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1
Treinamento à Rede
Apostila - Ar Condicionado I
2
Treinamento à Rede
AMBIENTE E SEGURANÇA................................................................................................................... 04
Impacto ambiental das emissões de HFC R134a.................................................................................... 04
Manutenção em um sistema de ar condicionado do automóvel.............................................................. 05
Instruções de segurança.......................................................................................................................... 06
ELABORAÇÃO DE UM CICLO FRIO...................................................................................................... 07
Princípio da produção de frio: Função...................................................................................................... 07
Princípio da produção de frio: Fenômenos físicos.................................................................................... 08
Princípio da produção de frio: Efeito da pressão...................................................................................... 09
Princípio da produção de frio: Efeito da evaporação de um líquido......................................................... 09
O que é um ciclo frio: Ciclo frio teórico.................................................................................................... 10
O que é de um ciclo frio: Elementos do ciclo frio...................................................................................... 11
O que é de um ciclo frio: Pressões e temperaturas do ciclo frio............................................................. 12
O que é um ciclo frio: Pressões e temperaturas por elementos............................................................... 12
CICLO FRIO DA RENAULT..................................................................................................................... 13
Válvula de expansão termostática e garrafa desidratante ....................................................................... 14
Orifício calibrado e acumulador................................................................................................................ 14
Elementos comuns aos dois ciclos frios: compressor............................................................................... 15
Elementos comuns aos dois ciclos frios: embreagem do compressor..................................................... 18
Elementos comuns aos dois ciclos frios: condensador............................................................................. 19
Elementos comuns aos dois ciclos frios: moto ventiladores..................................................................... 19
Elementos comuns aos dois ciclos frios: evaporadores........................................................................... 20
Elementos comuns aos dois ciclos frios: elementos de segurança do ciclo frio....................................... 20
Elementos comuns aos dois ciclos frios: ligações intercomponentes do ciclo frio.................................... 21
Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com orifício calibrado................................................ 23
Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com válvula de expansão termostática e garrafa
desidratante.............................................................................................................................................. 24
MANUTENÇÃO DO CICLO FRIO............................................................................................................ 26
Verificando a eficácia de um sistema de ar condicionado........................................................................ 26
Verificação das seleções do bloco de comandos..................................................................................... 27
Limpeza do filtro do habitáculo................................................................................................................. 28
Tensão da bateria..................................................................................................................................... 29
AR CONDICIONADO | ÍNDICE
3
Treinamento à Rede
Teste de desempenho.............................................................................................................................. 30
Identificação do sistema........................................................................................................................... 31
Diagnóstico pelo método tátil.................................................................................................................... 31
Teste das fugas do ciclo frio..................................................................................................................... 34
Técnicas de procura dos vazamentos...................................................................................................... 37
Operações de manutenção...................................................................................................................... 38
Estação de carga...................................................................................................................................... 38
Estação de carga: Remoção do fluído...................................................................................................... 41
Estação de carga: Esvaziamento no vácuo.............................................................................................. 43
Estação de carga: Enchimento................................................................................................................. 44
NT6001A.................................................................................................................................................. 46
Evaporador – limpeza............................................................................................................................... 46
Peças e ingredientes para reparação........................................................................................................46
CADERNO DE ATIVIDADES....................................................................................................................47
GLOSSÁRIO.............................................................................................................................................57
AR CONDICIONADO | ÍNDICE
4
Treinamento à Rede
AMBIENTE E SEGURANÇA
Impacto ambiental das emissões de HFC R134a
Um veículo emite em média 30 toneladas de CO2 durante a sua vida útil e quando 700
gramas de HFC (R134a) são libertados para a atmosfera, isto equivale a 1 tonelada de CO2, ou seja, um
efeito no ambiente 1300 vezes superior ao do CO2 .
O CO2 , ainda que se trate de um gás com efeito de estufa, é muito menos potente que
os HFC, sendo assim, existe perspectiva de crescimento da quantidade de automóvel que acarretará
uma consequência: o aumento significativo do número de veículos com ar condicionado.
Como cada vez mais veículos serão equipados com sistema de ar condicionado, e os
sistemas de ar condicionado terão o HFC, isso demonstram que o risco de aumentar o efeito de estufa
natural é muito grande.
Estas emissões excessivas de gases poluentes, induzidas pelo ar condicionado
montado no automóvel, contribuem gravemente para o aquecimento global, sendo assim existe essa
constatação alarmista que deve conscientizar as pessoas para as consequências no ambiente de
qualquer tipo de emissão de HFC.
Para limitar ao máximo as possibilidades de emissão de fluidos refrigerantes para a
atmosfera, devemos respeitar rigorosamente os procedimentos descritos na documentação técnica
porque só assim faremos nossa parte para evitar a degradação do meio em que vivemos (Figura 1).
Figura 1
AR CONDICIONADO
5
Treinamento à Rede
Intervir num sistema de ar condicionado do automóvel
Uma manutenção no circuito de ar condicionado implica em respeitar as regras abaixo e
com isso evitaremos danos à natureza (Figura 2):
 Ser qualificado para intervir num circuito de ar condicionado;
 Ser qualificado para utilizar e efetuar a manutenção da estação de carga;
 Ser informado sobre as condições de utilização e de armazenamento do fluido refrigerante;
 Nunca libertar fluido refrigerante para a atmosfera;
 Nunca abrir um circuito cuja pressão seja maior que 0 bar;
 Respeitar os procedimentos de recuperação e reciclagem do fluido refrigerante;
 Efetuar sempre uma pesquisa de fugas após cada manutenção no ciclo frio.
Figura 2
AR CONDICIONADO
6
Treinamento à Rede
Instruções de segurança
É muito importante seguir as instruções de segurança (Figura 3) quando se efetua uma
intervenção no circuito do ar condicionado.
Figura 3
As instruções de segurança são as seguintes:
 Usar luvas;
 Usar óculos de proteção;
 Trabalhar num local ventilado;
 Não realizar operações de solda e nem expor o sistema a aquecimento maior que 100º C;
 Não fumar;
 Não deixar o circuito aberto pois há a possibilidade de substituição da garrafa desidratante.
AR CONDICIONADO
NOTA
Antes de qualquer operação consulte a documentação técnica e respeite as instruções de segurança.
7
Treinamento à Rede
ELABORAÇÃO DE UM CICLO FRIO
Princípio da produção de frio: Função
Num veículo, a função do ar condicionado é assegurar o conforto dos ocupantes
(Figura 4).
Figura 4
O conforto depende sobretudo dos seguintes parâmetros:
 nível sonoro;
 Ausência de cheiro;
 Temperatura;
 grau de umidade;
 velocidade de circulação do ar no habitáculo.
Com tempo frio, o ar condicionado baixa o nível de umidade do ar no habitáculo e
contribui para o desembaçamento dos vidros e com tempo quente, o ar condicionado esfria o ar do
habitáculo.
AR CONDICIONADO
8
Treinamento à Rede
Princípio da produção de frio: Fenômenos físicos
A matéria apresenta-se em três estados: sólido, líquido e gasoso.
A produção de frio explora dois fenómenos físicos que participam nas mudanças
de estado da matéria:
 A passagem do estado líquido ao estado gasoso (Figura 5) é chamada de evaporação;
(Figura 5)
 O retorno do estado gasoso ao estado líquido (Figura 6) é chamada de condensação.
(Figura 6)
AR CONDICIONADO
9
Treinamento à Rede
Princípio da produção de frio: Efeito da pressão
A expansão rápida de um fluido sob pressão produz frio e quanto maior é a diferença de
pressão, maior será a produção de frio.
Por exemplo, quando o gatilho de um extintor é apertado, o gás carbônico mantido sob
pressão é libertado. A pressão passa bruscamente de 50 para 1 bar.
Esta queda de pressão rápida dá origem a uma névoa de gás carbônico e produz frio
(Figura 7).
Figura 7
Princípio da produção de frio: Efeito da evaporação de um líquido
Quanto mais rápida é a evaporação, maior é a sensação de frio e a evaporação de um
fluido absorve calor. Se molharmos alternadamente a mão com água, gasolina e éter (Figura 8), o éter
evapora-se mais rapidamente e provoca a sensação de frio mais acentuada.
Figura 8
Sendo assim, o circuito de ar condicionado deve utilizar um fluído bem volátil.
AR CONDICIONADO
10
Treinamento à Rede
Realização de um ciclo frio: Ciclo frio teórico
O fenômeno da expansão num ciclo frio é obtido através de um reservatório de fluido
sob pressão (Figura 9), cuja saída está equipada com uma restrição. Quanto maior é a expansão do
fluído, maior será a produção de frio.
Uma mistura líquido-gás passa por um evaporador (Figura 10) para absorver o calor do
meio ambiente (como exemplo o habitáculo do veículo) e então é produzido um gás à saída do
evaporador que deve ser recuperado e reintroduzido na circulação para completar o ciclo frio.
Esse gás entra no compressor e em seguida passa para o estado liquido no
condensador antes de voltar ao reservatório (Figura 11).
Figura 9
Figura 10
Figura 11
AR CONDICIONADO
11
Treinamento à Rede
Criação de um ciclo frio: Elementos do ciclo frio
Os principais elementos do ciclo frio no veículo (Figura 12) são os seguintes:
 um compressor (1);
 um condensador (2);
 um reservatório (3);
 Uma válvula de expansão termostática ou um orifício calibrado (4);
 um evaporador (5).
Figura 12
AR CONDICIONADO
12
Treinamento à Rede
Realização de um ciclo frio: Pressões e temperaturas do ciclo frio
O conhecimento das temperaturas e das pressões na entrada e na saída dos elementos
do ciclo frio (Figura 13) é útil para a pesquisa de um mau funcionamento, portanto na zona de alta
pressão teremos uma temperatura “muito quente” e “quente” nos tubos e nas zonas de baixa pressão
teremos os tubos com temperatura “muito frio” e “frio”.
Figura 13
Criação de um ciclo frio: Pressões e temperaturas por elementos
AR CONDICIONADO
ELEMENTO
ESTADO DO
FLUÍDO
PRESSÃO TEMPERATURA
Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída
Compressor gasoso gasoso Baixa Alta Frio
Muito
quente
Condensador gasoso
liquido/
gasoso
Alta Alta
Muito
quente
Quente
Garrafa
desidratante
liquido/
gasoso
liquido Alta Alta Quente Quente
Acumulador gasoso gasoso Baixa Baixa Frio Frio
Válvula de
expansão
termostática
liquido
gasoso/
liquido
Alta Baixa Quente
Muito
frio
Orifício calibrado liquido
gasoso/
liquido
Alta Baixa Quente
Muito
frio
Evaporador
gasoso/
liquido
gasoso Baixa Baixa
Muito
frio
Frio
13
Treinamento à Rede
CICLO FRIO DA RENAULT
Na RENAULT, há dois tipos de ciclos frios para efetuar a função de ar condicionado
(Figura 14).
Figura 14
Seja qual for o tipo de ciclo frio, os elementos e respectivas funções são idênticos:
 A compressão e a circulação do fluído é assegurada pelo compressor (1);
 A condensação acontece no condensador (2)
 A expansão é assegurada por uma válvula de expansão termostática (4a) ou um orifício calibrado
(4b);
 A evaporação acontece no evaporador (5);
 A filtragem e a reserva de fluido são asseguradas pela garrafa desidratante (3a) ou pelo acumulador
3b)
AR CONDICIONADO
14
Treinamento à Rede
Orifício calibrado e acumulador
Na configuração do primeiro tipo de ciclo frio (Figura 15), temos um orifício calibrado (1)
que está situado entre a saída do condensador e a entrada do evaporador. O acumulador (2) está
montado no circuito de baixa pressão, entre a saída do evaporador e a entrada do compressor.
Figura 15
Expansor termostático e garrafa desidratante
No segundo tipo de ciclo frio (Figura 16), temos o expansor que é do tipo termostático
(1) e controla a expansão em função da evaporação e a garrafa desidratante (2) está montada em série
no circuito de alta pressão, entre o condensador e o expansor termostático.
Figura 16
AR CONDICIONADO
15
Treinamento à Rede
Elementos comuns aos dois ciclos frios: compressor
O compressor (Figura 17) é o elemento motriz do circuito sendo que é acionado por
uma correia de acessórios.
Figura 17
As funções do compressor são as seguintes:
1. O compressor aspira o fluído refrigerante;
2. O compressor envia o fluído refrigerante para o condensador;
3. O compressor eleva a pressão;
4. O compressor assegura a circulação do fluido no circuito.
AR CONDICIONADO
NOTA
Certas zonas dos tubos podem estar muito quente e existe risco de queimaduras.
16
Treinamento à Rede
Compressor de cilindrada fixa
O compressor de cilindrada fixa (Figura 18) comprime um volume constante de fluído
em cada rotação. O compressor de cilindrada fixa é composto por um veio (1), um excêntrico (2), um
prato oscilante (3) e êmbolos (4).
Figura 18
A regulação de frio é obtida alternando o funcionamento da embreagem
eletromagnética.
O veio (eixo) do compressor faz girar o excêntrico e esse transmite o seu movimento ao
prato oscilante e a cada rotação do prato, os êmbolos movem-se numa amplitude fixa permitindo que o
fluido seja aspirado e depois empurrado.
Um conjunto de válvulas assegura a entrada e a saída sincronizada do fluido permitindo
que este fique sob pressão.
AR CONDICIONADO
17
Treinamento à Rede
Compressor de cilindrada variável
O compressor de cilindrada variável (Figura 19) corrige permanentemente o volume de
fluído comprimido. O compressor de cilindrada variável é composto por um veio (1), um prato oscilante
(3) acionado por uma alavanca (2) e êmbolos (4).
Figura 19
A modificação da cilindrada resulta da variação do ângulo do prato oscilante, o que faz
aumentar ou diminuir o curso dos êmbolos.
Quando o pedido de frio é máximo, o prato oscilante descreve seu ângulo máximo e o
volume máximo de fluído é comprimido.
Quando o pedido de frio é mínimo, o prato oscilante descreve seu ângulo mínimo e um
volume mínimo de fluído é comprimido.
AR CONDICIONADO
18
Treinamento à Rede
Lubrificação do compressor
A lubrificação do compressor é assegurada por um óleo específico ao fluido refrigerante
e ao tipo de compressor.
As funções asseguradas pelo óleo (Figura 20), são:
 lubrificação das peças móveis;
 participação no arrefecimento do compressor;
 participação na filtragem;
 reforço da vedação.
Figura 20
As especificações dos óleos utilizados para cada tipo de compressor encontram-se na
documentação técnica.
Elementos comuns aos dois ciclos frios: embreagem do compressor
O compressor não deve estar acionado constantemente, então para controlar esse
acionamento existe uma embreagem eletromagnética montada na polia do compressor.
A embreagem eletromagnética (figura 21) é constituída pelos seguintes elementos:
 uma polia livre (1);
 um eixo (2);
 um prato móvel (3);
 um eletro íman (4);
Figura 21
O eletro ímã, quando comandado eletricamente, empurra o prato da embreagem para a
polia livre e então, a polia livre torna-se solidária com o eixo do compressor acionando todos os
elementos internos do compressor.
AR CONDICIONADO
19
Treinamento à Rede
Elementos comuns aos dois ciclos frios: condensador
A função do condensador (Figura 22) é dissipar o calor acumulado durante a
compressão do fluído.
O condensador está situado depois do compressor e perto do radiador e é constituído
por vários canais paralelos onde o fluido é arrefecido e condensado.
Figura 22
Elementos comuns aos dois ciclos frios: moto ventiladores
Um ou dois moto ventiladores (Figura 23) ligados ao condensador facilitam a
condensação.
O ventilador de sopro está colocado à frente do condensador enquanto que o ventilador
de aspiração está colocado por trás do condensador e estes normalmente têm duas velocidades.
Figura 23
AR CONDICIONADO
20
Treinamento à Rede
Elementos comuns aos dois ciclos frios: evaporadores
O evaporador (Figura 24) está situado depois do expansor e está integrado no circuito
de ar do habitáculo.
O evaporador assegura a evaporação do fluido libertado pelo expansor. Um ventilador
faz circular o ar através do evaporador e quando o fluído evapora-se dentro do evaporador, absorve as
calorias desse ar que circula pelo habitáculo. Quando esse ar está frio, a umidade contida nele
condensa-se nas paredes do evaporador.
Figura 24
Elementos comuns aos dois ciclos frios: elementos de segurança do ciclo frio
Sensor de pressão: O sensor de pressão do fluido refrigerante (Figura 25) está
instalado no circuito de alta pressão e sua função é informar permanentemente o calculador a pressão
do circuito.
Figura 25
AR CONDICIONADO
21
Treinamento à Rede
Sonda do evaporador: A sonda do evaporador (Figura 26) está situada nas aletas, no
ponto mais frio do evaporador. A função é medir a temperatura do ar que passa através do evaporador
para que este não congele.
O evaporador de todos os veículos equipados com compressor de cilindrada fixa, e de
alguns veículos com compressores de cilindrada variável, tem uma sonda.
Figura 26
Elementos comuns aos dois ciclos frios: ligações intercomponentes do ciclo frio
Tubos: Os tubos (Figura 27) ligam os diferentes componentes e facilitam a passagem
do fluido.
O ciclo frio dispõe de tubos rígidos de alumínio ou de aço e de tubos flexíveis de
borracha. Os tubos do circuito gasoso, ou de alta pressão, são de diâmetro grande enquanto que o
diâmetro dos tubos do circuito líquido, ou de baixa pressão, é pequeno.
Figura 27
AR CONDICIONADO
22
Treinamento à Rede
Adaptadores: Os adaptadores com extremidades fixas (Figuras 28) e os adaptadores
com flange (Figura 29) garantem a estanqueidade e permitem que o circuito resista à pressão.
Figuras 28 Figuras 29
Os adaptadores possuem anéis específicos para fazer uma correta vedação (Figura 30).
Figura 30
AR CONDICIONADO
NOTA
Os anéis de vedação devem ser substituídos sempre que forem removidos e devem ser lubrificados com óleo de
compressor do sistema de ar condicionado.
23
Treinamento à Rede
Válvulas: O ciclo frio pode ter uma ou duas válvulas de enchimento (Figura 31) de
diferentes diâmetros.
As válvulas de enchimento permitem ligar a estação de carga e asseguram a abertura
do circuito.
Figura 31
Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com orifício calibrado
Expansor com orifício calibrado : O orifício calibrado (Figura 32) possui:
 um filtro de entrada (1);
 um tubo calibrado (2);
 um filtro de saída (3).
Figura 32
O fluido refrigerante atravessa o filtro de entrada, vaporiza-se parcialmente dentro do
tubo calibrado e sai pelo filtro de saída.
AR CONDICIONADO
24
Treinamento à Rede
Acumulador: O acumulador (Figura 33) está situado a montante (antes) do
compressor, no circuito de baixa pressão.
Figura 33
Quando entra no acumulador (1), o fluido é composto por óleo e por uma mistura
gás/liquido de fluido refrigerante. Sob a ação da gravidade, os líquidos (2) separam-se do gás (3) e
nesse momento o óleo e o fluido refrigerante são injetados (4) no circuito através de um tubo específico.
O acumulador filtra também as impurezas, retira a umidade do fluido e serve como um
reservatório.
Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com expansor
Expansor termostático: O expansor termostático (Figura 34) é atravessado
simultaneamente pelo circuito de entrada (1) e pelo circuito de saída do evaporador (2).
Figura 34
O expansor termostático corrige constantemente a quantidade de fluido expandido em
função da temperatura na saída do evaporador (2), ou seja, quando a temperatura na saída do
evaporador (2) é elevada, o fluido contido na cápsula termostática (1) dilata-se empurrando a esfera (4)
que abre completamente o circuito de entrada no evaporador (3) produzindo o máximo de frio e
diminuindo mais a temperatura no evaporador.
Quando a temperatura na saída do evaporador (2) for muito baixa, o fluido contido na
cápsula termostática (1) contrai-se fazendo com que a esfera impeça a passagem do fluido (3) fazendo
diminuir a produção de frio.
AR CONDICIONADO
25
Treinamento à Rede
Garrafa desidratante: A garrafa desidratante (Figura 35) está instalada entre o
condensador e o expansor termostático.
A garrafa filtra, retira a umidade do fluído e serve de reservatório para o fluido
refrigerante. O fluido na entrada (1) da garrafa é composto por fluido liquido/gás (2) e óleo (3). Quando o
fluido entra na garrafa, por ação da gravidade, haverá a mistura de óleo/fluido refrigerante que é filtrada,
retirada a umidade e, depois, injetada no circuito (4) novamente.
Figura 35
AR CONDICIONADO
26
Treinamento à Rede
MANUTENÇÃO DO CICLO FRIO
Verificando a eficácia de um sistema de ar condicionado
A verificação da eficácia do sistema de ar condicionado inclui cinco etapas:
1. Funcionamento do bloco de comandos;
2. Limpeza do filtro do habitáculo;
3. Tensão da bateria;
4. Verificação da eficácia (Figura 36);
5. Identificação do sistema.
Figura 36
AR CONDICIONADO
27
Treinamento à Rede
Verificação das seleções do bloco de comandos
Os comandos de repartição, distribuição e reciclagem asseguram a abertura e o
fechamento das borboletas que gerem a entrada do ar no veículo. Cada comando do bloco (Figura 37)
deve produzir o efeito esperado.
Figura 37
 Velocidade de ventilação do habitáculo: todas as velocidades devem estar operacionais;
 Reciclagem de ar: o comando atua numa borboleta que controla e entrada de ar externo para dentro
do habitáculo;
 Repartição do ar no habitáculo: a repartição do fluxo de ar deve variar conforme as posições
escolhidas;
 Distribuição da temperatura do ar: com o motor quente, o comando dever fazer variar a temperatura
do ar ventilado;
 Comando AC e luz de funcionamento: o comando deve acender a luz de funcionamento.
AR CONDICIONADO
NOTA
Em alguns veículos é necessário ativar pelo menos uma velocidade de ventilação para que o
comando AC acenda.
28
Treinamento à Rede
Limpeza do filtro do habitáculo
O entupimento do filtro provoca uma diminuição da eficácia do circuito do ar
condicionado.
Há dois tipos de filtros:
 O primeiro tipo é um filtro de partículas (Figura 38) que retém cerca de 90% da poeira e do pólen que,
habitualmente entram no habitáculo. Esse filtro é constituído por um suporte fibroso com um efeito
eletrostático que atua como um ímã relativamente à poeira e ao pólen.
Figura 38
 O segundo tipo é um filtro de partículas e odores (Figura 39). Este filtro contém carvão ativo que
absorve os odores dos gases de escape e dos resíduos de combustão.
Figura 39
AR CONDICIONADO
NOTA
Consultar o manual de manutenção do veículo para conhecer a periodicidade de troca desse filtro.
29
Treinamento à Rede
Tensão da bateria
A verificação da tensão consiste em realizar uma verificação completa da bateria
(Figura 40) conforme o método descrito na documentação técnica correspondente ao veículo.
As etapas de uma verificação completa da bateria são as seguintes:
1. verificação visual;
2. verificação da carga;
3. teste da bateria com o equipamento de teste (Figura 41).
Figura 40
Figura 41
AR CONDICIONADO
30
Treinamento à Rede
Teste de desempenho
A verificação da eficácia consiste em medir a temperatura do ar na saída do difusor,
pelo método descrito na documentação técnica correspondente ao veículo. Esta medida efetua-se
utilizando um termômetro (Figura 42) digital.
Figura 42
Na maioria dos sistemas, a temperatura medida na saída do difusor deve ser
aproximadamente 10ºC menor que a temperatura exterior.
Incidência da taxa de umidade na medição: A medição da eficácia do sistema de ar
condicionado pode ser afetada por uma temperatura exterior e uma taxa de umidade do ar muito alta,
então nestas condições, a temperatura medida na saída do arejador pode ser superior à norma sem que
a eficácia do sistema seja afetada.
AR CONDICIONADO
NOTA
Quanto mais elevada for a taxa de umidade, a temperatura medida na saída do difusor de ar
também será elevada.
31
Treinamento à Rede
Identificação do sistema
A identificação do sistema valida a verificação do desempenho através de uma
verificação de conformidade. Essa identificação do sistema de ar condicionado somada a verificação dos
“Estados e Parâmetros” são efetuadas com o aparelho de diagnóstico (Figura 43).
Figura 43
Diagnóstico pelo método táctil
O diagnóstico pelo método táctil é uma forma rápida de verificar um mau funcionamento
no ciclo frio e de orientar num diagnóstico. Geralmente esse teste é feito quando, no teste de
desempenho do sistema de ar condicionado, este não atingiu eficiência esperada.
O método aplica-se sempre que um diagnóstico tiver de ser efetuado e consiste em
comparar com o tato, um estado de temperatura (perceptível em diferentes pontos do circuito) com um
estado de temperatura normal de funcionamento (Figura 44). O estado de temperatura é verificado a
montante (antes) e a jusante (depois) de cada elemento do ciclo frio .
Figura 44
AR CONDICIONADO
32
Treinamento à Rede
Condições da verificação dos estados de temperatura: Antes de verificar o ciclo frio através do
método táctil, o sistema de ar condicionado deve ser colocado nas condições de teste de desempenho
(condições descritas na documentação técnica correspondente ao veículo).
Orientação do diagnóstico pelo método táctil: São três as etapas para determinar os estados de
temperatura ideais na tubulação e orientar corretamente o diagnóstico:
Etapa 1. Verificação
Consultando os estados de temperatura normais, verificar se a temperatura varia,
utilizando o seguinte método:
1. Verificar, tocando com a mão, o estado da temperatura na entrada e na saída do expansor;
2. Verificar o estado da temperatura dos outros elementos da zona de baixa pressão.
AR CONDICIONADO
NOTA
Se os estados de temperatura na zona de baixa estiverem em conformidade, é inútil prosseguir as
verificações da zona de alta pressão.
33
Treinamento à Rede
Etapa 2. Orientação do diagnóstico
Em função da anomalia observada ao nível do expansor, o diagnóstico pode ser
orientado da seguinte forma:
 O estado da temperatura é anormal “na entrada” e “na saída” do expansor:
Verificar os estados de temperatura a montante (antes) do expansor até aos elementos cujo estado de
temperatura está em ordem.
 O estado da temperatura é normal “na entrada” e anormal “na saída” do expansor:
Verificar os estados de temperatura a jusante (depois) do expansor até aos elementos cujo estado de
temperatura está em ordem.
 Os estados de temperatura são normais “na entrada” e “na saída” do expansor.
AR CONDICIONADO
NOTA
Um estado de temperatura anormal pode influenciar o estado de temperatura dos restantes dos
elementos do circuito.
Se os estados de temperatura não forem coerentes, isso significa
que o problema se situa na zona de alta pressão.
Se os estados de temperatura forem coerentes, substituir o expansor.
Se os estados de temperatura forem coerentes, verificar a carga de
fluido criogênico.
34
Treinamento à Rede
Etapa 3. Elaboração do diagnóstico
É através de um raciocínio lógico, baseado no princípio de funcionamento de cada
elemento do sistema de ar condicionado que é possível orientar corretamente o diagnóstico pelo método
táctil.
Teste das fugas do ciclo frio
Uma fuga no ciclo frio também pode afetar a eficácia do circuito do ar condicionado e
essas fugas são detectadas por intermédio de dois tipos de detectores:
detector eletrônico (Figura 43) e detector por traçador (Figura 44).
Figura 43 Figura 44
O detector eletrônico emite um sinal sonoro quando detecta a presença do fluido
criogênico e deve ser utilizado em primeiro lugar. Se não for possível encontrar vazamentos com o
detector eletrônico, deve-se usar o detector por traçador reativo fluorescente (corante).
O detector por traçador reativo fluorescente é um líquido fluorescente que é colocado
dentro do circuito de ar condicionado. Esse mistura-se ao lubrificante que circula junto com o fluído
refrigerante e quando é iluminado por uma lâmpada especial, brilha indicando o local do vazamento.
AR CONDICIONADO
NOTA
O detector eletrônico só detecta vazamentos pequenos e deve ser usado em primeiro lugar.
35
Treinamento à Rede
Determinar a origem das fugas com o detector eletrônico: O detector eletrônico é um instrumento de
medida especialmente feito para detectar vazamentos de diferentes gases e, de acordo com os
modelos, o detector eletrônico dá indicação sobre a concentração de gás, emitindo um sinal sonoro com
frequência variável completado, de acordo com o modelo, por um sinal visual.
Algumas recomendações destinadas à utilização de um detector eletrônico:
 Assegurar a compatibilidade da sonda de medida com o tipo de fluido refrigerante procurado;
 A sonda de medida é um elemento muito sensível e deve ser mantida protegida da poeira, da
umidade e elementos como óleo lubrificante;
 A sonda de medida não deve ser utilizada sem a respectiva extremidade de proteção;
 Quando o elemento sensitivo da sonda é contaminado, deve ser limpo ou substituído conforme os
modelos;
 A sonda de medida tem uma vida útil limitada;
 O estado das pilhas de alimentação é geralmente mostrado por um LED.
Determinar a origem das fugas com o detector por traçador: A procura com esse equipamento só é
é válida se o sistema de ar condicionado estiver funcionando. Este procedimento de detecção de
vazamentos deve ser utilizado em último caso para as “fugas desconhecidas” e não detectadas pelo
detector eletrônico.
A presença de corante no fluido refrigerante verifica-se com uma lâmpada de raios
ultravioleta respeitando rigorosamente o procedimento descrito na documentação técnica.
Algumas recomendações destinadas à utilização de um detector por traçador:
 Não é necessário introduzir corante no circuito de ar condicionado se existir traços fluorescentes, ou
seja, se existe evidência que ele já foi usado;
 Deve-se seguir rigorosamente a recomendação do fabricante com relação à quantidade de corante
aplicado;
 Deve-se manusear o produto utilizando as recomendações de segurança e proteção.
AR CONDICIONADO
36
Treinamento à Rede
Técnicas de procura das fugas com detector eletrônico
Duas etapas são usadas para determinar corretamente a origem das fugas:
1ª Etapa: Inicialização do aparelho
A inicialização (calibração) do aparelho permite regular o limite da medição no meio
ambiente. Para calibrar o detector eletrônico, consultar as indicações do Manual do aparelho e os
procedimentos da documentação técnica.
A presença de gás é assinalada apenas em caso de excesso de concentração,
comparada com o meio ambiente que serviu para se fazer a inicialização.
Quanto menos o meio ambiente for contaminado, maior é a sensibilidade do aparelho,
ou seja, a inicialização do aparelho permite reduzir os erros de leitura devido a presença de gases
poluentes no compartimento do motor.
2ª Etapa: Procura das fugas
A pesquisa das fugas consiste em seguir (o mais perto possível) a trajetória do circuito
com a sonda (Figura 45). O detector reage às variações da concentração de fluido refrigerante e quanto
maior for a concentração de gás, mais elevada é a frequência do sinal do detector.
Figura 45
Para corrigir a pesquisa de fugas, calibrar novamente o aparelho na contaminação
ambiente. Seguindo a trajetória, prosseguir com a detecção de uma concentração mais elevada,
observando o sinal e respectiva frequência.
Repetir a operação tantas vezes quantas forem necessárias até que a origem dos
vazamentos seja localizada e se existirem vários vazamentos, encontrar os pequenos vazamentos só
será possível, reparando primeiro os vazamentos maiores.
AR CONDICIONADO
37
Treinamento à Rede
Técnicas de procura das fugas com detector por traçador
Duas etapas são usadas para determinar corretamente a origem das fugas:
1ª Etapa: Introduzir o corante no circuito
Para introduzir o corante no circuito, consultar o procedimento da documentação técnica
ou o procedimento descrito pelo fabricante do aparelho. A injeção do corante deve ser efetuada apenas
com o material e quantidade especificada (Figura 46).
Figura 46
2ª Etapa: Iluminar o circuito com uma lâmpada de raios ultravioletas
A detecção dos vazamentos é efetuada iluminando o circuito com a lâmpada de raios
ultravioletas (Figura 47) e o resultado só se manifesta depois de algumas horas.
Figura 47
As fugas no evaporador são detectadas pelo tubo de drenagem.
AR CONDICIONADO
NOTA
Após a utilização do corante, colar uma etiqueta de aviso perto das válvulas de enchimento.
38
Treinamento à Rede
Operações de manutenção
É recomendado que efetue algumas operações de manutenção no sistema de ar
condicionado e para isso é necessário consultar as recomendações escritas na documentação técnica e
manual de revisão correspondente ao veículo para conhecer a frequência com que devem ser efetuadas
essas manutenções.
Regra geral, a frequência das operações de manutenção é a seguinte:
Periodicamente, anual ou em todas as revisões:
 Verificar a limpeza do condensador e do radiador;
 Verificar a circulação correta do ar através das aletas;
 Verificar se o dispositivo de insuflação do ar frio não está obstruído;
 Verificar a evacuação correta da água de condensação.
Cada quatro anos:
 Verificar a carga do fluido criogênico.
Estação de carga
A estação de carga (Figura 48) é utilizada numa manutenção preventiva ou antes da
abertura do circuito e ela permite efetuar as seguintes operações:
1. Recuperar o óleo e o fluido criogênico visto que, o lançamento de fluído no meio ambiente é proibido;
2. Aplicar vácuo no circuito para: eliminar o máximo de umidade e de impurezas, verificar a
estanqueidade e preparar o circuito para a carga de fluído;
3. Carregar o circuito de óleo e de fluido refrigerante.
Figura 48
AR CONDICIONADO
39
Treinamento à Rede
Instruções de utilização
A estação de carga é um instrumento de medida equipado com uma balança eletrônica
precisa e sensível portanto, a estação de carga deve ser utilizada cuidadosamente (principalmente
durante seu deslocamento pela oficina) e a sua manutenção deve ser efetuada regularmente.
Antes de ligar uma estação de carga ao sistema de ar condicionado, é necessário
efetuar as seguintes operações:
 Verificar a quantidade de fluido refrigerante armazenado no reservatório (não ultrapassar 80 % da
capacidade do reservatório);
 Colocar uma quantidade de óleo novo suficiente para cada operação no frasco de reposição;
 Esvaziar ou repor a quantidade de óleo usado existente no frasco de esvaziamento;
 Verificar a ligação correta dos dois frascos na estação;
 Verificar se existe mensagem de erro ou de manutenção na tela do bloco de comandos da máquina;
 Verificar a estanqueidade dos adaptadores externos (aperto dos tubos na estação e nos adaptadores
de engate rápido);
 Garantir a estabilidade da estação durante as fases de trabalho (superfície plana e sem vibrações);
 Garantir a ventilação correta do local.
Ligação da estação de carga ao sistema de ar condicionado
A ligação da estação de carga varia consoante o número de válvulas de enchimento,
porque no ciclo frio equipado com uma única válvula (Figura 49), apenas o tubo de alta pressão da
estação pode ser ligado e todas as operações serão feitas através dessa válvulas.
Figura 49
AR CONDICIONADO
40
Treinamento à Rede
Abaixo segue algumas instruções para se fazer a ligação dos adaptadores:
Verificar a ausência de pressão nos tubos de ligação: Os tubos que tiverem pressão
indicam que há algum fluido refrigerante no circuito da estação de carga. Como esta quantidade de
fluido pode atrapalhar na medida de fluido recuperado, é recomendado esvaziar os tubos antes de fazer
as ligações. Esse esvaziamento consiste em recuperar para máquina e não jogar na atmosfera.
Verificar se os adaptadores dos engates rápidos estão fechados: O adaptador de
engate rápido (Figura 50) deve estar na posição fechada para ser ligado à válvula de enchimento.
Ele não pode ficar na posição aberta porque pode permitir a entrada da umidade do ar
no tubo e é recomendado entre cada utilização, manter sempre o adaptador na posição fechada.
Figura 50
Ligar os adaptadores de engates rápido: Diferentemente dos adaptadores que
equipam a estação de carga R12, a ligação dos adaptadores de engates rápidos R134a não abre
sistematicamente o circuito. A ligação e a abertura do circuito são duas operações distintas.
Abrir as torneiras: Entre o adaptador de engate rápido e a estação de carga, cada
circuito (alta pressão e baixa pressão) está fechado por duas torneiras: uma delas montada no próprio
adaptador de engate rápido e a outra no bloco de comandos da estação de carga. A função essencial da
torneira do lado da estação é isolar o circuito da estação para efetuar uma leitura da pressão no veículo.
AR CONDICIONADO
41
Treinamento à Rede
Estação de carga: Recuperação do fluído criogênico
Qualquer que seja a condição do motor e do sistema de ar condicionado, o objetivo é
recuperar totalmente o fluido refrigerante (Figura 51) existente no circuito antes de aplicar o vácuo ou da
abrir o circuito.
Figura 51
Diferentes procedimentos de recuperação
Situação A - O motor e o ar condicionado funcionam:
Nesta situação, colocar o motor e o sistema de ar condicionada em funcionamento para
que eles fiquem em temperatura normal de funcionamento, assim o fluido se movimentará e também
estará dilatado ao máximo.
É a condição ideal para efetuar uma recuperação rápida e completa do fluido
refrigerante e a duração desse procedimento será a mais curta.
Situação B - O motor funciona, mas não o ar condicionado:
Nesta situação, ligar o motor e deixar que ele fique na temperatura normal de
funcionamento. Ligar o ventilador para que o ar atinja o evaporador (parte mais fria do circuito de ar
condicionado). A troca de calor entre o condensador e o radiador do motor facilitam a expansão do fluido
e permitem a recuperação do fluido.
A troca de calor em diferentes locais do ciclo frio ajuda e permite a dilatação e
recuperação do fluido e duração da recuperação será mais longa que na situação A.
AR CONDICIONADO
42
Treinamento à Rede
Situação C - O motor e o ar condicionado não funcionam.
Nesta situação, a baixa pressão no sistema torna a recuperação do fluido muito lenta
portanto, nesta situação, o tempo de espera é primordial para se recuperar todo o fluído do circuito.
Em todas as situações, é necessário efetuar diversas vezes o esvaziamento, espaçados
e com um tempo de espera de modo a visualizar uma pressão estabilizada igual ou inferior a “0 bar” no
circuito. Essas pausas variam conforme o procedimento de recuperação que devem ser compreendidas
entre 10 minutos (situação A), 15 minutos (situação B) e 2 horas (situação C).
Verificação e confirmação da carga
A carga de fluido refrigerante apresentada no circuito deve ser verificada sempre que é
efetuada sua recuperação e a soma dos valores dos diferentes esvaziamentos determina a quantidade
total de fluido contida no sistema. A carga estará “correta” se a quantidade de fluido recuperada estiver
situada no nível de tolerância especificado.
Quando a quantidade de fluido recuperada estiver situada fora das especificações, o
reparador deve garantir que o procedimento aplicado corresponde às condições exigidas e que todas as
etapas do procedimento de recuperação foram respeitadas.
Também deve, em caso de dúvida, efetuar novamente o procedimento adaptado às
condições do sistema, tendo o cuidado de anotar a quantidade de fluido recuperada anteriormente e se
a quantidade de fluido for insuficiente, pode ser necessário efetuar uma pesquisa de fugas.
Durante a fase de recuperação, o óleo presente no fluido refrigerante será recuperado
pela estação de carga, separado do fluido e armazenado no frasco graduado previsto para o óleo usado
(Figura 52).
Deve-se conhecer essa quantidade para injetar o mesmo volume de óleo novo.
Figura 52
AR CONDICIONADO
Estas pausas no processo de recuperação são feitas para que o
fluído expanda e seja permitida a sua recuperação total.
43
Treinamento à Rede
O óleo usado no sistema de ar condicionado é higroscópico e pode ser facilmente
contaminado pela presença da umidade no ar e se isso acontecer, o óleo contaminado torna-se ácido e
ataca os elementos do circuito do ar condicionado portanto, o recipiente de óleo deve ser fechado após
utilização para evitar esta contaminação e nunca deve-se reutilizar o óleo que permaneceu aberto
durante muito tempo.
Estação de carga: Esvaziamento no vácuo
A duração da aplicação de vácuo (Figura 52) depende do tempo decorrido entre a
remoção e a carga do fluido refrigerante e qualquer que seja a manutenção do circuito, deve-se efetuar o
máximo de vácuo porquê o objetivo desta operação é eliminar qualquer vestígio de umidade no circuito,
efetuar um teste de estanqueidade e facilitar a reposição do óleo e a transferência do fluido refrigerante.
Figura 52
A aplicação de vácuo é uma etapa importante que não deve ser abreviada porque a
presença (mesmo que pequena) de umidade no circuito pode provocar uma degradação rápida dos
elementos do circuito como o compressor e principalmente a garrafa desidratante ou acumulador.
Teste de estanqueidade: Esse teste permite verificar a resistência do vácuo no circuito
quando este está sujeito apenas à pressão atmosférica (pressão do meio ambiente). O teste de
estanqueidade no vácuo e a aplicação de vácuo são as mesmas operações e na maioria das máquinas
essas operações são automatizadas e quando existe qualquer problema com a estanqueidade, aparece
uma mensagem de erro no visor da máquina.
AR CONDICIONADO
NOTA
A aplicação de vácuo diminui o ponto de ebulição da água que passa do estado líquido para o
gasoso e essa alteração de estado facilita a remoção de umidade do sistema.
44
Treinamento à Rede
Estação de carga: Enchimento
Quantidade de fluido refrigerante a transferir: a quantidade de fluido a ser colocada
no sistema (Figura 53) depende das característica do veículo, motorização e de diversas outras
especificações e é aconselhável respeitar essa carga porque uma alteração da carga para mais ou para
menos pode alterar o desempenho do sistema.
Figura 53
Reposição de óleo: O volume de óleo novo a ser colocado no sistema deve ser igual
ao volume medido durante a recuperação (Figura 54). Existem diferentes óleos para o fluido R134a e
cada óleo destina-se a um determinado tipo de compressor e não pode ser substituído por outro, pois
pode danificar os componentes do ciclo frio e para eliminar os riscos de uma mistura, recomenda-se que
tenha á disposição vários frascos na máquina de ar condicionado.
Figura 54
AR CONDICIONADO
NOTA
Pode ser necessário trocar o óleo do compressor se aconteceu a ruptura de qualquer componente
do sistema ou se o circuito ficou aberto por muito tempo.
45
Treinamento à Rede
Validação da carga: Para validar a carga, bem como qualquer intervenção que
necessite de uma verificação de conformidade, é aconselhável efetuar a verificação do correto
funcionamento do sistema e esta verificação consiste em efetuar um teste do desempenho.
Também é necessários efetuar uma pesquisa de vazamentos e essa pesquisa consiste
em efetuar um teste de vazamentos com o detector eletrônico.
AR CONDICIONADO
46
Treinamento à Rede
NT6001A
Evaporador – limpeza
 Colocar o veículo num elevador (Figura 55);
Figura 55
 Aplicar o PRODUTO DE LIMPEZA DO CIRCUITO DO AR CONDICIONADO, utilizando uma
mangueira de extensão através do tubo de saída de água da condensação;
 Pulverizar todo o produto;
 Deixar atuar durante 15 minutos
 Ligar o sistema de ventilação na velocidade mais baixa e deixar trabalhar por durante 5 minutos.
AR CONDICIONADO
NOTA
Para evitar problemas no motor do eletro ventilador, evite jogar produto pela entrada de ar.
47
Treinamento à Rede
Exercício 1 | Teste de desempenho do sistema de ar condicionado
Verificar a seleção do bloco de comandos
1. Qual documento está descrito o funcionamento do bloco de comando?
2. Descreva como funciona cada função do bloco de comandos e verifique o seu estado:
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
Função Descrição da função Estado
48
Treinamento à Rede
Exercício 2 | Teste de desempenho do sistema de ar condicionado
Verificar o desempenho do sistema de ar condicionado
1. Realize um teste de desempenho do sistema de ar condicionado usando seguindo os passos
abaixo:
 Ligar o sistema de ar condicionado;
 Borboleta de reciclagem em posição de aberta;
 Comando da temperatura no máximo frio;
 Abrir os difusores centrais e fechar os laterais;
 Ventilador em posição máxima velocidade;
 Manter o regime do motor a 2000 +/- 200 RPM;
 Medir a temperatura na saída do difusor comparar com a tabela abaixo:
2. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente?
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
49
Treinamento à Rede
Exercício 3 | Diagnóstico do sistema de ar condicionado
Definir os estados de temperaturas conformes
1. Como deve ser as temperaturas na entrada e saída dos componentes do sistema de ar
condicionado?
2. Agora, faça a verificação do sistema?
3. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente?
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
ELEMENTO
TEMPERATURA
Entrada Saída
Compressor
Condensador
Garrafa desidratante
Acumulador
Expansor termostático
Orifício calibrado
Evaporador
Alguns lugares podem estar muito quente e perto do eletro
ventilador. Fique atento!
50
Treinamento à Rede
Exercício 4 | Diagnóstico do sistema de ar condicionado
Orientar o diagnóstico pelo método tátil
1. Como deve iniciar um diagnóstico pelo método tátil?
2. Coloque o sistema em funcionamento e realize os testes necessários.
3. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente?
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
51
Treinamento à Rede
Exercício 5 | Teste da fugas de um sistema de ar condicionado
Determinar a origem das fugas com um detector eletrônico
1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do
procedimento?
2. Descreve as vantagens de utilizar esse método de detecção de fugas:
3. Que precauções devemos tomar com a sonda do detector?
4. Utilize o documento e realize o procedimento para detecção das fugas.
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
52
Treinamento à Rede
Exercício 6 | Teste da fugas de um sistema de ar condicionado
Determinar a origem das fugas com um detector por traçador
1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do
procedimento?
2. Quando devemos utilizar esse método?
3. Utilize o documento e realize o procedimento para detecção das fugas.
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
53
Treinamento à Rede
Exercício 7 | Manutenção do ar condicionado
Efetuar as operações preliminares à manutenção
1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do
procedimento?
2. Quais são as operações de manutenção a ser realizada?
3. Efetue as operações de manutenção
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
54
Treinamento à Rede
Exercício 8 | Manutenção do ar condicionado
Recuperar o fluído criogênico
1. Em que condição está o sistema e o que é preciso fazer para iniciar o procedimento:
2. Descreva as etapa para realização desse procedimento:
3. Realize a recuperação do fluído.
4. Qual a quantidade de fluído recuperada?
5. Qual a quantidade de óleo recuperada?
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
55
Treinamento à Rede
Exercício 9 | Manutenção do ar condicionado
Efetuar o esvaziamento no vácuo
1. Qual o motivo de se realizar esse procedimento?
2. Qual é o tempo de vácuo necessário para deixar o sistema em condições de ideal de
funcionamento?
3. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente?
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
56
Treinamento à Rede
Exercício 10 | Manutenção do ar condicionado
Efetuar o enchimento
1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do
procedimento?
2. Descreva as etapas para realizar esse procedimento.
3. Faça o enchimento do circuito.
AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
57
Treinamento à Rede
AR CONDICIONADO | GLOSSÁRIO
Portugal Brasil
Intervenção Manutenção
Fluído criogênico Fluido refrigerante
Imperativamente Rigorosamente
Premido Apertado
Veio Eixo
Montante Antes
Jusante Depois
Arejador Difusor
Fugas Vazamentos
Estação de carga Máquina de reciclagem

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Apostila ar condicionado i 14-01_13

  • 1. 1 Treinamento à Rede Apostila - Ar Condicionado I
  • 2. 2 Treinamento à Rede AMBIENTE E SEGURANÇA................................................................................................................... 04 Impacto ambiental das emissões de HFC R134a.................................................................................... 04 Manutenção em um sistema de ar condicionado do automóvel.............................................................. 05 Instruções de segurança.......................................................................................................................... 06 ELABORAÇÃO DE UM CICLO FRIO...................................................................................................... 07 Princípio da produção de frio: Função...................................................................................................... 07 Princípio da produção de frio: Fenômenos físicos.................................................................................... 08 Princípio da produção de frio: Efeito da pressão...................................................................................... 09 Princípio da produção de frio: Efeito da evaporação de um líquido......................................................... 09 O que é um ciclo frio: Ciclo frio teórico.................................................................................................... 10 O que é de um ciclo frio: Elementos do ciclo frio...................................................................................... 11 O que é de um ciclo frio: Pressões e temperaturas do ciclo frio............................................................. 12 O que é um ciclo frio: Pressões e temperaturas por elementos............................................................... 12 CICLO FRIO DA RENAULT..................................................................................................................... 13 Válvula de expansão termostática e garrafa desidratante ....................................................................... 14 Orifício calibrado e acumulador................................................................................................................ 14 Elementos comuns aos dois ciclos frios: compressor............................................................................... 15 Elementos comuns aos dois ciclos frios: embreagem do compressor..................................................... 18 Elementos comuns aos dois ciclos frios: condensador............................................................................. 19 Elementos comuns aos dois ciclos frios: moto ventiladores..................................................................... 19 Elementos comuns aos dois ciclos frios: evaporadores........................................................................... 20 Elementos comuns aos dois ciclos frios: elementos de segurança do ciclo frio....................................... 20 Elementos comuns aos dois ciclos frios: ligações intercomponentes do ciclo frio.................................... 21 Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com orifício calibrado................................................ 23 Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com válvula de expansão termostática e garrafa desidratante.............................................................................................................................................. 24 MANUTENÇÃO DO CICLO FRIO............................................................................................................ 26 Verificando a eficácia de um sistema de ar condicionado........................................................................ 26 Verificação das seleções do bloco de comandos..................................................................................... 27 Limpeza do filtro do habitáculo................................................................................................................. 28 Tensão da bateria..................................................................................................................................... 29 AR CONDICIONADO | ÍNDICE
  • 3. 3 Treinamento à Rede Teste de desempenho.............................................................................................................................. 30 Identificação do sistema........................................................................................................................... 31 Diagnóstico pelo método tátil.................................................................................................................... 31 Teste das fugas do ciclo frio..................................................................................................................... 34 Técnicas de procura dos vazamentos...................................................................................................... 37 Operações de manutenção...................................................................................................................... 38 Estação de carga...................................................................................................................................... 38 Estação de carga: Remoção do fluído...................................................................................................... 41 Estação de carga: Esvaziamento no vácuo.............................................................................................. 43 Estação de carga: Enchimento................................................................................................................. 44 NT6001A.................................................................................................................................................. 46 Evaporador – limpeza............................................................................................................................... 46 Peças e ingredientes para reparação........................................................................................................46 CADERNO DE ATIVIDADES....................................................................................................................47 GLOSSÁRIO.............................................................................................................................................57 AR CONDICIONADO | ÍNDICE
  • 4. 4 Treinamento à Rede AMBIENTE E SEGURANÇA Impacto ambiental das emissões de HFC R134a Um veículo emite em média 30 toneladas de CO2 durante a sua vida útil e quando 700 gramas de HFC (R134a) são libertados para a atmosfera, isto equivale a 1 tonelada de CO2, ou seja, um efeito no ambiente 1300 vezes superior ao do CO2 . O CO2 , ainda que se trate de um gás com efeito de estufa, é muito menos potente que os HFC, sendo assim, existe perspectiva de crescimento da quantidade de automóvel que acarretará uma consequência: o aumento significativo do número de veículos com ar condicionado. Como cada vez mais veículos serão equipados com sistema de ar condicionado, e os sistemas de ar condicionado terão o HFC, isso demonstram que o risco de aumentar o efeito de estufa natural é muito grande. Estas emissões excessivas de gases poluentes, induzidas pelo ar condicionado montado no automóvel, contribuem gravemente para o aquecimento global, sendo assim existe essa constatação alarmista que deve conscientizar as pessoas para as consequências no ambiente de qualquer tipo de emissão de HFC. Para limitar ao máximo as possibilidades de emissão de fluidos refrigerantes para a atmosfera, devemos respeitar rigorosamente os procedimentos descritos na documentação técnica porque só assim faremos nossa parte para evitar a degradação do meio em que vivemos (Figura 1). Figura 1 AR CONDICIONADO
  • 5. 5 Treinamento à Rede Intervir num sistema de ar condicionado do automóvel Uma manutenção no circuito de ar condicionado implica em respeitar as regras abaixo e com isso evitaremos danos à natureza (Figura 2):  Ser qualificado para intervir num circuito de ar condicionado;  Ser qualificado para utilizar e efetuar a manutenção da estação de carga;  Ser informado sobre as condições de utilização e de armazenamento do fluido refrigerante;  Nunca libertar fluido refrigerante para a atmosfera;  Nunca abrir um circuito cuja pressão seja maior que 0 bar;  Respeitar os procedimentos de recuperação e reciclagem do fluido refrigerante;  Efetuar sempre uma pesquisa de fugas após cada manutenção no ciclo frio. Figura 2 AR CONDICIONADO
  • 6. 6 Treinamento à Rede Instruções de segurança É muito importante seguir as instruções de segurança (Figura 3) quando se efetua uma intervenção no circuito do ar condicionado. Figura 3 As instruções de segurança são as seguintes:  Usar luvas;  Usar óculos de proteção;  Trabalhar num local ventilado;  Não realizar operações de solda e nem expor o sistema a aquecimento maior que 100º C;  Não fumar;  Não deixar o circuito aberto pois há a possibilidade de substituição da garrafa desidratante. AR CONDICIONADO NOTA Antes de qualquer operação consulte a documentação técnica e respeite as instruções de segurança.
  • 7. 7 Treinamento à Rede ELABORAÇÃO DE UM CICLO FRIO Princípio da produção de frio: Função Num veículo, a função do ar condicionado é assegurar o conforto dos ocupantes (Figura 4). Figura 4 O conforto depende sobretudo dos seguintes parâmetros:  nível sonoro;  Ausência de cheiro;  Temperatura;  grau de umidade;  velocidade de circulação do ar no habitáculo. Com tempo frio, o ar condicionado baixa o nível de umidade do ar no habitáculo e contribui para o desembaçamento dos vidros e com tempo quente, o ar condicionado esfria o ar do habitáculo. AR CONDICIONADO
  • 8. 8 Treinamento à Rede Princípio da produção de frio: Fenômenos físicos A matéria apresenta-se em três estados: sólido, líquido e gasoso. A produção de frio explora dois fenómenos físicos que participam nas mudanças de estado da matéria:  A passagem do estado líquido ao estado gasoso (Figura 5) é chamada de evaporação; (Figura 5)  O retorno do estado gasoso ao estado líquido (Figura 6) é chamada de condensação. (Figura 6) AR CONDICIONADO
  • 9. 9 Treinamento à Rede Princípio da produção de frio: Efeito da pressão A expansão rápida de um fluido sob pressão produz frio e quanto maior é a diferença de pressão, maior será a produção de frio. Por exemplo, quando o gatilho de um extintor é apertado, o gás carbônico mantido sob pressão é libertado. A pressão passa bruscamente de 50 para 1 bar. Esta queda de pressão rápida dá origem a uma névoa de gás carbônico e produz frio (Figura 7). Figura 7 Princípio da produção de frio: Efeito da evaporação de um líquido Quanto mais rápida é a evaporação, maior é a sensação de frio e a evaporação de um fluido absorve calor. Se molharmos alternadamente a mão com água, gasolina e éter (Figura 8), o éter evapora-se mais rapidamente e provoca a sensação de frio mais acentuada. Figura 8 Sendo assim, o circuito de ar condicionado deve utilizar um fluído bem volátil. AR CONDICIONADO
  • 10. 10 Treinamento à Rede Realização de um ciclo frio: Ciclo frio teórico O fenômeno da expansão num ciclo frio é obtido através de um reservatório de fluido sob pressão (Figura 9), cuja saída está equipada com uma restrição. Quanto maior é a expansão do fluído, maior será a produção de frio. Uma mistura líquido-gás passa por um evaporador (Figura 10) para absorver o calor do meio ambiente (como exemplo o habitáculo do veículo) e então é produzido um gás à saída do evaporador que deve ser recuperado e reintroduzido na circulação para completar o ciclo frio. Esse gás entra no compressor e em seguida passa para o estado liquido no condensador antes de voltar ao reservatório (Figura 11). Figura 9 Figura 10 Figura 11 AR CONDICIONADO
  • 11. 11 Treinamento à Rede Criação de um ciclo frio: Elementos do ciclo frio Os principais elementos do ciclo frio no veículo (Figura 12) são os seguintes:  um compressor (1);  um condensador (2);  um reservatório (3);  Uma válvula de expansão termostática ou um orifício calibrado (4);  um evaporador (5). Figura 12 AR CONDICIONADO
  • 12. 12 Treinamento à Rede Realização de um ciclo frio: Pressões e temperaturas do ciclo frio O conhecimento das temperaturas e das pressões na entrada e na saída dos elementos do ciclo frio (Figura 13) é útil para a pesquisa de um mau funcionamento, portanto na zona de alta pressão teremos uma temperatura “muito quente” e “quente” nos tubos e nas zonas de baixa pressão teremos os tubos com temperatura “muito frio” e “frio”. Figura 13 Criação de um ciclo frio: Pressões e temperaturas por elementos AR CONDICIONADO ELEMENTO ESTADO DO FLUÍDO PRESSÃO TEMPERATURA Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída Compressor gasoso gasoso Baixa Alta Frio Muito quente Condensador gasoso liquido/ gasoso Alta Alta Muito quente Quente Garrafa desidratante liquido/ gasoso liquido Alta Alta Quente Quente Acumulador gasoso gasoso Baixa Baixa Frio Frio Válvula de expansão termostática liquido gasoso/ liquido Alta Baixa Quente Muito frio Orifício calibrado liquido gasoso/ liquido Alta Baixa Quente Muito frio Evaporador gasoso/ liquido gasoso Baixa Baixa Muito frio Frio
  • 13. 13 Treinamento à Rede CICLO FRIO DA RENAULT Na RENAULT, há dois tipos de ciclos frios para efetuar a função de ar condicionado (Figura 14). Figura 14 Seja qual for o tipo de ciclo frio, os elementos e respectivas funções são idênticos:  A compressão e a circulação do fluído é assegurada pelo compressor (1);  A condensação acontece no condensador (2)  A expansão é assegurada por uma válvula de expansão termostática (4a) ou um orifício calibrado (4b);  A evaporação acontece no evaporador (5);  A filtragem e a reserva de fluido são asseguradas pela garrafa desidratante (3a) ou pelo acumulador 3b) AR CONDICIONADO
  • 14. 14 Treinamento à Rede Orifício calibrado e acumulador Na configuração do primeiro tipo de ciclo frio (Figura 15), temos um orifício calibrado (1) que está situado entre a saída do condensador e a entrada do evaporador. O acumulador (2) está montado no circuito de baixa pressão, entre a saída do evaporador e a entrada do compressor. Figura 15 Expansor termostático e garrafa desidratante No segundo tipo de ciclo frio (Figura 16), temos o expansor que é do tipo termostático (1) e controla a expansão em função da evaporação e a garrafa desidratante (2) está montada em série no circuito de alta pressão, entre o condensador e o expansor termostático. Figura 16 AR CONDICIONADO
  • 15. 15 Treinamento à Rede Elementos comuns aos dois ciclos frios: compressor O compressor (Figura 17) é o elemento motriz do circuito sendo que é acionado por uma correia de acessórios. Figura 17 As funções do compressor são as seguintes: 1. O compressor aspira o fluído refrigerante; 2. O compressor envia o fluído refrigerante para o condensador; 3. O compressor eleva a pressão; 4. O compressor assegura a circulação do fluido no circuito. AR CONDICIONADO NOTA Certas zonas dos tubos podem estar muito quente e existe risco de queimaduras.
  • 16. 16 Treinamento à Rede Compressor de cilindrada fixa O compressor de cilindrada fixa (Figura 18) comprime um volume constante de fluído em cada rotação. O compressor de cilindrada fixa é composto por um veio (1), um excêntrico (2), um prato oscilante (3) e êmbolos (4). Figura 18 A regulação de frio é obtida alternando o funcionamento da embreagem eletromagnética. O veio (eixo) do compressor faz girar o excêntrico e esse transmite o seu movimento ao prato oscilante e a cada rotação do prato, os êmbolos movem-se numa amplitude fixa permitindo que o fluido seja aspirado e depois empurrado. Um conjunto de válvulas assegura a entrada e a saída sincronizada do fluido permitindo que este fique sob pressão. AR CONDICIONADO
  • 17. 17 Treinamento à Rede Compressor de cilindrada variável O compressor de cilindrada variável (Figura 19) corrige permanentemente o volume de fluído comprimido. O compressor de cilindrada variável é composto por um veio (1), um prato oscilante (3) acionado por uma alavanca (2) e êmbolos (4). Figura 19 A modificação da cilindrada resulta da variação do ângulo do prato oscilante, o que faz aumentar ou diminuir o curso dos êmbolos. Quando o pedido de frio é máximo, o prato oscilante descreve seu ângulo máximo e o volume máximo de fluído é comprimido. Quando o pedido de frio é mínimo, o prato oscilante descreve seu ângulo mínimo e um volume mínimo de fluído é comprimido. AR CONDICIONADO
  • 18. 18 Treinamento à Rede Lubrificação do compressor A lubrificação do compressor é assegurada por um óleo específico ao fluido refrigerante e ao tipo de compressor. As funções asseguradas pelo óleo (Figura 20), são:  lubrificação das peças móveis;  participação no arrefecimento do compressor;  participação na filtragem;  reforço da vedação. Figura 20 As especificações dos óleos utilizados para cada tipo de compressor encontram-se na documentação técnica. Elementos comuns aos dois ciclos frios: embreagem do compressor O compressor não deve estar acionado constantemente, então para controlar esse acionamento existe uma embreagem eletromagnética montada na polia do compressor. A embreagem eletromagnética (figura 21) é constituída pelos seguintes elementos:  uma polia livre (1);  um eixo (2);  um prato móvel (3);  um eletro íman (4); Figura 21 O eletro ímã, quando comandado eletricamente, empurra o prato da embreagem para a polia livre e então, a polia livre torna-se solidária com o eixo do compressor acionando todos os elementos internos do compressor. AR CONDICIONADO
  • 19. 19 Treinamento à Rede Elementos comuns aos dois ciclos frios: condensador A função do condensador (Figura 22) é dissipar o calor acumulado durante a compressão do fluído. O condensador está situado depois do compressor e perto do radiador e é constituído por vários canais paralelos onde o fluido é arrefecido e condensado. Figura 22 Elementos comuns aos dois ciclos frios: moto ventiladores Um ou dois moto ventiladores (Figura 23) ligados ao condensador facilitam a condensação. O ventilador de sopro está colocado à frente do condensador enquanto que o ventilador de aspiração está colocado por trás do condensador e estes normalmente têm duas velocidades. Figura 23 AR CONDICIONADO
  • 20. 20 Treinamento à Rede Elementos comuns aos dois ciclos frios: evaporadores O evaporador (Figura 24) está situado depois do expansor e está integrado no circuito de ar do habitáculo. O evaporador assegura a evaporação do fluido libertado pelo expansor. Um ventilador faz circular o ar através do evaporador e quando o fluído evapora-se dentro do evaporador, absorve as calorias desse ar que circula pelo habitáculo. Quando esse ar está frio, a umidade contida nele condensa-se nas paredes do evaporador. Figura 24 Elementos comuns aos dois ciclos frios: elementos de segurança do ciclo frio Sensor de pressão: O sensor de pressão do fluido refrigerante (Figura 25) está instalado no circuito de alta pressão e sua função é informar permanentemente o calculador a pressão do circuito. Figura 25 AR CONDICIONADO
  • 21. 21 Treinamento à Rede Sonda do evaporador: A sonda do evaporador (Figura 26) está situada nas aletas, no ponto mais frio do evaporador. A função é medir a temperatura do ar que passa através do evaporador para que este não congele. O evaporador de todos os veículos equipados com compressor de cilindrada fixa, e de alguns veículos com compressores de cilindrada variável, tem uma sonda. Figura 26 Elementos comuns aos dois ciclos frios: ligações intercomponentes do ciclo frio Tubos: Os tubos (Figura 27) ligam os diferentes componentes e facilitam a passagem do fluido. O ciclo frio dispõe de tubos rígidos de alumínio ou de aço e de tubos flexíveis de borracha. Os tubos do circuito gasoso, ou de alta pressão, são de diâmetro grande enquanto que o diâmetro dos tubos do circuito líquido, ou de baixa pressão, é pequeno. Figura 27 AR CONDICIONADO
  • 22. 22 Treinamento à Rede Adaptadores: Os adaptadores com extremidades fixas (Figuras 28) e os adaptadores com flange (Figura 29) garantem a estanqueidade e permitem que o circuito resista à pressão. Figuras 28 Figuras 29 Os adaptadores possuem anéis específicos para fazer uma correta vedação (Figura 30). Figura 30 AR CONDICIONADO NOTA Os anéis de vedação devem ser substituídos sempre que forem removidos e devem ser lubrificados com óleo de compressor do sistema de ar condicionado.
  • 23. 23 Treinamento à Rede Válvulas: O ciclo frio pode ter uma ou duas válvulas de enchimento (Figura 31) de diferentes diâmetros. As válvulas de enchimento permitem ligar a estação de carga e asseguram a abertura do circuito. Figura 31 Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com orifício calibrado Expansor com orifício calibrado : O orifício calibrado (Figura 32) possui:  um filtro de entrada (1);  um tubo calibrado (2);  um filtro de saída (3). Figura 32 O fluido refrigerante atravessa o filtro de entrada, vaporiza-se parcialmente dentro do tubo calibrado e sai pelo filtro de saída. AR CONDICIONADO
  • 24. 24 Treinamento à Rede Acumulador: O acumulador (Figura 33) está situado a montante (antes) do compressor, no circuito de baixa pressão. Figura 33 Quando entra no acumulador (1), o fluido é composto por óleo e por uma mistura gás/liquido de fluido refrigerante. Sob a ação da gravidade, os líquidos (2) separam-se do gás (3) e nesse momento o óleo e o fluido refrigerante são injetados (4) no circuito através de um tubo específico. O acumulador filtra também as impurezas, retira a umidade do fluido e serve como um reservatório. Elementos específicos de cada ciclo frio: ciclo frio com expansor Expansor termostático: O expansor termostático (Figura 34) é atravessado simultaneamente pelo circuito de entrada (1) e pelo circuito de saída do evaporador (2). Figura 34 O expansor termostático corrige constantemente a quantidade de fluido expandido em função da temperatura na saída do evaporador (2), ou seja, quando a temperatura na saída do evaporador (2) é elevada, o fluido contido na cápsula termostática (1) dilata-se empurrando a esfera (4) que abre completamente o circuito de entrada no evaporador (3) produzindo o máximo de frio e diminuindo mais a temperatura no evaporador. Quando a temperatura na saída do evaporador (2) for muito baixa, o fluido contido na cápsula termostática (1) contrai-se fazendo com que a esfera impeça a passagem do fluido (3) fazendo diminuir a produção de frio. AR CONDICIONADO
  • 25. 25 Treinamento à Rede Garrafa desidratante: A garrafa desidratante (Figura 35) está instalada entre o condensador e o expansor termostático. A garrafa filtra, retira a umidade do fluído e serve de reservatório para o fluido refrigerante. O fluido na entrada (1) da garrafa é composto por fluido liquido/gás (2) e óleo (3). Quando o fluido entra na garrafa, por ação da gravidade, haverá a mistura de óleo/fluido refrigerante que é filtrada, retirada a umidade e, depois, injetada no circuito (4) novamente. Figura 35 AR CONDICIONADO
  • 26. 26 Treinamento à Rede MANUTENÇÃO DO CICLO FRIO Verificando a eficácia de um sistema de ar condicionado A verificação da eficácia do sistema de ar condicionado inclui cinco etapas: 1. Funcionamento do bloco de comandos; 2. Limpeza do filtro do habitáculo; 3. Tensão da bateria; 4. Verificação da eficácia (Figura 36); 5. Identificação do sistema. Figura 36 AR CONDICIONADO
  • 27. 27 Treinamento à Rede Verificação das seleções do bloco de comandos Os comandos de repartição, distribuição e reciclagem asseguram a abertura e o fechamento das borboletas que gerem a entrada do ar no veículo. Cada comando do bloco (Figura 37) deve produzir o efeito esperado. Figura 37  Velocidade de ventilação do habitáculo: todas as velocidades devem estar operacionais;  Reciclagem de ar: o comando atua numa borboleta que controla e entrada de ar externo para dentro do habitáculo;  Repartição do ar no habitáculo: a repartição do fluxo de ar deve variar conforme as posições escolhidas;  Distribuição da temperatura do ar: com o motor quente, o comando dever fazer variar a temperatura do ar ventilado;  Comando AC e luz de funcionamento: o comando deve acender a luz de funcionamento. AR CONDICIONADO NOTA Em alguns veículos é necessário ativar pelo menos uma velocidade de ventilação para que o comando AC acenda.
  • 28. 28 Treinamento à Rede Limpeza do filtro do habitáculo O entupimento do filtro provoca uma diminuição da eficácia do circuito do ar condicionado. Há dois tipos de filtros:  O primeiro tipo é um filtro de partículas (Figura 38) que retém cerca de 90% da poeira e do pólen que, habitualmente entram no habitáculo. Esse filtro é constituído por um suporte fibroso com um efeito eletrostático que atua como um ímã relativamente à poeira e ao pólen. Figura 38  O segundo tipo é um filtro de partículas e odores (Figura 39). Este filtro contém carvão ativo que absorve os odores dos gases de escape e dos resíduos de combustão. Figura 39 AR CONDICIONADO NOTA Consultar o manual de manutenção do veículo para conhecer a periodicidade de troca desse filtro.
  • 29. 29 Treinamento à Rede Tensão da bateria A verificação da tensão consiste em realizar uma verificação completa da bateria (Figura 40) conforme o método descrito na documentação técnica correspondente ao veículo. As etapas de uma verificação completa da bateria são as seguintes: 1. verificação visual; 2. verificação da carga; 3. teste da bateria com o equipamento de teste (Figura 41). Figura 40 Figura 41 AR CONDICIONADO
  • 30. 30 Treinamento à Rede Teste de desempenho A verificação da eficácia consiste em medir a temperatura do ar na saída do difusor, pelo método descrito na documentação técnica correspondente ao veículo. Esta medida efetua-se utilizando um termômetro (Figura 42) digital. Figura 42 Na maioria dos sistemas, a temperatura medida na saída do difusor deve ser aproximadamente 10ºC menor que a temperatura exterior. Incidência da taxa de umidade na medição: A medição da eficácia do sistema de ar condicionado pode ser afetada por uma temperatura exterior e uma taxa de umidade do ar muito alta, então nestas condições, a temperatura medida na saída do arejador pode ser superior à norma sem que a eficácia do sistema seja afetada. AR CONDICIONADO NOTA Quanto mais elevada for a taxa de umidade, a temperatura medida na saída do difusor de ar também será elevada.
  • 31. 31 Treinamento à Rede Identificação do sistema A identificação do sistema valida a verificação do desempenho através de uma verificação de conformidade. Essa identificação do sistema de ar condicionado somada a verificação dos “Estados e Parâmetros” são efetuadas com o aparelho de diagnóstico (Figura 43). Figura 43 Diagnóstico pelo método táctil O diagnóstico pelo método táctil é uma forma rápida de verificar um mau funcionamento no ciclo frio e de orientar num diagnóstico. Geralmente esse teste é feito quando, no teste de desempenho do sistema de ar condicionado, este não atingiu eficiência esperada. O método aplica-se sempre que um diagnóstico tiver de ser efetuado e consiste em comparar com o tato, um estado de temperatura (perceptível em diferentes pontos do circuito) com um estado de temperatura normal de funcionamento (Figura 44). O estado de temperatura é verificado a montante (antes) e a jusante (depois) de cada elemento do ciclo frio . Figura 44 AR CONDICIONADO
  • 32. 32 Treinamento à Rede Condições da verificação dos estados de temperatura: Antes de verificar o ciclo frio através do método táctil, o sistema de ar condicionado deve ser colocado nas condições de teste de desempenho (condições descritas na documentação técnica correspondente ao veículo). Orientação do diagnóstico pelo método táctil: São três as etapas para determinar os estados de temperatura ideais na tubulação e orientar corretamente o diagnóstico: Etapa 1. Verificação Consultando os estados de temperatura normais, verificar se a temperatura varia, utilizando o seguinte método: 1. Verificar, tocando com a mão, o estado da temperatura na entrada e na saída do expansor; 2. Verificar o estado da temperatura dos outros elementos da zona de baixa pressão. AR CONDICIONADO NOTA Se os estados de temperatura na zona de baixa estiverem em conformidade, é inútil prosseguir as verificações da zona de alta pressão.
  • 33. 33 Treinamento à Rede Etapa 2. Orientação do diagnóstico Em função da anomalia observada ao nível do expansor, o diagnóstico pode ser orientado da seguinte forma:  O estado da temperatura é anormal “na entrada” e “na saída” do expansor: Verificar os estados de temperatura a montante (antes) do expansor até aos elementos cujo estado de temperatura está em ordem.  O estado da temperatura é normal “na entrada” e anormal “na saída” do expansor: Verificar os estados de temperatura a jusante (depois) do expansor até aos elementos cujo estado de temperatura está em ordem.  Os estados de temperatura são normais “na entrada” e “na saída” do expansor. AR CONDICIONADO NOTA Um estado de temperatura anormal pode influenciar o estado de temperatura dos restantes dos elementos do circuito. Se os estados de temperatura não forem coerentes, isso significa que o problema se situa na zona de alta pressão. Se os estados de temperatura forem coerentes, substituir o expansor. Se os estados de temperatura forem coerentes, verificar a carga de fluido criogênico.
  • 34. 34 Treinamento à Rede Etapa 3. Elaboração do diagnóstico É através de um raciocínio lógico, baseado no princípio de funcionamento de cada elemento do sistema de ar condicionado que é possível orientar corretamente o diagnóstico pelo método táctil. Teste das fugas do ciclo frio Uma fuga no ciclo frio também pode afetar a eficácia do circuito do ar condicionado e essas fugas são detectadas por intermédio de dois tipos de detectores: detector eletrônico (Figura 43) e detector por traçador (Figura 44). Figura 43 Figura 44 O detector eletrônico emite um sinal sonoro quando detecta a presença do fluido criogênico e deve ser utilizado em primeiro lugar. Se não for possível encontrar vazamentos com o detector eletrônico, deve-se usar o detector por traçador reativo fluorescente (corante). O detector por traçador reativo fluorescente é um líquido fluorescente que é colocado dentro do circuito de ar condicionado. Esse mistura-se ao lubrificante que circula junto com o fluído refrigerante e quando é iluminado por uma lâmpada especial, brilha indicando o local do vazamento. AR CONDICIONADO NOTA O detector eletrônico só detecta vazamentos pequenos e deve ser usado em primeiro lugar.
  • 35. 35 Treinamento à Rede Determinar a origem das fugas com o detector eletrônico: O detector eletrônico é um instrumento de medida especialmente feito para detectar vazamentos de diferentes gases e, de acordo com os modelos, o detector eletrônico dá indicação sobre a concentração de gás, emitindo um sinal sonoro com frequência variável completado, de acordo com o modelo, por um sinal visual. Algumas recomendações destinadas à utilização de um detector eletrônico:  Assegurar a compatibilidade da sonda de medida com o tipo de fluido refrigerante procurado;  A sonda de medida é um elemento muito sensível e deve ser mantida protegida da poeira, da umidade e elementos como óleo lubrificante;  A sonda de medida não deve ser utilizada sem a respectiva extremidade de proteção;  Quando o elemento sensitivo da sonda é contaminado, deve ser limpo ou substituído conforme os modelos;  A sonda de medida tem uma vida útil limitada;  O estado das pilhas de alimentação é geralmente mostrado por um LED. Determinar a origem das fugas com o detector por traçador: A procura com esse equipamento só é é válida se o sistema de ar condicionado estiver funcionando. Este procedimento de detecção de vazamentos deve ser utilizado em último caso para as “fugas desconhecidas” e não detectadas pelo detector eletrônico. A presença de corante no fluido refrigerante verifica-se com uma lâmpada de raios ultravioleta respeitando rigorosamente o procedimento descrito na documentação técnica. Algumas recomendações destinadas à utilização de um detector por traçador:  Não é necessário introduzir corante no circuito de ar condicionado se existir traços fluorescentes, ou seja, se existe evidência que ele já foi usado;  Deve-se seguir rigorosamente a recomendação do fabricante com relação à quantidade de corante aplicado;  Deve-se manusear o produto utilizando as recomendações de segurança e proteção. AR CONDICIONADO
  • 36. 36 Treinamento à Rede Técnicas de procura das fugas com detector eletrônico Duas etapas são usadas para determinar corretamente a origem das fugas: 1ª Etapa: Inicialização do aparelho A inicialização (calibração) do aparelho permite regular o limite da medição no meio ambiente. Para calibrar o detector eletrônico, consultar as indicações do Manual do aparelho e os procedimentos da documentação técnica. A presença de gás é assinalada apenas em caso de excesso de concentração, comparada com o meio ambiente que serviu para se fazer a inicialização. Quanto menos o meio ambiente for contaminado, maior é a sensibilidade do aparelho, ou seja, a inicialização do aparelho permite reduzir os erros de leitura devido a presença de gases poluentes no compartimento do motor. 2ª Etapa: Procura das fugas A pesquisa das fugas consiste em seguir (o mais perto possível) a trajetória do circuito com a sonda (Figura 45). O detector reage às variações da concentração de fluido refrigerante e quanto maior for a concentração de gás, mais elevada é a frequência do sinal do detector. Figura 45 Para corrigir a pesquisa de fugas, calibrar novamente o aparelho na contaminação ambiente. Seguindo a trajetória, prosseguir com a detecção de uma concentração mais elevada, observando o sinal e respectiva frequência. Repetir a operação tantas vezes quantas forem necessárias até que a origem dos vazamentos seja localizada e se existirem vários vazamentos, encontrar os pequenos vazamentos só será possível, reparando primeiro os vazamentos maiores. AR CONDICIONADO
  • 37. 37 Treinamento à Rede Técnicas de procura das fugas com detector por traçador Duas etapas são usadas para determinar corretamente a origem das fugas: 1ª Etapa: Introduzir o corante no circuito Para introduzir o corante no circuito, consultar o procedimento da documentação técnica ou o procedimento descrito pelo fabricante do aparelho. A injeção do corante deve ser efetuada apenas com o material e quantidade especificada (Figura 46). Figura 46 2ª Etapa: Iluminar o circuito com uma lâmpada de raios ultravioletas A detecção dos vazamentos é efetuada iluminando o circuito com a lâmpada de raios ultravioletas (Figura 47) e o resultado só se manifesta depois de algumas horas. Figura 47 As fugas no evaporador são detectadas pelo tubo de drenagem. AR CONDICIONADO NOTA Após a utilização do corante, colar uma etiqueta de aviso perto das válvulas de enchimento.
  • 38. 38 Treinamento à Rede Operações de manutenção É recomendado que efetue algumas operações de manutenção no sistema de ar condicionado e para isso é necessário consultar as recomendações escritas na documentação técnica e manual de revisão correspondente ao veículo para conhecer a frequência com que devem ser efetuadas essas manutenções. Regra geral, a frequência das operações de manutenção é a seguinte: Periodicamente, anual ou em todas as revisões:  Verificar a limpeza do condensador e do radiador;  Verificar a circulação correta do ar através das aletas;  Verificar se o dispositivo de insuflação do ar frio não está obstruído;  Verificar a evacuação correta da água de condensação. Cada quatro anos:  Verificar a carga do fluido criogênico. Estação de carga A estação de carga (Figura 48) é utilizada numa manutenção preventiva ou antes da abertura do circuito e ela permite efetuar as seguintes operações: 1. Recuperar o óleo e o fluido criogênico visto que, o lançamento de fluído no meio ambiente é proibido; 2. Aplicar vácuo no circuito para: eliminar o máximo de umidade e de impurezas, verificar a estanqueidade e preparar o circuito para a carga de fluído; 3. Carregar o circuito de óleo e de fluido refrigerante. Figura 48 AR CONDICIONADO
  • 39. 39 Treinamento à Rede Instruções de utilização A estação de carga é um instrumento de medida equipado com uma balança eletrônica precisa e sensível portanto, a estação de carga deve ser utilizada cuidadosamente (principalmente durante seu deslocamento pela oficina) e a sua manutenção deve ser efetuada regularmente. Antes de ligar uma estação de carga ao sistema de ar condicionado, é necessário efetuar as seguintes operações:  Verificar a quantidade de fluido refrigerante armazenado no reservatório (não ultrapassar 80 % da capacidade do reservatório);  Colocar uma quantidade de óleo novo suficiente para cada operação no frasco de reposição;  Esvaziar ou repor a quantidade de óleo usado existente no frasco de esvaziamento;  Verificar a ligação correta dos dois frascos na estação;  Verificar se existe mensagem de erro ou de manutenção na tela do bloco de comandos da máquina;  Verificar a estanqueidade dos adaptadores externos (aperto dos tubos na estação e nos adaptadores de engate rápido);  Garantir a estabilidade da estação durante as fases de trabalho (superfície plana e sem vibrações);  Garantir a ventilação correta do local. Ligação da estação de carga ao sistema de ar condicionado A ligação da estação de carga varia consoante o número de válvulas de enchimento, porque no ciclo frio equipado com uma única válvula (Figura 49), apenas o tubo de alta pressão da estação pode ser ligado e todas as operações serão feitas através dessa válvulas. Figura 49 AR CONDICIONADO
  • 40. 40 Treinamento à Rede Abaixo segue algumas instruções para se fazer a ligação dos adaptadores: Verificar a ausência de pressão nos tubos de ligação: Os tubos que tiverem pressão indicam que há algum fluido refrigerante no circuito da estação de carga. Como esta quantidade de fluido pode atrapalhar na medida de fluido recuperado, é recomendado esvaziar os tubos antes de fazer as ligações. Esse esvaziamento consiste em recuperar para máquina e não jogar na atmosfera. Verificar se os adaptadores dos engates rápidos estão fechados: O adaptador de engate rápido (Figura 50) deve estar na posição fechada para ser ligado à válvula de enchimento. Ele não pode ficar na posição aberta porque pode permitir a entrada da umidade do ar no tubo e é recomendado entre cada utilização, manter sempre o adaptador na posição fechada. Figura 50 Ligar os adaptadores de engates rápido: Diferentemente dos adaptadores que equipam a estação de carga R12, a ligação dos adaptadores de engates rápidos R134a não abre sistematicamente o circuito. A ligação e a abertura do circuito são duas operações distintas. Abrir as torneiras: Entre o adaptador de engate rápido e a estação de carga, cada circuito (alta pressão e baixa pressão) está fechado por duas torneiras: uma delas montada no próprio adaptador de engate rápido e a outra no bloco de comandos da estação de carga. A função essencial da torneira do lado da estação é isolar o circuito da estação para efetuar uma leitura da pressão no veículo. AR CONDICIONADO
  • 41. 41 Treinamento à Rede Estação de carga: Recuperação do fluído criogênico Qualquer que seja a condição do motor e do sistema de ar condicionado, o objetivo é recuperar totalmente o fluido refrigerante (Figura 51) existente no circuito antes de aplicar o vácuo ou da abrir o circuito. Figura 51 Diferentes procedimentos de recuperação Situação A - O motor e o ar condicionado funcionam: Nesta situação, colocar o motor e o sistema de ar condicionada em funcionamento para que eles fiquem em temperatura normal de funcionamento, assim o fluido se movimentará e também estará dilatado ao máximo. É a condição ideal para efetuar uma recuperação rápida e completa do fluido refrigerante e a duração desse procedimento será a mais curta. Situação B - O motor funciona, mas não o ar condicionado: Nesta situação, ligar o motor e deixar que ele fique na temperatura normal de funcionamento. Ligar o ventilador para que o ar atinja o evaporador (parte mais fria do circuito de ar condicionado). A troca de calor entre o condensador e o radiador do motor facilitam a expansão do fluido e permitem a recuperação do fluido. A troca de calor em diferentes locais do ciclo frio ajuda e permite a dilatação e recuperação do fluido e duração da recuperação será mais longa que na situação A. AR CONDICIONADO
  • 42. 42 Treinamento à Rede Situação C - O motor e o ar condicionado não funcionam. Nesta situação, a baixa pressão no sistema torna a recuperação do fluido muito lenta portanto, nesta situação, o tempo de espera é primordial para se recuperar todo o fluído do circuito. Em todas as situações, é necessário efetuar diversas vezes o esvaziamento, espaçados e com um tempo de espera de modo a visualizar uma pressão estabilizada igual ou inferior a “0 bar” no circuito. Essas pausas variam conforme o procedimento de recuperação que devem ser compreendidas entre 10 minutos (situação A), 15 minutos (situação B) e 2 horas (situação C). Verificação e confirmação da carga A carga de fluido refrigerante apresentada no circuito deve ser verificada sempre que é efetuada sua recuperação e a soma dos valores dos diferentes esvaziamentos determina a quantidade total de fluido contida no sistema. A carga estará “correta” se a quantidade de fluido recuperada estiver situada no nível de tolerância especificado. Quando a quantidade de fluido recuperada estiver situada fora das especificações, o reparador deve garantir que o procedimento aplicado corresponde às condições exigidas e que todas as etapas do procedimento de recuperação foram respeitadas. Também deve, em caso de dúvida, efetuar novamente o procedimento adaptado às condições do sistema, tendo o cuidado de anotar a quantidade de fluido recuperada anteriormente e se a quantidade de fluido for insuficiente, pode ser necessário efetuar uma pesquisa de fugas. Durante a fase de recuperação, o óleo presente no fluido refrigerante será recuperado pela estação de carga, separado do fluido e armazenado no frasco graduado previsto para o óleo usado (Figura 52). Deve-se conhecer essa quantidade para injetar o mesmo volume de óleo novo. Figura 52 AR CONDICIONADO Estas pausas no processo de recuperação são feitas para que o fluído expanda e seja permitida a sua recuperação total.
  • 43. 43 Treinamento à Rede O óleo usado no sistema de ar condicionado é higroscópico e pode ser facilmente contaminado pela presença da umidade no ar e se isso acontecer, o óleo contaminado torna-se ácido e ataca os elementos do circuito do ar condicionado portanto, o recipiente de óleo deve ser fechado após utilização para evitar esta contaminação e nunca deve-se reutilizar o óleo que permaneceu aberto durante muito tempo. Estação de carga: Esvaziamento no vácuo A duração da aplicação de vácuo (Figura 52) depende do tempo decorrido entre a remoção e a carga do fluido refrigerante e qualquer que seja a manutenção do circuito, deve-se efetuar o máximo de vácuo porquê o objetivo desta operação é eliminar qualquer vestígio de umidade no circuito, efetuar um teste de estanqueidade e facilitar a reposição do óleo e a transferência do fluido refrigerante. Figura 52 A aplicação de vácuo é uma etapa importante que não deve ser abreviada porque a presença (mesmo que pequena) de umidade no circuito pode provocar uma degradação rápida dos elementos do circuito como o compressor e principalmente a garrafa desidratante ou acumulador. Teste de estanqueidade: Esse teste permite verificar a resistência do vácuo no circuito quando este está sujeito apenas à pressão atmosférica (pressão do meio ambiente). O teste de estanqueidade no vácuo e a aplicação de vácuo são as mesmas operações e na maioria das máquinas essas operações são automatizadas e quando existe qualquer problema com a estanqueidade, aparece uma mensagem de erro no visor da máquina. AR CONDICIONADO NOTA A aplicação de vácuo diminui o ponto de ebulição da água que passa do estado líquido para o gasoso e essa alteração de estado facilita a remoção de umidade do sistema.
  • 44. 44 Treinamento à Rede Estação de carga: Enchimento Quantidade de fluido refrigerante a transferir: a quantidade de fluido a ser colocada no sistema (Figura 53) depende das característica do veículo, motorização e de diversas outras especificações e é aconselhável respeitar essa carga porque uma alteração da carga para mais ou para menos pode alterar o desempenho do sistema. Figura 53 Reposição de óleo: O volume de óleo novo a ser colocado no sistema deve ser igual ao volume medido durante a recuperação (Figura 54). Existem diferentes óleos para o fluido R134a e cada óleo destina-se a um determinado tipo de compressor e não pode ser substituído por outro, pois pode danificar os componentes do ciclo frio e para eliminar os riscos de uma mistura, recomenda-se que tenha á disposição vários frascos na máquina de ar condicionado. Figura 54 AR CONDICIONADO NOTA Pode ser necessário trocar o óleo do compressor se aconteceu a ruptura de qualquer componente do sistema ou se o circuito ficou aberto por muito tempo.
  • 45. 45 Treinamento à Rede Validação da carga: Para validar a carga, bem como qualquer intervenção que necessite de uma verificação de conformidade, é aconselhável efetuar a verificação do correto funcionamento do sistema e esta verificação consiste em efetuar um teste do desempenho. Também é necessários efetuar uma pesquisa de vazamentos e essa pesquisa consiste em efetuar um teste de vazamentos com o detector eletrônico. AR CONDICIONADO
  • 46. 46 Treinamento à Rede NT6001A Evaporador – limpeza  Colocar o veículo num elevador (Figura 55); Figura 55  Aplicar o PRODUTO DE LIMPEZA DO CIRCUITO DO AR CONDICIONADO, utilizando uma mangueira de extensão através do tubo de saída de água da condensação;  Pulverizar todo o produto;  Deixar atuar durante 15 minutos  Ligar o sistema de ventilação na velocidade mais baixa e deixar trabalhar por durante 5 minutos. AR CONDICIONADO NOTA Para evitar problemas no motor do eletro ventilador, evite jogar produto pela entrada de ar.
  • 47. 47 Treinamento à Rede Exercício 1 | Teste de desempenho do sistema de ar condicionado Verificar a seleção do bloco de comandos 1. Qual documento está descrito o funcionamento do bloco de comando? 2. Descreva como funciona cada função do bloco de comandos e verifique o seu estado: AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS Função Descrição da função Estado
  • 48. 48 Treinamento à Rede Exercício 2 | Teste de desempenho do sistema de ar condicionado Verificar o desempenho do sistema de ar condicionado 1. Realize um teste de desempenho do sistema de ar condicionado usando seguindo os passos abaixo:  Ligar o sistema de ar condicionado;  Borboleta de reciclagem em posição de aberta;  Comando da temperatura no máximo frio;  Abrir os difusores centrais e fechar os laterais;  Ventilador em posição máxima velocidade;  Manter o regime do motor a 2000 +/- 200 RPM;  Medir a temperatura na saída do difusor comparar com a tabela abaixo: 2. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente? AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 49. 49 Treinamento à Rede Exercício 3 | Diagnóstico do sistema de ar condicionado Definir os estados de temperaturas conformes 1. Como deve ser as temperaturas na entrada e saída dos componentes do sistema de ar condicionado? 2. Agora, faça a verificação do sistema? 3. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente? AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS ELEMENTO TEMPERATURA Entrada Saída Compressor Condensador Garrafa desidratante Acumulador Expansor termostático Orifício calibrado Evaporador Alguns lugares podem estar muito quente e perto do eletro ventilador. Fique atento!
  • 50. 50 Treinamento à Rede Exercício 4 | Diagnóstico do sistema de ar condicionado Orientar o diagnóstico pelo método tátil 1. Como deve iniciar um diagnóstico pelo método tátil? 2. Coloque o sistema em funcionamento e realize os testes necessários. 3. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente? AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 51. 51 Treinamento à Rede Exercício 5 | Teste da fugas de um sistema de ar condicionado Determinar a origem das fugas com um detector eletrônico 1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do procedimento? 2. Descreve as vantagens de utilizar esse método de detecção de fugas: 3. Que precauções devemos tomar com a sonda do detector? 4. Utilize o documento e realize o procedimento para detecção das fugas. AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 52. 52 Treinamento à Rede Exercício 6 | Teste da fugas de um sistema de ar condicionado Determinar a origem das fugas com um detector por traçador 1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do procedimento? 2. Quando devemos utilizar esse método? 3. Utilize o documento e realize o procedimento para detecção das fugas. AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 53. 53 Treinamento à Rede Exercício 7 | Manutenção do ar condicionado Efetuar as operações preliminares à manutenção 1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do procedimento? 2. Quais são as operações de manutenção a ser realizada? 3. Efetue as operações de manutenção AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 54. 54 Treinamento à Rede Exercício 8 | Manutenção do ar condicionado Recuperar o fluído criogênico 1. Em que condição está o sistema e o que é preciso fazer para iniciar o procedimento: 2. Descreva as etapa para realização desse procedimento: 3. Realize a recuperação do fluído. 4. Qual a quantidade de fluído recuperada? 5. Qual a quantidade de óleo recuperada? AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 55. 55 Treinamento à Rede Exercício 9 | Manutenção do ar condicionado Efetuar o esvaziamento no vácuo 1. Qual o motivo de se realizar esse procedimento? 2. Qual é o tempo de vácuo necessário para deixar o sistema em condições de ideal de funcionamento? 3. Qual conclusão chegou? O sistema funciona corretamente? AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 56. 56 Treinamento à Rede Exercício 10 | Manutenção do ar condicionado Efetuar o enchimento 1. Quais são os documentos técnicos que irão fornecer as informações necessárias à realização do procedimento? 2. Descreva as etapas para realizar esse procedimento. 3. Faça o enchimento do circuito. AR CONDICIONADO | CADERNO DE EXERCÍCIOS
  • 57. 57 Treinamento à Rede AR CONDICIONADO | GLOSSÁRIO Portugal Brasil Intervenção Manutenção Fluído criogênico Fluido refrigerante Imperativamente Rigorosamente Premido Apertado Veio Eixo Montante Antes Jusante Depois Arejador Difusor Fugas Vazamentos Estação de carga Máquina de reciclagem