2. Objetivos
Apresentar o surgimento daTerapia Ocupacional
nos Estados Unidos da América (EUA) e o
paradigma da ocupação.
Apresentar o paradigma do reducionismo nos
E.U.A. segundo Burke e Kielhofner (1977) e seus
marcos históricos: a crise capitalista dos anos 1930,
a Segunda Guerra Mundial, o avanço tecno
científico, o esgotamento do paradigma da
ocupação e o advento do paradigma reducionista.
Breve introdução sobre as mudanças após os anos
1980s: a busca da construção de modelos de
terapia ocupacional
2
4. Relatório dos
primeiros 60
anos da
profissão
Foco: corpo de conhecimentos,
identidade de campo e as mudanças
que ocorreram
Segundo os autores, trata-se de
uma análise
baseada em um modelo histórico de
mudança epistemológica
que oferece uma base para a
formulação de predições sobre o
futuro daTO
que oferece uma maneira de ver os
problemas e propõe possíveis formas
de ação
4
5. Epistemologia
o estudo do conhecimento e da
natureza de sua existência
(Kielhofner e Burke 1977)
5
6. Relevância
do texto
Primeiro texto analítico sobre os fundamentos histórico-
epistemológicos daTerapia Ocupacional nos EUA.
Indica rumos que mais tarde a terapia ocupacional viria a
trilhar, principalmente nos países anglo-saxões, com a
proposição de modelos universais para aTerapia
Ocupacional .
Foi texto de referência em vários análises das tendências
teórico-metodológicas deTerapia Ocupacional no Brasil
nos anos 1980.
6
7. KUHN:
Revolução
científica
Thomas Kuhn desafia o velho pressuposto de que o
conhecimento de uma profissão resulta,
simplesmente as acumulação e armazenamento de
mais informações.
Para ele, a evolução de conhecimentos é um
processo dinâmico de crescimento envolvendo
uma mudança periódica total, que ele chama de
“revolução científica”.
7
8. Métodos de
análise
Transversal: identificação e análise de um paradigma a
qualquer momento
Longitudinal: localização de mudanças de paradigma
através do tempo
8
9. 9
OModelo Kuhnde revoluçõescientíficas
PRÉ-PARADIGMA
Escolas concorrentes de pensamento,
confrontando a mesma amplitude de fenômenos
PARADIGMA
Consenso quanto à natureza dos fenômenos,
problemas a serem tratados e métodos de solução.
Articulação do paradigma.
CRISE
Rejeição do velho paradigma
O aparecimento de escolas concorrentes
Aparecimento de uma escola de
Pensamento que se tornará o paradigma
Aparecimento de problemas que
o paradigma não pode tratar
Resolução
da crise
através da
reorganização
da disciplina
um novo
paradigma
FATORES EXTERNOS
Demandas sociais
e epistemológicas
10. 10
Ahistória daTerapiaOcupacionalnorte-americanade acordocomo
Modelo de revoluçõescientíficas
PRÉ-PARADIGMA (séc. XVIII e XIX)
Competição entre tratamento moral e escolas
de pensamento científico no tratamento do doente mental
PARADIGMA da OCUPAÇÃO (1900-1920)
Aceitação do paradigma nas áreas de psiquiatria e tuberculose.
CRISE (1930-1940)
Debate e conflito entre as escolas reducionista e holística
Ressurgimento das idéias do
Tratamento moral entre 1ºsTOs
Aparecimento de problemas de
patologia e falta de base científica
Predominância de idéias reducionistas
PARADIGMA do REDUCIONISMO(1950 e 1960)
Aceitação do reducionismo nos modelos cinesiológicos,
neurológicos e psicanalíticos
Aparecimento de problemas de identidade da
profissão, problemas de adaptação social
entre os incapacitados
CRISE (1970)
Conflito e debate sobre qual deveria ser a base teórica
do campo e sobre a confusão de identidade e papel
entre os membros da profissão
PARADIGMA EMERGENTE
O paradigma emergente do futuro
11. 11
Componentes
do paradigma
Base teórica Problemas Métodos de
Solução
Objetivos
Paradigma da
Ocupação
Princípios da
psicobiologia
Ruptura de papel e
degeneração de
hábito e corpo
Programas de
trabalho e lazer
graduados
Restauração da
capacidade de
um papel social
produtivo
Modelo de
tratamento da
tuberculose
Princípios de que
ambiente e
atividades normais
recondicionam corpo
e hábitos
Degeneração de
corpo e hábitos
através do ócio
prolongado
Programa
seriado de
atividade ao
lado da cama,
oficina e
esforço
Reconstituição de
aptidão física e
de hábitos
normais de vida
Modelo de
tratamento da
doença mental
Princípios de
organização do
comportamento sob
condições
ambientais
planejadas
Desorganização de
estrutura de hábitos
Programa
seriado de
auto-cuidado,
lazer, oficina e
esforço
Reconstrução de
hábitos normais
de vida
O paradigma da ocupação e seus modelos de tratamento
12. Constituição
de saberese
práticas no
surgimento
da terapia
ocupacional
nos E.U.A.
(1900-1930): a
produção de
hábitos
saudáveis
A filosofia de Adolf Meyer, um psiquiatra
norte-americano teve impacto importante na
filosofia e história da profissão como mostra
o 1º volume do primeiro órgão oficial da
profissão:
“Nossa concepção de homem é a
de que é um organismo que se auto
mantém e se auto equilibra no mundo
real e atual ao estar em vida e função
ativa, isto é, usando, vivendo e agindo
no seu tempo, em harmonia com sua
própria natureza e a natureza à sua
volta. É o uso que fazemos de nós
mesmos que dá a marca definitiva a
todos os nossos órgãos”
(MEYER, 1922, apud HOPKINS; SMITH 1978, 1992 , p.6)
12
13. 13
Ahistória daTerapiaOcupacionalnorte-americanade acordocomo
Modelo de revoluçõescientíficas
PRÉ-PARADIGMA (séc. XVIII e XIX)
Competição entre tratamento moral e escolas
de pensamento científico no tratamento do doente mental
PARADIGMA da OCUPAÇÃO (1900-1920)
Aceitação do paradigma nas áreas de psiquiatria e tuberculose.
CRISE (1930-1940)
Debate e conflito entre as escolas reducionista e holística
Ressurgimento das idéias do
Tratamento moral entre 1ºsTOs
Aparecimento de problemas de
patologia e falta de base científica
Predominância de idéias reducionistas
PARADIGMA do REDUCIONISMO(1950 e 1960)
Aceitação do reducionismo nos modelos cinesiológicos,
neurológicos e psicanalíticos
Aparecimento de problemas de identidade
da profissão, problemas de adaptação social
entre os incapacitados
CRISE (1970)
Conflito e debate sobre qual deveria ser a base teórica
do campo e sobre a confusão de identidade e papel
entre os membros da profissão
PARADIGMA EMERGENTE
O paradigma emergente do futuro
14. 14
Componentes do
paradigma
Base teórica Problemas Métodos de
Solução
Objetivos
Paradigma da
Redução
Conceitos
reducionistas de
condições
internas
orgânicas e
psíquicas do
organismo
Deficiências
internas de
movimento,
maturação ou
percepção
Avaliação de
deficiências e
tratamento para
reduzir a
deficiência
Reduzir a
deficiência que
impede
adaptação
Modelo
Cinesiológico
Cinesiologia Deficiências do
movimento
Avaliação e
exercício
muscular e de
movimento
Reduzir
deficiências
motoras
Modelo
Psicanalítico
Teoria
psicanalítica
Deficiências de
maturação do
ego
Avaliação de
símbolos e
comunicação
Reduzir a tensão
Modelo
Neurológico
Neurologia Deficiências
sensório-
motoras
Avaliação e uso
de ações motoras
especializadas
Reduzir
deficiências
sensório-motoras
Modelos de tratamento dominantes no paradigma
do reducionismo
15. O futuro do
campo:
predições
para um
paradigma
emergente
Teoria Geral dos Sistemas
O novo paradigma deve expandir os esforços de
descrever o homem via seus componentes internos
de movimento, circuitos e maturação para um que
agregue uma visão de homem ativamente
ocupando o mundo físico, temporal e simbólico.
15
16. 16
O Modelo da
Ocupação
Humana
Kielhofner considera a pessoa como um
sistema aberto, interagindo com o ambiente,
modificando-o e sendo modificado por ele de
forma contínua.
O sistema é organizado como uma hierarquia
composta de subsistemas:
Volição (vontade) – mecanismos pelos
quais escolhemos o que fazer.
Habituação ( papéis e regras) – as
estruturas cognitivas básicas com as quais
organizamos nossas vidas.
Desempenho (habilidade) – o meio pelo
qual empreendemos um comportamento
ocupacional
Enfoca as áreas ocupacionais de trabalho, lazer
e autocuidado.
17. 17
Ambiente:
Fisico: Objetos - Espaço
Social: Formas ocupacionais - grupos
Subsistemas:
Vontade:
- Causação Pessoal
- Valores
- Interesses
Hábito:
- Papéis
- Hábitos
Desempenho:
Mente-Cérebro-Corpo
Pressiona Fornece
Comportamento Ocupacional:
motor, processo e habilidades
de comunicação e interação
Modelo
da
Ocupação
Humana
(1985)
18.
19. Referências
19
HOPKINS, H.; SMITH, H.Williard and Spackman´s Occupational
Therapy, 5ª ed., Philadelphia, Lippincott, 1978
Kielhofner,G.; Burke, J. Occupational therapy after 60 years: na
account of changing identity and knowledge. American Journal
of Occupational therapy vol.31, n.10, nov/dez 1977, pg. 675-689.
MEYER,A.The philosophy of occupational therapy. Arch
Occup.Ther., v.1, n1, p.1-10, 1922.