SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: História PROFESSORA: Marlene Vieira
NOME DA ESCOLA: Escola Estadual Padre Augusto Horta
ESTUDANTE:
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO EJA- E.M TURNO: Noturno
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 01
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 02 NÚMERO DE AULAS POR MÊS:
SEMANA 07
UNIDADE TEMÁTICA: O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise.
OBJETO DE CONHECIMENTO: Revolução Francesa e seus desdobramentos.
HABILIDADE(S): (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e
seus desdobramentos na Europa e no mundo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Mercantilismo; Iluminismo.
Revolução Francesa
A Revolução Francesa foi um ciclo revolucionário de grandes proporções que se espalhou
pela França e aconteceu entre 1789 e 1799. Foi inspirada nos ideais do Iluminismo e motivada pela
situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou também profundas
transformações e marcou o início da queda do absolutismo na Europa.
Causas
Luís XVI era o rei francês durante a década de 1780.
A Revolução Francesa foi resultado direto da crise que a França vivia no final do século
XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e política que o país vivia) aliou-se com
os interesses da burguesia em implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater
os privilégios da aristocracia francesa.
No final do século XVIII, a França era uma monarquia absolutista em que o rei era Luís XVI.
O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a sociedade francesa era
dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição social da França era a seguinte:
Primeiro Estado: clero; Segundo Estado: nobreza; Terceiro Estado: restante da população.
Essa divisão social na França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que Primeiro e
Segundo Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro Estado. O destaque vai
para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e para o direito de alguns nobres
de poderem cobrar impostos dos camponeses que trabalhavam em suas terras.
O Terceiro Estado, por sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é, composto por
diferentes grupos, como a burguesia e os camponeses (os segundos correspondiam a 80% da
população francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa vivia
uma vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do país eram um entrave para
o desenvolvimento de seus negócios.
Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a crise social que existia na França. A
crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país. Esses gastos foram
agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência de privilégios de
classe no país também contribuía para a crise.
A crise econômica na França aumentava a pressão, principalmente, para as classes de
baixo, uma vez que o custo de vida aumentou, a oferta de empregos foi reduzida, e os impostos
cobrados pela nobreza aumentaram. Essa situação, em si, já era o suficiente para levar os
camponeses à fome, mas, em 1788 e 1789, o país ainda enfrentou um inverno rigoroso, que
prejudicou as colheitas e contribuiu para que o alimento ficasse mais caro ainda.
Tentativas de reforma haviam sido propostas, mas não avançaram porque a aristocracia
francesa havia mostrando-se resistente às possibilidades de reformas que viessem a retirar parte
de seus privilégios. Assim, em 1789, a França vivia uma situação complicada, pois a crise
econômica era grave, e a pobreza e a fome levaram a população a um estado de quase rebelião.
O resultado encontrado pela nobreza francesa foi convocar os Estados Gerais, uma reunião
criada na França feudal e que era convocada só em momentos de emergência. Essa saída era
agradável para a aristocracia francesa, pois, nos moldes antigos do Estado Geral, Primeiro e
Segundo Estados uniam-se contra o Terceiro Estado.
O Terceiro Estado, porém, não estava disposto a manter-se nos Estados Gerais dentro dos
moldes em que ele funcionava em tempos passados. Com isso, foi proposto pelos representantes
desse Estado uma alteração no funcionamento dos Estados Gerais. Em vez de o voto ser por
Estado, foi proposto que ele fosse individual, isto é, todos os membros dos Estados (incluindo os
mais de 500 do Terceiro Estado) teriam direito ao voto.
O rei francês não aceitou a proposta e, assim, o Terceiro Estado rompeu com os Estados
Gerais e fundou a Assembleia Nacional Constituinte, com o propósito de redigir uma Constituição
que proporia mudanças para a França, tornando-a uma monarquia constitucional. Quando Luís XVI
tentou fechar a Constituinte à força, a população parisiense rebelou-se em sua defesa.
No dia 12 de julho de 1789, a população francesa tomou as ruas de Paris. No dia 13, foi
criado uma Comuna para governar Paris e uma Guarda Nacional, espécie de milícia popular. No
dia 14, a população partiu para tomar armas e pólvora do governo e, com isso, atacou a Bastilha,
antiga fortaleza convertida em prisão que era usada para aprisionar opositores dos reis franceses.
No dia 14 de julho, então, houve a Queda da Bastilha, em que a população francesa invadiu
e tomou o controle da prisão que era o símbolo da opressão absolutista. Depois disso, a revolução
espalhou-se pelo país, alcançando novas cidades e chegando ao campo.
• Iluminismo
A Revolução Francesa inspirou-se nos ideais iluministas, que defendiam que a autoridade
deveria basear-se na razão. Os iluministas defendiam ideais como liberdade e constitucionalismo,
eram fortes defensores da separação entre Igreja e Estado e, além disso, eram opositores da
monarquia absolutista e defensores do método científico. As revoluções burguesas do século XVIII
— americana e francesa — tiraram dos ideais iluministas a sua base ideológica.
Etapas da Revolução Francesa
Depois da Queda da Bastilha, o processo de revolução espalhou-se pela França e estendeu-
se pelos dez anos seguintes, sendo somente encerrado quando Napoleão Bonaparte assumiu o
poder do país por meio do Golpe de 18 de Brumário. A Revolução Francesa pode ser dividida
dentro do período das instituições políticas que atuaram no país: Assembleia Nacional
Constituinte e Assembleia Legislativa (1789-1792); Convenção Nacional (1792-1795);
Diretório (1795-1799).
• Assembleia Constituinte e Assembleia Legislativa
Trata-se do período inicial da Revolução Francesa, o qual foi marcado por grandes
transformações, por meio da redação de uma Constituição para a França e pela atuação da
Assembleia Legislativa. Após a Queda da Bastilha, muitos camponeses, no interior do país,
temendo ficar sem alimentos e muito endividados, partiram para o ataque.
Esse foi o período do Grande Medo, que ocorreu entre julho e agosto de 1789, e durante o
qual camponeses começaram a atacar aristocratas e suas propriedades. Assim, residências da
nobreza foram invadidas, saqueadas e destruídas, cartórios foram atacados para que os títulos de
propriedade fossem destruídos etc. Os camponeses exigiam o fim de alguns impostos e maior
acesso aos alimentos.
A burguesia francesa, temendo esse ímpeto popular, resolveu tomar decisões que
aceleraram as transformações na França e que tinham como objetivo principal controlar o povo.
Assim, no dia 4 de agosto de 1789, foi decretada a abolição dos direitos feudais que existiam na
França. No mesmo mês, foi convocada a redação da Constituição e foi anunciada a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão.
No dia 4 de agosto de 1789, os parlamentares da Assembleia Constituinte aboliram os
privilégios oriundos do Antigo Regime da França.
Esse foi um dos documentos mais importantes da Revolução Francesa e, na teoria,
decretava que todos os seres humanos eram iguais perante a lei. No entanto, é importante
considerar que essa ideia de igualdade, para os liberais do século XVIII, estendia-se apenas ao
âmbito jurídico e não alcançava uma dimensão democratizante como o nome do documento pode
sugerir.
Nesse contexto de radicalização popular, a classe média e a burguesia francesa assumiram
posições conservadoras para controlar a ação do povo. A nobreza e o clero, por sua vez,
começaram a fugir da França, pois temiam tudo que acontecia no país. Essa aristocracia francesa
começou a ser abrigada nas nações absolutistas vizinhas, sobretudo na Áustria e Prússia. Essa
nobreza também começou a planejar a contrarrevolução, com o objetivo de reverter tudo que
acontecia na França.
Até mesmo o rei francês, sentindo-se ameaçado, organizou sua fuga da França, em 1791,
com sua esposa, Maria Antonieta. Luís XVI, porém, foi reconhecido quando estava em Varennes,
próximo à fronteira com a França, e reconduzido para a Paris. Antes disso, ele e sua esposa tinham
sido obrigados a abandonarem o Palácio de Versalhes e a instalarem-se no Palácio de Tulherias.
Além de atacar os privilégios da nobreza, a burguesia francesa também se voltou contra o
clero. Isso aconteceu por meio da Constituição Civil do Clero, aprovada em 1790. Essa medida
legal promoveu a separação do Estado e da Igreja e tentou colocar a segunda sob a autoridade do
primeiro, uma vez que os padres tinham de jurar obediência ao Estado. Essa medida e outras
tomadas contra o clero lançaram-no para o esforço contrarrevolucionário.
Os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte estenderam-se até 1791, quando,
finalmente, foi promulgada a Constituição da França. No texto da Constituição, determinava-se o
fim da monarquia absoluta e estipulava-se que a França era transformada em uma monarquia
constitucional. Isso decepcionou uma ala mais popular da revolução que almejava que o país fosse
transformado em uma república democrática.
Com a Constituição de 1791, a Assembleia Constituinte encerrou seu período de
funcionamento e foi substituída pela Assembleia Legislativa. Nessa assembleia, consolidaram-se
dois grupos políticos que possuíam visões bastante diferentes a respeito dos rumos da revolução.
Os girondinos eram parte da burguesia que acreditava que as grandes mudanças necessárias já
tinham acontecido e, por isso, possuíam uma visão mais conservadora. Já os jacobinos eram
membros da burguesia que acreditavam que as mudanças deveriam ser ainda mais radicais do
que as que estavam em curso.
Com a guerra, os jacobinos declararam “pátria em perigo”, uma vez que as tropas
estrangeiras aproximavam-se de Paris, e a população francesa começava a se armar para resistir.
A guerra também contribuiu para a radicalização da revolução e deu início a uma fase
conhecida como Terror. Esse clima de guerra fez com que os jacobinos e os sans-
culottes tomassem a frente da revolução, e, com isso, a monarquia francesa acabou sendo
derrubada pelos sans-culottes, instaurando-se a República em 1792.
• Convenção
A Convenção Nacional iniciou seus trabalhos a partir de 20 de setembro de 1792 e substituiu
a Assembleia Legislativa. Os participantes da Convenção Nacional foram eleitos
por sufrágio universal masculino, e, com ela, a França transformou-se em uma República. Antes
da posse da Convenção, o rei francês havia sido capturado e feito prisioneiro. Daí surgiu um grande
debate: a execução do rei.
Esse debate dividiu a Convenção com os girondinos defendendo que o rei fosse exilado
enquanto os jacobinos defendiam que o rei fosse executado. O destino do rei e de sua esposa foi
decidido quando foram encontrados documentos que atestavam o envolvimento de Luís XVI com
o rei austríaco. Resultado: Luís XVI e Maria Antonieta foram acusados de traição e guilhotinados
em 1793.
Com o endurecimento da guerra, a França ficou sob o controle dos jacobinos, que contavam
com o apoio popular. Os jacobinos criaram o Comitê de Salvação Pública, instituição em que eles
tomavam as decisões mais importantes da França. Iniciou-se uma intensa perseguição a todos
aqueles que, aos olhos jacobinos, representavam uma ameaça à revolução. O regicídio foi uma
dessas execuções voltadas para os que conspiravam contra a revolução.
Os jacobinos conseguiram colocar as massas populares sob seu controle, mas a situação
da guerra agravou-se com a execução de Luís XVI. As nações absolutistas europeias ficaram
indignadas com a execução do rei e reagiram formando uma coalizão para derrubar a revolução na
França.
Apesar da radicalidade, os jacobinos conseguiram resolver problemas imediatos da França,
pois estabilizaram o valor da moeda francesa, aumentaram o exército francês gastando menos,
conseguiram derrotar as tropas que tinham invadido a França e conseguiram estabilizar a situação
das rebeliões pelo país.
• Diretório
O Diretório substituiu a Convenção em 1795 durante um período em que a revolução esteve
nas mãos dos girondinos e da alta burguesia francesa. As medidas mais radicais tomadas pelos
jacobinos foram revogadas, inclusive retorno do voto censitário. Nesse momento, os girondinos
usaram frequentemente da força para conter o povo e resistiram a inúmeras tentativas de golpes.
A situação da França permaneceu instável e isso fez com que a alta burguesia francesa
visse no autoritarismo uma esperança para resolver a situação da França. A população estava
insatisfeita, a economia estava ruim, e a guerra continuava a ameaçar o país, então a ditadura foi
vista como solução.
A imagem de uma figura forte e autoritária surgiu como possibilidade de resolução dos
problemas franceses e disso nasceu o apoio a Napoleão Bonaparte, general do exército francês
que liderava as tropas francesas contra as coalizões internacionais. Com isso, Napoleão organizou
um golpe e tomou o poder em um evento conhecido como Golpe do 18 de Brumário, que aconteceu
em 1799.
Consequências
A Revolução Francesa estendeu-se por dez anos e, nesse período, uma série de
transformações aconteceu naquele país. As transformações trazidas pela Revolução Francesa,
porém, não se mantiveram apenas na França e espalharam-se pelo mundo. Elas foram: Fim dos
privilégios da aristocracia (nobreza e clero) na França; Fim dos resquícios do feudalismo e início
da consolidação do capitalismo; Queda do absolutismo em toda a Europa; Inspirou os movimentos
de independência na América, sobretudo das nações colonizadas pela Espanha; Popularizou a
república como forma de governo; Popularizou a ideia de separação dos poderes; Garantiu a
aplicação dos ideais liberais de liberdade individual do lema “todos os homens são iguais perante
a lei”; Consolidou o nacionalismo enquanto ideologia de reconhecimento do dever patriótico.
Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-francesa.htm> Acesso em 14 de maio de 2021.
ATIVIDADES
1- Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos
princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à
desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o
amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o
espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a
mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem. O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro
de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se à qual dos grupos político-sociais
envolvidos na Revolução Francesa?
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política
dominante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam
reorganizar a França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava
extinguir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam
justiça social e direitos políticos.
2- Sobre a Revolução Francesa, iniciada em 1789, é correto afirmar que:
a) foi longamente preparada pelo ciclo revolucionário ocorrido na Inglaterra no século XVII, o que
explica o apoio que esse país prestou aos revoltosos franceses.
b) tratou-se, principalmente, de uma revolução cultural, ápice do desenvolvimento do chamado
iluminismo.
c) não foi devidamente percebida como um movimento relevante por seus contemporâneos,
ganhando importância apenas retrospectivamente, com o início da Revolução de 1848.
d) não implicou mudanças significativas na ordem societária dominante no mundo ocidental.
e) apresentou diferentes fases, desembocando em um contexto monárquico, antirrevolucionário e
reacionário, representado pelo Congresso de Viena.
3- O que representou a reação termidoriana (que aconteceu em 1794)?
a) A ascensão dos jacobinos, liderados por Maximilien de Robespierre.
b) O golpe que colocou Napoleão Bonaparte no governo francês.
c) A reação das tropas francesas nas batalhas travadas contra as tropas absolutistas.
d) A reação dos conservadores, que, sob a liderança girondina, derrubaram os jacobinos do poder.
e) A violência do povo contra os membros da família real que ainda estavam vivos.
4- A Revolução Francesa foi um marco na história e considera-se o estopim que iniciou esse
conflito:
a) o regicídio de Luís XVI.
b) a tentativa de fuga de Luís XVI e Maria Antonieta.
c) a queda da Bastilha.
d) a invasão da França por tropas austríacas.
e) a convocação dos Estados Gerais.
5- A Lei dos Suspeitos foi aprovada durante a fase em que os jacobinos estiveram à frente da
França. Essa lei determinava:
a) todos os austríacos eram considerados traidores.
b) todos os suspeitos de trair a revolução seriam presos.
c) todos os nobres estavam expulsos da França.
d) confisco de 90% dos bens da nobreza francesa.
e) expulsão do clero do território francês.
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
1- "O ouro e a prata que os reis incas tiveram em grande quantidade não eram avaliados [por eles]
como tesouro porque, como se sabe, não vendiam nem compravam coisa alguma por prata nem
por ouro, nem por eles pagavam os soldados, nem os gastavam com alguma necessidade que lhes
aparecesse; tinham-nos como supérfluos, porque não eram de comer. Somente os estimavam por
sua formosura e esplendor e para ornamento [das casas reais e ofícios religiosos]". (Garcilaso de
la Vega, Comentários Reais, 1609.)
Com base no texto, aponte:
a) As principais diferenças entre o conjunto das ideias expostas no texto e a visão dos
conquistadores espanhóis sobre a importância dos metais preciosos na colonização.
b) Os princípios básicos do mercantilismo.
02. Não há a menor dúvida de que as guerras cada vez mais dispendiosas contribuíram para o
desenvolvimento do mercantilismo. Com a ampliação da artilharia, dos arsenais, das marinhas de
guerra, dos exércitos permanentes e das fortificações, as despesas dos Estados modernos dão um
salto. Guerras pressupõem dinheiro e mais dinheiro, e assim a posse de dinheiro, a acumulação
de metais nobres, torna-se uma mania e domina, como última conclusão de toda sabedoria, o
pensamento e o juízo. (F. Braudel, citado em R. Kurz, "O colapso da modernização".) A política
econômica predominante na época do Absolutismo ficou conhecida com o nome de mercantilismo,
cujo maior expoente foi Colbert, ministro de Luís XIV, rei da França.
a) Além da política econômica que era estimulada por guerras, como demonstra o texto de Fernand
Braudel, quais as características principais da economia mercantilista?
b) Em oposição às teorias mercantilistas, surgiram as teorias dos Fisiocratas e dos Liberais.
Explique as ideias principais de cada uma dessas teorias econômicas.
03. Um mercantilista inglês escreveu: Os meios ordinários para aumentar nossa riqueza e tesouro
são pelo comércio exterior, para o que devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos
estrangeiros em valor do que consumimos deles. (Thomas Mun, "Discourse on England's Treasure
by Foreing Trade", 1664)
a) O autor desse fragmento exprime um princípio essencial da política mercantilista. Era através
dele que os mercantilistas explicavam a origem da riqueza dos estados. Que princípio era este?
b) Por que as áreas coloniais da América foram fundamentais para a satisfação desse princípio
mercantilista?
REVISÃO
01- O mercantilismo correspondeu a:
a) um conjunto de práticas e ideias econômicas baseadas em princípios protecionistas.
b) uma teoria econômica defensora das livres práticas comerciais entre os diversos países.
c) um movimento do século XVII que defendia a mercantilização dos escravos africanos.
d) uma doutrina econômica defensora da não intervenção do Estado na economia.
e) uma política econômica, especificamente ibérica de defesa de seus interesses coloniais.
02- Mercantilismo é um termo que foi criado pelos economistas alemães da segunda metade do
século XIX para denominar o conjunto de práticas econômicas dos Estados europeus, nos séculos
XVI e XVII. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO indica uma característica do
mercantilismo.
a) Busca de uma balança comercial favorável, ou seja, a superação contábil das importações pelas
exportações.
b) Intervencionismo do Estado nas práticas econômicas, através de políticas monopolistas e fiscais
rígidas.
c) Crença em que a acumulação de metais preciosos era a principal forma de enriquecimento dos
Estados.
d) Aplicação de capitais excedentes em outros países para aumentar a oferta de matérias-primas
necessárias à industrialização.
e) Exploração de domínios localizados em outros continentes, com o objetivo de complementar a
economia metropolitana.
3- Por meio da Constituição de 1824, foi instituído o Poder Moderador. Entre as características
desse poder, estava:
a) nomear apenas os membros do Poder Judiciário.
b) nomear e destituir os ministros do Poder Executivo.
c) não interferir na composição e na dissolução da Câmara dos Deputados.
d) garantir toda autonomia aos três poderes.
e) não interferir em nenhuma das esferas legislativas do poder.
4- A Constituição de 1824, resultante da dissolução da Assembleia Constituinte de 1823, marcou o
início da institucionalização do poder monárquico no Brasil. Essa Constituição:
a) criou o Poder Moderador de exclusividade do Imperador, o que na prática significava conceder-
lhe poderes quase absolutos.
b) provocou a insatisfação em diversas províncias, estando na base da eclosão de diversas
rebeliões, como a Confederação do Equador, a Sabinada e o Contestado.
c) favoreceu o reconhecimento do Brasil como nação independente, o que ocorreu sem reveses, à
exceção dos Estados Unidos por conta da doutrina Monroe.
d) estabeleceu a eleição pelo voto censitário para os governadores das províncias.
e) determinou que representantes para o Senado e a Câmara seriam eleitos pelo voto direto e
secreto.
5- Um dos participantes da insurgência no Nordeste Brasileiro conhecida como Confederação do
Equador era Frei Caneca. Caneca criticou o Poder Moderador utilizado por D. Pedro I e outorgado
pela Constituição de 1824. A sua crítica remetia à relação do referido poder com as ideias de um
pensador francês, que era:
a) Cardeal Richelieu
b) Voltaire
c) Barão de Holbach
d) Benjamin Constant
e) Jean-Jacques Rousseau
6- O sistema eleitoral adotado no Império brasileiro estabelecia o voto censitário. Essa afirmação
significa que:
a) o sufrágio era indireto no que se referia às eleições gerais.
b) para ser eleitor era necessário possuir determinada renda anual.
c) as eleições eram efetuadas em dois turnos sucessivos.
d) o voto não era extensivo aos analfabetos e às mulheres.
e) por ocasião das eleições, realizava-se o recenseamento geral da população.
Bons Estudos!!!!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula revolução francesa
Aula   revolução francesaAula   revolução francesa
Aula revolução francesaAlcidon Cunha
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliahistoriando
 
Revolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por HobsbawmRevolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por HobsbawmAléxia Martins
 
Revolucão Francesa
Revolucão FrancesaRevolucão Francesa
Revolucão Francesaeiprofessor
 
Revolucaofrancesa 1789 1799
Revolucaofrancesa 1789 1799Revolucaofrancesa 1789 1799
Revolucaofrancesa 1789 1799Rondinelly Silva
 
Revolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E D
Revolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E DRevolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E D
Revolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E DTâmara Almeida
 
A revolução francesa de 1789
A revolução francesa de 1789A revolução francesa de 1789
A revolução francesa de 1789JulianaGimenes
 
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)missaodiplomatica
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliahistoriando
 
Os regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaOs regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaNelia Salles Nantes
 
Aula - Revolução Francesa
Aula - Revolução FrancesaAula - Revolução Francesa
Aula - Revolução Francesamarciamcq
 
Resumo revolucao francesa
Resumo revolucao francesaResumo revolucao francesa
Resumo revolucao francesaDavid Muniz
 

Mais procurados (20)

Aula revolução francesa
Aula   revolução francesaAula   revolução francesa
Aula revolução francesa
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
 
Revolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por HobsbawmRevolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por Hobsbawm
 
Revolucão Francesa
Revolucão FrancesaRevolucão Francesa
Revolucão Francesa
 
Revolucaofrancesa 1789 1799
Revolucaofrancesa 1789 1799Revolucaofrancesa 1789 1799
Revolucaofrancesa 1789 1799
 
2 ano revolucao francesa
2 ano   revolucao francesa2 ano   revolucao francesa
2 ano revolucao francesa
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
Revolução francesa fases
Revolução francesa   fasesRevolução francesa   fases
Revolução francesa fases
 
Revolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E D
Revolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E DRevolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E D
Revolução Francesa - Prof André Teixeira 1º A,B,C E D
 
7 09 revolucao_francesa_1
7 09 revolucao_francesa_17 09 revolucao_francesa_1
7 09 revolucao_francesa_1
 
A revolução francesa de 1789
A revolução francesa de 1789A revolução francesa de 1789
A revolução francesa de 1789
 
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
 
República Jacobina e a Fase do Terror
República Jacobina e a Fase do TerrorRepública Jacobina e a Fase do Terror
República Jacobina e a Fase do Terror
 
Os regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaOs regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europa
 
Aula - Revolução Francesa
Aula - Revolução FrancesaAula - Revolução Francesa
Aula - Revolução Francesa
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Resumo revolucao francesa
Resumo revolucao francesaResumo revolucao francesa
Resumo revolucao francesa
 
Revolucao francesa
Revolucao francesaRevolucao francesa
Revolucao francesa
 

Semelhante a 2 ano eja semana 7

Considerar este jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...
Considerar este   jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...Considerar este   jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...
Considerar este jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...alunoitv
 
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio RomanoRevolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romanoalunoitv
 
Revolução francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução francesa ate o fim do Imperio RomanoRevolução francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução francesa ate o fim do Imperio Romanoalunoitv
 
Revolução Francesa até o fim do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o fim do Império NapoleonicoRevolução Francesa até o fim do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o fim do Império Napoleonicoalunoitv
 
Revolução Francesa até o final do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o final do Império NapoleonicoRevolução Francesa até o final do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o final do Império Napoleonicoalunoitv
 
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio RomanoRevolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romanoalunoitv
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesagueste79b40
 
Revolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptx
Revolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptxRevolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptx
Revolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptxKarinedeParisGaspari
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução FrancesaJoão Marcelo
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOFernando Alcoforado
 
escola para alunos de ensino medio e ens
escola para alunos de ensino medio e ensescola para alunos de ensino medio e ens
escola para alunos de ensino medio e ensadriani23
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesaAcácio Souto
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesaAcácio Souto
 
Apostila de Historia - Revolução Francesa.docx
Apostila de Historia - Revolução Francesa.docxApostila de Historia - Revolução Francesa.docx
Apostila de Historia - Revolução Francesa.docxRenatoSilva922886
 
REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESAREVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESAFelipeBicudo1
 
8º ano as revoluções liberais
8º ano   as revoluções liberais8º ano   as revoluções liberais
8º ano as revoluções liberaisborgia
 

Semelhante a 2 ano eja semana 7 (20)

Considerar este jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...
Considerar este   jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...Considerar este   jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...
Considerar este jv e pedro - revoluçao francesa ate o fim do imperio napole...
 
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio RomanoRevolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
 
Revolução francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução francesa ate o fim do Imperio RomanoRevolução francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução francesa ate o fim do Imperio Romano
 
Revolução Francesa até o fim do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o fim do Império NapoleonicoRevolução Francesa até o fim do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o fim do Império Napoleonico
 
Revolução Francesa até o final do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o final do Império NapoleonicoRevolução Francesa até o final do Império Napoleonico
Revolução Francesa até o final do Império Napoleonico
 
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio RomanoRevolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
Revolução Francesa ate o fim do Imperio Romano
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Revolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptx
Revolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptxRevolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptx
Revolução Francesa e Império Napoleônico M2.pptx
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
 
escola para alunos de ensino medio e ens
escola para alunos de ensino medio e ensescola para alunos de ensino medio e ens
escola para alunos de ensino medio e ens
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Revolução Francesa.pptx
Revolução Francesa.pptxRevolução Francesa.pptx
Revolução Francesa.pptx
 
Apostila de Historia - Revolução Francesa.docx
Apostila de Historia - Revolução Francesa.docxApostila de Historia - Revolução Francesa.docx
Apostila de Historia - Revolução Francesa.docx
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESAREVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESA
 
8º ano as revoluções liberais
8º ano   as revoluções liberais8º ano   as revoluções liberais
8º ano as revoluções liberais
 

2 ano eja semana 7

  • 1. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS PLANO DE ESTUDO TUTORADO COMPONENTE CURRICULAR: História PROFESSORA: Marlene Vieira NOME DA ESCOLA: Escola Estadual Padre Augusto Horta ESTUDANTE: ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO EJA- E.M TURNO: Noturno MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 01 NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 02 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: SEMANA 07 UNIDADE TEMÁTICA: O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise. OBJETO DE CONHECIMENTO: Revolução Francesa e seus desdobramentos. HABILIDADE(S): (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo. CONTEÚDOS RELACIONADOS: Mercantilismo; Iluminismo. Revolução Francesa A Revolução Francesa foi um ciclo revolucionário de grandes proporções que se espalhou pela França e aconteceu entre 1789 e 1799. Foi inspirada nos ideais do Iluminismo e motivada pela situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou também profundas transformações e marcou o início da queda do absolutismo na Europa. Causas Luís XVI era o rei francês durante a década de 1780. A Revolução Francesa foi resultado direto da crise que a França vivia no final do século XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e política que o país vivia) aliou-se com os interesses da burguesia em implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater os privilégios da aristocracia francesa. No final do século XVIII, a França era uma monarquia absolutista em que o rei era Luís XVI. O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a sociedade francesa era dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição social da França era a seguinte: Primeiro Estado: clero; Segundo Estado: nobreza; Terceiro Estado: restante da população. Essa divisão social na França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que Primeiro e Segundo Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro Estado. O destaque vai para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e para o direito de alguns nobres de poderem cobrar impostos dos camponeses que trabalhavam em suas terras. O Terceiro Estado, por sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é, composto por diferentes grupos, como a burguesia e os camponeses (os segundos correspondiam a 80% da população francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa vivia
  • 2. uma vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do país eram um entrave para o desenvolvimento de seus negócios. Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a crise social que existia na França. A crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país. Esses gastos foram agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência de privilégios de classe no país também contribuía para a crise. A crise econômica na França aumentava a pressão, principalmente, para as classes de baixo, uma vez que o custo de vida aumentou, a oferta de empregos foi reduzida, e os impostos cobrados pela nobreza aumentaram. Essa situação, em si, já era o suficiente para levar os camponeses à fome, mas, em 1788 e 1789, o país ainda enfrentou um inverno rigoroso, que prejudicou as colheitas e contribuiu para que o alimento ficasse mais caro ainda. Tentativas de reforma haviam sido propostas, mas não avançaram porque a aristocracia francesa havia mostrando-se resistente às possibilidades de reformas que viessem a retirar parte de seus privilégios. Assim, em 1789, a França vivia uma situação complicada, pois a crise econômica era grave, e a pobreza e a fome levaram a população a um estado de quase rebelião. O resultado encontrado pela nobreza francesa foi convocar os Estados Gerais, uma reunião criada na França feudal e que era convocada só em momentos de emergência. Essa saída era agradável para a aristocracia francesa, pois, nos moldes antigos do Estado Geral, Primeiro e Segundo Estados uniam-se contra o Terceiro Estado. O Terceiro Estado, porém, não estava disposto a manter-se nos Estados Gerais dentro dos moldes em que ele funcionava em tempos passados. Com isso, foi proposto pelos representantes desse Estado uma alteração no funcionamento dos Estados Gerais. Em vez de o voto ser por Estado, foi proposto que ele fosse individual, isto é, todos os membros dos Estados (incluindo os mais de 500 do Terceiro Estado) teriam direito ao voto. O rei francês não aceitou a proposta e, assim, o Terceiro Estado rompeu com os Estados Gerais e fundou a Assembleia Nacional Constituinte, com o propósito de redigir uma Constituição que proporia mudanças para a França, tornando-a uma monarquia constitucional. Quando Luís XVI tentou fechar a Constituinte à força, a população parisiense rebelou-se em sua defesa. No dia 12 de julho de 1789, a população francesa tomou as ruas de Paris. No dia 13, foi criado uma Comuna para governar Paris e uma Guarda Nacional, espécie de milícia popular. No dia 14, a população partiu para tomar armas e pólvora do governo e, com isso, atacou a Bastilha, antiga fortaleza convertida em prisão que era usada para aprisionar opositores dos reis franceses. No dia 14 de julho, então, houve a Queda da Bastilha, em que a população francesa invadiu e tomou o controle da prisão que era o símbolo da opressão absolutista. Depois disso, a revolução espalhou-se pelo país, alcançando novas cidades e chegando ao campo. • Iluminismo A Revolução Francesa inspirou-se nos ideais iluministas, que defendiam que a autoridade deveria basear-se na razão. Os iluministas defendiam ideais como liberdade e constitucionalismo, eram fortes defensores da separação entre Igreja e Estado e, além disso, eram opositores da monarquia absolutista e defensores do método científico. As revoluções burguesas do século XVIII — americana e francesa — tiraram dos ideais iluministas a sua base ideológica. Etapas da Revolução Francesa Depois da Queda da Bastilha, o processo de revolução espalhou-se pela França e estendeu- se pelos dez anos seguintes, sendo somente encerrado quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder do país por meio do Golpe de 18 de Brumário. A Revolução Francesa pode ser dividida dentro do período das instituições políticas que atuaram no país: Assembleia Nacional Constituinte e Assembleia Legislativa (1789-1792); Convenção Nacional (1792-1795); Diretório (1795-1799). • Assembleia Constituinte e Assembleia Legislativa Trata-se do período inicial da Revolução Francesa, o qual foi marcado por grandes transformações, por meio da redação de uma Constituição para a França e pela atuação da
  • 3. Assembleia Legislativa. Após a Queda da Bastilha, muitos camponeses, no interior do país, temendo ficar sem alimentos e muito endividados, partiram para o ataque. Esse foi o período do Grande Medo, que ocorreu entre julho e agosto de 1789, e durante o qual camponeses começaram a atacar aristocratas e suas propriedades. Assim, residências da nobreza foram invadidas, saqueadas e destruídas, cartórios foram atacados para que os títulos de propriedade fossem destruídos etc. Os camponeses exigiam o fim de alguns impostos e maior acesso aos alimentos. A burguesia francesa, temendo esse ímpeto popular, resolveu tomar decisões que aceleraram as transformações na França e que tinham como objetivo principal controlar o povo. Assim, no dia 4 de agosto de 1789, foi decretada a abolição dos direitos feudais que existiam na França. No mesmo mês, foi convocada a redação da Constituição e foi anunciada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. No dia 4 de agosto de 1789, os parlamentares da Assembleia Constituinte aboliram os privilégios oriundos do Antigo Regime da França. Esse foi um dos documentos mais importantes da Revolução Francesa e, na teoria, decretava que todos os seres humanos eram iguais perante a lei. No entanto, é importante considerar que essa ideia de igualdade, para os liberais do século XVIII, estendia-se apenas ao âmbito jurídico e não alcançava uma dimensão democratizante como o nome do documento pode sugerir. Nesse contexto de radicalização popular, a classe média e a burguesia francesa assumiram posições conservadoras para controlar a ação do povo. A nobreza e o clero, por sua vez, começaram a fugir da França, pois temiam tudo que acontecia no país. Essa aristocracia francesa começou a ser abrigada nas nações absolutistas vizinhas, sobretudo na Áustria e Prússia. Essa nobreza também começou a planejar a contrarrevolução, com o objetivo de reverter tudo que acontecia na França. Até mesmo o rei francês, sentindo-se ameaçado, organizou sua fuga da França, em 1791, com sua esposa, Maria Antonieta. Luís XVI, porém, foi reconhecido quando estava em Varennes, próximo à fronteira com a França, e reconduzido para a Paris. Antes disso, ele e sua esposa tinham sido obrigados a abandonarem o Palácio de Versalhes e a instalarem-se no Palácio de Tulherias. Além de atacar os privilégios da nobreza, a burguesia francesa também se voltou contra o clero. Isso aconteceu por meio da Constituição Civil do Clero, aprovada em 1790. Essa medida legal promoveu a separação do Estado e da Igreja e tentou colocar a segunda sob a autoridade do primeiro, uma vez que os padres tinham de jurar obediência ao Estado. Essa medida e outras tomadas contra o clero lançaram-no para o esforço contrarrevolucionário. Os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte estenderam-se até 1791, quando, finalmente, foi promulgada a Constituição da França. No texto da Constituição, determinava-se o fim da monarquia absoluta e estipulava-se que a França era transformada em uma monarquia constitucional. Isso decepcionou uma ala mais popular da revolução que almejava que o país fosse transformado em uma república democrática. Com a Constituição de 1791, a Assembleia Constituinte encerrou seu período de funcionamento e foi substituída pela Assembleia Legislativa. Nessa assembleia, consolidaram-se dois grupos políticos que possuíam visões bastante diferentes a respeito dos rumos da revolução. Os girondinos eram parte da burguesia que acreditava que as grandes mudanças necessárias já tinham acontecido e, por isso, possuíam uma visão mais conservadora. Já os jacobinos eram membros da burguesia que acreditavam que as mudanças deveriam ser ainda mais radicais do que as que estavam em curso. Com a guerra, os jacobinos declararam “pátria em perigo”, uma vez que as tropas estrangeiras aproximavam-se de Paris, e a população francesa começava a se armar para resistir. A guerra também contribuiu para a radicalização da revolução e deu início a uma fase conhecida como Terror. Esse clima de guerra fez com que os jacobinos e os sans- culottes tomassem a frente da revolução, e, com isso, a monarquia francesa acabou sendo derrubada pelos sans-culottes, instaurando-se a República em 1792.
  • 4. • Convenção A Convenção Nacional iniciou seus trabalhos a partir de 20 de setembro de 1792 e substituiu a Assembleia Legislativa. Os participantes da Convenção Nacional foram eleitos por sufrágio universal masculino, e, com ela, a França transformou-se em uma República. Antes da posse da Convenção, o rei francês havia sido capturado e feito prisioneiro. Daí surgiu um grande debate: a execução do rei. Esse debate dividiu a Convenção com os girondinos defendendo que o rei fosse exilado enquanto os jacobinos defendiam que o rei fosse executado. O destino do rei e de sua esposa foi decidido quando foram encontrados documentos que atestavam o envolvimento de Luís XVI com o rei austríaco. Resultado: Luís XVI e Maria Antonieta foram acusados de traição e guilhotinados em 1793. Com o endurecimento da guerra, a França ficou sob o controle dos jacobinos, que contavam com o apoio popular. Os jacobinos criaram o Comitê de Salvação Pública, instituição em que eles tomavam as decisões mais importantes da França. Iniciou-se uma intensa perseguição a todos aqueles que, aos olhos jacobinos, representavam uma ameaça à revolução. O regicídio foi uma dessas execuções voltadas para os que conspiravam contra a revolução. Os jacobinos conseguiram colocar as massas populares sob seu controle, mas a situação da guerra agravou-se com a execução de Luís XVI. As nações absolutistas europeias ficaram indignadas com a execução do rei e reagiram formando uma coalizão para derrubar a revolução na França. Apesar da radicalidade, os jacobinos conseguiram resolver problemas imediatos da França, pois estabilizaram o valor da moeda francesa, aumentaram o exército francês gastando menos, conseguiram derrotar as tropas que tinham invadido a França e conseguiram estabilizar a situação das rebeliões pelo país. • Diretório O Diretório substituiu a Convenção em 1795 durante um período em que a revolução esteve nas mãos dos girondinos e da alta burguesia francesa. As medidas mais radicais tomadas pelos jacobinos foram revogadas, inclusive retorno do voto censitário. Nesse momento, os girondinos usaram frequentemente da força para conter o povo e resistiram a inúmeras tentativas de golpes. A situação da França permaneceu instável e isso fez com que a alta burguesia francesa visse no autoritarismo uma esperança para resolver a situação da França. A população estava insatisfeita, a economia estava ruim, e a guerra continuava a ameaçar o país, então a ditadura foi vista como solução. A imagem de uma figura forte e autoritária surgiu como possibilidade de resolução dos problemas franceses e disso nasceu o apoio a Napoleão Bonaparte, general do exército francês que liderava as tropas francesas contra as coalizões internacionais. Com isso, Napoleão organizou um golpe e tomou o poder em um evento conhecido como Golpe do 18 de Brumário, que aconteceu em 1799. Consequências A Revolução Francesa estendeu-se por dez anos e, nesse período, uma série de transformações aconteceu naquele país. As transformações trazidas pela Revolução Francesa, porém, não se mantiveram apenas na França e espalharam-se pelo mundo. Elas foram: Fim dos privilégios da aristocracia (nobreza e clero) na França; Fim dos resquícios do feudalismo e início da consolidação do capitalismo; Queda do absolutismo em toda a Europa; Inspirou os movimentos de independência na América, sobretudo das nações colonizadas pela Espanha; Popularizou a república como forma de governo; Popularizou a ideia de separação dos poderes; Garantiu a aplicação dos ideais liberais de liberdade individual do lema “todos os homens são iguais perante a lei”; Consolidou o nacionalismo enquanto ideologia de reconhecimento do dever patriótico. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-francesa.htm> Acesso em 14 de maio de 2021.
  • 5. ATIVIDADES 1- Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem. O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se à qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa? a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante. b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia. c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente. d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês. e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos. 2- Sobre a Revolução Francesa, iniciada em 1789, é correto afirmar que: a) foi longamente preparada pelo ciclo revolucionário ocorrido na Inglaterra no século XVII, o que explica o apoio que esse país prestou aos revoltosos franceses. b) tratou-se, principalmente, de uma revolução cultural, ápice do desenvolvimento do chamado iluminismo. c) não foi devidamente percebida como um movimento relevante por seus contemporâneos, ganhando importância apenas retrospectivamente, com o início da Revolução de 1848. d) não implicou mudanças significativas na ordem societária dominante no mundo ocidental. e) apresentou diferentes fases, desembocando em um contexto monárquico, antirrevolucionário e reacionário, representado pelo Congresso de Viena. 3- O que representou a reação termidoriana (que aconteceu em 1794)? a) A ascensão dos jacobinos, liderados por Maximilien de Robespierre. b) O golpe que colocou Napoleão Bonaparte no governo francês. c) A reação das tropas francesas nas batalhas travadas contra as tropas absolutistas. d) A reação dos conservadores, que, sob a liderança girondina, derrubaram os jacobinos do poder. e) A violência do povo contra os membros da família real que ainda estavam vivos. 4- A Revolução Francesa foi um marco na história e considera-se o estopim que iniciou esse conflito: a) o regicídio de Luís XVI. b) a tentativa de fuga de Luís XVI e Maria Antonieta. c) a queda da Bastilha. d) a invasão da França por tropas austríacas. e) a convocação dos Estados Gerais. 5- A Lei dos Suspeitos foi aprovada durante a fase em que os jacobinos estiveram à frente da França. Essa lei determinava: a) todos os austríacos eram considerados traidores. b) todos os suspeitos de trair a revolução seriam presos. c) todos os nobres estavam expulsos da França. d) confisco de 90% dos bens da nobreza francesa. e) expulsão do clero do território francês.
  • 6. INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA 1- "O ouro e a prata que os reis incas tiveram em grande quantidade não eram avaliados [por eles] como tesouro porque, como se sabe, não vendiam nem compravam coisa alguma por prata nem por ouro, nem por eles pagavam os soldados, nem os gastavam com alguma necessidade que lhes aparecesse; tinham-nos como supérfluos, porque não eram de comer. Somente os estimavam por sua formosura e esplendor e para ornamento [das casas reais e ofícios religiosos]". (Garcilaso de la Vega, Comentários Reais, 1609.) Com base no texto, aponte: a) As principais diferenças entre o conjunto das ideias expostas no texto e a visão dos conquistadores espanhóis sobre a importância dos metais preciosos na colonização. b) Os princípios básicos do mercantilismo. 02. Não há a menor dúvida de que as guerras cada vez mais dispendiosas contribuíram para o desenvolvimento do mercantilismo. Com a ampliação da artilharia, dos arsenais, das marinhas de guerra, dos exércitos permanentes e das fortificações, as despesas dos Estados modernos dão um salto. Guerras pressupõem dinheiro e mais dinheiro, e assim a posse de dinheiro, a acumulação de metais nobres, torna-se uma mania e domina, como última conclusão de toda sabedoria, o pensamento e o juízo. (F. Braudel, citado em R. Kurz, "O colapso da modernização".) A política econômica predominante na época do Absolutismo ficou conhecida com o nome de mercantilismo, cujo maior expoente foi Colbert, ministro de Luís XIV, rei da França. a) Além da política econômica que era estimulada por guerras, como demonstra o texto de Fernand Braudel, quais as características principais da economia mercantilista? b) Em oposição às teorias mercantilistas, surgiram as teorias dos Fisiocratas e dos Liberais. Explique as ideias principais de cada uma dessas teorias econômicas. 03. Um mercantilista inglês escreveu: Os meios ordinários para aumentar nossa riqueza e tesouro são pelo comércio exterior, para o que devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que consumimos deles. (Thomas Mun, "Discourse on England's Treasure by Foreing Trade", 1664) a) O autor desse fragmento exprime um princípio essencial da política mercantilista. Era através dele que os mercantilistas explicavam a origem da riqueza dos estados. Que princípio era este? b) Por que as áreas coloniais da América foram fundamentais para a satisfação desse princípio mercantilista? REVISÃO 01- O mercantilismo correspondeu a: a) um conjunto de práticas e ideias econômicas baseadas em princípios protecionistas. b) uma teoria econômica defensora das livres práticas comerciais entre os diversos países. c) um movimento do século XVII que defendia a mercantilização dos escravos africanos. d) uma doutrina econômica defensora da não intervenção do Estado na economia. e) uma política econômica, especificamente ibérica de defesa de seus interesses coloniais. 02- Mercantilismo é um termo que foi criado pelos economistas alemães da segunda metade do século XIX para denominar o conjunto de práticas econômicas dos Estados europeus, nos séculos XVI e XVII. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO indica uma característica do mercantilismo. a) Busca de uma balança comercial favorável, ou seja, a superação contábil das importações pelas
  • 7. exportações. b) Intervencionismo do Estado nas práticas econômicas, através de políticas monopolistas e fiscais rígidas. c) Crença em que a acumulação de metais preciosos era a principal forma de enriquecimento dos Estados. d) Aplicação de capitais excedentes em outros países para aumentar a oferta de matérias-primas necessárias à industrialização. e) Exploração de domínios localizados em outros continentes, com o objetivo de complementar a economia metropolitana. 3- Por meio da Constituição de 1824, foi instituído o Poder Moderador. Entre as características desse poder, estava: a) nomear apenas os membros do Poder Judiciário. b) nomear e destituir os ministros do Poder Executivo. c) não interferir na composição e na dissolução da Câmara dos Deputados. d) garantir toda autonomia aos três poderes. e) não interferir em nenhuma das esferas legislativas do poder. 4- A Constituição de 1824, resultante da dissolução da Assembleia Constituinte de 1823, marcou o início da institucionalização do poder monárquico no Brasil. Essa Constituição: a) criou o Poder Moderador de exclusividade do Imperador, o que na prática significava conceder- lhe poderes quase absolutos. b) provocou a insatisfação em diversas províncias, estando na base da eclosão de diversas rebeliões, como a Confederação do Equador, a Sabinada e o Contestado. c) favoreceu o reconhecimento do Brasil como nação independente, o que ocorreu sem reveses, à exceção dos Estados Unidos por conta da doutrina Monroe. d) estabeleceu a eleição pelo voto censitário para os governadores das províncias. e) determinou que representantes para o Senado e a Câmara seriam eleitos pelo voto direto e secreto. 5- Um dos participantes da insurgência no Nordeste Brasileiro conhecida como Confederação do Equador era Frei Caneca. Caneca criticou o Poder Moderador utilizado por D. Pedro I e outorgado pela Constituição de 1824. A sua crítica remetia à relação do referido poder com as ideias de um pensador francês, que era: a) Cardeal Richelieu b) Voltaire c) Barão de Holbach d) Benjamin Constant e) Jean-Jacques Rousseau 6- O sistema eleitoral adotado no Império brasileiro estabelecia o voto censitário. Essa afirmação significa que: a) o sufrágio era indireto no que se referia às eleições gerais. b) para ser eleitor era necessário possuir determinada renda anual. c) as eleições eram efetuadas em dois turnos sucessivos. d) o voto não era extensivo aos analfabetos e às mulheres. e) por ocasião das eleições, realizava-se o recenseamento geral da população. Bons Estudos!!!!