2. O SOLO FOI FORMADO PELA
DEGRADAÇÃO DAS ROCHAS.
NA PARTE SUPERFICIAL HÁ UMA
CAMADA COM COR MAIS ESCURA
DEPOIS UMA CAMADA MAIS CLARA
E POR FIM A ROCHA MÃE
5. O conceito de solo como meio para o crescimento
vegetal é uma noção antiga desde os primórdios
da agricultura.
As características físicas e químicas dos solos
condicionam o crescimento vegetal, ao fazer
variar:
a capacidade de retenção de água,
a solubilidade dos elementos minerais,
as transformações minerais e bioquímicas,
a lixiviação dos nutrientes
o pH.
6. O solo é importante para o crescimento
vegetal pois:
supre as plantas com factores de crescimento,
permite o desenvolvimento e distribuição das
suas raízes
possibilita o movimento dos nutrientes, de água
e ar nas superfícies radiculares.
7. •O SOLO FORNECE ÀS PLANTAS:
•SUPORTE FISICO
•AR
•ÁGUA
•NUTRIENTES
8. Para um crescimento e desenvolvimento adequados
das culturas, com a obtenção de rendimentos
elevados e de produtos de qualidade, é necessário
que os nutrientes essenciais à planta (macro e
micronutrientes) se encontrem no solo em
determinadas quantidades e proporções (Dias, 2000;
INIA, 2000).
As exigências quantitativas de nutrientes minerais
variam com a natureza da cultura e, dentro desta,
com a cultivar e o respectivo nível de produção
9. Um solo diz-se fértil quando é capaz de fornecer às
plantas os nutrientes em quantidades e proporções
adequadas ao seu crescimento e desenvolvimento, a
partir das reservas contidas nas suas fracções
minerais e orgânicas.
A fertilidade de um solo encontra-se intimamente
ligada :
à textura do solo,
à matéria orgânica e
ao complexo de troca do solo.
A estrutura, do solo também tem influência na sua
fertilidade.
10.
11. A partir das suas características gerais, os solos
portugueses podem ser classificados em:
Incipientes: solos não evoluídos, sem horizontes
genéticos claramente diferenciados, praticamente
reduzidos ao material originário;
Litossolos ou solos esqueléticos – derivados das rochas
consolidadas, de espessura efectiva normalmente inferior a 10 cm;
encontram-se normalmente em áreas sujeitas a erosão acelerada
ou a erosão geológica recente;
Regossolos psamíticos – normalmente com grande espessura
efectiva, mais ou menos ácidos, constituídos por materiais detríticos
arenosos mais ou menos grosseiros, com baixo teor em matéria
orgânica;
12. Aluviossolos modernos – recebem em geral, periodicamente, adições de
sedimentos aluvionares; são solos não hidromórficos, constituídos por
depósitos estratificados de aluviões; pH entre 6.5 e 7.5; em muitos casos, a
toalha freática encontra-se a menos de 2 metros de profundidade; relevo
plano ou quase plano; encontram-se geralmente humedecidos e fortemente
influenciados na sua economia de água, vegetação e biologia pela presença
dessa toalha freática;
Aluviossolos antigos – em regra, já não recebem adições de sedimentos
aluvionares; constituem em geral terraços fluviais; apresentam quase sempre
o lençol freático a maior profundidade que os aluviossolos modernos; relevo
plano ou quase;
Coluviossolos – de origem coluvial, ou seja, por acumulação de depósitos
muito variados, por acção da gravidade em vales, depressões ou base de
encostas; frequentemente apresentam toalha freática dentro da profundidade
normal de observação; relevo plano ou quase.
13. Litólicos: solos pouco evoluídos, formados a
partir de rochas não calcárias; pequena
espessura efectiva, frequentemente pobres sob o
ponto de vista químico; baixo teor em matéria
orgânica; expansibilidade baixa ou nula,
permeabilidade rápida e capacidade de campo
mediana;
14. Calcários: solos pouco evoluídos, formados a partir
de rochas calcárias, com percentagem variável de
carbonato de cálcio ao longo do perfil e sem as
características dos barros;
Solos calcários pardos – dada a escassa cobertura vegetal e a rápida
decomposição da matéria orgânica (baixa pluviosidade associada a
alta temperatura), estes solos têm baixo teor de húmus. A água da
chuva que cai sobretudo no Inverno, transporta, por dissolução e
lavagem, uma certa quantidade de carbonatos que se acumulam no
perfil, mas sem este deixar de ser calcário em toda a sua espessura;
baixa expansibilidade; permeabilidade de moderada a rápida nos
horizontes superficiais e moderada a lenta nos materiais originários
muito calcários; capacidade de campo e água disponível elevadas;
solo superficial pouco argiloso a argiloso, em geral com estrutura
grumosa a granulosa e com pH superior a 6.5; o solo sub-superficial é
semelhante, em geral franco-argiloso a argiloso, fazendo a transição
para o calcário brando ou marga, ou menos frequentemente, outras
rochas calcárias ou rochas diversas misturadas com depósitos
calcários;
15. Solos calcários vermelhos – muito parecidos com os anteriores,
diferindo na cor; textura pesada a mediana, excepto aqueles que
derivam de arenitos; teor em matéria orgânica baixo (inferior a
2%); reacção ligeira ou moderadamente alcalina (pH superior a
6.5 chegando a cerca de 8.5); expansibilidade nula ou baixa a
moderada; capacidade utilizável mediana a alta; permeabilidade
moderada e relevo ondulado, suave a acidentado.
16. Barros – solos evoluídos, de cor escura, argilosos,
com presença de superfícies polidas por deslizamento
e curta sazão. As máquinas têm que ser poderosas,
portanto caras, devido à sua textura pesada, estrutura
grosseira e elevadas plasticidade e tenacidade. Os
fenómenos de contracção e expansão, de
fendilhamento e deslizamento, comuns nestes solos,
bem como o seu fácil deslocamento em massa mesmo
em declives suaves, torna-os instáveis e levanta
alguns problemas graves (é vulgar encontrarem-se
inclinadas as sebes, os postes de fios telegráficos e
telefónicos e árvores neles colocadas); os pavimentos
partem-se e deslocam-se lateralmente; as fundações
dos edifícios se não atingem a rocha compacta podem
rachar, o mesmo acontecendo a canalizações pouco
resistentes;
17. Barros pretos - as fendas, que se formam especialmente no Verão, chegam
a atingir mais de 25 cm de largura, penetrando algum do solo superficial e
água; este humedecimento do subsolo provoca a sua expansibilidade; com
material seco por cima e por baixo dessa camada, torna-se mais fácil o
deslizamento das faces estruturais entre si, formando-se superfícies polidas;
a textura argilosa e a baixa permeabilidade tornam estes barros muito
susceptíveis à erosão; nas zonas planas surgem quase sempre problemas
de drenagem de difícil solução; grande fertilidade, conseguindo-se
produções muito elevadas; abundam entre Ferreira do Alentejo e Serpa,
passando por Beja.
Barros castanho-avermelhados - com características muito semelhantes às
dos Barros Pretos, mas mais atenuadas, diferindo principalmente na cor.
São mais fáceis de trabalhar e parecem fendilhar menos; podem encontrar-
se a sul do rio Tejo, entre Alter do Chão e Monforte, na serra de Beringel
(entre Ferreira do Alentejo e Beja), entre Odemira e Amoreiras, nos
arredores de Moura, entre Aljustrel e Montes Velhos, em pequenas manchas
no Algarve, perto de Portimão e de Vila do Bispo e junto a S. Tiago do
Cacém
18. Argiluviados pouco insaturados: solos
evoluídos, que se desenvolvem em climas com
características mediterrânicas; têm cores
pardacentas ou avermelhadas/avermelhadas
nos horizontes A e B;
19. Podzóis: solos evoluídos; textura muito ligeira, predominando as
fracções areia grossa e fina; razão C/N elevada; capacidade de troca
catiónica e capacidade de campo muito baixas; expansibilidade nula
e permeabilidade rápida; horizonte B pardo, arenoso,
frequentemente com blocos de surraipa branda ou compacta ou
então massa contínua de surraipa; pobres em elementos orgânicos;
relevo plano ou quase plano a ondulado-suave; o processo de
formação do solo predominante é a podzolização, que resulta da
acidificação acentuada do húmus, com formação de grandes
quantidades de compostos orgânicos que se deslocam para a parte
inferior do perfil, arrastando também óxidos de ferro e alumínio; em
climas atlânticos, a elevada pluviosidade, ligada a grande
nebulosidade favorecem a podzolização, bem como outros factores
ecológicos, tais como vegetação acidificante (principalmente
pinheiros) e rocha-mãe (extremamente permeável, siliciosa e pobre
em alcalinos e alcalino-terrosos). A maior parte das folhosas não
encontram neles condições para viver. Em Portugal, podem ser
encontrados na faixa ocidental a sul do rio Tejo e na charneca da
margem esquerda desse rio.
20. Halomórficos: apresentam quantidades excessivas de
sais solúveis e/ou teor relativamente elevado de sódio de
troca no complexo de adsorção;
Hidromórficos: solos sujeitos a encharcamento
temporário ou permanente que provoca fenómenos
marcados de redução em todo ou parte do perfil, com
excepção dos solos que ao hidromorfismo se sobreponha
outro processo pedogenético de maior importância
taxonómica como a podzolização ou salinização. Sempre
em terreno plano ou côncavo; textura variável; ligeiramente
ácido a moderadamente alcalino; expansibilidade baixa ou
nula; capacidade de campo mediana a alta;
permeabilidade de moderada a lenta ou mesmo nula nas
camadas argilosas e maciças que existem;
21. Solos Orgânicos Hidromórficos: solos com
elevado teor de matéria orgânica que se
acumulou em condições de permanente ou quase
permanente saturação com água
22. O solo é um recurso finito, limitado e não
renovável, face às suas taxas de degradação
potencialmente rápidas, que têm vindo a
aumentar nas últimas décadas (pela pressão
crescente das actividades humanas) em
relação às suas taxas de formação e
regeneração extremamente lentas. A
formação de uma camada de solo de 30 cm
leva 1000 a 10000 anos a estar completa
(Haberli et al, 1991).
23. Os processos de degradação do solo
constituem um grave problema a nível
mundial, com consequências
ambientais, sociais e económicas
significativas.
À medida que a população mundial
aumenta, a necessidade de proteger o
solo como recurso vital, sobretudo
para produção alimentar, também
aumenta.
24. Nos últimos 40 anos, cerca de um
terço dos solos agrícolas mundiais
deixaram de ser produtivos do ponto
de vista agrícola, devido à erosão.
Actualmente, cerca de 77% das terras
da União Europeia (UE)
correspondem a áreas agrícolas e
silvícolas, evidenciando a importância
da política agrícola no território.
25. Na UE, calcula-se que 52 milhões de
hectares de solo, equivalendo a mais de 16%
da superfície terrestre total, estão afectados
por processos de degradação;
Nos países candidatos à adesão esta
percentagem ronda os 35%, de acordo com o
mapa mundial do estado de degradação do
solo induzida pelo Homem (Projecto
GLASOD, 1992).
26. Por outro lado, os solos com melhor qualidade
encontram-se dispersos e confinados muitas
vezes a áreas com grande pressão para o uso
da terra, nomeadamente para construção
imobiliária.
As zonas costeiras mediterrâneas
completamente livres de construção continuam
a diminuir, representando, em 1996, apenas
29% das zonas costeiras italianas.
Evidencia-se assim a necessidade de
planificar devidamente a afectação dos
solos e o ordenamento do território.
27. O solo desempenha uma grande
variedade de funções vitais, de carácter
ambiental, ecológico, social e
económico, constituindo um importante
elemento paisagístico, patrimonial e
físico para o desenvolvimento de infra-
estruturas e actividades humanas.
28.
29. O solo é um meio vivo e dinâmico,
constituindo o habitat de biodiversidade
abundante, com padrões genéticos únicos,
onde se encontra a maior quantidade e
variedade de organismos vivos, que servem
de reservatório de nutrientes.
Um grama de solo em boas condições pode
conter 600 milhões de bactérias pertencentes
a 15000 ou 20000 espécies diferentes. Nos
solos desérticos, estes valores diminuem
para 1 milhão e 5000 a 8000 espécies,
respectivamente.
30. A actividade biológica, dependente da
quantidade de matéria orgânica presente no solo:
elimina agentes patogénicos,
decompõe a matéria orgânica e outros poluentes
em componentes mais simples (frequentemente
menos nocivos)
contribui para a manutenção das propriedades
físicas e bioquímicas necessárias para a fertilidade
e estrutura dos solos.
31.
32.
33.
34.
35.
36. Factores de que depende a formação do
solo:
do seu material de origem (orgânico ou
mineral),
do clima (temperatura, humidade),
dos organismos presentes no solo (Biologia
do Solo),
do relevo
do tempo, entre outros factores.
45. O solo é constituído essencialmente por
matéria mineral, matéria orgânica, água e ar.
É portanto, considerado como um sistema
trifásico porque se divide em três fracções:
fracção sólida (matéria mineral associada à
matéria orgânica),
fracção líquida (água)
fracção gasosa (ar).
46. As proporções de matéria orgânica e matéria mineral
podem variar consoante a natureza dos solos.
No entanto, quer estes tenham muita ou pouca
matéria mineral ou matéria orgânica, os solos
contêm proporções variáveis de água com
substâncias dissolvidas (solução do solo) e ar
(atmosfera do solo).
47. Assim, os solos podem ser considerados
orgânicos se contêm mais de 20% de matéria
orgânica (nos casos de textura grosseira), ou
mais de 30% (nos casos de textura média ou
fina) em espessura superior a 30 cm.
Todos os restantes solos, que são os mais
vulgares, são designados por solos minerais.
48. MATERIAIS GROSSEIROS >2 mm
TERRA FINA < 2 mm
AREIA 2 a 0,02mm
LIMO 0,02 a 0,002 mm
ARGILA < 0,002 mm
49.
50. A matéria mineral do solo pode incluir, em
proporções variáveis:
fragmentos de rocha,
minerais primários, em resultado da
fragmentação da rocha-mãe,
minerais de origem secundária, estes resultantes
da alteração dos primários nomeadamente, os
minerais de argila, óxidos e hidróxidos de alumínio
e ferro e por vezes, carbonatos de cálcio,
magnésio, entre outros.
51. Apresentam-se na forma de fragmentos ou
partículas, de formas e dimensões muito
variáveis desde pedras de cascalho até
materiais tão finos que apresentam
propriedades coloidais.
As proporções destas partículas no solo
permitem definir a textura do mesmo
52. A matéria
orgânica inclui
uma grande
variedade de
seres vivos,
desde bactérias,
fungos e
actinomicetas,
até protozoários,
nemátodos,
ácaros e
anelídeos.
53. A matéria orgânica do solo é constituída por
restos de plantas e outros organismos, em estado
mais ou menos avançado de decomposição
(devida essencialmente à actividade de
microrganismos), incluindo substâncias no estado
coloidal.
Esta acumula-se principalmente à superfície dos
solos, facilitando assim a penetração das raízes, a
retenção da água e a actividade agrícola.
É constituída por substâncias contendo carbono
na sua estrutura molecular
É rica em nutrientes como o azoto e o enxofre que
são fundamentais às plantas.
54. HÚMUS
A matéria orgânica que sofreu intensa
decomposição através de processos químico
- biológicos e atingiu um certo grau de
estabilidade é designada por húmus, uma
camada de cor escura e heterogénea com
propriedades coloidais.
O teor em matéria orgânica de um solo é
possível determinar através do processo de
calcinação que consiste em queimar o solo
seco a altas temperaturas.
55. Os organismos do solo, em especial os
microrganismos:
vão levar a cabo a decomposição de
resíduos orgânicos,
são responsáveis pela síntese de
moléculas orgânicas de elevada estabilidade
– as substâncias húmicas – que são o
principal constituinte do húmus
contribuem para propriedades tão
importantes como a capacidade de retenção
de água e nutrientes, e o poder tampão do
solo.
56. desempenham um papel crítico na
capacidade que as plantas apresentam para
absorver os nutrientes, estes têm a capacidade de
desbloquear nutrientes e torná-los disponíveis para
serem absorvidos pelas plantas, estimulando ao
mesmo tempo as defesas naturais da planta
Aumentam a produtividade, diminuindo o uso de
fertilizantes e pesticidas e promovem o crescimento
saudável das plantas.
A retenção de água no solo aumenta o que poderá
resultar numa diminuição na quantidade de água a
fornecer.
Os Ácidos Húmicos
57. Benefícios físicos da matéria orgânica:
1. Melhora a estrutura do solo: Evita perdas
elevadas de água e nutrientes em solos arenosos e
em solos pesados e compactos o arejamento do solo
e o aproveitamento da água são melhorados.
2. Maior resistência à seca devido ao aumento da
capacidade de retenção de água do solo
3. Reduz a abertura de fendas na superfície de solo
diminuindo o escorrimento superficial da água
prevenindo a erosão.
4. O cultivo é facilitado
58. Benefícios químicos da matéria orgânica:
1. Elevada capacidade de troca cationica (CTC)
2. Regulam o pH, neutralizando solos ácidos e alcalinos.
3. Reduz a disponibilidade de substâncias tóxicas no solo.
4. Ricos em substâncias minerais e orgânicas essenciais ao
desenvolvimento das plantas
5. Promove a conversão de elementos nutritivos (ex: N, P, K,
Zn ) em formas disponíveis para a planta absorver
6. Actuam como agentes quelatantes para iões metálicos em
condições alcalinas e promove a sua absorção pelas raízes
59.
60.
61.
62. O solo pode adsorver iões por processos
físicos e químicos. A adsorção de catiões
por atracção electrostática resulta numa
capacidade de troca catiónica,
fenómeno de extrema importância por
reter os catiões numa forma permutável,
evitando a sua perda por lixiviação e
mantendo-os disponíveis para as plantas.
63. O húmus e os minerais argilosos dos grupos da
vermiculite e esmectite apresentam elevada
capacidade de troca catiónica,
enquanto que no outro extremo se situam os
minerais do grupo da caulinite e os óxidos e
hidróxidos de ferro, alumínio e manganésio.
Os catiões com maior carga e menor tamanho
são adsorvidos preferencialmente em relação aos
outros, sobretudo nos colóides com maior
capacidade de troca catiónica.
64. Os minerais argilosos pertencentes aos grupos da ilite,
esmectite e vermiculite contêm iões potássio e
amónio não hidratados adsorvidos fortemente no seu
interior, dizendo-se que ocorreu a sua fixação. Estes
catiões não trocam com outros mas podem difundir
lentamente para fora das partículas, estando em
equilíbrio com o nutriente em solução.
Os aniões (com excepção dos iões nitrato e cloreto)
são adsorvidos por troca de ligando, substituindo
grupos hidroxilo na superfície dos colóides, em
particular nos hidróxidos de alumínio e oxi-hidróxidos
de ferro, onde ficam unidos covalentemente. Os iões
fosfato podem estabelecer uma segunda ligação
dando origem a um quelato.
65. A água desempenha uma acção
fundamental na formação do solo, e é
indispensável à vida das plantas, no
entanto a sua quantidade é variável devido
à precipitação e irrigação, à textura,
estrutura, relevo e teor em matéria
orgânica. A água do solo contém uma
grande variedade de substâncias
dissolvidas, solução à qual é dado o nome
de solução do solo.
66. À água avaliada experimentalmente dá-se a
designação de água capilar, pois esta é sujeita a
fenómenos de capilaridade, constituindo películas
contínuas em torno das partículas do solo e é esta
água que é absorvida pelas plantas.
No entanto, no solo encontra-se ainda a água de
constituição, integrante da estrutura química da
fracção sólida do solo, a água higroscópica,
absorvida à superfície dos colóides
e, por fim, a água gravitacional, que se desloca
sob a acção da gravidade e não é absorvida pelo
solo.
67.
68. Desde el punto de vista físico
Agua higroscópica.
Absorbida directamente de la humedad atmosférica,
forma una fina película que recubre a las partículas del
suelo. No está sometida a movimiento, no es asimilable
por las plantas (no absorbible). Está fuertemente
retenida a fuerzas superiores a 31 atmósferas, que
equivale a pF de 4,5.
69. Agua gravitacional
No está retenida en el suelo.
Se habla de agua gravitacional de flujo lento y
agua gravitacional de flujo rápido en función de
su velocidad de circulación.
70. De flujo lento
La que circula por poros comprendidos entre 8 y 30
micras de diámetro, se admite que está retenida a un
pF que varia desde 3 a un valor que varia entre 1,8 y
2,5. Tarda de 10 a 30 días en atravesar el suelo y en
esos días es utilizable por las plantas.
71. De flujo rápido
La que circula por poros mayores de 30
micras. Es un agua que no queda retenida en
el suelo y es eliminada al subsuelo, pudiendo
alcanzar el nivel freático. Es un agua inútil,
ya que cuando está presente en el suelo los
poros se encuentran totalmente saturados
de agua, el medio es asfixiante y las raíces de
las plantas no la pueden tomar.
72. Agua capilar.
Contenida en los tubos capilares del suelo . Dentro de ella
distinguimos el agua capilar absorbible y la no absorbible.
i) Agua capilar no absorbible. Se introduce en los tubos
capilares más pequeños <0.2 micras. Está muy
fuertemente retenida y no es absorbible por las
plantas; la fuerza de succión es de 31-15 atmósferas,
que corresponde a pF de 4,5 a 4,2.
ii) Agua capilar absorbible. Es la que se encuentra en
tubos capilares de 0.2-8 micras. Es un agua absorbible por
las plantas. Es un agua útil para la vegetación, constituye la
reserva durante los períodos secos. Está fuertemente
absorbida; la fuerza de retención varia entre 15 a 1
atmósfera y se extrae a pF de 4.2 a 3.
73. Do ponto de vista agronómico
Capacidad máxima
Momento en el que todos los poros están saturados
de agua. No existe fase gaseosa. La porosidad total del
suelo es igual al volumen total de agua en el suelo.
74. Capacidad de campo
Surge este término para paliar la dificultad de medida de
la capacidad de retención. Representa un concepto más
practico, que trata de reflejar la cantidad de agua que
puede tener un suelo cuando se pierde el agua
gravitacional de flujo rápido, después de pasados unos
dos dias de las lluvias (se habrá perdido algo de agua por
evaporación). La fuerza de retención del agua variará
para cada suelo, pero se admite generalmente una
fuerza de succión de 1/3 de atmósfera o pF=2,5 y
corresponde a poros <30 micras (para algunos suelos el
pF de 1,8 es más representativo).
75. Punto de marchitamiento
Representa cuando el suelo se deseca a un
nivel tal que el agua que queda está
retenida con una fuerza de succión mayor
que las de absorción de las raíces de las
plantas. Es el agua que queda a una
presión de 15 atmósferas o pF=4,2. El agua
contenida corresponde al agua
higroscópica más el agua capilar no
absorbible.
76. Agua útil
Es el agua de flujo lento más la absorbible menos la no
absorbible e higroscópica. Representa el agua en capacidad de
campo menos la que hay en el punto de marchitamiento.
En esta figura mostramos los valores típicos para suelos con
distintas granulometrías. En ella destacan hechos muy
interesantes.
Suelos arenosos, muy baja capacidad de campo, pero casi toda
su humedad es agua útil pues la cantidad de agua en punto de
marchitamiento es muy pequeña.
Suelos arcillosos, muy alta capacidad de campo, pero con gran
cantidad de agua inútil en punto de marchitamiento.
Suelos de granulometrías equilibradas, buenas características al
compensarse los efectos de las arenas y de las arcillas.
77.
78.
79.
80.
81. .
O ar do solo ocupa os espaços não
preenchidos pela água e é constituído por
azoto, oxigénio e vapores de água, podendo
encontrar-se ainda outros gases em pequenas
quantidades, provenientes do metabolismo
microbiano.
O ar apresenta um papel importantíssimo para
a manutenção da vitalidade dos solos, que
influi sobre a intensidade de reacções químicas
e biológicas que se processam nos mesmos,
sendo também indispensável na respiração
das raízes das plantas
82. A atmosfera do solo tem teores mais baixos de
oxigénio e mais altos de vapor de água e
dióxido de carbono, por comparação com a
atmosfera.
Um bom arejamento do solo é indispensável
para a respiração das raízes e organismos do
solo.
Em solos compactados, com baixa porosidade,
ou em solos alagados, geram-se condições de
anaerobiose (baixo potencial redox) que são
toleradas apenas por algumas plantas e
organismos.
83.
84.
85.
86. A água e o ar do solo ocupam os espaços
intersticiais existentes entre as partículas
terrosas e entre agregados de partículas
cuja forma, dimensão, etc..., caracterizam a
estrutura do solo.
87. Para a determinação do teor de água num
solo é realizada a sua pesagem e secagem
numa estufa, para posteriormente, nova
pesagem.
A percentagem de ar é avaliada através do
processo de saturação com água, sendo
determinado o volume de ar libertado.
88. , para
produzirem um solo que possui uma certa porosidade
onde podem ser retidos a água (solutos orgânicos e
inorgânicos dissolvidos, constituindo a solução do solo) e
os gases (sobretudo azoto e oxigénio).
Com a presença de oxigénio no solo ocorrem oxidações
que dão origem a um composto de cor vermelha
designado por hematite.
Se ocorrer hidratação, formar-se-á um composto amarelo
– acastanhado designado por limonite.
90. O solo é dividido em camadas horizontais,
chamadas horizontes.
As características que podem ser levadas em
conta para diferenciar os horizontes,
dependem do conhecimento da pessoa que
está a realizar o trabalho e são baseados em
alguns critérios como textura, cor,
consistência, estrutura, actividade biológica,
tipo de superfície dos agregados, etc.
91. A génese do solo envolve a alteração de minerais
primários e a formação de secundários, e origina
camadas com diferentes cores e características,
designadas por horizontes do solo.
Os pedologistas estudam secções verticais do solo
(perfis) que expõem os vários horizontes, para
classificarem o solo.
Existem diversas nomenclaturas do solo, mas a
classificação FAO, aceite por todos os investigadores,
permite dividir os solos existentes no globo em 28
unidades principais.
92.
93. Normalmente o solo possui três horizontes bem fáceis
de distinguir :
o horizonte O, que representa a matéria orgânica
presente na superfície;
o horizonte A, que representa a região em que o
solo perde material para as camadas mais profundas
o horizonte B, local em que se acumulam os
materiais perdidos pelo horizonte A.
Outras camadas importantes para se distinguir um
perfil de solo são o horizonte C, e R, caracterizados
pela rocha matriz decomposta (C) e não decomposta
(R).
94.
95.
96. No exame do perfil do solo, três
propriedades físicas, são de fácil
identificação podendo ser realizadas no
campo e por pessoas sem experiência nesta
área.
A cor
A textura
A consistência
98. Após todo o processo de formação de um novo
solo as propriedades que permitem distinguir
uns dos outros são:
As propriedades físicas
coloração,
textura,
estrutura,
porosidade,
permeabilidade
coesão e tenacidade
As propriedades químicas
Solução do solo
Reacção do solo
99. A cor é uma das características que mais
chamam a atenção, devido às várias
tonalidades de coloração existentes no
perfil, permitindo uma rápida delimitação
dos horizontes.
100. Na determinação da cor do solo existem três
factores predominantes:
a matéria orgânica, que confere uma cor
escura; quanto mais escuro (negro) for o
solo, mais matéria orgânica ele possui;
o ferro, que confere um tom avermelhado
ou seja, quanto mais vermelho, mais
compostos de ferro tem
a quantidade de sílica (quartzo), que
clareia o horizonte e quanto mais claro
(branco) ele for, mais quartzo terá.
101. A cor depende não só do material original como
também dos processos que influíram a sua formação.
Tem muita importância na temperatura do solo
102. A cor do solo influencia a sua temperatura, visto
que solos escuros aquecem mais depressa do que
os claros.
A temperatura afecta todos os processos que
ocorrem nos solos, desde o crescimento radicular à
actividade dos microrganismos. As coberturas do
solo e a vegetação isolam o solo, evitando grandes
amplitudes térmicas.
103. A textura do solo refere-se às proporções
dos grupos de grãos que formam o solo, ou
seja à proporção de argila, limo e areia.
Na prática o conhecimento da textura é feito
mediante a manipulação do solo húmido
entre os dedos, o que dará uma ideia, pela
manipulação táctil, da predominância das
fracções granulométricas finas e grosseiras.
104. As substâncias minerais dividem-se
quanto ao tamanho em
o elementos grosseiros e
o terra fina, que inclui a areia, o limo e
a argila.
A proporção das partículas de
diferentes dimensões, da terra fina, é
designada por textura do solo.
105. MATERIAIS GROSSEIROS >2 mm
TERRA FINA < 2 mm
AREIA 2 a
0,02mm
LIMO 0,02 a 0,002 mm
ARGILA < 0,002 mm
106. A proporção de areia argila e limo influencia
na:
taxa de infiltração da água
armazenamento da água
Arejamento
facilidade de mecanização
distribuição de determinados nutrientes
(fertilidade do solo)
107.
108.
109. A fracção argila, principal responsável
(conjuntamente com a matéria orgânica) pelas
propriedades químicas do solo, é
principalmente constituída por minerais
argilosos, pertencentes aos grupos da
caulinite, esmectite, vermiculite, ilite ou clorite.
São minerais com uma predominância de
cargas negativas, umas permanentes e outras
dependentes do pH.
110. Os minerais argilosos diferem quanto:
às cargas que transportam,
superfície específica,
capacidade de fixar iões potássio e amónio,
por serem ou não expansíveis.
Na fracção argila existem ainda óxidos e hidróxidos
de ferro, alumínio e manganésio.
Possuem cargas dependentes do pH, podendo
apresentar predominância de cargas positivas em
solos ácidos.
Em regiões áridas e semi-áridas, pode ocorrer
acumulação no solo de carbonatos, sulfatos ou
mesmo cloretos.
111.
112.
113.
114. Quase todas as propriedades físicas do solo
dependem do teor e tipo de argila presente.
115. A estrutura do solo descreve o arranjo
tridimensional das partículas do solo,
usualmente unidas em agregados. Solos bem
agregados e ricos em matéria orgânica
apresentam maior porosidade e menor
densidade aparente.
116.
117.
118. Capacidade de retenção – capacidade do solo em reter
humidade depois de saturado e drenado livremente.
Teor em água demasiado elevado >> mau arejamento >> impede
o desenvolvimento das raízes.
Areias têm baixa capacidade de retenção ao contrário das
argilas.
Húmus aumenta a capacidade de retenção:
Em solos arenosos reduzindo a sua permeabilidade (por
aumento de coesão)
em solos argilosos melhorando a drenagem e o arejamento
119. Tenacidade
Mede a coesão de um mineral, ou seja, a
resistência a ser quebrado, dobrado ou
esmagado quando no estado seco
Friabilidade: comportamento do solo em
condições intermédias de Humidade;
Plasticidade: relacionada com a aderência
e a capacidade do material em ser
moldado sob compressão em condições
próximas a saturação de água.
120. Por exemplo, um torrão de solo húmido pode
ser friável, quando se desfaz sob leve pressão
entre o indicador e polegar;
firme, quando se desfaz sob pressão
moderada, porém apresentando pequena
resistência;
e muito firme, quando dificilmente esmagável
entre o indicador e polegar, sendo mais fácil
fazê-lo segurando-o entre as palmas das
mãos”.
121. A reacção do solo é avaliada através do pH,
medido em água ou em soluções salinas.
A reacção do solo condiciona o crescimento
vegetal, a actividade dos microrganismos e a
disponibilidade de nutrientes.
122. oEm solos ácidos podem ocorrer toxicidades de
alumínio e manganésio e os níveis de cálcio,
magnésio, fósforo e molibdénio em solução são
baixos.
oNos solos alcalinos, em particular nos calcários,
surgem deficiências de fósforo e dos
micronutrientes ferro, zinco, manganésio e boro.
o A correcção da acidez é feita recorrendo à
aplicação de calcários, operação designada por
calagem.
oA quantidade de calcário a aplicar para elevar o
pH, ou eliminar o alumínio de troca, corresponde à
necessidade em cal.
123. Os solos halomórficos têm teores
relativamente elevados de sais podendo
ser salinos, quando existem muitos sais
em solução, sódicos quando o sódio
domina o complexo de troca, e sódico-
salinos quando têm características
intermédias.
A salinização dos solos deriva
frequentemente da rega com água de má
qualidade em solos sem drenagem
interna adequada
124. O potencial de oxidação-redução (potencial
redox) dos solos mede o seu estado de
oxidação.
Nos solos bem arejados os microrganismos
oxidam a matéria orgânica e reduzem o
oxigénio a água.
Em solos alagados, microrganismos
anaeróbios decompõem a matéria orgânica e
reduzem substâncias que incluem ião nitrato,
compostos de manganésio e ferro, e ião
sulfato.
125.
126. A solução do solo contém vários elementos na
forma de iões livres, ou de complexos e quelatos
formados com pontes minerais e orgânicas.
127.
128. Processo de alteração do relevo e do solo
pelos agentes externos.
Os agentes causadores da erosão são:
Calor e frio - chamada erosão térmica
Chuvas - chamada erosão pluvial
Rios - chamada erosão fluvial
Gelo - chamada erosão glacial
Vento - chamada erosão eólica
A erosão é a perda de solo
129. Erosão eólica é um tipo de
erosão pelo vento com a retirada de
material mais fino da superfície.
CONTROLE DA EROSÃO EÓLICA
– Aumentar a estabilidade do solo e a
rugosidade da superfície
– Manter a vegetação ou resíduos culturais
na superfície do solo
– Interpor barreiras perpendiculares à
direcção dominante dos ventos
131. é um processo natural;
Os seus principais factores são:
a intensidade pluviométrica,
a topografia,
o baixo teor de matéria orgânica do solo,
a percentagem e o tipo de cobertura vegetal.
A erosão é, contudo, intensificada e acelerada pelas
actividades humanas, nomeadamente :
o uso de técnicas e práticas de cultivo inadequadas,
a alteração das condições hidrológicas,
a desflorestação,
a marginalização
e o abandono das terras.
132. • Perda de matéria orgânica
• Degradação da estrutura do solo
• Compactação da superfície do solo
• Redução da infiltração da água
• Redução da alimentação dos lençóis freáticos
• Perda de solo à superfície
• Remoção de nutrientes
• Aumento da fracção grossa dos solos
• Produção de regos e sulcos
• Desenraizamento de plantas
• Redução da produtividade do solo
133. • Poluição das águas
• Eutrofização das águas
• Inundações
• Enterramento de
infra-estruturas
• Obstrução das redes de
drenagem
• Alteração da secção dos
cursos de água
• Assoreamento das vias
navegáveis e dos portos
134. A EROSÃO PLUVIAL
É provocada pelo arranque e transporte
de material da parte superficial do solo
pelas águas de chuva. Esta acção é mais
intensa quando a água das chuvas
encontra o solo desprotegido de
vegetação. Ao atingirem a superfície, as
gotas de chuva fazem soltar partículas de
solo. A amplitude deste processo depende
da dimensão e da velocidade das gotas de
chuva. As partículas de solo que se soltam
são posteriormente transportadas por
escoamento superficial. Algumas
partículas preenchem vazios no solo,
impermeabilizando a superfície. A erosão
ocorre quando os valores de precipitação
excedem a capacidade de infiltração do
solo.
As principais formas de erosão pluvial são:
erosão laminar
erosão em sulcos de
escorrência que dão
origem a sulcos ou
ravinas
135. Quando a água corre uniformemente pela superfície como
um todo, transportando as partículas sem formar canais
definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão,
é responsável por grandes prejuízos na actividade agrícola
e por transportar grande quantidade de sedimentos que vão
assorear os rios.
- Erosão laminar
136. Erosão laminar é o processo de lavagem
da superfície do terreno com transporte
das partículas sólidas do solo.
Inicia-se com a desagregação destas
partículas pela energia das gotas de
chuva. Estando livres, são facilmente
carregadas pelo escoamento superficial da
água, formado pelo ajuntamento das gotas
de chuva que caem sobre a superfície do
terreno.
No caso da erosão laminar, o escoamento
superficial distribui-se homogeneamente
pelo terreno.
137. Quando a água se
concentra em
determinados
sulcos do terreno,
atinge grande
volume de fluxo e
pode transportar
maior quantidade
de partículas
formando ravinas
na superfície.
Estas ravinas
podem
rapidamente atingir
a alguns metros de
profundidade.
- Sulco
- Ravinas
138. Quando há concentração do escoamento
superficial, as gotas de chuva juntam-se
num volume grande de água formando as
enxurradas, que por apresentarem alta
energia de transporte, geram sulcos no
terreno ou até ravinas. Estas ravinas
podem aprofundar-se até encontrar o nível
freático.
139. O solo é eliminado por
erosão a um ritmo muito
mais rápido que a sua
reposição pelos processos
de formação. A perda da
terra vegetal reduz a
fertilidade e os
rendimentos.
O solo removido contribui
também para a
contaminação e o
assoreamento dos
cursos de água.
140. As medidas que devemos tomar para
proteger e conservar o solo são:
- Preservar as plantas porque a vegetação
natural possui características que conservam
o solo;
- Não retirar coberturas vegetais dos solos
porque assim estamos a combater a erosão;
141. -É necessário reflorestar as áreas com
pouca vegetação para evitar a ocorrência
da erosão. Ao plantar árvores evita-se a
erosão porque as raízes seguram a terra e
absorvem parte da água;
142. - Fazer a rotação de culturas para alternar as
espécies vegetais numa mesma área, deixando
uma parte dessa área em descanso. Após a
colheita, faz-se uma rotação das culturas. Assim,
a parte do terreno que ficou em descanso recebe
a plantação e uma parte que foi usada fica em
descanso. Assim evita-se a perda de nutrientes
no solo.
143. Fazer sementeira directa Entende-se por
sementeira directa o acto de revolver o
mínimo possível o solo durante a sementeira,
isto é, abrir apenas um sulco para a
incorporação do adubo e da semente,
dispensando os processos convencionais de
charruar ou gradar e mantendo os restos da
cultura anterior sobre o solo. Utilizam-se
semeadores especiais com discos de corte
para não se enroscarem com a vegetação.
144. Mobilização mínima
É o uso minimizado de máquinas
agrícolas sobre o solo, com a finalidade
de menor revolvimento e compactação,
buscando-se preservar a porosidade,
principalmente superficial e, com isso, a
sua capacidade de infiltração da água.
Sementeira directa
É a implantação de uma cultura
directamente sobre o restolho de outra
com a finalidade de manter o solo
coberto evitando o impacto da gota da
chuva.
145. Vantagens
promove o mínimo desgaste do solo e da sua actividade
microbiana.
diminui significativamente a compactação das camadas
mais profundas do solo em virtude da redução do uso de
máquinas pesadas e da presença de cobertura do solo
sobre o terreno.
Por conservar melhor a humidade e manter a
temperatura mais baixa ajuda a actividade microbiana do
solo.
Desvantagem
aumento inicial no uso de herbicidas para controle de
plantas invasoras.
146. Adubação verde
Consiste basicamente em plantar uma cultura que não se
aproveita economicamente, apenas para manter o solo
coberto e diminuir a erosão entre os períodos de
sementeira comerciais, ou nas linhas de culturas
permanentes.
147. Vantagens:
Como normalmente se empregam culturas
que aumentam a fertilidade do solo, como as
leguminosas, que fixam o azoto
directamente do ar com a ajuda de
bactérias, o resultado é uma melhor
produtividade da cultura seguinte.
Existem também plantas que reduzem a
compactação do solo com as suas raízes
profundas.
148. Plantação segundo as curvas
de nível
Consiste em preparar o solo
para o semear e plantar de
acordo com as curvas de
nível do terreno.
Evita-se o problema de
erosão reduzindo-se a
velocidade de escoamento da
água com a utilização de
barreiras, curvas de nível,
terraços e outros artifícios
adequados, baseados em
levantamentos topográficos
da área e projecto feito por
técnico competente.
149. Erosão
Origem
4.1.2. Descrição
4.1.3. Tipos de erosão: eólica e hídrica
4.1.3.1. Em ravinas
4.1.3.2. Laminar
4.1.4. Prejuízos causados pela erosão
4.2. Conservação do solo
4.2.1. Importância
4.2.2. Métodos e técnicas
fim