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MUSCULATURA DO
TÓRAX DO EQUINO
Hianka Jasmyne Costa de Carvalho
Médica Veterinária
Mestranda (Programa de Pós-Graduação em
Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres–
FMVZ/USP)
PAE VCI0209 – ANATOMIA CLÍNICO-CIRURGICA
NA ESPÉCIE EQUINA
IMPORTÂNCIA DA MUSCULATURA PARA A
ESPÉCIE EQUINA
MÚSCULO DO TÓRAX – APANHADO GERAL
Músculo Serrátil Dorsal;
- M. S. D. cranial
- M. S. D. caudal
Músculos costais;
- M. levantadores das costelas
Músculo Intercostais;
- M. I. externos
- M. I. internos
Músculo Subcostais;
Músculo Retrator da Costela;
Músculo Transverso do Tórax;
Músculo Reto do Tórax;
Diafragma.
MÚSCULOS
RESPIRATÓRIOS
Funções:
Expansão e retração do espaço torácico
(Inspiração/Expiração)
MÚSCULOS DORSAIS (curtos e
longos)
Músculo trapézio;
Músculo
esternocleidomastóideo;
- M. esternocefálico
- M. braquiocefálico
Músculo omotransverso;
Músculo latíssimo do dorso /
Grande dorsal;
Músculo peitoral superficial.
Músculos giram as costelas p/ trás e p/ dentro
Músculos giram as costelas p/ frente
Imagem: Visualização do tórax, em
seu limite de transição com o pescoço.
O m. esplênio (“tábua do pescoço”)
em sua porção cervical e em sua
porção torácica.
Dorsalmente, é possível observar um
resquício do m. romboide.
Na região de tronco, assim como na
de cabeça, haver fáscia bastante
desenvolvida.
Também tem o m. omobrachial, que é
estriado, mas não é esquelético; isso
porque a fáscia superficial em
determinadas regiões cutâneas,
envolvendo o músculo cutâneo – tanto
tronco quanto na cabeça – se
delamina, contendo fibras musculares
estriadas; que se contraem – e
quando o animal tem pelo curto e
estágio nutricional adequado, é
possível observar discretos tremores
cutâneos (por pura ação do músculo
cutâneo).
Imagem: Com a musculatura cutânea
do tronco dissecada, pode-se
visualizar a fáscia profunda, que
normalmente abriga músculos de
mesma função. Retirados alguns
fragmentos dessa fáscia profunda,
pode-se visualizar melhor o músculo
latíssimo do dorso, cobrindo
parcialmente o músculo serrátil ventral
torácico. Pode-se verificar também o
m. obliquo abdominal externo e todos
os ramos cutâneos laterais dos pares
de nervos espinais (ou nervos
intercostais). É possível visualizar
também o nervo torácico lateral e,
juntamente, a veia superficial torácica.
À esquerda, um membro torácico, com
m. tríceps braquial. Todos os ramos
dorsais dos nervos espinais torácicos,
contados de acordo com o número de
costelas (18 no equino) estão
destacados com marcações (em preto).
Imagem: com a fáscia mais
afastada, já é possível visualizar
melhor o m. trapézio em sua
porção torácica e toda a
aponeurose do músculo obliquo
abdominal externo.
A túnica flava do abdome pode
ser observada, mais ventral, em
direção abdominal – tal estrutura
é a junção das aponeuroses dos m.
obliquo interno + m. oblíquo
externo + fáscia do abdômen.
Imagem: em um plano cervical e
torácico mais profundo, pode-se
verificar o m. romboide em suas
porções cervical e torácica, o m.
esplênio e o m. serrátil ventral
cervical. O ligamento nucal, sua
porção funicular e sua porção
laminar estão expostos. A área
aberta em região cervical
corresponde ao músculo romboide.
Adicionalmente, a cartilagem
escapular está sendo identificada.
Imagem: Temos então a fascia
toracolombar, que acompanha a
região de encaixe da escápula –
que está justaposta ao tronco do
animal apenas por músculos e
ligamentos; que, entretanto,
possuem grande resistência. Pode-se
visualizar também o m. esplênio
cortado e também, mais
dorsalmente, a bursa
supraespinhosa e a parte funicular
do ligamento nucal.
Imagem: Em uma dissecção mais
profunda, é possível visualizar na
porção costal as costelas, os m.
intercostais externos e nervos
intercostais pelos quais são
invervados, o sistema longo
longuíssimo do tórax e a fáscia
tóraco-lombar, abrigando esse
sistema no tórax. Os m. intercostais
auxiliam no movimento de
respiração, juntamente ao
diafragma, sendo classificados em
externos e internos, cujas fibras
possuem direções/sentidos
contrários, possibilitando-os maior
resistência.
Imagem: Destaque para a área
de músculo serrátil dorsal cranial
(porção ventral torácica), bem
robusto nos equinos, permitem
melhor movimentação e
estabilidade de coluna.
É possível identificar a veia jugular
externa, importante ponto de
acesso para punções, em contado
íntimo com o m. esternocefálico.
Embora não identificada na
imagem, também nota-se a
traqueia, dorsal à veia jugular
externa na imagem. Artéria e veia
subclávias também estão
identificadas, bem como parte do
músculo peitoral – bem robusto e
desenvolvido em equinos atletas.
Observe topograficamente entre
as costelas, o lobo caudal do
pulmão.
Imagem: visualização das veias e
artérias intercostais, com destaque em
sua localização anatômica nas
abordagens clínico-cirúrgicas (identificar
os processos craniais das costelas, para
evitar o acometimento dessas
importantes estruturas).
O tracejado em azul indica a área até
onde se posicionam as bordas basais do
pulmão quando em expansão.
Imagem: Representação do diafragma,
que forma fronteira entre as cavidades
torácica e abdominal – sua inserção na
parede torácica se estende de forma
suave e curva, da 8ª-9ª cartilagens costais,
através das junções costocondrais das 9ª-
15ª costelas, até o meio da 18ª costela;
onde gira craniomedialmente para
terminar na extremidade vertebral do
último 17º EI. Pode-se visualizar também o
saco pericárdio aparecendo a nível do 5º
espaço intercostal. Os músculos intercostais
foram retirados, permitindo a observação
do pulmão em toda sua extensão – em
seus limites até seu 15º EI, quando não
expandido, e até o 17° EI, quando
expandido durante a inspiração, quando o
diafragma desce mais caudalmente.
Atentar para a veia superficial torácica,
importante área a ser levada em
consideração na escolha da região para
intervenções/ procedimentos clínico-
cirúrgicas.
Diafragma
- No plano mediano, se
projeta para a frente, até o
nível da 7ª costela e,
portanto, é quase oposto ao
olecrano do animal quando
em estação.
- Com discretas “aberturas” para
passagem de esôfago e nervo
vago (hiato esofágico), veia cava
caudal (forame da veia cava),
aorta e artéria celíaca (hiato
aórtico).
*de grande resistência, em equinos.
REFERÊNCIAS
H.-G. LIEBICH E H. E. KÖNIG. Anatomia dos animais domésticos – 6. ed. – Porto
Alegre : Artmed, 2016.
K.-D. BUDRAS; W.O. SACK; S. RÖCK. Anatomy of the Horse – 5. ed. – London:
Mosby-Wolfe, 2005.
GETTY, R. Sisson/Grossman: anatomia dos animais domésticos – 5. ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1986.
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, Profª Drª Maria Angélica Miglino, pela concessão das imagens
de peça anatômica dissecada, aqui apresentadas
Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos.

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Anatomia - Musculatura do torax do equino

  • 1. MUSCULATURA DO TÓRAX DO EQUINO Hianka Jasmyne Costa de Carvalho Médica Veterinária Mestranda (Programa de Pós-Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres– FMVZ/USP) PAE VCI0209 – ANATOMIA CLÍNICO-CIRURGICA NA ESPÉCIE EQUINA
  • 2. IMPORTÂNCIA DA MUSCULATURA PARA A ESPÉCIE EQUINA
  • 3. MÚSCULO DO TÓRAX – APANHADO GERAL Músculo Serrátil Dorsal; - M. S. D. cranial - M. S. D. caudal Músculos costais; - M. levantadores das costelas Músculo Intercostais; - M. I. externos - M. I. internos Músculo Subcostais; Músculo Retrator da Costela; Músculo Transverso do Tórax; Músculo Reto do Tórax; Diafragma. MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS Funções: Expansão e retração do espaço torácico (Inspiração/Expiração) MÚSCULOS DORSAIS (curtos e longos) Músculo trapézio; Músculo esternocleidomastóideo; - M. esternocefálico - M. braquiocefálico Músculo omotransverso; Músculo latíssimo do dorso / Grande dorsal; Músculo peitoral superficial. Músculos giram as costelas p/ trás e p/ dentro Músculos giram as costelas p/ frente
  • 4. Imagem: Visualização do tórax, em seu limite de transição com o pescoço. O m. esplênio (“tábua do pescoço”) em sua porção cervical e em sua porção torácica. Dorsalmente, é possível observar um resquício do m. romboide. Na região de tronco, assim como na de cabeça, haver fáscia bastante desenvolvida. Também tem o m. omobrachial, que é estriado, mas não é esquelético; isso porque a fáscia superficial em determinadas regiões cutâneas, envolvendo o músculo cutâneo – tanto tronco quanto na cabeça – se delamina, contendo fibras musculares estriadas; que se contraem – e quando o animal tem pelo curto e estágio nutricional adequado, é possível observar discretos tremores cutâneos (por pura ação do músculo cutâneo).
  • 5. Imagem: Com a musculatura cutânea do tronco dissecada, pode-se visualizar a fáscia profunda, que normalmente abriga músculos de mesma função. Retirados alguns fragmentos dessa fáscia profunda, pode-se visualizar melhor o músculo latíssimo do dorso, cobrindo parcialmente o músculo serrátil ventral torácico. Pode-se verificar também o m. obliquo abdominal externo e todos os ramos cutâneos laterais dos pares de nervos espinais (ou nervos intercostais). É possível visualizar também o nervo torácico lateral e, juntamente, a veia superficial torácica. À esquerda, um membro torácico, com m. tríceps braquial. Todos os ramos dorsais dos nervos espinais torácicos, contados de acordo com o número de costelas (18 no equino) estão destacados com marcações (em preto).
  • 6. Imagem: com a fáscia mais afastada, já é possível visualizar melhor o m. trapézio em sua porção torácica e toda a aponeurose do músculo obliquo abdominal externo. A túnica flava do abdome pode ser observada, mais ventral, em direção abdominal – tal estrutura é a junção das aponeuroses dos m. obliquo interno + m. oblíquo externo + fáscia do abdômen.
  • 7. Imagem: em um plano cervical e torácico mais profundo, pode-se verificar o m. romboide em suas porções cervical e torácica, o m. esplênio e o m. serrátil ventral cervical. O ligamento nucal, sua porção funicular e sua porção laminar estão expostos. A área aberta em região cervical corresponde ao músculo romboide. Adicionalmente, a cartilagem escapular está sendo identificada.
  • 8. Imagem: Temos então a fascia toracolombar, que acompanha a região de encaixe da escápula – que está justaposta ao tronco do animal apenas por músculos e ligamentos; que, entretanto, possuem grande resistência. Pode-se visualizar também o m. esplênio cortado e também, mais dorsalmente, a bursa supraespinhosa e a parte funicular do ligamento nucal.
  • 9. Imagem: Em uma dissecção mais profunda, é possível visualizar na porção costal as costelas, os m. intercostais externos e nervos intercostais pelos quais são invervados, o sistema longo longuíssimo do tórax e a fáscia tóraco-lombar, abrigando esse sistema no tórax. Os m. intercostais auxiliam no movimento de respiração, juntamente ao diafragma, sendo classificados em externos e internos, cujas fibras possuem direções/sentidos contrários, possibilitando-os maior resistência.
  • 10. Imagem: Destaque para a área de músculo serrátil dorsal cranial (porção ventral torácica), bem robusto nos equinos, permitem melhor movimentação e estabilidade de coluna. É possível identificar a veia jugular externa, importante ponto de acesso para punções, em contado íntimo com o m. esternocefálico. Embora não identificada na imagem, também nota-se a traqueia, dorsal à veia jugular externa na imagem. Artéria e veia subclávias também estão identificadas, bem como parte do músculo peitoral – bem robusto e desenvolvido em equinos atletas. Observe topograficamente entre as costelas, o lobo caudal do pulmão.
  • 11. Imagem: visualização das veias e artérias intercostais, com destaque em sua localização anatômica nas abordagens clínico-cirúrgicas (identificar os processos craniais das costelas, para evitar o acometimento dessas importantes estruturas). O tracejado em azul indica a área até onde se posicionam as bordas basais do pulmão quando em expansão.
  • 12. Imagem: Representação do diafragma, que forma fronteira entre as cavidades torácica e abdominal – sua inserção na parede torácica se estende de forma suave e curva, da 8ª-9ª cartilagens costais, através das junções costocondrais das 9ª- 15ª costelas, até o meio da 18ª costela; onde gira craniomedialmente para terminar na extremidade vertebral do último 17º EI. Pode-se visualizar também o saco pericárdio aparecendo a nível do 5º espaço intercostal. Os músculos intercostais foram retirados, permitindo a observação do pulmão em toda sua extensão – em seus limites até seu 15º EI, quando não expandido, e até o 17° EI, quando expandido durante a inspiração, quando o diafragma desce mais caudalmente. Atentar para a veia superficial torácica, importante área a ser levada em consideração na escolha da região para intervenções/ procedimentos clínico- cirúrgicas.
  • 13. Diafragma - No plano mediano, se projeta para a frente, até o nível da 7ª costela e, portanto, é quase oposto ao olecrano do animal quando em estação. - Com discretas “aberturas” para passagem de esôfago e nervo vago (hiato esofágico), veia cava caudal (forame da veia cava), aorta e artéria celíaca (hiato aórtico). *de grande resistência, em equinos.
  • 14. REFERÊNCIAS H.-G. LIEBICH E H. E. KÖNIG. Anatomia dos animais domésticos – 6. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2016. K.-D. BUDRAS; W.O. SACK; S. RÖCK. Anatomy of the Horse – 5. ed. – London: Mosby-Wolfe, 2005. GETTY, R. Sisson/Grossman: anatomia dos animais domésticos – 5. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986.
  • 15. AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Profª Drª Maria Angélica Miglino, pela concessão das imagens de peça anatômica dissecada, aqui apresentadas Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos.