Notícias sobre biossistemas aquáticos artificiais, piscinas biológicas, natural swimming pools.
As piscinas ao longo da História.
Piscinas biológicas, a revolução verde do bem-estar e um contributo para a biodiversidade.
Piscinas biológicas: a revolução verde do bem-estar
1. iscinas biológicas
Lagos de natação
Piscinas naturais, ecológicas,
(Schwimmteich, Naturpool, NSP)
História,
Conceitos e Analogias
P Newsletter 2022
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A presença do elemento Água tem sido uma
constante desde a Antiguidade. Estes biótopos
encontram-se nos jardins mais belos do
mundo, desde a Babilónia ao Japão.
Gregos e Romanos aproveitaram engenhosamente
os mananciais que a Mãe-Natureza nos brindou,
convertendo-os em complexos espaços lúdicos e
terapêuticos.
áginas da História
P
Já no segundo milênio a.C., na Mesopotâmia, e por volta de 1800 a.C., na ilha
de Creta, era comum a utilização de banheiras particulares, muito idênticas às
formas das piscinas convencionais de hoje.
Embora os caldeus e os gregos fizessem uso delas, foram os romanos que
popularizaram as piscinas públicas.
Os banhos romanos, com a necessidade de grandes espaços abertos, também
foram importantes impulsionadores na evolução da arquitetura, oferecendo as
primeiras estruturas de cúpula na arquitetura clássica.
Por volta do século 1 d.C., os banhos tornaram-se estruturas harmoniosas e
simétricas, muitas vezes localizadas em jardins e parques.
Os primeiros banhos eram aquecidos por meio de braseiros, mas a partir do
século 1 a.C., sistemas de aquecimento mais sofisticados foram sendo criados,
como o aquecimento sob o piso (hipocausto), abastecido por fornos a lenha
(prafurniae).
Ruínas das Termas de Dioclesiano em Roma
Ruínas das Termas de Adriano em Leptis Magna, Líbia
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Hoje, a nossa capacidade de imitar a Natureza
permite-nos criar espaços idílicos, onde a água
balnear é tratada pelo ambiente que a rodeia.
Também está registado nas memórias da História das Piscinas
Biológicas que em 1983, na Áustria, Herr Werner Gamerith
construiu o primeiro lago para nadar, separando a zona
vegetal da zona de banhos, com a intenção de que a água
tratada desta forma natural, mantivesse a qualidade balnear.
Simultaneamente, Herr Peter Petrich criava os seus primeiros
modelos, levando a sua empresa Biotop a um elevado patamar
de qualidade nas duas décadas seguintes.
Assim nasciam as piscinas biológicas.
Desde então, este conceito biomimético foi evoluindo em
forma e conteúdo, na mesma medida que vem crescendo a
sua popularidade pelo mundo.
Primeira piscina natural, Schwimmteich em alemão, construída por Herr Gamerith.
Piscinas biológicas são, basicamente, combinações simbióticas entre áreas
de natação e jardins aquáticos (biofiltros), em um processo similar ao que
se observa na Natureza, sem o uso de produtos químicos ou quaisquer
outros métodos de esterilização.
A biopiscina apresenta três características elementares:
1) É uma concavidade escavada no solo e vedada, ou seja, estanque.
2) A zona plantada é separada da zona de natação para que os usuários
não perturbem o processo bio-mimético.
3) Não se usam produtos químicos ou dispositivos como UV, geradores de
ozônio, ionizadores, etc., para desinfetar e/ou esterilizar a água.
A água é regenerada e purificada em filtros biológicos naturais.
Existe uma grande variedade de materiais utilizados, dependendo do
modelo idealizado, o que tem permitido executar projetos maravilhosos
com combinações profusas, dando um toque único a cada um.
Embaixo, piscina biológica construída no ano 2019, em fazenda de São Paulo, Brasil.
Mesmo adaptadas ao clima tropical,
a Bionatare mantém as características conceituais europeias.
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diferentes estilos, o mesmo conceito
Com a difusão das piscinas biológicas em vários continentes,
foram-se conjugando materiais e tecnologias que permitem a
criação de novos estilos e, consequentemente, novos termos.
Em 2003, a FLL alemã (Sociedade de Pesquisa para
Desenvolvimento e Construção do Paisagismo) publicou um
conjunto de diretrizes para os projetos e construção de lagos
para natação e/ou piscinas naturais, tanto residenciais quanto
públicas. Foram definidas então cinco categorias pela FLL.
Alguns anos depois, diferenças entre desenhos e métodos
construtivos, levaram as empresas norte-americanas do setor
a debater a terminologia adotada.
Após o Congresso da IOB em 2013, James Robyn, da BioNova-USA,
comentou:
“Em 2007, decidimos em BioNova usar o termo Piscina Natural/Lago
Natural, abreviado como NSP, para descrever o nosso produto. O
termo Piscina Natural soa muito melhor e usamos intencionalmente
as iniciais NSP. Escolhemos conscientemente usar NSP em vez de
Swimming Ponds (lagos para natação) porque, em inglês, essas
palavras são muito nebulosas. Um ‘lago para natação’ pode ser um
lago alimentado por uma nascente onde as pessoas podem nadar ou
uma porção de água desviada de um córrego para um tanque, sem
qualquer tratamento.”
As questões relativas à nomenclatura destes biossistemas existem
também na Europa, onde vários termos são aplicados.
Lá, a principal questão a lembrar é que todos os projetos, sejam
como forem nomeados, são concebidos para uso por pessoas. Se é
projetado para ser usado como um espaço para a natação, então
ele deve estar em conformidade com Códigos e Normas aplicáveis.
Imagem de uma NSP (Natural Swimming pool - Piscina Natural em português), em
Princeton, NJ, USA, uma instalação da BioNova® Natural Pool
Modelos mais orgânicos, como este da Naturaleza&Arte, em Espanha,
são solicitados frequentemente.
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algo idêntico sucede no Brasil,
no referente à terminologia.
O termo Piscina Natural é bem conhecido, visto o país ser farto
em riquezas aquáticas naturais, tanto marítimas como fluviais,
com características endémicas muito próprias.
Em plena Natureza, encontram-se maravilhosas piscinas naturais
formadas em rios e também ao longo da costa atlântica. Trazer
uma parcela dessa beleza para os nossos jardins é o sonho de
todos.
Piscina biológica construída pela Bionatare, em Mossoró, RN, Brasil, 2019.
O que realmente define os biossistemas aquáticos artificiais para
contato primário, como são as piscinas biológicas, não é seu
design mas sim a função pretendida - um tratamento biológico
que permita a qualidade, equilíbrio e a garantia sanitária para os
seus usuários, de forma sustentável e com o mínimo consumo
energético possível.
Estas piscinas, independentemente do design, são ecossitemas
viventes. Ainda que totalmente isoladas do solo, elas geram a sua
própria biota. Sem equipamentos esterilizadores, o ecossistema
vai criando seu equilíbrio para tratar e purificar a água, tal como
sucede na Natureza. A área destinada à natação é separada das
zonas de tratamento para que os banhistas não prejudiquem estes
jardins aquáticos, que se inserem no paisagismo circundante.
Piscinas naturais
no Rio Quente,
Parque das Fontes,
Goiás.
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Atualidades do setor
11º Congresso da IOB
Várias Associações de diferentes países, afiliadas ao Grupo
IOB - International Organization of natural Bathing waters, e
seus Membros Extraordinários, assistiram ao 11º Congresso,
realizado em Outubro de 2021 em Portugal, onde foi
acordado um conjunto de normativas que estão em processo
final de aprovação para o Planejamento, Construção e
Manutenção de Piscinas Biológicas.
Estas Normas Essenciais Comuns vão ao encontro do conceito
global que define as Piscinas Biológicas (NSP) como Soluções
baseadas na Natureza, biossistemas projetados que utilizam
princípios e processos conhecidos da Natureza.
Rally antes do Congresso:
Em cima: visita à biopiscina em
Campo Maior (projeto - BIOPISCINAS,
execução - SHB, Lda.).
À esquerda: um lanchinho antes da
visita seguinte.
Ao lado: abertura do congresso
pelo presidente de IOB,
Stefan Meyer.
Em cima: apresentação das Normas
Essenciais Comuns durante o Congresso.
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Durante 3 a 4 dias, especialistas do setor aproveitam a ocasião para trocar ideias e partilhar conhecimentos.
O Congresso da IOB realiza-se bienalmente, em um dos países que possuem Associações Nacionais pertencentes à
Organização, a qual representa a mais de 600 membros. Os temas debatidos pelos palestrantes são sempre interessantes
e estimulam novos aprendizados.
Uma piscina biológica (NSP) tem muitos efeitos
diferentes:
Contribui para o bem-estar do usuário,
proporcionando uma forma de natação muito mais
saudável do que as soluções tradicionais de
tratamento de água de piscina.
Conserva a água utilizando águas interiores com
técnicas de bioeconomia.
Reduz o consumo de energia por banhista ou metro
quadrado em relação às soluções tradicionais.
Reduz os efeitos na destruição do ozônio
atmosférico causados em parte por compostos de
cloro.
Captura CO2 e atua como um depósito de CO2 (como
a maioria das zonas úmidas).
É eficiente em termos de recursos, pois as piscinas
naturais não produzem efluente poluente, por a
qualidade da água ser equivalente à de lagos rasos
meso a oligotróficos.
As piscinas naturais podem servir de trampolim para
muitos organismos das zonas húmidas, como anfíbios
e insectos aquáticos. A IUCN (União Internacional
para a Conservação da Natureza) classifica as lagoas
de natação como NBS.
Fonte do texto: IUCN (Sigla em inglês para União internacional
para Conservação da Natureza)
Uma das palestras sobre biofiltros
para NSP’s.
Vários stands de sponsors do evento,
que aproveitam a ocasião expondo
seus equipamentos
para NSP’s.
Explicação do team da
BIOPISCINAS sobre a limpeza
subaquática, na biopiscina
construída por eles no hotel
onde se realizou o congresso.
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a revolução verde
do bem-estar
Piscinas biológicas são especificamente projetadas para
minimizar o impacto ambiental, mas não só...
As piscinas biológicas são uma excelente alternativa às piscinas
tradicionais de tratamento químico. Baseadas em tecnologia sólida e
ecologicamente correta, assentam em conceitos de projeto de baixo
impacto para manter a água limpa, em boa condição balnear. Oferecem
aos seus proprietários a oportunidade de desfrutar das características
paisagísticas da água, sem os potenciais riscos para a saúde e danos
ambientais, típicos dos sistemas à base de cloro.
O resultado é uma piscina que presenteia aos usuários a experiência de
nadar em um ambiente aquático naturalmente filtrado, mantido limpo
pela biofiltragem das plantas e microrganismos aquáticos, em simbiose
com camadas de seixos, cascalho, areia e solo, em vez de produtos
químicos tóxicos.
Este conceito levou os especialistas a relacionarem o bem-estar, físico e
emocional, com a utilização destes espaços, cuja noção de modelagem
biomimética combina uma atmosfera viva com uma certa aparência
mística.
Ao lado:
Piscina biológica para a
prática de hidroterapia,
em Israel.
Autoria:
Ofra Aqua Plants
Na imagem abaixo, momentos de alegria e tranquilidade
familiar, onde as crianças são as que mais desfrutam com o
ambiente aquático, experiência que lhes infunde desde
cedo o amor pela Natureza.
(projeto BioNatare)
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A qualidade da água
Esta forma de tratamento da água é considerada ecologicamente sustentável.
Embora seja difícil descrever por palavras o que se sente ao nadar em piscinas
naturais, a expressão mais próxima poderá ser um simples "delicioso".
É a sensação aconchegante da água pura, sem cabelos ressequidos, nem ardor
nos olhos ou comichão na pele. Sem produtos químicos ou esterilizantes, a água
mantem-se límpida e cristalina. A água analisada das piscinas biológicas é, em
muitos casos, melhor do que a água potável distribuída pela rede municipal.
Uma vez estabelecidos, estes ecossistemas
são essencialmente autorregenerativos.
Isso ocorre porque o sistema é projetado
para alcançar o estágio em que opera
como um ecossistema aquático
completamente equilibrado. A manutenção
necessária é o corte e remoção da matéria
vegetal morta e a aspiração da zona de
natação.
Anualmente, o sistema deve receber um
serviço técnico onde o ecossistema é
observado e são tomadas amostras para
análise em laboratórios credenciados.
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Tratamentos químicos vs tratamentos biológicos
Há vários anos, médicos que trabalham com uma orientação mais naturalista, têm chamado a atenção
para os perigos de consumir a água que jorra por nossas torneiras. Porém, estão crescendo as evidências
de que não só beber, mas deixar sua pele entrar em contato com a água tratada com cloro (piscina ou
mesmo o chuveiro) aumenta o risco de câncer de bexiga. Um novo estudo publicado no AMERICAN
JOURNAL OF EPIDEMIOLOGY é o primeiro a sugerir que o cloro é prejudicial aos seres humanos quando
ingerido ou absorvido através da pele, de acordo com a coordenadora deste estudo, a Dra. Cristina M.
Villanueva do INSTITUTO MUNICIPAL DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA, EM BARCELONA, ESPANHA.
O cloro, por si só, não é o vilão, mas os seus subprodutos,
principalmente os trialometanos, aumentam o risco de câncer.
Dentre estes, os principais são clorofórmio, bromodicloro-
metano, clorodibromometano e bromofórmio, que podem ser
absorvidos através da pele ou pela inalação, e não são
detoxificados pelo fígado. Esses compostos há muito tempo são
conhecidos como carcinogênicos.
Os pesquisadores também encontraram que o uso de piscinas
tratadas com água clorada aumenta o risco de câncer em 57%.
Para os interessados neste tema, podem assistir aos videos do Dr Lair
Ribeiro (médico, cardiologista, nutrólogo e neurologista, palestrante
internacional, autor de mais de 100 trabalhos científicos publicados em
revistas médicas norte-americanas, e de 35 livros (13 são best sellers),
19 dos quais já traduzidos para outros idiomas. Ele fala sobre o cloro
nas piscinas e o seu efeito na nossa saúde.
Em cima: duas imagens que ilustram bem os dois ambientes aquáticos. Uma, com a sua típica
tonalidade azul shock, esterilizada. A outra, com a tonalidade natural de uma água com vida
própria, e dentro dos parâmetros de balneabilidade. O equilibrio se mantém, mesmo quando,
por motivos especiais, o sistema permanece desligado por mais de 7 dias.
Ao lado: Uma piscina convencional de tratamento químico. À esquerda, após 5 dias sem
tratamento e filtragem. A água, morta e sem defesas naturais, é infestada por microalgas que
aproveitam a ocasião para tomarem conta do espaço. À direita, após um tratamento químico de
shock, com vários produtos prejudiciais para a saúde e meio ambiente, a piscina volta ao seu
look normal.
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Com 7,8 bilhões de habitantes, e um incremento de quase 80 milhões a cada ano,
com o consequente aumento generalizado do consumo per capita,
a pressão sobre os recursos naturais está se tornando crítica.
A água doce e limpa é um recurso cada vez mais escasso.
No momento em que as inquietações ambientais são parte do cotidiano,
as pisinas de tratamento biológico apresentam-se como
uma excelente opção aos sistemas químicos convencionais.
Estes pequenos ecossistemas incrementam a área de zonas húmidas, contribuindo para a
biodiversidade. As zonas de tratamento/regeneração, combinam plantas aquáticas com
substratos específicos, que garantem a boa qualidade da água.
O funcionamento destes ecossistemas baseia-se no
bio-mimetismo, no equilíbrio natural. A depuração
da água através das plantas, é um processo similar
ao que se observa nos rios e lagos naturais.
As plantas enriquecem o meio aquático com
oxigénio, o que favorece a bioatividade na água,
mantendo-a cristalina e com boa qualidade balnear
durante todo o ano.
As piscinas de tratamento biológico são preferidas
por todos os que desejam conjugar as vantagens de
uma piscina livre de produtos químicos nocivos, com
a harmonia de um ambiente naturalmente atrativo
e reconfortante.
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10 anos de NbS em Brasil
Imagens de algumas piscinas biológicas e seus biofiltros,
que as transformam em micro ecossistemas viventes.
Hydrocleys martii, endémica brasileira
Embaixo, piscina biológica em
Bananal, Serra da Bocaína, SP
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Embaixo, primeiro caso de conversão de sistema de cloro para biológico,
em unidade hoteleira, Penedo, RJ.
Embaixo, piscina biológica em
Rifaina, SP
Ao lado (2016) e embaixo (2022), piscina biológica em
condomínio ecológico, Tinguá, RJ.
Este biossistema aquático lúdico, inaugurado em 2012, foi a
primeira NSP do continente sulamericano.
Com uma área total de 410m2 e cerca 640.000 litros de água,
é um espaço onde a biodiversidade encanta os condóminos.
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iscinas biológicas
Processos construtivos e custos
Nos projetos com linhas orgânicas,
modelados em terra, a construção é
mais econômica e ecologicamente
correta. Despensa praticamente o uso
de alvenaria.
As imagens ilustram um projeto cavado no
solo e impermeabilizado com PondGard
EPDM da Firestone, um componente quase
imprescindível por sua flexibilidade, rapidez
de instalação e tempo de vida útil (mais de
40 anos), sendo também reciclável.
Infelizmente, a finais de 2017, a Firestone
Brasil deixou de distribuir a linha
Pondgard, tornando praticamente
inviável a construção com este
produto atualmente.
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Também é possível construir linhas orgânicas em alvenaria. Porém, os custos aumentam,
especialmente quando se aplicam revestimentos em pedra natural como no caso
ilustrado nesta página.
Na construção clássica em alvenaria e/ou concreto armado consomem-se enormes
quantidades de aço e cimento, os quais, já na sua produção, emitem toneladas de CO2
para o meio ambiente.
Há que reconhecer que construindo com estes materiais, perde-se um pouco da pegada
ecológica em relação a outras opções mais sustentáveis.
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É possível desenhar uma infinidade de combinações.
Os valores variam consideravelmente, dependendo do
design e dos materiais escolhidos. Aparentemente, uma
piscina biológica custa mais que uma piscina convencional
química, com áreas de natação equivalentes. O custo
adicional do jardim aquático faz com que o valor final da
obra seja superior.
Desde o primeiro contato com o cliente até à realização
de uma piscina biológica, há vários passos a dar:
1. Visita técnica preliminar — após ouvir as aspirações
do cliente, se observa o espaço disponível, de forma
a tirar o máximo proveito dos recursos existentes,
propondo um modelo que espelhe a ideia desejada.
É gerado um relatório e diagnóstico.
2. Estudo e elaboração do projeto — no processo
criativo abordam-se variáveis de modo a integrar
estruturas e materiais existentes, soluções
construtivas de baixo custo e tecnologias
ambientalmente sustentáveis. A concepção do
projeto e sua compreensão por todas as partes
envolvidas, é de suma importancia para uma
implantação correta da obra.
3. Implementação — os pormenores da implementação
de obra são detalhados no projeto de forma a serem
facilmente executados. Desde a preparação do
terreno, todos os trabalhos devem ser realizados sob
uma coordenação técnica e criteriosa, que assegure o
cumprimento fiel do projetado e a integração de
todas as especialidades involucradas.
4. Terminada a obra, é hora do start up e
comissionamento do biossistema. Este passo é
acompanhado por quem fará a limpeza e manutenção
posterior, sendo treinado para essas funções.
Corregos cenográficos foram adicionados nos projetos
ilustrados nas imagens ao lado e em cima.
Não sendo um elemento fundamental para o
biossistema, a cenografia enriquece o paisagismo,
elevando também o custo global da obra.
Para modelar estes elementos, torna-se imprescindível
a impermeabilização com manta EPDM, ou similar
(imagem em cima, à esquerda).
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À esquerda, estrutura
construída em bloco
estrutural, armado e cheio,
com revestimento em pedra
natural. Este tipo de
estrutura tem custos
idênticos a uma piscina
convencional.
À direita, estrutura com
paredes em alvenaria e
fundo sem concreto, com
impermeabilização em
EPDM, sem qualquer outro
revestimento.
Em terrenos firmes, a
armação da estrutura é
mais simples, dispensando a
concretagem do fundo, mas
seguindo as Normas sobre
compactação de solos.
A maior parte dos custos e da pegada ecológica é
atribuível à edificação. A construção clássica em
concreto armado consome inmensas quantidades
de concreto e aço, incrementando os custos,
chegando os valores totais aos R$3.000 por m2
.
Quando a piscina biológica é construída da mesma
forma convencional, ela tem poucas
vantagens ecológicas relativamente à estrutura.
Também se combinam outro tipo de construções
mais simples ou alternativas, com a
impermeabilização em EPDM ou produto similar.
Uma vez em funcionamento, estes biossistemas
aquáticos são grandes absorvedores de CO2. O seu
consumo energético é baixo.
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Dia Mundial das Áreas Úmidas
Decretado pela Convenção sobre Áreas Úmidas (Ramsar) em
1971, foi comemorado no passado dia 2 de Fevereiro, pela
primeira vez oficialmente, no contexto das Nações Unidas.
Imagens da Nascente Azul, Bonito, MS
O conceito de área úmida, bem como a data dedicada
a este ambiente natural (02 de fevereiro), surgiu
durante a Convenção de Ramsar, em 1971, no Irã,
quando diversas nações se comprometeram na
conservação e no uso sustentável dessas regiões.
Atualmente são 168 países signatários do tratado.
A convenção também considerou as áreas úmidas de
importância mundial como sendo Sítios Ramsar.
Existem 1.556 sítios Ramsar no mundo e o Brasil é
detentor de doze sítios Ramsar reconhecidos por suas
características, biodiversidade e importância
estratégica para as populações locais. Veja onde estão
os Sítios Ramsar no Brasil:
http://www.ramsar.org/wetland/brazil
(Excerto da página da WWF — Pantanal, Áreas úmidas)
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O United Nations Environment Programme, UNEP (Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA no Brasil) considerou as biopiscinas
como Nature-based Solutions - NbS (Resolução WCC-2016-Res-069):
"As soluções baseadas na natureza (NbS) são definidas pela IUCN como “ações
para proteger, gerenciar de forma sustentável e restaurar ecossistemas naturais
ou modificados, que abordam os desafios sociais de forma eficaz e adaptativa,
proporcionando simultaneamente benefícios ao bem-estar humano
e à biodiversidade”.
Atualmente, as áreas úmidas cobrem aproximadamente
6% da superfície terrestre do planeta, porém, segundo a
Convenção, quase 90% estão degradadas desde o século
XVIII e estão desaparecendo três vezes mais rápido que
as florestas.
Para valorizar as áreas úmidas como imprescindíveis
para enfrentar os problemas atuais, é necessário estar
ciente de seus múltiplos benefícios, pois são
ecossistemas de fundamental importância, que
contribuem para a biodiversidade, mitigação e
adaptação às mudanças climáticas, disponibilidade de
água doce, entre outros.
A perda de áreas úmidas afeta as pessoas,
principalmente em termos de escassez de água,
exposição a inundações e eventos climáticos extremos,
perda de meios de subsistência e bem-estar e
insegurança alimentar.
(Excerto da notícia do Portal de Tratamento de Água.com.br
20. 20
Estrada Zumbi dos Palmares, nº 10.530,
Condomínio Ecológico Vale do Tinguá,
Nova Iguaçú, RJ
www.bionatare.com
Telef. : +55 (21) 99987-4486
e-mail: bionatare@outlook.com
Experimente…
nadar diferente!