O documento discute os principais biomas terrestres e marinhos encontrados no Brasil. Os biomas terrestres descritos incluem a Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e os biomas marinhos compreendem a Zona Marinha do Brasil e a Zona Costeira Brasileira, que abrigam diversos ecossistemas.
1. BIOMAS
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São as grandes formações vegetais encontradas nos
diferentes continentes e devido principalmente aos fatores
climáticos (temperatura e umidade) relacionados à latitude.
No século passado, muito antes do uso de satélites, os
exploradores começaram a notar que grandes regiões da
Terra possuíam vegetação semelhante, e que eram
determinadas pelo clima (em especial temperatura e
pluviosidade) mesmo em continentes diferentes. Começaram
então a surgir classificações das grandes formações vegetais
ou biomas da terra.
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2. BIOMAS
For al St udi o A
Na imagem da biosfera mostrada a seguir, as variações de cor
nos continentes (entre amarelo claro e verde escuro) indicam
a produtividade dos diferentes ambientes terrestre.
As partes mais claras indicam a presença de regiões
desérticas, com pouca ou nenhuma vegetação (ou seja, pouca
ou nenhuma produtividade). Como exemplos, veja, da
esquerda para a direita, o grande deserto central da Austrália,
na Oceania, o deserto de Atacama no sudoeste da América do
Sul e o deserto do Saara no norte da África.
No outro extremo, estão as partes mais escuras, cobertas por
vegetação densa (altamente produtivas). Bons exemplos são
as florestas tropicais do norte da América do Sul, do centro da
África e do sudeste asiático, bem como as florestas
temperadas altamente produtivas do sudeste da América do
Norte.
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4. BIOMAS
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TUNDRA
Entre linha de árvores (taiga) e linha de neve eterna, acima do círculo polar;
temperaturas muito baixas quase o ano todo; estação de crescimento curta
(verão).
Altas latitudes (especialmente hemisfério norte) e altitudes; solo congelado o
ano todo ou a maior parte do ano.
Sem árvores - só ervas, líquens e musgos.
Maioria dos animais (aves insetívoras, lebres, caribus, lobos, raposas) hiberna
ou migra.
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5. BIOMAS
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FLORESTA TEMPERADA
Zonas temperadas com invernos frios e verões mais longos.
Maioria das árvores caducifólias (tons vermelhos e amarelos no outono).
Fauna semelhante à da taiga, mas com porcos, esquilos e outros, além de
algumas aves granívoras e frugívoras.
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6. BIOMAS
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FLORESTA TROPICAL
Climas úmidos e quentes, com estações chuvosas longas.
Vegetação perenifólia, complexa, com grande estratificação (emergentes,
dossel, sub-bosque).
Fauna muito diversificada em espécies e hábitos; grandes mamíferos são
raros.
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7. BIOMAS
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DESERTO
Climas quentes e secos, chuvas extremamente raras; grandes variações diárias
de temperatura.
Arbustos caducifólios, cactos e suculentas.
Fauna com muitos répteis e poucos mamíferos e aves (maioria escavadora).
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8. BIOMAS
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TAIGA OU FLORESTA BOREAL
Latitudes altas (especialmente hemisfério norte), abaixo da tundra.
Maioria das árvores perenes com folhas em forma de agulha, poucas com
folhas largas (caducifólias).
Inverno muito frio, verão curto, porém mais longo que na tundra.
Muitos insetos, aproveitados por aves migratórias para alimentar filhotes.
Aves insetívoras ou predadoras, cervos, ursos, lobo, raposas, gatos.
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9. BIOMAS
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CAMPOS DE GRAMINEAS (PRADARIA E ESTEPE)
Climas temperados secos e/ou sazonais.
Fogo é freqüente.
Predominam gramíneas; alguns arbustos e nenhuma árvore.
Fauna de ungulados pastadores, carnívoros grandes, lebres e aves terrestres.
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10. BIOMAS
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SAVANA TROPICAL
Climas quentes, mas com estação seca longa (chuvas muito concentradas no
tempo).
Muitas gramíneas, muitos arbustos e poucas árvores (baixas e com troncos
retorcidos no cerrado).
Fogo é freqüente.
Na África, muitos mamíferos grandes pastadores, vários carnívoros; na
América do Sul, são raros mamíferos pastadores, ao passo que formigas e
cupins têm grande importância.
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13. BIOMAS BRASILEIROS
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BIOMAS TERRESTRES
Amazônia - ocupa uma área de 4.196.943 Km² e 49,29% do território
nacional e que é constituída principalmente por uma floresta tropical.[1] A
Amazônia ocupa a totalidade dos territórios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará
e Roraima, e parte do território do Maranhão (34%), Mato Grosso (54%),
Rondônia (98,8%) e Tocantins (9%).[2] A Amazônia é formada por distintos
ecossistemas como florestas densas de terra firme, florestas estacionais,
florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos
e formações pioneiras.
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14. BIOMAS BRASILEIROS
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BIOMAS TERRESTRES
Cerrado - ocupa uma área de 2.036.448, correspondente a 23,92% do
território e que é constituído principalmente por savanas.[1] [4] O Cerrado
ocupa a totalidade do Distrito Federal e parte do território dos estados da
Bahia (27%), Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso (39%), Mato Grosso
do Sul (61%), Minas Gerais (57%), Paraná (2%), Piauí (37%), Rondônia (0,2%),
São Paulo (32%) e Tocantins (91%)
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15. BIOMAS BRASILEIROS
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BIOMAS TERRESTRES
Mata Atlântica - ocupa uma área de 86.289 Km² e 13,04% do território nacional e que é
constituída principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande
do Norte ao Rio Grande do Sul. A Mata Atlântica ocupa a totalidade dos território do
Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e parte do território do estado de
Alagoas (52%), Bahia (19%), Goiás (3%), Mato Grosso do Sul (14%), Minas Gerais (41%),
Paraíba (8%), Paraná (98%), Pernambuco (17%), Rio Grande do Norte (5%), Rio Grande
do Sul (37%), São Paulo (68%) e Sergipe (51%).
A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado
conjunto de ecossistemas florestais com estruturase composições florísticas bastante
diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre, tendo
como elemento comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano.
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16. BIOMAS BRASILEIROS
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BIOMAS TERRESTRES
Pampa - que também é chamado de Campos do Sul ou Campos Sulinos ocupa uma área
de 176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído
principalmente por vegetação campestre.] No Brasil o Pampa só esta presente do estado
do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. O Bioma caracteriza-se pela
grande riqueza de espécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em
algumas regiões, ambientes integrados com a floresta de araucária.
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17. BIOMAS BRASILEIROS
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BIOMAS MARINHOS
O bioma marinho do Brasil situa-se sobre a "Zona Marinha do Brasil" e apresenta
diversos ecossistemas.
– A "Zona Marinha do Brasil" é o biótopo da Plataforma continental que
apresenta largura variável, com cerca de 80 milhas náuticas, no Amapá, e 160
milhas náuticas, na foz do rio Amazonas, reduzindo-se para 20 a 30 milhas
náuticas, na região Nordeste, onde é constituída, basicamente, por fundos
irregulares, com formações de algas calcárias. A partir do Rio de Janeiro, na
direção sul, a plataforma volta a se alargar, formando extensos fundos
cobertos de areia e lama.
– A Zona Costeira Brasileira é uma unidade territorial, definida em legislação
para efeitos de gestão ambiental, que se estende por 17 estados e acomoda
mais de 400 municípios distribuídos do norte equatorial ao sul temperado do
País.
É um conceito geopolítico que não tem nenhuma relação com a classificação
feita pela ecologia. A Zona Costeira Brasileira tem como aspectos distintivos
em sua longa extensão através de diferentes biomas que chegam até o litoral,
o bioma da Amazônia, o bioma da Caatinga e bioma da Mata Atlântica. Esses
biomas com grande variedade de espécies e de ecossistemas, abrangem mais
de 8.500 km de costa litorânea. 17
18. RELAÇÕES ECOLÓGICAS
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Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema
encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos
que as formam, denominadas relações ecológicas ou
interações biológicas
Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que
os organismos mantêm entre si. Algumas dessas interações se
caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou
de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações
são denominadas harmônicas ou positivas.
Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo
de um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos
de relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas.
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19. RELAÇÕES INTRA-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
SOCIEDADES
As sociedades são associações entre indivíduos da mesma espécie,
organizados de um modo cooperativo e não ligados anatomicamente.
Os indivíduos componentes de uma sociedade, denominados sociais,
colaboram com a sociedade em que estão integrados graças aos estímulos
recíprocos entre os sociais que estejam participando daquela sociedade.
Em todas as sociedades sempre observamos a existência de hierarquia, uma
divisão de funções para cada membro participante da sociedade, o que gera
indivíduos especialistas em determinadas funções dentro da sociedade o que
aumenta a eficiência do conjunto e sobrevivência da espécie, a ponto de os
animais serem adaptados na estrutura do corpo às funções que realizam, por
exemplo: formigas-soldados são maiores e possuem mais veneno (mais ácido
fórmico) que as formigas-operárias; a abelha-raínha é grande e põe ovos,
enquanto que as abelhas operárias são menores e não põem ovos.
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20. RELAÇÕES INTRA-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
COLÔNIAS
Uma colônia é o agrupamento de indivíduos da mesma espécie ligados
anatomicamente uns aos outros e com interdependência fisiológica. A
principal característica das colônias é que é impossível a sobrevivência de um
indivíduo se por acaso ele for isolado do conjunto que constitui a colônia.
Nas colônias pode ou não ocorrer divisão do trabalho. Quando as colônias
são constituídas por organismos que apresentam a mesma forma, não ocorre
divisão de trabalho, todos os indivíduos são iguais e executam todos eles as
mesmas funções vitais, nesses casos as colônias são denominadas colônias
isomorfas como as colônias de corais.
Quando as colônias são constituídas por indivíduos com formas e funções
distintas ocorre uma divisão de trabalhos, então essas colônias são
denominadas colônias heteromorfas.
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21. RELAÇÕES INTRA-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
Colônias
Um exemplo é o celenterado da
espécie Physalia physalis,
popularmente conhecida por
“caravela”, que formam colônias com
indivíduos especializados na proteção
e defesa os chamados dactilozóides,
indivíduos especializados na
reprodução os chamados gonozóides,
indivíduos especializados em natação
os chamados nectozóides, indivíduos
especializados na flutuação os
chamados pneumozóides, e indivíduos
especializados em digestão os
chamados gastrozóides, cada qual
desempenhando funções diferentes
no conjunto que é a colônia.
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22. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
SIMBIOSE OU MUTUALISMO
A simbiose ou mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies
diferentes, onde as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação
é obrigatória para a sobrevivência de ambas. Um bom exemplo desta relação
costumava ser a associação de algas e fungos formando os líquenes, porem
estudos recentes vêm classificando esse tipo de relação como um
parasitismo controlado, uma vez que foi evidenciada uma estrutura do fungo
chamada apreensório, que possui a função de agarrar a alga. Essa estrutura é
comum em parasitas.
Outro exemplo é a relação entre os cupins e a triconinfa. Os cupins, ao
comerem a madeira, não conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino
vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os protozoários, ao digerirem a
celulose, permitem que os cupins aproveitem essa substância como
alimento. Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta de alimentos e
como “residência” para os protozoários.
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23. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
For al St udi o A
HARMÔNICAS
SIMBIOSE OU MUTUALISMO
A simbiose ou mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies
diferentes, onde as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação
é obrigatória para a sobrevivência de ambas. Um bom exemplo desta relação
costumava ser a associação de algas e fungos formando os líquenes, porem
estudos recentes vêm classificando esse tipo de relação como um
parasitismo controlado, uma vez que foi evidenciada uma estrutura do fungo
chamada apreensório, que possui a função de agarrar a alga. Essa estrutura é
comum em parasitas.
Outro exemplo é a relação entre os cupins e a triconinfa. Os cupins, ao
comerem a madeira, não conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino
vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os protozoários, ao digerirem a
celulose, permitem que os cupins aproveitem essa substância como
alimento. Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta de alimentos e
como “residência” para os protozoários.
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24. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
Simbiose ou Mutualismo
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25. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
PROTOCOOPERAÇÃO
Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas,
elas podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique.
Um dos mais conhecidos exemplos de protocooperação é a associação entre
a anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo,
também conhecido como bernardo-eremita ou ermitão.
O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas
abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha, costumam instalar-se uma ou
mais anêmonas-do-mar (actínias). Dessa união, surge o benefício mútuo: a
anêmona possui células urticantes, que afugentam os predadores do paguro,
e este, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma melhor exploração do
espaço, em busca de alimento.
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27. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
For al St udi o A
HARMÔNICAS
PROTOCOOPERAÇÃO
Outro exemplo é o de alguns animais que promovem a dispersão de
sementes de plantas, comendo seus frutos e evacuando suas sementes em
local distante, e a ação de insetos que procuram o néctar das flores e
contribuem involuntariamente para a polinização das plantas.
Há também a relação entre o anu e os bovinos, onde o anu, uma ave, se
alimenta de carrapatos existentes na pele dos bovinos, livrando-os de
indesejáveis parasitas.
Um outro exemplo também é o pássaro-palito e o jacaré: o jacaré abre a sua
boca e o pássaro-palito entra nela, mas não é devorado porque se ele for
devorado o jacaré ficará com os dentes podres e não poderá mais comer. Ao
mesmo tempo que o pássaro-palito ajuda o jacaré limpando os seus dentes,
ele se alimenta com o resto da comida que há dentro da boca e dos dentes
do jacaré, assim os dois se beneficiam de algum modo.
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29. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
For al St udi o A
HARMÔNICAS
INIQUILISMO OU EPIBIOSE
O inquilinismo é um tipo de associação em que apenas um dos participantes
se beneficia, sem, no entanto, causar qualquer prejuízo ao outro. Nesse caso,
a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda, suporte no corpo da espécie
hospedeira, e é chamada de inquilino.
Um exemplo típico é a associação entre orquídeas e árvores. Vivendo no alto
das árvores, que lhe servem de suporte, as orquídeas encontram condições
ideais de luminosidade para o seu desenvolvimento, e a árvore não é
prejudicada.
Outro exemplo é o do fierasfer, um pequeno peixe que vive dentro do corpo
do pepino-do-mar (Holoturia). Para alimentar-se, o fierasfer sai do pepino-
do-mar e depois volta. Assim, o peixe encontra proteção no corpo do pepino-
do-mar, o qual, por sua vez, não recebe benefício nem sofre desvantagem.
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31. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
COMENSALISMO
O comensalismo é um tipo de associação entre indivíduos onde um deles se
aproveita dos restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O ser vivo que se
aproveita dos restos alimentares é denominado comensal, enquanto que o
ser vivo que lhe proporciona esse alimento fácil é denominado anfitrião.
Alguns exemplos de comensalismo: A rêmora e o tubarão. A rêmora ou
peixe-piloto é um peixe ósseo que apresenta a nadadeira dorsal
transformada em ventosa, com a qual se fixa no ventre, próximo à boca do
tubarão e é levada com ele. Quando o tubarão estraçalha a carne de suas
presas, muitos pedacinhos de carne se espalham pela água e a rêmora se
alimenta desses restos alimentares produzidos pelas atividades do tubarão.
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32. RELAÇÕES INTER-
ESPECÍFICAS
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HARMÔNICAS
COMENSALISMO
O exemplo didático mais antigo e mais clássico de comensalismo é o caso das
hienas que se aproveitam dos restos das carcaças deixadas pelos leões mas,
hoje em dia, diante das observações realizadas nessa relação entre leões e
hienas, ficou evidente que as hienas esperam que o leão faça o trabalho de
abater a presa, em seguida o bando de hienas ataca o leão de forma a
afugentá-lo e assim conseguem se apoderar de sua caça, inclusive impedindo
que ele se alimente da caça que ele mesmo abateu, caracterizando assim
uma relação de esclavagismo interespecífico e não propriamente de
comensalismo. Vez por outra as hienas abatem leões e os devoram numa
relação clara de predatismo. O comensalismo entre hienas e leões só
acontece quando o leão já está fartamente alimentado e já tendo saciado a
sua fome, abandona os restos da carcaça para as hienas e abutres.
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