SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 88
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
O

CIENTISTA E A MÍDIA

Henrique Kugler
JORNALISTA
INSTITUTO CIÊNCIA HOJE

henrique.kugler@gmail.com
UFJF | OUTUBRO DE 2013
PLANO DE VOO
 Por que divulgar ciência?
 Quem é o jornalista de ciência?
 Alguns veículos interessantes
 Breves comentários sobre Ascoms
 Como divulgar suas pesquisas?
 TQVDSACJ
REFERÊNCIAS
 DURANT, J.
1993

Science and culture in Europe. London: Science Museum,

 VIEIRA, C. L.

Pequeno manual de divulgação científica. Rio de

Janeiro: Instituto Ciência Hoje, 2006.


MASSARANI, L.; TURNEY, J.; MOREIRA, I. C.

Terra incógnita: a interface

entre ciência e público. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2005.


WEB:

Science Media Centre (UK)
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
DURANT, J.

Science and culture in Europe
London: Science Museum, 1993

 Para promover alfabetização científica?
 Para mostrar como a ciência funciona?
 Para mostrar como a ciência realmente funciona?
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 Para promover a “alfabetização científica”

“Esse conhecimento de livro-texto
não é lá muito esclarecedor. Saber
apresentar uma definição de
dicionário não é o mesmo que
saber o que ela significa.”
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 Para promover a “alfabetização científica”

"Para entender os novos
conhecimentos, o público deve

entender a gestação ou a
embriologia da ciência.”[p.17]
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 Para saber “como a ciência funciona”
MILLER, J. D.

Scientific literacy: a conceptual and empirical review.
Daedalus, v.2, n.112, 1983.
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 Para saber “como a ciência funciona”

Segundo Miller, uma pessoa cientificamente alfabetizada deve ter:
 Um vocabulário básico de termos e conceitos científicos e tecnológicos
 Uma compreensão dos processos ou métodos científicos
 Uma compreensão do impacto da ciência e da tecnologia na sociedade
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 Para saber “como a ciência realmente funciona”

Estrutura social da ciência!
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 Para saber “como a ciência realmente funciona”

“Beber leite integral pode estar associado
a menores taxas de doenças cardíacas.”

Resultados preliminares de um estudo
da Universidade de Cardiff (País de Gales)
Dias depois, a manchete:
“Ao que tudo indica, parece que uma companhia
de relações públicas que trabalhava para a
indústria de laticínios tinha a ver com a
orquestração da publicidade (DURANT, J).”
POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?
 É o grande público quem paga pelas pesquisas
 Inspirar novas gerações
 Redes de contato e colaboração
 Pontos no currículo lattes
"Estamos em real perigo por ter construído uma
sociedade fundamentalmente baseada em

ciência e tecnologia na qual dificilmente alguém
entende a ciência e a tecnologia.
É uma clara receita para o desastre"
SAGAN, C, 1989.

Why scientists should popularize science.
American Journal of Physics, 57, 295.
QUEM É O JORNALISTA DE CIÊNCIA?
“A ciência não é a dona da verdade. Nós, jornalistas, somos

parceiros dos cientistas na expansão da cultura científica,
mas não intermediários acríticos nem meros tradutores dos
que produzem conhecimento. O pensamento crítico e a
vigilância da produção científica devem ser constantes e
farão a diferença entre os bons jornalistas e as pessoas que
apenas distribuem informação.”
IVANISSEVICH, A. 2013
"Pensando bem, ser jornalista
é um estado de espírito.
É como estar bêbado: fala-se sobre
tudo com exatidão.”
BARROS, L. 2010
QUEM É O JORNALISTA DE CIÊNCIA?
 A maioria dos jornalistas de ciência no Brasil
não tem formação científica.
 Perguntas idiotas devem ser esperadas
 Tempo! O jornalista quer tudo para ontem!
"Eu não sabia exatamente como meu material estava sendo
aproveitado no jornal e umas duas vezes, enquanto transmitia os
relatos, ouvi do outro lado da linha observações que julguei vazias
de sentido. Alguém queria saber os resultados dos trabalhos que
estavam sendo feitos. Mandei aquele alguém para o inferno e odiei
profundamente minha profissão.”
“Naquele canto da Terra estava um grupo de homens e mulheres
realizando um trabalho dos diabos, em condições precárias em
todos os sentidos, a começar pela fragilidade de nosso navio, e um
imbecil de um jornalista, do alto de sua pretensa autoridade, nos
cobrava resultados.”
“Malditos sejam esses idiotas da objetividade, insensatos, que
movem diariamente uma guerra de nervos contra tudo e contra
todos, principalmente contra si próprios.”
CAPOZZOLI, U.

Antártida, a última terra.
São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2001.
O tempo do cientista…
O tempo do jornalista…
“Henrique,
Como eu já esperava, fiquei muito desapontado. Ou melhor,
tive mais uma oportunidade de perceber que o dito jornalismo
científico brasileiro é apenas um exercício de manipulação e
truncamento de informações.
Se a sua publicação tiver interesse em artigos assinados, poderei
colaborar. Quanto a esta carnificina de idéias, que você chama

de entrevista, está definitivamente fora de meus planos.”
ALGUNS VEÍCULOS DE

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
ALGUNS VEÍCULOS INSTITUCIONAIS…
ASSESSORIAS DE COMUNICAÇÃO
DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

 Divulgação científica?
 “Puxassaquismo” de reitor?
COMO DIVULGAR MINHAS PESQUISAS?
 Ser amigo de um jornalista?
 Disparar emails para várias redações?

 Contatar a Ascom de sua universidade?
…
C I E N T I S TA
JARGÃO
VALIOSA DICA DE TEXTO

K I S S every sentence!
KEEP IT SIMPLE AND SHORT!
CONHEÇA SEU PÚBLICO
TQVDSADCCUJ

TUDO QUE VOCÊ DEVE SABER

ANTES DE CONVERSAR COM
UM JORNALISTA
CONTATO INICAL:
O QUE PERGUNTAR AO JORNALISTA
QUE IRÁ ME ENTREVISTAR?
 Qual é o foco específico de sua reportagem?
 É para uma publicação impressa, on-line, rádio ou televisão?

 Quem é o público-alvo?
 Qual é a formação do entrevistador?
 Qual é o prazo?
ANTES DA ENTREVISTA
 Defina os pontos centrais de sua fala ou argumento
 Pense em analogias, metáforas ou outros recursos
que possam facilitar o entendimento do jornalista e
do leitor
 Confirme com antecedência a exatidão das
informações que passará ao jornalista
DURANTE A ENTREVISTA


Seja claro e use linguagem simples. Regra de ouro: evite jargão



Procure ter certeza de que o jornalista está acompanhando seu raciocínio



Repita o que for importante e destaque o que for significativo



Lembre-se de que dar uma entrevista não é fazer um favor. É cumprir o dever de
divulgar ciência para o grande público. Afinal, é esse público que, em muitos

casos, paga pelas pesquisas


Jornalistas podem fazer perguntas mal formuladas. Nesse caso, basta orientá-los
quanto a maneiras mais proveitosas de se abordar o tema em questão
SE FOR PARA RÁDIO OU TV
 Pergunte se a entrevista é ao vivo ou gravada
 Em televisão, boas histórias precisam de apelo visual,
boas imagens e bons personagens
 Você pode passar horas com a equipe e ter sua

participação sintetizada em poucos minutos, talvez
segundos
SE FOR PARA IMPRESSO OU INTERNET

 Pense em possíveis ilustrações, fotografias, vídeos e textos que
possam ser pertinentes para a publicação
 Informe-se sobre o número de palavras, caracteres ou páginas
para ter alguma noção quanto ao tamanho do texto
 Lembre-se: você pode dar uma entrevista de meia hora e ter sua
fala sintetizada em apenas algumas frases. É assim mesmo.
 Em certos casos, você pode dizer ao jornalista que gostaria de
conferir o texto antes da publicação. Caberá ao profissional
decidir *
"A verificação de erros no original impresso,
após todas as revisões, é a prova definitiva
da existência do demônio.”
GOETHE
OBRIGADO!

Henrique Kugler

+55 41 8883 8097
henrique.kugler@gmail.com
www.henriquekugler.net
Divulgação científica: como comunicar pesquisas para o público

Mais conteúdo relacionado

Destaque

SquareBob e quadrinhos de divulgação científica
SquareBob e quadrinhos de divulgação científicaSquareBob e quadrinhos de divulgação científica
SquareBob e quadrinhos de divulgação científicaJair Lucio Prados Ribeiro
 
Inteligencia Emocional
Inteligencia EmocionalInteligencia Emocional
Inteligencia EmocionalJennT91
 
O triunfo do cientismo
O triunfo do cientismoO triunfo do cientismo
O triunfo do cientismomaria40
 
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueDivulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueSemana Biblioteconomia
 
Os novos caminhos da ciência
Os novos caminhos da ciênciaOs novos caminhos da ciência
Os novos caminhos da ciênciaLuis Silva
 
Evolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gica
Evolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gicaEvolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gica
Evolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gicafamiliaestagio
 
Psicologia Geral - Psicologia Cientifica
Psicologia Geral - Psicologia CientificaPsicologia Geral - Psicologia Cientifica
Psicologia Geral - Psicologia CientificaDiego Sampaio
 
Psicologia uma nova introdução
Psicologia uma nova introduçãoPsicologia uma nova introdução
Psicologia uma nova introduçãoSFerreira Miranda
 
As ciências no Sec XIX
As ciências no Sec XIXAs ciências no Sec XIX
As ciências no Sec XIXgisele
 
Ciências Século XX
Ciências Século XXCiências Século XX
Ciências Século XXCarlos Vieira
 
A evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaA evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaEduardo Dias
 
Historia da psicologia
Historia da psicologiaHistoria da psicologia
Historia da psicologiaGLEYDSON ROCHA
 
Evolução da Tecnologia e seu Contexto Histórico
Evolução da Tecnologia e seu Contexto HistóricoEvolução da Tecnologia e seu Contexto Histórico
Evolução da Tecnologia e seu Contexto HistóricoAgostinho NSilva
 
A evolução da tecnologia
A evolução da tecnologiaA evolução da tecnologia
A evolução da tecnologiaMaria Freitas
 
Psicologia introdução
Psicologia introduçãoPsicologia introdução
Psicologia introduçãoChrys Souza
 

Destaque (20)

SquareBob e quadrinhos de divulgação científica
SquareBob e quadrinhos de divulgação científicaSquareBob e quadrinhos de divulgação científica
SquareBob e quadrinhos de divulgação científica
 
Psicologia
PsicologiaPsicologia
Psicologia
 
Inteligencia Emocional
Inteligencia EmocionalInteligencia Emocional
Inteligencia Emocional
 
O triunfo do cientismo
O triunfo do cientismoO triunfo do cientismo
O triunfo do cientismo
 
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de AlbuquerqueDivulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque
 
Os novos caminhos da ciência
Os novos caminhos da ciênciaOs novos caminhos da ciência
Os novos caminhos da ciência
 
Evolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gica
Evolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gicaEvolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gica
Evolu+º+úo da ci+¬ncia psicol+¦gica
 
Psicologia Geral - Psicologia Cientifica
Psicologia Geral - Psicologia CientificaPsicologia Geral - Psicologia Cientifica
Psicologia Geral - Psicologia Cientifica
 
Psicologia uma nova introdução
Psicologia uma nova introduçãoPsicologia uma nova introdução
Psicologia uma nova introdução
 
As ciências no Sec XIX
As ciências no Sec XIXAs ciências no Sec XIX
As ciências no Sec XIX
 
Ciências Século XX
Ciências Século XXCiências Século XX
Ciências Século XX
 
História da psicologia
História da psicologiaHistória da psicologia
História da psicologia
 
A evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaA evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológica
 
Historia da psicologia
Historia da psicologiaHistoria da psicologia
Historia da psicologia
 
Evolução da Tecnologia e seu Contexto Histórico
Evolução da Tecnologia e seu Contexto HistóricoEvolução da Tecnologia e seu Contexto Histórico
Evolução da Tecnologia e seu Contexto Histórico
 
Aula 1 - Introdução à Psicologia
Aula 1 - Introdução à PsicologiaAula 1 - Introdução à Psicologia
Aula 1 - Introdução à Psicologia
 
A evolução da tecnologia
A evolução da tecnologiaA evolução da tecnologia
A evolução da tecnologia
 
Psicologia introdução
Psicologia introduçãoPsicologia introdução
Psicologia introdução
 
Evolução da Tecnologia
Evolução da TecnologiaEvolução da Tecnologia
Evolução da Tecnologia
 
slides da história da psicologia
slides da história da psicologiaslides da história da psicologia
slides da história da psicologia
 

Semelhante a Divulgação científica: como comunicar pesquisas para o público

DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?
DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?
DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?Henrique Kugler
 
Jornalismo científico
Jornalismo científicoJornalismo científico
Jornalismo científicoLaércio Góes
 
Arte ciencia-desenvolvimento moreira-salles
Arte ciencia-desenvolvimento moreira-sallesArte ciencia-desenvolvimento moreira-salles
Arte ciencia-desenvolvimento moreira-sallesGiba Canto
 
SciCom MEDIA - Alexandra Carvalho Vieira
SciCom MEDIA - Alexandra Carvalho VieiraSciCom MEDIA - Alexandra Carvalho Vieira
SciCom MEDIA - Alexandra Carvalho Vieirascicomportugal
 
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafiosComunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafiosRoberto Lopes
 
Divulgação científica e cidadania
Divulgação científica e cidadaniaDivulgação científica e cidadania
Divulgação científica e cidadaniaYurij Castelfranchi
 
Jornal e as Novas Mídias
Jornal e as Novas MídiasJornal e as Novas Mídias
Jornal e as Novas MídiasRuy Ferrari
 
Refletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciênciaRefletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciênciaarrowds7
 
Jornada santa maria 2015
Jornada santa maria 2015Jornada santa maria 2015
Jornada santa maria 2015anafukui
 
A comunicação científica, de A. J. Meadows
A comunicação científica, de A. J. MeadowsA comunicação científica, de A. J. Meadows
A comunicação científica, de A. J. MeadowsJorge Prado
 
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014claudiocpaiva
 
Infografia e Jornalismo.pdf
Infografia e Jornalismo.pdfInfografia e Jornalismo.pdf
Infografia e Jornalismo.pdfGabrielFcchio
 
(20240100-PT).... Super Interessante.pdf
(20240100-PT).... Super Interessante.pdf(20240100-PT).... Super Interessante.pdf
(20240100-PT).... Super Interessante.pdfhugomanrique1966
 
O que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da SilvaO que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da SilvaCleberson Moura
 

Semelhante a Divulgação científica: como comunicar pesquisas para o público (20)

DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?
DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?
DESAFIOS DO JORNALISMO DE CIÊNCIA | Como comunicar ciência com qualidade?
 
Jornalismo científico
Jornalismo científicoJornalismo científico
Jornalismo científico
 
Guia Comunicar Ciência - Manual teórico
Guia Comunicar Ciência - Manual teóricoGuia Comunicar Ciência - Manual teórico
Guia Comunicar Ciência - Manual teórico
 
Jornalismo cientifico
Jornalismo cientificoJornalismo cientifico
Jornalismo cientifico
 
Jornalismo Ciencia
Jornalismo CienciaJornalismo Ciencia
Jornalismo Ciencia
 
Aula5
Aula5Aula5
Aula5
 
Arte ciencia-desenvolvimento moreira-salles
Arte ciencia-desenvolvimento moreira-sallesArte ciencia-desenvolvimento moreira-salles
Arte ciencia-desenvolvimento moreira-salles
 
SciCom MEDIA - Alexandra Carvalho Vieira
SciCom MEDIA - Alexandra Carvalho VieiraSciCom MEDIA - Alexandra Carvalho Vieira
SciCom MEDIA - Alexandra Carvalho Vieira
 
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafiosComunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
 
Divulgação científica e cidadania
Divulgação científica e cidadaniaDivulgação científica e cidadania
Divulgação científica e cidadania
 
Jornal e as Novas Mídias
Jornal e as Novas MídiasJornal e as Novas Mídias
Jornal e as Novas Mídias
 
Refletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciênciaRefletindo filosoficamente sobre a ciência
Refletindo filosoficamente sobre a ciência
 
Jornada santa maria 2015
Jornada santa maria 2015Jornada santa maria 2015
Jornada santa maria 2015
 
A comunicação científica, de A. J. Meadows
A comunicação científica, de A. J. MeadowsA comunicação científica, de A. J. Meadows
A comunicação científica, de A. J. Meadows
 
A noticia
A noticiaA noticia
A noticia
 
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014
 
Infografia e Jornalismo.pdf
Infografia e Jornalismo.pdfInfografia e Jornalismo.pdf
Infografia e Jornalismo.pdf
 
(20240100-PT).... Super Interessante.pdf
(20240100-PT).... Super Interessante.pdf(20240100-PT).... Super Interessante.pdf
(20240100-PT).... Super Interessante.pdf
 
Divulgação científica: jornalismo e prática cidadã
Divulgação científica: jornalismo e prática cidadãDivulgação científica: jornalismo e prática cidadã
Divulgação científica: jornalismo e prática cidadã
 
O que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da SilvaO que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
O que é divulgação científica? - Henrique César da Silva
 

Último

Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 

Último (20)

Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 

Divulgação científica: como comunicar pesquisas para o público

  • 1.
  • 2. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA O CIENTISTA E A MÍDIA Henrique Kugler JORNALISTA INSTITUTO CIÊNCIA HOJE henrique.kugler@gmail.com UFJF | OUTUBRO DE 2013
  • 3.
  • 4.
  • 5. PLANO DE VOO  Por que divulgar ciência?  Quem é o jornalista de ciência?  Alguns veículos interessantes  Breves comentários sobre Ascoms  Como divulgar suas pesquisas?  TQVDSACJ
  • 6. REFERÊNCIAS  DURANT, J. 1993 Science and culture in Europe. London: Science Museum,  VIEIRA, C. L. Pequeno manual de divulgação científica. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, 2006.  MASSARANI, L.; TURNEY, J.; MOREIRA, I. C. Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2005.  WEB: Science Media Centre (UK)
  • 7. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA? DURANT, J. Science and culture in Europe London: Science Museum, 1993  Para promover alfabetização científica?  Para mostrar como a ciência funciona?  Para mostrar como a ciência realmente funciona?
  • 8. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  Para promover a “alfabetização científica” “Esse conhecimento de livro-texto não é lá muito esclarecedor. Saber apresentar uma definição de dicionário não é o mesmo que saber o que ela significa.”
  • 9. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  Para promover a “alfabetização científica” "Para entender os novos conhecimentos, o público deve entender a gestação ou a embriologia da ciência.”[p.17]
  • 10. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  Para saber “como a ciência funciona” MILLER, J. D. Scientific literacy: a conceptual and empirical review. Daedalus, v.2, n.112, 1983.
  • 11. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  Para saber “como a ciência funciona” Segundo Miller, uma pessoa cientificamente alfabetizada deve ter:  Um vocabulário básico de termos e conceitos científicos e tecnológicos  Uma compreensão dos processos ou métodos científicos  Uma compreensão do impacto da ciência e da tecnologia na sociedade
  • 12.
  • 13. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  Para saber “como a ciência realmente funciona” Estrutura social da ciência!
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  Para saber “como a ciência realmente funciona” “Beber leite integral pode estar associado a menores taxas de doenças cardíacas.” Resultados preliminares de um estudo da Universidade de Cardiff (País de Gales)
  • 18. Dias depois, a manchete:
  • 19. “Ao que tudo indica, parece que uma companhia de relações públicas que trabalhava para a indústria de laticínios tinha a ver com a orquestração da publicidade (DURANT, J).”
  • 20. POR QUE DIVULGAR CIÊNCIA?  É o grande público quem paga pelas pesquisas  Inspirar novas gerações  Redes de contato e colaboração  Pontos no currículo lattes
  • 21.
  • 22. "Estamos em real perigo por ter construído uma sociedade fundamentalmente baseada em ciência e tecnologia na qual dificilmente alguém entende a ciência e a tecnologia. É uma clara receita para o desastre" SAGAN, C, 1989. Why scientists should popularize science. American Journal of Physics, 57, 295.
  • 23.
  • 24.
  • 25. QUEM É O JORNALISTA DE CIÊNCIA? “A ciência não é a dona da verdade. Nós, jornalistas, somos parceiros dos cientistas na expansão da cultura científica, mas não intermediários acríticos nem meros tradutores dos que produzem conhecimento. O pensamento crítico e a vigilância da produção científica devem ser constantes e farão a diferença entre os bons jornalistas e as pessoas que apenas distribuem informação.” IVANISSEVICH, A. 2013
  • 26. "Pensando bem, ser jornalista é um estado de espírito. É como estar bêbado: fala-se sobre tudo com exatidão.” BARROS, L. 2010
  • 27. QUEM É O JORNALISTA DE CIÊNCIA?  A maioria dos jornalistas de ciência no Brasil não tem formação científica.  Perguntas idiotas devem ser esperadas  Tempo! O jornalista quer tudo para ontem!
  • 28.
  • 29. "Eu não sabia exatamente como meu material estava sendo aproveitado no jornal e umas duas vezes, enquanto transmitia os relatos, ouvi do outro lado da linha observações que julguei vazias de sentido. Alguém queria saber os resultados dos trabalhos que estavam sendo feitos. Mandei aquele alguém para o inferno e odiei profundamente minha profissão.”
  • 30. “Naquele canto da Terra estava um grupo de homens e mulheres realizando um trabalho dos diabos, em condições precárias em todos os sentidos, a começar pela fragilidade de nosso navio, e um imbecil de um jornalista, do alto de sua pretensa autoridade, nos cobrava resultados.”
  • 31. “Malditos sejam esses idiotas da objetividade, insensatos, que movem diariamente uma guerra de nervos contra tudo e contra todos, principalmente contra si próprios.” CAPOZZOLI, U. Antártida, a última terra. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2001.
  • 32.
  • 33. O tempo do cientista…
  • 34. O tempo do jornalista…
  • 35. “Henrique, Como eu já esperava, fiquei muito desapontado. Ou melhor, tive mais uma oportunidade de perceber que o dito jornalismo científico brasileiro é apenas um exercício de manipulação e truncamento de informações. Se a sua publicação tiver interesse em artigos assinados, poderei colaborar. Quanto a esta carnificina de idéias, que você chama de entrevista, está definitivamente fora de meus planos.”
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56. ASSESSORIAS DE COMUNICAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS  Divulgação científica?  “Puxassaquismo” de reitor?
  • 57.
  • 58.
  • 59. COMO DIVULGAR MINHAS PESQUISAS?  Ser amigo de um jornalista?  Disparar emails para várias redações?  Contatar a Ascom de sua universidade?
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75. C I E N T I S TA
  • 77. VALIOSA DICA DE TEXTO K I S S every sentence! KEEP IT SIMPLE AND SHORT!
  • 79. TQVDSADCCUJ TUDO QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE CONVERSAR COM UM JORNALISTA
  • 80. CONTATO INICAL: O QUE PERGUNTAR AO JORNALISTA QUE IRÁ ME ENTREVISTAR?  Qual é o foco específico de sua reportagem?  É para uma publicação impressa, on-line, rádio ou televisão?  Quem é o público-alvo?  Qual é a formação do entrevistador?  Qual é o prazo?
  • 81. ANTES DA ENTREVISTA  Defina os pontos centrais de sua fala ou argumento  Pense em analogias, metáforas ou outros recursos que possam facilitar o entendimento do jornalista e do leitor  Confirme com antecedência a exatidão das informações que passará ao jornalista
  • 82. DURANTE A ENTREVISTA  Seja claro e use linguagem simples. Regra de ouro: evite jargão  Procure ter certeza de que o jornalista está acompanhando seu raciocínio  Repita o que for importante e destaque o que for significativo  Lembre-se de que dar uma entrevista não é fazer um favor. É cumprir o dever de divulgar ciência para o grande público. Afinal, é esse público que, em muitos casos, paga pelas pesquisas  Jornalistas podem fazer perguntas mal formuladas. Nesse caso, basta orientá-los quanto a maneiras mais proveitosas de se abordar o tema em questão
  • 83. SE FOR PARA RÁDIO OU TV  Pergunte se a entrevista é ao vivo ou gravada  Em televisão, boas histórias precisam de apelo visual, boas imagens e bons personagens  Você pode passar horas com a equipe e ter sua participação sintetizada em poucos minutos, talvez segundos
  • 84. SE FOR PARA IMPRESSO OU INTERNET  Pense em possíveis ilustrações, fotografias, vídeos e textos que possam ser pertinentes para a publicação  Informe-se sobre o número de palavras, caracteres ou páginas para ter alguma noção quanto ao tamanho do texto  Lembre-se: você pode dar uma entrevista de meia hora e ter sua fala sintetizada em apenas algumas frases. É assim mesmo.  Em certos casos, você pode dizer ao jornalista que gostaria de conferir o texto antes da publicação. Caberá ao profissional decidir *
  • 85. "A verificação de erros no original impresso, após todas as revisões, é a prova definitiva da existência do demônio.” GOETHE
  • 86.
  • 87. OBRIGADO! Henrique Kugler +55 41 8883 8097 henrique.kugler@gmail.com www.henriquekugler.net