O documento discute a crítica teológica à economia capitalista global. Primeiramente, define o que é a globalização e como ela está ligada à expansão do sistema capitalista. Em seguida, aponta que a globalização tende a espalhar a miséria ao redor do mundo devido às desigualdades e exclusões inerentes ao capitalismo. Por fim, apresenta dados que mostram a pobreza multidimensional afetando milhões de pessoas em diversos países.
1. O documento discute o conceito de comunidade na Educação Ambiental, analisando diferentes abordagens teóricas e o discurso da modernização. 2. A comunidade é vista como um espaço de identidade e pertencimento, não como localidade geográfica. 3. A modernidade levou à destruição das comunidades através do desenraizamento e individualismo, mas a comunidade continua sendo desejada como lugar seguro.
1. O documento apresenta a biografia e pensamento do cientista político Robert Cox sobre civilizações;
2. Cox define civilização como um ajuste entre condições materiais e significados compartilhados, destacando dimensões como noção de tempo/espaço, individualismo/comunitarismo e espiritualidade;
3. Cox discute questões atuais sobre desenvolvimento de civilizações, como contradições internas e influências externas.
O documento resume o capítulo 1 do livro "Renovar a Teoria Crítica e Reiventar a Emancipação Social" de Boaventura de Sousa Santos. O capítulo discute a "Sociologia das Ausências" e a "Sociologia das Emergências" como formas de entender racionalidades alternativas ignoradas. Propõe a "tradução" entre saberes como forma de ampliar nosso entendimento do mundo.
O documento discute a possibilidade de um desenvolvimento sustentável no capitalismo. Afirma que não é possível mudar completamente para um novo modo de produção, mas sim fazer uma inflexão no capitalismo atual, integrando valores como autonomia, solidariedade e responsabilidade ecológica. Defende uma abordagem reformista-radical para introduzir novas relações sociais que respeitem limites ecológicos, ao invés de uma ruptura completa com o sistema atual.
1) A globalização caracteriza-se por um processo de integração global que induz ao crescimento da interdependência entre as nações.
2) Esse fenômeno proporciona maior visibilidade à política interna dos países em um cenário global, com maior velocidade na interação social.
3) A globalização denota a escala crescente, a magnitude progressiva, a aceleração e o aprofundamento do impacto dos fluxos e padrões inter-regionais de interação social.
O documento discute a crise da modernidade e seus desdobramentos em diversas áreas como:
1) A família, com a revolução de gênero e o enfraquecimento do patriarcalismo;
2) A escola, com seu modelo cartesiano em crise e distante da realidade;
3) O estado, com a globalização questionando o estado-nação e privatizações enfraquecendo políticas públicas.
O documento discute as ideias do sociólogo Boaventura de Sousa Santos sobre a necessidade de uma nova abordagem para as ciências sociais que vá além das teorias desenvolvidas para as sociedades modernas do Norte. Ele argumenta que a maioria das sociedades têm características e formas próprias de conhecimento que precisam ser levadas em conta. O texto também resume brevemente as principais áreas de estudo de Santos e apresenta os conceitos de democracia liberal e participativa.
O documento discute as mudanças na política e na noção de democracia em tempos de grandes transformações tecnológicas e sociais. A técnica e a ciência trouxeram especialização, mas falta harmonia com a política. Novas formas de poder podem surgir das redes sociais, mas também há riscos para a democracia. É necessário repensar a democracia para que ela possa continuar criando direitos e questionando seus próprios princípios.
1. O documento discute o conceito de comunidade na Educação Ambiental, analisando diferentes abordagens teóricas e o discurso da modernização. 2. A comunidade é vista como um espaço de identidade e pertencimento, não como localidade geográfica. 3. A modernidade levou à destruição das comunidades através do desenraizamento e individualismo, mas a comunidade continua sendo desejada como lugar seguro.
1. O documento apresenta a biografia e pensamento do cientista político Robert Cox sobre civilizações;
2. Cox define civilização como um ajuste entre condições materiais e significados compartilhados, destacando dimensões como noção de tempo/espaço, individualismo/comunitarismo e espiritualidade;
3. Cox discute questões atuais sobre desenvolvimento de civilizações, como contradições internas e influências externas.
O documento resume o capítulo 1 do livro "Renovar a Teoria Crítica e Reiventar a Emancipação Social" de Boaventura de Sousa Santos. O capítulo discute a "Sociologia das Ausências" e a "Sociologia das Emergências" como formas de entender racionalidades alternativas ignoradas. Propõe a "tradução" entre saberes como forma de ampliar nosso entendimento do mundo.
O documento discute a possibilidade de um desenvolvimento sustentável no capitalismo. Afirma que não é possível mudar completamente para um novo modo de produção, mas sim fazer uma inflexão no capitalismo atual, integrando valores como autonomia, solidariedade e responsabilidade ecológica. Defende uma abordagem reformista-radical para introduzir novas relações sociais que respeitem limites ecológicos, ao invés de uma ruptura completa com o sistema atual.
1) A globalização caracteriza-se por um processo de integração global que induz ao crescimento da interdependência entre as nações.
2) Esse fenômeno proporciona maior visibilidade à política interna dos países em um cenário global, com maior velocidade na interação social.
3) A globalização denota a escala crescente, a magnitude progressiva, a aceleração e o aprofundamento do impacto dos fluxos e padrões inter-regionais de interação social.
O documento discute a crise da modernidade e seus desdobramentos em diversas áreas como:
1) A família, com a revolução de gênero e o enfraquecimento do patriarcalismo;
2) A escola, com seu modelo cartesiano em crise e distante da realidade;
3) O estado, com a globalização questionando o estado-nação e privatizações enfraquecendo políticas públicas.
O documento discute as ideias do sociólogo Boaventura de Sousa Santos sobre a necessidade de uma nova abordagem para as ciências sociais que vá além das teorias desenvolvidas para as sociedades modernas do Norte. Ele argumenta que a maioria das sociedades têm características e formas próprias de conhecimento que precisam ser levadas em conta. O texto também resume brevemente as principais áreas de estudo de Santos e apresenta os conceitos de democracia liberal e participativa.
O documento discute as mudanças na política e na noção de democracia em tempos de grandes transformações tecnológicas e sociais. A técnica e a ciência trouxeram especialização, mas falta harmonia com a política. Novas formas de poder podem surgir das redes sociais, mas também há riscos para a democracia. É necessário repensar a democracia para que ela possa continuar criando direitos e questionando seus próprios princípios.
1) O autor critica a "razão indolente" que subjaz ao conhecimento hegemônico ocidental e propõe uma "razão cosmopolita" como alternativa.
2) A "razão metonímica" é criticada por ver a totalidade como absoluta, ignorando a diversidade e as partes que a compõem.
3) Uma "sociologia das ausências" e uma "sociologia das emergências" são propostas para expandir o presente e valorizar experiências sociais alternativas.
Este documento discute as teorias do currículo no contexto da modernidade. Apresenta como as primeiras teorias do currículo foram influenciadas pela racionalidade científica e técnica da modernidade, levando a uma visão do currículo como um plano racional e objetivo (currículo-como-plano). Também discute como as visões pós-estruturalistas rejeitam a ideia de que o currículo pode ser descoberto objetivamente, vendo-o como uma construção social e cultural.
Escola Austríaca – do ponto de vista de Martín Krause – vídeo na InternetCarlos Nepomuceno (Nepô)
O documento resume os principais pontos da Escola Austríaca de Economia segundo a perspectiva de Martín Krause. A Escola Austríaca defende que o valor é subjetivo e depende das preferências individuais, e que apenas o livre mercado e a propriedade privada permitem que os sinais de preço guiem de forma espontânea a alocação de recursos na economia. Além disso, o socialismo é inviável segundo a Escola Austríaca pois não pode calcular economicamente sem os sinais de preço do mercado.
O documento discute a perda da confiança na política e na história como caminhos para a ausência de medo e sofrimento. Isso levou as pessoas a buscarem refúgio no individualismo, seja através da fé religiosa ou do consumo desenfreado. Entretanto, essas estratégias acabam isolando o indivíduo e não trazem felicidade duradoura. Uma vida pública ativa ainda é necessária.
O documento discute a evolução do pensamento sobre desenvolvimento. Inicialmente, o desenvolvimento era visto como um processo linear de evolução de sociedades atrasadas para modernas. Posteriormente, reconheceu-se que o subdesenvolvimento era resultado de relações de dependência no sistema econômico internacional, levando a uma mudança no paradigma teórico de linear para relacional.
O documento discute o impasse do neoliberalismo. Ele argumenta que (1) o neoliberalismo significa a regulação da sociedade e economia pelo mercado em vez da cidadania, (2) isso leva a uma concentração extrema de renda e poder que exclui a maioria da população e (3) é preciso buscar alternativas globais à globalização neoliberal que coloquem o bem comum acima do lucro e poder do mercado.
1) O documento discute os conceitos de hegemonia em Gramsci e Laclau e Mouffe, comparando suas semelhanças e diferenças.
2) Gramsci desenvolveu o conceito de hegemonia para analisar as relações sociais nas sociedades avançadas, dando ênfase à sociedade civil e ideologia.
3) Laclau e Mouffe expandiram a noção gramsciana para pensar as disputas hegemônicas no capitalismo tardio, combinando Gramsci com o pós-estruturalismo.
Humanismo Contemporâneo (Franklin Leopoldo e Silva)Giba Canto
Franklin Leopoldo e Silva (Filósofo – USP)
Há vários modos de enunciar a relação entre Eu e o Mundo, e o sujeito moderno é apenas uma dessas configurações possíveis, ainda que nós, ocidentais vivendo nos últimos séculos, dificilmente possamos imaginar com alguma clareza uma situação em que o ser humano não desfrutasse da hegemonia inerente à posição que passou a ocupar desde o século XVII.
Mil Platos, capitalismo e esquizofrenia vol1. Deleuze, Guatarri. Introdução -...Bernardo Lorga
Este documento é um prefácio para a edição italiana do livro Mil Platôs de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Nele, os autores refletem sobre como o livro foi recebido em comparação com O Anti-Édipo e discutem brevemente os temas abordados em cada obra. Eles explicam que Mil Platôs levou a discussão para terras ainda não exploradas pelo Édipo e apresentou uma teoria das multiplicidades em si mesmas.
O documento discute os três principais ramos da filosofia - existencialismo, limitismo e eticismo - e como eles ajudam a responder perguntas sobre a natureza humana, os limites do conhecimento e o que as pessoas devem fazer. A filosofia é apresentada como a base do pensamento humano e como é influenciada pelas visões culturais e eventos históricos.
1) O documento discute os mecanismos e consequências da economia monetária, particularmente no sistema capitalista de livre mercado.
2) É explicado que a teoria do valor econômico está sendo revisada devido ao aumento da tecnologia e automação, que reduzem a necessidade de mão-de-obra humana na produção.
3) À medida que a automação torna a produção mais eficiente e sustentável, o "valor" dos bens e serviços tende a cair, potencialmente levando a uma economia onde nada precis
O documento apresenta o Movimento Zeitgeist, seu objetivo de apresentar a visão do movimento da sociedade atual e seus ideais, incluindo o Projeto Vênus e o Modelo de Economia Baseado em Recursos. O movimento critica o atual modelo capitalista e propõe aplicar ciência e tecnologia para beneficiar toda a sociedade, eliminando escassez de recursos. O Projeto Vênus sugere uma sociedade onde bens materiais são desnecessários e os recursos naturais são compartilhados livremente.
Livro visoes e ilusoes politicas david t koyzisCarlos Alves
Relatório de leitura do Capítulo 3 –
Conservadorismo e Capítulo 5 –
Democracia, da obra “Visões e Ilusões
Políticas”, Uma análise e crítica cristã das
ideologias contemporâneas, de David T.
Koyzis, publicado pela editora Vida Nova,
2014, entregue ao Professor Moisés
Martins, Mestre, da cadeira de Filosofia.
O documento resume os principais pontos levantados por Gilles Lipovetsky no livro "A sociedade da decepção" sobre a hipermodernidade e a sociedade de consumo. Lipovetsky argumenta que 1) a hipermodernidade traz mais liberdade individual e opções de estilo de vida, porém também aumenta as frustrações e decepções devido às altas expectativas criadas; 2) o trabalho na sociedade moderna gera amargura por não proporcionar empregos seguros e salários suficientes para o consumo; 3) a cult
O documento descreve os principais pontos sobre o nascimento da sociologia como disciplina acadêmica, incluindo a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e o surgimento do capitalismo como fatores que levaram ao seu desenvolvimento. Também apresenta os principais pensadores fundadores da sociologia como Comte e Durkheim, e suas abordagens teóricas.
A sociologia surgiu no século XIX como resposta às transformações sociais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa. Essas revoluções trouxeram novas estruturas sociais e problemas, levando pensadores a sistematizar o estudo da sociedade em busca de compreensão e soluções. Auguste Comte estabeleceu as bases iniciais da sociologia como ciência que estudaria os fenômenos sociais de forma objetiva e racional.
Milton Santos critica a globalização financeira e o pensamento único que privilegia a competitividade e o consumo. Ele defende uma outra globalização que promova a cidadania universal e a justiça social. A atual transição para uma nova civilização traz riscos, mas também a possibilidade de um novo paradigma que supere a dependência e valorize a nação que cria seu próprio destino.
O Movimento Zeitgeist propõe uma sociedade sustentável baseada nos princípios da cooperação, acesso livre aos recursos e aplicação da ciência e tecnologia para o benefício de toda a humanidade. Seu projeto Vênus visa eliminar a escassez, desigualdades e dinheiro através da automação e gestão inteligente dos recursos naturais.
Do pos moderno pos colonial boaventura_santosAdriana Bruno
O documento discute as relações entre pós-modernismo, pós-colonialismo e conhecimento emancipatório. A perspectiva pós-colonial parte da ideia de que as estruturas de poder e saber são mais visíveis a partir das margens, e busca reinventar a emancipação social aprendendo com o Sul. O autor argumenta que o capitalismo e o colonialismo são mutuamente constituídos na modernidade ocidental, e que o desafio é pensar a emancipação sem teorias universais ou determinismos históricos.
O documento discute o surgimento da sociologia no século XVIII na Europa. A revolução industrial e as mudanças políticas, econômicas e sociais geraram novos problemas que precisavam ser compreendidos. Isso levou ao desenvolvimento da sociologia como uma ciência que estuda sistematicamente os fenômenos sociais por meio de conceitos e métodos.
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a Internet, podem influenciar a comunicação e a democracia contemporâneas. Aponta que a Internet fornece novas fontes de informação para os cidadãos e pode promover a diversidade no debate político. No entanto, também existe o risco desses meios de comunicação serem apropriados por grandes grupos e aparelhos estatais, como aconteceu com outros meios antes.
O documento discute os conceitos de globalização de acordo com Gilles Lipovetsky e Milton Santos. Lipovetsky define a globalização como levando ao surgimento de uma "cultura-mundo" influenciada por economia, tecnologia e geopolítica. Santos vê a globalização como tendo aspectos positivos e negativos, sendo negativa a forma perversa como promove desigualdades, e positiva o potencial de novas tecnologias para promover uma globalização mais ética.
1) O autor critica a "razão indolente" que subjaz ao conhecimento hegemônico ocidental e propõe uma "razão cosmopolita" como alternativa.
2) A "razão metonímica" é criticada por ver a totalidade como absoluta, ignorando a diversidade e as partes que a compõem.
3) Uma "sociologia das ausências" e uma "sociologia das emergências" são propostas para expandir o presente e valorizar experiências sociais alternativas.
Este documento discute as teorias do currículo no contexto da modernidade. Apresenta como as primeiras teorias do currículo foram influenciadas pela racionalidade científica e técnica da modernidade, levando a uma visão do currículo como um plano racional e objetivo (currículo-como-plano). Também discute como as visões pós-estruturalistas rejeitam a ideia de que o currículo pode ser descoberto objetivamente, vendo-o como uma construção social e cultural.
Escola Austríaca – do ponto de vista de Martín Krause – vídeo na InternetCarlos Nepomuceno (Nepô)
O documento resume os principais pontos da Escola Austríaca de Economia segundo a perspectiva de Martín Krause. A Escola Austríaca defende que o valor é subjetivo e depende das preferências individuais, e que apenas o livre mercado e a propriedade privada permitem que os sinais de preço guiem de forma espontânea a alocação de recursos na economia. Além disso, o socialismo é inviável segundo a Escola Austríaca pois não pode calcular economicamente sem os sinais de preço do mercado.
O documento discute a perda da confiança na política e na história como caminhos para a ausência de medo e sofrimento. Isso levou as pessoas a buscarem refúgio no individualismo, seja através da fé religiosa ou do consumo desenfreado. Entretanto, essas estratégias acabam isolando o indivíduo e não trazem felicidade duradoura. Uma vida pública ativa ainda é necessária.
O documento discute a evolução do pensamento sobre desenvolvimento. Inicialmente, o desenvolvimento era visto como um processo linear de evolução de sociedades atrasadas para modernas. Posteriormente, reconheceu-se que o subdesenvolvimento era resultado de relações de dependência no sistema econômico internacional, levando a uma mudança no paradigma teórico de linear para relacional.
O documento discute o impasse do neoliberalismo. Ele argumenta que (1) o neoliberalismo significa a regulação da sociedade e economia pelo mercado em vez da cidadania, (2) isso leva a uma concentração extrema de renda e poder que exclui a maioria da população e (3) é preciso buscar alternativas globais à globalização neoliberal que coloquem o bem comum acima do lucro e poder do mercado.
1) O documento discute os conceitos de hegemonia em Gramsci e Laclau e Mouffe, comparando suas semelhanças e diferenças.
2) Gramsci desenvolveu o conceito de hegemonia para analisar as relações sociais nas sociedades avançadas, dando ênfase à sociedade civil e ideologia.
3) Laclau e Mouffe expandiram a noção gramsciana para pensar as disputas hegemônicas no capitalismo tardio, combinando Gramsci com o pós-estruturalismo.
Humanismo Contemporâneo (Franklin Leopoldo e Silva)Giba Canto
Franklin Leopoldo e Silva (Filósofo – USP)
Há vários modos de enunciar a relação entre Eu e o Mundo, e o sujeito moderno é apenas uma dessas configurações possíveis, ainda que nós, ocidentais vivendo nos últimos séculos, dificilmente possamos imaginar com alguma clareza uma situação em que o ser humano não desfrutasse da hegemonia inerente à posição que passou a ocupar desde o século XVII.
Mil Platos, capitalismo e esquizofrenia vol1. Deleuze, Guatarri. Introdução -...Bernardo Lorga
Este documento é um prefácio para a edição italiana do livro Mil Platôs de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Nele, os autores refletem sobre como o livro foi recebido em comparação com O Anti-Édipo e discutem brevemente os temas abordados em cada obra. Eles explicam que Mil Platôs levou a discussão para terras ainda não exploradas pelo Édipo e apresentou uma teoria das multiplicidades em si mesmas.
O documento discute os três principais ramos da filosofia - existencialismo, limitismo e eticismo - e como eles ajudam a responder perguntas sobre a natureza humana, os limites do conhecimento e o que as pessoas devem fazer. A filosofia é apresentada como a base do pensamento humano e como é influenciada pelas visões culturais e eventos históricos.
1) O documento discute os mecanismos e consequências da economia monetária, particularmente no sistema capitalista de livre mercado.
2) É explicado que a teoria do valor econômico está sendo revisada devido ao aumento da tecnologia e automação, que reduzem a necessidade de mão-de-obra humana na produção.
3) À medida que a automação torna a produção mais eficiente e sustentável, o "valor" dos bens e serviços tende a cair, potencialmente levando a uma economia onde nada precis
O documento apresenta o Movimento Zeitgeist, seu objetivo de apresentar a visão do movimento da sociedade atual e seus ideais, incluindo o Projeto Vênus e o Modelo de Economia Baseado em Recursos. O movimento critica o atual modelo capitalista e propõe aplicar ciência e tecnologia para beneficiar toda a sociedade, eliminando escassez de recursos. O Projeto Vênus sugere uma sociedade onde bens materiais são desnecessários e os recursos naturais são compartilhados livremente.
Livro visoes e ilusoes politicas david t koyzisCarlos Alves
Relatório de leitura do Capítulo 3 –
Conservadorismo e Capítulo 5 –
Democracia, da obra “Visões e Ilusões
Políticas”, Uma análise e crítica cristã das
ideologias contemporâneas, de David T.
Koyzis, publicado pela editora Vida Nova,
2014, entregue ao Professor Moisés
Martins, Mestre, da cadeira de Filosofia.
O documento resume os principais pontos levantados por Gilles Lipovetsky no livro "A sociedade da decepção" sobre a hipermodernidade e a sociedade de consumo. Lipovetsky argumenta que 1) a hipermodernidade traz mais liberdade individual e opções de estilo de vida, porém também aumenta as frustrações e decepções devido às altas expectativas criadas; 2) o trabalho na sociedade moderna gera amargura por não proporcionar empregos seguros e salários suficientes para o consumo; 3) a cult
O documento descreve os principais pontos sobre o nascimento da sociologia como disciplina acadêmica, incluindo a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e o surgimento do capitalismo como fatores que levaram ao seu desenvolvimento. Também apresenta os principais pensadores fundadores da sociologia como Comte e Durkheim, e suas abordagens teóricas.
A sociologia surgiu no século XIX como resposta às transformações sociais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa. Essas revoluções trouxeram novas estruturas sociais e problemas, levando pensadores a sistematizar o estudo da sociedade em busca de compreensão e soluções. Auguste Comte estabeleceu as bases iniciais da sociologia como ciência que estudaria os fenômenos sociais de forma objetiva e racional.
Milton Santos critica a globalização financeira e o pensamento único que privilegia a competitividade e o consumo. Ele defende uma outra globalização que promova a cidadania universal e a justiça social. A atual transição para uma nova civilização traz riscos, mas também a possibilidade de um novo paradigma que supere a dependência e valorize a nação que cria seu próprio destino.
O Movimento Zeitgeist propõe uma sociedade sustentável baseada nos princípios da cooperação, acesso livre aos recursos e aplicação da ciência e tecnologia para o benefício de toda a humanidade. Seu projeto Vênus visa eliminar a escassez, desigualdades e dinheiro através da automação e gestão inteligente dos recursos naturais.
Do pos moderno pos colonial boaventura_santosAdriana Bruno
O documento discute as relações entre pós-modernismo, pós-colonialismo e conhecimento emancipatório. A perspectiva pós-colonial parte da ideia de que as estruturas de poder e saber são mais visíveis a partir das margens, e busca reinventar a emancipação social aprendendo com o Sul. O autor argumenta que o capitalismo e o colonialismo são mutuamente constituídos na modernidade ocidental, e que o desafio é pensar a emancipação sem teorias universais ou determinismos históricos.
O documento discute o surgimento da sociologia no século XVIII na Europa. A revolução industrial e as mudanças políticas, econômicas e sociais geraram novos problemas que precisavam ser compreendidos. Isso levou ao desenvolvimento da sociologia como uma ciência que estuda sistematicamente os fenômenos sociais por meio de conceitos e métodos.
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a Internet, podem influenciar a comunicação e a democracia contemporâneas. Aponta que a Internet fornece novas fontes de informação para os cidadãos e pode promover a diversidade no debate político. No entanto, também existe o risco desses meios de comunicação serem apropriados por grandes grupos e aparelhos estatais, como aconteceu com outros meios antes.
O documento discute os conceitos de globalização de acordo com Gilles Lipovetsky e Milton Santos. Lipovetsky define a globalização como levando ao surgimento de uma "cultura-mundo" influenciada por economia, tecnologia e geopolítica. Santos vê a globalização como tendo aspectos positivos e negativos, sendo negativa a forma perversa como promove desigualdades, e positiva o potencial de novas tecnologias para promover uma globalização mais ética.
Este documento discute um capítulo de um livro sobre o processo de globalização. O capítulo analisa a globalização econômica, política e cultural e como ela impacta os estados-nação e aumenta as desigualdades globais. O autor também compara suas ideias com teóricos como Giddens, que discute como a globalização ligou economias e sistemas políticos em todo o mundo.
O documento discute as incertezas criadas pelos riscos da sociedade pós-iluminista, como aquecimento global e superpopulação. A globalização leva a uma insistência na diversidade cultural e identidade, mas vazias do contexto local. A política da vida é sobre autonomia e escolha em um mundo destradicionalizado onde a natureza não é mais natural.
1) Zygmunt Bauman estudou a sociedade contemporânea e propôs o conceito de "Modernidade Líquida" para descrever a fluidez das relações sociais atuais.
2) Na Modernidade Líquida, valores tradicionais enfraquecem e o individualismo cresce. Isso se manifesta no trabalho, consumo, relacionamentos e religião.
3) Bauman analisou como a cultura do medo e da insegurança reforça a intolerância com o estranho e aumenta o apoio à prisão.
1. O documento discute os conceitos e perspectivas em torno da globalização, incluindo visões globalistas e cépticas.
2. É analisada a transformação do poder do Estado e dos padrões culturais nacionais, bem como os desafios da desigualdade global e ambientais.
3. A globalização é caracterizada como um processo multidimensional com impactos em diversas esferas como a econômica, social, política e cultural.
Bioética, vulnerabilidade e dignidade humanaFamília Cristã
O documento discute a dignidade humana, a vulnerabilidade e a justiça social. Em particular, destaca que todos os seres humanos são vulneráveis e merecem proteção de suas necessidades básicas, e que a dignidade humana requer respeito mútuo e solidariedade entre as pessoas.
Bioética, vulnerabilidade e dignidade humanaFamília Cristã
O documento discute a dignidade humana, a vulnerabilidade e a justiça social. Em três frases: 1) A dignidade humana requer respeito pelos direitos de todos e solidariedade com os mais vulneráveis, como os pobres e marginalizados. 2) A vulnerabilidade pode ser causada por fatores sociais como a pobreza e a desigualdade, não apenas por fatores biológicos. 3) É necessário promover a justiça social e as condições básicas para uma vida digna, como saúde, educação e moradia, para proteger a
Bioética, vulnerabilidade e dignidade humanaFamília Cristã
O documento discute a dignidade humana, a vulnerabilidade e a justiça social. Em três frases:
1) Aborda como a globalização e o capitalismo aumentaram a desigualdade e como isso afeta a dignidade humana.
2) Explora como todos os seres humanos são vulneráveis e dependem da proteção e solidariedade da sociedade para garantir seus direitos básicos.
3) Defende que a dignidade humana requer que as necessidades básicas de todos, incluindo os mais vulneráveis, sejam atendidas para que possam participar
Resumo de "Runaway World" (Anthony Giddens)Sérgio Branco
O documento discute os conceitos de globalização e risco de acordo com Anthony Giddens. A globalização é um fenómeno complexo que afeta todos os aspectos da vida e está ligado ao desenvolvimento tecnológico e à difusão cultural. Ela cria novas oportunidades mas também desigualdades e incertezas. O conceito moderno de risco está ligado à orientação para o futuro e à ideia de probabilidade em situações incertas, especialmente os riscos criados pelo homem através da degradação ambiental.
O documento resume o livro "Por uma Outra Globalização", escrito por Milton Santos. O autor critica a globalização atual e defende uma globalização mais humana e igualitária. Ele divide a globalização em três facetas: como fábula, como perversidade e como possibilidade de um futuro melhor. O livro é recomendado para estudantes do ensino médio e trata de tópicos complexos de forma acessível.
Diversidade no Mundo Globalizado (palestras)Edson Lisboa
Este documento apresenta um resumo de 5 palestras sobre diversidade no mundo globalizado. As palestras abordam diversidade, nova ordem mundial, religião, filosofia e mundo virtual. Cada palestra dura aproximadamente 1 hora e 20 minutos e não são destinadas a público específico, com o objetivo de fornecer uma visão abrangente sobre diversidade humana.
Este documento discute a relação entre sustentabilidade e educação. Apresenta diferentes perspectivas sobre o conceito de sustentabilidade, como a visão de Altvater de que o capitalismo é incompatível com a sustentabilidade. Também discute a necessidade de uma "ecopedagogia" que forme uma consciência ecológica e promova o desenvolvimento sustentável.
O documento discute a fragmentação do conhecimento versus a interdisciplinaridade no contexto da educação superior brasileira. A produção excessiva de informações promove a tendência ao conhecimento fragmentado em disciplinas isoladas, em contraste com abordagens interdisciplinares. A educação superior brasileira é marcada por um modelo linear e fragmentador de conhecimento, como mostram as leis e diretrizes educacionais.
O documento discute a "crise dos paradigmas" na sociologia. Muitos sociólogos têm proclamado uma crise nas teorias e modelos sociológicos desde a Segunda Guerra Mundial. Críticos argumentam que os conceitos clássicos não se aplicam mais às novas realidades sociais do século XX e propõem novos temas, métodos e paradigmas como o individualismo metodológico. Ao mesmo tempo, outros defendem que a criação de novos paradigmas não implica necessariamente a invalidação dos antigos.
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelosSilvânio Barcelos
1. O documento apresenta um módulo sobre pós-modernidade e globalização para um curso de geografia, introduzido pelo professor Silvânio Barcelos.
2. Aborda conceitos como pós-modernidade, globalização, capitalismo e suas fases, e as visões de pensadores como Lyotard, Debord, Bauman e Santos sobre o tema.
3. Discutem-se também as relações entre pós-modernidade e consumismo, religião, e relações humanas segundo a perspectiva de Bauman.
O documento discute como a identidade pós-moderna é construída através do consumo em uma sociedade de consumo. A falta de narrativas estáveis levou as pessoas a negociarem suas identidades constantemente através do que consomem. Isso favorece comportamentos narcisistas em que as pessoas buscam sua identidade no consumo e aparência em vez de dentro de si mesmas.
Este documento discute as tensões da sociedade contemporânea e o conceito de globalização. Aponta que a globalização não é um fenômeno único, mas sim múltiplos processos que envolvem conflitos entre vencedores e vencidos. Define globalização como o processo pelo qual uma condição ou entidade local estende sua influência globalmente, designando outras como locais.
Recomendado por el proceso ESE para las sesiones de Gabriel Restrepo Forero - Curso de extensión sobre Educación sin Escuela, Universidad Nacional de Colombia.
O documento discute a transição da sociedade feudal para a sociedade capitalista moderna na Europa entre os séculos XI e XIV. Neste período, o feudalismo passou por uma crise e novas relações econômicas e sociais emergiram, marcando o início da construção da sociedade moderna e do sistema capitalista. A agricultura declinou e novas classes sociais surgiram, alterando a estrutura estamental da sociedade feudal e abrindo caminho para o desenvolvimento do capitalismo.
Semelhante a A crítica teológica à economia capitalista global (20)
1. A CRÍTICA TEOLÓGICA À ECONOMIA CAPITALISTA GLOBAL
1
WAGNER FRANCESCO
Resumo
Esse artigo, de caráter introdutório, quer levantar a problemática da
globalização da economia capitalista e o que a teologia tem a dizer sobre ela. Com
base em dados estatísticos e de leituras de teóricos, apresentamos o método
capitalista e os seus anseios e colocamos diante dele a ideia do Deus da Vida e do
pobre.
Palavras-Chave: Economia capitalista, globalização, socialismo, teologia.
Abstract
This article, with an introductory nature, aims to raise the discussion about the
globalization of the capitalist economy and what theology has to say about it. Based
in statistics and theoretical readings, we present the capitalist method and its
aspirations, as well as we confront it with the idea of a God of Life and the poor.
Keywords: capitalist economy, globalization, socialism, theology
Introdução
Uma vez que nos propomos a escrever sobre globalização e religião,
precisamos de antemão responder sobre conceitos. Começaremos definindo o que é
a globalização, qual o seu projeto e o que a teologia tem a ver com isso.
O fato é que a globalização é um fenômeno imprescindível e isso nos força a
perguntar que tipo de sistema é que será globalizado – aqui, pois, surge a chamada
crítica a economia capitalista global. Partimos do pressuposto óbvio de que vivemos
num sistema capitalista, dominado pela lógica do capital de exploração e obtenção
implacável de lucros, logo eis o cenário ao qual todos serão, por meio da
globalização, obrigados a se sujeitarem.
1
Bacharelando do curso de teologia da Faculdade Batista Brasileira.
wagnerfrancesco@gmail.com
2. Quanto falamos que a globalização é imprescindível e que todas as pessoas
serão obrigadas a se sujeitarem ao sistema do capital globalizado estamos entrando
de acordo com o Mészáros que escreve que:
Não se pode imaginar um sistema de controle mais inexoravelmente
absorvente – e, neste importante sentido, “totalitário” – do que o sistema do
capital globalmente dominante, que sujeita cegamente aos mesmos
imperativos a questão da saúde e a do comércio, a educação e a
agricultura, a arte e a indústria manufatureira, que implacavelmente
sobrepõe a tudo seus próprios critérios de viabilidade, desde as menores
unidades de seu “microcosmo” até as mais gigantescas empresas
transnacionais, desde as mais íntimas relações pessoais aos mais
complexos processos de tomada de decisão dos vastos monopólios
2
industriais, sempre a favor dos fortes e contra os fracos.
Logo é desse sistema totalitário e sempre a favor dos fortes que estamos
falando. É esse sistema que quer ser globalizado e é a partir dele que devemos
perguntar se a teologia pode compactuar com esse caminho.
1. O que é a globalização?
Para Giddens a globalização é a intensificação de relações sociais mundiais
que unem localidades distantes de tal modo que os acontecimentos locais são
condicionados por eventos que acontecem mesmo a lugares extremamente
distantes. Ele diz que a globalização são “aqueles processos que estão
intensificando as relações e a interdependência sociais globais” 3. A globalização
seria, então, o estreitamento dos laços humanitários, a aproximação entre humanos,
o contato rápido e eficaz – não importando a distância. Giddens ainda segue
dizendo, com razão, que
A globalização está mudando o modo como o mundo se parece e a maneira
como vemos o mundo. Ao adotar uma perspectiva global, tornamo-nos mais
conscientes de nossas ligações com os povos de outras sociedades.
Tornamo-nos também mais conscientes dos diversos problemas que o
mundo enfrenta [...]. A perspectiva global nos mostra que os nossos laços
cada vez maiores com o resto do mundo podem significar que as nossas
4
ações têm consequências para nós.
2
MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Boitempo, 2002, p. 96
3
GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre: Artmet, 2005, p. 61
4
IDEM. IBDEM.
3. Essa afirmação sobre a globalização coloca em nós o senso de
responsabilidade enquanto seres que habitam numa mesma casa e responsáveis
pela preservação da mesma raça. Não somos mais seres de um lugar só, mas
habitantes imediatos de todo o globo. Isto fica claro nas palavras do Giddens quando
ele escreve
Não podemos separar nossas ações locais, do abrangente cenário social
que compreende o mundo como um todo. [...] O mundo em que vivemos
hoje nos faz muito mais interdependentes, mesmo a milhares de
5
quilômetros de distância, do que jamais fomos.
O que isso significa é que, daqui do Brasil, eu posso estar imediatamente por
dentro das lutas do povo da Palestina e ainda contribuir com as suas lutas. Fico
instantaneamente sabendo do que se passa por lá – num país que nunca fui, não sei
a língua, não conheço ninguém – e posso (através do facebook, twitter etc.)
participar de uma grande mobilização e demonstrar solidariedade. O fato é que,
como escreveu o italiano Piero Coda,
pela primeira vez, de forma irreversível, as diferentes identidades em que se
exprime a experiência humana, entram em relação de recíproca visibilidade
e comunicação”.6
Mas nem tudo são apenas essas flores. Aliás, nem tudo são realmente flores.
O Antony Giddens, no seu livro que já citamos aqui, Sociologia, aponta algumas
dimensões da globalização. Ele chama a atenção para o fato de que não é somente
a dimensão econômica que é afetada – ou que afeta – o fenômeno da globalização,
pois, segundo Giddens
A globalização é criada pela convergência de fatores políticos, sociais,
culturais e econômicas. Foi impelida, sobretudo, pelo desenvolvimento de
tecnologias da informação e da comunicação que intensificaram a
7
velocidade e o alcance da interação entre as pessoas ao redor do mundo .
De fato a globalização não tem apenas uma dimensão, a econômica, mas por
questões de delimitação trataremos apenas dela. Na verdade, não apenas por
questão de delimitação, mas por entender que o conceito de materialismo histórico,
formulado por Engels e Marx, deve nortear todo e qualquer debate acerta da vida
social; não podemos partir de outro lugar senão da economia. Engels escreve, em
5
IDEM. IBDEM, p. 60
6
CODA, Piero. La globalizzazione. Una sfida all’esperienza umana, Nuova Umanità, XXV (2003/2), p. 125.
7
GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre: Artmet, 2005, p. 61
4. 1890, uma carta para seu amigo Joseph Bloch, e nessa carta que dá respostas
sobre o materialismo histórico, ele escreve:
De acordo com a concepção materialista da história, o elemento
determinante final na história é a produção e reprodução da vida real. Mais
do que isso, nem eu e nem Marx jamais afirmamos. Assim, se alguém
distorce isto afirmando que o fator econômico é o único determinante, ele
transforma esta proposição em algo abstrato, sem sentido e em uma frase
vazia. As condições econômicas são a infraestrutura, a base, mas vários
outros vetores da superestrutura (formas políticas da luta de classes e seus
resultados, a saber, constituições estabelecidas pela classe vitoriosa após a
batalha, etc., formas jurídicas e mesmo os reflexos destas lutas nas
cabeças dos participantes, como teorias políticas, jurídicas ou filosóficas,
concepções religiosas e seus posteriores desenvolvimentos em sistemas de
dogmas) também exercitam sua influência no curso das lutas históricas e,
8
em muitos casos, preponderam na determinação de sua forma.
Isso, em outras palavras, quer dizer que embora haja outras dimensões da
vida social, embora haja outras dimensões para o fenômeno da globalização, de
modo nenhum é, segundo a concepção marxista e materialista, possível partir para
outras questões se não passar pela infraestrutura da sociedade, pelas condições
econômicas.
2. Economia Global ou Globalização da miséria.
O capital teve de seguir seu curso e sua lógica de
desenvolvimento: teve de abraçar a totalidade do planeta.
(István Mészáros)
Marx e Engels revelam um sério problema da globalização. Escrevem eles,
[...] vemos que quando hoje é inventada uma máquina na Inglaterra, por
exemplo, incontáveis trabalhadores são postos na rua na Índia e na China,
9
o que quer dizer que aquela invenção constitui um fato histórico universal.
Ora, se para Giddens e Piero Coda a globalização deveria ter (tem?) o
caráter de unir as pessoas numa grande aldeia, de aproximar os acontecimentos de
um povo etc., para Marx e Engels outro problema surge: é que a economia
capitalista é excludente e quando as coisas vão mal para os trabalhadores na
Europa isso irá refletir nos trabalhadores na América Latina. É por isso que uma
8
http://www.marxists.org/portugues/marx/1890/09/22.htm - acesso 09/05/2012
9
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 70
5. crise do capitalismo afeta todo o mundo capitalista – e não capitalista se pensarmos
em Cuba e Venezuela. Um mundo que vive sob as rédeas do capitalismo sofre, por
causa da globalização, quando esse sistema entra (sempre, pois as crises são
inerentes à lógica do capital!) em colapso.
As promessas da economia capitalista chocam-se com o mundo da realidade.
O capitalismo deu certo – o problema é que existe pobre! O paraíso da abundância
de consumo aparece como à disposição de todos, mas o sonho acaba quando o
trabalhador tem que acordar pra trabalhar. O teólogo Jung Mo Sung enfatiza que:
Para obter a satisfação de todos os desejos de consumo, eles (os
defensores do capitalismo) prometem a superabundância de produção via a
maximização do progresso técnico. Quanto mais técnica, mas produção e,
portanto, mais satisfação de desejos de consumo. Para a maximização do
progresso tecnológico – o segredo do progresso – é necessário, segundo
eles, a sobrevivência dos mais competentes e a exclusão – o sacrifício dos
menos competentes e dos mais pobres. Por isso, eles dizem que os
10
sacrifícios impostos à população pobre não “sacrifícios necessários”.
A economia capitalista é sui generis desigual. O sistema cria miséria, pois
coloca a riqueza – produzido pelos trabalhadores – na mão dos poucos patrões.
Bem escreveu Mészáros
O sistema do capital – como se dá com todas as formas concebíveis de
controle sociometabólico global, inclusive a socialista – está sujeito à lei
absoluta do desenvolvimento desigual, que, sob a regra do capital, vigora
numa forma em última análise destrutiva, por causa de seu princípio
estruturador interno antagônico. Assim, para prever uma resolução global,
legítima e sustentável dos antagonismos do sistema do capital, seria
necessário primeiro acreditar no conto de fadas da eliminação para todo o
11
sempre da lei do desenvolvimento desigual das questões humanas.
Dessa forma podemos dizer que a “globalização” em curso, é uma realidade
inegável dos nossos tempos. Dado o carácter insuperavelmente antagônico do
capital, este processo de globalização tem que impor-se de uma forma
extremamente discriminatória a favor dos mais poderosos, e assim não só preserva
como inclusivamente agrava as desigualdades opressoras do passado.
O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2010 revela um dado
assustador:
10
MO SUNG, Jung. Teologia e economia: uma introdução. São Paulo: Kairos, p. 8
11
MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Boitempo, 2002, p. 114.
6. Estima-se que cerca de um terço da população em 104 países ou perto de
1,75 milhões de pessoas vivam em pobreza multidimensional. Por exemplo,
podem viver numa família que tem um elemento subnutrido, que sofreu uma
morte infantil ou que não tem nenhum elemento com cinco anos de
escolaridade ou crianças em idade escolar em que nenhuma está inscrita
na escola. Ou poderão viver numa habitação sem combustível para
cozinhar, instalações sanitárias, água, eletricidade, pavimento ou quaisquer
12
bens.
Quando o RDH 2010 trás a novidade da multidimensionalidade, isso nos
remete imediatamente à globalização da miséria, pois se a economia global afeta
todas as esferas e dimensões sociais, logo as pessoas tendem a ter multiproblemas.
A economia global, com sua universal miserabilidade (para a maioria) não afeta
apenas uma parte da vida, mas a vida completa.
Foi criado o IPM (Índice de Pobreza Multidimensional). Esse índice se
subdivide em dez indicadores: nutrição e mortalidade infantil (saúde); anos de
escolaridade e crianças matriculadas (educação); gás de cozinha, sanitários, água,
eletricidade, pavimento e bens domésticos (padrões de vida).
Segue abaixo uma tabela sobre o IPM 13:
12
http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2010/chapters/pt/ acesso: 13/05/2012
13
http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3597&lay=pde acesso
13/05/2012
7. Dados do Brasil indicam que
8,5% da população vive em pobreza multidimensional, e 13,1% estão em
risco de entrar nessa condição. O país registra também 20,2% dos
habitantes com ao menos uma grave privação em educação, 5,2% em
saúde e 2,8% em padrão de vida. De acordo com os critérios internacionais
de pobreza, entre os que vivem com menos de US$ 1,25 por dia encontram-
14
se 5,2% do total.
Isso tudo indica que alguma coisa está muito errada com esse sistema
econômico e que a sua globalização é, sim, uma globalização da miséria. Menos
pessoas concentram mais renda e mais trabalhadores produzem mais riquezas e
são mais explorados.
Já dizia Marx
O trabalhador se torna tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto
mais a sua produção aumenta em poder e extensão. O trabalhador se torna
15
uma mercadoria tão mais barata quanto mais mercadorias cria.
A economia capitalista não tem compromissos éticos com o trabalhador. O
trabalhador é sempre o ser que será explorado. E falamos aqui em trabalhador
porque o trabalho – assalariado – é a fonte de onde o capital mata a sua sede. Por
meio do trabalho – assalariado – é que a economia capitalista extrai a mais valia e
se fortalece. Mas eis que surge um problema: o desemprego crônico. Ora: se para
viver na economia capitalista tem que ter dinheiro e para ter dinheiro tem que
trabalhar, então como ficam as pessoas que não conseguem trabalho?
Mészáros fala de uma “globalização do desemprego” e argumenta
O drástico crescimento do desemprego nos países capitalisticamente
avançados não é um fenômeno recente. Apareceu no horizonte – após duas
décadas e meia de expansão relativamente intacta do capital no pós-guerra
– com o assalto da crise estrutural do sistema capitalista como um todo.
Surgiu como o aspecto necessário e casa vez pior dessa crise estrutural.
[...] O problema não mais se restringe à difícil situação dos trabalhadores
não qualificados, mas atinge também um grande número de trabalhadores
altamente qualificados, que agora disputam, somando-se ao estoque
anterior de desempregados, os escassos – e cada vez mais raros –
16
empregos disponíveis.
14
Idem
15
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004, p. 80
16
MÉSZÁROS, István. O desafio e o fardo do tempo histórico. São Paulo: Boitempo, 2007, p. 143
8. A economia capitalista está em colapso – num colapso proposital, pois os
capitalistas lucram com as crises. O pobre tem cada vez menos acesso à fartura ( ou
se contar piada for interessante: o pobre tem fartura, pois “farta” tudo!) e cada vez
mais a sua existência é multidimensionalmente explorada e destruída. Globalizar
esse sistema é globalizar a morte.
3. Para além da economia capitalista global: o evangelho da partilha
O capital, hoje na figura do capitalismo, funciona na base do acúmulo de
riquezas. Marx escreve nas primeiras linhas do O capital que
A riqueza das sociedades onde rege a produção capitalista configura-se em
“imensa acumulação de mercadorias”, e a mercadoria, isoladamente
17
considerada, é a forma elementar dessa riqueza.
O capitalismo não se sustenta se não for por meio de acumulação – e para
acumular ele precisa explorar a força de trabalho. O capitalismo não tem
misericórdia, não tem compaixão. Mata, se a vida estiver atrapalhando os lucros. O
trabalhador quem produz a riqueza é quem menos usufrui dessa riqueza: o
trabalhador, pobre, é quem sustenta a vida do capitalista. Ora, o que Jesus diria
sobre isso? O evangelho é contra a acumulação de riquezas. O texto de Mateus é
claro
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e
onde os ladrões minam e roubam; (Mateus 6:19).
A acumulação no capital é desonesta, pois engorda sempre a mesma
pequena parcela que detém os meios de produção – muito mais do que desonesta
ela é criminosa, pois deixa com que milhões de pessoas fiquem privadas, inclusive,
de coisas essenciais para a vida como alimentação e saúde. Segundo a ONU
Aproximadamente 925 milhões de pessoas no mundo não comem o
suficiente para serem consideradas saudáveis. Isso significa que uma em
18
cada sete pessoas no planeta vai para a cama com fome todas as noites.
Surge assim uma pergunta: como tanta riqueza acumulada é capaz de deixar
tantas pessoas em privação? Então eis que surge a lógica da partilha – ou em
17
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 57
18
http://www.onu.org.br/o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-fome-em-2012/ acesso: 14/05/2012
9. termos socialistas, a socialização dos meios de produção. É preciso tirar das mãos
dos poucos toda essa riqueza acumulada e fazer uma radical distribuição. Rosa
Luxemburgo escreveu, em 1918, um texto chamado A socialização da sociedade, e
citou que
Hoje, todas as riquezas - as maiores e melhores terras, as minas e
empresas, assim como as fábricas - pertencem a alguns poucos
latifundiários e capitalistas privados. A grande massa dos trabalhadores, por
um árduo trabalho, recebe apenas desses latifundiários e capitalistas um
parco salário para viver. O enriquecimento de um pequeno número de
19
ociosos é o objetivo da economia atual.
É mais do que necessário se opor a essa lógica de acúmulo e seguirmos pelo
caminho da partilha. Os evangelhos trazem o exemplo. Os textos de Mateus 14: 13-
21, Marcos 6: 30-44, Lucas 9: 10-17 e João 6: 1-15 trazem uma lição de justiça
social, partilha e fome saciada. Uma multidão faminta e apenas cinco pães de dois
peixes... Certamente que houve um milagre para que todos ficassem saciados – o
milagre da partilha. Imaginemos que cada um, ao ver o primeiro dar seus cinco pães
e dois peixes foi tocado por esse ato e foi dando o pouco que tinha. O pouco se
transforma em muito quando é juntado. A economia capitalista é baseada na
competitividade, na biologização – Darwiniana – da sociedade: a consideração de
que o mais forte é que tem que vencer (claro que eles não falam da ideologia que
cria, legitima e sustenta uma certa classe fortalecida...) Caminhar por esses tortos
caminhos da competitividade é peregrinar rumo ao abismo, pois precisamos, mais
do que nunca, de solidariedade. Precisamos de um sistema solidário, partilhante e
não competitivo. Precisamos destruir essa lógica do forte que inclusive encontra-se
dentro das igrejas, mais precisamente nas que aderem à teologia da prosperidade,
que estão possuídas pelo “capetalismo".
O teólogo Luiz Solano Rossi escreve que
Estamos acostumados a pensar a partir da lógica dos vencedores e da
vitória. Essa lógica crê que todos aqueles que morrem antes do tempo por
causa da pobreza ou ainda de alguma doença facilmente curável é porque
já estavam fadados à derrota. São vítimas porque são derrotados. São
derrotados porque o Deus da vitória não se encontra ao seu lado. [...] Nesse
19
http://insrolux.org/textosmarxistas/asocializarsociedade.htm Acesso: 14/05/2012
10. tipo de lógica, Deus se encontra ao lado daqueles que são vitoriosos, em
20
meio a multidão de derrotados.
Nessa lógica, Deus é o Senhor que legitima e defende os donos do capital
que exploram o seu trabalhador e que, em nome da sua ganância por lucros – lucros
que é visto inclusive como manifestação da Graça de Deus – exclui a maioria dos
povos, levando inclusive muitos à morte. Segundo esse pensamento de que é
preciso acumular (e muitos dizem: sou muito rico, graças a Deus...) o Rossi
problematiza da seguinte forma:
Nessa visão triunfal, o próprio Deus passa a ser representado dentro da
lógica daquele que detém o domínio socioeconômico e político. [...] Deus,
nessa representação, é sempre exteriorizado como representante do rico,
21
do dominador, do vitorioso e do saudável.
Essa é uma visão que não condiz com os evangelhos, com a mensagem
cristã. No texto do Evangelho de João está escrito:
O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância. (João 10:10)
O evangelho prega a vida e não a morte. Citarei só um dos muitos problemas
gerados pelo capitalismo e que mata:
A fome é o número um na lista dos 10 maiores riscos para a saúde. Ela
mata mais pessoas anualmente do que AIDS, malária e tuberculose
22
juntas.
Sustentar essa economia capitalista global é sustentar uma máquina
mortífera, sustentar um monstro devorador e desleal. A mensagem do Evangelho diz
que todos têm que ter vida e vida abundante, mas a economia capitalista – que quer
ser globalizada – funciona na base da sugação da vida do trabalhador ( e daqueles
que não têm trabalho...) e do seu sangue. A morte do trabalhador é a vida do capital.
Mas devemos escolher um outro sistema. Há outra opção. A partilha é o modo de
vida mais justo. Assim escreve Rosa Luxemburgo
Hoje, em cada empresa, a produção é dirigida pelo próprio capitalista
isolado. O que e como deve ser produzido, quando e como as mercadorias
fabricadas devem ser vendidas é o empresário quem determina. Os
trabalhadores jamais cuidam disso, eles são apenas máquinas vivas que
20
ROSSI, Luiz Alexandre Solano. Jesus vai ao Mc Donald`s: teologia e sociedade de consumo. São Paulo: Fonte
editorial, 2008, p. 142.
21
Idem. Ibdem, p. 143
22
UNAIDS, Relatório Global de 2010; OMS, Fome no mundo e Estatística Pobreza, 2011).
11. têm de executar seu trabalho. Na economia socialista tudo isso precisa ser
diferente! [...] A produção não tem mais como objetivo enriquecer o
indivíduo, mas fornecer à coletividade, meios de satisfazer todas as
necessidades. [...] A produção deve ter por objetivo assegurar a todos uma
vida digna, fornecer a todos alimentação abundante, vestuário e outros
meios culturais de existência [...] Para que na sociedade todos possam
usufruir do bem-estar, todos precisam trabalhar. Apenas quem executa
trabalho útil para a coletividade, quer trabalho manual, quer intelectual, pode
exigir da sociedade meios para a satisfação de suas necessidades. A
obrigação de trabalhar para todos os que são capazes, exceto naturalmente
as crianças pequenas, os velhos e os doentes é, na economia socialista,
uma coisa evidente. Quando aos incapazes de trabalhar, a coletividade
precisa simplesmente tomar conta dele – não como hoje, com esmolas
miseráveis, mas por meio de alimentação abundante, educação pública
23
para as crianças, boas assistência médica pública para os doentes etc.
Ora, devemos optar por um sistema includente e não excludente. Que gere
vida e conforto, a todos, e não a uma minoria absoluta e permanente.
Concluindo
Mészáros nos diz que
Vivemos hoje em um mundo firmemente mantido sob as rédeas do capital,
numa era de promessas não cumpridas e esperanças amargamente
frustradas, que até o momento só se sustentam por uma teimosa
24
esperança.
Essa frase do Mészáros de forma alguma é pessimista, mas, pelo contrário,
coloca em nós um desejo de continuar lutando. Tentamos apresentar nessas linhas
que foram escritas a problemática do capitalismo e as sérias questões no que diz
respeito à sua globalização e se estamos certos no que diz respeito ao caráter
destrutivo do sistema, então o que menos precisamos agora é recuar. Se formos a
favor do Deus que gera vida e se formos a favor de uma sociedade realmente justa,
então devemos no opor, veementemente, à globalização da economia capitalista.
Citando novamente o Mészáros, escreve ele
[...] O processo de globalização, como de fato o conhecemos, se afirma
reforçando os centros mais dinâmicos de dominação (e exploração) do
capital, trazendo em sua esteira uma desigualdade crescente e uma dureza
25
extrema para a avassaladora maioria do povo.
E diz também
23
http://insrolux.org/textosmarxistas/asocializarsociedade.htm Acesso: 14/05/2012
24
MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Boitempo, 2002, p. 37
25
Idem. Ibdem. p. 64
12. A “globalização” (tendência que emana da natureza do capital desde o seu
início), muito idealizada em nossos dias, na realidade significa: o
desenvolvimento necessário de um sistema internacional de dominação e
26
subordinação.
Devemos negar essa globalização e defender uma outra: uma globalização
da justiça. Na verdade poderemos fazer a seguinte pergunta: globalizar o mundo ou
humanizar o globo? Globalizar as oportunidades de trabalho, globalizar o acesso à
comida, diversão e arte. Precisamos, se queremos ser honestos com o que
chamamos de solidariedade, negarmos esse Deus que está do lado do mais forte.
Precisamos de um mundo onde as pessoas deixem de ser meras mercadorias ou
meras máquinas de fabricar riqueza, mas se tornem pessoas emancipadas e
contentes. Escreve Rossi
Devemos entender que o fato de Deus se solidarizar a favor dos oprimidos
é absoluto, pois Javé toma sobre si a condição humilhada deles e assim
abre um novo futuro para os pobres. O companheirismo e a solidariedade
de Deus são o começo e o fim da libertação. [...] A solidariedade para com o
povo é a força motriz que efetiva a transformação radical de sua condição.
A solidariedade para com a vida implica no exercício do amor, do
comprometimento com a justiça e à não solidarização com o cultivo de
27
privilégio.
Devemos nos perguntar sempre o que a economia capitalista quer e quem tá
lucrando com isso. Globalizar a economia capitalista seria a globalização dos lucros
de poucos e da miséria de muitos? Lucrar ou partilhar? Acumular ou socializar?
Façam suas escolhas...
Referências:
CODA, Piero. La globalizzazione. Una sfida all’esperienza umana, Nuova Umanità,
XXV (2003/2)
GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre: Artmet, 2005
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2007.
26
Idem. Ibdem, p. 111
27
ROSSI, Luiz Alexandre Solano. Jesus vai ao Mc Donald`s: teologia e sociedade de consumo. São Paulo: Fonte
editorial, 2008, p. 163.
13. _____________. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004
_____________. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2011, p. 57
MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São
Paulo: Boitempo, 2002
_____________. O desafio e o fardo do tempo histórico. São Paulo: Boitempo, 2007,
p. 143
MO SUNG, Jung. Teologia e economia: uma introdução. São Paulo: Kairos, 1988
ROSSI, Luiz Alexandre Solano. Jesus vai ao Mc Donald`s: teologia e sociedade de
consumo. São Paulo: Fonte editorial, 2008