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Baterias de veículos
Fundamentos, uso e manuseio
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Apostila autodidática 234
VOLKSWAGEN do Brasil
Indústria de Veículos Automotores Ltda.
Academia Volkswagen
Via Anchieta, km 23,5
São Bernardo do Campo - SP
CEP 09823-901 - CPI 1177
A reprodução ou transcrição total ou parcial deste material é proibida,
salvo expressa autorização, por escrito, da Volkswagen do Brasil.
As informações contidas nesta apostila são exclusivamente para
treinamento dos profissionais da Rede de Concessionárias Volkswagen,
estando sujeitas a alterações sem prévio aviso.
1ª Edição
Capa Apostila Bateria.indd 1 5/10/11 3:56 PM
1
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Índice
Introdução ........................................................................................................... 3
Fundamentos ....................................................................................................... 4
Estrutura da bateria ........................................................................................... 4
Eletrólito 6
Operações de carga e descarga ........................................................................... 7
Grandezas e conceitos técnicos relacionados à bateria ........................................... 8
Tecnologias atuais ................................................................................................ 10
Tipos de baterias ...............................................................................................10
Baterias de reposição originais Volkswagen .............................................................. 14
Particularidades e propriedades ........................................................................... 14
Baterias com necessidades mínimas de manutenção e baterias isentas de manutenção . 18
Localização da bateria no veículo ........................................................................ 20
Balanço energético ............................................................................................... 22
Fatores que influenciam no balanço energético ..................................................... 22
Conceitos relacionados com a rede de bordo ........................................................ 24
Ação conjunta da bateria e do alternador ............................................................. 26
Descarga e comportamento em temperaturas ....................................................... 28
Serviço ................................................................................................................32
Teste da bateria................................................................................................. 32
Carga da bateria ................................................................................................35
Recarga da bateria .............................................................................................36
Partida auxiliar .................................................................................................. 38
Uso e manuseio ................................................................................................ 40
Armazenamento e transporte .............................................................................. 42
Perigos relacionados com o uso e manuseio de baterias de veículos ......................... 44
Advertências .................................................................................................... 46
Glossário ............................................................................................................. 47
Teste seus conhecimentos ..................................................................................... 53
2
A apostila autodidática apresenta o design e funcionamento de novos desenvolvimentos.
Os conteúdos não serão atualizados e algumas das tecnologias apresentadas nessa
apostila são implementadas de acordo com mercados específicos.
Para as instruções de verificação, ajuste e reparação, por favor, consulte a Literatura
Técnica de Serviço Pós-vendas prevista para estes efeitos.
3
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
A bateria é um dos componentes elétricos mais
importantes do veículo. Seu funcionamento
correto contribui de forma essencial para a
satisfação do Cliente com o veículo.
Além da função destinada à partida do motor, a
bateria do veículo também assume as funções
de armazenamento e fornecimento de energia
elétrica para toda a rede de bordo do veículo.
Isso significa que está em condições de
absorver energia elétrica, armazená-la e
disponibilizá-la novamente em função das
necessidades posteriores.
A manipulação e uso das baterias, de acordo
com as necessidades do serviço, exigem certos
conhecimentos básicos, que serão oferecidos
por esta apostila autodidática.
Introdução
4
Estrutura da Bateria
Uma bateria de 12 V possui seis células
conectadas em série, incorporadas em uma
caixa do tipo bloco de polipropileno subdividida
por paredes divisórias. Uma célula possui um
bloco de placas, formado respectivamente por
um conjunto de placas positivas e outro de
placas negativas.
O conjunto de placas é formado por placas de
chumbo (grade de chumbo e massa ativa) e
os separadores de um material isolante micro-
poroso entre as placas de diferente polaridade.
Para a separação são utilizados separadores do
tipo bolsa de polietileno no conjunto de placas
positivas ou nas negativas.
Os polos terminais, os conectores entre as
células e as placas são de chumbo. Os polos
terminais diferenciam-se pelo diâmetro. O polo
positivo é sempre maior que o negativo.
A diferença de diâmetros serve para evitar
conexões com a polaridade incorreta. As
emendas de conexão entre as células passam
através da parede divisória da célula. A caixa
do tipo bloco em material isolante, resistente
a efeitos de ácidos (polipropileno) constitui a
carcaça da bateria. Na parte externa apresenta
saliências na base para a sua fixação. A caixa
do tipo bloco é fechada na parte superior pela
tampa.
Tampas das células lacradas
com adesivo
Conjunto de placas positivas
Bloco de placas
Separador
tipo bolsa de polietileno
Conjunto de placas
negativas
Desgaseificação central
Saliências na base
Caixa tipo bloco
Tampa
Fundamentos
5
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
A conexão em série das células é realizada
através de emendas de interligação. A tensão
desejada para a bateria é obtida através da
conexão das células pelas emendas. Sempre é
conectado o polo negativo de uma célula com o
polo positivo da seguinte.
O líquido da bateria (eletrólito) é ácido sulfúrico
diluído, que preenche o espaço livre das células,
bem como os poros nas placas e separadores.
Nas baterias mais antigas, não isentas de
manutenção, cada célula apresenta uma tampa
com rosca. A tampa é utilizada para o primeiro
enchimento, para manutenção e para que o gás
produzido possa sair.
As baterias isentas de manutenção são
fornecidas de forma aparentemente lacrada.
A descarga do gás ocorre através da abertura
de desgaseificação central.
Placa de chumbo positiva com
separador
Bloco de placas completo
Conjunto de placas negativas
Placa de chumbo negativa
Grade de chumbo negativa
Grade de chumbo positiva
Lingueta
Conjunto de placas positivas
Emenda de interligação entre placas
Polo
terminal
Alças retráteis integradas
Desgaseificação central
As figuras apresentadas neste material são princípios esquemáticos.
6
Densidade do ácido
1,28g/cc
1,21g/cc
1,18g/cc
1,10g/cc
Nível de carga
100%
60%
40%
0%
Tensão
12,7V
12,3V
12,1V
11,7V
O eletrólito apresenta um alto poder corrosivo. Observar as indicações sobre segurança.
Eletrólito fixado
Para evitar danos causados pelo vazamento
do eletrólito é possível empregar um eletrólito
fixado.
Para solidificar o eletrólito como um gel,
acrescenta-se ácido silícico ao ácido sulfúrico.
Assim o eletrólito se solidifica, transformando-
se em uma massa gelatinosa. Outra forma de
fixar o eletrólito é através da utilização de véu
de fibra de vidro como material separador. O
véu de fibra de vidro imobiliza o eletrólito e
impede seu vazamento em caso de danos na
carcaça da bateria.
Hidrogênio Oxigênio Chumbo Íons de sulfato Eletrólito
Placa de
Chumbo
Placa de
Chumbo
Placa de
Chumbo
Alternador/carregador
Bateria em fase de carga
Bateria descarregada
Eletrólito
Eletrólito líquido
O líquido das baterias recebe o nome de
eletrólito. Em uma bateria de chumbo é utilizado
ácido sulfúrico diluído em água como eletrólito.
Numa bateria com a sua carga elétrica máxima,
o ácido sulfúrico equivale a aproximadamente
38% da solução e o resto é água destilada.
Devido às características dos seus íons, o
eletrólito está em condições de conduzir uma
corrente elétrica entre os eletrodos.
A densidade nominal do eletrólito varia de
acordo com a quantidade de carga da bateria.
7
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Operações de carga e descarga
Carga
Carga significa a reposição de energia elétrica
na bateria. Durante a operação de carga
transforma-se energia elétrica em energia
química.
Durante o funcionamento do motor, o
alternador fornece corrente de carga à bateria.
Consequência: o sulfato de chumbo e a água
produzidos pela descarga tornam-se novamente
chumbo, dióxido de chumbo e ácido sulfúrico.
Desta forma, é reestabelecida a energia química
necessária para a entrega de energia elétrica.
A densidade do ácido aumenta.
Placa de
Chumbo
Placa de
Chumbo
Placa de
Chumbo
Consumidor
Bateria em fase de descarga
Bateria carregada
Para a operação de carga é importante contar com a tensão ideal do regulador.
Se a tensão do regulador for muito alta é dispersada uma maior quantidade
de água em virtude da reação eletrolítica. Devido a isso, o nível do eletrólito na
bateria diminui com o passar do tempo.
Se a tensão do regulador for muito baixa, a bateria não será carregada de forma correta.
Uma falta permanente de carga reduz a capacidade de partida da bateria e diminui a sua vida útil.
Sempre que uma bateria é carregada, é produzido gás.
Atenção: perigo de explosão.
Descarga
Descarga significa o consumo de energia
elétrica de uma bateria. Pela operação de
descarga transforma-se energia química em
energia elétrica.
Uma bateria é submetida a descarga quando
está conectada a um consumidor ativado.
O ácido sulfúrico sofre desagregação. Sua
participação percentual no eletrólito diminui,
devido a produção de água.
A densidade do ácido diminui. Tanto na placa
positiva quanto na negativa é produzido sulfato
de chumbo.
8
Grandezas e conceitos técnicos relacionados à bateria
Fator de carga de corrente
A energia que deve ser fornecida a uma bateria
no processo de carga é sempre maior que a
energia que ela pode fornecer.
Esta sobrecarga serve para compensar as
perdas eletroquímicas ocorridas na operação
de carga.
Para carregar uma bateria em 100% é
necessário fornecer entre 105% e 110% da
quantidade de corrente fornecida.
O valor (1,05 ou 1,10) é o fator de carga de
corrente.
Capacidade
É a quantidade de eletricidade disponível em
uma bateria ou em uma célula, medida em
ampères-hora (Ah). A capacidade depende
da temperatura da bateria e da corrente de
descarga. A capacidade fornecida diminui
intensamente à medida que aumenta o valor
das correntes de descarga e diminui a
temperatura do entorno.
Capacidade nominal K20
É a capacidade da bateria, indicada pelo
fabricante e expressa em ampères-hora. Uma
bateria nova, com carga máxima, deve fornecer,
em temperatura ambiente, uma corrente em um
valor de K20 : 20 h durante vinte horas.
A tensão da bateria não deve cair abaixo de
10,5 V durante essa operação. Exemplo de
uma bateria de 60 Ah:
60 Ah : 20 h = 3 A
Uma bateria de 60 Ah deve fornecer, durante
um mínimo de vinte horas, uma corrente de
3 A, sem que a sua tensão caia a menos
de 10,5 V.
Fator carga corrente = 1,05 a 1,10
Quantidade de corrente
alimentada = 105 a
110%
Quantidade de corrente
extraída = 100%
Corrente de teste a frio
A capacidade de partida da bateria a frio é
identificada pela corrente de teste a frio.
É a corrente de descarga que, de acordo com
a indicação do fabricante, deve fornecer uma
bateria nova, com carga máxima, exposta a
-18°C durante um período de tempo definido
na norma correspondente. O limite mínimo de
tensão da bateria, determinado na norma, não
deve ser menor na prática. O procedimento de
teste é descrito na norma VW 750 73. (ver
Glossário)
Capacidade disponível de uma bateria (12 V 100 Ah)
em função da temperatura e da corrente de descarga,
referente ao tempo de descarga de 20 h e 100% da carga.
9
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Tensão da célula
A tensão da célula é a diferença dos potenciais
que surgem entre as placas positivas e
negativas no eletrólito.
A tensão das células não é um valor constante.
Depende essencialmente da quantidade de
carga (densidade do ácido).
A relação de dependência que existe entre a
tensão da célula e a temperatura é desprezível.
A tensão nominal de uma célula é um valor
constante é de 2 V.
Tensão nominal
Para baterias de veículos, a tensão nominal
de uma célula é definida através de normas.
A tensão nominal de uma bateria é resultado
da tensão nominal de cada uma das células
multiplicada pela quantidade de células. A
tensão nominal padronizada para baterias de
veículos é 12 V.
Tensão entre bornes
A tensão entre bornes é a tensão que existe
entre os dois terminais da bateria.
Tensão de gaseificação
A tensão de gaseificação é a tensão de carga,
superior à qual uma bateria começa o processo
de gaseificação. A gaseificação começa a partir
de uma tensão entre bornes de 14,4 V (tensão
de cada célula 2,4 V). Isto provoca a produção
de hidrogênio em grande quantidade (gás).
Atenção: perigo de explosão.
2 V
Tensão nominal de uma célula
6 x 2V
Tensão nominal
Mais detalhes sobre a tensão em repouso estão disponíveis no ELSA.
- Manual de Reparos - (Sistema elétrico), grupo rep. 27
- Tabelas de manutenção - Serviço para veículos em exposição e no pátio.
Esta função está implementada a partir da versão 3.1.
Tensão em repouso
A tensão em repouso ou tensão sem carga é
aquela apresentada pela bateria desconectada,
não submetida a carga, após ter atingido o valor
de equilíbrio.
10
Baterias com eletrólito líquido
Tampa de fechamento da célula na
bateria com eletrólito líquido
Tipos de baterias
Baterias com eletrólito líquido
As baterias com eletrólito líquido são de
dois tipos: as que precisam de manutenção,
dotadas de tampas nas células e as livres de
manutenção, desprovidas de tampas.
Vantagens:
• Uma boa relação custo-benefício
• Alto nível de disponibilidade no mercado
(grande variedade de tipos).
• Adequadas para a montagem no vão do
motor.
Desvantagens:
• Requer revisão do nível de eletrólito através
do visor de carga.
• Não são à prova de vazamento.
Tampa de fechamento da célula
A desgaseificação das células de uma bateria
com eletrólito líquido é realizada através do
duto de desgaseificação central. O duto de
desgaseificação conduz o gás até uma ou duas
aberturas laterais na tampa da bateria.
Se existirem duas aberturas, uma delas é
fechada.
Nas baterias dotadas de tampões para as
células, o anel de vedação se encarrega de
impedir a fuga dos gases através dos tampões.
Em todos os tipos de baterias pode ocorrer o vazamento do eletrólito
por danos ou tratamento inadequado. Isso pode causar riscos de queimaduras.
Ao carregar baterias com eletrólito líquido dotadas de tampas nas células,
essas tampas não devem ser retiradas.
Tampão
Anel de vedação
Abertura
Duto de desgaseificação
Tampa de fechamento da célula
Tecnologias atuais
11
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Bateria VRLA
Tampa de fechamento da célula na bateria VRLA
Baterias VRLA (Valve Regulated Lead Acid
Battery)
Trata-se de baterias com o eletrólito fixado.
As tampas de fechamento das células não são
rosqueáveis.
Os gases de hidrogênio e oxigênio produzidos
ao sobrecarregar a bateria voltam a transformar-
se em água dentro dessa célula.
Vantagens:
• Ausência de manutenção, por suprimir a
revisão e o trabalho de completar o eletrólito.
Desvantagens:
• Se for carregado em excesso, o gás escapa
através de uma válvula de desgaseificação
desenhada em forma de uma válvula de
segurança. Devido a não ser possível repor
essas quantidades de líquido, pode ser que
a bateria sofra um dano irreversível. Por
isso, para carregar este tipo de bateria é
necessário utilizar um limitador de tensão de
carga em 14,4 V
Tampas de fechamento das células
As tampas de fechamento das células não
podem ser abertas. Contém as válvulas
de desgaseificação, que permitem a saída
específica do gás para o duto central de
desgaseificação no caso de ocorrer uma pressão
excessiva no interior da célula.
Abertura
Duto de desgaseificação
Tampa de fechamento da célula
Tampão
O-ring
Abertura até o conduto
de desgaseificação
Válvula de
descarga
O-ring
12
Baterias de gel
No caso das baterias de gel, o eletrólito está
unido a uma massa gelatinosa, produzida
adicionando ácido silícico ao ácido sulfúrico.
Com relação ao princípio de desgaseificação, as
baterias de gel pertencem às baterias VRLA.
O ácido fosfórico contido no eletrólito aumenta
a resistência a ciclos de carga (quantidade de
operações de carga e descarga), propiciando
a recarga no caso de ocorrer uma descarga
profunda. A bateria é fechada com uma tampa.
As tampas não rosqueáveis das células e o duto
de desgaseificação estão integrados na tampa.
As baterias de gel não apresentam visor de
carga.
Vantagens:
• Segurança contra vazamentos
• Alta resistência a ciclos de carga e descarga
• Ausência de manutenção
• Gaseificação reduzida
Desvantagens:
• Más propriedades em partidas a frio
• Alto preço
• Disponibilidade reduzida
• Incapaz de trabalhar em altas temperaturas,
não sendo adequada para montagem no vão
do motor
Detalhe da tampa da bateria
As tampas das células e o duto de desgaseificação
da bateria de gel estão integrados na tampa.
Bateria de gel com eletrólito fixado
Duto de desgaseificação
Tampa
Válvula de
desgaseificação Duto de
desgaseificação
Nos veículos Volkswagen não são utilizadas baterias de gel.
Em todos os tipos de baterias pode ocorrer o vazamento do eletrólito por danos ou tratamento
inadequado. Isso pode causar riscos de queimaduras.
13
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Bateria AGM com a carcaça completamente fechada.
O eletrólito desta bateria é fixado em uma malha de fibra
de vidro absorvente.
Duto de desgaseificação
Baterias AGM
(Absorbent glass mat battery = Bateria
com malha de fibra de vidro absorvente). As
baterias cujo eletrólito é fixado em uma malha
micrométrica de fibra de vidro absorvente
recebem o nome de baterias AGM. A malha
possui fibras de vidro muito finas, trançadas
entre si. A malha apresenta excelentes
características para ser impregnada com
ácido sulfúrico e é muito absorvente. Assume
a função do separador. A malha absorve a
quantidade total de eletrólito.
Devido a esta particularidade, as baterias AGM
são consideradas seguras contra vazamentos.
Se bem que continua existindo a possibilidade
de vazamento de pequenas quantidades de
eletrólito se houver dano na carcaça desta
bateria, porém a quantidade que pode vazar
está em um valor entre zero e alguns mililitros.
A bateria é fechada com tampa. As tampas
das células e o duto de desgaseificação estão
integrados na tampa. As baterias AGM não
apresentam visor de carga.
Com relação ao seu princípio de
desgaseificação, as baterias AGM pertencem
às baterias VRLA. A VW utiliza baterias AGM
para atender exigências especiais, tais como
resistência a ciclos de carga e descarga, partida
a frio ou segurança contra vazamentos.
Vantagens:
• Alta resistência a ciclos de carga e descarga
• Segurança contra vazamentos
• Ausência de manutenção
• Gaseificação reduzida
• Boas propriedades para partida a frio
Desvantagens:
• Alto preço
• Reduzida variedade de tipos no mercado
• Inadequada para o trabalho a altas
temperaturas, portanto, não sendo
recomendada para montagem no vão do
motor
Detalhe da tampa da bateria
Na bateria AGM a tampa de fechamento da célula e o duto
de desgaseificação estão integrados na tampa.
Tampa
Válvula de
desgaseificação
Duto de
desgaseificação
14
Particularidades e propriedades
Desgaseificação central
Nas baterias com desgaseificação central, o gás
sai através de um lugar definido da bateria.
Implantando um tubo flexível é possível
direcionar a saída do gás de uma forma
específica em direção a um lado não crítico, por
exemplo: longe de fontes de ignição. Em função
do seu lugar de montagem, a desgaseificação
da bateria pode ocorrer pelo lado do polo
positivo ou do negativo.
Redução do efeito detonante
A proteção antidetonante possui um disco
poroso de material plástico, que atua como uma
válvula antichama instalada diante da abertura
de desgaseficação central.
Se os gases que saem pela boca de
desgaseificação se inflamarem por efeitos
externos, a válvula antichama assume a função
de impedir que a chama penetre na bateria.
As baterias Originais Volkswagen possuem um orifício do lado de cada polo. Um destes orifícios
deve estar sempre fechado. Dessa forma, existe a segurança de que a desgaseificação ocorrerá
apenas através do tubo flexível instalado. Se ambos os orifícios estiverem fechados, a bateria
pode explodir. Deve ser retirada uma das tampas de saída de desgaseificação de acordo com o
especificado na tabela do manual de instruções para a bateria de reposição original.
Saída de desgaseificação central
Princípio esquemático de desgaseificação central
Válvula
antichama
Proteção antichama
Baterias de reposição originais Volkswagen
15
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Tampas das células com o-ring
As tampas das células possuem o-rings que
permitem a vedação ao rosquear as mesmas.
As tampas com o-ring servem também como
proteção antidetonante. Sua função está correta
quando todos os gases saem apenas através do
único orifício previsto para essa finalidade.
Função de captação do ácido
Nas baterias de reposição originais existe uma
pequena câmara de armazenamento no final do
duto de desgaseificação central, na qual são
interceptadas gotas de ácido arrastadas pelo
fluxo de gás.
Nas baterias com tampas das células desprovidas de o-ring existe o risco de que a água que
respingue na bateria possa penetrar através das tampas não vedadas. Esta falta de vedação
provoca um enchimento excessivo da bateria e pode causar vazamento do eletrólito. As
consequências são danos à carroceria. No caso das tampas sem o-ring, o gás escapa pelas
tampas. Em um caso extremo pode resultar na explosão da bateria devido a uma fonte de ignição
externa.
O-ring
Câmara
interceptadora
Duto de
desgaseificação
Válvula antichama
Abertura de
desgaseificação
16
Visor de carga
Em todos os modelos do Consórcio
Volkswagen, exceto Audi A8, Audi A6
e Audi A4, são montadas baterias com
eletrólito líquido, dotadas de visor de carga.
O visor de carga informa o estado de carga
e o nível de ácido da bateria, através da
visualização de cores. A detecção realizada
em apenas uma célula é suficiente para uma
primeira verificação do estado de carga.
Antes de realizar uma inspeção visual através
do visor é necessário dar algumas pequenas
batidas nele com o cabo de uma chave de
fenda. Dessa forma, emergem as bolhas de
ar que podem influenciar na visualização. Isso
confere uma maior exatidão à visualização da
cor do visor.
De amarelo a incolor:
Nível muito baixo de eletrólito,
substituir a bateria
Preto:
Mau estado de carga, < 65%,
carregar a bateria
Verde:
Bom estado de carga, > 65%,
bateria correta
Indicação de cor
Flutuador
Grade
Sonda óptica
Eletrólito
à vista
Grade
à vista
Flutuador
à vista
O visor pode apresentar três cores diferentes:
Ao carregar a bateria a densidade do ácido aumenta na região das placas. O aumento da
densidade do ácido na zona acima das placas ocorre por difusão. Entretanto, o visor detecta
apenas a densidade do ácido acima das placas.
Em casos específicos isto pode provocar o seguinte diagnóstico errado: Apesar da bateria estar
com carga máxima, o visor apresenta a cor preta. Isto ocorre devido ao eletrólito com alta
densidade de ácido não ter se misturado ainda com o eletrólito com baixa densidade de ácido.
Esta operação de mistura (difusão) pode demorar vários dias.
Para a verificação exata do estado da bateria é necessário realizar um teste
com o equipamento VAS 5097 A.
17
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Otimização do ângulo de inclinação
Existem veículos nos quais é necessário
inclinar ou virar a bateria para montagem e
desmontagem.
As baterias originais estão desenhadas de modo
que seja possível colocá-las inclusive de cabeça
para baixo por um curto período sem que
ocorra vazamento de eletrólito. Nas baterias do
mercado paralelo existe o perigo de vazamento
de ácido ao inclinar a bateria.
Especificações na bateria
Para poder descrever de uma forma precisa e inconfundível a capacidade de rendimento e a
utilização das baterias são necessários os seguintes dados:
Corrente de teste a frio
(em Ampères a -18ºC)
Nota que indica a conformidade
com a norma Volkswagen 750
73 e as condições técnicas de
fornecimento TL 825 06
Capacidade nominal, expressa em
Ampère-hora.
EN= Segundo a Norma Européia
SAE = Segundo a Norma dos EUA
DIN = Segundo a Norma Alemã
Número de peça original
Tensão nominal expressa
em Volts
18
no máximo 8 g/Ah da
capacidade nominal
no máximo 3 g/Ah da
capacidade nominal
no máximo 16 g/Ah da
capacidade nominal
Isenta de manutenção
Lugar de localização
quente
Isenta de manutenção
Lugar de localização
fresco
Baterias com
necessidades mínimas
de manutenção
Baterias com necessidades mínimas de manutenção
e baterias isentas de manutenção
Exemplo: bateria instalada em lugar quente
Exemplo: bateria instalada em lugar fresco
Uma bateria recebe a denominação de mínima
necessidade de manutenção se o consumo
total de água após 42 dias atinge, no máximo,
16 g/Ah da capacidade nominal. As baterias
com necessidades mínimas de manutenção
são utilizadas pela Volkswagen apenas para a
reposição em veículos mais antigos.
Bateria isenta de manutenção
Uma bateria recebe a denominação de isenta
de manutenção se não é necessário adicionar
água destilada em condições de uso normal.
As baterias isentas de manutenção apresentam
carcaça transparente. A tampa é na cor preta.
(Implantação a partir de 2004)
As baterias isentas de manutenção
diferenciam-se pelo seu lugar de montagem.
Isenta de manutenção, instalada em lugar
fresco
• Se o consumo total de água após 42 dias
atingir no máximo 8 g/Ah da capacidade
nominal.
Isenta de manutenção, instalada em lugar
quente
• Se o consumo total de água após 42 dias
atingir no máximo 3 g/Ah da capacidade
nominal.
As baterias com eletrólito líquido pertencentes à gama de reposição Original Volkswagen
atendem a exigência de denominação isenta de manutenção, instalada em lugar quente.
Para o método de verificação ver a norma VW 75073.
Baterias com necessidades mínimas de manutenção
19
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Baterias isentas de manutenção com
tampas nas células
Estas baterias são reconhecidas pelo seu visor e
por apresentar tampas das células fechadas
com adesivo por cima.
Para o preenchimento das baterias basta
soltar o adesivo plástico que cobre as
tampas das células.
Carcaça preta em baterias AGM
As baterias AGM apresentam tampa preta e
carcaça também preta, o que torna possível
diferenciar imediatamente as baterias AGM das
baterias de eletrólito líquido.
Carcaças transparentes em baterias com
eletrólito líquido
As baterias com eletrólito líquido a partir de
2004 apresentam tampa preta e carcaça
transparente.
A carcaça transparente permite verificar, de
forma rápida, o nível de eletrólito em todas as
células no momento da sua entrega e antes da
sua montagem no veículo. Isto não é possível
nas baterias com carcaça preta.
Baterias isentas de manutenção sem
tampas nas células
Estas baterias apresentam visor e não
apresentam tampas separadas para as células.
As tampas estão integradas na parte superior.
A cobertura é responsável pelo fechamento da
bateria depois do seu enchimento na produção.
Não retirar o adesivo que apresenta as advertências.
A cobertura não deve ser retirada, pois provoca danos na bateria, tornando-a inútil.
20
O lugar de montagem da bateria no veículo
possui uma grande influência no seu
comportamento operacional.
Um lugar de instalação adequado para a bateria
do veículo deve atender diversos critérios:
• Fácil acesso para as intervenções de serviço
e manutenção;
• Proteção contra aquecimento ou resfriamento
excessivo durante o funcionamento;
• Proteção contra efeitos de umidade, óleo e
combustíveis, bem como contra influências
mecânicas;
• Em caso de colisão, proteger os ocupantes
do veículo contra gases desprendidos ou
ácido derramado da bateria.
Bateria no vão do motor
Se, por motivos técnicos, a bateria estiver
muito perto do motor ou de grupos mecânicos
que emitem intensa radiação de calor, as altas
temperaturas a que a bateria está exposta
podem exercer influência negativa na sua
resistência ao envelhecimento.
Com o sobreaquecimento, aumentam a corrosão
das grades positivas, o consumo de água e a
autodescarga da bateria.
Para minimizar esses fenômenos a bateria é
instalada em uma caixa específica de material
plástico.
Para a implantação em condições de
temperaturas particularmente altas é utilizada
ainda uma capa térmica para proteção adicional.
Esta capa não é uma proteção contra as baixas
temperaturas do inverno, como geralmente se
pensa.
Caixa da bateria no Touran modelo 2004 Capa de proteção térmica no Golf modelo 2003
Localização da bateria no veículo
21
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Bateria no habitáculo / porta-malas
Se a bateria estiver no habitáculo e for do tipo
com o eletrólito líquido, sempre se instala uma
bateria otimizada com o respeito ao ângulo de
inclinação ou se utiliza uma bateria AGM segura
contra vazamentos. As baterias instaladas no
habitáculo apresentam sempre um tubo flexível
para a desgaseificação.
Se, em caso de capotamento do veículo este
permanecer de ponta cabeça, pode ocorrer
o vazamento do ácido da bateria. Isso pode
provocar lesões nos ocupantes. Com a
implantação de baterias otimizadas no ângulo
de inclinação ou baterias seguras contra
vazamentos é minimizado o risco de danos
provocados pelo ácido.
• Por isso, é importante que no caso da
substituição seja instalada uma bateria com
estas características. No caso da bateria de
reposição original este requisito é atendido.
• Não deve ser esquecido de acoplar
novamente o tubo flexível de desgaseificação
na saída central correspondente da bateria.
Borne de bateria com fusível pirotécnico
O borne de bateria com fusível pirotécnico é
instalado se a bateria for montada no habitáculo
ou no porta-malas. Como o percurso percorrido
pelo cabo da bateria até o motor de partida
é relativamente longo, aumenta o risco de
incêndio se o cabo for danificado em um
acidente.
No caso de uma colisão na qual são acionados
os airbags, é interrompida a conexão positiva
da bateria ao motor de partida. Entretanto, a
alimentação de tensão para a rede de bordo
é mantida para a execução de importantes
funções de segurança, como o pisca-alerta.
A conexão positiva é interrompida disparando
uma carga pirotécnica em uma grade de
interceptação. Dois ganchos de retenção
na grade impedem que possa voltar a ser
estabelecido o contato involuntário.
Este tipo de borne pirotécnico da bateria
é montado, por exemplo: no Lupo 3L e no
Phaeton.
Não deve ser realizado nenhum tipo de reparo na unidade
formada pelo borne da bateria com fusível pirotécnico e seu cabo correspondente.
No caso de danos, deve ser substituída toda a unidade.
Borne de bateria com fusível pirotécnico: Sistema disparado
Borne 30
Gancho de retenção
Grade de interceptação
Pino cônico encaixado sob pressão
22
Situação favorável:
Uso dos faróis altos
O balanço energético é resultado da relação
entre a capacidade da bateria, os consumidores
conectados na rede de bordo, a potência
do alternador, a relação de transmissão do
alternador, o regime de marcha-lenta do motor e
as condições de marcha.
A bateria do veículo é um acumulador de
reservas, que assume a função de abastecer
os diferentes consumidores com a energia
elétrica suficiente. Por isso, deve ser carregada
continuamente pelo alternador. Caso predomine
a retirada de energia, a bateria vai “esvaziando”
e surge uma carência de carga.
• As condições ideais para um balanço
energético adequado são aquelas nas quais
existe uma relação equilibrada entre a
alimentação de energia (carga) e a entrega de
energia (descarga).
• Os consumidores adicionais no veículo ou
as condições de condução extremas podem
representar um impedimento para o equilíbrio
do balanço energético.
• A soma dos consumos e as condições
específicas da condução constituem os
fatores determinantes para o balanço
energético.
Fatores que influenciam no balanço energético
Os faróis altos são utilizados
predominantemente em rodovias, circulando
com o motor em regimes mais altos e em
condições de tráfego de baixa densidade.
Ao circular na cidade, em baixos regimes de
rotação do motor, com uma alta porcentagem
de regimes de marcha-lenta, trânsito denso
e percursos curtos não são necessários
os faróis altos. Os consumidores elétricos
deste tipo não costumam apresentar
problemas, pois geralmente são utilizados nos
regimes adequados do alternador. Todos os
consumidores recebem corrente suficiente, ao
mesmo tempo em que é carregada a bateria.
Aqui, todos os fatores coincidem de forma mais
favorável.
Alternador
Carga da bateria
Regimes do alternador
médios e/ou altos
Bateria
Consumidores
Balanço energético
23
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Unidade de Controle da Rede de Bordo J519 no Touareg
Situação desfavorável:
Uso dos faróis de neblina
Entretanto, a situação é menos favorável se
forem ligados ao mesmo tempo numerosos
consumidores elétricos, como os faróis de
neblina, os faróis e o desembaçador traseiro.
Todos estes consumidores são acionados
geralmente ao circular em regimes menores de
rotação, nos quais o alternador não consegue
fornecer a energia máxima. A neblina obriga a
circular de forma lenta. Os faróis de neblina são
deixados acesos durante um longo período de
tempo.
Neste exemplo, os fatores coincidem de forma
menos favorável.
Funções na unidade de controle da rede
de bordo J519
Na unidade de controle da rede de bordo
são agrupadas funções que até agora eram
realizadas por unidades de controle e relés que
estavam distribuídos pelo veículo. A unidade
de controle da rede de bordo é responsável por
gerenciar as cargas energéticas dos diferentes
consumidores elétricos pertencentes à área de
conforto. Para isso, é responsável por monitorar
o nível de tensão da bateria. Quando detecta
que foram atingidos os limites específicos exige,
primeiro, um regime mais acelerado de marcha-
lenta. O maior regime do alternador oferece
uma situação mais favorável para a rede de
bordo.
Se a situação coloca em risco a capacidade
de uma nova partida do motor ou se for
iminente que os consumidores de relevância
para a segurança possam parar de funcionar de
forma correta, podem ser desativados, por um
pequeno período, os consumidores da área de
conforto, por exemplo: o aquecimento do vidro
traseiro.
Alternador
Descarga da bateria
Baixo regime do
alternador
Bateria
Consumidores
24
Conceitos relacionados com a rede de bordo
A segunda bateria, por exemplo: em motorhomes
A segunda bateria
Nos motorhomes são acionados, por exemplo
o aquecimento independente, o refrigerador,
a iluminação interna e muitas outras funções
através de um circuito de corrente separado. A
alimentação é realizada através de outra bateria
de 12 V, denominada segunda bateria.
Desta forma, garante-se que exista corrente
disponível suficiente para a partida do motor
se o veículo esteve parado durante um tempo
relativamente prolongado com consumidores
elétricos ativados, por exemplo: em um
camping.
Estando o motor em operação, a bateria e a
segunda bateria estão conectadas em paralelo e
são carregadas pelo alternador. Quando o motor
está parado, ambas as baterias estão separadas
por um relé disjuntor.
Em veículos convencionais, a bateria assume a
função de garantir o fornecimento da energia
elétrica para a partida do motor e para os
consumidores elétricos.
Todos os consumidores são alimentados por
apenas uma bateria em todas as condições
operacionais.
Entretanto, devido à extensa aplicação de
equipamentos nos veículos e, principalmente
as altas potências necessárias para a partida
a frio, pode ser que apenas uma bateria não
seja suficiente para a alimentação confiável de
corrente elétrica.
Se for esse o caso, se implanta:
• a segunda bateria ou
• o conceito de duas baterias.
25
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Conceito de duas baterias
Em veículos com o conceito de duas baterias,
ocorre a divisão do sistema em uma bateria da
rede de bordo e uma bateria de partida.
O conceito de duas baterias no Phaeton está
formado pela bateria de partida (A), a bateria
da rede de bordo (A1), o relé para a conexão
em paralelo das baterias (J581) e a unidade
de controle para monitoramento das baterias
(J367).
A bateria de partida encarrega-se de alimentar
corrente ao circuito de arranque para o
funcionamento do motor. A bateria da rede de
bordo abastece a rede de bordo de 12 V.
Mesmo se a bateria de partida estiver
descarregada, é possível dar partida no motor.
O gerenciamento é realizado através da unidade
de controle para monitoramento das baterias e
o relé para conexão em paralelo das baterias.
Unidade de Controle para
monitoramento de baterias
Bateria da rede de bordo
Relé para conexão em paralelo
das baterias
Bateria de partida
O conceito de duas baterias, por exemplo: no Phaeton
Quando o veículo estiver em circulação, a
bateria de partida é recarregada da forma
ideal, através de um processo gerenciado pela
unidade de controle para monitoramento de
baterias e um transformador DC/DC.
No conceito de duas baterias do Touareg (V10
TDI) a unidade de controle da rede de bordo
(J519) assume a função da unidade de controle
para monitoramento de baterias (J367). Neste
caso também é possível dar partida no motor
estando descarregada a bateria de partida.
A recarga da bateria de partida, entretanto,
só ocorre se houver sobra de energia na
rede de bordo, ou seja, sem o apoio de um
transformador DC/DC.
A1
A
26
Ação conjunta da bateria e do alternador
A potência fornecida pelo alternador, a
capacidade da bateria e as necessidades de
corrente pela rede de consumidores devem
estar balanceadas para que o sistema funcione
de forma segura e isenta de falhas.
As dimensões, o tipo e a arquitetura do
alternador de um veículo são determinados
com o objetivo de fornecer a quantidade
suficiente de corrente para a alimentação dos
consumidores e a acumulação na bateria.
Os alternadores geram corrente alternada.
Entretanto, a eletrônica do automóvel trabalha
com corrente contínua.
A transformação de corrente alternada em
contínua é realizada pelo retificador no
alternador.
Corrente contínua
Corrente alternada
Exemplo de cálculo:
Farol de neblina (potência absorvida nominal 55W)
Consumidor Bateria
Retificador
Alternador
Intensidade de
Corrente I (A) = Potência P (W)
Tensão U (V)
I = P
U
Intensidade de
Corrente l (A)=
55 W
12 V
= 4,6 A
A potência requerida de um consumidor é calculada de acordo com a seguinte fórmula:
27
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Potência requerida pelos equipamentos no veículo
Ignição
20W
Injeção de
combustível
50...70W
Consumidores básicos
Consumidores de longa
utilização
Consumidores de curta
duração
Faróis de
neblina
35...55W
cada
Aquecimento
do veículo
20...60W
Pisca-alerta
21W cada
Motor de
Partida
800...3.000W
Bomba de
combustível
50...70W
Gerenciamento
do motor
10W
Lanternas
laterais
4W cada
Rádio
10...15W
Luz de freio
21W cada
Acendedor
100W
Em veículos com interligação
em rede, a corrente com a
ignição ligada pode chegar a
240 W (= 20 A).
Lâmp. ilum.
instrumentos
2W cada
Limpador do
para-brisas
60...90W
Luz de ré
21...25W
cada
Buzina
25...100W
luz da placa
5W cada
Ventilador
do radiador
80...600W
Luzes de freio
adicionais
21W cada
Velas de pré-
aquecimento
100W cada
Lanterna
3...5W cada
Ventilação
80W
Lavador
de faróis
60W
Antena
elétrica
60W
Farol baixo
55W cada
Desembaçador
120W
Vidros
elétricos
150W
Farol alto
55W cada
Lanternas
traseiras
5W cada
Faróis
adicionais
55W cada
28
Descarga e comportamento em temperaturas
Autodescarga química
A estrutura e o funcionamento das baterias
em veículos implicam em uma autodescarga
interna. O valor da autodescarga depende
diretamente da temperatura e também da
tecnologia da bateria.
No caso das baterias de eletrólito líquido e
baterias AGM utilizadas atualmente é usada
uma liga de chumbo e cálcio.
Vantagens desta liga:
• Autodescarga bastante reduzida
• A autodescarga não aumenta à medida que
aumenta a idade da bateria.
Na prática, isto significa que as baterias
convencionais novas de veículos, preenchidas
com eletrólito, apresentam uma densidade do
ácido de apenas 1,20 g/cc após seis meses
em repouso a uma temperatura ambiental de
20°C. Isto equivale a um estado de carga de
aproximadamente 50%.
As baterias danificadas podem atingir este valor
em apenas algumas semanas.
No caso das baterias AGM isentas de
manutenção, a densidade do ácido é de 1,24 g/
cc após esse mesmo período, equivalente a um
estado de carga de 80%. Estas baterias atingem
o valor de 1,20 g/cc após 18 meses. Devido
às grades de chumbo-cálcio apresentarem esta
liga pura, desaparece o efeito de aceleração da
autodescarga. A baixa taxa de autodescarga
das placas positivas e negativas se mantém
constante durante toda a sua vida útil.
• A autodescarga química depende diretamente
da temperatura.
• A cada 10°C de aumento da temperatura é
duplicado o fator da autodescarga.
Autodescarga
Aumento da temperatura
Bateria livre de manutenção
Bateria convencional
Desenvolvimento da autodescarga em baterias
convencionais e em baterias isentas de manutenção
Tempo de descarga em meses
Estado
de
carga
em
%
29
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Outro motivo que provoca a descarga das
baterias em veículos é o consumo de corrente
em repouso.
Existem consumidores elétricos ativos
continuamente em função do equipamento do
veículo, que provocam descargas contínuas na
bateria.
Dentro dos consumidores de corrente
continuamente ativos estão, entre outros, o
relógio, o sistema de alarme, em alguns casos
o telefone, o rádio programável e o controle de
pressão dos pneus.
• O consumo de corrente em repouso de um
veículo depende da quantidade e do consumo
específico dos consumidores ativos de forma
contínua.
• Devido ao consumo de corrente em repouso
influir sobre a capacidade de partida do
veículo é importante dimensionar as baterias
de acordo com o valor do consumo de
corrente em repouso.
• Nos veículos equipados com gerenciamento
energético, ele é responsável por evitar que,
se a bateria estiver com a carga baixa, ela
continue descarregando, por exemplo: se
esqueceu de desligar a iluminação interna, o
rádio, etc.
Modo de transporte
Para evitar descargas desnecessárias da bateria
em veículos que devem ser embarcados, foi
implementado um sistema denominado modo
de transporte. Ele é ativado no final da linha
de produção. Ao estar ativado o modo de
transporte, são desligadas funções dispensáveis
como, por exemplo, a proteção antifurto no
habitáculo, o rádio, o relógio, etc.
Relógio
Sistema de
alarme
Telefone
Rádio
Descarga por consumo de corrente em repouso
• Desta forma é reduzido o consumo de
corrente. O objetivo deste sistema é evitar
que a bateria sofra uma descarga muito
intensa após o transporte e o tempo em que
eventualmente o veículo fique parado.
30
Altas temperaturas
As altas temperaturas provocam uma
aceleração dos processos químicos na bateria.
• A potência da bateria aumenta em virtude da
menor viscosidade do ácido. A capacidade
aumenta levemente.
• Entretanto, em altas temperaturas as placas
são muito atacadas, o que provoca uma
maior corrosão nas grades.
• Em altas temperaturas aumenta a
autodescarga química da bateria.
Baixas temperaturas
À medida que a temperatura diminui, também
diminui a capacidade que a bateria pode
fornecer. Os processos químicos ocorrem de
forma menos eficaz em baixas temperaturas,
devido a maior viscosidade do eletrólito.
Por isso, a capacidade da bateria não deve
ser dimensionada muito próxima do limite. Em
ambientes com frio intenso existe o risco de
não ser possível dar partida no motor.
Quanto mais profunda for a descarga, mais o
ácido se dilui. Isto provoca um deslocamento
do ponto de solidificação (temperatura de
congelamento).
As baterias profundamente descarregadas
podem congelar a 0°C.
Tensão
12,7 V
12,5 V
12,3 V
12,1 V
11,9 V
11,7 V
Status da Carga
100 %
80 %
60 %
40 %
20 %
0 %
Densidade do ácido
1,28 g/cc
1,24 g/cc
1,21 g/cc
1,18 g/cc
1,14 g/cc
1,10 g/cc
Temperatura de congelamento
<-50°C
-40°C
-30°C
-20°C
-14°C
-5°C
As tensões, densidades do ácido e temperaturas de congelamento indicadas
admitem tolerância. Os valores indicados são apenas para referência.
Tensão
de
descarga
Corrente de descarga
31
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Eletrólito congelado
Uma bateria com o eletrólito congelado não é
adequada para dar partida no motor.
Atenção:
• Se a bateria está congelada não deve
ser recarregada, pois o ácido viscoso se
expande.
• No manual de instruções, a Volkswagen
recomenda que seus Clientes substituam
as baterias congeladas. Devido à expansão
volumétrica, o eletrólito congelado pode
provocar fissuras na carcaça de plástico,
provocando vazamento. Isto pode
representar danos à carroceria.
Partida a frio
Uma carga física desfavorável para uma bateria
é a partida a frio. Durante essa fase existe a
interferência de três fatores que impõem cargas
físicas adicionais para a bateria:
• As resistências mecânicas do motor são
mais intensas, porque o óleo é mais viscoso
devido a baixa temperatura. Por isso, o
motor de partida consome mais energia.
• A potência da bateria é reduzida de forma
significativa por causa da maior resistência
interna em função do frio.
• A bateria não disponibiliza a sua carga
máxima devido às baixas temperaturas.
A bateria deve estar em boas condições para
fornecer toda a sua potência para uma partida a
frio.
Revisar a bateria antes do início do inverno.
Substituir impreterivelmente as baterias defeituosas.
32
Teste da bateria
Inspeção visual
Antes de realizar as medições na bateria, por
exemplo, a tensão em repouso, a densidade
do ácido ou antes de realizar o teste de
descarga da bateria é necessário realizar uma
inspeção visual.
O que deve ser verificado:
• A carcaça da bateria
Se a carcaça estiver danificada pode
ocorrer vazamento de ácido. O ácido
da bateria que vazar pode causar danos
graves no veículo. As partes do veículo
afetadas pelo ácido derramado devem ser
lavadas imediatamente com água e sabão
ou terão que ser substituídas.
• Os polos e os terminais da bateria
Se os polos e os terminais dos cabos da
bateria apresentam danos, eles podem
não estar dando o contato necessário nos
bornes. Se os bornes não estão ligados e
apertados de forma correta pode ocorrer
incêndio nos cabos.
Fixação da bateria
Uma fixação deficiente pode abreviar de
forma significativa a vida útil da bateria,
provocando danos nas placas pela vibração.
A bateria pode explodir.
A trava da bateria pode provocar danos na
carcaça.
Uma fixação inadequada da bateria
representa deficiência na segurança em
colisões.
É necessário verificar se a trava está
encaixada de forma adequada na base da
bateria. Dependendo do caso, é necessário
utilizar adaptadores. O parafuso de fixação
deve ser apertado de acordo com o
especificado.
A fixação lateral da bateria é realizada através de uma parte da saliência da base da bateria.
A fixação por um lado ou por ambos os lados depende do veículo. Observe a fixação correta.
Nas inspeções do veículo é importante verificar também a fixação da bateria.
Serviço
33
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Verificação e correção do nível de ácido
O nível de ácido correto na bateria é um fator
importante para que a bateria esteja em boas
condições funcionais durante longo tempo. Se
o nível de ácido for muito baixo ocorre perda de
capacidade devido a falta de ácido nas placas
das células.
Se as placas das células não estiverem
submersas no ácido da bateria ocorre corrosão
em componentes internos. A corrosão pode
provocar falhas e inclusive a explosão da
bateria.
É necessário preencher com água destilada.
Se o nível de ácido for muito alto pode ocorrer
o vazamento do ácido da bateria, provocando
danos em componentes ao seu redor.
• Neste caso, é necessário retirar o ácido da
bateria.
• A correção do nível de ácido somente pode
ser realizada em baterias com eletrólito
líquido em versão que permite manutenção.
Notas:
As baterias AGM não possuem eletrólito líquido,
não sendo necessário corrigir seu nível.
• As baterias AGM não devem ser abertas.
Controle com ajuda do “olho mágico”:
• Se no visor a cor for incolor ou amarelo claro
é necessário substituir a bateria.
Nas baterias com carcaça transparente sem
visor, o nível de ácido é verificado através das
marcas Min e Max.
Se a carcaça da bateria não tiver estas marcas
ou se não for possível verificar o nível de ácido
por ser uma carcaça preta, será necessário
desrosquear as tampas de fechamento das
células, se for possível, para verificar o nível
internamente.
Observar as indicações relativas à segurança.
Siga as instruções fornecidas pelo sistema eletrônico de Informação de Serviço ELSA.
34
Teste de descarga da bateria
O teste de descarga mostra a corrente que
pode ser fornecida por uma bateria totalmente
carregada, procedendo através de um período
definido, a uma temperatura específica e sem
que isso faça que a tensão fique abaixo de um
limite determinado.
A descarga é expressa em Ampères.
Para realizar o teste de descarga da bateria é
necessário o testador de baterias VAS 5097 A.
Para realizar o teste com o VAS 5097 A não é
necessário desmontar ou desconectar a bateria.
O resultado impresso do teste é necessário para
a garantia.
Gama de medição
ajustada no aparelho
Diagrama; a flecha indica
o estado da bateria
Resultado do teste
Tensão da bateria
durante o teste
Dados do veículo e data
devem ser preenchidos
pelo operador
Resultado impresso Medida
Potência de partida
muito boa *
Bateria carregada
Potência de partida boa
Potência de partida
suficiente
Potência de partida
deficiente
Potência de partida
insuficiente
Incapaz de ser
submetida ao teste
Bateria carregada
Carregar a bateria
Carregar a bateria
Carregar a bateria
Carregar a bateria
24 horas e realizar
o teste novamente
* Valor exigido para a Inspeção de entrega
Ler o manual de instruções do aparelho de teste de baterias.
Seguir as instruções fornecidas pelo sistema ELSA.
A bateria está prevista para realizar este teste apenas uma vez.
Antes de repetir o teste é necessário carregá-la.
35
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Carga da bateria
Carga
Se o teste de descarga monstrar a necessidade
de carregar a bateria, devem ser observados os
seguintes aspectos:
• Seguir o regulamento para prevenção de
acidentes.
• Estabelecer uma boa ventilação do recinto.
A bateria deve ter uma temperatura mínima
de 10°C.
• Se o ácido apresentar uma temperatura
superior a 55°C deve ser interrompido o
processo de carga da bateria.
• As baterias não devem ser submetidas
a carga rápida. A carga rápida danifica a
bateria.
Para realizar a carga da bateria devem ser
utilizados os seguintes equipamentos especiais:
• carregador de baterias VAS 5095 A ou
• carregador automático VAS 5900 ou
• carregador de conector para baterias
VAS 5901
Ler o manual de instruções do
carregador utilizado.
Seguir as instruções fornecidas no
sistema ELSA.
Carga de baterias profundamente
descarregadas
As baterias que não foram utilizadas durante
um tempo prolongado, por exemplo, as de
veículos armazenados, sofrem uma autodescarga
ou podem descarregar devido ao consumo
de corrente em repouso do veículo se ela não
tiver sido desconectada. Entende-se por bateria
profundamente descarregada aquela na qual a
densidade do ácido é inferior a 1,14 g/cc.
• As baterias profundamente descarregadas
podem sofrer congelamento no inverno sob
certas condições devido a alta presença de
água no eletrólito.
• As baterias congeladas devem sersubstituídas,
pois podem apresentar fissuras.
• As baterias profundamente descarregadas
sofrem sulfatação, ou seja, todas as
superfícies das placas endurecem. Se após
a descarga profunda é realizada a recarga
neste tipo de bateria é possível neutralizar a
sulfatação. Se não for realizada a recarga,
as suas placas continuarão endurecendo.
Dessa forma, fica limitada a sua capacidade
de absorção de carga. Como consequência, é
reduzida a potência da bateria.
• O tempo do ciclo de carga deve ser, no
mínimo, de 24 horas.
• Se as baterias profundamente descarregadas
forem submetidas a carga rápida, não
absorvem corrente de carga ou podem
ser consideradas carregadas cedo demais,
por tratar-se do que se denomina “carga
superficial”. Elas estão apenas aparentemente
carregadas.
• As baterias profundamente descarregadas
geralmente absorvem no começo apenas uma
corrente de carga mínima.
• As baterias profundamente descarregadas
em veículos no pátio devem ser substituídas
antes da entrega ao Cliente.
36
Recarga da bateria
Manutenção da carga
Em veículos estacionados por muito tempo,
a bateria está submetida a uma descarga
constante, devido ao consumo de corrente em
repouso e a influências de temperatura.
Portanto, o estado de carga da bateria diminui
permanentemente nos veículos parados.
• Para minimizar a descarga da bateria em
veículos parados são aplicadas medidas
de manutenção da carga. Servem para
compensar a descarga.
• A bateria é mantida em estado de carga
total através de um carregador de tensão
constante, que fornece uma baixa tensão
de carga.
Para realizar a manutenção da carga podem ser
utilizados os seguintes equipamentos:
• painel solar VAS 6102, ou
• carregador de baterias VAS 5095 A, ou
• carregador automático de baterias
VAS 5900 A, ou
• carregador de conector para baterias
VAS 5901.
Painel solar VAS 6102
Com o VAS 6102 é possível compensar a perda
de capacidade por autodescarga e consumo de
corrente em repouso.
O painel solar VAS 6102 é colocado atrás
do para-brisa do veículo e alimenta a bateria
através do acendedor.
A corrente de carga fornecida através da
energia solar é suficiente para compensar a
queda energética na bateria. Em condições
desfavoráveis podem ser conectados até três
painéis solares em paralelo.
Painel solar VAS 6102
37
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Carregador de baterias VAS 5095A
Carregador automático VAS 5900
Carregador de conector para baterias VAS 5901
Funções de apoio
Devido aos trabalhos de Serviço e manutenção
em veículos dotados de interligação em rede
(por exemplo, ao realizar o telecarregamento
de unidades de controle) a bateria é submetida
a consumos intensos e deve ter o amparo de
um carregador.
• Dessa forma, evita-se uma descarga muito
intensa da bateria.
• Durante a função de apoio são conectados
a bateria, o carregador e os consumidores de
corrente. O carregador fornece uma corrente
suficiente para manter em 100% o estado
de carga da bateria.
• A bateria fornece picos de corrente aos
consumidores, mas é carregada ao mesmo
tempo com uma tensão constante.
Em veículos com uma segunda bateria é
necessário observar que seja feita essa
proteção na bateria correta.
Ler o manual de instruções do
carregador correspondente.
Seguir as instruções fornecidas no
sistema ELSA.
Para realizar a função de apoio podem ser
utilizados os seguintes equipamentos:
• carregador de baterias VAS 5095 A, ou
• carregador automático VAS 5900, ou
• carregador de conector para baterias VAS
5901.
38
Partida auxiliar
Partida auxiliar
Se não é possível dar partida no motor devido
a bateria estar descarregada, é possível realizar
essa partida com ajuda de uma fonte de
corrente externa.
Para realizar a partida auxiliar pode ser usado
o equipamento VAS 5098 ou a bateria de um
segundo veículo, utilizando cabos auxiliares.
O VAS 5098 fornece uma partida auxiliar
independente da rede para veículos com a
bateria descarregada ou com pouca carga.
Dependendo da temperatura externa e da
capacidade da bateria, podem ser realizadas
de 15 a 30 partidas. Se for realizada a troca
da bateria, este equipamento oferece a função
de carga, para evitar a perda dos dados
memorizados.
VAS 5098 Cabos de partida auxiliar
Ler o manual de instruções do VAS 5098.
Nunca realize a partida por meio de cabos auxiliares em uma bateria congelada, pois há risco
de explosão. De qualquer forma, a bateria deve ser substituída.
• Devem ser usados apenas cabos de partida
auxiliar com diâmetro adequado e pinças
isoladas. Não deve existir contato entre os
veículos; caso contrário pode fluir corrente a
partir do momento em que são interligados
os polos positivos.
• O motor do veículo fonte deve funcionar,
no mínimo, durante 1 minuto antes de dar
partida no motor do veículo que recebe a
corrente.
39
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Tomadas de partida auxiliar no vão do motor do Phaeton
Para evitar danos provocados pela partida auxiliar, a partir de um segundo veículo devem ser
observadas as seguintes regras básicas:
• Observar a polaridade correta;
• A bateria descarregada deve estar ligada corretamente na rede de bordo no veículo
correspondente;
• Ambas as baterias devem ter a mesma tensão nominal;
• A capacidade da bateria fonte não deve ser inferior à da bateria descarregada. Uma capacidade
muito inferior da bateria do veículo fonte pode provocar danos significativos;
• Antes de desconectar a bateria devem estar desligadas as luzes;
• Para reduzir picos de tensão durante a operação de desconexão devem existir consumidores
elétricos ativados, tais como o desembaçador traseiro ou a ventilação do habitáculo.
Os veículos que possuem a bateria no habitáculo, também possuem uma tomada de partida
auxiliar no vão do motor. Para a partida auxiliar deve ser utilizada apenas essa tomada.
A localização exata das tomadas de partida auxiliar e o procedimento para conexão deverão ser
consultados no manual de instruções correspondente. (Item 3.2, Conselhos práticos)
40
Desmontagem
• Verificar primeiro se existe equipamento de
som codificado. Em caso afirmativo deve ser
consultado o código de proteção antifurto.
• Para evitar a interrupção de tensão na rede
de bordo é necessário manter a tensão
através da função de apoio, por exemplo,
através do acendedor. O cabo positivo não
deve entrar em contato com massa.
• Desligar a ignição.
• Abrir a capa de proteção térmica (se houver).
• Desligar primeiro o terminal negativo da
bateria e depois o positivo.
Uso e manuseio
Substituição da bateria
Dependendo do tipo de veículo, o procedimento
para a substituição da bateria pode ser
diferente.
Entretanto, indiferentemente do modelo,
existem regras básicas importantes que devem
ser respeitadas a cada troca de bateria.
Instruções de montagem da bateria de reposição original
Nunca deverá ser ligado ou desligado o terminal positivo da bateria
estando ainda conectado o terminal negativo. Existe risco de curto-circuito.
Observar as instruções de segurança na bateria.
As baterias de reposição originais contêm instruções de segurança em nove idiomas.
Observar as instruções de montagem da bateria.
Deverão ser seguidas as instruções fornecidas no sistema ELSA.
• Garantir que sejam instaladas apenas baterias
de reposição originais com as mesmas
dimensões.
• Para garantir a correta fixação da bateria nos
veículos atuais, devem ser instaladas apenas
baterias com saliência baixa na base. Nestes
veículos, se for o caso, deverá ser retirado o
adaptador de compensação.
• Não devem ser lubrificados os polos da
bateria, pois isso pode fazer com que eles se
afrouxem.
41
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Montagem
• Para evitar danos na carcaça da bateria, os
terminais devem ser conectados apenas com
a mão, sem força.
• Apertar o parafuso de fixação no borne
positivo da bateria de acordo com o
especificado no ELSA.
• Apenas depois de parafusar o terminal
positivo é que deve ser colocado o terminal
negativo ao polo negativo da bateria.
• Nas baterias dotadas de tubo flexível para a
desgaseificação central, é necessário tomar
cuidado para que o mesmo não fique solto
ou estrangulado.
• Nas baterias desprovidas de tubo flexível
para desgaseificação central deve ser
verificado se não há obstrução na abertura
na parte superior da tampa da bateria.
• Observar o correto posicionamento da
bateria, verificando a saliência na base, nas
partes anterior e posterior.
Saliência da base, baixa Saliência da base, alta
Adaptador de compensação para a saliência da base
• Apertar a placa de travamento da bateria
de acordo com o especificado no ELSA.
O adaptador de compensação, se existir,
poderá deformar-se durante essa operação.
• Remontar, de acordo com as indicações,
as peças existentes, tais como a capa de
proteção térmica, as coberturas dos polos,
o depósito de desgaseificação ou o tubo
flexível de desgaseificação.
• Após ligar os cabos, é necessário verificar
e ativar equipamentos do veículo, como o
rádio, o relógio, os sistemas elétricos da área
de conforto (por exemplo, vidros elétricos,
etc.), seguindo as instruções fornecidas no
sistema ELSA e/ou no manual de instruções.
• Consultar as memórias de avarias e realizar,
se necessário, os reparos pertinentes.
A informação detalhada sobre a aplicação do adaptador de compensação pode ser consultada
nas instruções de montagem para baterias de reposição.
42
Armazenamento e transporte
Armazenamento
As baterias devem ser armazenadas, montadas
e enviadas seguindo o princípio FIFO (first in,
first out - primeiro que entra e primeiro que
sai), para evitar períodos de armazenamento
excessivos. O princípio FIFO está baseado
em uma identificação codificada da data
de fabricação da bateria, sem que isso seja
perceptível ao Cliente.
De acordo com o princípio de armazenamento
FIFO, são retiradas do depósito sempre as
baterias que estão há mais tempo armazenadas
ou as mais antigas.
A permanência no depósito está limitada a 12
meses.
Para seis anos consecutivos foi definido um
código de cores. A cor básica da etiqueta
adesiva redonda informa o ano de fabricação.
O ano de fabricação é subdividido em quatro
trimestres, identificados com uma letra preta.
Dessa forma, por exemplo, um “C” preto sobre
fundo azul indica como data de fabricação o
terceiro trimestre de 2002.
Sistema de codificação das baterias
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Código de cores sobre a carcaça da bateria
Sobre o armazenamento é necessário observar as instruções e os procedimentos
constantes no ELSA.
Manual de Reparos Sistema Elétrico, grupo rep. 27
Tabelas de manutenção, Serviço para veículos em exposição e no pátio.
Esta função está implementada a partir da versão 3.1.
43
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Equipamento multifunção para movimentação de
baterias de veículos Referência Z416305TE
Transporte
• As baterias devem ser transportadas de
forma que não possam escorregar, virar ou
danificar-se.
• As baterias devem estar protegidas contra
curto-circuito. Para o transporte sobre palets
deve ser utilizada a proteção contra curto-
circuito de papelão.
• Para evitar danos específicos, as baterias
não devem apresentar marcas de ácidos nas
superfícies externas.
Tempo de armazenamento
Uma boa ventilação
É necessário garantir que os recintos para
armazenamento sejam arejados e tenham uma
boa ventilação.
Armazenar em lugar fresco
As baterias devem ser armazenadas em um
ambiente fresco e escuro, preferencialmente
com temperatura máxima de 20°C.
A queda do consumo de corrente em repouso
depende da temperatura de armazenamento.
Quanto mais frio for o depósito, menor será a
autodescarga.
Evitar curto-circuito
As baterias devem ser armazenadas de forma
que não possam ocorrer curto-circuito ou
faíscas. As tampas dos polos não devem ser
retiradas até o momento da montagem.
Recarga
Se, devido à autodescarga, as baterias do
depósito não apresentarem a sua capacidade
total, é indispensável recarregá-las antes da
venda. O estado de carga pode ser verificado
através da tensão em repouso e pelo visor.
Se a tensão da bateria for inferior a 12,3 V
ou se o visor mudar de verde para preto, é
necessário recarregar a bateria. Dessa forma,
ela apresentará novamente a sua capacidade
total. Isso não afeta a qualidade da bateria. As
baterias de reposição originais com mais de 12
meses não devem ser vendidas como novas.
44
Perigos relacionados com o uso e manuseio de baterias de veículos
• O vazamento de eletrólito de uma bateria
pode provocar irritações e queimaduras
na pele e corrosão no veículo. Isso pode
danificar componentes importantes para a
segurança do veículo.
• O gás produzido ao carregar a bateria e
produzido também pela gaseificação posterior
à descarga da bateria, é um gás explosivo.
Em casos extremos, esses gases que saem
da bateria podem provocar explosão devido à
manipulação inadequada.
• É proibido realizar trabalhos de esmeril,
solda, corte por chama, bem como fumar
perto de uma bateria. Devem ser evitadas
também as faíscas resultantes de cargas
eletrostáticas. Por exemplo, é conveniente
tocar a carroceria do veículo antes de tocar a
bateria.
• As intervenções nas baterias devem ser
realizadas apenas em recintos bem ventilados
e adequados para essa atividade.
Conhecer e evitar os perigos
As baterias oferecem perigo. Entretanto, estes
perigos podem ser evitados observando as
informações contidas no rótulo da bateria e
indicadas no manual de instruções e no sistema
ELSA.
• As pessoas inexperientes, por exemplo,
aprendizes ou estagiários, somente podem
efetuar serviços em baterias de veículos sob
supervisão de pessoal especializado, como
um mecânico automotivo ou um eletricista
automotivo.
• O ácido apresenta um efeito corrosivo
intenso. Existe o risco de que o pessoal
esteja exposto a influências nocivas do
eletrólito no caso de manusear/utilizar as
baterias de forma inadequada. Por isso, é
necessário ter à disposição os medicamentos
adequados contra queimaduras provocadas
pelo ácido. Um antídoto adequado é, por
exemplo, água e sabão.
45
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Primeiros Socorros
Se, apesar de todas as medidas de proteção
ocorrer uma queimadura na pele ou nos olhos, é
necessário realizar os primeiros socorros.
• Para tal, é necessário neutralizar
imediatamente as roupas e as zonas afetadas
da pele, através de uma solução de sabão e
enxaguar alguns minutos com água corrente.
• Os respingos de ácido nos olhos devem ser
enxaguados imediatamente, de forma intensa
com água corrente, no mínimo durante 10
minutos.
• Por isso, deve existir um lavador de olhos
de emergência conectado à tubulação de
água potável em um lugar de fácil acesso na
oficina, se possível, perto do recinto de carga
de baterias.
• Se não for possível, deve existir uma garrafa
com líquido para lavar os olhos, situada nas
imediações do lugar de trabalho. Deve estar
sempre cheia e, por motivos higiênicos, é
necessário substituí-la com frequência. A
substituição deve ser controlada de forma
sistemática.
• Depois de aplicar os primeiros socorros de
forma eficaz, enxaguando os olhos ou a pele,
é sempre necessário consultar um médico
após acidentes nos quais tenham ocorrido
queimaduras.
Equipamentos de proteção pessoal
As pessoas que trabalham com ácidos precisam
de equipamentos de proteção pessoal.
O equipamento de segurança está formado por:
• óculos de segurança resistentes aos efeitos
do ácido
• avental resistente aos efeitos do ácido
• luvas de borracha resistentes aos efeitos do
ácido
Para evitar queimaduras nos olhos é
recomendado o uso de óculos com proteção
lateral para qualquer manipulação de baterias,
por exemplo, para transporte.
Garrafas para
lavagem dos olhos
Óculos de proteção
Aventais
Luvas de borracha
46
Advertências
Significado dos avisos de precaução na
bateria
1 2
3 4
5 6
7 8
Devem ser seguidas as indicações
fornecidas sobre a bateria no Sistema
Elétrico do ELSA e no manual de instruções.
Perigo de queimaduras: o ácido da bateria
apresenta um grande poder corrosivo,
motivo pelo qual devem ser utilizadas luvas
e óculos de proteção para a realização
dos trabalhos com baterias. A bateria
não deve ser inclinada, pois pode ocorrer
vazamento de ácido pelas aberturas de
desgaseificação.
Ao manipular baterias é proibido provocar
fogo, faíscas e fumar. Evitar faíscas ao
manipular cabos, aparelhos elétricos
e faíscas provocadas por descargas
eletrostáticas. Evitar curto-circuitos. Por
isso, não devem ser colocadas ferramentas
sobre a bateria.
Para trabalhos na bateria deve ser utilizada
uma proteção nos olhos.
Manter as crianças afastadas do ácido e
das baterias.
Na manipulação de baterias existe o
risco de explosão. Ao carregar baterias é
produzida uma mistura de gás com alto
poder explosivo.
As baterias inutilizadas não devem ser
descartadas no lixo doméstico.
Gestão de resíduos: as baterias inutilizadas
são lixo especial.
Elas devem ser entregues em um depósito
específico para descarte, de acordo com as
disposições legais vigentes sobre o tema.
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47
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Glossário
Ácido sulfúrico (H2
SO4
) Diluído com água é utilizado como eletrólito nas baterias.
Acumulador Nome também utilizado para as baterias. Armazena a energia para
fornecê-la de volta quando for necessário.
Água Nesta apostila é utilizada no sentido de água destilada.
Água de
reabastecimento
Substituto da água do eletrólito dispersado devido à gaseificação e que
foi evaporado. Deve atender normas específicas sobre a pureza (ver
VDE 0510). Deve ser utilizada apenas água destilada. Nunca deve ser
usada água da torneira.
Água destilada Meio utilizado para repor a água do eletrólito dispersada devido à
gaseificação e à água que evaporou. Deve atender normas específicas
sobre a pureza (ver VDE 0510). Deve ser utilizada apenas água
destilada. Nunca deve ser usada água da torneira.
Alternador É o nome dado ao gerador de corrente movimentado pelo motor do
veículo e responsável por abastecer os consumidores elétricos e
carregar a bateria no veículo (alternador trifásico com retificador).
Ampère (A) Unidade de medida para intensidade de corrente.
Ampère-hora (Ah) Produto da intensidade de corrente multiplicada pelo tempo.
Autodescarga Descarga resultante de fenômenos químicos na bateria, sem que ela
esteja submetida a consumos elétricos.
Bateria É o nome simplificado dado aos acumuladores elétricos.
Bateria de partida Serve principalmente para a ignição e partida do motor.
Bateria de chumbo Bateria, cujos eletrodos (massa ativa) em estado carregado apresentam
dióxido de chumbo (eletrodos positivos) e chumbo (eletrodos
negativos). O eletrólito é ácido sulfúrico diluído.
Bloco de placas Unidade formada pelo conjunto de placas positivas e negativas em uma
célula, incluindo o isolamento das placas (separadores).
Bornes da bateria Bornes soldados ou aparafusados para conectar os cabos aos polos de
uma bateria.
Caixa tipo bloco Recipiente para várias células de uma bateria. A caixa do tipo bloco é
dividida pelas paredes internas.
48
Capacidade É a quantidade de eletricidade disponível em uma bateria ou em uma
célula, medida em ampères-hora (Ah).
Carregar Transformar energia elétrica em energia química por meio de uma
corrente que flui através da bateria em uma direção específica.
Carga rápida Carga da bateria em um tempo abreviado, aplicando um múltiplo da
corrente de carga. A carga rápida realiza apenas uma carga parcial da
bateria. Atenção: as baterias não devem receber carga rápida; a carga
rápida danifica as baterias.
Verificador de ácidos Densímetro (proveta de vidro com pera de aspiração) no qual existe um
flutuador dotado de graduações para medir a densidade do ácido.
Ligação em série No caso de uma ligação em série (por exemplo de 6 células de
chumbo formando uma bateria de 12 V) são conectados entre si
respectivamente os polos contrários das células vizinhas.
Corrente de carga Intensidade de corrente de carga da bateria.
Corrente de teste a frio
(A) de acordo com EN
e DIN
As correntes de teste a frio de acordo com EN e DIN são duas altas
intensidades de corrente de descarga aplicadas ao tipo de bateria em
questão, com auxílio das quais é possível verificar, principalmente, o
comportamento de partida em baixas temperaturas e as condições de
descarga especificadas. Estão baseadas nas diretrizes de verificação
EN ou norma DIN antiga. Nas baterias são indicadas duas correntes de
teste a frio. Por exemplo, em uma bateria de 60 Ah: 480 A EN e 280 A
DIN. A bateria a -18°C deve poder fornecer cada uma destas correntes
durante um tempo diferente de duração, sem que as tensões da bateria
caiam abaixo do especificado. Exemplo para uma bateria de 60 Ah.
Se for submetida a uma descarga com corrente EN de 480 A a -18°C,
a tensão da bateria não deve ser inferior a 7,5 V após 10 segundos.
Depois de uma pausa de 10 segundos, a bateria é submetida a uma
descarga de 280 A a -18°C. Após 133 segundos com descarga de
acordo com a norma DIN, a tensão da bateria não deve ser inferior a 6V.
Densidade (do ácido) Relação da massa com relação ao volume, expressada em kg/l ou em g/cc.
Descarga Transformação de energia química em energia elétrica (fluxo de corrente
com orientação oposta à da carga).
Saída do gás /
desgaseificação
Nas baterias, este gás produzido pela desgaseificação, é direcionado
por um tubo de plástico flexível para fora do ambiente.
49
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Descarga profunda Retirada de corrente até esgotar completamente a bateria. Entende-se
por bateria profundamente descarregada aquela na qual a densidade do
ácido é inferior a 1,14 g/cc e tensão de repouso inferior a 11,9 V.
Difusão Penetração química mútua de líquidos e gases.
Eletrólito É o condutor que comunica os eletrodos, por exemplo: ácido sulfúrico
diluído com água.
Emendas das placas Ligação condutora elétrica entre as placas de mesma polaridade em
uma célula.
EN (NE) Abreviatura de “Europäische Norm” (norma européia).
Quantidade de carga Indica o nível de carga apresentado pela bateria.
Fator de carga de
corrente
Relação da quantidade de corrente necessária para a carga máxima e a
quantidade de corrente retirada anteriormente.
Gás detonante Mistura explosiva de hidrogênio e oxigênio
Gaseificar Formação de gases nos eletrodos de uma bateria de chumbo.
Principalmente no final da operação de carga é produzida uma
quantidade significativa de gás, devido à dispersão da água do
eletrólito, transformando-se em hidrogênio e oxigênio.
Marca do nível de ácido Marca para o nível correto de ácido.
Massa ativa É a parte integrante das placas (eletrodos) que está sujeita a
transformações químicas ao receber corrente.
Nível de ácido Nível de eletrólito nas baterias com eletrólito líquido.
Nível de eletrólito Altura do nível de eletrólito nas baterias com eletrólito líquido.
Placa negativa É a placa cuja massa ativa (com a bateria carregada) apresenta chumbo
(Pb) metálico.
Placa positiva Placa cuja massa ativa (com a bateria carregada) é de dióxido de
chumbo (PbO2
).
Carga total Carga na qual se conclui a transformação químico-energética. As
baterias de chumbo são consideradas totalmente carregadas se, ao final
da operação de carga, não houver mais aumento da densidade do ácido
nem da tensão.
50
Polos terminais São utilizados para a retirada da tensão fornecida por uma bateria
e para a alimentação da tensão de carga.
Potência de partida Potência requerida pelo motor para seu arranque.
Retificador O retificador transforma a corrente alternada em corrente contínua.
Grade As grades são os substratos da massa ativa na bateria. (Grades como
substratos de massa)
SAE Norma norte-americana (Society of Automotive Engineers)
Separador Meio divisor permeável para a passagem de íons entre as placas de
diferente polaridade. Polietileno para baterias com eletrólito líquido;
malha de fibra de vidro para baterias AGM.
Sulfatação Transformação da massa ativa de uma bateria de chumbo em sulfato
de chumbo cristalino grosso.
Tampa Serve para cobrir de forma conjunta as células de uma caixa tipo bloco.
A tampa é fixada na caixa tipo bloco por meio de solda de material
plástico.
Tampa de fechamento Tampa de fechamento para a abertura de desgaseificação central na
tampa da bateria. A tampa de fechamento nas baterias de reposição
com eletrólito líquido deve ser colocada no orifício de um dos lados.
(Não confundir com a tampa de fechamento das células).
Tampa de fechamento
da célula
A tampa da célula é utilizada para fechar as aberturas das células na
tampa da bateria.
Tensão de carga Tensão durante a operação de carga da bateria.
Tensão de gaseificação É a tensão de carga a partir da qual uma bateria começa a produzir gás
de forma intensa.
Tensão em repouso É a tensão nos polos de uma bateria, estando desativadas as correntes
de carga e descarga, após obter o valor de equilíbrio.
Tensão entre bornes Tensão entre os dois terminais de uma bateria.
Tensão final de
descarga
Valor mínimo definido para a tensão ao descarregar a bateria com uma
corrente aplicada. A descarga termina quando é atingida a tensão final
de descarga.
51
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Valores nominais São valores de tensão, capacidade, densidade, temperatura, etc.
definidos de acordo com as normas DIN 40729 e DIN 72311, por
exemplo.
Tensão nominal de uma
bateria de chumbo
É o produto do número de células conectadas em série (por exemplo:
bateria de 12 V com 6 células) e da tensão nominal de cada célula (2,0
V).
Capacidade nominal Capacidade que uma bateria pode fornecer durante uma descarga de 20
horas com a corrente nominal correspondente (em temperatura nominal,
densidade nominal e com o eletrólito no nível nominal), sem que a
tensão da bateria seja inferior à tensão final de descarga.
Vida útil Tempo operacional até que uma bateria deixe de funcionar.
Volt (V) Unidade de medida para tensão.
52
Anotações
53
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Teste seus conhecimentos
1. O que significa a palavra “eletrólito”?
a) Água destilada
b) Ácido da bateria ou líquido da bateria
c) Ácido sulfúrico diluído
2. O que é tensão entre bornes?
a) É um sinônimo da tensão da célula
b) É a tensão entre os dois terminais de uma bateria
c) É o dado constante no rótulo da carcaça da bateria
3. O que é capacidade nominal?
a) Uma tensão de 12 V
b) Uma corrente de 175 A
c) A quantidade de corrente que pode ser fornecida por uma bateria, conforme normas
4. O que existe na célula da bateria?
a) As saliências da base e a caixa tipo bloco
b) Os polos terminais
c) O bloco de placas com os conjuntos de placas positivas e negativas, além do eletrólito
5. Qual é a diferença entre os polos da bateria?
a) A cor
b) O material
c) O diâmetro
6. O que significa visor ou “olho mágico”?
a) Uma indicação colorida sobre o estado de carga e o nível do eletrólito
b) Um elemento indicador no painel de instrumentos
c) Um indicador colorido para a temperatura da bateria
7. Qual cor do visor (olho mágico) indica que o estado de carga está correto?
a) Verde
b) Preto
c) Amarelo/incolor
54
8. O que expressa a densidade do ácido?
a) O estado de enchimento da bateria
b) O estado de carga da bateria
c) A descarga devido ao consumo de corrente em repouso
9. A partir de qual densidade do ácido e tensão são indicativos de uma bateria profundamente
descarregada?
a) 1,28 g/cc a 12,7 V
b) 1,14 g/cc a 11,9 V
c) 1,10 g/cc a 11,7 V
10. Como é realizado um teste profissional em uma bateria?
a) Teste de corrente em repouso com VAS 5901
b) Teste de descarga com VAS 5097 A
c) Teste da tensão em repouso com VAS 5900
11. Como é feito o reparo em uma bateria que apresenta danos na carcaça?
a) Substituindo a tampa
b) Com adesivo a quente
c) Não é possível efetuar reparos. É necessário substituir a bateria
12. Qual é a função da caixa e capa térmica da bateria?
a) Proteção contra congelamento da bateria
b) Proteção contra aquecimento excessivo da bateria
c) Proteção de outros grupos contra a temperatura da bateria
13. O que é tensão em repouso?
a) É a tensão de uma bateria não submetida a descarga, após atingir um valor de equilíbrio
b) É a tensão da bateria após a carga
c) É a tensão da bateria após a partida a frio
Respostas:
1b
e
1c
/
2b
/
3c
/
4c
/
5c
/
6a
/
7a
/
8b
/
9b
/
10b
/
11c
/
12b
/
13a
55
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Anotações
56
Anotações
Baterias de veículos
Fundamentos, uso e manuseio
Academia Volkswagen - Pós-Vendas
Apostila autodidática 234
VOLKSWAGEN do Brasil
Indústria de Veículos Automotores Ltda.
Academia Volkswagen
Via Anchieta, km 23,5
São Bernardo do Campo - SP
CEP 09823-901 - CPI 1177
A reprodução ou transcrição total ou parcial deste material é proibida,
salvo expressa autorização, por escrito, da Volkswagen do Brasil.
As informações contidas nesta apostila são exclusivamente para
treinamento dos profissionais da Rede de Concessionárias Volkswagen,
estando sujeitas a alterações sem prévio aviso.
1ª Edição
Capa Apostila Bateria.indd 1 5/10/11 3:56 PM

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  • 1. Baterias de veículos Fundamentos, uso e manuseio Academia Volkswagen - Pós-Vendas Apostila autodidática 234 VOLKSWAGEN do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda. Academia Volkswagen Via Anchieta, km 23,5 São Bernardo do Campo - SP CEP 09823-901 - CPI 1177 A reprodução ou transcrição total ou parcial deste material é proibida, salvo expressa autorização, por escrito, da Volkswagen do Brasil. As informações contidas nesta apostila são exclusivamente para treinamento dos profissionais da Rede de Concessionárias Volkswagen, estando sujeitas a alterações sem prévio aviso. 1ª Edição Capa Apostila Bateria.indd 1 5/10/11 3:56 PM
  • 2. 1 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Índice Introdução ........................................................................................................... 3 Fundamentos ....................................................................................................... 4 Estrutura da bateria ........................................................................................... 4 Eletrólito 6 Operações de carga e descarga ........................................................................... 7 Grandezas e conceitos técnicos relacionados à bateria ........................................... 8 Tecnologias atuais ................................................................................................ 10 Tipos de baterias ...............................................................................................10 Baterias de reposição originais Volkswagen .............................................................. 14 Particularidades e propriedades ........................................................................... 14 Baterias com necessidades mínimas de manutenção e baterias isentas de manutenção . 18 Localização da bateria no veículo ........................................................................ 20 Balanço energético ............................................................................................... 22 Fatores que influenciam no balanço energético ..................................................... 22 Conceitos relacionados com a rede de bordo ........................................................ 24 Ação conjunta da bateria e do alternador ............................................................. 26 Descarga e comportamento em temperaturas ....................................................... 28 Serviço ................................................................................................................32 Teste da bateria................................................................................................. 32 Carga da bateria ................................................................................................35 Recarga da bateria .............................................................................................36 Partida auxiliar .................................................................................................. 38 Uso e manuseio ................................................................................................ 40 Armazenamento e transporte .............................................................................. 42 Perigos relacionados com o uso e manuseio de baterias de veículos ......................... 44 Advertências .................................................................................................... 46 Glossário ............................................................................................................. 47 Teste seus conhecimentos ..................................................................................... 53
  • 3. 2 A apostila autodidática apresenta o design e funcionamento de novos desenvolvimentos. Os conteúdos não serão atualizados e algumas das tecnologias apresentadas nessa apostila são implementadas de acordo com mercados específicos. Para as instruções de verificação, ajuste e reparação, por favor, consulte a Literatura Técnica de Serviço Pós-vendas prevista para estes efeitos.
  • 4. 3 Academia Volkswagen - Pós-Vendas A bateria é um dos componentes elétricos mais importantes do veículo. Seu funcionamento correto contribui de forma essencial para a satisfação do Cliente com o veículo. Além da função destinada à partida do motor, a bateria do veículo também assume as funções de armazenamento e fornecimento de energia elétrica para toda a rede de bordo do veículo. Isso significa que está em condições de absorver energia elétrica, armazená-la e disponibilizá-la novamente em função das necessidades posteriores. A manipulação e uso das baterias, de acordo com as necessidades do serviço, exigem certos conhecimentos básicos, que serão oferecidos por esta apostila autodidática. Introdução
  • 5. 4 Estrutura da Bateria Uma bateria de 12 V possui seis células conectadas em série, incorporadas em uma caixa do tipo bloco de polipropileno subdividida por paredes divisórias. Uma célula possui um bloco de placas, formado respectivamente por um conjunto de placas positivas e outro de placas negativas. O conjunto de placas é formado por placas de chumbo (grade de chumbo e massa ativa) e os separadores de um material isolante micro- poroso entre as placas de diferente polaridade. Para a separação são utilizados separadores do tipo bolsa de polietileno no conjunto de placas positivas ou nas negativas. Os polos terminais, os conectores entre as células e as placas são de chumbo. Os polos terminais diferenciam-se pelo diâmetro. O polo positivo é sempre maior que o negativo. A diferença de diâmetros serve para evitar conexões com a polaridade incorreta. As emendas de conexão entre as células passam através da parede divisória da célula. A caixa do tipo bloco em material isolante, resistente a efeitos de ácidos (polipropileno) constitui a carcaça da bateria. Na parte externa apresenta saliências na base para a sua fixação. A caixa do tipo bloco é fechada na parte superior pela tampa. Tampas das células lacradas com adesivo Conjunto de placas positivas Bloco de placas Separador tipo bolsa de polietileno Conjunto de placas negativas Desgaseificação central Saliências na base Caixa tipo bloco Tampa Fundamentos
  • 6. 5 Academia Volkswagen - Pós-Vendas A conexão em série das células é realizada através de emendas de interligação. A tensão desejada para a bateria é obtida através da conexão das células pelas emendas. Sempre é conectado o polo negativo de uma célula com o polo positivo da seguinte. O líquido da bateria (eletrólito) é ácido sulfúrico diluído, que preenche o espaço livre das células, bem como os poros nas placas e separadores. Nas baterias mais antigas, não isentas de manutenção, cada célula apresenta uma tampa com rosca. A tampa é utilizada para o primeiro enchimento, para manutenção e para que o gás produzido possa sair. As baterias isentas de manutenção são fornecidas de forma aparentemente lacrada. A descarga do gás ocorre através da abertura de desgaseificação central. Placa de chumbo positiva com separador Bloco de placas completo Conjunto de placas negativas Placa de chumbo negativa Grade de chumbo negativa Grade de chumbo positiva Lingueta Conjunto de placas positivas Emenda de interligação entre placas Polo terminal Alças retráteis integradas Desgaseificação central As figuras apresentadas neste material são princípios esquemáticos.
  • 7. 6 Densidade do ácido 1,28g/cc 1,21g/cc 1,18g/cc 1,10g/cc Nível de carga 100% 60% 40% 0% Tensão 12,7V 12,3V 12,1V 11,7V O eletrólito apresenta um alto poder corrosivo. Observar as indicações sobre segurança. Eletrólito fixado Para evitar danos causados pelo vazamento do eletrólito é possível empregar um eletrólito fixado. Para solidificar o eletrólito como um gel, acrescenta-se ácido silícico ao ácido sulfúrico. Assim o eletrólito se solidifica, transformando- se em uma massa gelatinosa. Outra forma de fixar o eletrólito é através da utilização de véu de fibra de vidro como material separador. O véu de fibra de vidro imobiliza o eletrólito e impede seu vazamento em caso de danos na carcaça da bateria. Hidrogênio Oxigênio Chumbo Íons de sulfato Eletrólito Placa de Chumbo Placa de Chumbo Placa de Chumbo Alternador/carregador Bateria em fase de carga Bateria descarregada Eletrólito Eletrólito líquido O líquido das baterias recebe o nome de eletrólito. Em uma bateria de chumbo é utilizado ácido sulfúrico diluído em água como eletrólito. Numa bateria com a sua carga elétrica máxima, o ácido sulfúrico equivale a aproximadamente 38% da solução e o resto é água destilada. Devido às características dos seus íons, o eletrólito está em condições de conduzir uma corrente elétrica entre os eletrodos. A densidade nominal do eletrólito varia de acordo com a quantidade de carga da bateria.
  • 8. 7 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Operações de carga e descarga Carga Carga significa a reposição de energia elétrica na bateria. Durante a operação de carga transforma-se energia elétrica em energia química. Durante o funcionamento do motor, o alternador fornece corrente de carga à bateria. Consequência: o sulfato de chumbo e a água produzidos pela descarga tornam-se novamente chumbo, dióxido de chumbo e ácido sulfúrico. Desta forma, é reestabelecida a energia química necessária para a entrega de energia elétrica. A densidade do ácido aumenta. Placa de Chumbo Placa de Chumbo Placa de Chumbo Consumidor Bateria em fase de descarga Bateria carregada Para a operação de carga é importante contar com a tensão ideal do regulador. Se a tensão do regulador for muito alta é dispersada uma maior quantidade de água em virtude da reação eletrolítica. Devido a isso, o nível do eletrólito na bateria diminui com o passar do tempo. Se a tensão do regulador for muito baixa, a bateria não será carregada de forma correta. Uma falta permanente de carga reduz a capacidade de partida da bateria e diminui a sua vida útil. Sempre que uma bateria é carregada, é produzido gás. Atenção: perigo de explosão. Descarga Descarga significa o consumo de energia elétrica de uma bateria. Pela operação de descarga transforma-se energia química em energia elétrica. Uma bateria é submetida a descarga quando está conectada a um consumidor ativado. O ácido sulfúrico sofre desagregação. Sua participação percentual no eletrólito diminui, devido a produção de água. A densidade do ácido diminui. Tanto na placa positiva quanto na negativa é produzido sulfato de chumbo.
  • 9. 8 Grandezas e conceitos técnicos relacionados à bateria Fator de carga de corrente A energia que deve ser fornecida a uma bateria no processo de carga é sempre maior que a energia que ela pode fornecer. Esta sobrecarga serve para compensar as perdas eletroquímicas ocorridas na operação de carga. Para carregar uma bateria em 100% é necessário fornecer entre 105% e 110% da quantidade de corrente fornecida. O valor (1,05 ou 1,10) é o fator de carga de corrente. Capacidade É a quantidade de eletricidade disponível em uma bateria ou em uma célula, medida em ampères-hora (Ah). A capacidade depende da temperatura da bateria e da corrente de descarga. A capacidade fornecida diminui intensamente à medida que aumenta o valor das correntes de descarga e diminui a temperatura do entorno. Capacidade nominal K20 É a capacidade da bateria, indicada pelo fabricante e expressa em ampères-hora. Uma bateria nova, com carga máxima, deve fornecer, em temperatura ambiente, uma corrente em um valor de K20 : 20 h durante vinte horas. A tensão da bateria não deve cair abaixo de 10,5 V durante essa operação. Exemplo de uma bateria de 60 Ah: 60 Ah : 20 h = 3 A Uma bateria de 60 Ah deve fornecer, durante um mínimo de vinte horas, uma corrente de 3 A, sem que a sua tensão caia a menos de 10,5 V. Fator carga corrente = 1,05 a 1,10 Quantidade de corrente alimentada = 105 a 110% Quantidade de corrente extraída = 100% Corrente de teste a frio A capacidade de partida da bateria a frio é identificada pela corrente de teste a frio. É a corrente de descarga que, de acordo com a indicação do fabricante, deve fornecer uma bateria nova, com carga máxima, exposta a -18°C durante um período de tempo definido na norma correspondente. O limite mínimo de tensão da bateria, determinado na norma, não deve ser menor na prática. O procedimento de teste é descrito na norma VW 750 73. (ver Glossário) Capacidade disponível de uma bateria (12 V 100 Ah) em função da temperatura e da corrente de descarga, referente ao tempo de descarga de 20 h e 100% da carga.
  • 10. 9 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Tensão da célula A tensão da célula é a diferença dos potenciais que surgem entre as placas positivas e negativas no eletrólito. A tensão das células não é um valor constante. Depende essencialmente da quantidade de carga (densidade do ácido). A relação de dependência que existe entre a tensão da célula e a temperatura é desprezível. A tensão nominal de uma célula é um valor constante é de 2 V. Tensão nominal Para baterias de veículos, a tensão nominal de uma célula é definida através de normas. A tensão nominal de uma bateria é resultado da tensão nominal de cada uma das células multiplicada pela quantidade de células. A tensão nominal padronizada para baterias de veículos é 12 V. Tensão entre bornes A tensão entre bornes é a tensão que existe entre os dois terminais da bateria. Tensão de gaseificação A tensão de gaseificação é a tensão de carga, superior à qual uma bateria começa o processo de gaseificação. A gaseificação começa a partir de uma tensão entre bornes de 14,4 V (tensão de cada célula 2,4 V). Isto provoca a produção de hidrogênio em grande quantidade (gás). Atenção: perigo de explosão. 2 V Tensão nominal de uma célula 6 x 2V Tensão nominal Mais detalhes sobre a tensão em repouso estão disponíveis no ELSA. - Manual de Reparos - (Sistema elétrico), grupo rep. 27 - Tabelas de manutenção - Serviço para veículos em exposição e no pátio. Esta função está implementada a partir da versão 3.1. Tensão em repouso A tensão em repouso ou tensão sem carga é aquela apresentada pela bateria desconectada, não submetida a carga, após ter atingido o valor de equilíbrio.
  • 11. 10 Baterias com eletrólito líquido Tampa de fechamento da célula na bateria com eletrólito líquido Tipos de baterias Baterias com eletrólito líquido As baterias com eletrólito líquido são de dois tipos: as que precisam de manutenção, dotadas de tampas nas células e as livres de manutenção, desprovidas de tampas. Vantagens: • Uma boa relação custo-benefício • Alto nível de disponibilidade no mercado (grande variedade de tipos). • Adequadas para a montagem no vão do motor. Desvantagens: • Requer revisão do nível de eletrólito através do visor de carga. • Não são à prova de vazamento. Tampa de fechamento da célula A desgaseificação das células de uma bateria com eletrólito líquido é realizada através do duto de desgaseificação central. O duto de desgaseificação conduz o gás até uma ou duas aberturas laterais na tampa da bateria. Se existirem duas aberturas, uma delas é fechada. Nas baterias dotadas de tampões para as células, o anel de vedação se encarrega de impedir a fuga dos gases através dos tampões. Em todos os tipos de baterias pode ocorrer o vazamento do eletrólito por danos ou tratamento inadequado. Isso pode causar riscos de queimaduras. Ao carregar baterias com eletrólito líquido dotadas de tampas nas células, essas tampas não devem ser retiradas. Tampão Anel de vedação Abertura Duto de desgaseificação Tampa de fechamento da célula Tecnologias atuais
  • 12. 11 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Bateria VRLA Tampa de fechamento da célula na bateria VRLA Baterias VRLA (Valve Regulated Lead Acid Battery) Trata-se de baterias com o eletrólito fixado. As tampas de fechamento das células não são rosqueáveis. Os gases de hidrogênio e oxigênio produzidos ao sobrecarregar a bateria voltam a transformar- se em água dentro dessa célula. Vantagens: • Ausência de manutenção, por suprimir a revisão e o trabalho de completar o eletrólito. Desvantagens: • Se for carregado em excesso, o gás escapa através de uma válvula de desgaseificação desenhada em forma de uma válvula de segurança. Devido a não ser possível repor essas quantidades de líquido, pode ser que a bateria sofra um dano irreversível. Por isso, para carregar este tipo de bateria é necessário utilizar um limitador de tensão de carga em 14,4 V Tampas de fechamento das células As tampas de fechamento das células não podem ser abertas. Contém as válvulas de desgaseificação, que permitem a saída específica do gás para o duto central de desgaseificação no caso de ocorrer uma pressão excessiva no interior da célula. Abertura Duto de desgaseificação Tampa de fechamento da célula Tampão O-ring Abertura até o conduto de desgaseificação Válvula de descarga O-ring
  • 13. 12 Baterias de gel No caso das baterias de gel, o eletrólito está unido a uma massa gelatinosa, produzida adicionando ácido silícico ao ácido sulfúrico. Com relação ao princípio de desgaseificação, as baterias de gel pertencem às baterias VRLA. O ácido fosfórico contido no eletrólito aumenta a resistência a ciclos de carga (quantidade de operações de carga e descarga), propiciando a recarga no caso de ocorrer uma descarga profunda. A bateria é fechada com uma tampa. As tampas não rosqueáveis das células e o duto de desgaseificação estão integrados na tampa. As baterias de gel não apresentam visor de carga. Vantagens: • Segurança contra vazamentos • Alta resistência a ciclos de carga e descarga • Ausência de manutenção • Gaseificação reduzida Desvantagens: • Más propriedades em partidas a frio • Alto preço • Disponibilidade reduzida • Incapaz de trabalhar em altas temperaturas, não sendo adequada para montagem no vão do motor Detalhe da tampa da bateria As tampas das células e o duto de desgaseificação da bateria de gel estão integrados na tampa. Bateria de gel com eletrólito fixado Duto de desgaseificação Tampa Válvula de desgaseificação Duto de desgaseificação Nos veículos Volkswagen não são utilizadas baterias de gel. Em todos os tipos de baterias pode ocorrer o vazamento do eletrólito por danos ou tratamento inadequado. Isso pode causar riscos de queimaduras.
  • 14. 13 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Bateria AGM com a carcaça completamente fechada. O eletrólito desta bateria é fixado em uma malha de fibra de vidro absorvente. Duto de desgaseificação Baterias AGM (Absorbent glass mat battery = Bateria com malha de fibra de vidro absorvente). As baterias cujo eletrólito é fixado em uma malha micrométrica de fibra de vidro absorvente recebem o nome de baterias AGM. A malha possui fibras de vidro muito finas, trançadas entre si. A malha apresenta excelentes características para ser impregnada com ácido sulfúrico e é muito absorvente. Assume a função do separador. A malha absorve a quantidade total de eletrólito. Devido a esta particularidade, as baterias AGM são consideradas seguras contra vazamentos. Se bem que continua existindo a possibilidade de vazamento de pequenas quantidades de eletrólito se houver dano na carcaça desta bateria, porém a quantidade que pode vazar está em um valor entre zero e alguns mililitros. A bateria é fechada com tampa. As tampas das células e o duto de desgaseificação estão integrados na tampa. As baterias AGM não apresentam visor de carga. Com relação ao seu princípio de desgaseificação, as baterias AGM pertencem às baterias VRLA. A VW utiliza baterias AGM para atender exigências especiais, tais como resistência a ciclos de carga e descarga, partida a frio ou segurança contra vazamentos. Vantagens: • Alta resistência a ciclos de carga e descarga • Segurança contra vazamentos • Ausência de manutenção • Gaseificação reduzida • Boas propriedades para partida a frio Desvantagens: • Alto preço • Reduzida variedade de tipos no mercado • Inadequada para o trabalho a altas temperaturas, portanto, não sendo recomendada para montagem no vão do motor Detalhe da tampa da bateria Na bateria AGM a tampa de fechamento da célula e o duto de desgaseificação estão integrados na tampa. Tampa Válvula de desgaseificação Duto de desgaseificação
  • 15. 14 Particularidades e propriedades Desgaseificação central Nas baterias com desgaseificação central, o gás sai através de um lugar definido da bateria. Implantando um tubo flexível é possível direcionar a saída do gás de uma forma específica em direção a um lado não crítico, por exemplo: longe de fontes de ignição. Em função do seu lugar de montagem, a desgaseificação da bateria pode ocorrer pelo lado do polo positivo ou do negativo. Redução do efeito detonante A proteção antidetonante possui um disco poroso de material plástico, que atua como uma válvula antichama instalada diante da abertura de desgaseficação central. Se os gases que saem pela boca de desgaseificação se inflamarem por efeitos externos, a válvula antichama assume a função de impedir que a chama penetre na bateria. As baterias Originais Volkswagen possuem um orifício do lado de cada polo. Um destes orifícios deve estar sempre fechado. Dessa forma, existe a segurança de que a desgaseificação ocorrerá apenas através do tubo flexível instalado. Se ambos os orifícios estiverem fechados, a bateria pode explodir. Deve ser retirada uma das tampas de saída de desgaseificação de acordo com o especificado na tabela do manual de instruções para a bateria de reposição original. Saída de desgaseificação central Princípio esquemático de desgaseificação central Válvula antichama Proteção antichama Baterias de reposição originais Volkswagen
  • 16. 15 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Tampas das células com o-ring As tampas das células possuem o-rings que permitem a vedação ao rosquear as mesmas. As tampas com o-ring servem também como proteção antidetonante. Sua função está correta quando todos os gases saem apenas através do único orifício previsto para essa finalidade. Função de captação do ácido Nas baterias de reposição originais existe uma pequena câmara de armazenamento no final do duto de desgaseificação central, na qual são interceptadas gotas de ácido arrastadas pelo fluxo de gás. Nas baterias com tampas das células desprovidas de o-ring existe o risco de que a água que respingue na bateria possa penetrar através das tampas não vedadas. Esta falta de vedação provoca um enchimento excessivo da bateria e pode causar vazamento do eletrólito. As consequências são danos à carroceria. No caso das tampas sem o-ring, o gás escapa pelas tampas. Em um caso extremo pode resultar na explosão da bateria devido a uma fonte de ignição externa. O-ring Câmara interceptadora Duto de desgaseificação Válvula antichama Abertura de desgaseificação
  • 17. 16 Visor de carga Em todos os modelos do Consórcio Volkswagen, exceto Audi A8, Audi A6 e Audi A4, são montadas baterias com eletrólito líquido, dotadas de visor de carga. O visor de carga informa o estado de carga e o nível de ácido da bateria, através da visualização de cores. A detecção realizada em apenas uma célula é suficiente para uma primeira verificação do estado de carga. Antes de realizar uma inspeção visual através do visor é necessário dar algumas pequenas batidas nele com o cabo de uma chave de fenda. Dessa forma, emergem as bolhas de ar que podem influenciar na visualização. Isso confere uma maior exatidão à visualização da cor do visor. De amarelo a incolor: Nível muito baixo de eletrólito, substituir a bateria Preto: Mau estado de carga, < 65%, carregar a bateria Verde: Bom estado de carga, > 65%, bateria correta Indicação de cor Flutuador Grade Sonda óptica Eletrólito à vista Grade à vista Flutuador à vista O visor pode apresentar três cores diferentes: Ao carregar a bateria a densidade do ácido aumenta na região das placas. O aumento da densidade do ácido na zona acima das placas ocorre por difusão. Entretanto, o visor detecta apenas a densidade do ácido acima das placas. Em casos específicos isto pode provocar o seguinte diagnóstico errado: Apesar da bateria estar com carga máxima, o visor apresenta a cor preta. Isto ocorre devido ao eletrólito com alta densidade de ácido não ter se misturado ainda com o eletrólito com baixa densidade de ácido. Esta operação de mistura (difusão) pode demorar vários dias. Para a verificação exata do estado da bateria é necessário realizar um teste com o equipamento VAS 5097 A.
  • 18. 17 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Otimização do ângulo de inclinação Existem veículos nos quais é necessário inclinar ou virar a bateria para montagem e desmontagem. As baterias originais estão desenhadas de modo que seja possível colocá-las inclusive de cabeça para baixo por um curto período sem que ocorra vazamento de eletrólito. Nas baterias do mercado paralelo existe o perigo de vazamento de ácido ao inclinar a bateria. Especificações na bateria Para poder descrever de uma forma precisa e inconfundível a capacidade de rendimento e a utilização das baterias são necessários os seguintes dados: Corrente de teste a frio (em Ampères a -18ºC) Nota que indica a conformidade com a norma Volkswagen 750 73 e as condições técnicas de fornecimento TL 825 06 Capacidade nominal, expressa em Ampère-hora. EN= Segundo a Norma Européia SAE = Segundo a Norma dos EUA DIN = Segundo a Norma Alemã Número de peça original Tensão nominal expressa em Volts
  • 19. 18 no máximo 8 g/Ah da capacidade nominal no máximo 3 g/Ah da capacidade nominal no máximo 16 g/Ah da capacidade nominal Isenta de manutenção Lugar de localização quente Isenta de manutenção Lugar de localização fresco Baterias com necessidades mínimas de manutenção Baterias com necessidades mínimas de manutenção e baterias isentas de manutenção Exemplo: bateria instalada em lugar quente Exemplo: bateria instalada em lugar fresco Uma bateria recebe a denominação de mínima necessidade de manutenção se o consumo total de água após 42 dias atinge, no máximo, 16 g/Ah da capacidade nominal. As baterias com necessidades mínimas de manutenção são utilizadas pela Volkswagen apenas para a reposição em veículos mais antigos. Bateria isenta de manutenção Uma bateria recebe a denominação de isenta de manutenção se não é necessário adicionar água destilada em condições de uso normal. As baterias isentas de manutenção apresentam carcaça transparente. A tampa é na cor preta. (Implantação a partir de 2004) As baterias isentas de manutenção diferenciam-se pelo seu lugar de montagem. Isenta de manutenção, instalada em lugar fresco • Se o consumo total de água após 42 dias atingir no máximo 8 g/Ah da capacidade nominal. Isenta de manutenção, instalada em lugar quente • Se o consumo total de água após 42 dias atingir no máximo 3 g/Ah da capacidade nominal. As baterias com eletrólito líquido pertencentes à gama de reposição Original Volkswagen atendem a exigência de denominação isenta de manutenção, instalada em lugar quente. Para o método de verificação ver a norma VW 75073. Baterias com necessidades mínimas de manutenção
  • 20. 19 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Baterias isentas de manutenção com tampas nas células Estas baterias são reconhecidas pelo seu visor e por apresentar tampas das células fechadas com adesivo por cima. Para o preenchimento das baterias basta soltar o adesivo plástico que cobre as tampas das células. Carcaça preta em baterias AGM As baterias AGM apresentam tampa preta e carcaça também preta, o que torna possível diferenciar imediatamente as baterias AGM das baterias de eletrólito líquido. Carcaças transparentes em baterias com eletrólito líquido As baterias com eletrólito líquido a partir de 2004 apresentam tampa preta e carcaça transparente. A carcaça transparente permite verificar, de forma rápida, o nível de eletrólito em todas as células no momento da sua entrega e antes da sua montagem no veículo. Isto não é possível nas baterias com carcaça preta. Baterias isentas de manutenção sem tampas nas células Estas baterias apresentam visor e não apresentam tampas separadas para as células. As tampas estão integradas na parte superior. A cobertura é responsável pelo fechamento da bateria depois do seu enchimento na produção. Não retirar o adesivo que apresenta as advertências. A cobertura não deve ser retirada, pois provoca danos na bateria, tornando-a inútil.
  • 21. 20 O lugar de montagem da bateria no veículo possui uma grande influência no seu comportamento operacional. Um lugar de instalação adequado para a bateria do veículo deve atender diversos critérios: • Fácil acesso para as intervenções de serviço e manutenção; • Proteção contra aquecimento ou resfriamento excessivo durante o funcionamento; • Proteção contra efeitos de umidade, óleo e combustíveis, bem como contra influências mecânicas; • Em caso de colisão, proteger os ocupantes do veículo contra gases desprendidos ou ácido derramado da bateria. Bateria no vão do motor Se, por motivos técnicos, a bateria estiver muito perto do motor ou de grupos mecânicos que emitem intensa radiação de calor, as altas temperaturas a que a bateria está exposta podem exercer influência negativa na sua resistência ao envelhecimento. Com o sobreaquecimento, aumentam a corrosão das grades positivas, o consumo de água e a autodescarga da bateria. Para minimizar esses fenômenos a bateria é instalada em uma caixa específica de material plástico. Para a implantação em condições de temperaturas particularmente altas é utilizada ainda uma capa térmica para proteção adicional. Esta capa não é uma proteção contra as baixas temperaturas do inverno, como geralmente se pensa. Caixa da bateria no Touran modelo 2004 Capa de proteção térmica no Golf modelo 2003 Localização da bateria no veículo
  • 22. 21 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Bateria no habitáculo / porta-malas Se a bateria estiver no habitáculo e for do tipo com o eletrólito líquido, sempre se instala uma bateria otimizada com o respeito ao ângulo de inclinação ou se utiliza uma bateria AGM segura contra vazamentos. As baterias instaladas no habitáculo apresentam sempre um tubo flexível para a desgaseificação. Se, em caso de capotamento do veículo este permanecer de ponta cabeça, pode ocorrer o vazamento do ácido da bateria. Isso pode provocar lesões nos ocupantes. Com a implantação de baterias otimizadas no ângulo de inclinação ou baterias seguras contra vazamentos é minimizado o risco de danos provocados pelo ácido. • Por isso, é importante que no caso da substituição seja instalada uma bateria com estas características. No caso da bateria de reposição original este requisito é atendido. • Não deve ser esquecido de acoplar novamente o tubo flexível de desgaseificação na saída central correspondente da bateria. Borne de bateria com fusível pirotécnico O borne de bateria com fusível pirotécnico é instalado se a bateria for montada no habitáculo ou no porta-malas. Como o percurso percorrido pelo cabo da bateria até o motor de partida é relativamente longo, aumenta o risco de incêndio se o cabo for danificado em um acidente. No caso de uma colisão na qual são acionados os airbags, é interrompida a conexão positiva da bateria ao motor de partida. Entretanto, a alimentação de tensão para a rede de bordo é mantida para a execução de importantes funções de segurança, como o pisca-alerta. A conexão positiva é interrompida disparando uma carga pirotécnica em uma grade de interceptação. Dois ganchos de retenção na grade impedem que possa voltar a ser estabelecido o contato involuntário. Este tipo de borne pirotécnico da bateria é montado, por exemplo: no Lupo 3L e no Phaeton. Não deve ser realizado nenhum tipo de reparo na unidade formada pelo borne da bateria com fusível pirotécnico e seu cabo correspondente. No caso de danos, deve ser substituída toda a unidade. Borne de bateria com fusível pirotécnico: Sistema disparado Borne 30 Gancho de retenção Grade de interceptação Pino cônico encaixado sob pressão
  • 23. 22 Situação favorável: Uso dos faróis altos O balanço energético é resultado da relação entre a capacidade da bateria, os consumidores conectados na rede de bordo, a potência do alternador, a relação de transmissão do alternador, o regime de marcha-lenta do motor e as condições de marcha. A bateria do veículo é um acumulador de reservas, que assume a função de abastecer os diferentes consumidores com a energia elétrica suficiente. Por isso, deve ser carregada continuamente pelo alternador. Caso predomine a retirada de energia, a bateria vai “esvaziando” e surge uma carência de carga. • As condições ideais para um balanço energético adequado são aquelas nas quais existe uma relação equilibrada entre a alimentação de energia (carga) e a entrega de energia (descarga). • Os consumidores adicionais no veículo ou as condições de condução extremas podem representar um impedimento para o equilíbrio do balanço energético. • A soma dos consumos e as condições específicas da condução constituem os fatores determinantes para o balanço energético. Fatores que influenciam no balanço energético Os faróis altos são utilizados predominantemente em rodovias, circulando com o motor em regimes mais altos e em condições de tráfego de baixa densidade. Ao circular na cidade, em baixos regimes de rotação do motor, com uma alta porcentagem de regimes de marcha-lenta, trânsito denso e percursos curtos não são necessários os faróis altos. Os consumidores elétricos deste tipo não costumam apresentar problemas, pois geralmente são utilizados nos regimes adequados do alternador. Todos os consumidores recebem corrente suficiente, ao mesmo tempo em que é carregada a bateria. Aqui, todos os fatores coincidem de forma mais favorável. Alternador Carga da bateria Regimes do alternador médios e/ou altos Bateria Consumidores Balanço energético
  • 24. 23 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Unidade de Controle da Rede de Bordo J519 no Touareg Situação desfavorável: Uso dos faróis de neblina Entretanto, a situação é menos favorável se forem ligados ao mesmo tempo numerosos consumidores elétricos, como os faróis de neblina, os faróis e o desembaçador traseiro. Todos estes consumidores são acionados geralmente ao circular em regimes menores de rotação, nos quais o alternador não consegue fornecer a energia máxima. A neblina obriga a circular de forma lenta. Os faróis de neblina são deixados acesos durante um longo período de tempo. Neste exemplo, os fatores coincidem de forma menos favorável. Funções na unidade de controle da rede de bordo J519 Na unidade de controle da rede de bordo são agrupadas funções que até agora eram realizadas por unidades de controle e relés que estavam distribuídos pelo veículo. A unidade de controle da rede de bordo é responsável por gerenciar as cargas energéticas dos diferentes consumidores elétricos pertencentes à área de conforto. Para isso, é responsável por monitorar o nível de tensão da bateria. Quando detecta que foram atingidos os limites específicos exige, primeiro, um regime mais acelerado de marcha- lenta. O maior regime do alternador oferece uma situação mais favorável para a rede de bordo. Se a situação coloca em risco a capacidade de uma nova partida do motor ou se for iminente que os consumidores de relevância para a segurança possam parar de funcionar de forma correta, podem ser desativados, por um pequeno período, os consumidores da área de conforto, por exemplo: o aquecimento do vidro traseiro. Alternador Descarga da bateria Baixo regime do alternador Bateria Consumidores
  • 25. 24 Conceitos relacionados com a rede de bordo A segunda bateria, por exemplo: em motorhomes A segunda bateria Nos motorhomes são acionados, por exemplo o aquecimento independente, o refrigerador, a iluminação interna e muitas outras funções através de um circuito de corrente separado. A alimentação é realizada através de outra bateria de 12 V, denominada segunda bateria. Desta forma, garante-se que exista corrente disponível suficiente para a partida do motor se o veículo esteve parado durante um tempo relativamente prolongado com consumidores elétricos ativados, por exemplo: em um camping. Estando o motor em operação, a bateria e a segunda bateria estão conectadas em paralelo e são carregadas pelo alternador. Quando o motor está parado, ambas as baterias estão separadas por um relé disjuntor. Em veículos convencionais, a bateria assume a função de garantir o fornecimento da energia elétrica para a partida do motor e para os consumidores elétricos. Todos os consumidores são alimentados por apenas uma bateria em todas as condições operacionais. Entretanto, devido à extensa aplicação de equipamentos nos veículos e, principalmente as altas potências necessárias para a partida a frio, pode ser que apenas uma bateria não seja suficiente para a alimentação confiável de corrente elétrica. Se for esse o caso, se implanta: • a segunda bateria ou • o conceito de duas baterias.
  • 26. 25 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Conceito de duas baterias Em veículos com o conceito de duas baterias, ocorre a divisão do sistema em uma bateria da rede de bordo e uma bateria de partida. O conceito de duas baterias no Phaeton está formado pela bateria de partida (A), a bateria da rede de bordo (A1), o relé para a conexão em paralelo das baterias (J581) e a unidade de controle para monitoramento das baterias (J367). A bateria de partida encarrega-se de alimentar corrente ao circuito de arranque para o funcionamento do motor. A bateria da rede de bordo abastece a rede de bordo de 12 V. Mesmo se a bateria de partida estiver descarregada, é possível dar partida no motor. O gerenciamento é realizado através da unidade de controle para monitoramento das baterias e o relé para conexão em paralelo das baterias. Unidade de Controle para monitoramento de baterias Bateria da rede de bordo Relé para conexão em paralelo das baterias Bateria de partida O conceito de duas baterias, por exemplo: no Phaeton Quando o veículo estiver em circulação, a bateria de partida é recarregada da forma ideal, através de um processo gerenciado pela unidade de controle para monitoramento de baterias e um transformador DC/DC. No conceito de duas baterias do Touareg (V10 TDI) a unidade de controle da rede de bordo (J519) assume a função da unidade de controle para monitoramento de baterias (J367). Neste caso também é possível dar partida no motor estando descarregada a bateria de partida. A recarga da bateria de partida, entretanto, só ocorre se houver sobra de energia na rede de bordo, ou seja, sem o apoio de um transformador DC/DC. A1 A
  • 27. 26 Ação conjunta da bateria e do alternador A potência fornecida pelo alternador, a capacidade da bateria e as necessidades de corrente pela rede de consumidores devem estar balanceadas para que o sistema funcione de forma segura e isenta de falhas. As dimensões, o tipo e a arquitetura do alternador de um veículo são determinados com o objetivo de fornecer a quantidade suficiente de corrente para a alimentação dos consumidores e a acumulação na bateria. Os alternadores geram corrente alternada. Entretanto, a eletrônica do automóvel trabalha com corrente contínua. A transformação de corrente alternada em contínua é realizada pelo retificador no alternador. Corrente contínua Corrente alternada Exemplo de cálculo: Farol de neblina (potência absorvida nominal 55W) Consumidor Bateria Retificador Alternador Intensidade de Corrente I (A) = Potência P (W) Tensão U (V) I = P U Intensidade de Corrente l (A)= 55 W 12 V = 4,6 A A potência requerida de um consumidor é calculada de acordo com a seguinte fórmula:
  • 28. 27 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Potência requerida pelos equipamentos no veículo Ignição 20W Injeção de combustível 50...70W Consumidores básicos Consumidores de longa utilização Consumidores de curta duração Faróis de neblina 35...55W cada Aquecimento do veículo 20...60W Pisca-alerta 21W cada Motor de Partida 800...3.000W Bomba de combustível 50...70W Gerenciamento do motor 10W Lanternas laterais 4W cada Rádio 10...15W Luz de freio 21W cada Acendedor 100W Em veículos com interligação em rede, a corrente com a ignição ligada pode chegar a 240 W (= 20 A). Lâmp. ilum. instrumentos 2W cada Limpador do para-brisas 60...90W Luz de ré 21...25W cada Buzina 25...100W luz da placa 5W cada Ventilador do radiador 80...600W Luzes de freio adicionais 21W cada Velas de pré- aquecimento 100W cada Lanterna 3...5W cada Ventilação 80W Lavador de faróis 60W Antena elétrica 60W Farol baixo 55W cada Desembaçador 120W Vidros elétricos 150W Farol alto 55W cada Lanternas traseiras 5W cada Faróis adicionais 55W cada
  • 29. 28 Descarga e comportamento em temperaturas Autodescarga química A estrutura e o funcionamento das baterias em veículos implicam em uma autodescarga interna. O valor da autodescarga depende diretamente da temperatura e também da tecnologia da bateria. No caso das baterias de eletrólito líquido e baterias AGM utilizadas atualmente é usada uma liga de chumbo e cálcio. Vantagens desta liga: • Autodescarga bastante reduzida • A autodescarga não aumenta à medida que aumenta a idade da bateria. Na prática, isto significa que as baterias convencionais novas de veículos, preenchidas com eletrólito, apresentam uma densidade do ácido de apenas 1,20 g/cc após seis meses em repouso a uma temperatura ambiental de 20°C. Isto equivale a um estado de carga de aproximadamente 50%. As baterias danificadas podem atingir este valor em apenas algumas semanas. No caso das baterias AGM isentas de manutenção, a densidade do ácido é de 1,24 g/ cc após esse mesmo período, equivalente a um estado de carga de 80%. Estas baterias atingem o valor de 1,20 g/cc após 18 meses. Devido às grades de chumbo-cálcio apresentarem esta liga pura, desaparece o efeito de aceleração da autodescarga. A baixa taxa de autodescarga das placas positivas e negativas se mantém constante durante toda a sua vida útil. • A autodescarga química depende diretamente da temperatura. • A cada 10°C de aumento da temperatura é duplicado o fator da autodescarga. Autodescarga Aumento da temperatura Bateria livre de manutenção Bateria convencional Desenvolvimento da autodescarga em baterias convencionais e em baterias isentas de manutenção Tempo de descarga em meses Estado de carga em %
  • 30. 29 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Outro motivo que provoca a descarga das baterias em veículos é o consumo de corrente em repouso. Existem consumidores elétricos ativos continuamente em função do equipamento do veículo, que provocam descargas contínuas na bateria. Dentro dos consumidores de corrente continuamente ativos estão, entre outros, o relógio, o sistema de alarme, em alguns casos o telefone, o rádio programável e o controle de pressão dos pneus. • O consumo de corrente em repouso de um veículo depende da quantidade e do consumo específico dos consumidores ativos de forma contínua. • Devido ao consumo de corrente em repouso influir sobre a capacidade de partida do veículo é importante dimensionar as baterias de acordo com o valor do consumo de corrente em repouso. • Nos veículos equipados com gerenciamento energético, ele é responsável por evitar que, se a bateria estiver com a carga baixa, ela continue descarregando, por exemplo: se esqueceu de desligar a iluminação interna, o rádio, etc. Modo de transporte Para evitar descargas desnecessárias da bateria em veículos que devem ser embarcados, foi implementado um sistema denominado modo de transporte. Ele é ativado no final da linha de produção. Ao estar ativado o modo de transporte, são desligadas funções dispensáveis como, por exemplo, a proteção antifurto no habitáculo, o rádio, o relógio, etc. Relógio Sistema de alarme Telefone Rádio Descarga por consumo de corrente em repouso • Desta forma é reduzido o consumo de corrente. O objetivo deste sistema é evitar que a bateria sofra uma descarga muito intensa após o transporte e o tempo em que eventualmente o veículo fique parado.
  • 31. 30 Altas temperaturas As altas temperaturas provocam uma aceleração dos processos químicos na bateria. • A potência da bateria aumenta em virtude da menor viscosidade do ácido. A capacidade aumenta levemente. • Entretanto, em altas temperaturas as placas são muito atacadas, o que provoca uma maior corrosão nas grades. • Em altas temperaturas aumenta a autodescarga química da bateria. Baixas temperaturas À medida que a temperatura diminui, também diminui a capacidade que a bateria pode fornecer. Os processos químicos ocorrem de forma menos eficaz em baixas temperaturas, devido a maior viscosidade do eletrólito. Por isso, a capacidade da bateria não deve ser dimensionada muito próxima do limite. Em ambientes com frio intenso existe o risco de não ser possível dar partida no motor. Quanto mais profunda for a descarga, mais o ácido se dilui. Isto provoca um deslocamento do ponto de solidificação (temperatura de congelamento). As baterias profundamente descarregadas podem congelar a 0°C. Tensão 12,7 V 12,5 V 12,3 V 12,1 V 11,9 V 11,7 V Status da Carga 100 % 80 % 60 % 40 % 20 % 0 % Densidade do ácido 1,28 g/cc 1,24 g/cc 1,21 g/cc 1,18 g/cc 1,14 g/cc 1,10 g/cc Temperatura de congelamento <-50°C -40°C -30°C -20°C -14°C -5°C As tensões, densidades do ácido e temperaturas de congelamento indicadas admitem tolerância. Os valores indicados são apenas para referência. Tensão de descarga Corrente de descarga
  • 32. 31 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Eletrólito congelado Uma bateria com o eletrólito congelado não é adequada para dar partida no motor. Atenção: • Se a bateria está congelada não deve ser recarregada, pois o ácido viscoso se expande. • No manual de instruções, a Volkswagen recomenda que seus Clientes substituam as baterias congeladas. Devido à expansão volumétrica, o eletrólito congelado pode provocar fissuras na carcaça de plástico, provocando vazamento. Isto pode representar danos à carroceria. Partida a frio Uma carga física desfavorável para uma bateria é a partida a frio. Durante essa fase existe a interferência de três fatores que impõem cargas físicas adicionais para a bateria: • As resistências mecânicas do motor são mais intensas, porque o óleo é mais viscoso devido a baixa temperatura. Por isso, o motor de partida consome mais energia. • A potência da bateria é reduzida de forma significativa por causa da maior resistência interna em função do frio. • A bateria não disponibiliza a sua carga máxima devido às baixas temperaturas. A bateria deve estar em boas condições para fornecer toda a sua potência para uma partida a frio. Revisar a bateria antes do início do inverno. Substituir impreterivelmente as baterias defeituosas.
  • 33. 32 Teste da bateria Inspeção visual Antes de realizar as medições na bateria, por exemplo, a tensão em repouso, a densidade do ácido ou antes de realizar o teste de descarga da bateria é necessário realizar uma inspeção visual. O que deve ser verificado: • A carcaça da bateria Se a carcaça estiver danificada pode ocorrer vazamento de ácido. O ácido da bateria que vazar pode causar danos graves no veículo. As partes do veículo afetadas pelo ácido derramado devem ser lavadas imediatamente com água e sabão ou terão que ser substituídas. • Os polos e os terminais da bateria Se os polos e os terminais dos cabos da bateria apresentam danos, eles podem não estar dando o contato necessário nos bornes. Se os bornes não estão ligados e apertados de forma correta pode ocorrer incêndio nos cabos. Fixação da bateria Uma fixação deficiente pode abreviar de forma significativa a vida útil da bateria, provocando danos nas placas pela vibração. A bateria pode explodir. A trava da bateria pode provocar danos na carcaça. Uma fixação inadequada da bateria representa deficiência na segurança em colisões. É necessário verificar se a trava está encaixada de forma adequada na base da bateria. Dependendo do caso, é necessário utilizar adaptadores. O parafuso de fixação deve ser apertado de acordo com o especificado. A fixação lateral da bateria é realizada através de uma parte da saliência da base da bateria. A fixação por um lado ou por ambos os lados depende do veículo. Observe a fixação correta. Nas inspeções do veículo é importante verificar também a fixação da bateria. Serviço
  • 34. 33 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Verificação e correção do nível de ácido O nível de ácido correto na bateria é um fator importante para que a bateria esteja em boas condições funcionais durante longo tempo. Se o nível de ácido for muito baixo ocorre perda de capacidade devido a falta de ácido nas placas das células. Se as placas das células não estiverem submersas no ácido da bateria ocorre corrosão em componentes internos. A corrosão pode provocar falhas e inclusive a explosão da bateria. É necessário preencher com água destilada. Se o nível de ácido for muito alto pode ocorrer o vazamento do ácido da bateria, provocando danos em componentes ao seu redor. • Neste caso, é necessário retirar o ácido da bateria. • A correção do nível de ácido somente pode ser realizada em baterias com eletrólito líquido em versão que permite manutenção. Notas: As baterias AGM não possuem eletrólito líquido, não sendo necessário corrigir seu nível. • As baterias AGM não devem ser abertas. Controle com ajuda do “olho mágico”: • Se no visor a cor for incolor ou amarelo claro é necessário substituir a bateria. Nas baterias com carcaça transparente sem visor, o nível de ácido é verificado através das marcas Min e Max. Se a carcaça da bateria não tiver estas marcas ou se não for possível verificar o nível de ácido por ser uma carcaça preta, será necessário desrosquear as tampas de fechamento das células, se for possível, para verificar o nível internamente. Observar as indicações relativas à segurança. Siga as instruções fornecidas pelo sistema eletrônico de Informação de Serviço ELSA.
  • 35. 34 Teste de descarga da bateria O teste de descarga mostra a corrente que pode ser fornecida por uma bateria totalmente carregada, procedendo através de um período definido, a uma temperatura específica e sem que isso faça que a tensão fique abaixo de um limite determinado. A descarga é expressa em Ampères. Para realizar o teste de descarga da bateria é necessário o testador de baterias VAS 5097 A. Para realizar o teste com o VAS 5097 A não é necessário desmontar ou desconectar a bateria. O resultado impresso do teste é necessário para a garantia. Gama de medição ajustada no aparelho Diagrama; a flecha indica o estado da bateria Resultado do teste Tensão da bateria durante o teste Dados do veículo e data devem ser preenchidos pelo operador Resultado impresso Medida Potência de partida muito boa * Bateria carregada Potência de partida boa Potência de partida suficiente Potência de partida deficiente Potência de partida insuficiente Incapaz de ser submetida ao teste Bateria carregada Carregar a bateria Carregar a bateria Carregar a bateria Carregar a bateria 24 horas e realizar o teste novamente * Valor exigido para a Inspeção de entrega Ler o manual de instruções do aparelho de teste de baterias. Seguir as instruções fornecidas pelo sistema ELSA. A bateria está prevista para realizar este teste apenas uma vez. Antes de repetir o teste é necessário carregá-la.
  • 36. 35 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Carga da bateria Carga Se o teste de descarga monstrar a necessidade de carregar a bateria, devem ser observados os seguintes aspectos: • Seguir o regulamento para prevenção de acidentes. • Estabelecer uma boa ventilação do recinto. A bateria deve ter uma temperatura mínima de 10°C. • Se o ácido apresentar uma temperatura superior a 55°C deve ser interrompido o processo de carga da bateria. • As baterias não devem ser submetidas a carga rápida. A carga rápida danifica a bateria. Para realizar a carga da bateria devem ser utilizados os seguintes equipamentos especiais: • carregador de baterias VAS 5095 A ou • carregador automático VAS 5900 ou • carregador de conector para baterias VAS 5901 Ler o manual de instruções do carregador utilizado. Seguir as instruções fornecidas no sistema ELSA. Carga de baterias profundamente descarregadas As baterias que não foram utilizadas durante um tempo prolongado, por exemplo, as de veículos armazenados, sofrem uma autodescarga ou podem descarregar devido ao consumo de corrente em repouso do veículo se ela não tiver sido desconectada. Entende-se por bateria profundamente descarregada aquela na qual a densidade do ácido é inferior a 1,14 g/cc. • As baterias profundamente descarregadas podem sofrer congelamento no inverno sob certas condições devido a alta presença de água no eletrólito. • As baterias congeladas devem sersubstituídas, pois podem apresentar fissuras. • As baterias profundamente descarregadas sofrem sulfatação, ou seja, todas as superfícies das placas endurecem. Se após a descarga profunda é realizada a recarga neste tipo de bateria é possível neutralizar a sulfatação. Se não for realizada a recarga, as suas placas continuarão endurecendo. Dessa forma, fica limitada a sua capacidade de absorção de carga. Como consequência, é reduzida a potência da bateria. • O tempo do ciclo de carga deve ser, no mínimo, de 24 horas. • Se as baterias profundamente descarregadas forem submetidas a carga rápida, não absorvem corrente de carga ou podem ser consideradas carregadas cedo demais, por tratar-se do que se denomina “carga superficial”. Elas estão apenas aparentemente carregadas. • As baterias profundamente descarregadas geralmente absorvem no começo apenas uma corrente de carga mínima. • As baterias profundamente descarregadas em veículos no pátio devem ser substituídas antes da entrega ao Cliente.
  • 37. 36 Recarga da bateria Manutenção da carga Em veículos estacionados por muito tempo, a bateria está submetida a uma descarga constante, devido ao consumo de corrente em repouso e a influências de temperatura. Portanto, o estado de carga da bateria diminui permanentemente nos veículos parados. • Para minimizar a descarga da bateria em veículos parados são aplicadas medidas de manutenção da carga. Servem para compensar a descarga. • A bateria é mantida em estado de carga total através de um carregador de tensão constante, que fornece uma baixa tensão de carga. Para realizar a manutenção da carga podem ser utilizados os seguintes equipamentos: • painel solar VAS 6102, ou • carregador de baterias VAS 5095 A, ou • carregador automático de baterias VAS 5900 A, ou • carregador de conector para baterias VAS 5901. Painel solar VAS 6102 Com o VAS 6102 é possível compensar a perda de capacidade por autodescarga e consumo de corrente em repouso. O painel solar VAS 6102 é colocado atrás do para-brisa do veículo e alimenta a bateria através do acendedor. A corrente de carga fornecida através da energia solar é suficiente para compensar a queda energética na bateria. Em condições desfavoráveis podem ser conectados até três painéis solares em paralelo. Painel solar VAS 6102
  • 38. 37 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Carregador de baterias VAS 5095A Carregador automático VAS 5900 Carregador de conector para baterias VAS 5901 Funções de apoio Devido aos trabalhos de Serviço e manutenção em veículos dotados de interligação em rede (por exemplo, ao realizar o telecarregamento de unidades de controle) a bateria é submetida a consumos intensos e deve ter o amparo de um carregador. • Dessa forma, evita-se uma descarga muito intensa da bateria. • Durante a função de apoio são conectados a bateria, o carregador e os consumidores de corrente. O carregador fornece uma corrente suficiente para manter em 100% o estado de carga da bateria. • A bateria fornece picos de corrente aos consumidores, mas é carregada ao mesmo tempo com uma tensão constante. Em veículos com uma segunda bateria é necessário observar que seja feita essa proteção na bateria correta. Ler o manual de instruções do carregador correspondente. Seguir as instruções fornecidas no sistema ELSA. Para realizar a função de apoio podem ser utilizados os seguintes equipamentos: • carregador de baterias VAS 5095 A, ou • carregador automático VAS 5900, ou • carregador de conector para baterias VAS 5901.
  • 39. 38 Partida auxiliar Partida auxiliar Se não é possível dar partida no motor devido a bateria estar descarregada, é possível realizar essa partida com ajuda de uma fonte de corrente externa. Para realizar a partida auxiliar pode ser usado o equipamento VAS 5098 ou a bateria de um segundo veículo, utilizando cabos auxiliares. O VAS 5098 fornece uma partida auxiliar independente da rede para veículos com a bateria descarregada ou com pouca carga. Dependendo da temperatura externa e da capacidade da bateria, podem ser realizadas de 15 a 30 partidas. Se for realizada a troca da bateria, este equipamento oferece a função de carga, para evitar a perda dos dados memorizados. VAS 5098 Cabos de partida auxiliar Ler o manual de instruções do VAS 5098. Nunca realize a partida por meio de cabos auxiliares em uma bateria congelada, pois há risco de explosão. De qualquer forma, a bateria deve ser substituída. • Devem ser usados apenas cabos de partida auxiliar com diâmetro adequado e pinças isoladas. Não deve existir contato entre os veículos; caso contrário pode fluir corrente a partir do momento em que são interligados os polos positivos. • O motor do veículo fonte deve funcionar, no mínimo, durante 1 minuto antes de dar partida no motor do veículo que recebe a corrente.
  • 40. 39 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Tomadas de partida auxiliar no vão do motor do Phaeton Para evitar danos provocados pela partida auxiliar, a partir de um segundo veículo devem ser observadas as seguintes regras básicas: • Observar a polaridade correta; • A bateria descarregada deve estar ligada corretamente na rede de bordo no veículo correspondente; • Ambas as baterias devem ter a mesma tensão nominal; • A capacidade da bateria fonte não deve ser inferior à da bateria descarregada. Uma capacidade muito inferior da bateria do veículo fonte pode provocar danos significativos; • Antes de desconectar a bateria devem estar desligadas as luzes; • Para reduzir picos de tensão durante a operação de desconexão devem existir consumidores elétricos ativados, tais como o desembaçador traseiro ou a ventilação do habitáculo. Os veículos que possuem a bateria no habitáculo, também possuem uma tomada de partida auxiliar no vão do motor. Para a partida auxiliar deve ser utilizada apenas essa tomada. A localização exata das tomadas de partida auxiliar e o procedimento para conexão deverão ser consultados no manual de instruções correspondente. (Item 3.2, Conselhos práticos)
  • 41. 40 Desmontagem • Verificar primeiro se existe equipamento de som codificado. Em caso afirmativo deve ser consultado o código de proteção antifurto. • Para evitar a interrupção de tensão na rede de bordo é necessário manter a tensão através da função de apoio, por exemplo, através do acendedor. O cabo positivo não deve entrar em contato com massa. • Desligar a ignição. • Abrir a capa de proteção térmica (se houver). • Desligar primeiro o terminal negativo da bateria e depois o positivo. Uso e manuseio Substituição da bateria Dependendo do tipo de veículo, o procedimento para a substituição da bateria pode ser diferente. Entretanto, indiferentemente do modelo, existem regras básicas importantes que devem ser respeitadas a cada troca de bateria. Instruções de montagem da bateria de reposição original Nunca deverá ser ligado ou desligado o terminal positivo da bateria estando ainda conectado o terminal negativo. Existe risco de curto-circuito. Observar as instruções de segurança na bateria. As baterias de reposição originais contêm instruções de segurança em nove idiomas. Observar as instruções de montagem da bateria. Deverão ser seguidas as instruções fornecidas no sistema ELSA. • Garantir que sejam instaladas apenas baterias de reposição originais com as mesmas dimensões. • Para garantir a correta fixação da bateria nos veículos atuais, devem ser instaladas apenas baterias com saliência baixa na base. Nestes veículos, se for o caso, deverá ser retirado o adaptador de compensação. • Não devem ser lubrificados os polos da bateria, pois isso pode fazer com que eles se afrouxem.
  • 42. 41 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Montagem • Para evitar danos na carcaça da bateria, os terminais devem ser conectados apenas com a mão, sem força. • Apertar o parafuso de fixação no borne positivo da bateria de acordo com o especificado no ELSA. • Apenas depois de parafusar o terminal positivo é que deve ser colocado o terminal negativo ao polo negativo da bateria. • Nas baterias dotadas de tubo flexível para a desgaseificação central, é necessário tomar cuidado para que o mesmo não fique solto ou estrangulado. • Nas baterias desprovidas de tubo flexível para desgaseificação central deve ser verificado se não há obstrução na abertura na parte superior da tampa da bateria. • Observar o correto posicionamento da bateria, verificando a saliência na base, nas partes anterior e posterior. Saliência da base, baixa Saliência da base, alta Adaptador de compensação para a saliência da base • Apertar a placa de travamento da bateria de acordo com o especificado no ELSA. O adaptador de compensação, se existir, poderá deformar-se durante essa operação. • Remontar, de acordo com as indicações, as peças existentes, tais como a capa de proteção térmica, as coberturas dos polos, o depósito de desgaseificação ou o tubo flexível de desgaseificação. • Após ligar os cabos, é necessário verificar e ativar equipamentos do veículo, como o rádio, o relógio, os sistemas elétricos da área de conforto (por exemplo, vidros elétricos, etc.), seguindo as instruções fornecidas no sistema ELSA e/ou no manual de instruções. • Consultar as memórias de avarias e realizar, se necessário, os reparos pertinentes. A informação detalhada sobre a aplicação do adaptador de compensação pode ser consultada nas instruções de montagem para baterias de reposição.
  • 43. 42 Armazenamento e transporte Armazenamento As baterias devem ser armazenadas, montadas e enviadas seguindo o princípio FIFO (first in, first out - primeiro que entra e primeiro que sai), para evitar períodos de armazenamento excessivos. O princípio FIFO está baseado em uma identificação codificada da data de fabricação da bateria, sem que isso seja perceptível ao Cliente. De acordo com o princípio de armazenamento FIFO, são retiradas do depósito sempre as baterias que estão há mais tempo armazenadas ou as mais antigas. A permanência no depósito está limitada a 12 meses. Para seis anos consecutivos foi definido um código de cores. A cor básica da etiqueta adesiva redonda informa o ano de fabricação. O ano de fabricação é subdividido em quatro trimestres, identificados com uma letra preta. Dessa forma, por exemplo, um “C” preto sobre fundo azul indica como data de fabricação o terceiro trimestre de 2002. Sistema de codificação das baterias 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Código de cores sobre a carcaça da bateria Sobre o armazenamento é necessário observar as instruções e os procedimentos constantes no ELSA. Manual de Reparos Sistema Elétrico, grupo rep. 27 Tabelas de manutenção, Serviço para veículos em exposição e no pátio. Esta função está implementada a partir da versão 3.1.
  • 44. 43 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Equipamento multifunção para movimentação de baterias de veículos Referência Z416305TE Transporte • As baterias devem ser transportadas de forma que não possam escorregar, virar ou danificar-se. • As baterias devem estar protegidas contra curto-circuito. Para o transporte sobre palets deve ser utilizada a proteção contra curto- circuito de papelão. • Para evitar danos específicos, as baterias não devem apresentar marcas de ácidos nas superfícies externas. Tempo de armazenamento Uma boa ventilação É necessário garantir que os recintos para armazenamento sejam arejados e tenham uma boa ventilação. Armazenar em lugar fresco As baterias devem ser armazenadas em um ambiente fresco e escuro, preferencialmente com temperatura máxima de 20°C. A queda do consumo de corrente em repouso depende da temperatura de armazenamento. Quanto mais frio for o depósito, menor será a autodescarga. Evitar curto-circuito As baterias devem ser armazenadas de forma que não possam ocorrer curto-circuito ou faíscas. As tampas dos polos não devem ser retiradas até o momento da montagem. Recarga Se, devido à autodescarga, as baterias do depósito não apresentarem a sua capacidade total, é indispensável recarregá-las antes da venda. O estado de carga pode ser verificado através da tensão em repouso e pelo visor. Se a tensão da bateria for inferior a 12,3 V ou se o visor mudar de verde para preto, é necessário recarregar a bateria. Dessa forma, ela apresentará novamente a sua capacidade total. Isso não afeta a qualidade da bateria. As baterias de reposição originais com mais de 12 meses não devem ser vendidas como novas.
  • 45. 44 Perigos relacionados com o uso e manuseio de baterias de veículos • O vazamento de eletrólito de uma bateria pode provocar irritações e queimaduras na pele e corrosão no veículo. Isso pode danificar componentes importantes para a segurança do veículo. • O gás produzido ao carregar a bateria e produzido também pela gaseificação posterior à descarga da bateria, é um gás explosivo. Em casos extremos, esses gases que saem da bateria podem provocar explosão devido à manipulação inadequada. • É proibido realizar trabalhos de esmeril, solda, corte por chama, bem como fumar perto de uma bateria. Devem ser evitadas também as faíscas resultantes de cargas eletrostáticas. Por exemplo, é conveniente tocar a carroceria do veículo antes de tocar a bateria. • As intervenções nas baterias devem ser realizadas apenas em recintos bem ventilados e adequados para essa atividade. Conhecer e evitar os perigos As baterias oferecem perigo. Entretanto, estes perigos podem ser evitados observando as informações contidas no rótulo da bateria e indicadas no manual de instruções e no sistema ELSA. • As pessoas inexperientes, por exemplo, aprendizes ou estagiários, somente podem efetuar serviços em baterias de veículos sob supervisão de pessoal especializado, como um mecânico automotivo ou um eletricista automotivo. • O ácido apresenta um efeito corrosivo intenso. Existe o risco de que o pessoal esteja exposto a influências nocivas do eletrólito no caso de manusear/utilizar as baterias de forma inadequada. Por isso, é necessário ter à disposição os medicamentos adequados contra queimaduras provocadas pelo ácido. Um antídoto adequado é, por exemplo, água e sabão.
  • 46. 45 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Primeiros Socorros Se, apesar de todas as medidas de proteção ocorrer uma queimadura na pele ou nos olhos, é necessário realizar os primeiros socorros. • Para tal, é necessário neutralizar imediatamente as roupas e as zonas afetadas da pele, através de uma solução de sabão e enxaguar alguns minutos com água corrente. • Os respingos de ácido nos olhos devem ser enxaguados imediatamente, de forma intensa com água corrente, no mínimo durante 10 minutos. • Por isso, deve existir um lavador de olhos de emergência conectado à tubulação de água potável em um lugar de fácil acesso na oficina, se possível, perto do recinto de carga de baterias. • Se não for possível, deve existir uma garrafa com líquido para lavar os olhos, situada nas imediações do lugar de trabalho. Deve estar sempre cheia e, por motivos higiênicos, é necessário substituí-la com frequência. A substituição deve ser controlada de forma sistemática. • Depois de aplicar os primeiros socorros de forma eficaz, enxaguando os olhos ou a pele, é sempre necessário consultar um médico após acidentes nos quais tenham ocorrido queimaduras. Equipamentos de proteção pessoal As pessoas que trabalham com ácidos precisam de equipamentos de proteção pessoal. O equipamento de segurança está formado por: • óculos de segurança resistentes aos efeitos do ácido • avental resistente aos efeitos do ácido • luvas de borracha resistentes aos efeitos do ácido Para evitar queimaduras nos olhos é recomendado o uso de óculos com proteção lateral para qualquer manipulação de baterias, por exemplo, para transporte. Garrafas para lavagem dos olhos Óculos de proteção Aventais Luvas de borracha
  • 47. 46 Advertências Significado dos avisos de precaução na bateria 1 2 3 4 5 6 7 8 Devem ser seguidas as indicações fornecidas sobre a bateria no Sistema Elétrico do ELSA e no manual de instruções. Perigo de queimaduras: o ácido da bateria apresenta um grande poder corrosivo, motivo pelo qual devem ser utilizadas luvas e óculos de proteção para a realização dos trabalhos com baterias. A bateria não deve ser inclinada, pois pode ocorrer vazamento de ácido pelas aberturas de desgaseificação. Ao manipular baterias é proibido provocar fogo, faíscas e fumar. Evitar faíscas ao manipular cabos, aparelhos elétricos e faíscas provocadas por descargas eletrostáticas. Evitar curto-circuitos. Por isso, não devem ser colocadas ferramentas sobre a bateria. Para trabalhos na bateria deve ser utilizada uma proteção nos olhos. Manter as crianças afastadas do ácido e das baterias. Na manipulação de baterias existe o risco de explosão. Ao carregar baterias é produzida uma mistura de gás com alto poder explosivo. As baterias inutilizadas não devem ser descartadas no lixo doméstico. Gestão de resíduos: as baterias inutilizadas são lixo especial. Elas devem ser entregues em um depósito específico para descarte, de acordo com as disposições legais vigentes sobre o tema. 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 -
  • 48. 47 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Glossário Ácido sulfúrico (H2 SO4 ) Diluído com água é utilizado como eletrólito nas baterias. Acumulador Nome também utilizado para as baterias. Armazena a energia para fornecê-la de volta quando for necessário. Água Nesta apostila é utilizada no sentido de água destilada. Água de reabastecimento Substituto da água do eletrólito dispersado devido à gaseificação e que foi evaporado. Deve atender normas específicas sobre a pureza (ver VDE 0510). Deve ser utilizada apenas água destilada. Nunca deve ser usada água da torneira. Água destilada Meio utilizado para repor a água do eletrólito dispersada devido à gaseificação e à água que evaporou. Deve atender normas específicas sobre a pureza (ver VDE 0510). Deve ser utilizada apenas água destilada. Nunca deve ser usada água da torneira. Alternador É o nome dado ao gerador de corrente movimentado pelo motor do veículo e responsável por abastecer os consumidores elétricos e carregar a bateria no veículo (alternador trifásico com retificador). Ampère (A) Unidade de medida para intensidade de corrente. Ampère-hora (Ah) Produto da intensidade de corrente multiplicada pelo tempo. Autodescarga Descarga resultante de fenômenos químicos na bateria, sem que ela esteja submetida a consumos elétricos. Bateria É o nome simplificado dado aos acumuladores elétricos. Bateria de partida Serve principalmente para a ignição e partida do motor. Bateria de chumbo Bateria, cujos eletrodos (massa ativa) em estado carregado apresentam dióxido de chumbo (eletrodos positivos) e chumbo (eletrodos negativos). O eletrólito é ácido sulfúrico diluído. Bloco de placas Unidade formada pelo conjunto de placas positivas e negativas em uma célula, incluindo o isolamento das placas (separadores). Bornes da bateria Bornes soldados ou aparafusados para conectar os cabos aos polos de uma bateria. Caixa tipo bloco Recipiente para várias células de uma bateria. A caixa do tipo bloco é dividida pelas paredes internas.
  • 49. 48 Capacidade É a quantidade de eletricidade disponível em uma bateria ou em uma célula, medida em ampères-hora (Ah). Carregar Transformar energia elétrica em energia química por meio de uma corrente que flui através da bateria em uma direção específica. Carga rápida Carga da bateria em um tempo abreviado, aplicando um múltiplo da corrente de carga. A carga rápida realiza apenas uma carga parcial da bateria. Atenção: as baterias não devem receber carga rápida; a carga rápida danifica as baterias. Verificador de ácidos Densímetro (proveta de vidro com pera de aspiração) no qual existe um flutuador dotado de graduações para medir a densidade do ácido. Ligação em série No caso de uma ligação em série (por exemplo de 6 células de chumbo formando uma bateria de 12 V) são conectados entre si respectivamente os polos contrários das células vizinhas. Corrente de carga Intensidade de corrente de carga da bateria. Corrente de teste a frio (A) de acordo com EN e DIN As correntes de teste a frio de acordo com EN e DIN são duas altas intensidades de corrente de descarga aplicadas ao tipo de bateria em questão, com auxílio das quais é possível verificar, principalmente, o comportamento de partida em baixas temperaturas e as condições de descarga especificadas. Estão baseadas nas diretrizes de verificação EN ou norma DIN antiga. Nas baterias são indicadas duas correntes de teste a frio. Por exemplo, em uma bateria de 60 Ah: 480 A EN e 280 A DIN. A bateria a -18°C deve poder fornecer cada uma destas correntes durante um tempo diferente de duração, sem que as tensões da bateria caiam abaixo do especificado. Exemplo para uma bateria de 60 Ah. Se for submetida a uma descarga com corrente EN de 480 A a -18°C, a tensão da bateria não deve ser inferior a 7,5 V após 10 segundos. Depois de uma pausa de 10 segundos, a bateria é submetida a uma descarga de 280 A a -18°C. Após 133 segundos com descarga de acordo com a norma DIN, a tensão da bateria não deve ser inferior a 6V. Densidade (do ácido) Relação da massa com relação ao volume, expressada em kg/l ou em g/cc. Descarga Transformação de energia química em energia elétrica (fluxo de corrente com orientação oposta à da carga). Saída do gás / desgaseificação Nas baterias, este gás produzido pela desgaseificação, é direcionado por um tubo de plástico flexível para fora do ambiente.
  • 50. 49 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Descarga profunda Retirada de corrente até esgotar completamente a bateria. Entende-se por bateria profundamente descarregada aquela na qual a densidade do ácido é inferior a 1,14 g/cc e tensão de repouso inferior a 11,9 V. Difusão Penetração química mútua de líquidos e gases. Eletrólito É o condutor que comunica os eletrodos, por exemplo: ácido sulfúrico diluído com água. Emendas das placas Ligação condutora elétrica entre as placas de mesma polaridade em uma célula. EN (NE) Abreviatura de “Europäische Norm” (norma européia). Quantidade de carga Indica o nível de carga apresentado pela bateria. Fator de carga de corrente Relação da quantidade de corrente necessária para a carga máxima e a quantidade de corrente retirada anteriormente. Gás detonante Mistura explosiva de hidrogênio e oxigênio Gaseificar Formação de gases nos eletrodos de uma bateria de chumbo. Principalmente no final da operação de carga é produzida uma quantidade significativa de gás, devido à dispersão da água do eletrólito, transformando-se em hidrogênio e oxigênio. Marca do nível de ácido Marca para o nível correto de ácido. Massa ativa É a parte integrante das placas (eletrodos) que está sujeita a transformações químicas ao receber corrente. Nível de ácido Nível de eletrólito nas baterias com eletrólito líquido. Nível de eletrólito Altura do nível de eletrólito nas baterias com eletrólito líquido. Placa negativa É a placa cuja massa ativa (com a bateria carregada) apresenta chumbo (Pb) metálico. Placa positiva Placa cuja massa ativa (com a bateria carregada) é de dióxido de chumbo (PbO2 ). Carga total Carga na qual se conclui a transformação químico-energética. As baterias de chumbo são consideradas totalmente carregadas se, ao final da operação de carga, não houver mais aumento da densidade do ácido nem da tensão.
  • 51. 50 Polos terminais São utilizados para a retirada da tensão fornecida por uma bateria e para a alimentação da tensão de carga. Potência de partida Potência requerida pelo motor para seu arranque. Retificador O retificador transforma a corrente alternada em corrente contínua. Grade As grades são os substratos da massa ativa na bateria. (Grades como substratos de massa) SAE Norma norte-americana (Society of Automotive Engineers) Separador Meio divisor permeável para a passagem de íons entre as placas de diferente polaridade. Polietileno para baterias com eletrólito líquido; malha de fibra de vidro para baterias AGM. Sulfatação Transformação da massa ativa de uma bateria de chumbo em sulfato de chumbo cristalino grosso. Tampa Serve para cobrir de forma conjunta as células de uma caixa tipo bloco. A tampa é fixada na caixa tipo bloco por meio de solda de material plástico. Tampa de fechamento Tampa de fechamento para a abertura de desgaseificação central na tampa da bateria. A tampa de fechamento nas baterias de reposição com eletrólito líquido deve ser colocada no orifício de um dos lados. (Não confundir com a tampa de fechamento das células). Tampa de fechamento da célula A tampa da célula é utilizada para fechar as aberturas das células na tampa da bateria. Tensão de carga Tensão durante a operação de carga da bateria. Tensão de gaseificação É a tensão de carga a partir da qual uma bateria começa a produzir gás de forma intensa. Tensão em repouso É a tensão nos polos de uma bateria, estando desativadas as correntes de carga e descarga, após obter o valor de equilíbrio. Tensão entre bornes Tensão entre os dois terminais de uma bateria. Tensão final de descarga Valor mínimo definido para a tensão ao descarregar a bateria com uma corrente aplicada. A descarga termina quando é atingida a tensão final de descarga.
  • 52. 51 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Valores nominais São valores de tensão, capacidade, densidade, temperatura, etc. definidos de acordo com as normas DIN 40729 e DIN 72311, por exemplo. Tensão nominal de uma bateria de chumbo É o produto do número de células conectadas em série (por exemplo: bateria de 12 V com 6 células) e da tensão nominal de cada célula (2,0 V). Capacidade nominal Capacidade que uma bateria pode fornecer durante uma descarga de 20 horas com a corrente nominal correspondente (em temperatura nominal, densidade nominal e com o eletrólito no nível nominal), sem que a tensão da bateria seja inferior à tensão final de descarga. Vida útil Tempo operacional até que uma bateria deixe de funcionar. Volt (V) Unidade de medida para tensão.
  • 54. 53 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Teste seus conhecimentos 1. O que significa a palavra “eletrólito”? a) Água destilada b) Ácido da bateria ou líquido da bateria c) Ácido sulfúrico diluído 2. O que é tensão entre bornes? a) É um sinônimo da tensão da célula b) É a tensão entre os dois terminais de uma bateria c) É o dado constante no rótulo da carcaça da bateria 3. O que é capacidade nominal? a) Uma tensão de 12 V b) Uma corrente de 175 A c) A quantidade de corrente que pode ser fornecida por uma bateria, conforme normas 4. O que existe na célula da bateria? a) As saliências da base e a caixa tipo bloco b) Os polos terminais c) O bloco de placas com os conjuntos de placas positivas e negativas, além do eletrólito 5. Qual é a diferença entre os polos da bateria? a) A cor b) O material c) O diâmetro 6. O que significa visor ou “olho mágico”? a) Uma indicação colorida sobre o estado de carga e o nível do eletrólito b) Um elemento indicador no painel de instrumentos c) Um indicador colorido para a temperatura da bateria 7. Qual cor do visor (olho mágico) indica que o estado de carga está correto? a) Verde b) Preto c) Amarelo/incolor
  • 55. 54 8. O que expressa a densidade do ácido? a) O estado de enchimento da bateria b) O estado de carga da bateria c) A descarga devido ao consumo de corrente em repouso 9. A partir de qual densidade do ácido e tensão são indicativos de uma bateria profundamente descarregada? a) 1,28 g/cc a 12,7 V b) 1,14 g/cc a 11,9 V c) 1,10 g/cc a 11,7 V 10. Como é realizado um teste profissional em uma bateria? a) Teste de corrente em repouso com VAS 5901 b) Teste de descarga com VAS 5097 A c) Teste da tensão em repouso com VAS 5900 11. Como é feito o reparo em uma bateria que apresenta danos na carcaça? a) Substituindo a tampa b) Com adesivo a quente c) Não é possível efetuar reparos. É necessário substituir a bateria 12. Qual é a função da caixa e capa térmica da bateria? a) Proteção contra congelamento da bateria b) Proteção contra aquecimento excessivo da bateria c) Proteção de outros grupos contra a temperatura da bateria 13. O que é tensão em repouso? a) É a tensão de uma bateria não submetida a descarga, após atingir um valor de equilíbrio b) É a tensão da bateria após a carga c) É a tensão da bateria após a partida a frio Respostas: 1b e 1c / 2b / 3c / 4c / 5c / 6a / 7a / 8b / 9b / 10b / 11c / 12b / 13a
  • 56. 55 Academia Volkswagen - Pós-Vendas Anotações
  • 58. Baterias de veículos Fundamentos, uso e manuseio Academia Volkswagen - Pós-Vendas Apostila autodidática 234 VOLKSWAGEN do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda. Academia Volkswagen Via Anchieta, km 23,5 São Bernardo do Campo - SP CEP 09823-901 - CPI 1177 A reprodução ou transcrição total ou parcial deste material é proibida, salvo expressa autorização, por escrito, da Volkswagen do Brasil. As informações contidas nesta apostila são exclusivamente para treinamento dos profissionais da Rede de Concessionárias Volkswagen, estando sujeitas a alterações sem prévio aviso. 1ª Edição Capa Apostila Bateria.indd 1 5/10/11 3:56 PM