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Lima Barreto: uma crítica ao
nacionalismo exagerado e aos
preconceitos
Lima Barreto é considerado pré-modernista pois é consciente de
nossos verdadeiros problemas e critica o nacionalismo ufanista
do Romantismo. Seu estilo é leve, fluente, aproximando-se da
linguagem jornalística.
• Triste fim de Policarpo Quaresma, lançado em 1911, é uma
mistura de crítica, análise e humor. O tema central do livro é o
nacionalismo – absurdo, porém, honesto – de Policarpo
Quaresma e também aquele nacionalismo que se torna perigoso
quando manipulado por mãos férreas, como as do marechal
Floriano Peixoto.
• O autor critica a educação recebida pelas mulheres, que eram
preparadas apenas para o casamento (o romancista foi uma das
primeiras vozes a defender o voto feminino); critica também a
República e o exagerado militarismo na política da época.
• Todos os seus romances trazem um traço autobiográfico (o do
preconceito racial) e oferecem um retrato perfeito dos subúrbios
cariocas e de sua população.
Língua Portuguesa - 3ª Série
A literatura Pré-modernista
Monteiro Lobato: metáforas do Brasil
Monteiro Lobato é considerado pré-modernista por duas
características de sua obra de ficção: o regionalismo e a
denúncia da realidade brasileira. No entanto, no plano
puramente estético, assumiu posições antimodernistas.
• Como regionalista, o autor nos dá a dimensão exata do
Vale da Paraíba paulista do início do século XX: sua
decadência após a passagem da economia cafeeira, seus
costumes e sua gente.
• Nesse aspecto – a gente do Vale do Paraíba –, está o
traço mais importante de sua obra: a descrição e a
análise do tipo humano característico da região, o
caboclo Jeca Tatu.
• A literatura infantil, além de moralista e pedagógica, trata
da luta do autor pelos interesses nacionais, com
personagens representativos do povo e o Sítio do
Picapau Amarelo, que é a imagem do próprio Brasil.
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A literatura Pré-modernista
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A literatura Pré-modernista
•Autor das famosas histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo, viveu
no interior e pôde observar as dificuldades e os vícios
característicos da vida rural, fatos desconhecidos do Brasil
"oficial".
•No livro Urupês (1918), Lobato traça o perfil do caipira que vivia
pelo interior de São Paulo. É nessa obra que dá forma ao Jeca
Tatu, símbolo do atraso e da miséria do caboclo brasileiro.
Língua Portuguesa - 3ª Série
A literatura Pré-modernista
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A literatura Pré-modernista
Graça Aranha (1866/
1931)
Foi juiz no Maranhão e no Espírito
Santo. Participou do movimento
modernista, como doutrinador.
Não é considerado modernista porque
sua única obra "modernista", A
viagem maravilhosa, é feita em um
estilo extremamente artificial. Morreu
logo antes de publicar sua
autobiografia, O meu próprio
romance, de 1931.
Língua Portuguesa - 3ª Série
A literatura Pré-modernista
Imagem:
Graça
Aranha,
1904
/
Fratelli
D'Alessandri
/
Domínio
Público
Língua Portuguesa - 3ª Série
A literatura Pré-modernista
Canaã
Canaã (1902) é a obra mais emblemática de
Graça Aranha e uma das mais importantes do
Pré-Modernismo. Trata-se de um romance
regionalista que possui valor documental.
A temática explorada pelo escritor gira em
torno da questão da migração alemã no Estado
do Espírito Santo.
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A literatura Pré-modernista
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Augusto dos Anjos
(1884/ 1914)
Formou-se em direito, mas
foi sempre professor de
Literatura.
Publicou apenas um único
livro de poesias, Eu. Sua
obra é cientificista,
profundamente pessimista.
Trabalhou, assim como
parnasianos e simbolistas,
com sonetos e verso
decassílabo.
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A literatura Pré-modernista
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A literatura Pré-modernista
Sua visão de mundo e a interrogação do
mistério da existência e do estar-no-mundo
marcam esta nova vertente poética.
Constância da morte, desintegração e os
vermes.
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"A passagem dos séculos me assombra. /
Para onde irá correndo minha sombra /
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E parece-me um sonho a realidade."
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Sua visão da morte como o fim, o linguajar e os
temas usados por muitos são considerados
como sendo de mau gosto, mas caracterizam
sua poesia como única na literatura brasileira.
"Já o verme — este operário das ruínas
— / Que o sangue podre das carnificinas
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guerra."
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Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
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Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
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  • 1. Lima Barreto: uma crítica ao nacionalismo exagerado e aos preconceitos Lima Barreto é considerado pré-modernista pois é consciente de nossos verdadeiros problemas e critica o nacionalismo ufanista do Romantismo. Seu estilo é leve, fluente, aproximando-se da linguagem jornalística. • Triste fim de Policarpo Quaresma, lançado em 1911, é uma mistura de crítica, análise e humor. O tema central do livro é o nacionalismo – absurdo, porém, honesto – de Policarpo Quaresma e também aquele nacionalismo que se torna perigoso quando manipulado por mãos férreas, como as do marechal Floriano Peixoto. • O autor critica a educação recebida pelas mulheres, que eram preparadas apenas para o casamento (o romancista foi uma das primeiras vozes a defender o voto feminino); critica também a República e o exagerado militarismo na política da época. • Todos os seus romances trazem um traço autobiográfico (o do preconceito racial) e oferecem um retrato perfeito dos subúrbios cariocas e de sua população. Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 2. Monteiro Lobato: metáforas do Brasil Monteiro Lobato é considerado pré-modernista por duas características de sua obra de ficção: o regionalismo e a denúncia da realidade brasileira. No entanto, no plano puramente estético, assumiu posições antimodernistas. • Como regionalista, o autor nos dá a dimensão exata do Vale da Paraíba paulista do início do século XX: sua decadência após a passagem da economia cafeeira, seus costumes e sua gente. • Nesse aspecto – a gente do Vale do Paraíba –, está o traço mais importante de sua obra: a descrição e a análise do tipo humano característico da região, o caboclo Jeca Tatu. • A literatura infantil, além de moralista e pedagógica, trata da luta do autor pelos interesses nacionais, com personagens representativos do povo e o Sítio do Picapau Amarelo, que é a imagem do próprio Brasil. Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 3. •Autor das famosas histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo, viveu no interior e pôde observar as dificuldades e os vícios característicos da vida rural, fatos desconhecidos do Brasil "oficial". •No livro Urupês (1918), Lobato traça o perfil do caipira que vivia pelo interior de São Paulo. É nessa obra que dá forma ao Jeca Tatu, símbolo do atraso e da miséria do caboclo brasileiro. Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 4. Graça Aranha (1866/ 1931) Foi juiz no Maranhão e no Espírito Santo. Participou do movimento modernista, como doutrinador. Não é considerado modernista porque sua única obra "modernista", A viagem maravilhosa, é feita em um estilo extremamente artificial. Morreu logo antes de publicar sua autobiografia, O meu próprio romance, de 1931. Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Imagem: Graça Aranha, 1904 / Fratelli D'Alessandri / Domínio Público Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 5. Canaã Canaã (1902) é a obra mais emblemática de Graça Aranha e uma das mais importantes do Pré-Modernismo. Trata-se de um romance regionalista que possui valor documental. A temática explorada pelo escritor gira em torno da questão da migração alemã no Estado do Espírito Santo. Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 6. Augusto dos Anjos (1884/ 1914) Formou-se em direito, mas foi sempre professor de Literatura. Publicou apenas um único livro de poesias, Eu. Sua obra é cientificista, profundamente pessimista. Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com sonetos e verso decassílabo. Imagem: Retrato de Augusto dos Anjos / Domínio Público Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 7. Sua visão de mundo e a interrogação do mistério da existência e do estar-no-mundo marcam esta nova vertente poética. Constância da morte, desintegração e os vermes. Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 8. "A passagem dos séculos me assombra. / Para onde irá correndo minha sombra / Nesse cavalo de eletricidade?! / Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem? / E parece-me um sonho a realidade." Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 9. Sua visão da morte como o fim, o linguajar e os temas usados por muitos são considerados como sendo de mau gosto, mas caracterizam sua poesia como única na literatura brasileira. "Já o verme — este operário das ruínas — / Que o sangue podre das carnificinas / Come e à vida em geral declara guerra." Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista
  • 10. Versos Íntimos Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão — esta pantera — Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista Língua Portuguesa - 3ª Série A literatura Pré-modernista