1) O documento discute as relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade, analisando como a universidade obtem legitimidade e visibilidade perante a sociedade.
2) Utiliza os conceitos de Foucault sobre regimes de visibilidade em diferentes épocas históricas para mostrar como a universidade atingiu seu auge na sociedade disciplinar moderna, mas enfrenta desafios na sociedade de controle atual onde o poder é exercido de forma mais difusa.
3) Argumenta que os meios de comunicação de massa são hoje o
A modernidade surgiu na Europa Ocidental como uma busca por ordem a partir da desordem dos séculos XV e XVI. Ela se caracterizou pela Reforma Protestante, Estados Nacionais centralizados, expansão comercial, ideais humanistas de um futuro melhor construído pelo homem e racionalidade. A modernidade ampliou a percepção do tempo histórico e tentou estabelecer limites claros entre ordem e caos.
Este documento discute como o método dialético pode auxiliar na análise do real ao permitir uma visão totalizante que integra os diferentes elementos da sociedade. A dialética rompe com uma visão fragmentada da realidade, entendendo que todos os aspectos estão interligados, e ajuda a perceber como as condições sociais e históricas influenciam os fenômenos observáveis.
Este documento resume o seminário sobre a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault. Foucault analisa como as prisões e outras instituições modernas produzem "corpos dóceis" através de técnicas disciplinares como a vigilância. O poder é exercido através da normalização do comportamento e da coerção. A obra teve grande influência ao questionar como o poder é exercido de forma sutil na sociedade moderna.
Este documento discute as teorias do currículo no contexto da modernidade. Apresenta como as primeiras teorias do currículo foram influenciadas pela racionalidade científica e técnica da modernidade, levando a uma visão do currículo como um plano racional e objetivo (currículo-como-plano). Também discute como as visões pós-estruturalistas rejeitam a ideia de que o currículo pode ser descoberto objetivamente, vendo-o como uma construção social e cultural.
Divisão do trabalho karl marx e émile durkheim prof. érika de cássia o. c...Sergio de Goes Barboza
1) O documento discute as teorias de Émile Durkheim e Karl Marx sobre a divisão do trabalho.
2) Para Durkheim, a divisão do trabalho leva à solidariedade orgânica na sociedade moderna e pode exercer uma função moralizadora se regulamentada corretamente através de corporações.
3) O documento também aborda a teoria de Marx sobre a divisão do trabalho, mas não fornece detalhes sobre sua perspectiva.
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
LÖWY, Michael. Por um marxismo crítico. Lutas Sociais, São Paulo, n. 3, 1997,...André Santos Luigi
1) O texto discute a necessidade de se resgatar o marxismo como conhecimento crítico e projeto emancipatório, incorporando as conquistas dos marxismos do século XX.
2) A filosofia da práxis de Marx é apresentada como uma nova visão de mundo que permanece atual, ao mesmo tempo em que reconhece limitações no pensamento de Marx, especialmente no que diz respeito às relações entre produção, vida social e meio ambiente.
3) Defende-se um marxismo crítico que questione aspectos da obra de Marx
A modernidade surgiu na Europa Ocidental como uma busca por ordem a partir da desordem dos séculos XV e XVI. Ela se caracterizou pela Reforma Protestante, Estados Nacionais centralizados, expansão comercial, ideais humanistas de um futuro melhor construído pelo homem e racionalidade. A modernidade ampliou a percepção do tempo histórico e tentou estabelecer limites claros entre ordem e caos.
Este documento discute como o método dialético pode auxiliar na análise do real ao permitir uma visão totalizante que integra os diferentes elementos da sociedade. A dialética rompe com uma visão fragmentada da realidade, entendendo que todos os aspectos estão interligados, e ajuda a perceber como as condições sociais e históricas influenciam os fenômenos observáveis.
Este documento resume o seminário sobre a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault. Foucault analisa como as prisões e outras instituições modernas produzem "corpos dóceis" através de técnicas disciplinares como a vigilância. O poder é exercido através da normalização do comportamento e da coerção. A obra teve grande influência ao questionar como o poder é exercido de forma sutil na sociedade moderna.
Este documento discute as teorias do currículo no contexto da modernidade. Apresenta como as primeiras teorias do currículo foram influenciadas pela racionalidade científica e técnica da modernidade, levando a uma visão do currículo como um plano racional e objetivo (currículo-como-plano). Também discute como as visões pós-estruturalistas rejeitam a ideia de que o currículo pode ser descoberto objetivamente, vendo-o como uma construção social e cultural.
Divisão do trabalho karl marx e émile durkheim prof. érika de cássia o. c...Sergio de Goes Barboza
1) O documento discute as teorias de Émile Durkheim e Karl Marx sobre a divisão do trabalho.
2) Para Durkheim, a divisão do trabalho leva à solidariedade orgânica na sociedade moderna e pode exercer uma função moralizadora se regulamentada corretamente através de corporações.
3) O documento também aborda a teoria de Marx sobre a divisão do trabalho, mas não fornece detalhes sobre sua perspectiva.
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
LÖWY, Michael. Por um marxismo crítico. Lutas Sociais, São Paulo, n. 3, 1997,...André Santos Luigi
1) O texto discute a necessidade de se resgatar o marxismo como conhecimento crítico e projeto emancipatório, incorporando as conquistas dos marxismos do século XX.
2) A filosofia da práxis de Marx é apresentada como uma nova visão de mundo que permanece atual, ao mesmo tempo em que reconhece limitações no pensamento de Marx, especialmente no que diz respeito às relações entre produção, vida social e meio ambiente.
3) Defende-se um marxismo crítico que questione aspectos da obra de Marx
1) O documento discute a teoria da "semicultura" proposta por Theodor W. Adorno, na qual a formação cultural se converte em uma semiformação socializada devido à alienação do espírito.
2) Adorno argumenta que a cultura tem um duplo caráter: remete à sociedade e intermedia entre esta e a semiformação. A cultura se tornou um valor em si mesmo dissociado da realização das coisas humanas.
3) A formação cultural se emancipou com a burguesia, mas sua relação com a prática apresentou-se como de
O documento resume as teorias burocráticas de Marx, Weber e Michels. Apresenta as visões de Marx sobre burocracia como instrumento de dominação de classe. Discorre sobre as três formas de dominação de Weber - carismática, tradicional e legal - e as características da burocracia como organização racional e hierárquica.
1. O documento descreve a evolução dos paradigmas ao longo da história, do antropocentrismo na Grécia Antiga até o pós-modernismo. 2. O positivismo é caracterizado como um modelo de pensamento moderno baseado no empirismo e na razão científica. 3. O pós-modernismo critica os padrões modernos e enfatiza uma visão sistêmica e complexa do mundo baseada nas conexões entre unidades.
1. O documento descreve a evolução dos paradigmas ao longo da história, do antropocentrismo na Grécia Antiga até o pós-modernismo. 2. O positivismo é caracterizado como um modelo de pensamento moderno baseado no empirismo e na razão científica. 3. O pós-modernismo critica os padrões modernos e enfatiza uma visão sistêmica e complexa do mundo baseada nas conexões entre unidades.
1) O documento discute as influências do marxismo no pensamento sociológico sobre educação, mencionando autores como Marx, Engels, Gramsci e Althusser.
2) Marx e Engels acreditavam que a educação deveria estar integrada ao trabalho produtivo, preparando os estudantes para tanto o trabalho intelectual quanto manual.
3) Althusser desenvolveu a ideia de que a educação serve para adaptar indivíduos ao sistema capitalista e submeter as subjetividades à ideologia burguesa.
1) O professor Patrick Charaudeau discute como a análise do discurso é uma área interdisciplinar que estuda a linguagem humana em sociedade e as relações de poder.
2) Três principais objetos de estudo da análise do discurso são o discurso midiático, o discurso político e o discurso científico.
3) Charaudeau argumenta que conceber o sujeito como mero portador de ideias da sociedade é limitado e que é importante estudar a agência e identidades plurais do sujeito contemporâneo
A Espiritualidade como Estratégia de Controle nas Organizações Germana Rolim
1) O documento discute as representações sociais de alunos de administração sobre o conceito de espiritualidade nas organizações. 2) Foi realizado um teste de evocação de palavras que mostrou que os alunos já possuem um entendimento sobre o tema, evocando palavras relacionadas. 3) A espiritualidade nas organizações pode ser usada como estratégia sofisticada de controle, mantendo os indivíduos sob controle por meio da "reza".
O documento discute as contribuições de Karl Marx para a sociologia. Apresenta um resumo histórico do surgimento da sociedade capitalista e da sociologia, além das ideias de Marx sobre a sociedade capitalista e a luta de classes. Destaca que Marx foi um pensador fundamental para a compreensão da organização social e das desigualdades geradas pelo sistema capitalista.
O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social. Apresenta a visão de que o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas. Também reflete sobre o papel do filósofo em questionar ideias dominantes e compreender a realidade de forma crítica, ao invés de apenas explicá-la.
O documento discute a ontologia de Karl Marx de três formas:
1) Explica como Marx desenvolveu uma ontologia histórica ao superar as ontologias antiga e moderna.
2) Descreve como Marx via o homem como um "ser social" cuja consciência é determinada por seu ser social.
3) Discutem como Marx via o trabalho como a categoria fundante do mundo dos homens e a base de sua ontologia social.
O documento discute a teoria da ação comunicativa de Habermas e como ela fornece uma nova proposta para o desenvolvimento humano e emancipação. A teoria de Habermas enfatiza a importância do diálogo e da construção de valores através da comunicação, em oposição às abordagens positivistas e marxistas tradicionais. Ele argumenta que o desenvolvimento moral e a emancipação ocorrem principalmente no "mundo da vida", onde as pessoas se comunicam e constroem significados juntos.
O documento discute a filosofia da práxis segundo Adolfo Sánchez Vázquez. Ele refinou essa filosofia ao longo de muitos anos, defendendo uma perspectiva libertária e crítica. Sánchez Vázquez argumenta que o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por trazer um novo objeto à reflexão filosófica, mas por fazer parte do processo de transformação da realidade.
O documento apresenta uma atividade de sociologia sobre os temas de poder político, econômico e ideológico. O objetivo é despertar o olhar crítico dos alunos sobre as principais teorias de poder e identificar mecanismos de produção e desinformação. Inclui textos sobre formas de exercício do poder e teorias do poder de autores como Weber, Marx, Bourdieu e Foucault.
A filosofia da práxis segundo adolfo sánchez vázquezVictor Augusto
1) Adolfo Sánchez Vázquez é um filósofo marxista mexicano que refinou suas ideias ao longo de muitos anos.
2) Ele acredita que o pensamento de Marx mais relevante é o estruturalista, que vê as sociedades como sistemas estruturados em constante mudança.
3) Para Sánchez Vázquez, o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por estudar a transformação do mundo, mas por fazer parte desse processo.
O documento discute os pensadores pós-modernos e as características da pós-modernidade. Apresenta Michel Foucault como um dos principais filósofos pós-modernos, que se concentrou em instituições sociais, sexualidade e poder, vendo a sociedade moderna como organizada por micro-poderes disciplinares onipresentes.
György Lukács foi um filósofo marxista húngaro nascido em 1885. Formou-se em direito e filosofia e aderiu ao marxismo após a Revolução Russa de 1917. Ocupou cargos no governo comunista húngaro em 1919, mas foi exilado em 1923. Publicou a obra "História e Consciência de Classe" nesse período. Mudou-se para Moscou em 1930 para trabalhar no Instituto Marx-Engels. Foi deportado para a Romênia em 1956 após a invas
Este documento discute o impacto da publicação do livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, na historiografia brasileira na década de 1970. O livro questionou visões humanistas sobre a prisão e inspirou uma nova geração de historiadores a pensar o poder de forma diferente e a incluir novos objetos de estudo. Sua publicação coincidiu com um período de redemocratização no Brasil e mobilização social, tornando as ideias de Foucault particularmente influentes.
O documento discute a origem da Sociologia da Educação no século 19 como resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Também apresenta os principais pensadores da área, incluindo Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e como cada um abordou o papel da educação e da escola na sociedade.
Georges Seurat foi um pintor francês considerado o fundador do pontoilhismo. Sua principal inovação foi a decomposição da cor e mistura óptica ao invés de representar instantes luminosos como os impressionistas. Suas obras Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte e a inacabada O Circo são consideradas obras-primas do pontoilhismo. No Brasil, diversos artistas da Primeira República também empregaram técnicas divisionistas, como Eliseu Visconti no painel central do Theatro Municipal do Rio de Jane
O documento descreve os serviços e soluções oferecidos pela empresa Grupo Union para o mercado imobiliário. A empresa lidera o mercado de soluções para imobiliárias no Brasil e Portugal, atendendo mais de 1.000 imobiliárias, 6.500 corretores e 2,5 milhões de clientes. O Grupo Union oferece uma plataforma completa chamada Univen Total para auxiliar imobiliárias em todas as etapas do negócio.
El documento presenta información sobre una estudiante llamada Katia Yesenia Herrera Medina que cursa el segundo grado en el grupo 1. La materia es Literatura y Contemporaneidad y su profesora es Stephany Caso Alfaro. La estudiante asiste a la Escuela EPOEM N° 72.
1) O documento discute a teoria da "semicultura" proposta por Theodor W. Adorno, na qual a formação cultural se converte em uma semiformação socializada devido à alienação do espírito.
2) Adorno argumenta que a cultura tem um duplo caráter: remete à sociedade e intermedia entre esta e a semiformação. A cultura se tornou um valor em si mesmo dissociado da realização das coisas humanas.
3) A formação cultural se emancipou com a burguesia, mas sua relação com a prática apresentou-se como de
O documento resume as teorias burocráticas de Marx, Weber e Michels. Apresenta as visões de Marx sobre burocracia como instrumento de dominação de classe. Discorre sobre as três formas de dominação de Weber - carismática, tradicional e legal - e as características da burocracia como organização racional e hierárquica.
1. O documento descreve a evolução dos paradigmas ao longo da história, do antropocentrismo na Grécia Antiga até o pós-modernismo. 2. O positivismo é caracterizado como um modelo de pensamento moderno baseado no empirismo e na razão científica. 3. O pós-modernismo critica os padrões modernos e enfatiza uma visão sistêmica e complexa do mundo baseada nas conexões entre unidades.
1. O documento descreve a evolução dos paradigmas ao longo da história, do antropocentrismo na Grécia Antiga até o pós-modernismo. 2. O positivismo é caracterizado como um modelo de pensamento moderno baseado no empirismo e na razão científica. 3. O pós-modernismo critica os padrões modernos e enfatiza uma visão sistêmica e complexa do mundo baseada nas conexões entre unidades.
1) O documento discute as influências do marxismo no pensamento sociológico sobre educação, mencionando autores como Marx, Engels, Gramsci e Althusser.
2) Marx e Engels acreditavam que a educação deveria estar integrada ao trabalho produtivo, preparando os estudantes para tanto o trabalho intelectual quanto manual.
3) Althusser desenvolveu a ideia de que a educação serve para adaptar indivíduos ao sistema capitalista e submeter as subjetividades à ideologia burguesa.
1) O professor Patrick Charaudeau discute como a análise do discurso é uma área interdisciplinar que estuda a linguagem humana em sociedade e as relações de poder.
2) Três principais objetos de estudo da análise do discurso são o discurso midiático, o discurso político e o discurso científico.
3) Charaudeau argumenta que conceber o sujeito como mero portador de ideias da sociedade é limitado e que é importante estudar a agência e identidades plurais do sujeito contemporâneo
A Espiritualidade como Estratégia de Controle nas Organizações Germana Rolim
1) O documento discute as representações sociais de alunos de administração sobre o conceito de espiritualidade nas organizações. 2) Foi realizado um teste de evocação de palavras que mostrou que os alunos já possuem um entendimento sobre o tema, evocando palavras relacionadas. 3) A espiritualidade nas organizações pode ser usada como estratégia sofisticada de controle, mantendo os indivíduos sob controle por meio da "reza".
O documento discute as contribuições de Karl Marx para a sociologia. Apresenta um resumo histórico do surgimento da sociedade capitalista e da sociologia, além das ideias de Marx sobre a sociedade capitalista e a luta de classes. Destaca que Marx foi um pensador fundamental para a compreensão da organização social e das desigualdades geradas pelo sistema capitalista.
O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social. Apresenta a visão de que o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas. Também reflete sobre o papel do filósofo em questionar ideias dominantes e compreender a realidade de forma crítica, ao invés de apenas explicá-la.
O documento discute a ontologia de Karl Marx de três formas:
1) Explica como Marx desenvolveu uma ontologia histórica ao superar as ontologias antiga e moderna.
2) Descreve como Marx via o homem como um "ser social" cuja consciência é determinada por seu ser social.
3) Discutem como Marx via o trabalho como a categoria fundante do mundo dos homens e a base de sua ontologia social.
O documento discute a teoria da ação comunicativa de Habermas e como ela fornece uma nova proposta para o desenvolvimento humano e emancipação. A teoria de Habermas enfatiza a importância do diálogo e da construção de valores através da comunicação, em oposição às abordagens positivistas e marxistas tradicionais. Ele argumenta que o desenvolvimento moral e a emancipação ocorrem principalmente no "mundo da vida", onde as pessoas se comunicam e constroem significados juntos.
O documento discute a filosofia da práxis segundo Adolfo Sánchez Vázquez. Ele refinou essa filosofia ao longo de muitos anos, defendendo uma perspectiva libertária e crítica. Sánchez Vázquez argumenta que o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por trazer um novo objeto à reflexão filosófica, mas por fazer parte do processo de transformação da realidade.
O documento apresenta uma atividade de sociologia sobre os temas de poder político, econômico e ideológico. O objetivo é despertar o olhar crítico dos alunos sobre as principais teorias de poder e identificar mecanismos de produção e desinformação. Inclui textos sobre formas de exercício do poder e teorias do poder de autores como Weber, Marx, Bourdieu e Foucault.
A filosofia da práxis segundo adolfo sánchez vázquezVictor Augusto
1) Adolfo Sánchez Vázquez é um filósofo marxista mexicano que refinou suas ideias ao longo de muitos anos.
2) Ele acredita que o pensamento de Marx mais relevante é o estruturalista, que vê as sociedades como sistemas estruturados em constante mudança.
3) Para Sánchez Vázquez, o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por estudar a transformação do mundo, mas por fazer parte desse processo.
O documento discute os pensadores pós-modernos e as características da pós-modernidade. Apresenta Michel Foucault como um dos principais filósofos pós-modernos, que se concentrou em instituições sociais, sexualidade e poder, vendo a sociedade moderna como organizada por micro-poderes disciplinares onipresentes.
György Lukács foi um filósofo marxista húngaro nascido em 1885. Formou-se em direito e filosofia e aderiu ao marxismo após a Revolução Russa de 1917. Ocupou cargos no governo comunista húngaro em 1919, mas foi exilado em 1923. Publicou a obra "História e Consciência de Classe" nesse período. Mudou-se para Moscou em 1930 para trabalhar no Instituto Marx-Engels. Foi deportado para a Romênia em 1956 após a invas
Este documento discute o impacto da publicação do livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, na historiografia brasileira na década de 1970. O livro questionou visões humanistas sobre a prisão e inspirou uma nova geração de historiadores a pensar o poder de forma diferente e a incluir novos objetos de estudo. Sua publicação coincidiu com um período de redemocratização no Brasil e mobilização social, tornando as ideias de Foucault particularmente influentes.
O documento discute a origem da Sociologia da Educação no século 19 como resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Também apresenta os principais pensadores da área, incluindo Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, e como cada um abordou o papel da educação e da escola na sociedade.
Georges Seurat foi um pintor francês considerado o fundador do pontoilhismo. Sua principal inovação foi a decomposição da cor e mistura óptica ao invés de representar instantes luminosos como os impressionistas. Suas obras Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte e a inacabada O Circo são consideradas obras-primas do pontoilhismo. No Brasil, diversos artistas da Primeira República também empregaram técnicas divisionistas, como Eliseu Visconti no painel central do Theatro Municipal do Rio de Jane
O documento descreve os serviços e soluções oferecidos pela empresa Grupo Union para o mercado imobiliário. A empresa lidera o mercado de soluções para imobiliárias no Brasil e Portugal, atendendo mais de 1.000 imobiliárias, 6.500 corretores e 2,5 milhões de clientes. O Grupo Union oferece uma plataforma completa chamada Univen Total para auxiliar imobiliárias em todas as etapas do negócio.
El documento presenta información sobre una estudiante llamada Katia Yesenia Herrera Medina que cursa el segundo grado en el grupo 1. La materia es Literatura y Contemporaneidad y su profesora es Stephany Caso Alfaro. La estudiante asiste a la Escuela EPOEM N° 72.
Este documento apresenta um resumo de três ensaios sobre comunicação publicitária contidos numa antologia do autor Eduardo Camilo.
O primeiro ensaio analisa as especificidades estruturais das mensagens publicitárias tendo por base os conceitos de função comunicacional e género propostos por Roman Jakobson.
O segundo ensaio explora o estatuto do implícito na comunicação publicitária recorrendo aos trabalhos de Austin, Searle e Grice.
O terceiro estuda a presença da comédia no discurso public
1) O documento estabelece um código de ética para a Associação Brasileira de Empresas de Eventos, definindo princípios e regras para as relações com clientes, entre associados e com fornecedores.
2) É obrigatório um contrato por escrito para cada serviço, proibindo práticas enganosas ou abusivas.
3) As associadas devem tratar os clientes e concorrentes com lisura e respeito, sem concorrência desleal ou divulgação de informações falsas.
El documento resume las 18 carreras del Campeonato Mundial de Motociclismo de 2012, comenzando en Catar el 8 de abril y finalizando en Valencia, España. Las pistas incluyen Jerez de la Frontera en España, Le Mans en Francia, Mugello en Italia, Assen en Holanda, Brno en la República Checa, Motorland Aragón en España, Motegi en Japón, Sepang en Malasia, Phillip Island en Australia y Cheste en Valencia.
Nuno Álvares Pereira foi um guerreiro e santo português que liderou Portugal à vitória contra Castela na Batalha de Aljubarrota em 1384, garantindo a independência portuguesa. Mais tarde, tornou-se um frei carmelita e passou os últimos anos de sua vida em oração e serviço aos pobres, morrendo com reputação de santidade.
1) O documento descreve um espelho esférico côncavo, com foco F e centro de curvatura C.
2) Objetos nas regiões 2, 3 e 4 terão imagens nas regiões 8, 6 e 7, respectivamente.
3) É fornecido um problema sobre distâncias focais e posições de imagem para diferentes espelhos esféricos.
O documento discute a visão de Foucault sobre a escola. Segundo Foucault, a escola é uma instituição de poder que subjuga os alunos através de técnicas disciplinares como vigilância, classificação e exames, com o objetivo de produzir sujeitos dóceis e úteis à sociedade. Além disso, a escola gera saberes sobre os alunos que reforçam seu poder de controle. Dessa forma, a escola funciona para manter a ordem social estabelecida e reproduzir as relações de
O documento resume as principais ideias do filósofo francês Michel Foucault. Ele analisou como as instituições modernas como escolas, hospitais e prisões produzem corpos dóceis e subjetação através de mecanismos disciplinares. Foucault também questionou noções como razão e verdade, mostrando que são construções históricas.
Este documento analisa como a mídia, o poder e o controle social estão interligados. Discute como a mídia pode reforçar limites da sociedade de consumo e condutas que atendem aos interesses do poder através da publicidade, jornalismo e discurso sobre o corpo feminino. Também examina como a mídia legitima seu próprio poder e como internalizamos o controle social através dela.
O documento discute os fundamentos sociológicos da educação. Apresenta conceitos-chave da sociologia como processo social, socialização, poder e status. Discute também a sociologia da educação e seu papel em analisar a escola como instituição social. Finalmente, resume as contribuições de Augusto Comte e Émile Durkheim como primeiros sociólogos a estudar os fenômenos sociais e a educação.
- A entrevista discute como as tecnologias, além de computadores e internet, influenciam a sociedade e a educação de forma complexa, dependendo do contexto social e dos interesses de cada grupo. A história mostra a relação entre sistemas educacionais e produtivos, com modelos escolares influenciados pelo trabalho, como o taylorismo e fordismo. As novas tecnologias não determinam as mudanças, mas sim novas formas de poder econômico e visões de mundo que enfraquecem a construção social da modernidade.
O documento discute dois momentos de eleições internas (1986 e 2006) em uma instituição de ensino pública com mais de 100 anos de história. Analisa como esses momentos contribuíram para rupturas e permanências na instituição a partir das teorias de Bourdieu e Foucault sobre poder, capital social e habitus. Também examina como o corpo docente apropriou-se do capital cultural e do habitus ao longo do tempo.
O documento discute o papel do professor na pós-modernidade. Aponta que a educação moderna focada na formação do sujeito não se encaixa mais no contexto pós-moderno, onde o conhecimento é visto como estratégia de poder e desempenho é mais valorizado que a emancipação. Isso coloca professores em posição contraditória entre a realidade das escolas e os ideais modernos, exigindo uma postura mais crítica diante das novas demandas.
O documento apresenta os principais conceitos da sociologia como ciência da sociedade, incluindo:
1) A sociologia estuda o senso comum como objeto, e não como fonte direta de conhecimento.
2) A sociologia considera a dimensão do campo e recusa opiniões particularistas.
3) A sociologia surgiu formalmente no século XIX para compreender e contribuir com a organização da ordem social moderna.
E tica e razao no ensino superior a reunificacao de umDiego Belo
O documento discute a crise da razão iluminista no ensino superior e propõe a teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas como alternativa. Argumenta que o modelo atual é baseado em uma visão fragmentada do conhecimento que separa ética e ciência, e que a teoria de Habermas reconhece as limitações do iluminismo sem abrir mão da razão, trazendo uma proposta de uso racional da comunicação para reunificar o discurso ético-racional.
O documento discute a filosofia do direito de Jürgen Habermas e sua teoria da razão comunicativa. Habermas argumenta que (1) a razão comunicativa permite a coordenação da ação social através de pretensões de validade, embora não forneça normas diretas; e (2) o direito atua como uma categoria mediadora entre a facticidade e a validade na sociedade, possibilitando a coesão social através de normas legais.
O documento analisa as relações entre conhecimento e poder na obra de Michel Foucault e na sociedade contemporânea. A autora explora as contribuições de Foucault sobre como as estruturas de poder influenciam a produção do saber e regulam a sociedade, e oferece reflexões críticas sobre como essas dinâmicas operam hoje.
1) O documento discute a palestra "A Ordem do Discurso" de Michel Foucault em sua aula inaugural no Collège de France em 1970. 2) Foucault analisa os mecanismos de controle e exclusão que regulam a produção de discursos nas sociedades, incluindo sistemas externos e internos de exclusão e regras impostas aos sujeitos. 3) Seu objetivo era questionar a "ordem do discurso" e mostrar como ela pode ser subvertida.
Este documento discute a possível crise do Estado democrático de direito na pós-modernidade. Primeiro, analisa as características da pós-modernidade, incluindo individualismo, globalização e compressão do tempo-espaço. Em seguida, examina como esses fatores podem enfraquecer a soberania do Estado, legitimidade do direito e participação política. Finalmente, argumenta que a pós-modernidade exige novos marcos conceituais para responder aos desafios impostos às estruturas democráticas.
Do ensino à práxis: midiativismo como prática contra-hegemônica do jornalismo...Emerson Campos
Este documento discute o midiativismo como uma prática contra-hegemônica do jornalismo na sociedade excitada. O autor argumenta que, apesar da aparente liberação da palavra nas redes sociais, os indivíduos ainda não possuem autonomia real e a ideologia dominante continua sendo reproduzida. Ele defende que o midiativismo só poderá ser uma prática contra-hegemônica se os indivíduos forem capazes de agir criticamente contra os estímulos excessivos da mídia. O autor relata uma experi
O documento discute a sociologia da educação. Aborda como a sociologia surgiu no século XIX em resposta às transformações sociais da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Também explica como essas revoluções levaram ao modo de produção capitalista e à divisão da sociedade em burguesia e proletariado. Finalmente, apresenta pensadores fundamentais da sociologia da educação como Comte, Durkheim, Weber e Marx.
O documento discute os conceitos de alienação e ideologia e seus riscos para a educação. Apresenta como a cultura pode ser contaminada por modos perversos que desviam do processo de humanização, como a alienação e a ideologia. Argumenta que a educação não deve ser apolítica e deve promover a construção da personalidade social do educando.
O documento discute o contexto histórico do surgimento da sociologia no século XVIII. Neste período, a sociedade vivia uma era de mudanças políticas, econômicas e culturais que contribuíram para a eclosão da Revolução Industrial na Inglaterra e da Revolução Francesa. Estas revoluções marcaram profundamente a organização social e trouxeram novos problemas que ajudaram no desenvolvimento inicial da sociologia.
Este artigo discute a ideia de poder em Michel Foucault e como ela se relaciona com o Estado e a arte de governar. O autor explica que Foucault via o poder como originando das múltiplas ações e relações humanas em vez de uma fonte centralizada. Também discute como a arte de governar evoluiu ao longo da história, desde a Idade Média, quando o poder dos reis vinha de Deus, até a mentalidade moderna e a ênfase no bem-estar da população.
O documento discute as ideias de Michel Foucault sobre o poder disciplinar nas instituições, com foco na escola. Foucault acreditava que saber e poder estão intrinsicamente ligados e que a escola é uma instituição disciplinar projetada para normalizar os alunos através de técnicas como horários, espaços delimitados e vigilância constante. No entanto, o poder disciplinar entrou em crise na segunda metade do século 20 devido aos movimentos de resistência.
1. RELAÇÔES COMUNICACIONAIS ENTRE A UNIVERSIDADE
E A SOCIEDADE1
Eugenia Maria Mariano da Rocha Barichello
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Brasil
1. INTRODUÇÃO
Nesta investigação procuramos articular os conceitos de “legitimação” entendida como o processo
que engloba as práticas de “explicação” e “justificação” de uma instituição perante uma sociedade, conforme
proposto por Berger e Luckmann (1997) e o processo de “deslegitimação”, entendido como o não
reconhecimento das práticas de legitimação por parte de uma sociedade, no sentido que lhe atribui Lyotard
(1986), para investigar a “visibilidade” (Foucault, 1986) da universidade frente à sociedade em diferentes
períodos históricos, especialmente no atual. Partimos do pressuposto de que a necessidade de legitimação
acompanha o próprio processo de institucionalização e tem como objetivo explicar e justificar a instituição
perante a sociedade.
A partir dessa prerrogativa, buscamos compreender como a universidade tornou-se o local por
excelência da legitimação do saber, processo que atingiu o seu auge na modernidade, quando a existência
de um local próprio para a busca desinteressada do saber é sustentada pela própria filosofia. Essa breve
historicização torna-se necessária para a compreensão do processo de deslegitimação que a instituição
sofre atualmente, diante de novos padrões de legitimidade impostos pela racionalidade de mercado como,
por exemplo, as novas formas de mensurar o seu desempenho, derivadas de sua posição como uma
organização burocrática. Tais padrões são decorrentes da abertura da instituição e da operacionalização da
ciência, ou seja, da aplicação do saber junto à sociedade. Na atualidade está ocorrendo uma mudança nas
formas de obter legitimação, isto é, a universidade deixa, progressivamente, de ser legitimada como local de
busca da verdade pela verdade, e tende a acompanhar a racionalidade mercadológica atualmente em vigor.
Além disso, é possível observar uma transferência da cena do processo de legitimação, que deixa
de ser o local onde ocorrem as práticas institucionais e inclui, cada vez mais, a representação e justificação
das mesmas nos meios de comunicação de massa. Os mídia são o principal dispositivo contemporâneo de
visibilidade da instituição universitária, sendo responsáveis, em grande parte, pela sua legitimação junto à
sociedade.
2. O PODER OUTORGADO PELA VISIBILIDADE
Utilizamos aqui o conceito de visibilidade proposto por Michel Foucault, que estudou
profundamente as instituições procurando entendê-las como formadoras de sujeitos, de acordo com a grade
de poder de cada período histórico.
Segundo Foucault (1990), o poder é uma prática social e, por isso mesmo, é constituído
historicamente e se articula com a estrutura econômica. O que Foucault chamou de microfísica do poder
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Brasil
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2. Mariano da Rocha Barichello, E. M: Relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade… 2
significa tanto um deslocamento do espaço de análise quanto do nível que este se efetua De acordo com a
sua categorização, as sociedades e seus respectivos regimes de visibilidade podem ser divididas em:
sociedade de soberania, onde o rei ou senhor exercia o poder, por meio de uma vigilância externa e geral;
sociedade disciplinar, na qual as instituições são um dos maiores dispositivos de visibilidade, principalmente
com relação ao funcionamento dos aparatos institucionais; e sociedade de controle, que está substituindo a
sociedade disciplinar, na qual ocorre a implantação progressiva e dispersa de um novo regime de
dominação, ou seja, o exercício do poder à distância.
A questão da visibilidade das instituições acompanha o desenvolvimento da sociedade. No decorrer
da época clássica, nas ditas sociedades de soberania, foram construídos os "observatórios da multiplicidade
humana" (Foucault, 1990). O modelo de observatório quase ideal é o acampamento militar, onde o poder é
exercido pelo jogo de uma vigilância exata. O acampamento é o diagrama de um poder que age pelo efeito
de uma visibilidade geral e direta. No sistema clássico, o controle do poder era confuso, global e
descontínuo. Era o poder do soberano sobre os grupos de famílias, cidades e paróquias.
Mudanças sociais ocorridas nos séculos XVIII e XIX levaram a alterações desse jogo de poder, que
foi sendo gradativamente substituído pelo que Foucault denomina de sociedades disciplinares, as quais
atingiram seu apogeu no século XX. A passagem de uma forma de dominação para a outra ocorreu quando
a economia do poder percebeu ser mais eficaz e rentável “vigiar” do que “punir”.
Coube às sociedades disciplinares organizar os grandes meios de confinamento, os quais tinham
como objetivo concentrar e compor, no tempo e no espaço, uma forma de produção cujo efeito deveria ser
superior à soma das partes. O indivíduo não cessava de passar de um espaço fechado ao outro: família,
escola, fábrica, universidade e, eventualmente, prisão ou hospital.
A existência de mecanismos disciplinares é anterior ao período que Foucault denominou como
sociedade disciplinar, mas eles existiam de forma isolada, fragmentada. O padrão de visibilidade das
sociedades disciplinares voltou-se para o interior dos prédios das instituições, que passaram a ser
construídos para permitir o controle interno.
Podemos situar o nascimento da universidade, como é concebida hoje, na sociedade de soberania
(séculos XI a XIII) e afirmar que ela atingiu seu ápice na sociedade disciplinar (séculos XIX e XX), quando
constituiu-se não só como instituição organizada mas também legitimou-se territorialmente através de
espaços singulares, as cidades universitárias.
A universidade moderna, seguindo uma disposição organizacional e espacial, que separou em
compartimentos estanques as diferentes áreas do conhecimento, é um exemplo típico de dispositivo da
sociedade disciplinar.
Atualmente, encontramo-nos numa crise generalizada de todos os meios de confinamento da
sociedade disciplinar e assistimos à instalação de uma sociedade que controla à distância. Desse modo, a
crise das instituições modernas representa a implantação progressiva e dispersa de um novo regime de
dominação. A lógica da sociedade disciplinar é analógica, ou seja, descontínua e diferenciada em cada
confinamento, enquanto a da sociedade de controle é numérica e constante.
Podemos vislumbrar na concepção da universidade ora em crise características de uma instituição
típica da sociedade disciplinar, ou seja, um espaço destinado a moldar o indivíduo, serializá-lo, produzi-lo
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3. Mariano da Rocha Barichello, E. M: Relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade… 3
para desempenhar determinadas funções na sociedade. Essas características imprimem um descompasso
crescente entre a concepção de universidade moderna e a sociedade do nosso tempo, na qual o poder é
exercido à distância, de forma quase invisível, e o indivíduo não está mais submetido a moldes, mas a
modulações. A diferença da formação por moldes daquela que se dá por modulação é que a primeira opera
como uma fábrica, pretendendo formar os indivíduos em série e de uma forma massiva, enquanto a
segunda opera de maneira contínua, de acordo com variações constantes e flexíveis e a formação tende a
ser exercida de forma permanente.
Hoje vivemos numa sociedade que funciona por controle contínuo e comunicação instantânea. O
campo de incidência do poder opera sobre o controle do tempo. Encontramo-nos numa crise generalizada
de todos os meios de confinamento. Já não existe mais reserva de conhecimento institucionalizada, sendo
que a universidade divide e compete com outros organismos na tarefa de produzir conhecimento.
Diante da fragmentação das diferentes dimensões da experiência, cabe à comunicação colocar em
contato os diferentes campos autônomos do saber. Situar a comunicação num plano estratégico é
considerar a inserção e a singularidade da instituição universitária na contemporaneidade e nos imperativos
de uma nova ordem mundial calcada na desterritorialização provocada pelo capital e apoiada nas novas
tecnologias de informação e nos mass media. Na atualidade, a visibilidade das instituições depende de sua
capacidade de informar e comunicar seus atos.
A seguir, trataremos da situação dos mídia como novo local de visibilidade da sociedade
contemporânea e, portanto, como novo local da cena de legitimação, considerando que, na sociedade atual,
não só é necessário legitimar os atos da instituição universitária mas também torná-los legítimos por
intermédio desses novos suportes de visibilidade.
3. UM NOVO LOCAL DA CENA DE LEGITIMAÇÃO
A sociedade pós-industrial é caracterizada pela passagem de uma economia produtora de
mercadorias para uma economia produtora de bens de serviço, na qual a técnica exerce sobre os atores
sociais um poder reestruturante e reorganizador. Segundo Muniz Sodré (1995, p.8), “no processo de
globalização das culturas do mundo, o consumo, enquanto imperativo de mercado, aparece como uma
doutrina sem nome preciso, com pretensão de substituir as formas representativas tradicionais.”
Muniz Sodré denomina "tecnocultura" a aliança estabelecida entre comunicação e tecnologia, que
abrange desde os meios de comunicação de massa tradicionais até as atuais redes telemáticas. Para ele,
mais do que em "centros" de irradiação, podemos falar em "lugares" de absorção e transformação do fluxo
histórico-dinâmico da vida social em projeções fantasiosas que pretendem dar conta da realidade em sua
máxima objetivação. Esses lugares são os meios de comunicação de massa, a arquitetura, o urbanismo, a
economia, a política e a educação.
Podemos deduzir, então, que a comunicação das instituições deve valer-se de estratégias que
articulem a sua interação com a sociedade, pois as novas tecnologias possibilitam novas formas de
sociabilidade, modificam antigas formas, criam situações diferenciadas para a ação e interação e, portanto,
reestruturam as relações existentes entre as instituições e organizações e a sociedade da qual elas fazem
parte.
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A nova cena de legitimação se dá na mídia, onde a comunicação serve para legitimar os discursos,
os comportamentos e as ações, substituindo o papel desempenhado pelas religiões nas sociedades
tradicionais. Para dar conta do processo de legitimação das instituições pelos mass media, é preciso levar
em consideração as duas esferas da experiência atual: informação e comunicação. A primeira cada vez
mais se autonomiza em relação ao campo da experiência cotidiana, é uma realidade relativa que
compreende o conjunto de acontecimentos que ocorrem no mundo e formam o nosso meio ambiente. Os
acontecimentos são tanto mais informativos quanto menos previsíveis e inesperados. À medida em que
uma mensagem vai integrando o mundo das mensagens socialmente aceitas como prováveis e
indiscutíveis, o seu valor informativo vai diminuindo. Já a comunicação ocorre entre indivíduos que
pertencem ao mesmo mundo cultural, sendo um processo dotado de relativa previsibilidade ( ODRIGUES ,
R
1994).
O processo de planejamento da comunicação que demarca o posicionamento estratégico de um
bem material ou simbólico trabalha com estratégias de enunciação e reconhecimento, pretendendo diminuir
a imprevisibilidade, pois os processos comunicacionais são dotados de valores, que põem em jogo as
estratégias dos intervenientes no processo. As regras são regidas por princípios de natureza simbólica e
suas manifestações enraízam-se nas expectativas geradas pela convivência no seio de um espaço cultural
concreto. Esse processo é reversível, cada um dos intervenientes é, ao mesmo tempo, destinador e
destinatário de uma mensagem. Assim, a comunicação é um processo de trocas simbólicas generalizadas,
que alimenta a sociabilidade e gera os laços sociais.
Porém, não se pode deixar de considerar que os meios de comunicação, na sua modalidade
reticular de organização, são dispositivos que contribuem para o alargamento de nossa experiência para
além das fronteiras territoriais, geram novas expectativas e criam novos hábitos, provocando uma
desterritorialização do quadro tradicional da vida individual e coletiva. Na atualidade, assiste-se à instalação
de uma experiência planetária que se sobrepõe à experiência cultural concreta dos quadros de
representação da realidade. Torna-se necessário, então, saber se as razões invocadas para legitimar os
discursos, as ações e omissões no seio de uma comunidade, podem ser reconhecidas não só por seus
interlocutores mas também pelos que acompanham estas ações através dos meios de comunicação.
Adriano Duarte Rodrigues vai além e coloca o problema de saber se, com a autonomização do
campo da informação, não estamos assistindo ao aparecimento de uma nova modalidade de racionalidade,
autônoma em relação às regras de legitimação enraízadas na experiência concreta das diferentes
comunidades humanas. A informação atravessa fronteiras e constitui uma espécie de denominador comum
de todas as nações. Dessa forma, "a visibilidade dos acont ecimentos e das pretensões legítimas passou a
depender mais da capacidade de encenação mediática do que da força argumentativa das razões.
A instantaneidade e a telemática forçam o ritmo e a natureza de produção do conhecimento. Criam-
se novos fluxos de saber e novos formatos organizacionais das instituições de ensino. Criam-se, também,
novas mediações e interlocuções entre as instituições e a sociedade, nas quais a atuação dos meios de
comunicação é peça fundamental e legitimadora de um processo permanente de construção da sua
identidade, assunto que trataremos a seguir.
4. A IDENTIDADE COMO CONSTRUÇÃO
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5. Mariano da Rocha Barichello, E. M: Relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade… 5
Se procurarmos no dicionário encontraremos as seguintes definições para o termo identidade: “é a
qualidade do idêntico; o conjunto de características próprias e exclusivas de uma pessoa, como nome,
idade, estado, profissão, sexo, defeitos físicos e impressões digitais; o reconhecimento de que um indivíduo
morto ou vivo é o próprio; a carteira de identidade; a relação de igualdade válida para todos os valores das
variáveis envolvidas”.
Para a semiologia, identidade é o conjunto de marcas que estruturam o modo de ser dos indivíduos
e, ao mesmo tempo, é um conjunto de senhas através das quais os indivíduos se permitem ser identificados
e também se identificar. A identidade se define, portanto, na dinâmica das trocas, no intercâmbio entre
crenças e construções simbólicas.
Levi Strauss citado por Bernd (1992, p.14) definiu identidade como uma palavra abstrata, sem
existência real, mas indispensável como ponto de referência. Segundo ele, a identidade é um conceito que
não pode afastar-se do de alteridade, pois a identidade que nega o outro permanece a mesma. Excluir o
outro leva a uma redução, pois é impossível conceber o ser fora das relações que o ligam a outro. Além
disso, a identidade não se relaciona a um único referente empírico, mas concretiza-se em relação a vários.
Desse modo, podemos considerar a identidade como uma entidade que se constrói simbolicamente no
próprio processo de sua determinação.
Manuel Castells (1999, p.22) entende por identidade “o processo de construção de significado com
base em um atributo cultural, ou ainda, um conjunto de atributos culturais inter-relacionados, o(s) qual(is)
prevalece(m) sobre outras fontes de significado.” O autor afirma que pode haver identidades múltiplas, tanto
para um indivíduo como para um ator coletivo e que essa multiplicidade é fonte de tensão e contradição,
que se reflete tanto na ação social como na auto-representação. Por isso, defende ser necessária a
distinção entre identidades e papéis, sendo as identidades fontes mais importantes de significado do que os
papéis, devido ao processo de autoconstrução e individuação que envolvem. Segundo sua concepção, cabe
às identidades organizarem significados e aos papéis organizarem funções.
Na mesma obra, o autor propõe que, uma vez que a construção social da identidade ocorre em um
contexto marcado por relações de poder, podem ser distinguidas três formas e origens de construção de
identidade coletiva: “identidade legitimadora”, “identidade de resistência” e “identidade de projeto”.
A “identidade legitimadora” é introduzida pelas instituições dominantes da sociedade com o objetivo
de aumentar e racionalizar sua dominação em relação aos atores sociais. Esse tema se aplica às diversas
teorias do nacionalismo e é estudado por Richard Sennett em sua Teoria da Autoridade e Dominação.
A “identidade de resistência” é criada por atores sociais que se encontram em posições ou
condições desvalorizadas e/ou estigmatizadas pela lógica da dominação, construindo trincheiras de
resistência e sobrevivência com base em princípios diferentes daqueles preconizados pelas instituições à
sociedade ou opostos a estes, como propõe Craig Calhoun ao relatar as origens da “política de identidade.”
A “identidade de projeto” ocorre quando os atores sociais, utilizando-se de qualquer tipo de material
cultural disposto ao seu alcance, procuram construir uma nova identidade, capaz de redefinir a sua posição
na sociedade e, ao fazê-lo, buscam a transformação de toda a estrutura social.
Ainda segundo Castells, existe uma dinâmica entre esses três tipos de identidade, uma podendo
transformar-se em outra, sendo que cada tipo de processo de construção de identidade pode levar a um
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resultado distinto no que se refere à constituição da sociedade. A legitimadora daria origem a uma
sociedade civil; a de resistência levaria à formação de comunas ou comunidades e a de projetos levaria à
construção de sujeitos.
Nossa proposta é pensarmos a instituição universitária como detentora de uma dupla identidade:
uma legitimadora e outra de projeto. A primeira refere-se à universidade como instituição hegemônica do
medievo e da modernidade, que necessita legitimar-se perante à sociedade. A segunda decorre do núcleo
comum das universidades, ao qual denominamos, no segundo capítulo, de núcleo abstrato, renovado sob
diversas formas de organização em tempos e lugares diversos e que significa ser a universidade uma
comunidade do saber.
Acreditamos que a identidade legitimatória da universidade - representada especialmente pela sua
vinculação ao Estado - encontra-se em crise na esteira da transformação de todas as outras instituições
modernas e, um exemplo disso, é a crise dos discursos que representam a universidade junto à sociedade.
Já a identidade de projeto é renovada sempre que ocorre a vivência e a partilha de um projeto comum por
uma comunidade universitária e a concretização da instituição em um território. Nesse sentido, os membros
da comunidade universitária podem viver uma identidade de redefinir a sua posição na sociedade.
Referindo-se à identidade coletiva de instituições e empresas, Gaudêncio Torquatto do Rego
(1994) afirma que "por identidade deve-se entender a soma das maneiras que uma organização escolhe
para identificar-se perante os seus públicos. Imagem, por outro lado, é a percepção da organização por
aqueles públicos".
Entendemos que o autor está se referindo ao que denominamos, neste trabalho, identidade
legitimatória de uma instituição, a qual é definida por práticas de representação que podem ser
reconhecidas ou não pela sociedade. Da mesma forma, acreditamos que o processo de deslegitimação, ou
seja, o não reconhecimento das práticas de justificação e explicação da instituição refere-se a essa
identidade da instituição.
Atualmente, identificar uma instituição significa reconhecê-la dentre tantas outras similares, pois o
processo de identificação é determinado pelo olhar dos outros (sujeitos e organizações) e pelo
relacionamento com esses outros. Podemos supor, então, que a identidade é uma construção que se
produz através das situações e das experiências que a moldam.
Relativizar o conceito de uma identidade estável torna-se importante na atualidade não só para o
sujeito individual mas também para as identidades coletivas, como as de uma instituição ou de uma
organização. Para explicitar essa questão, resgatamos a evolução da teoria das organizações que inicia
com a analogia a um sistema fechado – como uma reação química feita em um vidro de laboratório –
seguida da noção de uma identidade perene, e desemboca na percepção da organização como sistema
aberto – onde são realizadas trocas com o ambiente - e na complexidade, retratando as relações da
organização com o mundo e consigo mesma, numa pluralidade constantemente renovada.
É diante dessa ótica que Michel Mafesoli coloca dar-se a construção da identidade na relação, na
lógica comunicacional, à qual denomina "processo ou lógica de identificação" (1996, p. 304). Acreditamos
que uma perspectiva semelhante possa ser utilizada para pensar a instituição universitária da atualidade,
que depende da comunicação interna e externa não só para formar uma imagem que a legitime, mas
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também para construir uma identidade através de suas ações. Podemos propor uma identidade, mas esta
será sempre reelaborada no convívio entre o dentro e o fora.
As primeiras teorias das organizações consideravam só o dentro (o interno, a estrutura) e seus
conflitos. Foi com a abordagem sistêmica que as organizações começaram a dar ênfase à sua comunicação
como condição de continuidade. É pensando a identidade como construção que se pode perceber que os
grupos e as instituições constituem-se e perduram a partir de um pólo idealizador, de uma figura, ideal, ou
imagem, ou seja, de um projeto comum compartilhado entre seus membros. Além disso, estamos certos
de que, cada vez mais, esse projeto precisa ser legitimado através de uma relação comunicacional mais
ampla com a sociedade.
Tomando a identidade como produto de uma construção e colocando-nos perante a racionalidade
de mercado, poderíamos trazer para o cenário da instituição universitária atual a proposição de Mafesoli de
que "um produto, seja qual for, só vale na medida que saiba se teatralizar" (1996,p.328). E aqui
entenderíamos o teatralizar-se como comunicar-se de forma intencional e propor enunciados tanto para o
público interno como para o externo, os quais possam ser reconhecidos pelos mesmos. Como a mídia
propõe constantemente modelos de identificação, teatralizar-se, neste caso, seria, também, participar da
cena midiática, ou seja, utilizar a mídia como dispositivo de visibilidade para a legitimação da instituição
universitária.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A comunicação é fator de troca e transformação que se estabelece tanto entre as diferentes áreas
do saber na comunidade universitária como entre a instituição e a sociedade. Desde que o saber
instrumental instaurou na modernidade uma autonomização dos sujeitos individuais e coletivos em relação à
legitimação - deslocando os lugares fixos e facilmente referenciáveis da tradição - a comunicação das
instituições depende da sua capacidade de dar visibilidade às suas ações. A instalação de uma
comunicação racional foi seguida pelo deslocamento da cena de legitimação para a arena dos meios de
comunicação, fato que atinge seu auge nos tempos atuais de globalização.
A identidade deixou de ser entendida como um referencial seguro e estável e passou a se constituir
em um processo em permanente construção. E essa nova perspectiva aplica-se não apenas à identidade
do sujeito mas também a das instituições.
Este estudo procurou demonstrar que o processo de formação da identidade institucional é
realizado através das relações comunicacionais, sendo constituído por inúmeros fatores que se inter-
relacionam, os quais podem ser internos ou externos à universidade. Consideramos como fatores externos
propriamente ditos aqueles cuja pressão sobre a instituição se dá de forma constante, mas que não sofrem
influência das suas ações diretas. Dentre eles destacamos o fator econômico e o tecnológico, que
desenvolvem uma atuação transformadora em todas as organizações contemporâneas, impondo palavras
de ordem como flexibilidade, excelência e visibilidade. A essa atuação constante e transformadora
contrapõe-se a experiência cotidiana de realizar algo em algum lugar, a qual gera os fatores internos que
contribuem para a formação da identidade institucional. Dentre esses, o mais importante na construção da
identidade é a vivência constante de um projeto, uma concepção diferenciada e passível de ser
concretizada, que reúna a comunidade universitária em torno de objetivos comuns.
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8. Mariano da Rocha Barichello, E. M: Relações comunicacionais entre a universidade e a sociedade… 8
Consideramos, também, que a ligação da instituição universitária com o seu território pode
constituir-se em uma força de resistência à desterritorialização. Isso porque, na confusão da mistura e das
hibridizações, o próximo fica esquecido, a solidariedade é relegada e o conceito de comunidade tende
também a desterritorilizar-se e a possuir uma existência virtual, processos que podem ser contrapostos pelo
investimento no local. A universidade pode funcionar como reforçador do local sem deixar de lado a
experiência globalizada típica de nossa época.
Acreditamos que o destino da universidade está ligado às relações comunicacionais que a
comunidade universitária conseguir estabelecer com a sociedade do seu tempo. Só as práticas
comunicacionais calcadas na renovação de seu projeto identitário coletivo poderão construir uma
universidade para os novos tempos e espaços, dando conta da utilização dos modelos comunicacionais já
referenciados e de suas respectivas formas de sociabilidade e, também, das novas possibilidades de
constituição da comunidade universitária.
As formas possíveis de estruturação da instituição universitária mudam de acordo com o aparato
tecnocomunicacional e as bases culturais disponíveis, mas a força de um poder comum aos integrantes da
comunidade universitária persiste através das práticas de comunicação estabelecidas no cotidiano e da
renovação de seu projeto identitário.
É dentro dessa compreensão de comunidade como ação que podemos reconhecer a permanência
da universidade, a sua constante reinterpretação, tendo como âmago a comunidade do saber - uma
comunidade como projeto gerador de identidade - convivendo e f rmando uma instituição que, por suas
o
práticas comunicacionais de representação institucionalizadas, constrói, também, uma identidade
legitimatória. Essa dupla identidade da universidade tem proporcionado a sua duração, no ocidente, há
quase mil anos - isto posto talvez numa perspectiva reducionista, que não considera suas possibilidades
anteriores de existência no Ocidente ou no Oriente.
A “identidade legitimatória” está representada, ainda hoje, pelas práticas da concepção da
universidade moderna, cuja existência estava ligada ao Estado-nação e à formação da cultura nacional. A
crise atual da instituição é decorrente das pressões de um novo contexto e, especialmente, de uma
racionalidade ligada ao mercado. É essa nova racionalidade que provoca a operacionalização do saber e a
deslegitimação de suas práticas, impondo novas exigências à instituição universitária - embora seja
significativo considerar que a universidade, em suas diferentes corporificações, já passou por outras
mudanças críticas no transcurso da história, como foi demonstrado no decorrer deste trabalho.
A “identidade de projeto” é encontrada no seu núcleo abstrato, no projeto de formar sujeitos e
formar-se continuamente como sujeito coletivo da história. Está ligada ao conceito de universidade,
entendida como comunidade do saber, que pode tomar corpo, por meio de novos projetos e
reinterpretações, transformando-se em universidades concretas.
Acrescentaríamos um fator complexificador nessa grande sociedade global: a premissa de que ela
ainda é - mesmo com a possibilidade de ampliação do alcance e democratização das redes interativas
reticulares - delimitada por inúmeras comunidades capazes de se identificar pela diferença de seu existir, de
seus projetos e de suas formas de legitimação.
Essa mimese da grande rede, a rede como estrutura, tem muitas implicações em uma instituição
destinada a cultivar o saber. Poderíamos dizer que os três modelos de comunicação – tradicional, moderno
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e reticular - perpassam as formas de construção da identidade coletiva. Além disso, a complexidade da
instituição universitária faz com que ela tenha uma dupla identidade: a identidade legitimatória – que temos
visto enfraquecer com a passagem do modelo moderno para o atual e que entra em crise juntamente com
as demais instituições dominantes modernas - e a identidade de projeto - mantida pela comunidade
universitária - que ainda está viva e tem condições de ser renovada.
A universidade como um conceito contemporâneo é persistente e nele, paradoxalmente, as
instituições tenderão ao local e ao global, pois estarão cada vez mais interligadas na busca do saber e cada
vez mais identificadas e separadas na busca de projetos identitários.
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Esta investigação conta com o apoio do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico - Brasil
Revista Iberoamericana de Educación (ISSN: 1681-5653)