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FUNÇÕES
NEUROPSICOLÓGICAS
E MODELOS DE TRABALHOS CLÍNICOS
SUMÁRIO
Introdução ........................................................................................................................... pg. 03
Capítulo 1 ........................................................................................................................... pg. 04
Capítulo 2 ............................................................................................................................. pg. 10
Capítulo 3 ............................................................................................................................. pg. 15
Capítulo 4 ............................................................................................................................. pg. 17
Considerações Finais ................................................................................................. pg. 24
Recomendação de Cursos ..................................................................................... pg. 25
Referências ......................................................................................................................... pg. 32
Autor ......................................................................................................................................... pg. 33
2
INTRODUÇÃO
Com o objetivo de retratação da aplicação das neurociências ao entendimento do
comportamento humano, este material possui o intuito de servir como revisão à alunos
e formados como uma ferramenta introdutoria, tanto para quem deseja iniciar, ou já
está no começo de sua jornada.
Para isto, foi considerado três as bases de estudo, tais como conhecer histórico; Dominar
o referencial teórico; Ter conhecimentos para aplicação científica dos referenciais em
neurociências e comportamento durante o trabalho clínico.
Deve-se também ressaltar a importância da ampliação dos estudos e da linha de
troca,tantoentreestudantes,professoreseprofissionaiscomamplaexperiência.
3
HISTÓRICO DAS
NEUROCIÊNCIAS
CAPÍTULO 1:
“O caminho do conhecimento
é o caminho para a construção de um mundo melhor.”
- Autor Desconhecido
4
A forma atual de como vemos o encéfalo é uma junção entre conhecimentos da
anatomia, embriologia, fisiologia, farmacologia e psicologia.
No século XIX, com técnicas para visualização do neurônio, através do uso
do sal de prata e possibilidade de observação via microscópio, o italiano
Camillo Golgi e o espanhol Ramon y Cajal apresentam uma leitura que inicia a
chamada “doutrina neuronal”, tendo os neurônios como blocos fundamentais
na constituição do sistema nervoso (SN).
Os trabalhos de Luigi Galvani (século XVIII) verificou a condução elétrica de
músculos e células, assim como os trabalhos dos fisiologistas alemães (Johannes
Muller; Emil du Bois-Reymond; e Hermann von Helmholtz) do século XIX, que
conseguiram medir a velocidade de condução elétrica de um neurônio e as
propriedades que mostram que a atividade elétrica de uma célula afeta de
forma previsível a atividade da adjacente.
Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS
5
SÉCULO XIX SÉCULO XVIII SÉCULO XX
SÉCULO XVII SÉCULO XIX
Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS
Farmacologia
do século XIX
(França, Alemanha e
Inglaterra): Os fármacos
atuam nos receptores da
superficie da membrana
celular.Ascélulaspodem
se comunicar por
meios químicos.
Empiristas
acreditam que o
encéfalo é uma “tabula
rasa” e que a experiência
o preenche. Idealistas
(Immanuel Kant) defendem
que a percepção do
mundo é oriunda de
características do
encéfalo.
René
Descartes
apresenta uma
visão dualista da
mente separada do
corpo; Século XVII
Baruch Spinoza com
a visão unificada
de mente e
corpo.
Charles Darwin
revoluciona
a leitura do
comportamento
e apresenta uma
leitura (tida como
moderna).
Temos
contribuições da
psicologia psicanalítica
de Freud (modelo
mais filosófico) e do
behaviorismo de
Skinner (modelo
experimental).
6
No século XX
Brodmann distiguiu
52 áreas anatômicas e
funcionais distintas no
córtex humano.
Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS
1848 - Caso Phineas
Gage.Durantetrabalhopara
construção de uma estrada
de ferro, uma barra de 1 metro
atravessou o crânio de Gage.
Sobrevivendo e se recuperando
do acidente, Gage apresentou
compromentimentos do
comportamento ligados as
funções executivas.
O paciente
Leborgne (“Paciente
Tam”), teve um acidente
vascular encefálico e não podia
falar, mas sem alterações da
motricidade da fala, foi estudado
por Broca. Estudo post-mortem
mostraram alterações na região
do córtex frontal (atual área de
Broca). Broca avaliou outros
oito pacientes com
quadrosemelhante.
Em 1861 o
neuroanatomista
francês Pierre Paul Broca,
influenciado por Gal, busca
na visão localizacionista áreas
específicas do comportamento
(mas diferentemente de
Gal, a localização está
no encéfalo e não no
crânio).
Em 1876,
Karl Wernicke verifica
pacientes com lesões no
lobo temporal esquerdo,
com quadro de afasia (fala
porém não entende). Ele
amplia a teoria de Broca e cria
um modelo de linguagem
integrando linguagem
expressão e recepção.
Através de
conduções de cirurgias
encefálicas para tratar
epilepsias, com pacientes
acordados somente com
anestesia local, Wilder
Pienfield, em meados de 1950,
colaborou para a visão do
mapa encefálico ligado a
funções especificas.
7
Historicamente a compreensão do comportamento
tevepassagenspordiversosequívocos.Comoexemplos
temos:
Em 1800, Franz Joseph Gall, anatomista, que tinha uma visão unificada de mente
corpo, entendendo que o encéfalo é o orgão da mente e o comportamento emana de
lá, desenvolveu teorias que geraram a frenologia. A Frenologia era uma disciplina que
pensava existir correlação entre formato do crânio e constituição da personalidade.
Pierre Flourens (1820) construiu uma visão holística do encéfalo, ao criar
experimentos que “demonstravam” que não havia regiões específicas para
determinadas funções. Concluiu que qualquer região poderia assumir funções
ligadas a qualquer área do comportamento.
(1
(2
Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS
8
A posteriori, estudos de lesões no encéfalo foi a base para a compreensão da
estrutura como temos hoje.
Atualmente, com avanço da tecnologia, exames de neuroimagens auxiliaram
no avanço da ciencia: Tomografia por emissão de positrons (PET), ressonância
magnética funcional (fMRI) e outros.
HISTÓRICO DAS
NEUROCIÊNCIAS
9
FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS
E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS
CAPÍTULO 2:
“Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado, nele se
encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade”
- Charles Chaplin
1 0
O comportamento humano pode ser entendido sob diversos
paradigmas.Nestecapítuloiremosapresentarasprincipaisfunções
neuropsicológicas e seus respectivos correlatos estruturais.
Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS
1 1
Principais Estruturas
LOBO FRONTAL
LOBO FRONTAL
HIPOCAMPO
SISTEMA RETICULAR; LOBO FRONTAL E CIRCUITO DE RECOMPENSA
LOBO FRONTAL(ÁREA DE BROCA, EXPRESSIVA);
LOBO TEMPORAL (ÁREA DE WERNICKE, RECEPTIVA)
CÓRTEX SENSORIAL
(LOBO PARIENTAL)
CÓRTEX MOTOR (LOBO FRONTAL);
GÂNLIOS DA BASE E CEREBELO
LOBO OCCIPTAL
CONTROLE COGNITIVO DO COMPORTAMENTO (PRÉ-FRONTAL DOSOLATERAL);
CONTROLE EMOCIONAL DO COMPORTAMENTO
(PRÉ-FRONTAL ORBITAL VENTROMEDIAL)
SISTEMA LÍMBICO
Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS
1 2
Funções
COGNIÇÃO
MEMÓRIA OPERACIONAL
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
ATENÇÃO
LINGUAGEM
FUNÇÃO SOMATOSSENSORIAL
MOTRICIDADE
VISÃO
FUNÇÕES EXECUTIVAS
EMOÇÕES E VOLIÇÃO
Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS
1 3
Comportamento
Fluida:Comparardoisoumaisobjetos(duasoumaissituações)apartirdeumcritério(semelhança,
diferença, sequência). Cristalizada: Relacionada ao saber cumulativo (ler, escrever...)
Responsável por reter informações necessárias para realização de uma tarefa.
Explícita (Codificar, armazenar, consolidar e evocar informações relativo a fatos isolados ou histórias).
Implícita (Registro de procedimentos)
Concetrar, sustentar, selecionar e alternar a atenção na realização de multiplas tarefas, ou
tarefas isoladas.
Capacidade de compreender (ou decodificar) informações externas e fazer-se compreendido
(codificar) a subjetividade e intenção.
Percepção tátil
Capacidade de movimento e força. São observados amplitude dos movimentos, equilíbrio,
deslocamento e desempenhos simples e em dupla tarefas (praxias)
Capacidade de visualizar imagens e processá-las.
Capacidade de planejamento, controle inibitório, flexibilidade mental, modulação da atenção
voluntária e memória operacional durante resolução de tarefas problemas.
Responsávelporexpressãodeemoçõesprimárias(alegria,tristeza,medo,raivaenojo)esecundárias
(ciúmes, inveja, amor...). Capacidade de direcionar a ação pela vontade (volição).
Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS
1 4
METODOLOGIA CIENTÍFICA
E NEUROCIÊNCIAS
CAPÍTULO 3:
“Faz-se ciência com os fatos, assim como se faz uma casa
com pedras, mas uma acumulação de fatos não é ciência,
assim como um monte de pedras não é uma casa”
– Henri Poincaré.
1 5
A aplicação da metodologia científica para o trabalho clínico
é de extrema importância. Nesta ação, o profissional deve
estar atento na investigação do histórico do atendido; no
olhar para técnicas para observação do comportamento
para formulação de hipóteses; na escolha dos instrumentos
e bateriais de teste de hipóteses (avaliações) que indicarão
um parecer diagnóstico; da formulação de intervenções
mensuráveis (passiveis de marcação da precisão, ou seja, dos
pontos, velocidade de processamento e execução, que está
relacionado ao tempo que a pessoa leva para fazer a tarefa;
e por fim, do reteste para verificar evoluções na função.
Cap. 3: METODOLOGIA CIENTÍFICA E NEUROCIÊNCIAS
1 6
DICAS SOBRE
NEUROPSICOLOGIA
CAPÍTULO 4:
1 7
Anamnese: Realize sempre de forma estruturada nos conhecimento do DSM5 (APA) e
CID-10 volume um. Atenção as categorias O (gestação) ; P (Nascimento e primeiros dias de
vida); G (Aspectos neurologicos); Q (Aspectos genéticos); F (Aspectos do comportamento e
desenvolvimento psicologico); Z (Aspectos referentes ao ambiente) Utilize os referenciais da
Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF/ OMS) para complementação.
1)
Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA
1 8
Observação do comportamento: Realize a observação tendo em mente o exercício de
descrever o comportamento relacionando o mesmo com as funções neuropsicológicas
gerenciadoras da ação. Preste atenção nas modulações da função e sua expressividade.
2)
Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA
1 9
Avaliação: Utilize somente protocólos e testes padronizados. Para saber mais, acesse o site
do Conselho Federal de Psicologia (testes para psicólogos e não psicólogos).
3)
Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA
20
Parecer: Construa seu parecer baseado no CID-10 e DSM5. Siga os critérios de
inclusão e exclusão.
4)
Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA
2 1
Intervenção: Procure realizar ações passeis de apresentação de dados com estatísticas de
descritivas (tabelas e gráficos) e estatística inferencial (testes estatisticos com softwares
como SPSS, Programa R e EXCEL).
5)
Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA
22
Parecer e reteste: Ao observar evoluções nas intervenções, procure retestar as funções para
observar evoluções. O reteste depende muito dos dados da intervenção, mas podem ser
realizados em 6 meses.
6)
Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA
23
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A evolução das tecnologias, pesquisas e
conhecimentos em neurociências tem
possibilitado uma ferramenta excelente de
trabalhocomportamentalbaseadoemevidencias
e mensuração de resultados. Acompanhe
periodicos da área, leia livros de autores e editoras
consagradas, troque informações com seus
professores e ex-professores, monte grupo de
estudos, faça novos cursos e se recicle sempre.
24
RECOMENDAÇÃO
DE CURSOS
Gostou do conteúdo? Podemos recomendar alguns cursos que
proporcionamaoprofissionaloconhecimentosobreofuncionamento
do cérebro e a sua relação com o comportamento:
O objetivo do curso de Neuropsicologia Clínica é possibilitar ao psicólogo a construção
de conhecimentos relacionados a aplicação das neurociências no entendimento do
comportamento humano, visando uma leitura científica e pautada em evidencias para
construção de algoritmos confiáveis na habilitação, reabilitação e otimização funcional. O
curso visa também formar neuropsicólogos que trabalhem como especialistas para atendimento
dos distúrbios do desenvolvimento e transtornos mentais. Por fim, objetiva que seus formandos
sejam ativistas na utilização de técnicas e referenciais consagrados na literatura da área, mas também
protagonistas na construção de algoritmos revolucionários para promoção da qualidade de vida, no
desenvolvimento típico e atípico da população atendida.
Pós-Graduação em Neuropsicologia Clínica 100% aulas ao vivo
25
Comofuncionaocurso
de Pós-Graduação
em Neuropsicologia
Clínica do Censupeg
Aulas uma vez por semana
Professores de referência na área
diretamente na sua casa
100% aulas ao vivo
Curso baseado em evidências
e método cientifico
Curso com Estágio: Prepare-se para o mercado de
trabalho, aprenda e aplique os instrumentos de
avaliação e intervenção neuropsicológica na prática
supervisionada.
Recomendação de Cursos
26
Motivos para cursar Neuropsicologia Clínica
pelo Censupeg
Curso com
desenvolvimento
de projetos para
intervenções com
estimulação
cognitiva
Curso dinâmico
com aulas teóricas e
práticas
O Prof. Me.
Cristiano Pedroso,
neuropsicólogo Clínico
psicólogo, pedagogo
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do desenvolvimento
e neurociências e
comportamento,
ministrará aula na
turma
Excelência da
equipe docente:
Professores com larga
experiência profissional, e
de várias regiões
do Brasil.
Qualidade de
ensino Censupeg,
baseado nos
melhores programas
acadêmicos da área
Recomendação de Cursos
27
NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA
Asdiciplinas do cursodepós-graduaçãoCensupegapresentameixostemáticos
que contemplam a especificidade de cada campo de atuação:
Módulo 1:
Introdução à Neuropsicologia e Técnicas de Exploração em
Neurociências
Módulo 2:
Neuropsicologia I: Cognição e Funções executivas
Recomendação de Cursos
28
Módulo I
- Introdução à Neuropsicologia e Técnicas de
Exploração em Neurociências
- Psicofarmacologia e Neuropsicologia
- Neuropsicologia jurídica
- Epidemiologia: Uso da Psicométrica,
Estatística Descritiva e Inferencial
- Saúde mental, Deficiências, Transtornos e
Genética em Neuropsicologia
- Neuropsicologia da Infância, do Adulto e do
Envelhecimento
- Laboratório de Projetos e Estudos de Campo
em Neuropsicologia(**)
- Neurofisiologia e Neuroanatomia funcional(*)
Módulo II:
- Neuropsicologia I: Cognição e Funções
executivas
- Neuropsicologia II: Emoções e comportamento
social
- Neuropsicologia III: Comportamento motor
- Neuropsicologia IV: Linguagem
- Neuropsicologia Clínica: Instrumentos e
algoritmos
- Avaliação e Intervenção em Neuropsicologia
Clínica
- Estágio I, II, III e IV(**)
NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA
Recomendação de Cursos
29
Módulo III
- Metodologias Ativas de Aprendizagem em Didática do Ensino Superior
(***)
- Metodologia da Pesquisa (***)
- Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (***)
NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA
(*) Esta disciplina ocorre em atividade de campo e socializada no decorrer do curso.
(**) Carga horária do curso destinada para produção do Relatório de Estágio e atividades de campo.
(***) Estas disciplinas acontecem no AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem possibilitando a autonomia do
processo de produção científica do acadêmico de forma assíncrona.
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NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA
Recomendação de Cursos
3 1
Referências
Cattell, R.B.&Horn, J.L. (1967). Age differences in fluid and crystallized
intelligence. ActaPsychologica.
Kandel, E. R., Hudspeth, A. J., Jessel, T. M., Schwartz, J., &Siegelbaum, S. A.
(2014). Princípios de neurociências. (C. Dalmaz, & J. A. Quillfeldt, trads.).
Porto Alegre, RS: AMGH (5 ed.).
Lezak, M.D., Howieson, D.B., Loring, D.W., Hannay, H.J., Fischer, J.S. (2004).
Neuropsychological Assessment. Nuw York: Oxford. (4 ed.).
Conceitos extraídos do capitulo 01 do livro “PRINCÍPIOS DE
NEUROCIÊNCIAS” (Kandel, E.R.; Schwartz, J.H.; Jessel, T.M.; Siegelbaum,
S.A.; Hudspeth, A.J.) 5ª Edição de 2014.
32
Autor
Cristiano Pedroso
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profissional, acesse o currículo lattes em:
http://www.lattes.cnpq.br/1781307256207319
33
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  • 2. SUMÁRIO Introdução ........................................................................................................................... pg. 03 Capítulo 1 ........................................................................................................................... pg. 04 Capítulo 2 ............................................................................................................................. pg. 10 Capítulo 3 ............................................................................................................................. pg. 15 Capítulo 4 ............................................................................................................................. pg. 17 Considerações Finais ................................................................................................. pg. 24 Recomendação de Cursos ..................................................................................... pg. 25 Referências ......................................................................................................................... pg. 32 Autor ......................................................................................................................................... pg. 33 2
  • 3. INTRODUÇÃO Com o objetivo de retratação da aplicação das neurociências ao entendimento do comportamento humano, este material possui o intuito de servir como revisão à alunos e formados como uma ferramenta introdutoria, tanto para quem deseja iniciar, ou já está no começo de sua jornada. Para isto, foi considerado três as bases de estudo, tais como conhecer histórico; Dominar o referencial teórico; Ter conhecimentos para aplicação científica dos referenciais em neurociências e comportamento durante o trabalho clínico. Deve-se também ressaltar a importância da ampliação dos estudos e da linha de troca,tantoentreestudantes,professoreseprofissionaiscomamplaexperiência. 3
  • 4. HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS CAPÍTULO 1: “O caminho do conhecimento é o caminho para a construção de um mundo melhor.” - Autor Desconhecido 4
  • 5. A forma atual de como vemos o encéfalo é uma junção entre conhecimentos da anatomia, embriologia, fisiologia, farmacologia e psicologia. No século XIX, com técnicas para visualização do neurônio, através do uso do sal de prata e possibilidade de observação via microscópio, o italiano Camillo Golgi e o espanhol Ramon y Cajal apresentam uma leitura que inicia a chamada “doutrina neuronal”, tendo os neurônios como blocos fundamentais na constituição do sistema nervoso (SN). Os trabalhos de Luigi Galvani (século XVIII) verificou a condução elétrica de músculos e células, assim como os trabalhos dos fisiologistas alemães (Johannes Muller; Emil du Bois-Reymond; e Hermann von Helmholtz) do século XIX, que conseguiram medir a velocidade de condução elétrica de um neurônio e as propriedades que mostram que a atividade elétrica de uma célula afeta de forma previsível a atividade da adjacente. Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS 5
  • 6. SÉCULO XIX SÉCULO XVIII SÉCULO XX SÉCULO XVII SÉCULO XIX Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS Farmacologia do século XIX (França, Alemanha e Inglaterra): Os fármacos atuam nos receptores da superficie da membrana celular.Ascélulaspodem se comunicar por meios químicos. Empiristas acreditam que o encéfalo é uma “tabula rasa” e que a experiência o preenche. Idealistas (Immanuel Kant) defendem que a percepção do mundo é oriunda de características do encéfalo. René Descartes apresenta uma visão dualista da mente separada do corpo; Século XVII Baruch Spinoza com a visão unificada de mente e corpo. Charles Darwin revoluciona a leitura do comportamento e apresenta uma leitura (tida como moderna). Temos contribuições da psicologia psicanalítica de Freud (modelo mais filosófico) e do behaviorismo de Skinner (modelo experimental). 6
  • 7. No século XX Brodmann distiguiu 52 áreas anatômicas e funcionais distintas no córtex humano. Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS 1848 - Caso Phineas Gage.Durantetrabalhopara construção de uma estrada de ferro, uma barra de 1 metro atravessou o crânio de Gage. Sobrevivendo e se recuperando do acidente, Gage apresentou compromentimentos do comportamento ligados as funções executivas. O paciente Leborgne (“Paciente Tam”), teve um acidente vascular encefálico e não podia falar, mas sem alterações da motricidade da fala, foi estudado por Broca. Estudo post-mortem mostraram alterações na região do córtex frontal (atual área de Broca). Broca avaliou outros oito pacientes com quadrosemelhante. Em 1861 o neuroanatomista francês Pierre Paul Broca, influenciado por Gal, busca na visão localizacionista áreas específicas do comportamento (mas diferentemente de Gal, a localização está no encéfalo e não no crânio). Em 1876, Karl Wernicke verifica pacientes com lesões no lobo temporal esquerdo, com quadro de afasia (fala porém não entende). Ele amplia a teoria de Broca e cria um modelo de linguagem integrando linguagem expressão e recepção. Através de conduções de cirurgias encefálicas para tratar epilepsias, com pacientes acordados somente com anestesia local, Wilder Pienfield, em meados de 1950, colaborou para a visão do mapa encefálico ligado a funções especificas. 7
  • 8. Historicamente a compreensão do comportamento tevepassagenspordiversosequívocos.Comoexemplos temos: Em 1800, Franz Joseph Gall, anatomista, que tinha uma visão unificada de mente corpo, entendendo que o encéfalo é o orgão da mente e o comportamento emana de lá, desenvolveu teorias que geraram a frenologia. A Frenologia era uma disciplina que pensava existir correlação entre formato do crânio e constituição da personalidade. Pierre Flourens (1820) construiu uma visão holística do encéfalo, ao criar experimentos que “demonstravam” que não havia regiões específicas para determinadas funções. Concluiu que qualquer região poderia assumir funções ligadas a qualquer área do comportamento. (1 (2 Cap. 1: HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS 8
  • 9. A posteriori, estudos de lesões no encéfalo foi a base para a compreensão da estrutura como temos hoje. Atualmente, com avanço da tecnologia, exames de neuroimagens auxiliaram no avanço da ciencia: Tomografia por emissão de positrons (PET), ressonância magnética funcional (fMRI) e outros. HISTÓRICO DAS NEUROCIÊNCIAS 9
  • 10. FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS CAPÍTULO 2: “Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado, nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade” - Charles Chaplin 1 0
  • 11. O comportamento humano pode ser entendido sob diversos paradigmas.Nestecapítuloiremosapresentarasprincipaisfunções neuropsicológicas e seus respectivos correlatos estruturais. Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS 1 1
  • 12. Principais Estruturas LOBO FRONTAL LOBO FRONTAL HIPOCAMPO SISTEMA RETICULAR; LOBO FRONTAL E CIRCUITO DE RECOMPENSA LOBO FRONTAL(ÁREA DE BROCA, EXPRESSIVA); LOBO TEMPORAL (ÁREA DE WERNICKE, RECEPTIVA) CÓRTEX SENSORIAL (LOBO PARIENTAL) CÓRTEX MOTOR (LOBO FRONTAL); GÂNLIOS DA BASE E CEREBELO LOBO OCCIPTAL CONTROLE COGNITIVO DO COMPORTAMENTO (PRÉ-FRONTAL DOSOLATERAL); CONTROLE EMOCIONAL DO COMPORTAMENTO (PRÉ-FRONTAL ORBITAL VENTROMEDIAL) SISTEMA LÍMBICO Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS 1 2
  • 13. Funções COGNIÇÃO MEMÓRIA OPERACIONAL MEMÓRIA DE LONGO PRAZO ATENÇÃO LINGUAGEM FUNÇÃO SOMATOSSENSORIAL MOTRICIDADE VISÃO FUNÇÕES EXECUTIVAS EMOÇÕES E VOLIÇÃO Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS 1 3
  • 14. Comportamento Fluida:Comparardoisoumaisobjetos(duasoumaissituações)apartirdeumcritério(semelhança, diferença, sequência). Cristalizada: Relacionada ao saber cumulativo (ler, escrever...) Responsável por reter informações necessárias para realização de uma tarefa. Explícita (Codificar, armazenar, consolidar e evocar informações relativo a fatos isolados ou histórias). Implícita (Registro de procedimentos) Concetrar, sustentar, selecionar e alternar a atenção na realização de multiplas tarefas, ou tarefas isoladas. Capacidade de compreender (ou decodificar) informações externas e fazer-se compreendido (codificar) a subjetividade e intenção. Percepção tátil Capacidade de movimento e força. São observados amplitude dos movimentos, equilíbrio, deslocamento e desempenhos simples e em dupla tarefas (praxias) Capacidade de visualizar imagens e processá-las. Capacidade de planejamento, controle inibitório, flexibilidade mental, modulação da atenção voluntária e memória operacional durante resolução de tarefas problemas. Responsávelporexpressãodeemoçõesprimárias(alegria,tristeza,medo,raivaenojo)esecundárias (ciúmes, inveja, amor...). Capacidade de direcionar a ação pela vontade (volição). Cap. 2: FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E PRINCIPAIS CORRELATOS ESTRUTURAIS 1 4
  • 15. METODOLOGIA CIENTÍFICA E NEUROCIÊNCIAS CAPÍTULO 3: “Faz-se ciência com os fatos, assim como se faz uma casa com pedras, mas uma acumulação de fatos não é ciência, assim como um monte de pedras não é uma casa” – Henri Poincaré. 1 5
  • 16. A aplicação da metodologia científica para o trabalho clínico é de extrema importância. Nesta ação, o profissional deve estar atento na investigação do histórico do atendido; no olhar para técnicas para observação do comportamento para formulação de hipóteses; na escolha dos instrumentos e bateriais de teste de hipóteses (avaliações) que indicarão um parecer diagnóstico; da formulação de intervenções mensuráveis (passiveis de marcação da precisão, ou seja, dos pontos, velocidade de processamento e execução, que está relacionado ao tempo que a pessoa leva para fazer a tarefa; e por fim, do reteste para verificar evoluções na função. Cap. 3: METODOLOGIA CIENTÍFICA E NEUROCIÊNCIAS 1 6
  • 18. Anamnese: Realize sempre de forma estruturada nos conhecimento do DSM5 (APA) e CID-10 volume um. Atenção as categorias O (gestação) ; P (Nascimento e primeiros dias de vida); G (Aspectos neurologicos); Q (Aspectos genéticos); F (Aspectos do comportamento e desenvolvimento psicologico); Z (Aspectos referentes ao ambiente) Utilize os referenciais da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF/ OMS) para complementação. 1) Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA 1 8
  • 19. Observação do comportamento: Realize a observação tendo em mente o exercício de descrever o comportamento relacionando o mesmo com as funções neuropsicológicas gerenciadoras da ação. Preste atenção nas modulações da função e sua expressividade. 2) Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA 1 9
  • 20. Avaliação: Utilize somente protocólos e testes padronizados. Para saber mais, acesse o site do Conselho Federal de Psicologia (testes para psicólogos e não psicólogos). 3) Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA 20
  • 21. Parecer: Construa seu parecer baseado no CID-10 e DSM5. Siga os critérios de inclusão e exclusão. 4) Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA 2 1
  • 22. Intervenção: Procure realizar ações passeis de apresentação de dados com estatísticas de descritivas (tabelas e gráficos) e estatística inferencial (testes estatisticos com softwares como SPSS, Programa R e EXCEL). 5) Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA 22
  • 23. Parecer e reteste: Ao observar evoluções nas intervenções, procure retestar as funções para observar evoluções. O reteste depende muito dos dados da intervenção, mas podem ser realizados em 6 meses. 6) Cap. 4: DICAS SOBRE NEUROPSICOLOGIA 23
  • 24. CONSIDERAÇÕES FINAIS A evolução das tecnologias, pesquisas e conhecimentos em neurociências tem possibilitado uma ferramenta excelente de trabalhocomportamentalbaseadoemevidencias e mensuração de resultados. Acompanhe periodicos da área, leia livros de autores e editoras consagradas, troque informações com seus professores e ex-professores, monte grupo de estudos, faça novos cursos e se recicle sempre. 24
  • 25. RECOMENDAÇÃO DE CURSOS Gostou do conteúdo? Podemos recomendar alguns cursos que proporcionamaoprofissionaloconhecimentosobreofuncionamento do cérebro e a sua relação com o comportamento: O objetivo do curso de Neuropsicologia Clínica é possibilitar ao psicólogo a construção de conhecimentos relacionados a aplicação das neurociências no entendimento do comportamento humano, visando uma leitura científica e pautada em evidencias para construção de algoritmos confiáveis na habilitação, reabilitação e otimização funcional. O curso visa também formar neuropsicólogos que trabalhem como especialistas para atendimento dos distúrbios do desenvolvimento e transtornos mentais. Por fim, objetiva que seus formandos sejam ativistas na utilização de técnicas e referenciais consagrados na literatura da área, mas também protagonistas na construção de algoritmos revolucionários para promoção da qualidade de vida, no desenvolvimento típico e atípico da população atendida. Pós-Graduação em Neuropsicologia Clínica 100% aulas ao vivo 25
  • 26. Comofuncionaocurso de Pós-Graduação em Neuropsicologia Clínica do Censupeg Aulas uma vez por semana Professores de referência na área diretamente na sua casa 100% aulas ao vivo Curso baseado em evidências e método cientifico Curso com Estágio: Prepare-se para o mercado de trabalho, aprenda e aplique os instrumentos de avaliação e intervenção neuropsicológica na prática supervisionada. Recomendação de Cursos 26
  • 27. Motivos para cursar Neuropsicologia Clínica pelo Censupeg Curso com desenvolvimento de projetos para intervenções com estimulação cognitiva Curso dinâmico com aulas teóricas e práticas O Prof. Me. Cristiano Pedroso, neuropsicólogo Clínico psicólogo, pedagogo e mestre em distúrbios do desenvolvimento e neurociências e comportamento, ministrará aula na turma Excelência da equipe docente: Professores com larga experiência profissional, e de várias regiões do Brasil. Qualidade de ensino Censupeg, baseado nos melhores programas acadêmicos da área Recomendação de Cursos 27
  • 28. NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA Asdiciplinas do cursodepós-graduaçãoCensupegapresentameixostemáticos que contemplam a especificidade de cada campo de atuação: Módulo 1: Introdução à Neuropsicologia e Técnicas de Exploração em Neurociências Módulo 2: Neuropsicologia I: Cognição e Funções executivas Recomendação de Cursos 28
  • 29. Módulo I - Introdução à Neuropsicologia e Técnicas de Exploração em Neurociências - Psicofarmacologia e Neuropsicologia - Neuropsicologia jurídica - Epidemiologia: Uso da Psicométrica, Estatística Descritiva e Inferencial - Saúde mental, Deficiências, Transtornos e Genética em Neuropsicologia - Neuropsicologia da Infância, do Adulto e do Envelhecimento - Laboratório de Projetos e Estudos de Campo em Neuropsicologia(**) - Neurofisiologia e Neuroanatomia funcional(*) Módulo II: - Neuropsicologia I: Cognição e Funções executivas - Neuropsicologia II: Emoções e comportamento social - Neuropsicologia III: Comportamento motor - Neuropsicologia IV: Linguagem - Neuropsicologia Clínica: Instrumentos e algoritmos - Avaliação e Intervenção em Neuropsicologia Clínica - Estágio I, II, III e IV(**) NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA Recomendação de Cursos 29
  • 30. Módulo III - Metodologias Ativas de Aprendizagem em Didática do Ensino Superior (***) - Metodologia da Pesquisa (***) - Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (***) NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA (*) Esta disciplina ocorre em atividade de campo e socializada no decorrer do curso. (**) Carga horária do curso destinada para produção do Relatório de Estágio e atividades de campo. (***) Estas disciplinas acontecem no AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem possibilitando a autonomia do processo de produção científica do acadêmico de forma assíncrona. Recomendação de Cursos 30
  • 31. Quer saber como cursar a Pós-Graduação em Neuropsicologia Clínica 100% com aulas ao vivo? Visite nosso site e entre em contato com o consultor mais próximo: https://www.censupeg.com.br/academy/home/ course/neuropsicologia-cl%C3%ADnica/265 NEUROPSICOLOGIA CLÍNICA Recomendação de Cursos 3 1
  • 32. Referências Cattell, R.B.&Horn, J.L. (1967). Age differences in fluid and crystallized intelligence. ActaPsychologica. Kandel, E. R., Hudspeth, A. J., Jessel, T. M., Schwartz, J., &Siegelbaum, S. A. (2014). Princípios de neurociências. (C. Dalmaz, & J. A. Quillfeldt, trads.). Porto Alegre, RS: AMGH (5 ed.). Lezak, M.D., Howieson, D.B., Loring, D.W., Hannay, H.J., Fischer, J.S. (2004). Neuropsychological Assessment. Nuw York: Oxford. (4 ed.). Conceitos extraídos do capitulo 01 do livro “PRINCÍPIOS DE NEUROCIÊNCIAS” (Kandel, E.R.; Schwartz, J.H.; Jessel, T.M.; Siegelbaum, S.A.; Hudspeth, A.J.) 5ª Edição de 2014. 32
  • 33. Autor Cristiano Pedroso Para conhecer um pouco da trajetória acadêmica profissional, acesse o currículo lattes em: http://www.lattes.cnpq.br/1781307256207319 33
  • 34. 34