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Aconstituiçãodaterapiaocupacional
enquantocampodesabereprática:
retrospectivahistóricadospercursos
paradigmáticosdaprofissãonosEUA
MFTO703 – Constituição do Campo: perspectivas teórico-
metodológicas em terapia ocupacional
Profª Sandra Maria Galheigo
Objetivos
 Apresentar o surgimento daTerapia Ocupacional
nos Estados Unidos da América (EUA) e o
paradigma da ocupação.
 Apresentar o paradigma do reducionismo nos
E.U.A. segundo Burke e Kielhofner (1977) e seus
marcos históricos: a crise capitalista dos anos 1930,
a Segunda Guerra Mundial, o avanço tecno
científico, o esgotamento do paradigma da
ocupação e o advento do paradigma reducionista.
 Breve introdução sobre as mudanças após os anos
1980s: a busca da construção de modelos de
terapia ocupacional
2
ATerapiaOcupacionalapós60
anos:umrelatóriosobrea
mudançadeidentidadedocorpo
deconhecimento
Gary Kielhofner e Janice Burke
AJOT vol.31, n.10, nov/dez 1977, pg. 675-689
Relatório dos
primeiros 60
anos da
profissão
 Foco: corpo de conhecimentos,
identidade de campo e as mudanças
que ocorreram
 Segundo os autores, trata-se de
uma análise
 baseada em um modelo histórico de
mudança epistemológica
 que oferece uma base para a
formulação de predições sobre o
futuro daTO
 que oferece uma maneira de ver os
problemas e propõe possíveis formas
de ação
4
Epistemologia
 o estudo do conhecimento e da
natureza de sua existência
(Kielhofner e Burke 1977)
5
Relevância
do texto
 Primeiro texto analítico sobre os fundamentos histórico-
epistemológicos daTerapia Ocupacional nos EUA.
 Indica rumos que mais tarde a terapia ocupacional viria a
trilhar, principalmente nos países anglo-saxões, com a
proposição de modelos universais para aTerapia
Ocupacional .
 Foi texto de referência em vários análises das tendências
teórico-metodológicas deTerapia Ocupacional no Brasil
nos anos 1980.
6
KUHN:
Revolução
científica
 Thomas Kuhn desafia o velho pressuposto de que o
conhecimento de uma profissão resulta,
simplesmente as acumulação e armazenamento de
mais informações.
 Para ele, a evolução de conhecimentos é um
processo dinâmico de crescimento envolvendo
uma mudança periódica total, que ele chama de
“revolução científica”.
7
Métodos de
análise
 Transversal: identificação e análise de um paradigma a
qualquer momento
 Longitudinal: localização de mudanças de paradigma
através do tempo
8
9
OModelo Kuhnde revoluçõescientíficas
PRÉ-PARADIGMA
Escolas concorrentes de pensamento,
confrontando a mesma amplitude de fenômenos
PARADIGMA
Consenso quanto à natureza dos fenômenos,
problemas a serem tratados e métodos de solução.
Articulação do paradigma.
CRISE
Rejeição do velho paradigma
O aparecimento de escolas concorrentes
Aparecimento de uma escola de
Pensamento que se tornará o paradigma
Aparecimento de problemas que
o paradigma não pode tratar
Resolução
da crise
através da
reorganização
da disciplina
um novo
paradigma
FATORES EXTERNOS
Demandas sociais
e epistemológicas
10
Ahistória daTerapiaOcupacionalnorte-americanade acordocomo
Modelo de revoluçõescientíficas
PRÉ-PARADIGMA (séc. XVIII e XIX)
Competição entre tratamento moral e escolas
de pensamento científico no tratamento do doente mental
PARADIGMA da OCUPAÇÃO (1900-1920)
Aceitação do paradigma nas áreas de psiquiatria e tuberculose.
CRISE (1930-1940)
Debate e conflito entre as escolas reducionista e holística
Ressurgimento das idéias do
Tratamento moral entre 1ºsTOs
Aparecimento de problemas de
patologia e falta de base científica
Predominância de idéias reducionistas
PARADIGMA do REDUCIONISMO(1950 e 1960)
Aceitação do reducionismo nos modelos cinesiológicos,
neurológicos e psicanalíticos
Aparecimento de problemas de identidade da
profissão, problemas de adaptação social
entre os incapacitados
CRISE (1970)
Conflito e debate sobre qual deveria ser a base teórica
do campo e sobre a confusão de identidade e papel
entre os membros da profissão
PARADIGMA EMERGENTE
O paradigma emergente do futuro
11
Componentes
do paradigma
Base teórica Problemas Métodos de
Solução
Objetivos
Paradigma da
Ocupação
Princípios da
psicobiologia
Ruptura de papel e
degeneração de
hábito e corpo
Programas de
trabalho e lazer
graduados
Restauração da
capacidade de
um papel social
produtivo
Modelo de
tratamento da
tuberculose
Princípios de que
ambiente e
atividades normais
recondicionam corpo
e hábitos
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corpo e hábitos
através do ócio
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Programa
seriado de
atividade ao
lado da cama,
oficina e
esforço
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normais de vida
Modelo de
tratamento da
doença mental
Princípios de
organização do
comportamento sob
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ambientais
planejadas
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estrutura de hábitos
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seriado de
auto-cuidado,
lazer, oficina e
esforço
Reconstrução de
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de vida
O paradigma da ocupação e seus modelos de tratamento
Constituição
de saberese
práticas no
surgimento
da terapia
ocupacional
nos E.U.A.
(1900-1930): a
produção de
hábitos
saudáveis
 A filosofia de Adolf Meyer, um psiquiatra
norte-americano teve impacto importante na
filosofia e história da profissão como mostra
o 1º volume do primeiro órgão oficial da
profissão:
 “Nossa concepção de homem é a
de que é um organismo que se auto
mantém e se auto equilibra no mundo
real e atual ao estar em vida e função
ativa, isto é, usando, vivendo e agindo
no seu tempo, em harmonia com sua
própria natureza e a natureza à sua
volta. É o uso que fazemos de nós
mesmos que dá a marca definitiva a
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(MEYER, 1922, apud HOPKINS; SMITH 1978, 1992 , p.6)
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Base teórica Problemas Métodos de
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movimento,
maturação ou
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reduzir a
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Cinesiológico
Cinesiologia Deficiências do
movimento
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exercício
muscular e de
movimento
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psicanalítica
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maturação do
ego
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Neurológico
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sensório-
motoras
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deficiências
sensório-motoras
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do reducionismo
O futuro do
campo:
predições
para um
paradigma
emergente
 Teoria Geral dos Sistemas
 O novo paradigma deve expandir os esforços de
descrever o homem via seus componentes internos
de movimento, circuitos e maturação para um que
agregue uma visão de homem ativamente
ocupando o mundo físico, temporal e simbólico.
15
16
O Modelo da
Ocupação
Humana
 Kielhofner considera a pessoa como um
sistema aberto, interagindo com o ambiente,
modificando-o e sendo modificado por ele de
forma contínua.
 O sistema é organizado como uma hierarquia
composta de subsistemas:
 Volição (vontade) – mecanismos pelos
quais escolhemos o que fazer.
 Habituação ( papéis e regras) – as
estruturas cognitivas básicas com as quais
organizamos nossas vidas.
 Desempenho (habilidade) – o meio pelo
qual empreendemos um comportamento
ocupacional
 Enfoca as áreas ocupacionais de trabalho, lazer
e autocuidado.
17
Ambiente:
Fisico: Objetos - Espaço
Social: Formas ocupacionais - grupos
Subsistemas:
Vontade:
- Causação Pessoal
- Valores
- Interesses
Hábito:
- Papéis
- Hábitos
Desempenho:
Mente-Cérebro-Corpo
Pressiona Fornece
Comportamento Ocupacional:
motor, processo e habilidades
de comunicação e interação
Modelo
da
Ocupação
Humana
(1985)
Referências
19
HOPKINS, H.; SMITH, H.Williard and Spackman´s Occupational
Therapy, 5ª ed., Philadelphia, Lippincott, 1978
Kielhofner,G.; Burke, J. Occupational therapy after 60 years: na
account of changing identity and knowledge. American Journal
of Occupational therapy vol.31, n.10, nov/dez 1977, pg. 675-689.
MEYER,A.The philosophy of occupational therapy. Arch
Occup.Ther., v.1, n1, p.1-10, 1922.

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A Terapia Ocupacional após 60 anos_Kielhofner.ppt

  • 2. Objetivos  Apresentar o surgimento daTerapia Ocupacional nos Estados Unidos da América (EUA) e o paradigma da ocupação.  Apresentar o paradigma do reducionismo nos E.U.A. segundo Burke e Kielhofner (1977) e seus marcos históricos: a crise capitalista dos anos 1930, a Segunda Guerra Mundial, o avanço tecno científico, o esgotamento do paradigma da ocupação e o advento do paradigma reducionista.  Breve introdução sobre as mudanças após os anos 1980s: a busca da construção de modelos de terapia ocupacional 2
  • 4. Relatório dos primeiros 60 anos da profissão  Foco: corpo de conhecimentos, identidade de campo e as mudanças que ocorreram  Segundo os autores, trata-se de uma análise  baseada em um modelo histórico de mudança epistemológica  que oferece uma base para a formulação de predições sobre o futuro daTO  que oferece uma maneira de ver os problemas e propõe possíveis formas de ação 4
  • 5. Epistemologia  o estudo do conhecimento e da natureza de sua existência (Kielhofner e Burke 1977) 5
  • 6. Relevância do texto  Primeiro texto analítico sobre os fundamentos histórico- epistemológicos daTerapia Ocupacional nos EUA.  Indica rumos que mais tarde a terapia ocupacional viria a trilhar, principalmente nos países anglo-saxões, com a proposição de modelos universais para aTerapia Ocupacional .  Foi texto de referência em vários análises das tendências teórico-metodológicas deTerapia Ocupacional no Brasil nos anos 1980. 6
  • 7. KUHN: Revolução científica  Thomas Kuhn desafia o velho pressuposto de que o conhecimento de uma profissão resulta, simplesmente as acumulação e armazenamento de mais informações.  Para ele, a evolução de conhecimentos é um processo dinâmico de crescimento envolvendo uma mudança periódica total, que ele chama de “revolução científica”. 7
  • 8. Métodos de análise  Transversal: identificação e análise de um paradigma a qualquer momento  Longitudinal: localização de mudanças de paradigma através do tempo 8
  • 9. 9 OModelo Kuhnde revoluçõescientíficas PRÉ-PARADIGMA Escolas concorrentes de pensamento, confrontando a mesma amplitude de fenômenos PARADIGMA Consenso quanto à natureza dos fenômenos, problemas a serem tratados e métodos de solução. Articulação do paradigma. CRISE Rejeição do velho paradigma O aparecimento de escolas concorrentes Aparecimento de uma escola de Pensamento que se tornará o paradigma Aparecimento de problemas que o paradigma não pode tratar Resolução da crise através da reorganização da disciplina um novo paradigma FATORES EXTERNOS Demandas sociais e epistemológicas
  • 10. 10 Ahistória daTerapiaOcupacionalnorte-americanade acordocomo Modelo de revoluçõescientíficas PRÉ-PARADIGMA (séc. XVIII e XIX) Competição entre tratamento moral e escolas de pensamento científico no tratamento do doente mental PARADIGMA da OCUPAÇÃO (1900-1920) Aceitação do paradigma nas áreas de psiquiatria e tuberculose. CRISE (1930-1940) Debate e conflito entre as escolas reducionista e holística Ressurgimento das idéias do Tratamento moral entre 1ºsTOs Aparecimento de problemas de patologia e falta de base científica Predominância de idéias reducionistas PARADIGMA do REDUCIONISMO(1950 e 1960) Aceitação do reducionismo nos modelos cinesiológicos, neurológicos e psicanalíticos Aparecimento de problemas de identidade da profissão, problemas de adaptação social entre os incapacitados CRISE (1970) Conflito e debate sobre qual deveria ser a base teórica do campo e sobre a confusão de identidade e papel entre os membros da profissão PARADIGMA EMERGENTE O paradigma emergente do futuro
  • 11. 11 Componentes do paradigma Base teórica Problemas Métodos de Solução Objetivos Paradigma da Ocupação Princípios da psicobiologia Ruptura de papel e degeneração de hábito e corpo Programas de trabalho e lazer graduados Restauração da capacidade de um papel social produtivo Modelo de tratamento da tuberculose Princípios de que ambiente e atividades normais recondicionam corpo e hábitos Degeneração de corpo e hábitos através do ócio prolongado Programa seriado de atividade ao lado da cama, oficina e esforço Reconstituição de aptidão física e de hábitos normais de vida Modelo de tratamento da doença mental Princípios de organização do comportamento sob condições ambientais planejadas Desorganização de estrutura de hábitos Programa seriado de auto-cuidado, lazer, oficina e esforço Reconstrução de hábitos normais de vida O paradigma da ocupação e seus modelos de tratamento
  • 12. Constituição de saberese práticas no surgimento da terapia ocupacional nos E.U.A. (1900-1930): a produção de hábitos saudáveis  A filosofia de Adolf Meyer, um psiquiatra norte-americano teve impacto importante na filosofia e história da profissão como mostra o 1º volume do primeiro órgão oficial da profissão:  “Nossa concepção de homem é a de que é um organismo que se auto mantém e se auto equilibra no mundo real e atual ao estar em vida e função ativa, isto é, usando, vivendo e agindo no seu tempo, em harmonia com sua própria natureza e a natureza à sua volta. É o uso que fazemos de nós mesmos que dá a marca definitiva a todos os nossos órgãos” (MEYER, 1922, apud HOPKINS; SMITH 1978, 1992 , p.6) 12
  • 13. 13 Ahistória daTerapiaOcupacionalnorte-americanade acordocomo Modelo de revoluçõescientíficas PRÉ-PARADIGMA (séc. XVIII e XIX) Competição entre tratamento moral e escolas de pensamento científico no tratamento do doente mental PARADIGMA da OCUPAÇÃO (1900-1920) Aceitação do paradigma nas áreas de psiquiatria e tuberculose. CRISE (1930-1940) Debate e conflito entre as escolas reducionista e holística Ressurgimento das idéias do Tratamento moral entre 1ºsTOs Aparecimento de problemas de patologia e falta de base científica Predominância de idéias reducionistas PARADIGMA do REDUCIONISMO(1950 e 1960) Aceitação do reducionismo nos modelos cinesiológicos, neurológicos e psicanalíticos Aparecimento de problemas de identidade da profissão, problemas de adaptação social entre os incapacitados CRISE (1970) Conflito e debate sobre qual deveria ser a base teórica do campo e sobre a confusão de identidade e papel entre os membros da profissão PARADIGMA EMERGENTE O paradigma emergente do futuro
  • 14. 14 Componentes do paradigma Base teórica Problemas Métodos de Solução Objetivos Paradigma da Redução Conceitos reducionistas de condições internas orgânicas e psíquicas do organismo Deficiências internas de movimento, maturação ou percepção Avaliação de deficiências e tratamento para reduzir a deficiência Reduzir a deficiência que impede adaptação Modelo Cinesiológico Cinesiologia Deficiências do movimento Avaliação e exercício muscular e de movimento Reduzir deficiências motoras Modelo Psicanalítico Teoria psicanalítica Deficiências de maturação do ego Avaliação de símbolos e comunicação Reduzir a tensão Modelo Neurológico Neurologia Deficiências sensório- motoras Avaliação e uso de ações motoras especializadas Reduzir deficiências sensório-motoras Modelos de tratamento dominantes no paradigma do reducionismo
  • 15. O futuro do campo: predições para um paradigma emergente  Teoria Geral dos Sistemas  O novo paradigma deve expandir os esforços de descrever o homem via seus componentes internos de movimento, circuitos e maturação para um que agregue uma visão de homem ativamente ocupando o mundo físico, temporal e simbólico. 15
  • 16. 16 O Modelo da Ocupação Humana  Kielhofner considera a pessoa como um sistema aberto, interagindo com o ambiente, modificando-o e sendo modificado por ele de forma contínua.  O sistema é organizado como uma hierarquia composta de subsistemas:  Volição (vontade) – mecanismos pelos quais escolhemos o que fazer.  Habituação ( papéis e regras) – as estruturas cognitivas básicas com as quais organizamos nossas vidas.  Desempenho (habilidade) – o meio pelo qual empreendemos um comportamento ocupacional  Enfoca as áreas ocupacionais de trabalho, lazer e autocuidado.
  • 17. 17 Ambiente: Fisico: Objetos - Espaço Social: Formas ocupacionais - grupos Subsistemas: Vontade: - Causação Pessoal - Valores - Interesses Hábito: - Papéis - Hábitos Desempenho: Mente-Cérebro-Corpo Pressiona Fornece Comportamento Ocupacional: motor, processo e habilidades de comunicação e interação Modelo da Ocupação Humana (1985)
  • 18.
  • 19. Referências 19 HOPKINS, H.; SMITH, H.Williard and Spackman´s Occupational Therapy, 5ª ed., Philadelphia, Lippincott, 1978 Kielhofner,G.; Burke, J. Occupational therapy after 60 years: na account of changing identity and knowledge. American Journal of Occupational therapy vol.31, n.10, nov/dez 1977, pg. 675-689. MEYER,A.The philosophy of occupational therapy. Arch Occup.Ther., v.1, n1, p.1-10, 1922.