Este documento analisa a educação recebida pelos personagens Estella e Pip na obra Grandes Esperanças de Charles Dickens. Pip e Estella vêm de classes sociais diferentes e receberam educações distintas que moldaram suas perspectivas de vida. A educação de Pip o preparou para ser ferreiro, enquanto Estella recebeu uma educação refinada, mas foi criada por Miss Havisham para quebrar corações masculinos. O documento explora como a sociedade vitoriana tratava as crianças de forma diferente dependendo de sua classe social
Artigo trabalho infantil na era vitoriana Marta Matos
O documento discute as condições de vida e trabalho infantil na era vitoriana na Inglaterra do século XIX, com base na obra Grandes Esperanças de Charles Dickens. A era foi marcada por grandes contrastes sociais resultantes da Revolução Industrial, que levou à superlotação das cidades e à formação de favelas. Crianças pobres eram obrigadas a trabalhar em condições perigosas por longas jornadas e baixos salários para ajudar as famílias a sobreviver.
Este documento analisa a educação recebida pelos personagens Estella e Pip na obra Grandes Esperanças de Charles Dickens. Pip e Estella vêm de classes sociais diferentes e receberam educações distintas que moldaram suas perspectivas de vida de forma paralela. O documento busca explorar como Dickens critica as condições da sociedade vitoriana e o tratamento dado às crianças por meio destes personagens.
1) O documento discute os primeiros personagens infantis dos quadrinhos brasileiros, criados por J. Carlos para o jornal O Tico-Tico no início do século XX, incluindo Juquinha, Jujuba e Lamparina.
2) Apesar de parecer uma cópia de Buster Brown, Juquinha é apresentado como um personagem genuinamente brasileiro com características próprias.
3) O documento argumenta que Juquinha foi a primeira tentativa bem-sucedida de criar um personagem infantil brasileiro original nos quadrin
Somos feitos de tempo linha do tempo sobre educacao de 1500Lucimara Foloni
1. A educação no Brasil teve origem com os jesuítas em 1549, que ensinavam os indígenas a ler, escrever e falar português e espanhol.
2. Ao longo dos séculos, a educação brasileira foi influenciada pelo poder político e religioso, com a criação de escolas pela coroa portuguesa e Igreja Católica.
3. A história da educação brasileira é marcada por avanços como a universalização da escola pública e também por desafios como crianças
Artigo trabalho infantil na era vitoriana Marta Matos
Este documento discute as condições de trabalho infantil na era vitoriana na Inglaterra do século XIX, com base no romance Grandes Esperanças de Charles Dickens. A Revolução Industrial trouxe mudanças drásticas nas condições de vida dos trabalhadores, incluindo longas jornadas de trabalho e vida em cortiços superlotados e insalubres. O personagem Pip representa a difícil vida dos operários da época.
O documento descreve a fundação da Escola Dominical (EBD) em 1780 na Inglaterra por Robert Raikes como uma forma de educar crianças pobres e retirá-las das ruas. O movimento da EBD se espalhou rapidamente e revolucionou a educação religiosa.
Artigo trabalho infantil na era vitoriana Marta Matos
O documento discute as condições de vida e trabalho infantil na era vitoriana na Inglaterra do século XIX, com base na obra Grandes Esperanças de Charles Dickens. A era foi marcada por grandes contrastes sociais resultantes da Revolução Industrial, que levou à superlotação das cidades e à formação de favelas. Crianças pobres eram obrigadas a trabalhar em condições perigosas por longas jornadas e baixos salários para ajudar as famílias a sobreviver.
Este documento analisa a educação recebida pelos personagens Estella e Pip na obra Grandes Esperanças de Charles Dickens. Pip e Estella vêm de classes sociais diferentes e receberam educações distintas que moldaram suas perspectivas de vida de forma paralela. O documento busca explorar como Dickens critica as condições da sociedade vitoriana e o tratamento dado às crianças por meio destes personagens.
1) O documento discute os primeiros personagens infantis dos quadrinhos brasileiros, criados por J. Carlos para o jornal O Tico-Tico no início do século XX, incluindo Juquinha, Jujuba e Lamparina.
2) Apesar de parecer uma cópia de Buster Brown, Juquinha é apresentado como um personagem genuinamente brasileiro com características próprias.
3) O documento argumenta que Juquinha foi a primeira tentativa bem-sucedida de criar um personagem infantil brasileiro original nos quadrin
Somos feitos de tempo linha do tempo sobre educacao de 1500Lucimara Foloni
1. A educação no Brasil teve origem com os jesuítas em 1549, que ensinavam os indígenas a ler, escrever e falar português e espanhol.
2. Ao longo dos séculos, a educação brasileira foi influenciada pelo poder político e religioso, com a criação de escolas pela coroa portuguesa e Igreja Católica.
3. A história da educação brasileira é marcada por avanços como a universalização da escola pública e também por desafios como crianças
Artigo trabalho infantil na era vitoriana Marta Matos
Este documento discute as condições de trabalho infantil na era vitoriana na Inglaterra do século XIX, com base no romance Grandes Esperanças de Charles Dickens. A Revolução Industrial trouxe mudanças drásticas nas condições de vida dos trabalhadores, incluindo longas jornadas de trabalho e vida em cortiços superlotados e insalubres. O personagem Pip representa a difícil vida dos operários da época.
O documento descreve a fundação da Escola Dominical (EBD) em 1780 na Inglaterra por Robert Raikes como uma forma de educar crianças pobres e retirá-las das ruas. O movimento da EBD se espalhou rapidamente e revolucionou a educação religiosa.
Mudança e transformação social no brasilIlza Brito
O documento discute várias questões relacionadas à mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários pensadores brasileiros defendem que as mudanças precisam ocorrer de forma ordenada para preservar a essência do sistema e a sociedade, mas que intelectuais desvinculados do tradicionalismo são essenciais para promover mudanças. As famílias e escolas também passaram por transformações importantes nas últimas déc
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute várias questões relacionadas à mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários pensadores brasileiros defendem mudanças graduais e dentro da ordem para promover o progresso social. As famílias e escolas também passaram por transformações significativas nas últimas décadas.
Mudança e transformação social no brasilIlza Brito
O documento discute a questão da mudança social no Brasil ao longo da história, mencionando pensadores e ideias sobre como evitar mudanças radicais e promover reformas graduais. Também aborda temas como a independência, a escravidão, a ditadura militar, e como a família, escola e mercado de trabalho têm mudado nos últimos anos.
O documento descreve a evolução do papel da mulher e da família na sociedade ao longo do tempo, desde a antiguidade até os dias atuais. Originalmente, as mulheres tinham papéis submissos e dependentes, enquanto os homens eram os provedores e chefes da família. Ao longo dos séculos, as mulheres conquistaram mais direitos e independência, passando a ter carreiras e dividir as responsabilidades familiares com os maridos. Hoje em dia há mais igualdade de gênero, porém ainda existem diferenças
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute várias questões relacionadas à mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários pensadores brasileiros defendem mudanças graduais e dentro da ordem para promover o progresso social. As famílias e escolas também passaram por transformações significativas nas últimas décadas.
O documento discute as condições de vida e trabalho na era vitoriana na Inglaterra, com foco no trabalho infantil. Analisa a obra Grandes Esperanças de Charles Dickens, especialmente a história do personagem Pip, que ilustra as dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora, como longas jornadas, salários baixos e moradia precária.
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute questões sobre mudança social no Brasil, incluindo a independência, revoluções, e como evitar mudanças radicais. Debate o papel dos intelectuais em promover mudanças e como a escola e as famílias têm mudado nos últimos anos.
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute questões sobre mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários trechos destacam a importância de se fazer mudanças de forma ordenada para construir uma sociedade mais solidária.
SAL & OURO, RODAS & BANDAS, AGRO-ENERGIA E BIOPODER CAMPONÊS, por Sebastião Pinheiro
Conferência proferida em Cualtla, México, 1999.
Edição e atualização Oliver Naves Blanco
Brigada Pedagógica Matéria Viva, São Paulo.
O trabalho é essencial para a sociedade e sempre existirá. Ao longo da história, o conceito e organização do trabalho variou de acordo com cada época: na Antiguidade era feito por escravos, na Idade Média por servos, e só na Idade Moderna começou a emergir a noção de "emprego" com a Revolução Industrial.
1. O documento aborda a história da educação infantil no Brasil, desde o final do século XIX até o início do século XX. Nesse período, intelectuais começaram a perceber a importância de preservar a infância, promovendo debates sobre higiene, educação e legislação infantil.
2. As crianças pobres eram exploradas no trabalho em fábricas e oficinas, sem condições adequadas. Propostas visavam modificar esse contexto, porém a educação de qualidade era negada aos p
O documento descreve a evolução do sistema educacional brasileiro desde o período colonial até meados do século XX. A educação foi negligenciada pelos portugueses durante a colonização e beneficiava apenas a elite. No Império, as províncias tinham responsabilidade pelo ensino, mas faltavam escolas e professores. Na República, o positivismo influenciou a educação, mas a maioria da população permaneceu analfabeta. Reformas educacionais ocorreram nas décadas seguintes, porém desafios como a falta de investimento e a
O documento discute a reconstrução e desconstrução da identidade feminina ao longo do tempo. Aborda como os avanços científicos e tecnológicos permitiram às mulheres saírem mais do ambiente doméstico e participarem mais na sociedade e economia. Também analisa como os eletrodomésticos reduziram o trabalho doméstico mas ainda são vistos predominantemente como tarefa feminina. Conclui que os papéis de gênero ainda precisam evoluir para uma visão mais igualitária.
- Ao longo da história, a educação infantil evoluiu de uma visão da criança como pequeno adulto para o centro do processo educacional com enfoque no desenvolvimento integral da criança.
- Marcos importantes incluem a Revolução Francesa, o advento da Escola Nova, a Constituição de 1988 e a LDB de 1996 que inseriu a educação infantil na educação básica.
- No Brasil, as diferentes sociedades (indígenas, escravidão, ditadura militar) influenciaram como as crianças eram vistas
1) No início do século XX, as primeiras creches brasileiras surgiram com caráter assistencial para cuidar dos filhos das mulheres operárias, porém não havia uma política pública de creches.
2) Nas décadas de 1960 e 1970, as creches eram vistas como locais de "educação compensatória" para corrigir a "privação cultural" das crianças pobres, mantendo o caráter assistencial.
3) A partir da década de 1980, influenciado pelo movimento feminista, a creche passou a ser vista como um
O documento discute a reconstrução e desconstrução da identidade feminina. Aborda como os avanços científicos e tecnológicos permitiram às mulheres saírem do lar e participarem na força de trabalho. Também analisa como os eletrodomésticos, apesar de trazerem mais tempo livre, ainda são vistos como responsabilidade feminina e não igualitária entre os sexos. Conclui que a sociedade está em mudança para uma maior igualdade de gênero.
A face oculta da escola de Mariano F. EnguitaSilvia Cota
O documento resume como o trabalho foi transformado pelo capitalismo industrial no final do século XVIII e início do século XIX. O trabalho passou de uma atividade controlada pelo trabalhador para uma atividade controlada por empregadores, com trabalhadores dependentes de salários. A escola também foi transformada para socializar as crianças para este novo tipo de trabalho assalariado, ensinando obediência e docilidade para se adequar às necessidades da indústria.
O documento descreve um encontro sobre a construção sociocultural da infância no Brasil que inclui a exibição e discussão do filme "A Invenção da Infância". O filme mostra como a noção de infância varia entre classes sociais no Brasil, retratando crianças que trabalham em canaviais e pedreiras contrastando com as atividades extracurriculares de crianças de classe média.
1) O documento discute as relações entre educação e trabalho ao longo da história, desde as origens humanas até a sociedade capitalista moderna;
2) Na antiguidade e idade média, a educação da classe dominante ocorria por meio da escola enquanto a maioria se educava pelo trabalho;
3) Na sociedade capitalista, a educação generalizada se torna necessária devido à urbanização e industrialização da produção.
Em um mundo cada vez mais digital, a segurança da informação tornou-se essencial para proteger dados pessoais e empresariais contra ameaças cibernéticas. Nesta apresentação, abordaremos os principais conceitos e práticas de segurança digital, incluindo o reconhecimento de ameaças comuns, como malware e phishing, e a implementação de medidas de proteção e mitigação para vazamento de senhas.
Mudança e transformação social no brasilIlza Brito
O documento discute várias questões relacionadas à mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários pensadores brasileiros defendem que as mudanças precisam ocorrer de forma ordenada para preservar a essência do sistema e a sociedade, mas que intelectuais desvinculados do tradicionalismo são essenciais para promover mudanças. As famílias e escolas também passaram por transformações importantes nas últimas déc
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute várias questões relacionadas à mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários pensadores brasileiros defendem mudanças graduais e dentro da ordem para promover o progresso social. As famílias e escolas também passaram por transformações significativas nas últimas décadas.
Mudança e transformação social no brasilIlza Brito
O documento discute a questão da mudança social no Brasil ao longo da história, mencionando pensadores e ideias sobre como evitar mudanças radicais e promover reformas graduais. Também aborda temas como a independência, a escravidão, a ditadura militar, e como a família, escola e mercado de trabalho têm mudado nos últimos anos.
O documento descreve a evolução do papel da mulher e da família na sociedade ao longo do tempo, desde a antiguidade até os dias atuais. Originalmente, as mulheres tinham papéis submissos e dependentes, enquanto os homens eram os provedores e chefes da família. Ao longo dos séculos, as mulheres conquistaram mais direitos e independência, passando a ter carreiras e dividir as responsabilidades familiares com os maridos. Hoje em dia há mais igualdade de gênero, porém ainda existem diferenças
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute várias questões relacionadas à mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários pensadores brasileiros defendem mudanças graduais e dentro da ordem para promover o progresso social. As famílias e escolas também passaram por transformações significativas nas últimas décadas.
O documento discute as condições de vida e trabalho na era vitoriana na Inglaterra, com foco no trabalho infantil. Analisa a obra Grandes Esperanças de Charles Dickens, especialmente a história do personagem Pip, que ilustra as dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora, como longas jornadas, salários baixos e moradia precária.
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute questões sobre mudança social no Brasil, incluindo a independência, revoluções, e como evitar mudanças radicais. Debate o papel dos intelectuais em promover mudanças e como a escola e as famílias têm mudado nos últimos anos.
Mudança e Transformação Social no BrasilIlza Brito
O documento discute questões sobre mudança social no Brasil ao longo da história, incluindo a independência, revoluções, papel dos intelectuais e como evitar mudanças radicais. Vários trechos destacam a importância de se fazer mudanças de forma ordenada para construir uma sociedade mais solidária.
SAL & OURO, RODAS & BANDAS, AGRO-ENERGIA E BIOPODER CAMPONÊS, por Sebastião Pinheiro
Conferência proferida em Cualtla, México, 1999.
Edição e atualização Oliver Naves Blanco
Brigada Pedagógica Matéria Viva, São Paulo.
O trabalho é essencial para a sociedade e sempre existirá. Ao longo da história, o conceito e organização do trabalho variou de acordo com cada época: na Antiguidade era feito por escravos, na Idade Média por servos, e só na Idade Moderna começou a emergir a noção de "emprego" com a Revolução Industrial.
1. O documento aborda a história da educação infantil no Brasil, desde o final do século XIX até o início do século XX. Nesse período, intelectuais começaram a perceber a importância de preservar a infância, promovendo debates sobre higiene, educação e legislação infantil.
2. As crianças pobres eram exploradas no trabalho em fábricas e oficinas, sem condições adequadas. Propostas visavam modificar esse contexto, porém a educação de qualidade era negada aos p
O documento descreve a evolução do sistema educacional brasileiro desde o período colonial até meados do século XX. A educação foi negligenciada pelos portugueses durante a colonização e beneficiava apenas a elite. No Império, as províncias tinham responsabilidade pelo ensino, mas faltavam escolas e professores. Na República, o positivismo influenciou a educação, mas a maioria da população permaneceu analfabeta. Reformas educacionais ocorreram nas décadas seguintes, porém desafios como a falta de investimento e a
O documento discute a reconstrução e desconstrução da identidade feminina ao longo do tempo. Aborda como os avanços científicos e tecnológicos permitiram às mulheres saírem mais do ambiente doméstico e participarem mais na sociedade e economia. Também analisa como os eletrodomésticos reduziram o trabalho doméstico mas ainda são vistos predominantemente como tarefa feminina. Conclui que os papéis de gênero ainda precisam evoluir para uma visão mais igualitária.
- Ao longo da história, a educação infantil evoluiu de uma visão da criança como pequeno adulto para o centro do processo educacional com enfoque no desenvolvimento integral da criança.
- Marcos importantes incluem a Revolução Francesa, o advento da Escola Nova, a Constituição de 1988 e a LDB de 1996 que inseriu a educação infantil na educação básica.
- No Brasil, as diferentes sociedades (indígenas, escravidão, ditadura militar) influenciaram como as crianças eram vistas
1) No início do século XX, as primeiras creches brasileiras surgiram com caráter assistencial para cuidar dos filhos das mulheres operárias, porém não havia uma política pública de creches.
2) Nas décadas de 1960 e 1970, as creches eram vistas como locais de "educação compensatória" para corrigir a "privação cultural" das crianças pobres, mantendo o caráter assistencial.
3) A partir da década de 1980, influenciado pelo movimento feminista, a creche passou a ser vista como um
O documento discute a reconstrução e desconstrução da identidade feminina. Aborda como os avanços científicos e tecnológicos permitiram às mulheres saírem do lar e participarem na força de trabalho. Também analisa como os eletrodomésticos, apesar de trazerem mais tempo livre, ainda são vistos como responsabilidade feminina e não igualitária entre os sexos. Conclui que a sociedade está em mudança para uma maior igualdade de gênero.
A face oculta da escola de Mariano F. EnguitaSilvia Cota
O documento resume como o trabalho foi transformado pelo capitalismo industrial no final do século XVIII e início do século XIX. O trabalho passou de uma atividade controlada pelo trabalhador para uma atividade controlada por empregadores, com trabalhadores dependentes de salários. A escola também foi transformada para socializar as crianças para este novo tipo de trabalho assalariado, ensinando obediência e docilidade para se adequar às necessidades da indústria.
O documento descreve um encontro sobre a construção sociocultural da infância no Brasil que inclui a exibição e discussão do filme "A Invenção da Infância". O filme mostra como a noção de infância varia entre classes sociais no Brasil, retratando crianças que trabalham em canaviais e pedreiras contrastando com as atividades extracurriculares de crianças de classe média.
1) O documento discute as relações entre educação e trabalho ao longo da história, desde as origens humanas até a sociedade capitalista moderna;
2) Na antiguidade e idade média, a educação da classe dominante ocorria por meio da escola enquanto a maioria se educava pelo trabalho;
3) Na sociedade capitalista, a educação generalizada se torna necessária devido à urbanização e industrialização da produção.
Em um mundo cada vez mais digital, a segurança da informação tornou-se essencial para proteger dados pessoais e empresariais contra ameaças cibernéticas. Nesta apresentação, abordaremos os principais conceitos e práticas de segurança digital, incluindo o reconhecimento de ameaças comuns, como malware e phishing, e a implementação de medidas de proteção e mitigação para vazamento de senhas.
A linguagem C# aproveita conceitos de muitas outras linguagens,
mas especialmente de C++ e Java. Sua sintaxe é relativamente fácil, o que
diminui o tempo de aprendizado. Todos os programas desenvolvidos devem
ser compilados, gerando um arquivo com a extensão DLL ou EXE. Isso torna a
execução dos programas mais rápida se comparados com as linguagens de
script (VBScript , JavaScript) que atualmente utilizamos na internet
As classes de modelagem podem ser comparadas a moldes ou
formas que definem as características e os comportamentos dos
objetos criados a partir delas. Vale traçar um paralelo com o projeto de
um automóvel. Os engenheiros definem as medidas, a quantidade de
portas, a potência do motor, a localização do estepe, dentre outras
descrições necessárias para a fabricação de um veículo
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...Faga1939
Este artigo tem por objetivo apresentar como ocorreu a evolução do consumo e da produção de energia desde a pré-história até os tempos atuais, bem como propor o futuro da energia requerido para o mundo. Da pré-história até o século XVIII predominou o uso de fontes renováveis de energia como a madeira, o vento e a energia hidráulica. Do século XVIII até a era contemporânea, os combustíveis fósseis predominaram com o carvão e o petróleo, mas seu uso chegará ao fim provavelmente a partir do século XXI para evitar a mudança climática catastrófica global resultante de sua utilização ao emitir gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. Com o fim da era dos combustíveis fósseis virá a era das fontes renováveis de energia quando prevalecerá a utilização da energia hidrelétrica, energia solar, energia eólica, energia das marés, energia das ondas, energia geotérmica, energia da biomassa e energia do hidrogênio. Não existem dúvidas de que as atividades humanas sobre a Terra provocam alterações no meio ambiente em que vivemos. Muitos destes impactos ambientais são provenientes da geração, manuseio e uso da energia com o uso de combustíveis fósseis. A principal razão para a existência desses impactos ambientais reside no fato de que o consumo mundial de energia primária proveniente de fontes não renováveis (petróleo, carvão, gás natural e nuclear) corresponde a aproximadamente 88% do total, cabendo apenas 12% às fontes renováveis. Independentemente das várias soluções que venham a ser adotadas para eliminar ou mitigar as causas do efeito estufa, a mais importante ação é, sem dúvidas, a adoção de medidas que contribuam para a eliminação ou redução do consumo de combustíveis fósseis na produção de energia, bem como para seu uso mais eficiente nos transportes, na indústria, na agropecuária e nas cidades (residências e comércio), haja vista que o uso e a produção de energia são responsáveis por 57% dos gases de estufa emitidos pela atividade humana. Neste sentido, é imprescindível a implantação de um sistema de energia sustentável no mundo. Em um sistema de energia sustentável, a matriz energética mundial só deveria contar com fontes de energia limpa e renováveis (hidroelétrica, solar, eólica, hidrogênio, geotérmica, das marés, das ondas e biomassa), não devendo contar, portanto, com o uso dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural).
1. A INFÂNCIA NA ERA VITORIANA: UM PARALELO ENTRE A
EDUCAÇÃO RECEBIDA PELOS PERSONAGENS ESTELLA E PIP
NA OBRA GRANDES ESPERANÇAS DE CHARLES DICKENS
Marta Maria de Sousa Matos1
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo analisar o conceito de infância na era vitoriana. Para
tal, tomaremos como base a educação recebida pelos personagens Estella e Pip da obra
Grandes Esperanças de Charles Dickens. Pip e Estella são de classes sociais diferentes,
órfãs, educadas por terceiros, com perspectivas de vida completamente paralelas uma da
outra. Busca-se com este trabalho analisar como o autor Charles Dickens faz uso da arte
literária para expressar sua opinião sobre as condições de vida da sociedade vitoriana,
colocando em evidência como a criança era tratada, destacando o descaso sofrido por eles
na infância, e o que isto poderia acarretar para vida adulta. A qualidade de vida das crianças
na sociedade vitoriana dependia diretamente da classe social que sua família ocupava. Caso
fosse rica, a criança seria educada, usaria boas roupas, receberia boa alimentação e ainda
teria direito a um banho diário. No entanto, se fosse de família pobre, a criança seria
submetida a 16 horas de trabalho semanais, não teria uma alimentação adequada e ainda
seria privada de condições básicas de higiene, como banhar-se diariamente.
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Era Vitoriana. Grandes Esperanças.
1. INTRODUÇÃO
A era vitoriana foi uma época de fortes contrastes sociais. Foi assim
denominada devido a Rainha Vitória. Segundo MENDES (1983) foi uma
“época de grandes e profundas manifestações, de ordem material e
espiritual. Não apenas uma época de expansão política do Império
Britânico, mas de progresso real em todos os setores da vida inglesa,
inclusive no literário” (p. 08).
Mendes destaca em seu texto a importância do papel desempenhado
_____________________
1Acadêmica do 5º período do Curso de Letras LI ad Universidade Estadual
Vale do Acaraú – UVA.
2. pelos escritores da época, por retratarem as condições da sociedade, as
transformações em todas as áreas, economia, política, literatura, religião.
Segundo Mendes,
“Politicamente, grandes reformas se processam, dando força à
classe dos grandes industriais e manufatureiros, enriquecidos
com as guerras napoleônicas, a vitória eleitoral dos liberais
facilitou essas reformas, alimentadas todas do espírito de
Jeremias Bentham. Algumas delas, como a admissão de judeus
no Parlamento, a liberdade de comércio, os direitos de dispor
da propriedade, a lei divorcista de 1857 e a lei sobre os pobres
operaram profundas modificações de caráter social, com a
melhoria das condições de vida dos operários.” (p. 08).
Mendes atribui todas essas transformações na vida social inglesa à
Revolução Industrial, “quando a utilização da máquina veio trazer
modificações externas e intensas às condições de trabalho e de vida dos
operários” (p. 09).
A partir da Revolução Industrial o volume de produção aumentou
extraordinariamente. A produção de bens deixou de ser artesanal e passou a
ser maquinofaturada. As populações passaram a ter acesso a bens
industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de
trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que
vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário, que muitas vezes
não era suficiente para saciar as necessidades mais básicas.
Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido
crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre
lento, e após, a renda per capita e a população começaram a crescer de
forma acelerada nunca antes vista na história. A Revolução Industrial alterou
completamente a maneira de viver das populações dos países que se
industrializaram.
Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande
país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades,
as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e
_____________________
1Acadêmica do 5º período do Curso de Letras LI ad Universidade Estadual
Vale do Acaraú – UVA.
3. desconfortáveis. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas as
condições de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha.
Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando
riachos nas ruas esburacadas.
O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês.
A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada
instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas
modas1.
Neste contexto, o trabalho infantil passou a ser muito requisitado nas
fábricas, indústrias e minas, por se tratar de mão de obra barata e acessível,
além do fato de que as crianças não reclamavam seus direitos, como o
salário baixíssimo que recebiam por arriscarem suas vidas entre máquinas,
recuperando peças, ou rastejarem-se nas minas, abrindo caminho para os
mineiros. Assim, o trabalho infantil passou a ser um negócio lucrativo para
os empresários.
2. A INFÂNCIA NA ERA VITORIANA
O conceito de infância começou a mudar durante o século 19 e até o
final da era vitoriana a esfera da "infância" foi vista pela classe média como
completamente distinta do mundo adulto. Gerações anteriores foram
expostas às dificuldades e responsabilidades da vida adulta, mas uma nova
mudança de atitude criou uma expectativa de que a vida de uma criança
deveria ser de inocência e de dependência.
Esta mudança de atitude foi, em parte, devido à industrialização e à
urbanização da Inglaterra. Crianças que haviam trabalhado na terra em
pequenas comunidades eram, cada vez mais, empregadas em fábricas como
seus pais. O trabalho e as condições de vida das classes trabalhadoras
cresceram cada vez e tornaram-se mais duras. Mesmo com atos de reforma
social no século 19 que tentavam melhorar a vida dos trabalhadores pobres,
_____________________
1Acadêmica do 5º período do Curso de Letras LI ad Universidade Estadual
Vale do Acaraú – UVA.
4. as mudanças ocorriam bem lentamente e sem oferecer melhorias prévias ou
constantes.
Os Reformadores afirmavam que as condições de vida de muitas
crianças da classe trabalhadora eram inaceitáveis. Eles defendiam que
crianças deveriam ser protegidas contra danos físicos, a corrupção moral, as
responsabilidades da vida adulta e que toda criança deveria ter uma infância.
Então foram criados orfanatos para cuidar das crianças retiradas dos pais ou
daquelas que foram abandonadas ou ficaram órfãs. Todas as religiões da
sociedade vitoriana estavam envolvidas ativamente nesse processo,
incluindo os protestantes2.
3. O CONCEITO DE INFÂNCIA NA OBRA GRANDES
ESPERANÇAS
Podemos perceber durante toda a obra como Dickens usa seus
personagens para expressar sua própria opinião a respeito da sociedade
vitoriana e como as crianças eram tratadas na época. O personagem Pip era
tratado por seus familiares como um peso, ele deveria logo começar a
trabalhar e deixar de ser um desconforto na vida da irmã. Porém, Joe,
cunhado de Pip, o tratava de forma diferente. Joe achava que Pip deveria
trabalhar, mas respeitava a infância do garoto, incentiva os estudos, e
considerava o trabalho como uma forma de tornar Pip digno, com caráter e
reconhecido perante a sociedade.
Já para Mr. Pumblechook era dever de Pip trabalhar para ajudar a sua
família. Vemos então que Mr. Pumblechook era a representação do
pensamento da sociedade vitoriana, que considerava que a criança poderia
deixar a escola e ir trabalhar nas fábricas, auxiliando na renda da família.
No entanto, o conceito de infância de Pip e Estella é bastante
distinto. Estella, além de ser mulher, que já é por si um grande contraste
_____________________
1Acadêmica do 5º período do Curso de Letras LI ad Universidade Estadual
Vale do Acaraú – UVA.
5. para a época, foi educada por uma senhora que possuía dinheiro. Portanto,
Estella teve a oportunidade de estudar, usar boas roupas, alimentar-se
adequadamente, ou seja, recebeu uma educação totalmente diferente da que
Pip recebera. Este foi educado para tornar-se um ferreiro e nada mais além
disso.
Os propósitos para os quais Pip e Estella foram criados também
diferem. Como já foi citado anteriormente, Pip fora educado para tornar-se
um ferreiro. Já Estella foi educada para seduzir o sexo masculino e depois
desprezá-los, isso porque sua mãe adotiva, Miss Havisham, fora magoada na
juventude por um rapaz que a abandonou no altar. “Escuta, Pip, eu a adotei
para que seja amada. Eu a criei, a eduquei, para ser amada. Eu fiz dela o
que ela se tornou, para que seja amada. Ama-a!” (p. 270. Cap. 29).
Miss Havisham educou Estella para partir todos os corações
masculinos, e saciar a sede de vingança da velha senhora. “Parta-lhes o
coração, meu orgulho, minha esperança, parta-lhes o coração sem
piedade!” (p. 119. Cap. 13). A velha senhora ainda explica a Pip o motivo de
ter educado Estella para esse propósito.
“Mas conforme ela crescia, prometendo ser uma linda moça, eu, aos
poucos, aumentei o mal. E com meus elogios, minhas jóias, com meus
ensinamentos, e com minha figura sempre a servir de alerta para que
ela seguisse as lições, tirei o coração dela e o substitui por um pedaço
de gelo […] Teria sido melhor tê-la deixado com seu coração, mesmo
que esse coração, depois, viesse a se magoar, a se partir.” (p. 434. Cap.
49)
5. A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES FAMILIARES SOBRE A
FORMAÇÃO DO CARÁTER DO INDIVÍDUO
A relação entre Pip e sua irmã não era harmoniosa, muito menos
amorosa. Desde os primeiros anos de vida, o personagem foi humilhado,
maltratado, e privado da sua infância. Mrs. Joe dizia que brincar era para
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6. garotos desocupados. E sempre que tinha oportunidade fazia questão de
dizer a Pip o quanto ele era um desconforto para a vida dela. “Mas qualquer
dia destes eu te abandonarei; eu, sim, que não sou tua mãe, mas que depois
que vieste ao mundo, nunca mais pude tirar este avental” (Cap. 02, p. 22).
Pip sente na vida adulta a influência dos maus tratos sofridos pela
irmã. Por vezes ele relata o desconforto que sentia ao lembrar-se dos
momentos passados ao lado dela.
“A forma como minha irmã me educou tornou-me
demasiadamente sensível. No mundinho em que as crianças
vivem, não importa quem as eduque, não há nada que seja mais
percebido e sentido tão claramente quanto a injustiça. É verdade
que é apenas uma injustiça pequena aquela a que uma criança
pode ser exposta; mas ela é pequena, o mundo dela é pequeno, e
o pequeno cavalo de brinquedo parece, para ela, se erguer muito
alto, como um enorme caçador irlandês. Dentro de mim eu havia
suportado, desde a mais tenra idade, um perpétuo conflito com a
injustiça. Sempre soube, que minha irmã, era injusta comigo. .me
criar sozinha não dava a ela o direto de viver me maltratando.
Através de castigos, humilhações, jejuns, vigílias, e outras
formas de penitências, eu nutri essa convicção. E tudo isso, de
um modo solitário e desprotegido, resultou, em eu ser
moralmente tímido e muito sensível”. (P. 84. Cap. 08)
Já a relação entre Estella e Miss Havisham era aparentemente
carinhosa. Estella demonstrava respeito e agradecimento por ter sido
educada pela velha senhora. No entanto, em certos momentos da obra o
leitor percebe certa manifestação de desconforto por parte de Estella devido
as cobranças da mãe adotiva em relação aos planos de vingança contra o
sexo masculino. A própria Miss Havisham percebe o novo comportamento
de Estella. “Pareces feita de pedra! Como teu coração é frio!” (P. 336. Cap.
38).
Estella era muito submissa à Miss Havisham, porém, o leitor
surpreende-se em alguns momentos, pois Estella diz pela primeira vez como
se sente diante de todo o plano de vingança de sua mãe adotiva.
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7. “A senhora deve saber se sou ou não sou. Sou o que a senhora
me fez. Se todos os méritos são seus, a culpa também é; se
todos os sucessos são seus, os fracassos também são. Em uma
palavra, eu sou isso. […] Todavia, não participei deste
contrato, porque quando ele foi acertado eu mal sabia andar e
falar. Mas e a senhora? O que a senhora ofereceu? A senhora
tem sido muito generosa comigo e devo tudo à senhora, mas o
que a senhora ofereceu?” (P. 336. Cap. 38,).
Miss Havisham é vista com alguém que não é capaz de sentir amor.
Estella é muito grata à sua mãe adotiva, mas tem consciência que não pode
cobrar dela algo que a velha senhora é incapaz de dar. Percebe-se então a
crítica entrelinhas de Dickens a sociedade vitoriana e o quanto as relações
familiares influenciam na vida do indivíduo. Estella fora educada sem
relações dessa natureza, então ela será incapaz de demonstrar algo que não
aprendeu. Estella deixa isso bem claro para Miss Havisham, “a senhora me
pede para dar-lhe o que jamais me deu, meu dever e gratidão não
conseguirão realizar coisas impossíveis”. (P. 336. Cap. 38,).
Miss Havisham acredita e quer provar a Pip e Estella que fez tudo
com boas intenções e educou Estella com todo amor que podia oferecer. “e
provar que eu não sou de pedra. Mas talvez não seja capaz de acreditar que
exista algo de humano em meu coração, não é?” (P. 430. Cap. 49,). No
entanto, a própria Miss Havisham sabe que as pessoas próximas a ela
duvidam que exista algo de humano em suas atitudes.
Estella não é ingrata e sente-se muito agradecida pela oportunidade
que recebeu de ter sido educada por Miss Havisham.
“Minha mãe adotiva, eu já disse que devo tudo à senhora. Tudo
o que tenho é seu, de livre e espontânea vontade. Tudo o que a
senhora me deu, basta que a senhora ordene e terá de volta.
Além disso, não tenho mais nada”. (P. 336. Cap. 38,).
O leitor é instigado por Dickens a se perguntar o quanto as relações
familiares podem influenciar na construção do caráter do indivíduo. Estella
é fruto da educação que recebeu de Miss Havisham e tem consciência disso.
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8. Ela sabe que não pode sentir aquilo que nunca ninguém sentiu por ela. Que
não pode fazer ações para as quais não fora educada, como por exemplo,
amar.
“Ou então, o que é mais próximo do nosso caso, se a senhora
tivesse ensinado a menina, desde o momento em que ela
desabrochou para a inteligência, com toda força e energia, que
existia uma coisa chamada dia, mas que essa coisa seria
inimiga dela, que a destruiria e, portanto, deveria ser
combatida, visto que havia prejudicado a senhora, e
consequentemente a prejudicaria; se a senhora tivesse agido
assim, e depois, por um motivo qualquer, quisesse levá-la, com
naturalidade, para a luz do dia, e ela não suportasse essa luz, a
senhora se decepcionaria ou se zangaria?” (P. 338. Cap. 39).
O personagem Pip foi educado em um contexto social bem oposto de
Estella, mesmo que ambos tenham a mesma sociedade vitoriana como pano
de fundo. Os exemplos acessíveis à Pip eram Joe, um ferreiro, que não teve
oportunidade de estudar e sua Irmã, que o educou na base da agressão física.
Portanto, Pip não poderia tornar-se um gentleman convivendo nesse meio,
ele só poderia ser o que lhe fora ensinado.
“Naquele tempo, eu ainda não havia tido nenhum convívio com
o mundo e não imitava o exemplo de nenhum de seus muitos
habitantes que agiam dessa maneira. Inteiramente um gênio
autodidata, eu fizera a descoberta de linha de ação por mim
mesmo” (P. 62. Cap. 06).
Joe teve muita influência na formação do caráter de Pip. Ele era a
visão de pai para o menino. O conceito de homem honesto e bom que Pip
deveria seguir.
“É a Joe que deve ser atribuído todo o mérito por eu ter
persistido. Não foi porque eu tivesse um forte senso virtuoso da
indústria, mas porque Joe o tinha, que trabalhei com um certo
zelo, embora a contragosto. É impossível saber o quanto a
influência de um homem amável, franco e cumpridor dos
deveres pode mover o mundo, porém é possível saber o quanto
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9. ela, ao passar, toca o íntimo das pessoas. E sei muito bem que,
o que de bom veio se misturar com o meu aprendizado com
Joe, veio do contentamento e da pureza de Joe, e não das
minhas inquietas aspirações e insatisfações. (P. 132. Cap. 14).
Quando Pip teve a oportunidade de conviver com Miss Havisham e
Estella, passa a sentir vergonha de Joe, mesmo ainda o considerando um
amigo fiel. “Desejei que Joe tivesse sido educado de um modo mais
cultivado, pois, assim, eu também o teria sido” (P. 84. Cap. 08). Vemos
então o quanto o meio transforma o indivíduo. Caso Pip nunca tivesse
conhecido Miss Havisham e Estella, ele jamais teria mudado seu conceito e
se tornaria um simples ferreiro, honesto e bondoso, assim como Joe.
O próprio Pip se mostra satisfeito com o destino que lhe é concedido,
ele aguarda ansioso para trabalhar como ferreiro, como se esse destino fosse
sua libertação dos maus-tratos que sofria de sua irmã. Pip relata “que a
ferraria era o caminho iluminado para a vida adulta e a independência” (P.
131. Cap. 14). Ressalta ainda que
“Quando tivesse idade suficiente, iria ser aprendiz de Joe, e até
que pudesse assumir tal distinção, não deveria ser aquilo que
Mrs. Joe chamava de mimado, ou (segundo minha
interpretação) 'mal-tratado’ (P. 64. Cap. 07).
Vemos então a influência da família na formação do indivíduo. A
irmã de Pip sempre empurra o menino ao trabalho, dizendo que ele era um
peso em sua vida. Joe também estimula Pip para trabalhar, pois isso sempre
fez parte da realidade do pobre cunhado de Pip. Mas a concepção de
trabalho para Joe é bem diferente da concepção de sua esposa. Joe considera
que o trabalho será a chave para a construção do caráter de Pip, de sua
dignidade e de sua formação de cidadão inglês.
Pip era apenas um garoto comum, e não tinha noção de como era
visto pela sociedade e por quais motivos era excluído por ela.
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10. “Assim, não era mais que o garoto da ferraria, e sempre que
algum vizinho quisesse um garoto para espantar passarinhos,
pegar pedras ou qualquer trabalho dessa espécie, eu era o
escolhido para o trabalho. A fim de que, contudo, nossa
'posição superior' não ficasse comprometida.” (P. 64. Cap. 07).
Pip não questiona os motivos pelos quais ele é obrigado a trabalhar
ainda criança, e porque ele não poderia estudar e brincar como os vizinhos
faziam. Somente ao conviver com Miss Havisham e Estella é que o garoto
se dá conta que é pobre, comum, e mal visto pela sociedade.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se com este estudo que a literatura é muito importante para
que se conheça o contexto social em que os escritores vivem e as bases das
quais eles fazem uso para criar suas obras e seus personagens. Ao lermos
Grandes Esperanças, somos levados a viajar até Londres do século XIX, e
ficamos envolvidos pelas incríveis transformações sociais ocasionadas pela
Revolução Industrial. O que mais nos chama atenção da época é o quanto a
criança era desprezada em algumas famílias e exaltadas em outras, grande
contraste social, que permanece até os dias atuais em algumas famílias. A
infância na era vitoriana seria feliz se a criança pertencesse a uma família
rica. Dickens critica a sociedade de forma excepcional, com tanta discrição
que o leitor não percebe logo no início. A literatura sempre nos mostra o
quanto são constantes as transformações sociais e o peso delas em nossas
vidas. O indivíduo está imerso em tanta sujeira, em tantas maravilhas, que
por vezes se perde e foge do seu caminho em meio ao deslumbramento ou a
tristeza. Grandes Esperanças é uma lição e nos prova que o meio é capaz de
transformar o indivíduo e que ninguém nasce tão bom que esteja ileso a
corrupção. Pip nos ensina a importância da amizade verdadeira e os perigos
enfrentados quando o assunto é poder, dinheiro e status social.
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11. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. DICKENS, Charles. Grandes Esperanças: texto integral / Charles
Dickens: tradução Daniel R. Lehman. São Paulo: Martin Claret, 2006.
Coleção a obra-prima de casa autor; 49. Série ouro.
2. MENDES, Oscar. 1983. “A era vitoriana”. In: Id. Estética literária
inglesa. São Paulo; Brasília: Itatiaia; INL, (Col. Ensaios, v.10), p. 8-17.
3. http://pt.wikipedia.org
4. http://web.uvic.ca/vv/student/orphans/childhood
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