4. PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES
INTERNACIONAIS
As organizações
internacionai
s da atualidade tiveram o seu
surgimento, em sua maioria, na
segunda metade do século
XX. No entanto, foi com a
globalização e o
fim da Guerra Fria que elas se
consolidaram como importantes
atores no cenário internacional,
passando por um relativo período
de fortalecimento. 4
5. Em 1945, com o final da Segunda
Guerra Mundial, foi criada a
Organização das Nações Unidas
(ONU). Os governos de 51 países
estavam dispostos a garantir a
paz e evitar a repetição das
atrocidades cometidas durante as
duas grandes guerras. Em 2020,
a ONU reunia 193 países-
membros.
6. Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança é o principal órgão da
ONU. Ao contrário dos demais, que apenas
recomendam aos governos que sigam
orientações, as decisões do Conselho têm de ser
implementadas. Os países-membros são
obrigados a cumpri-las, como prevê a Carta das
Nações Unidas assinada por eles. O poder desse
Conselho de Segurança é elevado, pois é ele quem
toma as principais decisões da ONU. Além disso, os
cinco membros permanentes têm o chamado poder
de veto, em que qualquer um deles pode barrar uma
decisão, mesmo que todos os outros países sejam
7. O grande papel do Conselho de
Segurança é discutir e tomar
decisões sobre conflitos entre
nações. Diversos países
almejam conseguir um assento
permanente no seleto grupo do
Conselho de Segurança da
ONU, incluindo o Brasil.
8. Dos 193 países-membros, somente
quinze participam do Conselho de
Segurança. Desse total, dez são
escolhidos pela Assembleia Geral, a cada
dois anos. A China, os Estados Unidos, a
França, o Reino Unido e a Rússia (que na
época da criação da ONU ainda era a
União Soviética) são membros
permanentes, e apenas eles podem vetar
9. Assembleia Geral
A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) ocorre
anualmente com a participação de representantes de
todos os países- -membros.
Entre os assuntos geralmente tratados na Assembleia
Geral destacam-se:
• as estratégias para melhorar as condições de vida da
população mundial, com especial atenção a crianças,
jovens e mulheres;
• a promoção dos direitos humanos e do
desenvolvimento sustentável;
• os conflitos militares que não estão em discussão pelo
Conselho de Segurança;
• a eleição de novos integrantes;
• a eleição dos secretários-gerais; • as contribuições e
10.
11. Outro tipo de decisão que
pode ser tomada pelos
membros do Conselho é o
embargo econômico.
Nesse caso, os países
integrantes da ONU ficam
proibidos de comercializar
com o país ao qual o
12. A ONU e a cooperação entre os
povos
Os países destruídos pelas guerras
necessitam de assistência humanitária
seguida de apoio. Para assegurar a paz e
torná-la efetiva, é necessário que haja
garantia dos direitos humanos, sociais e
políticos para a população.
A ONU tem o papel fundamental de
oferecer segurança e novas oportunidades
materiais para os grupos mais atingidos
pela guerra.
13. A ONU tem como objetivos promover a não
violência, a liberdade, a justiça, a tolerância, a
solidariedade, o respeito à vida e aos direitos
humanos, entre outros valores conhecidos como
cultura de paz.
Dos órgãos da ONU, destacam-se a Assembleia Geral,
com a participação de todos os Estados-membros, e o
Conselho de Segurança, com 15 membros, 10
rotativos e cinco permanentes e com poder de veto
(EUA, França, Reino Unido, Rússia e China). Também
destacam-se agências específicas: OMS (saúde),
Unesco (cultura), OIT (trabalho), PNUMA (meio
ambiente), FAO (agricultura) e Unicef (infância).
14. Agências da ONU
• Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância): atua em
programas de saúde, nutrição e bem-estar infantil.
• FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação): desenvolve programas para aumentar as produções
agrícola e pesqueira, atividades para o combate a pragas, entre
outros.
• OMS (Organização Mundial da Saúde): propõe convenções,
acordos, regulamentações, recomendações e práticas de saúde.
• Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura): aplica programas educacionais e estimula o
intercâmbio cultural e a cooperação científica internacional O
Patrimônio Cultural da Humanidade é formado por monumentos,
grupos de edifícios e sítios que tenham importante valor histórico,
estético, arqueológico, científico, etnológico e antropológico.
• OIT (Organização Internacional do Trabalho): elabora regras
internacionais para aprimorar as condições de trabalho e para
15. Patrimônio histórico material
É o conjunto de bens materiais, físicos,
que possuem importância histórica
para a formação cultural da sociedade,
a cidade de Salvador foi tombada pela
Unesco como patrimônio histórico
cultural material da humanidade.
Patrimônio histórico imaterial
Podem ser considerados
patrimônios históricos culturais
imateriais o idioma e os dialetos,
a culinária, as festas populares,
os rituais religiosos, os conjuntos
de ditos populares, entre outros
elementos."
16. Patrimônio Mundial Cultural
•Brasília (DF)
•Cais do Valongo - Rio de Janeiro (RJ)
•Centro Histórico de Goiás (GO)
•Centro Histórico de Diamantina (MG)
•Centro Histórico de Ouro Preto (MG)
•Centro Histórico de Olinda (PE)
•Centro Histórico de São Luís (MA)
•Centro Histórico de Salvador (BA)
•Conjunto Moderno da Pampulha - Belo
Horizonte (MG)
•Missões Jesuíticas Guaranis - no Brasil, ruínas
de São Miguel das Missões (RS)
•Parque Nacional Serra da Capivara (PI)
•Praça São Francisco, em São Cristóvão (SE)
•Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a
montanha e o mar (RJ)
•Santuário do Bom Jesus de Matozinhos -
Congonhas (MG)
Patrimônio Mundial Natural
•Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal
(MT/MS)
•Complexo de Conservação da Amazônia
Central (AM)
•Costa do Descobrimento: Reservas da Mata
Atlântica (BA/ES)
•Ilhas Atlânticas: Fernando de Noronha e Atol
das Rocas (PE/RN)
•Parque Nacional do Iguaçu (PR)
•Reservas da Mata Atlântica (PR/SP)
•Reservas do Cerrado: Parques Nacionais da
Chapada dos Veadeiros e das Emas (GO)
Patrimônio Misto
•Paraty e Ilha Grande (RJ): Cultura e
Biodiversidade
17. O histórico da Agenda 2030 da ONU
Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como ECO-92,
reuniu mais de 100 chefes de Estado no Rio de Janeiro para
discutir como proteger o direito ao desenvolvimento para
as gerações futuras. Nesse encontro, foram
desenvolvidos 27 princípios que, em conjunto, formaram
a Declaração do Rio Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
assinada pelas delegações, além de outros dois documentos:
a Declaração de Princípios Relativos às Florestas e a Agenda
21.
A Agenda 21 se tornaria a primeira carta de intenções
para promover, em escala global, um novo padrão de
desenvolvimento para o próximo século por meio dos 8
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
18.
19. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável
A Agenda de 2030 da ONU entende planeta, pessoas,
prosperidade, paz e parceria como áreas cruciais para o
desenvolvimento saudável da vida e determina objetivos a
serem atingidos até 2030 para a erradicação dos maiores
problemas socioambientais. Ao todo são 17
Objetivos, compostos por 169 metas e 232 indicadores,
que apontam a urgência de colocar a sociedade em um
caminho mais sustentável. O processo de desenvolvimento
foi feito participativamente através de consulta pública
intensiva. Entende-se que não é possível avançar em um
Objetivo sem trabalhar e desenvolver outros de forma
conjunta.
22. ONU – A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS É
CONSIDERADA O MAIS IMPORTANTE
Organismo internacional atualmente existente, importante por reunir
praticamente todas as nações do mundo. Ela surgiu ao final da
Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em substituição à antiga Liga
das Nações e objetiva promover a paz e a segurança mundial.
22
23. Essa organização multilateral é responsável, entre
outros, pelo estabelecimento de acordos
internacionais em diferentes esferas, bem como
pela promoção da paz em nível internacional. Os
seis órgãos que a compõem são: a Assembleia
Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho
Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte
Internacional de Justiça, e o Secretariado.
24. OMC - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO
COMÉRCIO
Organização Mundial
do
OMC – A
Comércio
é
o organismo
internacional
responsável por legislar e
acompanhar as transações
econômicas e comerciais realizadas
entre diferentes países. Além disso, o
seu principal objetivo é promover
visando combater o
a liberalização mundial do
comércio,
chamado
protecionismo alfandegário, em que
uma nação impõe elevadas tarifas
para produtos estrangeiros a fim de
favorecer a indústria local.
24
25. Os subsídios agrícolas se transformaram na eterna polêmica
nas negociações da OMC: os países em desenvolvimento
exigem o direito de subsidiar alimentos para lutar contra a fome,
e alegam, além disso, que a Europa e os Estados Unidos
subsidiam maciçamente sua agricultura. 25
26. FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) É UMA
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL CRIADA EM 1944 NA
CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS (FORMALMENTE CRIADA
EM 27 DE DEZEMBRO DE 1945 POR 29 PAÍSES-MEMBROS E
HOMOLOGADO PELA ONU EM ABRIL DE 1966) COM O OBJETIVO,
INICIAL, DE AJUDAR NA RECONSTRUÇÃO DO SISTEMA
MONETÁRIO INTERNACIONAL NO PERÍODO PÓS-SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL.
26
27. O dinheiro do FMI é fornecido pelos seus
próprios países-membros, de forma que
aqueles que mais contribuem são
justamente aqueles que mais possuem
poder de decisão. Para adquirir
empréstimos, o país em questão deve
atender a uma série de exigências,
transformando suas economias internas e,
geralmente, abrindo sua economia para o
mercado estrangeiro.
28. OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)
É um tratado ou pacto militar, que
inicialmente congregava os principais
países capitalistas e objetivava
combater o socialismo, que também
tinha o seu pacto militar, o Pacto de
Varsóvia.
Porém, desde o final da Guerra Fria,
os objetivos dessa organização se
alteraram, tornando-se como um
instrumento militar das grandes
potências a fim de intervir em conflitos
armados em qualquer parte do
mundo
par
a
internacionais
o
u
assegura
r
combate
r
direito
s
possívei
s
“ameaças” ao atual sistema
internacional. 28
29. Fazem parte da Otan, desde o seu surgimento,
Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados
Unidos, Espanha, França, Grécia, Inglaterra, Itália,
Holanda, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Islândia
e Turquia. Posteriormente, várias das ex-
repúblicas soviéticas também ingressaram no
pacto, como a Bulgária, Romênia, Estônia,
Letônia, Lituânia, Eslováquia e Eslovênia, além da
Rússia, que atua como membro observador, mas
não, poder de veto.
31. De lá até hoje, o presidente russo, Vladimir
Putin, tem reclamado com veemência da
expansão da Otan rumo ao leste, ao incorporar
países que no passado eram aliados dos
soviéticos.
Segundo Putin, a instalação de bases militares
da aliança nesses países fronteiriços à Rússia é
uma provocação e uma ameaça à paz.
O presidente russo alega que a expansão da
Otan contraria termos de um acordo firmado
com os EUA e outros países ocidentais. Em seu
site, a organização nega que tenha havido tal
32. Guerra entre Rússia e Ucrânia
•Ao longo das últimas três décadas, a Ucrânia tem feito tentativas de
aproximação com órgãos ultranacionais ocidentais.
•A Rússia entende a aproximação da Ucrânia com o Ocidente como uma
importante ameaça para a sua soberania nacional.
•A Rússia, primeiramente, invadiu a Península da Crimeia, parte integrante
do território ucraniano, em 2014.
•Em 2022, a Rússia iniciou uma invasão do território ucraniano, por meio
de ataques aéreos e terrestres.
•A guerra entre Rússia e Ucrânia é um conflito que possui motivações
históricas, políticas, culturais e até mesmo econômicas.
•Esse conflito modificou profundamente o equilíbrio de forças entre as
nações e reorganizou as alianças políticas e econômicas mundiais.
•Nos últimos meses, a guerra entre Rússia e Ucrânia tem sido marcada
pelo discreto avanço das forças ucranianas, além da reorganização das
forças russas.
•O conflito entre os dois países transformou a ordem mundial global
estabelecida desde o fim do século XX.
33. Banco Mundial – foi criado em 1945 na
Conferência de Bretton Woods juntamente ao
FMI. Trata-se de uma organização financeira
vinculada à ONU, mas que possui a sua própria
autonomia. Seu objetivo inicial era conceder
empréstimos direcionados aos países europeus
que haviam sido devastados pela Segunda
Guerra Mundial. Posteriormente, seus objetivos
mudaram e seu intuito passou a ser o de
conceder empréstimos a países da Ásia, África
e Américas.
34. OCDE – A Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico é uma instituição
atualmente composta por 34 países. Seu
objetivo é fomentar e incentivar ações de
desenvolvimento econômico de seus países-
membros, além de medidas que visem à
ampliação de metas para o equilíbrio
econômico mundial e melhorem as condições
de vida e os índices de renda e emprego. O
Brasil não é um membro dessa organização.
35. Medidas de desigualdade
A Declaração Universal dos Direitos
Humanos é considerada um marco
histórico. Proclamada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas (AGNU),
realizada em Paris, em 10 de dezembro
de 1948, representa o compromisso com
a universalidade dos direitos de todos os
povos e seres humanos à existência, à
vida, à integridade física e moral e à não
discriminação étnica ou de gênero.
36. Um grande desafio tem sido encontrar maneiras de
mensurar a pobreza e a exclusão social.
• A pobreza pode ser definida como a não satisfação
das necessidades consideradas mínimas para se ter
uma vida digna e adequada na sociedade em que se
vive. Uma pessoa considerada “pobre” na Alemanha
dificilmente seria assim considerada nos países da
África Subsaariana, por exemplo.
• A exclusão social, originalmente, não está associada
à ideia de pobreza. Trata-se de um termo que
surgiu na luta de grupos sociais da sociedade
francesa contra a injustiça social ou a falta de
igualdade plena de direitos, Os excluídos sociais,
geralmente são minorias étnicas, culturais e religiosas.
Como exemplos, temos os negros, índios, idosos,
37.
38.
39. A charge faz referência à desigualdade social, identificada
como um problemas socioeconômico, associado à diferença
de realidades em ambientes próximos, como identificado na
imagem.
O que é a desigualdade social?
Em um mundo capitalista e neoliberal, onde se busca cada
vez mais o lucro, a desigualdade social se faz ainda mais
presente.
Note que a desigualdade social está presente em mundos
próximos, como mostrado na imagem, em referência
à diferença de infraestrutura e condições de
habitação, geralmente em locais de atraso de
industrialização.
40. O Produto Interno Bruto (PIB) é um
dos mais tradicionais indicadores de
comparação do desempenho da
economia nacional. Geralmente, são
as instituições responsáveis por
levantamentos estatísticos em cada
país que calculam esse indicador,
como o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) no
41.
42. A Renda Nacional Bruta (RNB) é igual ao PIB (Produto Interno Bruto) mais a
diferença entre a renda recebida do exterior e a renda enviada ao exterior, ou
seja, o rendimento líquido. Para se chegar a Renda Nacional Bruta per
capita, divide-se a RNB pelo total de habitantes do país.
A renda per capita é utilizada como um importante indicador de qualidade de
vida e do desenvolvimento econômico e social de um país. A RNB é um dos
critérios utilizados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a
ONU passou a adotar desde 1993 o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), inicialmente baseado no
cálculo conjunto de PIB per capita, nível de instrução e
expectativa de vida.
43. Os indicadores econômicos como o PIB e o
RNB, porém, são insuficientes para medir a
desigualdade entre os países. Por exemplo,
o PIB da China, que tem mais de 1,4 bilhão
de habitantes, era cerca de 14.140 bilhões
de dólares, pouco mais de 2,7 vezes o PIB
do Japão, de 5.154 bilhões de dólares, cuja
população é de 126,4 milhões (dados de
2019). Evidentemente, a riqueza social
proporcionada pela economia japonesa é
muito maior que a proporcionada pela
44. Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é
uma medida comparativa de riqueza,
alfabetização, educação, esperança média de
vida, natalidade e outros fatores. É uma maneira
padronizada de avaliação e medida do bem-estar
de uma população, especialmente o bem-estar
infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo
economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem
sendo usado desde 1993 pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu
relatório anual.
45. Atualmente, o IDH é construído com base em
quatro indicadores:
a expectativa de vida ao nascer (duração
média da vida, em anos);
a expectativa de escolaridade (em anos);
a média de anos de escolaridade no país;
o Rendimento Nacional Bruto per capita.
O cálculo do índice atribui pesos iguais a cada
dimensão, formando um índice que varia de 0 a
1, de forma que, quanto mais próximo do valor
máximo, maior é o desenvolvimento humano.
46. A partir de 2010 foram introduzidas três novas medidas
que passaram:
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), a registrar as
disparidades de gênero , saúde reprodutiva, autonomia e
atividade econômica;
Índice de Pobreza Multidimensional(IPM) as privações no
nível individual quanto à educação, à saúde e ao padrão
de vida, Um país é considerado multidimensionalmente
pobre se mais de 33,3% da sua população sofre privações,
ao mesmo tempo, de saúde, educação e renda. Os países
com privações entre 20% e 33,29% são considerados
vulneráveis, ou em risco de também se tornarem
multidimensionalmente pobres;
(IDH Ajustado às Desigualdades ou IDHAD) e as
desigualdades multidimensionais
47. A ONU calculou que mais de
1,3 bilhão de pessoas no
mundo estava em estado de
pobreza multidimensional
em 2017.
48. Vivendo com o máximo de 1,90 dólar
por dia, o sul da Ásia somava cerca de
548 milhões de pessoas, e a África,
571 milhões. Em porcentagem da
população, a situação é grave em
grande parte dos países africanos,
como Madagascar (77,6%), República
Democrática do Congo (76,6%),
Burundi (71,8%), República Centro-
Africana (66,3%) e Guiné-Bissau
49.
50. No IDH 2019 os países que lideram o ranking são Noruega,
Irlanda, Suíça, Hong Kong e Islândia. Já nas última
colocações, estão Burundi - África, Sudão do Sul - África,
Chad - África, República Centro-Africana - África e Níger -
África.
O Brasil apresentou um ligeiro aumento, de 0,762 para 0,765, mas
perdeu 5 posições no ranking, caindo para 84º. Este resultado
demonstra uma estagnação do IDH brasileiro ou como chamou o
documento divulgado pelo Pnud, crescimento lento.
51. Privações ambientais
A partir de 2010, as privações ambientais, que
englobam a falta de saneamento, de água
potável e de combustível melhorado para
cozinhar. A disponibilidade desse combustível é
muito importante, podendo reduzir a pobreza e
a degradação ambiental, além de aumentar a
produtividade. Por exemplo, em muitos países,
a substituição da lenha por gás ou eletricidade
para cozinhar diminuiu as pressões ambientais.
Além da redução dos problemas respiratórios, o
tempo gasto para apanhar a lenha pôde ser
utilizado para trabalhar e estudar, até mesmo à
noite.
52. A poluição e a falta de saneamento e de
água potável prejudicam as condições
de vida. Dados de 2017 da ONU indicam
que 29% da população mundial não
tinha acesso seguro à água potável. As
crianças nascidas em famílias de baixo
rendimento têm maior probabilidade de
desenvolver problemas de saúde: cerca
de 17% morrem antes de seu 20o
aniversário, contra 1% das nascidas em
países de elevado nível de
desenvolvimento – no total mundial,
53.
54.
55. Desigualdade de gênero
O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)
é uma medida que registra as
disparidades entre gêneros. Apesar dos
progressos, as mulheres ainda são
vítimas de violência e de toda forma de
discriminação. Salvo as diferenças entre
os países e as regiões dentro deles, em
média no mundo apenas um em cada dez
homens e uma em cada sete mulheres
não apresentam qualquer forma de
56. Outros índices
O Índice de Gini é utilizado para medir
desigualdade ou concentração na
distribuição de diversas categorias, como
na renda, no consumo e na educação. Por
exemplo, ao medir a desigualdade social, o
índice revela se a diferença de renda entre
os mais pobres e os mais ricos, em um
determinado local, é grande ou pequena.
Quanto mais próximo de 0, menor a
desigualdade; quanto mais próximo de 100,
maior a desigualdade (em alguns casos,
este coeficiente é expresso em valores que
57. Exclusão Social no Brasil
No Brasil, a exclusão social está longe de ser um problema resolvido. Com
tantas desigualdades e comportamentos intolerantes, nosso país tem
apresentado diversos casos de exclusão. Destacam-se as escolhas relacionadas
com a sexualidade, religião e culturas, pois, quanto maior o índice, menor a
proporção da renda apropriada pelos mais pobres. Em 2017, o Brasil era o 7o
pior colocado do mundo, com um índice de Gini de 0,533, melhor apenas que
África do Sul (0,630), Namíbia (0,590), Zâmbia (0,571), República Centro-
Africana (0,562), Lesoto (0,542) e Moçambique (0,540).
As desigualdades por sexo ou cor também são marcantes no Brasil. Segundo o
IBGE, em 2018 as pessoas de cor branca ganhavam em média 73,9% a mais
que os pardos e pretos, e os homens, 27,1% a mais que as mulheres.
o Brasil é classificado pela ONU como um país de rendimento médio-alto. Para
países com esse rendimento, a organização sugere como linha média de
pobreza 5,50 dólares dos Estados Unidos (US$) por dia. Segundo o IBGE, em
2018, 25,3% da população brasileira tinha rendimentos inferiores a US$ 5,50
PPC por dia, que equivalia a cerca de 44% do salário mínimo vigente no ano.
58. Pobreza nas regiões brasileiras
A pobreza no Brasil tem forte componente
regional: 47,0% da população abaixo da linha
da pobreza vivia na Região Nordeste em
2018. No mesmo ano, nessa região, 13,5%
tinham menos de US$ 1,99 por dia,
enquanto na Região Norte essa porcentagem
era de 11,0%, na Região Sul de 2,1%, na
Região Centro-Oeste de 2,9% e na Região
Sudeste de 3,2%.
Pobreza no Nordeste tem raízes na economia
colonial. A coexistência do latifúndio com o
minifúndio bloqueou o desenvolvimento
59. No Brasil há uma geografia da
pobreza muito nítida, que se
exprime sob a forma das
desigualdades regionais. A
comparação entre o Índice de
Gini por estados deixa bem claro
que existe grande disparidade
de distribuição de renda entre os
estados do Nordeste e os do
60. Todos os dados analisados no
Brasil mostram a necessidade
de políticas voltadas ao
combate à pobreza, seja no
âmbito do desenvolvimento
regional e rural, seja na
ampliação de ofertas de
empregos e de proteção de
61. Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM)
O Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) brasileiro considera as
mesmas três dimensões do IDH usado para
classificar os países: longevidade, educação
e renda.
Ver mapa da página 70 e 71
62. Elaborado com base nos dados dos censos
demográficos, o índice revelou melhora no
desenvolvimento humano no Brasil em décadas
recentes. Em 1991, 85,8% dos municípios
brasileiros apresentavam IDHM muito baixo; já
em 2010, apenas 0,6% dos municípios estavam
sob essa classificação. Apesar de quase todos
os municípios terem apresentado melhor
desempenho em 2010, o levantamento também
revelou disparidades acentuadas entre Norte e
Nordeste e as regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, onde grande parcela dos municípios
63. A ONU no Brasil
A ONU possui representação no Brasil. Por meio de diversas
agências e programas, age conjuntamente com governos nas
esferas federal, estadual e municipal e com instituições
privadas, ONGs ou sociedade civil para implementar ações
que promovam o desenvolvimento humano.
Um exemplo são as ações do Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados (Acnur), que conta com unidades em
Brasília (DF), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Boa Vista (RR) e
que, em cooperação com os governos locais, atua para
acolher refugiados e promover sua integração à sociedade
brasileira.
64. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das
Nações Unidas foram divulgados em 2017. Estabeleceram as metas
para o século XXI em relação ao meio ambiente, à economia e à
sociedade, visando aumentar o desenvolvimento socioeconômico com
base na sustentabilidade ambiental.
Conferência das
Nações Unidas sobre
o Desenvolvimento e
Meio Ambiente
Humano ocorreu
entre os dias 5 a 16
de junho de 1972,
sediada por
Estocolmo e reuniu
113 países.
65. Desde sua criação, o Conselho de Segurança da ONU é
considerado o órgão mais importante da organização por ser o
responsável direto sobre assuntos ligados à ocorrência de
conflitos e ao estabelecimento de penalidades aos países. É
constituído por cinco membros permanentes: Estados Unidos,
Reino Unido, Rússia, China e França. O Brasil pleiteia uma
vaga nesse órgão, mas só participou dele como membro
temporário.