Este documento discute como as crianças usam a internet, os perigos potenciais e oportunidades. Ele propõe uma pesquisa para investigar o que crianças procuram online, sites que visitam, e se elas marcam encontros com estranhos. A pesquisa também examinaria como educar crianças sobre perigos na internet.

1. Instituto Politécnico de Setúbal – Escola Superior de Educação – Licenciatura em Educação Básica
UC – Língua Portuguêsa e as Tecnologias de Informação e Comunicação
A internet na vida das crianças: como lidar com perigos e oportunidades, por Ana
Francisca Cunha Monteiro – ideias principais
Este texto é uma fundamentação de uma proposta de investigação para um
doutoramento. Aborda o papel da internet na vida de crianças e jovens e como nela se
pode relacionar segurança e perigo.
Conclui-se que interditar o acesso a páginas com programas de filtragem se
torna desnecessário na medida em que muitas vezes os sites bloqueados são
inofensivos e alguns até de cariz educativo. Muitas vezes até as autoridades se vêem
impedidas de bloquear sites ilegais devido ao anonimato das contas que se criam.
Caminha-se então para um alerta dos perigos e ameaças que a internet apresenta não
esquecendo que a sua utilização também traz vantagens.
O trabalho de investigação proposto no texto pretende dar resposta a inúmeras
questões, tais como: “… o que é que as crianças procuram na internet? Quais os tipos
de sites que visitam? As crianças mostram-se dispostas a marcar encontros com
desconhecidos com quem têm contacto através da internet?” (p. 1), entre outras. Para
tal, pretende-se um contacto directo com crianças, pais e educadores esperando, por
fim, conseguir explicar às crianças os perigos que a internet proporciona.
As crianças e jovens começam cada vez mais cedo a entrar no mundo da
internet caminhando sozinhos sem a supervisão dos pais. Em 1998, Don Tapscott
denomina de “Net Generation” as gerações que cresceram num ambiente rodeado
pelos media digitais e que usam a internet de outra forma que não a dos adultos.
Sherry Turke (1997) escreve que “as crianças podem ser atraídas pelos mundos
simulados que as fazem sentir-se “senhores do universo”. A autora do texto refere
que, sem limitações por parte dos adultos, as crianças vão-se apoderando destas novas
tecnologias tornando-se pró-activas, vindo até a transmitir conhecimento aos adultos.
Os perigos na internet são então conhecidos pelos 5 c’s, denominação de Tito
de Morais que acrescenta dois perigos aos três apontados pela União Europeia, são
eles: conteúdo, contactos, comércio, comportamento e copyright.
Posto isto, segundo a autora deve-se “utilizar o computador em conjunto com
as crianças, colocá-lo num local da casa onde todos tenham acesso, examinar
periodicamente o seu correio electrónico”, entre outras medidas.
Docente: Maria do Rosário Rodrigues - Discente: Cláudia Patrícia Marques Glórias – LEB 3B