SlideShare uma empresa Scribd logo
1
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
FACULDADE DE TEOLOGIA
MESTRADO INTEGRADO EM TEOLOGIA (1.º grau canónico)
JOÃO MIGUEL PEREIRA
A ANALOGIA DO SER
Resumo e reflexão do artigo “A ANALOGIA DO SER”
de José Rui da Costa Pinto
Trabalho realizado no âmbito de Ontologia
sob orientação de:
Prof. Dr. José Rui da Costa Pinto
Braga
2015
2
Apresentação geral dos conteúdos do artigo:
Não tendo S. Tomás deixado qualquer tratado sistemático sobre a analogia, referiu-se a ela em
vários momentos da sua obra. Vários autores têm-se debruçado sobre a unidade interna da analogia,
visando vários textos tomistas.
Bernard Montangnes defende que «S. Tomás numa primeira fase, estende a analogia de atribuição
predicamental aristotélica à analogia transcendental ou do ser que se constitui como unidade de diversas
realidades por referência ao Ser Primeiro». Abandonando esta posição, numa segunda fase, «adota a
analogia de proporcionalidade, a qual será abandonada ulteriormente, retomando a analogia de atribuição
como a analogia fundamental do ser».
Em “De Veritate”:
- Referindo-se à analogia de atribuição, S. Tomás diz que ao ser necessário uma relação entre
aquelas coisas que têm algo de comum por analogia, «“é impossível atribuir qualquer coisa a Deus e às
criaturas, segundo este tipo de analogia”».
- Referindo-se a analogia de proporcionalidade, proportionalitatis, S. Tomás diz que sendo
necessária uma relação de semelhança entre as duas relações dos dois termos «“nada impede que um
nome seja atribuído a Deus e à criatura, segundo este tipo de analogia”».
Na “Summa Contra Gentiles” S. Tomás diz:
O que se diz de Deus e das outras realidade predica-se por ordem ou referência a algo. Isso pode ser
de duas formas «“A primeira, quando muitos fazem referência a um só; (…) A segunda, quando se
considera a ordem ou relação que duas coisas guardam entre si e não por referência a outras coisas;
(…)”». Os nomes predicam-se de Deus e das outras realidades no segundo sentido.
Na “Summa Theologiae” S. Tomás diz em relação à analogia de atribuição:
“Mas quando algo se diz analogamente de muitos, isso mesmo só se encontra propriamente num só
deles, pelo qual são denominados todos os outros”.
► A - A primeira resposta foi-nos dada por Tomás de Vivo, conhecido por Cayetano. Ele
fundamenta a sua doutrina sobre a analogia na seguinte passagem: «“Uma coisa predica-se
analogicamente de três maneiras: ou segundo a intenção somente e não segundo o ser; e isto sucede
quando uma intenção se refere a várias coisas com ordem de prioridade e posterioridade, ainda que, em
termos de ser, só se dê um(…). Ou segundo o ser e não segundo a intenção; e isto sucede quando coisas
distintas se unificam na intensão de algo comum, mas este comum não tem o ser da mesma maneira em
todos (…). Ou segundo a intensão e segundo o ser; e isto sucede quando coisas distintas não se unificam
nem numa intensão comum nem no ser (…); e de tais coisas é necessário que a natureza comum tenha ser
em cada uma delas, ainda que diferente segundo a sua maior ou menor perfeição”».
Cayetano estabeleceu, com esta divisão tomista, os três tipos fundamentais de analogia: a de
atribuição, a de desigualdade, e a de proporcionalidade.
1 - Colocou de parte a analogia de desigualdade.
3
2 - Definiu que os «“análogos por atribuição são aqueles cujo nome é comum, e a razão significada
por este nome é a mesma segundo um termo, e diversa segundo as relações a ele”». Adverte ainda que
«“o nome análogo por atribuição enquanto tal ou enquanto realiza esta analogia é comum aos analogados
de tal modo que convém formalmente ao primeiro, e aos outros por denominação extrínseca”». Esta
analogia, refere Cayetano, «assemelha-se bastante à de desigualdade apontando, por isso, para uma
espécie de univocidade com perigosas consequências onto-teologicas».
3 - Quanto à analogia de proporcionalidade, referiu que «“os análogos por proporcionalidade são
aqueles cujo nome é comum e a razão significada por esse nome é a mesma proporcionalmente”. Esta
analogia realiza-se “segundo a causalidade formal inerente”, isto é, intrinsecamente». Esta é, para
Cayetano a analogia que corresponde formalmente ao ser, a qual este defende ser a única verdadeira
analogia do ser, pois só ela se opõe, sem margem para dúvidas, quer à univocidade quer à equivocidade
da ideia de ser.
Esta foi a interpretação da doutrina tomista que a maioria dos tomistas seguiu.
► B - Ao inverso, a interpretação de Cayetano foi contestada por Francisco Suárez. Ao contrário
de Cayetano, este defende que «“a analogia de proporcionalidade própria não se dá entre Deus e as
Criaturas”, uma vez que “toda a analogia de proporcionalidade inclui algo de metáfora e de
impropriedade” enquanto “na analogia do ser não existe qualquer metáfora ou impropriedade, visto que a
criatura é ser verdadeira, própria e absolutamente”».
E conclui apresentando duas maneiras de denominar uma coisa por atribuição a outra. «Uma é
quando a forma denominante está intrinsecamente em um só dos extremos, enquanto nos outros está
apenas por relação extrínseca (…)». A atribuição que se faz entre Deus e a criatura não pode ser deste
género pois é evidente que a criatura não é denominada ente extrinsecamente devido à entidade ou ao ser
que há em Deus, mas antes devido ao seu ser próprio e intrínseco, chamando-se consequentemente ente
não por metáfora, mas sim verdadeira e propriamente. «A outra, quando a forma denominante está
intrinsecamente em ambos os membros, embora esteja num de modo absoluto e no outro por relação
àquele».
A única analogia que a criatura pode ter com o Criador sob a razão de ser só pode ser “fundada no
ser próprio e intrínseco que tem uma relação essencial ou dependência relativamente a Deus”. Daqui
verifica-se que Suárez apresenta um conceito de ser que se aplica a Deus por essência e às criaturas por
participação e subordinação essencial ao ser divino, isto é, derivadamente.
Enquanto para Cayetano a analogia de proporcionalidade é própria (e é a analogia formal do ser) e a
analogia de atribuição é meramente extrínseca, para Suárez, ao contrário, a analogia de proporcionalidade
é apenas metafórica, e a analogia de atribuição pode ser extrínseca ou intrínseca, sendo esta última a
analogia formal do ser.
► C - Mais recentemente Cayetano foi ainda contestado por Santiago Ramírez. Este, por sua vez
apresenta três tipos de analogia: Um de desigualdade; Outro de atribuição que se desdobra em dois
modos: de «“atribuição por mera denominação extrínseca”», «“e de atribuição por participação intrínseca
4
e formal da forma análoga do primeiro analogante em todas e em cada um dos analogados segundos”»; e
Outro «de proporcionalidade de dois a dois ou de muitos a muitos, quer seja por proporcionalidade
própria, quer de proporcionalidade metafórica”», «“ainda que o seu modo próprio de analogizar seja
essencialmente distinto do de atribuição intrínseca”».
Em grande número dos casos, uma mesma realidade é suscetível de ambos os modos: um vertical (=
ascendente ou descendente) e outro horizontal, como ocorre com a noção de ser dito da substância e do
acidente ou de Deus e das criaturas; Mas nem sempre nem necessariamente.
Ramírez distancia-se também de Suárez pois o primeiro «admite a analogia de proporcionalidade
própria, para além da de proporcionalidade metafórica». Ele critica Cayetano dizendo que este “restringiu
demasiado o âmbito e a virtualidade da analogia de atribuição, a custo da analogia de proporcionalidade
própria; Suárez, ao contrário, sacrificou a analogia de proporcionalidade própria à analogia de atribuição
por participação intrínseca e formal. S. Tomás é muito mais completo e equilibrado, superando um e o
outro;” Critica Cayetano dizendo que ele admite toda a realidade da doutrina de S. Tomas mas que não
consegue “interpretá-la em tudo conforme à mente do seu autor”. Critica Suaréz referindo que este ao
negar “obstinadamente toda a analogia de proporcionalidade própria” Perdeu a maior e melhor parte da
Analogia tomista, “com enorme dano para as ciências filosóficas e teológicas”.
A interpretação que Ramírez faz da Analogia de S. Tomás tem gerado (nos nossos dias) cada vez
mais consensos entre os tomistas, o que se poderá justificar nos seguintes pontos:
1- «O ser é análogo de dois tipos de analogia: a analogia de atribuição intrínseca e a analogia de
proporcionalidade própria». 2- «Estes dois tipos de analogia não se opõem, antes se integram: a analogia
de proporcionalidade apreende os seres diversos em si mesmos já constituídos, enquanto a analogia de
atribuição apreende os seres na sua mesma constituição desde o Ser Primeiro que causalmente os faz
participantes do seu ser. Outros entendem que a analogia de atribuição intrínseca, enquanto entranha
essencialmente uma graduação na realização da forma análoga, corresponde mais propriamente ao ens ut
nomem, e a analogia de proporcionalidade própria realiza-se melhor no ens ut verbum».
Percorrido todo este percurso, a questão mantem-se: «Qual é a verdadeira analogia do ser: a de
atribuição ou a de proporcionalidade?»
► D - Costa Pinto admite que a questão permanecerá em aberto enquanto «pretendermos aplicar
ao ser os dois tipos fundamentais de analogia. O caminho que proponho é considerar a analogia do ser em
si mesma, como a analogia fundamental a qual apresenta duas dimensões ou vertentes: a vertical e a
horizontal. A analogia do ser expressa a identidade ontológica radical de cada sente que só é numa dupla
relação: com o Ser Mesmo e com os outros sentes. O “é” do sente, porque sintetiza o dinamismo deste
duplo movimento inseparável constitui-se como unidade diversificada, isto é, como análogo».
«A analogia não se pode reduzir, portanto, a um esquema sistemático de inteligibilidade do real, à
maneira do conceito unívoco, nem é apenas o conceito de ser que é análogo. A analogia é real porque o
real é análogo. A analogia é uma realidade entre os sentes e relativamente ao Ser Mesmo (na dupla
polaridade dissemelhança – semelhança)». Isto é visível em Nicolau de Cusa: “quodlibet in quolibet”, em
5
Leibniz na sua conceção da mónada como “espelho do universo”, e ainda em Fernando Pessoa “Ah, que
diversidade, / E tudo sendo”.
«Dizer que o ser é análogo significa afirmar que ele encerra um dinamismo de semelhança, isto é,
uma plasticidade que implica simultaneamente unidade e multiplicidade, identidade e diversidade. Esta
plasticidade impede-nos de considerar a analogia como “uniforme”, fazendo todos os sentes “igualmente
semelhantes”.»
«Os sentes apresentam-se sobre uma hierarquia ontológica, de acordo com a maior ou menor
excelência de ser que neles resplandece e que se evidencia no seu maior ou menor grau de unidade,
verdade e bondade.
«Neste contexto, e inspirando-nos no pensamento cuseano, poderíamos dizer que a nível dos entes
infra-humanos, indivíduos-parte totalmente imersos no cosmos, estamos perante uma analogia
“considerada”. Encontramo-nos no domínio do finito onde ratio “cernit et discernit” as semelhanças
próximas entre tais sentes. Quando, porém, ascendemos até ao sente humano, estamos perante a analogia
“transferida”. De facto, o sente humano é um sente imerso-emerso no cosmos. Pertencendo ao cosmos,
não se esgota nele totalmente, antes o transcende pela sua consciência e pela sua liberdade. O sente
humano é, pois, um “humanus Deus” e um “humanus mundus”, onde resplandece o Infinito como sua
marca constituinte. Encontramo-nos, agora, no domínio do intelectus que atinge o supra-sensível sem o
compreender. Se, por fim, ascendermos ao Ser Mesmo, a Unitas, o Possest, o Idem o Non Aliud, Aquele
no qual todas as coisas estão e que está em todas as coisas, complicatio omnium et omnium explicatio,
estamos perante uma analogia “transumida”. Movendo-nos claramente no horizonte do intellectus que,
alcançado o seu momento último, compreende incompreensivelmente o Infinito».
«Afirmar a analogia é afirmar a semelhança, isto é, a unidade da diversidade, quer em relação aos
sentes entre si, quer em relação aos sentes e ao ser. Ora, porque há unidade exclui-se o pluralismo. Os
sentes possuem uma unidade interna, pois do mesmo ser que simultaneamente os compenetra e os
transcende. E porque há diversidade, quer nos sentes entre si, quer entre os sentes e o ser [(Ser Mesmo)],
exclui-se o monismo (e o panteísmo).
É a analogia do ser que permite o nosso conhecimento e progresso cognoscitivo. Com efeito, o
nosso conhecimento arranca de uma unidade – que é realidade do ser manifestada no sujeito cognoscente
-, desabrocha numa explicação – que supõe uma abertura interna do sujeito para tudo, o que é possível
porque a unidade do sujeito é análoga com tudo – e toma consciência numa unificação, a qual só é
possível suposta uma multiplicidade de análogos que assim se unificam no ser. Os sentes formam entre si
e em relação ao ser [(Ser Mesmo)], de que derivam uma unidade analógica».
6
Tópicos principais:
Tendo estudado todos os autores que a cima citamos, os quais se debruçaram no estudo da
analogia dos ser, Costa Pinto chega à conclusão de que, se procurarmos aplicar ao ser dois tipos
fundamentais de analogia, nunca conseguiremos encontrar qual delas é a verdadeira analogia do ser.
Costa Pinto diz-nos que na identidade ontológica de cada sente só há uma dupla relação: do sente
com o ser mesmo e do sente com os outros sentes. O “é” que define cada sente, porque sintetiza esta
dupla relação inseparável, constitui-se como unidade diversificada, ou seja, como análogo.
A analogia não pode, por isso, reduzir-se a um conceito unívoco. Ela é real na medida em que
define o real, ela é uma realidade que se verifica entre os sentes e o Ser Mesmo.
Um Ser é análogo porque possui um dinamismo de semelhança e plasticidade, o que significa que
ele possui unidade e multiplicidade, identidade e diversidade.
«Afirmar a analogia é afirmar a semelhança, isto é, a unidade da diversidade, quer em relação aos
sentes entre si, quer em relação aos sentes e ao ser. Os sentes possuem uma unidade interna, pois do
mesmo ser que simultaneamente os compenetra e os transcende. E porque há diversidade, quer nos sentes
entre si, quer entre os sentes e o ser [(Ser Mesmo)], exclui-se o monismo (e o panteísmo)».
«É a analogia do ser que permite o nosso conhecimento e progresso cognoscitivo».
.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
O conceito de "diferença" na obra de Gilles DeleuzeO conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
O conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
Adilson P Motta Motta
 
Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]
Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]
Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]
Miguel Reis
 
Fluzz pilulas 41
Fluzz pilulas 41Fluzz pilulas 41
Fluzz pilulas 41
augustodefranco .
 
Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)
Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)
Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)
Leandro Nazareth Souto
 
Periodo Naturalista ou Pre-socratica
Periodo Naturalista ou Pre-socraticaPeriodo Naturalista ou Pre-socratica
Periodo Naturalista ou Pre-socratica
Bruno Miguel
 
Marçal, j.c. existência e _verdade_ em martin heidegger
Marçal, j.c.  existência  e _verdade_ em martin heideggerMarçal, j.c.  existência  e _verdade_ em martin heidegger
Marçal, j.c. existência e _verdade_ em martin heidegger
Érika Renata
 
O corte do simbólico
O corte do simbólicoO corte do simbólico
O corte do simbólico
beto8900
 
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtualAlliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Pedro Fauth Manhães Miranda
 
O Homem, Deus e o Universo - Cap V
O Homem, Deus e o Universo - Cap VO Homem, Deus e o Universo - Cap V
O Homem, Deus e o Universo - Cap V
André Ricardo Marcondes
 
Conhecimento metafísico filosófico
Conhecimento metafísico filosóficoConhecimento metafísico filosófico
Porchat lógica e conhecimento
Porchat lógica e conhecimentoPorchat lógica e conhecimento
Porchat lógica e conhecimento
Escadufax81
 
Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)
Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)
Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)
bbetocosta77
 
Introdução a Gestalt
Introdução a GestaltIntrodução a Gestalt
Introdução a Gestalt
Odair Cavichioli
 
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Carlos Elson Cunha
 
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Raquel Faria
 
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveis
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são CompatíveisHuberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveis
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveis
universalismo-7
 
Abe, j. verdade pragmática
Abe, j. verdade pragmáticaAbe, j. verdade pragmática
Abe, j. verdade pragmática
Nivaldo Freitas
 

Mais procurados (17)

O conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
O conceito de "diferença" na obra de Gilles DeleuzeO conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
O conceito de "diferença" na obra de Gilles Deleuze
 
Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]
Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]
Elementos para uma_teoria_da_paisagem[1]
 
Fluzz pilulas 41
Fluzz pilulas 41Fluzz pilulas 41
Fluzz pilulas 41
 
Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)
Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)
Do mundo fechado ao universo infinito (Capítulos VII e VIII)
 
Periodo Naturalista ou Pre-socratica
Periodo Naturalista ou Pre-socraticaPeriodo Naturalista ou Pre-socratica
Periodo Naturalista ou Pre-socratica
 
Marçal, j.c. existência e _verdade_ em martin heidegger
Marçal, j.c.  existência  e _verdade_ em martin heideggerMarçal, j.c.  existência  e _verdade_ em martin heidegger
Marçal, j.c. existência e _verdade_ em martin heidegger
 
O corte do simbólico
O corte do simbólicoO corte do simbólico
O corte do simbólico
 
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtualAlliez, éric. deleuze, filosofia virtual
Alliez, éric. deleuze, filosofia virtual
 
O Homem, Deus e o Universo - Cap V
O Homem, Deus e o Universo - Cap VO Homem, Deus e o Universo - Cap V
O Homem, Deus e o Universo - Cap V
 
Conhecimento metafísico filosófico
Conhecimento metafísico filosóficoConhecimento metafísico filosófico
Conhecimento metafísico filosófico
 
Porchat lógica e conhecimento
Porchat lógica e conhecimentoPorchat lógica e conhecimento
Porchat lógica e conhecimento
 
Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)
Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)
Sujeito, linguagem e aprendizagem (1)
 
Introdução a Gestalt
Introdução a GestaltIntrodução a Gestalt
Introdução a Gestalt
 
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
 
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtualAlliez, érics. deleuze, filosofia virtual
Alliez, érics. deleuze, filosofia virtual
 
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveis
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são CompatíveisHuberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveis
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveis
 
Abe, j. verdade pragmática
Abe, j. verdade pragmáticaAbe, j. verdade pragmática
Abe, j. verdade pragmática
 

Semelhante a "Analogia do ser" reflexão ontológica

Grupo de estudo da pós parte (1)
Grupo de estudo da pós  parte (1)Grupo de estudo da pós  parte (1)
Grupo de estudo da pós parte (1)
Sérgio Costa
 
Pros graduação
Pros graduaçãoPros graduação
Pros graduação
Sérgio Costa
 
A alma em platão dialética, matemática e música 28 de agosto de 2017
A alma em platão   dialética, matemática e música  28 de agosto de 2017A alma em platão   dialética, matemática e música  28 de agosto de 2017
A alma em platão dialética, matemática e música 28 de agosto de 2017
Antonio Serra
 
Met.iv.multivocidade do ser.
Met.iv.multivocidade do ser.Met.iv.multivocidade do ser.
Met.iv.multivocidade do ser.
Patricia Rocha
 
Dogmatica Metodologia
Dogmatica MetodologiaDogmatica Metodologia
Dogmatica Metodologia
celsorocca
 
Ap11 1-11
Ap11 1-11Ap11 1-11
Ap11 1-11
JorgeManuel44
 
A estrutura hilemorfica hilemorfismo
A estrutura hilemorfica   hilemorfismoA estrutura hilemorfica   hilemorfismo
A estrutura hilemorfica hilemorfismo
Oswaldo Michaelano
 
Cartesiano plano
Cartesiano planoCartesiano plano
Cartesiano plano
José Silva
 
Ciência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdfCiência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdf
VIEIRA RESENDE
 
Aristoteles - metafísica e lógica.ppt
Aristoteles - metafísica e lógica.pptAristoteles - metafísica e lógica.ppt
Aristoteles - metafísica e lógica.ppt
JooPedroBellas
 
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.pptAristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Andressa Silva Soares
 
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.pptAristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Andressa Silva Soares
 
A concepção política de platão
A concepção política de platãoA concepção política de platão
A concepção política de platão
Raimundo Bany
 
Grupo de estudo da pós parte (2)
Grupo de estudo da pós   parte (2)Grupo de estudo da pós   parte (2)
Grupo de estudo da pós parte (2)
Sérgio Costa
 
Tempo histórico e tempo lógico na
Tempo histórico e tempo lógico naTempo histórico e tempo lógico na
Tempo histórico e tempo lógico na
MARISE VON FRUHAUF HUBLARD
 
Revista de-filosofia
Revista de-filosofiaRevista de-filosofia
Revista de-filosofia
andre barbosa
 
Paralelismo artigo
Paralelismo artigoParalelismo artigo
Paralelismo artigo
Felipe Luccas Rosas
 
Artigo sartre - filosofia
Artigo   sartre - filosofiaArtigo   sartre - filosofia
Artigo sartre - filosofia
Danilo Pesquisador
 
Paralelismo artigo
Paralelismo artigoParalelismo artigo
Paralelismo artigo
Felipe Luccas Rosas
 
Bergson. O cérebroe o pensamento
Bergson. O cérebroe o pensamentoBergson. O cérebroe o pensamento
Bergson. O cérebroe o pensamento
daniellncruz
 

Semelhante a "Analogia do ser" reflexão ontológica (20)

Grupo de estudo da pós parte (1)
Grupo de estudo da pós  parte (1)Grupo de estudo da pós  parte (1)
Grupo de estudo da pós parte (1)
 
Pros graduação
Pros graduaçãoPros graduação
Pros graduação
 
A alma em platão dialética, matemática e música 28 de agosto de 2017
A alma em platão   dialética, matemática e música  28 de agosto de 2017A alma em platão   dialética, matemática e música  28 de agosto de 2017
A alma em platão dialética, matemática e música 28 de agosto de 2017
 
Met.iv.multivocidade do ser.
Met.iv.multivocidade do ser.Met.iv.multivocidade do ser.
Met.iv.multivocidade do ser.
 
Dogmatica Metodologia
Dogmatica MetodologiaDogmatica Metodologia
Dogmatica Metodologia
 
Ap11 1-11
Ap11 1-11Ap11 1-11
Ap11 1-11
 
A estrutura hilemorfica hilemorfismo
A estrutura hilemorfica   hilemorfismoA estrutura hilemorfica   hilemorfismo
A estrutura hilemorfica hilemorfismo
 
Cartesiano plano
Cartesiano planoCartesiano plano
Cartesiano plano
 
Ciência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdfCiência da Lógica 3.pdf
Ciência da Lógica 3.pdf
 
Aristoteles - metafísica e lógica.ppt
Aristoteles - metafísica e lógica.pptAristoteles - metafísica e lógica.ppt
Aristoteles - metafísica e lógica.ppt
 
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.pptAristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
 
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.pptAristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
Aristoteles-e-as-quatro-causas.ppt
 
A concepção política de platão
A concepção política de platãoA concepção política de platão
A concepção política de platão
 
Grupo de estudo da pós parte (2)
Grupo de estudo da pós   parte (2)Grupo de estudo da pós   parte (2)
Grupo de estudo da pós parte (2)
 
Tempo histórico e tempo lógico na
Tempo histórico e tempo lógico naTempo histórico e tempo lógico na
Tempo histórico e tempo lógico na
 
Revista de-filosofia
Revista de-filosofiaRevista de-filosofia
Revista de-filosofia
 
Paralelismo artigo
Paralelismo artigoParalelismo artigo
Paralelismo artigo
 
Artigo sartre - filosofia
Artigo   sartre - filosofiaArtigo   sartre - filosofia
Artigo sartre - filosofia
 
Paralelismo artigo
Paralelismo artigoParalelismo artigo
Paralelismo artigo
 
Bergson. O cérebroe o pensamento
Bergson. O cérebroe o pensamentoBergson. O cérebroe o pensamento
Bergson. O cérebroe o pensamento
 

Mais de João Pereira

XXXI Comum Ano A
XXXI Comum Ano AXXXI Comum Ano A
XXXI Comum Ano A
João Pereira
 
III Dom da Páscoa
III Dom da PáscoaIII Dom da Páscoa
III Dom da Páscoa
João Pereira
 
Missa da Última Ceia do Senhor
Missa da Última Ceia do SenhorMissa da Última Ceia do Senhor
Missa da Última Ceia do Senhor
João Pereira
 
Adoração da Santa Cruz
Adoração da Santa CruzAdoração da Santa Cruz
Adoração da Santa Cruz
João Pereira
 
Missa Vigília Pascal
Missa Vigília PascalMissa Vigília Pascal
Missa Vigília Pascal
João Pereira
 
Missa de Páscoa
Missa de PáscoaMissa de Páscoa
Missa de Páscoa
João Pereira
 
Cânticos do Natal
Cânticos do NatalCânticos do Natal
Cânticos do Natal
João Pereira
 
ORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntos
ORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntosORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntos
ORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntos
João Pereira
 
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de PáscoaCânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
João Pereira
 
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa CruzCânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
João Pereira
 
Cânticos Domingo de Ramos Na Paixão do Senhor
Cânticos Domingo de Ramos Na Paixão do SenhorCânticos Domingo de Ramos Na Paixão do Senhor
Cânticos Domingo de Ramos Na Paixão do Senhor
João Pereira
 
Antífonas para procissões da Semana Santa
Antífonas para procissões da Semana SantaAntífonas para procissões da Semana Santa
Antífonas para procissões da Semana Santa
João Pereira
 
Cânticos IV Domingo da quaresma
Cânticos IV Domingo da quaresmaCânticos IV Domingo da quaresma
Cânticos IV Domingo da quaresma
João Pereira
 
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de PáscoaCânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
João Pereira
 
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa CruzCânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
João Pereira
 
Cânticos V dom quaresma A
Cânticos V dom quaresma ACânticos V dom quaresma A
Cânticos V dom quaresma A
João Pereira
 
Cânticos III Domingo da Quaresma - ano A
Cânticos III Domingo da Quaresma - ano ACânticos III Domingo da Quaresma - ano A
Cânticos III Domingo da Quaresma - ano A
João Pereira
 
Cânticos II Domingo Quaresma - ano A
Cânticos II Domingo Quaresma - ano ACânticos II Domingo Quaresma - ano A
Cânticos II Domingo Quaresma - ano A
João Pereira
 
Canticos I Domingo Quaresma - ano A
Canticos I Domingo Quaresma - ano ACanticos I Domingo Quaresma - ano A
Canticos I Domingo Quaresma - ano A
João Pereira
 
Cânticos de quarta-feira de cinzas
Cânticos de quarta-feira de cinzasCânticos de quarta-feira de cinzas
Cânticos de quarta-feira de cinzas
João Pereira
 

Mais de João Pereira (20)

XXXI Comum Ano A
XXXI Comum Ano AXXXI Comum Ano A
XXXI Comum Ano A
 
III Dom da Páscoa
III Dom da PáscoaIII Dom da Páscoa
III Dom da Páscoa
 
Missa da Última Ceia do Senhor
Missa da Última Ceia do SenhorMissa da Última Ceia do Senhor
Missa da Última Ceia do Senhor
 
Adoração da Santa Cruz
Adoração da Santa CruzAdoração da Santa Cruz
Adoração da Santa Cruz
 
Missa Vigília Pascal
Missa Vigília PascalMissa Vigília Pascal
Missa Vigília Pascal
 
Missa de Páscoa
Missa de PáscoaMissa de Páscoa
Missa de Páscoa
 
Cânticos do Natal
Cânticos do NatalCânticos do Natal
Cânticos do Natal
 
ORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntos
ORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntosORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntos
ORAÇÃO DE VIGÍLIA, pelos defuntos
 
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de PáscoaCânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
 
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa CruzCânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
 
Cânticos Domingo de Ramos Na Paixão do Senhor
Cânticos Domingo de Ramos Na Paixão do SenhorCânticos Domingo de Ramos Na Paixão do Senhor
Cânticos Domingo de Ramos Na Paixão do Senhor
 
Antífonas para procissões da Semana Santa
Antífonas para procissões da Semana SantaAntífonas para procissões da Semana Santa
Antífonas para procissões da Semana Santa
 
Cânticos IV Domingo da quaresma
Cânticos IV Domingo da quaresmaCânticos IV Domingo da quaresma
Cânticos IV Domingo da quaresma
 
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de PáscoaCânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
Cânticos Vigília Pascal e Domingo de Páscoa
 
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa CruzCânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
Cânticos Última Ceia do Senhor e Adoração da Santa Cruz
 
Cânticos V dom quaresma A
Cânticos V dom quaresma ACânticos V dom quaresma A
Cânticos V dom quaresma A
 
Cânticos III Domingo da Quaresma - ano A
Cânticos III Domingo da Quaresma - ano ACânticos III Domingo da Quaresma - ano A
Cânticos III Domingo da Quaresma - ano A
 
Cânticos II Domingo Quaresma - ano A
Cânticos II Domingo Quaresma - ano ACânticos II Domingo Quaresma - ano A
Cânticos II Domingo Quaresma - ano A
 
Canticos I Domingo Quaresma - ano A
Canticos I Domingo Quaresma - ano ACanticos I Domingo Quaresma - ano A
Canticos I Domingo Quaresma - ano A
 
Cânticos de quarta-feira de cinzas
Cânticos de quarta-feira de cinzasCânticos de quarta-feira de cinzas
Cânticos de quarta-feira de cinzas
 

Último

Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
sthefanydesr
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
Giovana Gomes da Silva
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
AdrianoMontagna1
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
CarinaSoto12
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
DECIOMAURINARAMOS
 
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdfUFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
Manuais Formação
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
DeuzinhaAzevedo
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 

Último (20)

Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
 
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdfUFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
UFCD_5420_Integração de sistemas de informação - conceitos_índice.pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 

"Analogia do ser" reflexão ontológica

  • 1. 1 UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE TEOLOGIA MESTRADO INTEGRADO EM TEOLOGIA (1.º grau canónico) JOÃO MIGUEL PEREIRA A ANALOGIA DO SER Resumo e reflexão do artigo “A ANALOGIA DO SER” de José Rui da Costa Pinto Trabalho realizado no âmbito de Ontologia sob orientação de: Prof. Dr. José Rui da Costa Pinto Braga 2015
  • 2. 2 Apresentação geral dos conteúdos do artigo: Não tendo S. Tomás deixado qualquer tratado sistemático sobre a analogia, referiu-se a ela em vários momentos da sua obra. Vários autores têm-se debruçado sobre a unidade interna da analogia, visando vários textos tomistas. Bernard Montangnes defende que «S. Tomás numa primeira fase, estende a analogia de atribuição predicamental aristotélica à analogia transcendental ou do ser que se constitui como unidade de diversas realidades por referência ao Ser Primeiro». Abandonando esta posição, numa segunda fase, «adota a analogia de proporcionalidade, a qual será abandonada ulteriormente, retomando a analogia de atribuição como a analogia fundamental do ser». Em “De Veritate”: - Referindo-se à analogia de atribuição, S. Tomás diz que ao ser necessário uma relação entre aquelas coisas que têm algo de comum por analogia, «“é impossível atribuir qualquer coisa a Deus e às criaturas, segundo este tipo de analogia”». - Referindo-se a analogia de proporcionalidade, proportionalitatis, S. Tomás diz que sendo necessária uma relação de semelhança entre as duas relações dos dois termos «“nada impede que um nome seja atribuído a Deus e à criatura, segundo este tipo de analogia”». Na “Summa Contra Gentiles” S. Tomás diz: O que se diz de Deus e das outras realidade predica-se por ordem ou referência a algo. Isso pode ser de duas formas «“A primeira, quando muitos fazem referência a um só; (…) A segunda, quando se considera a ordem ou relação que duas coisas guardam entre si e não por referência a outras coisas; (…)”». Os nomes predicam-se de Deus e das outras realidades no segundo sentido. Na “Summa Theologiae” S. Tomás diz em relação à analogia de atribuição: “Mas quando algo se diz analogamente de muitos, isso mesmo só se encontra propriamente num só deles, pelo qual são denominados todos os outros”. ► A - A primeira resposta foi-nos dada por Tomás de Vivo, conhecido por Cayetano. Ele fundamenta a sua doutrina sobre a analogia na seguinte passagem: «“Uma coisa predica-se analogicamente de três maneiras: ou segundo a intenção somente e não segundo o ser; e isto sucede quando uma intenção se refere a várias coisas com ordem de prioridade e posterioridade, ainda que, em termos de ser, só se dê um(…). Ou segundo o ser e não segundo a intenção; e isto sucede quando coisas distintas se unificam na intensão de algo comum, mas este comum não tem o ser da mesma maneira em todos (…). Ou segundo a intensão e segundo o ser; e isto sucede quando coisas distintas não se unificam nem numa intensão comum nem no ser (…); e de tais coisas é necessário que a natureza comum tenha ser em cada uma delas, ainda que diferente segundo a sua maior ou menor perfeição”». Cayetano estabeleceu, com esta divisão tomista, os três tipos fundamentais de analogia: a de atribuição, a de desigualdade, e a de proporcionalidade. 1 - Colocou de parte a analogia de desigualdade.
  • 3. 3 2 - Definiu que os «“análogos por atribuição são aqueles cujo nome é comum, e a razão significada por este nome é a mesma segundo um termo, e diversa segundo as relações a ele”». Adverte ainda que «“o nome análogo por atribuição enquanto tal ou enquanto realiza esta analogia é comum aos analogados de tal modo que convém formalmente ao primeiro, e aos outros por denominação extrínseca”». Esta analogia, refere Cayetano, «assemelha-se bastante à de desigualdade apontando, por isso, para uma espécie de univocidade com perigosas consequências onto-teologicas». 3 - Quanto à analogia de proporcionalidade, referiu que «“os análogos por proporcionalidade são aqueles cujo nome é comum e a razão significada por esse nome é a mesma proporcionalmente”. Esta analogia realiza-se “segundo a causalidade formal inerente”, isto é, intrinsecamente». Esta é, para Cayetano a analogia que corresponde formalmente ao ser, a qual este defende ser a única verdadeira analogia do ser, pois só ela se opõe, sem margem para dúvidas, quer à univocidade quer à equivocidade da ideia de ser. Esta foi a interpretação da doutrina tomista que a maioria dos tomistas seguiu. ► B - Ao inverso, a interpretação de Cayetano foi contestada por Francisco Suárez. Ao contrário de Cayetano, este defende que «“a analogia de proporcionalidade própria não se dá entre Deus e as Criaturas”, uma vez que “toda a analogia de proporcionalidade inclui algo de metáfora e de impropriedade” enquanto “na analogia do ser não existe qualquer metáfora ou impropriedade, visto que a criatura é ser verdadeira, própria e absolutamente”». E conclui apresentando duas maneiras de denominar uma coisa por atribuição a outra. «Uma é quando a forma denominante está intrinsecamente em um só dos extremos, enquanto nos outros está apenas por relação extrínseca (…)». A atribuição que se faz entre Deus e a criatura não pode ser deste género pois é evidente que a criatura não é denominada ente extrinsecamente devido à entidade ou ao ser que há em Deus, mas antes devido ao seu ser próprio e intrínseco, chamando-se consequentemente ente não por metáfora, mas sim verdadeira e propriamente. «A outra, quando a forma denominante está intrinsecamente em ambos os membros, embora esteja num de modo absoluto e no outro por relação àquele». A única analogia que a criatura pode ter com o Criador sob a razão de ser só pode ser “fundada no ser próprio e intrínseco que tem uma relação essencial ou dependência relativamente a Deus”. Daqui verifica-se que Suárez apresenta um conceito de ser que se aplica a Deus por essência e às criaturas por participação e subordinação essencial ao ser divino, isto é, derivadamente. Enquanto para Cayetano a analogia de proporcionalidade é própria (e é a analogia formal do ser) e a analogia de atribuição é meramente extrínseca, para Suárez, ao contrário, a analogia de proporcionalidade é apenas metafórica, e a analogia de atribuição pode ser extrínseca ou intrínseca, sendo esta última a analogia formal do ser. ► C - Mais recentemente Cayetano foi ainda contestado por Santiago Ramírez. Este, por sua vez apresenta três tipos de analogia: Um de desigualdade; Outro de atribuição que se desdobra em dois modos: de «“atribuição por mera denominação extrínseca”», «“e de atribuição por participação intrínseca
  • 4. 4 e formal da forma análoga do primeiro analogante em todas e em cada um dos analogados segundos”»; e Outro «de proporcionalidade de dois a dois ou de muitos a muitos, quer seja por proporcionalidade própria, quer de proporcionalidade metafórica”», «“ainda que o seu modo próprio de analogizar seja essencialmente distinto do de atribuição intrínseca”». Em grande número dos casos, uma mesma realidade é suscetível de ambos os modos: um vertical (= ascendente ou descendente) e outro horizontal, como ocorre com a noção de ser dito da substância e do acidente ou de Deus e das criaturas; Mas nem sempre nem necessariamente. Ramírez distancia-se também de Suárez pois o primeiro «admite a analogia de proporcionalidade própria, para além da de proporcionalidade metafórica». Ele critica Cayetano dizendo que este “restringiu demasiado o âmbito e a virtualidade da analogia de atribuição, a custo da analogia de proporcionalidade própria; Suárez, ao contrário, sacrificou a analogia de proporcionalidade própria à analogia de atribuição por participação intrínseca e formal. S. Tomás é muito mais completo e equilibrado, superando um e o outro;” Critica Cayetano dizendo que ele admite toda a realidade da doutrina de S. Tomas mas que não consegue “interpretá-la em tudo conforme à mente do seu autor”. Critica Suaréz referindo que este ao negar “obstinadamente toda a analogia de proporcionalidade própria” Perdeu a maior e melhor parte da Analogia tomista, “com enorme dano para as ciências filosóficas e teológicas”. A interpretação que Ramírez faz da Analogia de S. Tomás tem gerado (nos nossos dias) cada vez mais consensos entre os tomistas, o que se poderá justificar nos seguintes pontos: 1- «O ser é análogo de dois tipos de analogia: a analogia de atribuição intrínseca e a analogia de proporcionalidade própria». 2- «Estes dois tipos de analogia não se opõem, antes se integram: a analogia de proporcionalidade apreende os seres diversos em si mesmos já constituídos, enquanto a analogia de atribuição apreende os seres na sua mesma constituição desde o Ser Primeiro que causalmente os faz participantes do seu ser. Outros entendem que a analogia de atribuição intrínseca, enquanto entranha essencialmente uma graduação na realização da forma análoga, corresponde mais propriamente ao ens ut nomem, e a analogia de proporcionalidade própria realiza-se melhor no ens ut verbum». Percorrido todo este percurso, a questão mantem-se: «Qual é a verdadeira analogia do ser: a de atribuição ou a de proporcionalidade?» ► D - Costa Pinto admite que a questão permanecerá em aberto enquanto «pretendermos aplicar ao ser os dois tipos fundamentais de analogia. O caminho que proponho é considerar a analogia do ser em si mesma, como a analogia fundamental a qual apresenta duas dimensões ou vertentes: a vertical e a horizontal. A analogia do ser expressa a identidade ontológica radical de cada sente que só é numa dupla relação: com o Ser Mesmo e com os outros sentes. O “é” do sente, porque sintetiza o dinamismo deste duplo movimento inseparável constitui-se como unidade diversificada, isto é, como análogo». «A analogia não se pode reduzir, portanto, a um esquema sistemático de inteligibilidade do real, à maneira do conceito unívoco, nem é apenas o conceito de ser que é análogo. A analogia é real porque o real é análogo. A analogia é uma realidade entre os sentes e relativamente ao Ser Mesmo (na dupla polaridade dissemelhança – semelhança)». Isto é visível em Nicolau de Cusa: “quodlibet in quolibet”, em
  • 5. 5 Leibniz na sua conceção da mónada como “espelho do universo”, e ainda em Fernando Pessoa “Ah, que diversidade, / E tudo sendo”. «Dizer que o ser é análogo significa afirmar que ele encerra um dinamismo de semelhança, isto é, uma plasticidade que implica simultaneamente unidade e multiplicidade, identidade e diversidade. Esta plasticidade impede-nos de considerar a analogia como “uniforme”, fazendo todos os sentes “igualmente semelhantes”.» «Os sentes apresentam-se sobre uma hierarquia ontológica, de acordo com a maior ou menor excelência de ser que neles resplandece e que se evidencia no seu maior ou menor grau de unidade, verdade e bondade. «Neste contexto, e inspirando-nos no pensamento cuseano, poderíamos dizer que a nível dos entes infra-humanos, indivíduos-parte totalmente imersos no cosmos, estamos perante uma analogia “considerada”. Encontramo-nos no domínio do finito onde ratio “cernit et discernit” as semelhanças próximas entre tais sentes. Quando, porém, ascendemos até ao sente humano, estamos perante a analogia “transferida”. De facto, o sente humano é um sente imerso-emerso no cosmos. Pertencendo ao cosmos, não se esgota nele totalmente, antes o transcende pela sua consciência e pela sua liberdade. O sente humano é, pois, um “humanus Deus” e um “humanus mundus”, onde resplandece o Infinito como sua marca constituinte. Encontramo-nos, agora, no domínio do intelectus que atinge o supra-sensível sem o compreender. Se, por fim, ascendermos ao Ser Mesmo, a Unitas, o Possest, o Idem o Non Aliud, Aquele no qual todas as coisas estão e que está em todas as coisas, complicatio omnium et omnium explicatio, estamos perante uma analogia “transumida”. Movendo-nos claramente no horizonte do intellectus que, alcançado o seu momento último, compreende incompreensivelmente o Infinito». «Afirmar a analogia é afirmar a semelhança, isto é, a unidade da diversidade, quer em relação aos sentes entre si, quer em relação aos sentes e ao ser. Ora, porque há unidade exclui-se o pluralismo. Os sentes possuem uma unidade interna, pois do mesmo ser que simultaneamente os compenetra e os transcende. E porque há diversidade, quer nos sentes entre si, quer entre os sentes e o ser [(Ser Mesmo)], exclui-se o monismo (e o panteísmo). É a analogia do ser que permite o nosso conhecimento e progresso cognoscitivo. Com efeito, o nosso conhecimento arranca de uma unidade – que é realidade do ser manifestada no sujeito cognoscente -, desabrocha numa explicação – que supõe uma abertura interna do sujeito para tudo, o que é possível porque a unidade do sujeito é análoga com tudo – e toma consciência numa unificação, a qual só é possível suposta uma multiplicidade de análogos que assim se unificam no ser. Os sentes formam entre si e em relação ao ser [(Ser Mesmo)], de que derivam uma unidade analógica».
  • 6. 6 Tópicos principais: Tendo estudado todos os autores que a cima citamos, os quais se debruçaram no estudo da analogia dos ser, Costa Pinto chega à conclusão de que, se procurarmos aplicar ao ser dois tipos fundamentais de analogia, nunca conseguiremos encontrar qual delas é a verdadeira analogia do ser. Costa Pinto diz-nos que na identidade ontológica de cada sente só há uma dupla relação: do sente com o ser mesmo e do sente com os outros sentes. O “é” que define cada sente, porque sintetiza esta dupla relação inseparável, constitui-se como unidade diversificada, ou seja, como análogo. A analogia não pode, por isso, reduzir-se a um conceito unívoco. Ela é real na medida em que define o real, ela é uma realidade que se verifica entre os sentes e o Ser Mesmo. Um Ser é análogo porque possui um dinamismo de semelhança e plasticidade, o que significa que ele possui unidade e multiplicidade, identidade e diversidade. «Afirmar a analogia é afirmar a semelhança, isto é, a unidade da diversidade, quer em relação aos sentes entre si, quer em relação aos sentes e ao ser. Os sentes possuem uma unidade interna, pois do mesmo ser que simultaneamente os compenetra e os transcende. E porque há diversidade, quer nos sentes entre si, quer entre os sentes e o ser [(Ser Mesmo)], exclui-se o monismo (e o panteísmo)». «É a analogia do ser que permite o nosso conhecimento e progresso cognoscitivo». .