auto-aperfeiçoamento 11 CAPÍTULO DOIS Sobre a busca do conhecimento 31 CAPÍTULO TRÊS Sobre honestidade e credibilidade 57 CAPÍTULO QUATRO Sobre ser modesto 69 CAPÍTULO CINCO Sobre como corrigir erros 85 CAPÍTULO SEIS Sobre o dever filial 93 CAPÍTULO SETE Sobre como fazer amigos 107 CAPÍTULO OITO Sobre como se portar em sociedade 129
  • 5. CAPÍTULO NOVE Sobre governar 147 CAPÍTULO DEZ Sobre filosofia 171 CAPÍTULO ONZE Sobre a vida cotidiana 191 Notas para as ilustrações 206
  • 6. Introdução Confúcio é provavelmente o maior filósofo da história chinesa, e também um dos filósofos mais estudados na história da humanidade. Sua obra, composta por ensinamentos e interpretações, foi transmitida através de gerações, e vem orientando e influenciando quase todos os aspectos da sociedade chinesa por milhares de anos. É comprovado que os ensinamentos de Confúcio tiveram o maior impacto individual na história chinesa, mais do que qualquer outro fator social ou histórico. Confúcio nasceu por volta de 550 a.C. no estado de Lu, situado no que é hoje a província de Shandong. Como muitos chineses de sua época, Confúcio tinha aspirações políticas. A China estava dividida, tanto geográfica quanto filosoficamente. Vários estados e regiões competiam pelo controle político e social. Alianças eram feitas e depois rompidas. Guerras eram travadas. Esse período, conhe5
  • 7. Aprendendo a viver com Confúcio cido como Primavera e Outono e Estados Antagônicos (c.770-221 a.C.), deu origem a muitas escolas diferentes de pensamento filosófico e cultural, tais como os escritos daoístas de Laozi (Lao-tzu) e Zhuangzi (Xhuang-tzu), e os tratados militares de filósofos como Sunzi (Sun--tzu). O pensamento confuciano afetou cada aspecto da vida chinesa, assim como a maneira pela qual tais aspectos se ligavam a uma série de relacionamentos rigidamente estruturados. Em seus elementos básicos, esse pensamento é um guia para os valores morais e para a conduta social apropriada. Ser justo e de elevado caráter moral era responsabilidade do governante, o que por sua vez capacitaria o povo a seguir seu exemplo. Confúcio defendia a idéia de reciprocidade e governo responsável. O paradigma do pensamento confuciano é que não deveríamos fazer aos outros aquilo que nos desagrada. O que, aliás, não é diferente do conceito de carma. Com essa idéia veio a defesa do governo benevolente: se o governante ou sábio estiver simplesmente no uso do poder, o povo o seguirá; do contrário, será derrubado. 6
  • 8. Introdução Não é de surpreender, dado o ambiente social da época, que os governantes considerassem as idéias de Confúcio pouco práticas na luta pelo poder. Não há dúvidas de que Confúcio falhou em alcançar uma posição política de alguma importância. Sua vida parecia um fracasso, ainda que ele saísse em campo atraindo leais discípulos. Por 14 anos ele viajou pela China. Embora fosse recebido com algum respeito pelos governantes locais, seus pontos de vista, quando não eram inteiramente descartados, não eram levados a sério. Um governante assim equivalia, para Confúcio, a um cão perdido à procura de um lar. O confucionismo foi falsamente rotulado como uma religião. Na realidade, configurou-se como um sistema de pensamentos e ritos sociais preocupado com as necessidades da sociedade chinesa e seus relacionamentos sociais. Ao contrário do budismo e do taoísmo, o confucionismo nada tinha a ver com o papel da natureza ou com vida após a morte. Historicamente falando, o pensamento confuciano continha muitos paradoxos, e seria mais ou menos aceito de 7
  • 9. Aprendendo a viver com Confúcio acordo com as dinastias chinesas que se encontravam no poder. Os ensinamentos de Confúcio eram também considerados perigosos, e governantes temiam que o povo se rebelasse. O primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, chegou a ordenar a destruição dos textos confucianos e a execução dos eruditos da doutrina. Confúcio era contra a tirania e a opressão. Ao mesmo tempo, acreditava na superioridade inviolável da classe dirigente. Ele também prescrevia que a esposa devia ser completamente dedicada ao marido; o filho, ao pai; e o aluno, ao professor. Originalmente, esses relacionamentos delineavam com clareza características de “superior” versus “inferior”. No entanto, menos do que se concentrar em “classes” diferentes da sociedade, os elementos mais importantes do pensamento confuciano promovem simplesmente o aperfeiçoamento do indivíduo, independentemente dos contextos históricos. Em meio à incerteza política e social, o pensamento confuciano preconizava que uma civilização poderia ser 8
  • 10. Introdução harmônica se governada por um sistema de métodos padronizado e universalmente compreendido. Para tal espírito de governo, Confúcio defendia cinco qualidades básicas: benevolência, probidade, decoro, sabedoria e honestidade. Entre elas, a benevolência era considerada a pedra fundamental, englobando lealdade, piedade filial, tolerância e bondade. Quando Confúcio morreu, por volta de 479 a.C., suas idéias não eram universalmente conhecidas e a noção do pensamento confuciano como uma verdadeira filosofia não havia criado raízes. Seus ensinamentos foram registrados e compilados por muitas gerações de discípulos e são hoje conhecidos como os “Quatro Livros”, textos essenciais que formam a obra do pensamento confuciano: Os Analectos, O grande aprendizado, A doutrina do método e O livro de Mêncio. As histórias da sabedoria de Confúcio que integram este livro beneficiam todos aqueles que pela primeira vez entram em contato com o pensamento confuciano. Elas 9
  • 11. Aprendendo a viver com Confúcio tanto representam os fundamentos filosóficos básicos da sociedade chinesa quanto oferecem profundas (e ainda assim sutis) lições para o aprimoramento individual. 10
  • 12. CAPÍTULO UM Sobre o autoaperfeiçoamento
  • 13.
  • 14.
  • 15. Aprendendo a viver com Confúcio N ão imponha aos outros o que não deseja ver imposto a si mesmo. 14
  • 16. Sobre o auto-aperfeiçoamento Este é conhecido como o Método de Ouro do pensamento confuciano. Zhong Gong, discípulo de Confúcio, perguntou certa vez o que era benevolência. Confúcio respondeu: “Faça o seu trabalho tão diligente e conscientemente como se fosse receber um distinto convidado; convoque pessoas para realizar trabalho braçal e admire-as como se estivesse assistindo a uma cerimônia sacra; e nunca imponha aos outros o que não deseja ver imposto a si mesmo. Assim procedendo, você não atrairá ressentimento.” 15
  • 17. Aprendendo a viver com Confúcio U m cavalheiro de verdade é sempre receptivo, ao passo que um homem mesquinho é sempre ansioso. 16
  • 18. Sobre o auto-aperfeiçoamento A imperatriz Wu Zetian (624-705 d.C.) ouviu de um cortesão que um de seus súditos, chamado Di Renjie, era bondoso e honesto. A imperatriz quis, ela mesma, descobrir a verdade. Então perguntou a Di se ele gostaria de saber quem andava falando mal dele pelas costas. Di respondeu, calmamente: “Se fiz algo de errado, gostaria de consertar. Mas não tenho qualquer interesse em saber quem pode ter falado coisas desagradáveis sobre mim com Vossa Majestade.” 17
  • 19. Aprendendo a viver com Confúcio Q uando conhecer um homem de virtudes, tente ser tão virtuoso quanto ele. Quando conhecer um homem sem virtudes, dê uma olhada em si mesmo para ver se possui os mesmos defeitos. 18
  • 20. Sobre o auto-aperfeiçoamento Durante o Período Primavera e Outono (772-481 a.C.), um homem chamado Zi foi visitar seu amigo, o príncipe Cheng. O príncipe serviu-lhe um prato feito de carne de salamandra. Zi disse: “Não creio que cavalheiros comam salamandra.” O príncipe então perguntou: “Você é um cavalheiro?” Zi respondeu: “O cavalheiro sempre estuda num esforço para melhorar sua integridade moral. Se alguém apenas prossegue sem melhoramento, sua moralidade irá se deteriorar. Esta é a raiz da maldade. Como eu ousaria pensar que sou um cavalheiro? Meramente tenho o desejo de me tornar um cavalheiro.” 19
  • 21. Aprendendo a viver com Confúcio O rquídeas em lugares remotos podem ser lindas e cheirar muito bem, embora ninguém as veja, cheire ou admire. 20
  • 22. Sobre o auto-aperfeiçoamento Confúcio foi apanhado num cerco feito contra os estados de Chen e Cai, e passou muitos dias sem comida. Todos os seus discípulos estavam igualmente famintos. Um deles, Zi Lu, perguntou: “Mestre, você realiza um bom trabalho a cada dia. Por que ainda tem de passar por um sofrimento desses?” Confúcio respondeu: “Quando se tem talento mas não oportunidade, esse talento não pode ser bem empregado. Uma vez que surja a oportunidade, existe qualquer outro empecilho?” Além disso, explicou: “Aquele que possui talento mas a quem não se dá oportunidade é como a orquídea nas florestas inóspitas e nos vales remotos: embora nunca pare de emanar uma fragrância maravilhosa, ninguém pode apreciá-la.” 21
  • 23. Aprendendo a viver com Confúcio R iqueza e alta posição são como nuvens efêmeras. 22
  • 24. Sobre o auto-aperfeiçoamento Confúcio estava empenhado numa discussão com seus discípulos sobre o significado da felicidade. Alguns achavam que ser feliz significava ter uma vida próspera, enquanto outros acreditavam que uma elevada posição social era o significado da felicidade. Confúcio tinha uma opinião diferente. Ele disse: “No meu ponto de vista, a felicidade reside em comer alimento cru, beber água fresca e dormir com a cabeça pousada no braço. Riqueza e posição elevada não são mais que nuvens efêmeras.” 23
  • 25. Aprendendo a viver com Confúcio P obre, mas não adulador. Rico, mas não arrogante. 24
  • 26. Sobre o auto-aperfeiçoamento Durante o Período dos Estados Antagônicos (481468 a.C.), Xinling Jun, um nobre do estado de Wei, usufruía de elevada posição e grande riqueza, mas não havia nada de despótico em seu comportamento. Havia também um velho sábio chamado Hou Ying, que trabalhava como porteiro na capital de Wei. Notícias de sua sabedoria acabaram chegando aos ouvidos de Xinling Jun, que dirigiu ele próprio uma carruagem para se encontrar com Hou Ying. Xinling Jun e Hou Ying mais tarde visitaram um amigo de Hou, e Xinling Jun, mesmo sendo um nobre, esperou pacientemente enquanto Hou Ying e seu amigo empenhavam-se na sua própria conversa. Hou Ying ficou surpreso com a modéstia e a sinceridade de Xinling Jun, e a partir daí serviu ao nobre com total dedicação. 25
  • 27. Aprendendo a viver com Confúcio C ensurar os erros alheios não glorifica ninguém; censurar a má conduta alheia não garante a conduta correta de ninguém. 26
  • 28. Sobre o auto-aperfeiçoamento Durante o Período Primavera e Outono, Shusun Wushu, um funcionário sênior do estado de Lu, visitou outro funcionário chamado Yan Hui, que o recebeu com a devida cortesia. Shusun Wushu era perito em descobrir os erros alheios e em fazer observações frívolas. Yan Hui percebeu isto e por sua vez deu este conselho a Shusun Wushu: “Se continuar agindo assim, não terá ninguém mais para criticar senão a si mesmo. Meu mestre Confúcio sempre disse que censurar os erros alheios não glorifica ninguém, e censurar a má conduta alheia não garante a conduta correta de ninguém. Um autêntico cavalheiro deveria comentar suas próprias falhas, e não as dos outros.” 27
  • 29. Aprendendo a viver com Confúcio D iga sim quando realmente sabe. Diga não quando não sabe. Esta é a maneira de tornar-se uma pessoa sábia. 28
  • 30. Sobre o auto-aperfeiçoamento Um discípulo de Confúcio, Zi Lu, o visitou um dia trajando roupas finas. Confúcio perguntou-lhe: “O que vai fazer vestindo tão refinado traje? Quando o rio atravessa a montanha Minshan, ele é estreito e lento. Mas no trecho em Jiangin ele é tão torrencial que os barcos precisam ser amarrados uns aos outros para atravessá-lo. Isto não é por causa da confluência da água nas partes baixas? Como as pessoas ousam dar-lhe qualquer conselho quando você está trajando roupas tão vistosas?” Ao ouvir isto, Zi Lu apressou-se até sua casa para trocar de roupa. Confúcio disse: “Você deve se lembrar: aqueles que se gabam são superficiais. Somente um homem banal é presunçoso e sente desdém pelos outros. Um cavalheiro deveria saber que pode falar apenas daquilo que entende e fazer somente o que é capaz de fazer. É sábio falar verdadeiramente, e é benevolente portar-se de modo adequado. O que não se pode aprender quando se é sábio e benevolente?” 29