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LIÇÃO 05
Quem segue a Cristo Anda na
Prática do Perdão e do Amor
"Então, o senhor daquele servo, movido de
íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a
dívida.” (Mt 18.27)
TEXTO PRINCIPAL
A prática do perdão é condição fundamental para
a vivência do Cristianismo.
RESUMO DA LIÇÃO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 18.31-35
31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e
foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
32 Então, 0 seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo
malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu
também tive misericórdia de ti?
34 - E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que
pagasse tudo o que devia.
35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes,
cada um a seu irmão, as suas ofensas.
INTRODUÇÃO
Nossa sociedade está
espiritualmente adoecida.
Um sintoma desse quadro terrível é
a falta de amor, profeticamente
anunciada por Cristo, e a expressão
máxima dessa carência de amor
está na promoção da vingança em
detrimento do perdão.
O amor verdadeiro se
materializa em atos de perdão,
que se recebe e que se doa.
Então, para termos uma
transformação social,
precisamos estabelecer o perdão
como princípio fundamental das
relações interpessoais.
I. UMA PARÁBOLA SOBRE A GRAÇA
IMERECIDA
I. 1 - A dívida era impagável
do ponto de vista humano.
O domínio do pecado sobre nós
era pleno.
A primeira parte da parábola
do credor incompassivo
desnuda a miserável condição
de toda a humanidade:
éramos todos devedores de um
débito impossível de ser
saldado.
Portanto, por si mesmo, isto é, por seus méritos ou estratégias, a
humanidade jamais conseguiria romper o ciclo maldito de
escravidão e repetição do mal.
A cegueira espiritual fez-nos
desejar o mal e odiar o bem
Nos comportávamos de maneira
tola, com uma arrogância típica
de quem está tão perdido e que
não sabe nem por onde começar
(Rm 1.29-32).
para que sejam julgados todos
os que não creram a verdade;
antes, tiveram prazer na
iniquidade.
2 Tessalonicenses 2:12
o qual se deu a si mesmo por nós,
para nos remir de toda iniquidade
e purificar para si um povo seu
especial, zeloso de boas obras.
Tito 2:14
Somente uma intervenção
deliberada e graciosa de Deus
poderia oportunizar um futuro
diferente do Inferno para cada
uma das filhas e filhos de Adão
A boa notícia de Cristo é exatamente esta:
O perdão nos foi concedido
por quem, em primeiro lugar,
havíamos ofendido em todos
os nossos atos pecaminosos,
ou seja, pelo próprio Deus.
Não foi o pedido desesperado do
devedor que mudou o estatuto
espiritual em que ele vivia;
foi o bondoso coração do Rei do
Universo.
I. 2 - A compaixão de Deus
a grande compaixão divina que
não nos mede por nossos atos
inconsequentes cometidos sob
o controle do Maligno, mas nos
olha a partir da ótica do amor
Essa é a fonte de toda a esperança que devemos ter na vida:
Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito
amor com que nos amou, estando
nós ainda mortos em nossas
ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois
salvos), Efésios 2:4,5
Louvemos ao Deus Criador que,
mesmo sendo o soberano do
Universo, se permite comover
diante de nossos sofrimentos e
angústias (Mt 18.27; Mc 1.41).
Então, o senhor daquele servo,
movido de íntima compaixão,
soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Mateus 18:27
Essa é a óbvia conclusão a
que chegamos, ao analisar a
parábola do credor sem
misericórdia;
somente um Deus rico em
misericórdia poderia tratar
aqueles que não tinham valor
algum como pessoas dignas de
respeito, atenção e perdão.
Essa é a vida que Ele preparou para nós, uma existência de
restauração, liberdade e compaixão (Mc 5.19).
I. 3 - Reino dos Céus como
lugar de vivência do perdão
Deus nos convida para
uma experiência plena
de perdão.
O coração do Senhor está voltado para
nos oferecer uma vida, na qual a
misericórdia seja uma constante e não
apenas um pico de emocionalismo.
Quando aquele homem da
parábola saiu da presença do
seu senhor, não havia mais
nada a dever, nenhum tipo de
débito passado que seria
cobrado no futuro.
Essa é a marca inconfundível do
perdão do nosso Deus:
Ele tem o poder de mudar nossas
vidas, mas isso não se realiza de
modo automático, arbitrário, à
revelia daquele que foi perdoado.
Compreendamos, então, que o
amor que foi manifesto na cruz
do Calvário tem poder de nos
salvar por meio do perdão.
Porém, nos salva para uma
trajetória que se constitui para
a glória de Deus.
Se, por uma decisão pessoal
inconsequente, resolvemos praticar
de modo sistemático e deliberado
algo que não espelhe a graça e o
perdão divino, rompemos nosso
relacionamento com Deus, e
voltamos à condição de miseráveis
rebeldes (Hb 8.12; 10.17).
II - CONSEQUÊNCIAS DO
PERDÃO
II. 1 - Somos perdoados para
amar
Para que Deus nos perdoou? Se o Eterno nos concedeu o
livramento de não sermos
eternamente condenados ao
Inferno, o que Ele espera de nós?
Sim, o Criador nos ofereceu perdão
para que uma vez experimentando a
verdadeira vida, livre do peso do pecado
e da morte, sejamos praticantes daquilo
que é o propósito de nossa existência:
a potência do amar (1 Jo 4.8).
Se quisermos utilizar a
parábola de Mateus 18.23-
34 como chave-de-leitura
para essa questão, a
resposta seria amor.
Aquele que não ama não conhece a
Deus, porque Deus é amor. 1 João 4:8
O fracasso da personagem perdoada pelo seu senhor se expressa
no fato dele não ter correspondido com amor quando isso lhe foi
exigido
Foi perdoado Mas não perdoou
Não era uma questão de falar a
respeito do amor, de discursar
sobre misericórdia, mas de pôr
em prática, de encarnar
relacionalmente a amplitude do
milagre que é ser amado e
perdoado pelo bondoso Deus
(Mc 11.25).
II. 2 - O dever de desenvolver
uma memória compassiva
Na parábola, o perdoado pelo
rei, diante da vida nova que
ganhou, insistiu em viver
conforme os antigos padrões e
essa foi sua ruína.
Muitas pessoas vivem presas
em terríveis egoísmos, gente
que quer ser tratada com o
máximo de paciência possível,
mas não é capaz de fazer o
mesmo com os outros.
Jamais nos esqueçamos da situação desgraçada da qual fomos
resgatados, e somente assim poderemos oferecer a outras
pessoas aquilo que temos recebido de Deus
Nossa forma de olhar,
depois da experiência do
perdão, deve ser
completamente guiada
pela métrica do amor.
Essa então é a bênção de uma
memória compassiva, isto é, de uma
mente que se lembra de modo
constante das maravilhas que o
Altíssimo fez por cada um de nós.
Lembrar-me-ei, pois, das obras do
Senhor ; certamente que me lembrarei
das tuas maravilhas da antiguidade.
Salmos 77:11
ou por aquilo que podemos
extrair desse relacionamento,
como se fôssemos sulgadores de
vida, alegria e riquezas dos
outros
Assim, não devemos mensurar
os outros por aquilo que
recebemos deles, como se a vida
fosse uma eterna negociação
interesseira,
II. 3 - As exigências de uma
vida perdoada.
Existe um tipo de
pseudoevangelho muito
comum em nossos dias.
Nele, as pessoas advogam a tese
absurda de que o perdão é uma
carta de alforria para se tornar
qualquer coisa, inclusive, causador
de sofrimento nos outros.
Isso é um completo
absurdo, e é óbvio que não
se propaga assim, de modo
tão explícito.
Em nossos dias muitos aprisionam
pessoas em sua infantilidade
espiritual, prendendo-as a invejas,
ganância e arrogância (Mt 7.5)
A distorção do amor de Deus se
estabelece assim:
invoca-se a graça de Deus como
garantidora de uma vida de pecado,
na desculpa de que o perdão nos faz
imunes às consequências de nossas
irresponsabilidades (Rm 3.3-7).
Ser discípulo de Cristo exige
de nós um coração que se
converta a Deus em tudo, o
tempo todo (Lm 5.21).
Converte-nos, Senhor , a ti, e
nós nos converteremos;
renova os nossos dias como
dantes. Lamentações 5:21
O personagem da parábola perdeu
tudo, não em virtude de sua
dívida impagável, mas porque
seguiu seu coração perverso.
Uma vez perdoados, é nosso
dever ser santos, cheios de
compaixão e misericórdia
para com todos.
III - SEGUINDO O AMOR DE
JESUS
III. 1 - Amar, o fundamento
do crente
Sejamos objetivos: se existe
algo que você faz em sua vida e
não carrega a marca do amor, o
distintivo da graça, abandone-o.
Não importa onde seja, na
igreja, em família, na
universidade, trabalho
aquilo que você faz e não expressa a
majestade do amor divino deve ser
nomeado de inutilidade e, muito
provavelmente, definido como
prática pecaminosa.
Essa é a amplitude do amor nas
nossas vidas, que se constitui
como o elemento balizador de
todas as nossas atitudes e
escolhas.
Se o amor não cabe em alguma
decisão que pretendemos
tomar, ela simplesmente não
deve sequer constar como uma
alternativa às nossas vidas.
Os cristãos devem ser
conhecidos exclusivamente pelo
amor, pela insistência de
tentarem se comportar como o
bendito Cristo, ou seja, vivendo
pelo e para o amor
(1 Co 13.1-3).
III. 2 - As formas de amar.
Não há amor ao próximo que exclua
os valores eternos e o próprio
Altíssimo da equação afetiva.
Não existe amor a Deus que
abandone os filhos dEle
com quem convivemos.
Um “amor” que se fundamenta
na iniquidade não passa de um
embuste libertino praticado por
pessoas que, desejosas de fugir
de suas consciências cançadas
por suas transgressões
cotidianas, procuram se "dopar"
de falácias espirituais.
Por outro lado, um amor que não se deixa afetar pelo sofrimento
alheio, que ignora a angústia dos pequeninos e frágeis, é puro
farisaismo.
Somos exortados à prática do amor,
experiência que se estrutura
simultaneamente, de modo
vertical, em nosso
relacionamento com o Rei que
está assentado no trono,
e de maneira horizontalizada.
em nossa comunhão diária
com as demais filhas e filhos de
Adão.
Quem proclama amor a Deus,
mas odeia o pecador, o
sofrido, não passa de
pregoeiro de mentiras.
III. 3 – O amor como unidade,
dualidade e multiplicidade
Lembremo-nos de que na
narrativa do Evangelho de
Lucas, a discussão sobre o
primado do amor é enriquecida
com a célebre parábola do Bom
Samaritano (Lc 10.25-37).
Nesta imagem bíblica fica bem
claro que os contemporâneos
de Jesus conseguiam
compreender bem a natureza
singular do amor ao Deus único
de Israel (Dt 6.4),
Em resumo:
entendemos o amor como
experiência única com o
único Deus
Mas também como vivência
relacional ao sermos
individualmente tocados pela
graça que nos ama.
É neste momento que Jesus condena
todos os exclusivismos, pois o
próximo é digno do genuíno amor
que vem do Redentor deve ser todos
Este é o problema central
da parábola, restava saber
quem era o outro, o
próximo a ser amado.
independe de sua ascendência
étnica, condição social, erros
pregressos ou estado atual,
CONCLUSÃO
O Cristianismo não é um exercício teórico; crer
em Jesus significa assumir uma atitude
propositiva diante do mundo de pecado e dor
em que convivemos. Nossa fé em Jesus Cristo,
o Filho de Deus, se materializa nestas duas
práticas tão nobres: amar e perdoar.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como se pode explicar o perdão
concedido ao personagem da parábola?
2. É possível perder as bênçãos do
perdão divino?
3. Por que o personagem da parábola
acabou condenado mesmo depois
de inicialmente perdoado?
4. O que devemos fazer com atitudes
que realizamos e que não carregam
a marca do amor?
5. O amor de Deus é acolhedor ou
preconceituoso? Justifique sua resposta.

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O Perdão e o Amor: Chave para uma Vida Cristã

  • 1. LIÇÃO 05 Quem segue a Cristo Anda na Prática do Perdão e do Amor
  • 2. "Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.” (Mt 18.27) TEXTO PRINCIPAL
  • 3. A prática do perdão é condição fundamental para a vivência do Cristianismo. RESUMO DA LIÇÃO
  • 4. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Mateus 18.31-35
  • 5. 31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. 32 Então, 0 seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. 33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? 34 - E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. 35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
  • 7. Nossa sociedade está espiritualmente adoecida. Um sintoma desse quadro terrível é a falta de amor, profeticamente anunciada por Cristo, e a expressão máxima dessa carência de amor está na promoção da vingança em detrimento do perdão.
  • 8. O amor verdadeiro se materializa em atos de perdão, que se recebe e que se doa. Então, para termos uma transformação social, precisamos estabelecer o perdão como princípio fundamental das relações interpessoais.
  • 9. I. UMA PARÁBOLA SOBRE A GRAÇA IMERECIDA
  • 10. I. 1 - A dívida era impagável do ponto de vista humano.
  • 11. O domínio do pecado sobre nós era pleno. A primeira parte da parábola do credor incompassivo desnuda a miserável condição de toda a humanidade: éramos todos devedores de um débito impossível de ser saldado.
  • 12. Portanto, por si mesmo, isto é, por seus méritos ou estratégias, a humanidade jamais conseguiria romper o ciclo maldito de escravidão e repetição do mal.
  • 13. A cegueira espiritual fez-nos desejar o mal e odiar o bem Nos comportávamos de maneira tola, com uma arrogância típica de quem está tão perdido e que não sabe nem por onde começar (Rm 1.29-32). para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade. 2 Tessalonicenses 2:12
  • 14. o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Tito 2:14 Somente uma intervenção deliberada e graciosa de Deus poderia oportunizar um futuro diferente do Inferno para cada uma das filhas e filhos de Adão
  • 15. A boa notícia de Cristo é exatamente esta: O perdão nos foi concedido por quem, em primeiro lugar, havíamos ofendido em todos os nossos atos pecaminosos, ou seja, pelo próprio Deus. Não foi o pedido desesperado do devedor que mudou o estatuto espiritual em que ele vivia; foi o bondoso coração do Rei do Universo.
  • 16. I. 2 - A compaixão de Deus
  • 17. a grande compaixão divina que não nos mede por nossos atos inconsequentes cometidos sob o controle do Maligno, mas nos olha a partir da ótica do amor Essa é a fonte de toda a esperança que devemos ter na vida: Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), Efésios 2:4,5
  • 18. Louvemos ao Deus Criador que, mesmo sendo o soberano do Universo, se permite comover diante de nossos sofrimentos e angústias (Mt 18.27; Mc 1.41). Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Mateus 18:27
  • 19. Essa é a óbvia conclusão a que chegamos, ao analisar a parábola do credor sem misericórdia; somente um Deus rico em misericórdia poderia tratar aqueles que não tinham valor algum como pessoas dignas de respeito, atenção e perdão.
  • 20. Essa é a vida que Ele preparou para nós, uma existência de restauração, liberdade e compaixão (Mc 5.19).
  • 21. I. 3 - Reino dos Céus como lugar de vivência do perdão
  • 22. Deus nos convida para uma experiência plena de perdão. O coração do Senhor está voltado para nos oferecer uma vida, na qual a misericórdia seja uma constante e não apenas um pico de emocionalismo.
  • 23. Quando aquele homem da parábola saiu da presença do seu senhor, não havia mais nada a dever, nenhum tipo de débito passado que seria cobrado no futuro. Essa é a marca inconfundível do perdão do nosso Deus: Ele tem o poder de mudar nossas vidas, mas isso não se realiza de modo automático, arbitrário, à revelia daquele que foi perdoado.
  • 24. Compreendamos, então, que o amor que foi manifesto na cruz do Calvário tem poder de nos salvar por meio do perdão. Porém, nos salva para uma trajetória que se constitui para a glória de Deus.
  • 25. Se, por uma decisão pessoal inconsequente, resolvemos praticar de modo sistemático e deliberado algo que não espelhe a graça e o perdão divino, rompemos nosso relacionamento com Deus, e voltamos à condição de miseráveis rebeldes (Hb 8.12; 10.17).
  • 26. II - CONSEQUÊNCIAS DO PERDÃO
  • 27. II. 1 - Somos perdoados para amar
  • 28. Para que Deus nos perdoou? Se o Eterno nos concedeu o livramento de não sermos eternamente condenados ao Inferno, o que Ele espera de nós?
  • 29. Sim, o Criador nos ofereceu perdão para que uma vez experimentando a verdadeira vida, livre do peso do pecado e da morte, sejamos praticantes daquilo que é o propósito de nossa existência: a potência do amar (1 Jo 4.8). Se quisermos utilizar a parábola de Mateus 18.23- 34 como chave-de-leitura para essa questão, a resposta seria amor. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 1 João 4:8
  • 30. O fracasso da personagem perdoada pelo seu senhor se expressa no fato dele não ter correspondido com amor quando isso lhe foi exigido Foi perdoado Mas não perdoou
  • 31. Não era uma questão de falar a respeito do amor, de discursar sobre misericórdia, mas de pôr em prática, de encarnar relacionalmente a amplitude do milagre que é ser amado e perdoado pelo bondoso Deus (Mc 11.25).
  • 32. II. 2 - O dever de desenvolver uma memória compassiva
  • 33. Na parábola, o perdoado pelo rei, diante da vida nova que ganhou, insistiu em viver conforme os antigos padrões e essa foi sua ruína. Muitas pessoas vivem presas em terríveis egoísmos, gente que quer ser tratada com o máximo de paciência possível, mas não é capaz de fazer o mesmo com os outros.
  • 34. Jamais nos esqueçamos da situação desgraçada da qual fomos resgatados, e somente assim poderemos oferecer a outras pessoas aquilo que temos recebido de Deus
  • 35. Nossa forma de olhar, depois da experiência do perdão, deve ser completamente guiada pela métrica do amor. Essa então é a bênção de uma memória compassiva, isto é, de uma mente que se lembra de modo constante das maravilhas que o Altíssimo fez por cada um de nós. Lembrar-me-ei, pois, das obras do Senhor ; certamente que me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade. Salmos 77:11
  • 36. ou por aquilo que podemos extrair desse relacionamento, como se fôssemos sulgadores de vida, alegria e riquezas dos outros Assim, não devemos mensurar os outros por aquilo que recebemos deles, como se a vida fosse uma eterna negociação interesseira,
  • 37. II. 3 - As exigências de uma vida perdoada.
  • 38. Existe um tipo de pseudoevangelho muito comum em nossos dias. Nele, as pessoas advogam a tese absurda de que o perdão é uma carta de alforria para se tornar qualquer coisa, inclusive, causador de sofrimento nos outros.
  • 39. Isso é um completo absurdo, e é óbvio que não se propaga assim, de modo tão explícito. Em nossos dias muitos aprisionam pessoas em sua infantilidade espiritual, prendendo-as a invejas, ganância e arrogância (Mt 7.5)
  • 40. A distorção do amor de Deus se estabelece assim: invoca-se a graça de Deus como garantidora de uma vida de pecado, na desculpa de que o perdão nos faz imunes às consequências de nossas irresponsabilidades (Rm 3.3-7). Ser discípulo de Cristo exige de nós um coração que se converta a Deus em tudo, o tempo todo (Lm 5.21). Converte-nos, Senhor , a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como dantes. Lamentações 5:21
  • 41. O personagem da parábola perdeu tudo, não em virtude de sua dívida impagável, mas porque seguiu seu coração perverso. Uma vez perdoados, é nosso dever ser santos, cheios de compaixão e misericórdia para com todos.
  • 42. III - SEGUINDO O AMOR DE JESUS
  • 43. III. 1 - Amar, o fundamento do crente
  • 44. Sejamos objetivos: se existe algo que você faz em sua vida e não carrega a marca do amor, o distintivo da graça, abandone-o.
  • 45. Não importa onde seja, na igreja, em família, na universidade, trabalho aquilo que você faz e não expressa a majestade do amor divino deve ser nomeado de inutilidade e, muito provavelmente, definido como prática pecaminosa.
  • 46. Essa é a amplitude do amor nas nossas vidas, que se constitui como o elemento balizador de todas as nossas atitudes e escolhas. Se o amor não cabe em alguma decisão que pretendemos tomar, ela simplesmente não deve sequer constar como uma alternativa às nossas vidas.
  • 47. Os cristãos devem ser conhecidos exclusivamente pelo amor, pela insistência de tentarem se comportar como o bendito Cristo, ou seja, vivendo pelo e para o amor (1 Co 13.1-3).
  • 48. III. 2 - As formas de amar.
  • 49. Não há amor ao próximo que exclua os valores eternos e o próprio Altíssimo da equação afetiva. Não existe amor a Deus que abandone os filhos dEle com quem convivemos.
  • 50. Um “amor” que se fundamenta na iniquidade não passa de um embuste libertino praticado por pessoas que, desejosas de fugir de suas consciências cançadas por suas transgressões cotidianas, procuram se "dopar" de falácias espirituais.
  • 51. Por outro lado, um amor que não se deixa afetar pelo sofrimento alheio, que ignora a angústia dos pequeninos e frágeis, é puro farisaismo.
  • 52. Somos exortados à prática do amor, experiência que se estrutura simultaneamente, de modo vertical, em nosso relacionamento com o Rei que está assentado no trono, e de maneira horizontalizada. em nossa comunhão diária com as demais filhas e filhos de Adão.
  • 53. Quem proclama amor a Deus, mas odeia o pecador, o sofrido, não passa de pregoeiro de mentiras.
  • 54. III. 3 – O amor como unidade, dualidade e multiplicidade
  • 55. Lembremo-nos de que na narrativa do Evangelho de Lucas, a discussão sobre o primado do amor é enriquecida com a célebre parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37). Nesta imagem bíblica fica bem claro que os contemporâneos de Jesus conseguiam compreender bem a natureza singular do amor ao Deus único de Israel (Dt 6.4),
  • 56. Em resumo: entendemos o amor como experiência única com o único Deus Mas também como vivência relacional ao sermos individualmente tocados pela graça que nos ama.
  • 57. É neste momento que Jesus condena todos os exclusivismos, pois o próximo é digno do genuíno amor que vem do Redentor deve ser todos Este é o problema central da parábola, restava saber quem era o outro, o próximo a ser amado. independe de sua ascendência étnica, condição social, erros pregressos ou estado atual,
  • 59. O Cristianismo não é um exercício teórico; crer em Jesus significa assumir uma atitude propositiva diante do mundo de pecado e dor em que convivemos. Nossa fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, se materializa nestas duas práticas tão nobres: amar e perdoar.
  • 61. 1. Como se pode explicar o perdão concedido ao personagem da parábola?
  • 62. 2. É possível perder as bênçãos do perdão divino?
  • 63. 3. Por que o personagem da parábola acabou condenado mesmo depois de inicialmente perdoado?
  • 64. 4. O que devemos fazer com atitudes que realizamos e que não carregam a marca do amor?
  • 65. 5. O amor de Deus é acolhedor ou preconceituoso? Justifique sua resposta.