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A metafísica na modernidade 1° integral.docx
1. A metafísica na modernidade – Resumo de filosofia
Enem
O que é metafísica? Quando inicia a modernidade? Podemos
conhecer tudo? Nós aprendemos ao longo da vida ou já nascemos
sabendo? Entenda esse conteúdo e fique por dentro da Filosofia do
Enem.
Você já deve estar acostumado a ler e ouvir que a Filosofia nasceu na Grécia,
certo? Por isso, para entender muitas palavras devemos voltar à sua origem
para resgatar seu significado. Vamos fazer este resgate para checar depois à
Metafísica na Modernidade.
A palavra metafísica vem do grego metá, que significa “depois de” ou “além” e
physis, “natureza”, “física”. De um modo geral a metafísica procura buscar a
essência das coisas, ou seja, vai além daquilo que todo mundo vê e sabe. Vou
dar um exemplo para ficar mais fácil de entender: se eu perguntar como surgiu
o Universo você terá condições de responder a partir de algumas Teorias
estudadas ou derivadas de sua fé.
O que é a Metafísica
Uns podem dizer que foi Deus quem criou o Universo e outros podem dizer que
tudo existe a partir da grande explosão do Big Bang. A metafísica nesta questão
vai perguntar o que é o universo? Procurando buscar a causa e a essência das
coisas.
Para ficar mais claro ainda, podemos afirmar que enquanto a ciência de um
modo geral procura estudar as partes, como no exemplo acima, está
questionando uma parte do todo, isto é: como surgiu. A metafísica, por outro
lado, procura entender o todo, pois ao se perguntar: “o que é?”, já está
intrínseco o como e outras curiosidades.
Para conhecer os fundamentos da filosofia na Grécia Antiga, veja o resumo
sobre o pensamento de Aristóteles com o professor Alan Ghedini, do canal do
curso Enem Gratuito. Foi Aristóteles o primeiro a definir os humanos como “um
ser político”. Confira agora.
A Filosofia na Modernidade
2. Agora que já entendemos o que é metafísica vamos entender o período da
Modernidade. A Modernidade tem seu início no Renascimento (período da
História da Europa aproximadamente entre fins do século XIV e o fim do século
XVII.), desenvolve-se na Idade Moderna (período específico do Ocidente e
desenvolve-se entre os séculos XV a XVIII) e atinge seu auge no Iluminismo
(também conhecido como século das luzes.
O Iluminismo foi um movimento cultural do século XVIII que procurou centrar o
poder da razão para reformar a sociedade e purificar o conhecimento herdado
do período medieval.
A modernidade é um período que busca dar total confiança na razão. Nós
chamamos de racionalismo, ou seja, todo conhecimento dever ser único e
exclusa mente proveniente de nossa razão, abortando nossas fontes sensoriais.
Mas, qual era o objetivo da Metafísica na Modernidade? Lembrando que neste
período, assim como foi citado no Iluminismo, a Metafísica rompe com a
tradição e, principalmente, com as autoridades religiosas. Busca, portanto,
investigar “sobre a capacidade humana de conhecer a verdade, de modo que
uma coisa ou um ente só é considerado real se a razão puder conhecê-lo”
(CHAUÍ, 2011, p. 202).
Resumindo, o problema metafísico é a teoria do conhecimento. O que é
conhecimento? Como adquirimos o conhecimento? Podemos conhecer tudo?
Essas são algumas perguntas chaves desse período.
Resumo sobre Metafísica:
Metafísica é o estudo daquilo que vai além do físico, é a compreensão de um
todo daquilo que está sendo investigado. Durante o período da Modernidade a
Metafísica concentrou-se na possibilidade do conhecimento, isto é, o que é
conhecimento? Podemos conhecer tudo? Como se dá o conhecimento?
Chegou a sua vez. Resolva essas questões de vestibulares e se prepare para o
ENEM
1. (ENEM 2014 Ciências Humanas e Tecnologias – Questão 16 – Filosofia
Cartesiana)
É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio
processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza
que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida,
e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas
por essa mesma dúvida.
3. SILVA, F. l. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001
(adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia
cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a)
a) dissolução do saber científico.
b) recuperação dos antigos juízos.
c) exaltação do pensamento clássico.
d) surgimento do conhecimento inabalável.
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos.
2. (Unesp 2013 – Primeira Fase)
A modernidade não pertence a cultura nenhuma, mas surge sempre CONTRA
uma cultura particular, como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na
Europa, a modernidade não surge como um desenvolvimento da cultura cristã,
mas como uma crítica a esta, feita por indivíduos como Copérnico, Montaigne,
Bruno, Descartes, indivíduos que, na medida em que a criticavam, já dela se
separavam, já dela se desenraizavam. A crítica faz parte da razão que, não
pertencendo a cultura particular nenhuma, está em princípio disponível a todos
os seres humanos e culturas. Entendida desse modo, a modernidade não
consiste numa etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura
crítica ante a cultura, postura que é capaz de surgir em diferentes momentos e
regiões do mundo, como na Atenas de Péricles, na Índia do imperador Ashoka
ou no Brasil de hoje.
(Antonio Cícero. Resenha sobre o livro “O Roubo da História”. Folha de S. Paulo,
01.11.2008. Adaptado)
Com a leitura do texto, a modernidade pode ser entendida como
a) uma tendência filosófica especificamente europeia e ocidental de crítica
cultural e religiosa.
b) uma tendência oposta a diversas formas de desenvolvimento da autonomia
individual.
c) um conjunto de princípios morais absolutos, dotados de fundamentação
teológica e cristã.
d) um movimento amplo de propagação da crítica racional a diversas formas de
preconceito.
e) um movimento filosófico desconectado dos princípios racionais do
iluminismo europeu.
3. (Vestibular da Universidade Estadual de Londrina de 2011)
4. O principal problema de Descartes pode ser formulado do seguinte modo:
“Como poderemos garantir que o nosso conhecimento é absolutamente
seguro?” Como o cético, ele parte da dúvida; mas, ao contrário do cético, não
permanece nela. Na Meditação Terceira, Descartes afirma: “[…] engane-me
quem puder, ainda assim jamais poderá fazer que eu nada seja enquanto eu
pensar que sou algo; ou que algum dia seja verdade eu não tenha jamais
existido, sendo verdade agora que eu existo […]”
(DESCARTES. René. Meditações Metafísicas. Meditação Terceira, São Paulo:
Nova Cultural, 1991. p. 182. Coleção Os Pensadores.)
Com base no enunciado e considerando o itinerário seguido por Descartes para
fundamentar o conhecimento, é correto afirmar:
a) Todas as coisas se equivalem, não podendo ser discerníveis pelos sentidos
nem pela razão, já que ambos são falhos e limitados, portanto o conhecimento
seguro detém-se nas opiniões que se apresentam certas e indubitáveis.
b) O conhecimento seguro que resiste à dúvida apresenta-se como algo
relativo, tanto ao sujeito como às próprias coisas que são percebidas de acordo
com as circunstâncias em que ocorrem os fenômenos observados.
c) Pela dúvida metódica, reconhece-se a contingência do conhecimento, uma
vez que somente as coisas percebidas por meio da experiência sensível
possuem existência real.
d) A dúvida manifesta a infinita confusão de opiniões que se pode observar no
debate perpétuo e universal sobre o conhecimento das coisas, sendo a
existência de Deus a única certeza que se pode alcançar.
e) A condição necessária para alcançar o conhecimento seguro consiste em
submetê-lo sistematicamente a todas as possibilidades de erro, de modo que
ele resista à dúvida mais obstinada.
4. (ENEM 2013 – QUESTÃO 4)
TEXTO I
Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos,
recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois
eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso
e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-
me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo
novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril
Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II
5. É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio
processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza
que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida,
e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas
por essa mesma dúvida.
SILVA, F.L. Descartes. a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001
(adaptado).
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a
reconstrução radical do conhecimento, deve-se
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
d) buscar uma via para eliminar das memórias saberes antigos e ultrapassados.
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
5. (UEL)
Leia o texto a seguir.
A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimentos, possui o
singular destino de se ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois
lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar
respostas por ultrapassarem completamente as suas possibilidades.
(KANT, I. Crítica da Razão Pura (Prefácio da primeira edição, 1781). Tradução de
Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 1994, p. 03.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Kant, o domínio destas
intermináveis disputas chama-se
a) experiência.
b) natureza.
c) entendimento.
d) metafísica.
e) sensibilidade.