1) A hipertrofia ventricular esquerda é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca.
2) Diversos mecanismos, como alterações na micro e macrocirculação coronária e fibrose miocárdica, podem explicar como a hipertrofia ventricular leva à insuficiência cardíaca.
3) Evidências clínicas e estudos epidemiológicos demonstraram uma associação entre hipertrofia ventricular, disfunção sistólica e diastólica, e o risco de desen
1) O documento discute hipertensão arterial sistêmica primária, incluindo sua definição, diagnóstico, epidemiologia e fatores etiológicos.
2) A hipertensão arterial está associada a várias complicações cardiovasculares e seu tratamento adequado pode reduzir significativamente a morbidade e mortalidade.
3) Vários fatores como genéticos, ambientais, renais e vasculares contribuem para a patogênese da hipertensão arterial.
Este documento discute a hipertensão arterial como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Ele revisa evidências de estudos epidemiológicos que mostram que a hipertensão arterial sistêmica aumenta significativamente o risco de complicações cardiovasculares como doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. O documento também discute os mecanismos pelos quais a hipertensão arterial contribui para o desenvolvimento de aterosclerose e analisa as características clínicas da pressão arterial elevada que estão associadas a maior r
Este artigo discute o choque em crianças, definindo-o como um desequilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio nos tecidos. Descreve as classificações, fisiopatologia e tratamento inicial dos diferentes tipos de choque pediátrico, enfatizando a importância do reconhecimento precoce e tratamento agressivo para prevenir paradas cardíacas e melhorar os resultados.
O documento discute como a ginástica pode beneficiar pessoas com cardiopatias. Apresenta os principais tipos de cardiopatia e fatores de risco, além de explicar como a atividade física regular pode melhorar a saúde cardiovascular reduzindo a pressão arterial, os níveis de colesterol e gordura corporal.
Migranosos com fatores de risco cerebrovasculares Congresso Brasileiro de Cef...HenriqueCarneiroCampos
O documento discute a associação entre migrânea e fatores de risco cerebrovasculares. Apresenta evidências de que migrânea com aura é fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres jovens, principalmente quando associada ao uso de anticoncepcionais e tabagismo. Discute também teorias para explicar esta associação, como predisposição genética compartilhada e comorbidades em comum entre as patologias.
O documento discute a morte súbita em atletas durante a atividade física. Aponta que é um evento raro, mas que causa grande impacto. Explica que o exercício simboliza saúde quando bem praticado, mas representa risco quando praticado de forma incorreta por atletas com doenças cardíacas. Nas pessoas com menos de 35 anos, a principal doença relacionada é a cardiomiopatia hipertrófica, e acima de 35 anos é a doença arterial coronária.
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológicagisa_legal
O documento descreve um estudo prospectivo de 21 pacientes adultos com AIDS que foram acompanhados até o óbito. Muitos pacientes apresentaram alterações cardíacas como pericardite e miocardiopatia dilatada. Quatro pacientes morreram devido a complicações cardíacas como endocardite bacteriana e miocardite. Houve boa correlação entre os achados clínicos, ecocardiográficos e anatomopatológicos na maioria dos casos.
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jpedgisa_legal
Este artigo revisa os recentes avanços no entendimento da fisiopatologia e tratamento da hipertensão pulmonar persistente neonatal (HPPN). Discute os mecanismos fisiológicos que regulam o tônus vascular pulmonar e as alterações durante a transição fetal-neonatal. Revisa as evidências atuais sobre os fatores de risco e mecanismos fisiopatológicos da HPPN, além de abordar o tratamento geral e específico, incluindo o uso de óxido nítrico e outros vasod
1) O documento discute hipertensão arterial sistêmica primária, incluindo sua definição, diagnóstico, epidemiologia e fatores etiológicos.
2) A hipertensão arterial está associada a várias complicações cardiovasculares e seu tratamento adequado pode reduzir significativamente a morbidade e mortalidade.
3) Vários fatores como genéticos, ambientais, renais e vasculares contribuem para a patogênese da hipertensão arterial.
Este documento discute a hipertensão arterial como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Ele revisa evidências de estudos epidemiológicos que mostram que a hipertensão arterial sistêmica aumenta significativamente o risco de complicações cardiovasculares como doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. O documento também discute os mecanismos pelos quais a hipertensão arterial contribui para o desenvolvimento de aterosclerose e analisa as características clínicas da pressão arterial elevada que estão associadas a maior r
Este artigo discute o choque em crianças, definindo-o como um desequilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio nos tecidos. Descreve as classificações, fisiopatologia e tratamento inicial dos diferentes tipos de choque pediátrico, enfatizando a importância do reconhecimento precoce e tratamento agressivo para prevenir paradas cardíacas e melhorar os resultados.
O documento discute como a ginástica pode beneficiar pessoas com cardiopatias. Apresenta os principais tipos de cardiopatia e fatores de risco, além de explicar como a atividade física regular pode melhorar a saúde cardiovascular reduzindo a pressão arterial, os níveis de colesterol e gordura corporal.
Migranosos com fatores de risco cerebrovasculares Congresso Brasileiro de Cef...HenriqueCarneiroCampos
O documento discute a associação entre migrânea e fatores de risco cerebrovasculares. Apresenta evidências de que migrânea com aura é fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres jovens, principalmente quando associada ao uso de anticoncepcionais e tabagismo. Discute também teorias para explicar esta associação, como predisposição genética compartilhada e comorbidades em comum entre as patologias.
O documento discute a morte súbita em atletas durante a atividade física. Aponta que é um evento raro, mas que causa grande impacto. Explica que o exercício simboliza saúde quando bem praticado, mas representa risco quando praticado de forma incorreta por atletas com doenças cardíacas. Nas pessoas com menos de 35 anos, a principal doença relacionada é a cardiomiopatia hipertrófica, e acima de 35 anos é a doença arterial coronária.
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológicagisa_legal
O documento descreve um estudo prospectivo de 21 pacientes adultos com AIDS que foram acompanhados até o óbito. Muitos pacientes apresentaram alterações cardíacas como pericardite e miocardiopatia dilatada. Quatro pacientes morreram devido a complicações cardíacas como endocardite bacteriana e miocardite. Houve boa correlação entre os achados clínicos, ecocardiográficos e anatomopatológicos na maioria dos casos.
Persistent pulmonary hypertension of the newborn 2012 jpedgisa_legal
Este artigo revisa os recentes avanços no entendimento da fisiopatologia e tratamento da hipertensão pulmonar persistente neonatal (HPPN). Discute os mecanismos fisiológicos que regulam o tônus vascular pulmonar e as alterações durante a transição fetal-neonatal. Revisa as evidências atuais sobre os fatores de risco e mecanismos fisiopatológicos da HPPN, além de abordar o tratamento geral e específico, incluindo o uso de óxido nítrico e outros vasod
1) O documento discute a hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI), que é o protótipo da hipertensão arterial pulmonar e faz parte da classificação internacional de hipertensão pulmonar.
2) A HAPI é definida após extensa investigação para excluir outras causas e é caracterizada por pressão arterial pulmonar elevada, resistência vascular pulmonar aumentada e alterações histopatológicas nas artérias pulmonares.
3) A patobiologia da HAPI envolve disfunção endotelial, inflamação, mut
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015gisa_legal
O documento discute a definição e classificação da hipertensão pulmonar. Apresenta a definição de hipertensão pulmonar e discute a evolução da classificação ao longo dos anos, dividindo os pacientes em 5 grupos: hipertensão arterial pulmonar, hipertensão pulmonar causada por doença cardíaca esquerda, hipertensão pulmonar causada por doença pulmonar ou hipóxia, hipertensão pulmonar tromboembólica crônica e hipertensão pulmonar de mecanism
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismoadrianomedico
1) O documento relata o caso de um homem de 35 anos com hipertireoidismo grave associado a fibrilação atrial e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida de 43%;
2) Após tratamento do hipertireoidismo com iodo radioativo, houve melhora clínica e reversão da insuficiência cardíaca com normalização da fração de ejeção para 69%;
3) Isso demonstra que o tratamento do hipertireoidismo pode recuperar a função cardíaca mesmo em casos graves com comprometimento sistólico
O documento discute aneurisma dissecante da aorta, incluindo sua anatomia, história, classificações, sintomas, exames, complicações e tratamentos clínicos e cirúrgicos. Aborda fatores de risco, epidemiologia, fisiopatologia e vários métodos de classificação da condição, como a classificação de DeBakey e Stanford.
1) O documento discute a investigação hemodinâmica da hipertensão pulmonar, com foco no cateterismo cardíaco direito.
2) O cateterismo cardíaco direito é o padrão ouro para diagnóstico e avaliação da gravidade da hipertensão pulmonar.
3) Os parâmetros hemodinâmicos invasivos obtidos no cateterismo, como pressões arteriais pulmonares e capilares, são úteis para diagnóstico, prognóstico e acompanhamento de pacientes.
O documento discute a interferência de fatores sociais e ambientais nas doenças hipertensivas. Aborda a definição, classificação, epidemiologia, fisiopatologia e prevenção da hipertensão arterial, além de aspectos históricos, objetivos, fatores de risco e complicações como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. Conclui destacando a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças para se viver com qualidade de vida mesmo tendo hipertensão.
O documento discute doenças cardiovasculares autoimunes, incluindo como o sistema imunológico e autoanticorpos podem causar lesões no coração e vasos sanguíneos. Muitas dessas doenças são secundárias a outras condições autoimunes sistêmicas e envolvem a produção de vários tipos de autoanticorpos que podem lesar estruturas cardíacas. Estudos recentes sugerem que certos autoanticorpos podem causar cardiomiopatia crônica em indivíduos geneticamente suscetíveis
O documento discute a doença das artérias coronarianas, incluindo sua definição, fatores de risco, sintomas como angina e avaliação clínica. É uma condição onde depósitos de gordura se acumulam nas artérias que irrigam o coração, podendo causar isquemia miocárdica ou infarto. Fatores como idade, sexo, colesterol, hipertensão e tabagismo influenciam o risco, enquanto sintomas como dor no peito durante esforço indicam angina.
1) A hipertensão pulmonar associada à doença cardíaca esquerda (HP-DCE) é a forma mais comum de hipertensão pulmonar encontrada na prática clínica.
2) A fisiopatologia da HP-DCE permanece mal compreendida e seu tratamento permanece indefinido.
3) Um passo importante para o estudo futuro da HP-DCE será a padronização das definições e critérios diagnóstico.
Este artigo discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças. O pediatra geral é o primeiro a detectar um sopro e deve saber diferenciar entre sopros inocentes e patológicos. Recém-nascidos e crianças pequenas com sopros devem ser avaliadas por um cardiologista. Condições como antecedentes familiares de cardiopatia e doenças genéticas aumentam o risco e necessitam de acompanhamento cardiovascular.
Senning paliativo no tto de cc com hp gravegisa_legal
Este estudo relata os resultados de uma cirurgia paliativa chamada Senning para tratar cardiopatias congênitas complexas com hipertensão pulmonar grave. A cirurgia redirecionou o fluxo sanguíneo para melhorar a oxigenação e qualidade de vida dos pacientes, que não podiam receber tratamento cirúrgico definitivo. Após um ano, os pacientes mostraram melhoria significativa na saturação de oxigênio e redução da policitemia.
As cardiopatias congênitas ocorrem devido a defeitos na formação do sistema cardiovascular durante o desenvolvimento embrionário, podendo afetar a estrutura do coração e dos grandes vasos. Os principais tipos descritos são comunicações interatrial e interventricular, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos. O diagnóstico e tratamento dependem da gravidade da alteração anatômica.
O documento discute as diferenças entre os sexos na cardiopatia isquêmica. As mulheres apresentam riscos semelhantes aos homens, mas há importantes diferenças na prevalência da aterosclerose coronariana e na fisiologia vascular, com relevância para o risco de cardiopatia isquêmica. O escore de Reynolds pode ajudar a identificar mulheres de risco intermediário para alto risco.
Cardiopatias Congênitas
Incidência: 8 em cada 1.000 nascidos vivos
Por: Meirisa Medina, Ailton Bispo e Francisco Pimentel. Alunos do curso de Fisioterapia 6° semestre da Faculdade Dom Pedro II, Salvador-BA. Orientado por: Isis Veiga
O documento discute a Anemia de Doença Crônica (ADC), definindo-a como uma síndrome clínica caracterizada por anemia em pacientes com doenças crônicas. A ADC é usualmente normocrômica/normocítica e caracteriza-se por hipoferremia apesar de estoques adequados de ferro. Os principais mecanismos envolvidos são: diminuição da sobrevida das hemácias, resposta medular inadequada à anemia, e distúrbio na mobilização do ferro. As citocinas liberadas por macrófagos ativ
O documento discute marcadores bioquímicos de lesão no miocárdio utilizados no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. A troponina I é o marcador mais específico e sensível, permanecendo alterado por mais tempo após o evento. Há maior incidência de infartos durante o inverno e entre homens, embora os casos em mulheres estejam aumentando. A rápida procura por tratamento médico após os sintomas é essencial para evitar complicações.
O documento discute a correlação entre pressão intra-abdominal elevada e a reexpansão pulmonar. A pressão intra-abdominal elevada afeta negativamente a função pulmonar, reduzindo a complacência e volumes pulmonares e predispõe a atelectasia. A descompressão abdominal resulta em reversão precoce da falência respiratória causada pela pressão intra-abdominal elevada.
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertróficaJoao Bruno Oliveira
Este documento discute o uso da cintilografia de perfusão do miocárdio para avaliar a isquemia em pacientes com miocardiopatia hipertrófica. O estudo examinou 158 pacientes idosos com miocardiopatia hipertrófica e encontrou que aqueles com isquemia do miocárdio ou cintilografia anormal apresentavam um prognóstico pior, com taxas de sobrevida mais baixas aos 10 anos. Os resultados sugerem que a cintilografia pode ser útil para estratificar o risco desses pacientes
O documento discute a anemia em pacientes com insuficiência cardíaca, sua prevalência, fisiopatologia e impacto no prognóstico. A anemia é comum nesses pacientes e está associada a pior qualidade de vida, maior mortalidade e maior risco de hospitalização. Sua fisiopatologia envolve hemodiluição, ferropenia, doença renal crônica, inflamação sistêmica e uso de medicamentos. O tratamento da anemia pode melhorar a função cardíaca e qualidade de vida dos pacientes.
1) A hipertensão pulmonar é uma condição progressiva caracterizada por pressões elevadas na artéria pulmonar, levando à sobrecarga e falência do ventrículo direito.
2) A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de hipertensão pulmonar e sua prevalência vem aumentando em todo o mundo.
3) O diagnóstico precoce da hipertensão pulmonar é importante para antecipar complicações e instituir tratamento adequado, evitando a morte
Este documento resume a hipertensão arterial, definindo-a como uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Descreve a importância da HAS como doença cardiovascular crônica e prevenível, além de abordar sua definição, histórico, epidemiologia, fisiopatologia, lesões em órgãos-alvo, diagnóstico e tratamento.
O documento discute como a obesidade abdominal aumenta o risco de síndrome metabólica e problemas cardiovasculares através da secreção alterada de substâncias pelos adipócitos e exacerbação da resistência à insulina.
1) O documento discute a hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI), que é o protótipo da hipertensão arterial pulmonar e faz parte da classificação internacional de hipertensão pulmonar.
2) A HAPI é definida após extensa investigação para excluir outras causas e é caracterizada por pressão arterial pulmonar elevada, resistência vascular pulmonar aumentada e alterações histopatológicas nas artérias pulmonares.
3) A patobiologia da HAPI envolve disfunção endotelial, inflamação, mut
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015gisa_legal
O documento discute a definição e classificação da hipertensão pulmonar. Apresenta a definição de hipertensão pulmonar e discute a evolução da classificação ao longo dos anos, dividindo os pacientes em 5 grupos: hipertensão arterial pulmonar, hipertensão pulmonar causada por doença cardíaca esquerda, hipertensão pulmonar causada por doença pulmonar ou hipóxia, hipertensão pulmonar tromboembólica crônica e hipertensão pulmonar de mecanism
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismoadrianomedico
1) O documento relata o caso de um homem de 35 anos com hipertireoidismo grave associado a fibrilação atrial e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida de 43%;
2) Após tratamento do hipertireoidismo com iodo radioativo, houve melhora clínica e reversão da insuficiência cardíaca com normalização da fração de ejeção para 69%;
3) Isso demonstra que o tratamento do hipertireoidismo pode recuperar a função cardíaca mesmo em casos graves com comprometimento sistólico
O documento discute aneurisma dissecante da aorta, incluindo sua anatomia, história, classificações, sintomas, exames, complicações e tratamentos clínicos e cirúrgicos. Aborda fatores de risco, epidemiologia, fisiopatologia e vários métodos de classificação da condição, como a classificação de DeBakey e Stanford.
1) O documento discute a investigação hemodinâmica da hipertensão pulmonar, com foco no cateterismo cardíaco direito.
2) O cateterismo cardíaco direito é o padrão ouro para diagnóstico e avaliação da gravidade da hipertensão pulmonar.
3) Os parâmetros hemodinâmicos invasivos obtidos no cateterismo, como pressões arteriais pulmonares e capilares, são úteis para diagnóstico, prognóstico e acompanhamento de pacientes.
O documento discute a interferência de fatores sociais e ambientais nas doenças hipertensivas. Aborda a definição, classificação, epidemiologia, fisiopatologia e prevenção da hipertensão arterial, além de aspectos históricos, objetivos, fatores de risco e complicações como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. Conclui destacando a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças para se viver com qualidade de vida mesmo tendo hipertensão.
O documento discute doenças cardiovasculares autoimunes, incluindo como o sistema imunológico e autoanticorpos podem causar lesões no coração e vasos sanguíneos. Muitas dessas doenças são secundárias a outras condições autoimunes sistêmicas e envolvem a produção de vários tipos de autoanticorpos que podem lesar estruturas cardíacas. Estudos recentes sugerem que certos autoanticorpos podem causar cardiomiopatia crônica em indivíduos geneticamente suscetíveis
O documento discute a doença das artérias coronarianas, incluindo sua definição, fatores de risco, sintomas como angina e avaliação clínica. É uma condição onde depósitos de gordura se acumulam nas artérias que irrigam o coração, podendo causar isquemia miocárdica ou infarto. Fatores como idade, sexo, colesterol, hipertensão e tabagismo influenciam o risco, enquanto sintomas como dor no peito durante esforço indicam angina.
1) A hipertensão pulmonar associada à doença cardíaca esquerda (HP-DCE) é a forma mais comum de hipertensão pulmonar encontrada na prática clínica.
2) A fisiopatologia da HP-DCE permanece mal compreendida e seu tratamento permanece indefinido.
3) Um passo importante para o estudo futuro da HP-DCE será a padronização das definições e critérios diagnóstico.
Este artigo discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças. O pediatra geral é o primeiro a detectar um sopro e deve saber diferenciar entre sopros inocentes e patológicos. Recém-nascidos e crianças pequenas com sopros devem ser avaliadas por um cardiologista. Condições como antecedentes familiares de cardiopatia e doenças genéticas aumentam o risco e necessitam de acompanhamento cardiovascular.
Senning paliativo no tto de cc com hp gravegisa_legal
Este estudo relata os resultados de uma cirurgia paliativa chamada Senning para tratar cardiopatias congênitas complexas com hipertensão pulmonar grave. A cirurgia redirecionou o fluxo sanguíneo para melhorar a oxigenação e qualidade de vida dos pacientes, que não podiam receber tratamento cirúrgico definitivo. Após um ano, os pacientes mostraram melhoria significativa na saturação de oxigênio e redução da policitemia.
As cardiopatias congênitas ocorrem devido a defeitos na formação do sistema cardiovascular durante o desenvolvimento embrionário, podendo afetar a estrutura do coração e dos grandes vasos. Os principais tipos descritos são comunicações interatrial e interventricular, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos. O diagnóstico e tratamento dependem da gravidade da alteração anatômica.
O documento discute as diferenças entre os sexos na cardiopatia isquêmica. As mulheres apresentam riscos semelhantes aos homens, mas há importantes diferenças na prevalência da aterosclerose coronariana e na fisiologia vascular, com relevância para o risco de cardiopatia isquêmica. O escore de Reynolds pode ajudar a identificar mulheres de risco intermediário para alto risco.
Cardiopatias Congênitas
Incidência: 8 em cada 1.000 nascidos vivos
Por: Meirisa Medina, Ailton Bispo e Francisco Pimentel. Alunos do curso de Fisioterapia 6° semestre da Faculdade Dom Pedro II, Salvador-BA. Orientado por: Isis Veiga
O documento discute a Anemia de Doença Crônica (ADC), definindo-a como uma síndrome clínica caracterizada por anemia em pacientes com doenças crônicas. A ADC é usualmente normocrômica/normocítica e caracteriza-se por hipoferremia apesar de estoques adequados de ferro. Os principais mecanismos envolvidos são: diminuição da sobrevida das hemácias, resposta medular inadequada à anemia, e distúrbio na mobilização do ferro. As citocinas liberadas por macrófagos ativ
O documento discute marcadores bioquímicos de lesão no miocárdio utilizados no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. A troponina I é o marcador mais específico e sensível, permanecendo alterado por mais tempo após o evento. Há maior incidência de infartos durante o inverno e entre homens, embora os casos em mulheres estejam aumentando. A rápida procura por tratamento médico após os sintomas é essencial para evitar complicações.
O documento discute a correlação entre pressão intra-abdominal elevada e a reexpansão pulmonar. A pressão intra-abdominal elevada afeta negativamente a função pulmonar, reduzindo a complacência e volumes pulmonares e predispõe a atelectasia. A descompressão abdominal resulta em reversão precoce da falência respiratória causada pela pressão intra-abdominal elevada.
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertróficaJoao Bruno Oliveira
Este documento discute o uso da cintilografia de perfusão do miocárdio para avaliar a isquemia em pacientes com miocardiopatia hipertrófica. O estudo examinou 158 pacientes idosos com miocardiopatia hipertrófica e encontrou que aqueles com isquemia do miocárdio ou cintilografia anormal apresentavam um prognóstico pior, com taxas de sobrevida mais baixas aos 10 anos. Os resultados sugerem que a cintilografia pode ser útil para estratificar o risco desses pacientes
O documento discute a anemia em pacientes com insuficiência cardíaca, sua prevalência, fisiopatologia e impacto no prognóstico. A anemia é comum nesses pacientes e está associada a pior qualidade de vida, maior mortalidade e maior risco de hospitalização. Sua fisiopatologia envolve hemodiluição, ferropenia, doença renal crônica, inflamação sistêmica e uso de medicamentos. O tratamento da anemia pode melhorar a função cardíaca e qualidade de vida dos pacientes.
1) A hipertensão pulmonar é uma condição progressiva caracterizada por pressões elevadas na artéria pulmonar, levando à sobrecarga e falência do ventrículo direito.
2) A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de hipertensão pulmonar e sua prevalência vem aumentando em todo o mundo.
3) O diagnóstico precoce da hipertensão pulmonar é importante para antecipar complicações e instituir tratamento adequado, evitando a morte
Este documento resume a hipertensão arterial, definindo-a como uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Descreve a importância da HAS como doença cardiovascular crônica e prevenível, além de abordar sua definição, histórico, epidemiologia, fisiopatologia, lesões em órgãos-alvo, diagnóstico e tratamento.
O documento discute como a obesidade abdominal aumenta o risco de síndrome metabólica e problemas cardiovasculares através da secreção alterada de substâncias pelos adipócitos e exacerbação da resistência à insulina.
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...Van Der Häägen Brazil
O "paradoxo da obesidade" refere-se aos resultados inesperados de que indivíduos obesos parecem se sair melhor do que, ou pelo menos tão bem como, os seus homólogos normais ou de baixo peso, em termos de taxas de mortalidade no contexto de condições, tais como a doença da artéria coronária em indivíduos hipertensos, insuficiência cardíaca congestiva, doença renal crônica, em hemodiálise, revascularização pós-coronariopatia, e alguns casos de elevação do segmento ST no infarto do miocárdio
O documento discute a hipertensão arterial sistêmica, definindo-a como a elevação sustentada da pressão arterial. Apresenta suas principais estatísticas, fatores de risco, sintomas, complicações, diagnóstico, classes de medicamentos para tratamento e desafios atuais.
Um pesquisador de longo prazo em diabetes, alcançou notoriedade significativa com o seu 1988 Banting Lecture (organizado anualmente pela Associação Americana de Diabetes em memória de Frederick Banting). Em sua palestra, ele propôs a teoria de que a obesidade central ou abdominal ou intra-abdominal (tipo masculina ou obesidade em forma de maçã), diabetes e hipertensão arterial (pressão alta) têm uma causa comum de resistência à insulina e intolerância à glicose.
O documento discute a semiologia do aparelho cardiovascular, incluindo sua anatomia e fisiologia. Descreve as etapas da avaliação física cardiovascular, que incluem inspeção, palpação e ausculta. A inspeção e palpação avaliam alterações no tórax, localização do ictus cordis e pulsos. A ausculta examina os focos cardíacos fisiológicos e possíveis alterações.
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Van Der Häägen Brazil
O documento discute a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e sua associação com a síndrome metabólica. Estudos recentes enfatizam o papel da resistência à insulina, estresse oxidativo e inflamação no desenvolvimento da DHGNA. A DHGNA está fortemente associada com características da síndrome metabólica e a resistência à insulina é um fator fundamental em ambas as condições.
O documento descreve dois casos de pacientes pediátricos com obesidade e síndrome metabólica e os riscos associados de doenças cardiovasculares. O primeiro paciente, de 12 anos, apresentava obesidade, hipertensão e fatores de risco para aterosclerose. O segundo paciente, de 5 anos, apresentava hipertensão, dislipidemia e esteatose hepática moderada. Ambos receberam orientações e tratamento multidisciplinar para reduzir os riscos cardiovasculares.
O documento discute a importância da avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos na infância pelo pediatra geral, que geralmente é o primeiro a detectar este achado. É essencial que o pediatra saiba diferenciar sopros inocentes de possíveis cardiopatias para direcionar corretamente os casos. A anamnese e exame físico detalhado do sistema cardiovascular são fundamentais neste processo.
1) O documento apresenta uma revisão sobre a fisiopatologia e aspectos inflamatórios da aterosclerose. 2) A doença é multifatorial e resulta de respostas celulares e moleculares complexas, envolvendo fatores genéticos, ambientais e inflamatórios. 3) A resposta inflamatória é mediada por mudanças nas células endoteliais, linfócitos T, macrófagos e células do músculo liso, levando à produção de citoquinas e moléculas que contribuem para
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica história natural. dr. caio ...Van Der Häägen Brazil
O documento discute a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), sua prevalência crescente em pessoas obesas, e seus fatores de risco como obesidade, resistência à insulina e diabetes.
O documento discute o vasoespasmo cerebral após hemorragia subaracnóidea aneurismática. Aborda a fisiopatologia, incluindo a resposta imunológica e inflamatória no cérebro, e o papel dos produtos da degradação do sangue. Também revisa aspectos diagnósticos e formas de prevenção e tratamento desta complicação potencialmente devastadora.
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...Van Der Häägen Brazil
1) A síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP) é caracterizada pela anovulação e excesso de hormônios masculinizantes, e está associada a distúrbios metabólicos como obesidade.
2) A obesidade está presente em cerca de metade das mulheres com SOMP e influencia as alterações clínicas e metabólicas associadas à síndrome.
3) Mulheres com SOMP obesas podem ter maior risco de doença cardiovascular devido aos efeitos da obesidade na função vascular.
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...Dra. Mônica Lapa
Este documento descreve as características clínicas de 123 pacientes com hipertensão pulmonar de dois centros de referência no Brasil. Cerca de 62% dos pacientes estavam nas classes funcionais III e IV da NYHA. A pressão sistólica do ventrículo direito média foi de 83,48 mmHg. A hipertensão arterial pulmonar idiopática representou 50% dos casos, enquanto a hipertensão pulmonar associada à esquistossomose representou 30% dos casos.
O documento discute a hipertrofia cardíaca, definindo-a como um mecanismo adaptativo do coração em resposta a aumento de atividade ou sobrecarga funcional. Explica que a hipertrofia pode ocorrer devido a aumento de demanda metabólica, aumento de carga pressórica ou volume, ou fatores genéticos. Descreve também os tipos de hipertrofias, os efeitos no miócitos e estroma conjuntivo, e aspectos da fisiopatologia como a reprogramação gênica.
1) O transplante de órgãos é considerado o tratamento de eleição para muitas doenças terminais, mas há escassez de órgãos disponíveis. 2) A morte encefálica causa alterações fisiológicas e hormonais que podem comprometer a função dos órgãos do doador. 3) É importante otimizar os cuidados com o doador de múltiplos órgãos para aumentar a quantidade e qualidade dos órgãos captados.
O documento relata um caso de diagnóstico precoce de hipercolesterolemia familiar em um paciente de 8 anos. O paciente apresentava altos níveis de colesterol e histórico familiar de doenças cardiovasculares. Após exames, foi confirmado o diagnóstico de hipercolesterolemia familiar e iniciou-se tratamento com dieta e medicamentos para reduzir os riscos de doenças cardíacas no futuro. O caso ilustra a importância do diagnóstico precoce dessa doença genética grave.
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...Van Der Häägen Brazil
A fome holandesa de 1944 tem sido extensivamente estudada para avaliação desta hipótese. As análises de peso ao nascer e susceptibilidade para a doença metabólica mostraram que a exposição “in útero” à fome resultou no aumento da incidência de obesidade e diabetes na idade adulta
O documento discute a aferição da pressão arterial humana, definindo os termos e métodos utilizados. Ele explica que a pressão sistólica e diastólica são medidas utilizando um esfigmomanômetro e estetoscópio, ouvindo os sons de Korotkoff. Além disso, descreve fatores que influenciam a pressão arterial e sintomas associados à hipertensão.
Como consequência, a mortalidade por doença cardíaca coronária diminuiu ≈ 50% nos últimos 50 anos. Ford et al sugeriram que uma melhor triagem e tratamento médico desses fatores de risco para doença cardiovascular - DCV e os procedimentos médicos desenvolvidos para tratar as várias manifestações agudas de doença cardiovascular - CVD tiveram um impacto favorável sobre as suas taxas de mortalidade relacionadas.
Gordura intra abdominal um grande passo para diabetes tipo 2
07 hipertrofia
1. ARTIGO DE REVISÃO 71Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
Hipertrofia ventricular esquerda:
o caminho para a insuficiência cardíaca
Left ventricular hypertrophy: pathway to heart failure
José Roberto Matos-Souza1
, Kleber Gomes Franchini1
, Wilson Nadruz Junior1
RESUMO
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma
resposta adaptativa do coração à hipertensão arterial.
Embora considerada compensatória, a HVE é um preditor
independentedemaiormorbimortalidadecardiovascular.Em
concordância com essas observações, diversas evidências
clínicas e epidemiológicas demonstraram que a HVE é
um importante fator de risco para o desenvolvimento de
insuficiência cardíaca (IC) sistólica e diastólica. Além da
massa miocárdica, a geometria ventricular também influen-
cia o desenvolvimento de IC. Nesse contexto, a hipertrofia
concêntrica corresponde ao padrão geométrico que tem
sido mais associado à progressão para IC. Diversos meca-
nismos têm sido propostos para explicar a transição de HVE
paraIC.Entreeles,destacam-seasalteraçõesnamicroena
macrocirculação coronária e a fibrose intersticial, as quais
comprometem o suprimento de oxigênio e nutrientes para
osmiócitoscardíacoseimpedemumdesempenhomecânico
satisfatório dessas células. Esses fatores modificam tanto a
contratilidade quanto o relaxamento miocárdico, sugerindo
que as disfunções sistólica e diastólica relacionadas à HVE
podem representar um continuum. Por outro lado, eventos
isquêmicos também podem precipitar o desenvolvimento
de IC, demonstrando que a progressão de HVE para IC tem
origemmultifatorialeéresultantedeumacomplexainteração
entre fatores intrínsecos e extrínsecos ao miocárdio.
PALAVRAS-CHAVE
Hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca,
ecocardiografia, disfunção ventricular esquerda.
1 Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp).
Correspondência para: Wilson Nadruz Junior. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – 13081-970 –
Campinas, SP. Fone/Fax: (19) 3521-7836. E-mail: wilnj@fcm.unicamp.br
Recebido: 23/2/2008 Aceito: 4/3/2008
ABSTRACT
Left ventricular hypertrophy (LVH) is an adaptive respon-
se to systemic hypertension. Nevertheless, it has been
extensively demonstrated that LVH is an independent
predictor of increased cardiovascular risk and heart failure
(HF) development. In this regard, not only myocardial
mass but also left ventricular geometric pattern have
been shown to influence left ventricular performance.
For instance, concentric hypertrophy displays the major
risk to HF progression, especially to its diastolic form.
Conversely, several mechanisms have been proposed to
explain the transition from LVH to overt HF. They include
coronary micro and macrovascular changes and myo-
cardial interstitial fibrosis, which may lead to a reduced
supply of oxygen and nutritional factors to myocytes
and to a mechanical impairment of myocyte function.
These alterations impair either contractile or relaxing
performance, thus suggesting that LVH-related systolic
and diastolic dysfunction may represent a continuum. On
the other hand, coronary atherothrombotic events may
also precipitate left ventricular dysfunction, demonstra-
ting that transition from LVH to HF is a complex process
that results from the interaction between extrinsic and
intrinsic myocardial factors.
KEYWORDS
Left ventricular hypertrophy, heart failure, echocardiogra-
phy, left ventricular dysfunction.
2. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca
Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W
72 Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
Introdução
A insuficiência cardíaca (IC) tem-se tornado um dos maiores
problemas de saúde pública no mundo. Estima-se que 1% a 2%
da população ocidental sofra de IC, com prevalência média de
10% nos indivíduos idosos1
. Apesar dos recentes avanços na
terapia da IC, sua morbidade e sua mortalidade permanecem
elevadas2
.
A hipertensão arterial se acompanha freqüentemente de
hipertrofia ventricular esquerda (HVE), a qual é considerada uma
resposta compensatória, cujo objetivo seria normalizar a tensão
na parede ventricular3
. Entretanto, a HVE é também um fator de
risco independente para IC e mortalidade cardiovascular4
. Essas
observações fazem que a HVE seja considerada atualmente uma
doença pré-clínica5
.
DEFINIÇÕES
A hipertrofia cardíaca fisiológica ocorre durante o crescimento
natural do indivíduo, durante a gravidez e em resposta ao
exercício físico. Na hipertrofia fisiológica, a função cardíaca
está normal e não há associação com o desenvolvimento sub-
seqüente de IC3,6
. Diferentemente da hipertrofia fisiológica, a
hipertrofia cardíaca patológica (definida neste artigo como HVE)
resulta de diversos estímulos, especialmente biomecânicos
e neuro-humorais7
. A HVE está diretamente relacionada aos
níveis de pressão arterial, embora outros fatores, como sexo,
raça, obesidade, diabetes, consumo de sal e estimulação pelo
sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e nervoso
simpático, também possam desempenhar um papel importante
em sua gênese8
. Ela se caracteriza por alterações estruturais,
funcionais e metabólicas do coração, as quais incluem aumento
no volume dos miócitos cardíacos, aumento na espessura da
parede das artérias coronárias, rarefação relativa de capilares,
fibrose extracelular, além de modificações no metabolismo
energético, no manuseio do cálcio intracelular e na contratilidade
e no relaxamento do miocárdio9-11
.
Classicamente, as alterações morfológicas do ventrículo
esquerdo (VE) induzidas pela hipertensão arterial são divididas
em três padrões geométricos12
: 1. Remodelamento concêntrico
(aumento da espessura relativa da parede ventricular, porém,
com massa cardíaca normal); 2. Hipertrofia concêntrica (au-
mento da espessura relativa da parede ventricular e da massa
cardíaca); 3. Hipertrofia excêntrica (aumento da massa cardíaca
com elevação do volume da cavidade ventricular).
A IC pode ser classificada como sistólica ou diastólica, de
acordo com a presença ou não de rebaixamento na fração de
ejeção13
. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que pelo
menos metade dos pacientes com IC apresenta IC diastólica
ou com fração de ejeção preservada14
. Em geral, a IC diastólica
é caracterizada por alta prevalência de aumento na espessura
relativa da parede do VE, além de anormalidades no relaxamento
ativo e na rigidez passiva ventricular13,14
.
HVE E IC: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E
EPIDEMIOLÓGICAS
Relatos do século XIX já descreviam que a HVE é uma resposta
adaptativa à sobrecarga hemodinâmica, mas que podia evoluir
para a disfunção ventricular. Austin Flint15
notou que “a sobrecar-
ga hemodinâmica estimula uma ação ventricular mais vigorosa,
a qual permite aos ventrículos expelir seus conteúdos por um
tempo. Posteriormente uma hipernutrição ocorre e a hipertrofia
é produzida. O aumento da massa muscular protege contra o
desenvolvimento de dilatação por um período de tempo”, en-
tretanto, na primeira edição de seu clássico livro, The Principles
and Practice of Medicine, Sir William Osler16
observou que a
desadaptação habitualmente se desenvolve, ao notar que a
hipertrofia é acompanhada por “um período de descompensação
que em geral ocorre lentamente e resulta da degeneração e do
enfraquecimento do músculo cardíaco”.
Em concordância com esses relatos seculares, diversas
evidências clínicas descritas nas últimas décadas também docu-
mentaram uma associação entre HVE e disfunção sistólica. Por
exemplo, estudos transversais incluindo pacientes hipertensos
revelaram uma relação inversa entre massa ventricular esquerda
e função sistólica17-19
, e ensaios clínicos documentaram melhora
na função sistólica em paralelo à regressão da HVE20-22
.
Entretanto, o tipo de IC relacionada à HVE inclui não apenas
aquela com “enfraquecimento” do músculo cardíaco, conforme
descrita por Osler, mas também com outro aspecto de “dege-
neração” miocárdica – a disfunção diastólica. Também nesse
contexto, a HVE está associada à presença de IC com função sis-
tólica preservada, apontando-se para uma relação inversa entre
massa ventricular esquerda e desempenho diastólico14,23,24
.
O Framingham Heart Study foi o primeiro grande estudo
prospectivo que comprovou a associação entre HVE e posterior
desenvolvimento de IC clínica. Em 1987, Kannel et al.25
relataram
que indivíduos com HVE ao eletrocardiograma (ECG) apresenta-
ram risco de duas a cinco vezes aumentado de desenvolvimento
de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Posteriormente,
a presença de HVE ao ECG também se mostrou um fator de
risco independente para o aparecimento de IC26
, entretanto, o
diagnóstico de IC nesses estudos foi estabelecido por critérios
clínicos, não sendo possível dizer se a HVE foi precursora de
disfunção sistólica ou diastólica. Mais recentemente, dados
do Cardiovascular Health Study confirmaram que a HVE é um
fator independente para o desenvolvimento de IC tanto sistólica
quanto diastólica ao acompanhar por sete anos uma população
de indivíduos idosos sem história de infarto do miocárdio4
.
3. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca
Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W
73Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
O padrão geométrico do VE também pode influenciar o
desenvolvimento de IC. Várias evidências demonstraram que
a hipertrofia concêntrica é o padrão geométrico ventricular
mais associado à progressão para IC, e em especial, para sua
forma diastólica1,4,24
. É importante ressaltar que a relação entre
hipertrofia concêntrica e IC parece se dever não só a alterações
intrínsecas do miocárdio mas também à maior associação entre
doença arterial coronária e esse padrão geométrico ventricu-
lar12
. Não obstante, estudos mais recentes têm questionado o
paradigma prévio27
de que hipertrofia concêntrica é preditora
independente de IC sistólica. Por exemplo, em uma coorte de
idosos predominantemente brancos seguida por cinco anos, a
presença de hipertrofia excêntrica, mas não concêntrica, mos-
trou ser um fator de risco para desenvolvimento de baixa fração
de ejeção28
. Já outro estudo envolvendo 159 afro-americanos
com hipertrofia concêntrica observou progressão para IC sis-
tólica em 18% dos indivíduos estudados após quatro anos de
seguimento29
, entretanto, a ocorrência de infarto do miocárdio
durante o seguimento foi um importante fator de risco para o
rebaixamento da fração de ejeção29
, sugerindo que a hipertrofia
concêntrica na ausência de doença arterial coronária pode não
ser um importante marcador de progressão para IC sistólica.
Portanto, aguardam-se os resultados de novos estudos para
que essas dúvidas sejam sanadas.
MECANISMOS ENVOLVIDOS NA
PROGRESSÃO DA HVE PARA A IC
Diversos mecanismos têm sido propostos para explicar a pro-
gressão para IC em indivíduos portadores de HVE. Em primeiro
lugar, estima-se que a HVE induza à disfunção miocárdica por
apresentar redução no suprimento de oxigênio e nutrientes para
os miócitos cardíacos12
. A explicação para esse fenômeno se
deve a vários fatores, tais como9,10,30
: 1. Redução na densidade
de arteríolas e capilares coronários, resultante de um aumento
desproporcional dos miócitos cardíacos e do interstício; 2. Au-
mento da espessura parietal das artérias coronárias e presença
de fibrose perivascular, com conseqüente redução da reserva
coronária; 3. Aumento do tecido conjuntivo intersticial, o qual
pode atuar como obstáculo à chegada de oxigênio e outros
nutrientes aos miócitos cardíacos.
Em segundo lugar, o desenvolvimento desordenado de fibro-
se ao redor dos miócitos cardíacos pode provocar uma oposição
mecânica a essas células, comprometendo o desempenho
miocárdico11,12,31
. Por outro lado, é possível que alterações na
degradação da matriz extracelular também exerçam um papel
na transição de HVE para IC. Nesse contexto, destacam-se
as metaloproteinases, as quais são enzimas que quebram o
colágeno e têm sua ação restringida por inibidores tissulares
endógenos, conhecidos pela sigla TIMPs (tissue inhibitors of
matrix metalloproteinases)32
. Hipoteticamente, há um dese-
quilíbrio a favor da atividade de metaloproteinases que pode
ser acompanhado de aumento da degradação do colágeno e
conseqüente dilatação ventricular, e um aumento desproporcio-
nal da atividade de TIMPs pode se associar à maior deposição
de colágeno e fibrose11
. Esses dois mecanismos, apesar de
antagônicos, poderiam culminar com piora da função cardíaca,
entretanto, os dados disponíveis a respeito do tema têm sido
conflitantes, pois revelaram um desequilíbrio tanto a favor de
metaloproteinases33
quanto de TIMPs34
no miocárdio de indiví-
duos com HVE e disfunção ventricular.
Em geral, os mecanismos descritos anteriormente podem
comprometer tanto a função contrátil quanto de relaxamento
do VE. Essas observações dão suporte ao conceito de que as
disfunções sistólica e diastólica relacionadas à HVE representam
um continuum e não devem ser consideradas como entidades
distintas1
. De fato, essa hipótese tem sido respaldada por evi-
dências ecocardiográficas recentes que revelaram relação direta
entre função sistólica e diastólica mesmo em indivíduos com
HVE e fração de ejeção normal35,36
. Além disso, condições que
levam à HVE (como hipertensão arterial) também predispõem a
outras doenças (como doença arterial coronária), que, por sua
vez, podem levar à IC37
. Sob essa perspectiva, destacam-se os
eventos coronários de origem aterotrombótica, os quais levam
especialmente à disfunção ventricular sistólica12,29
.
CONCLUSÃO
A HVE é um fator de risco independente para o desenvolvimento
de IC sistólica e diastólica, sendo a hipertrofia concêntrica o pa-
drão geométrico mais associado à progressão para IC. Por outro
lado, as alterações na micro e na macrovasculatura coronária, o
aumento da fibrose intersticial e os eventos coronários de origem
aterotrombótica parecem ser os fatores mais importantes para
o desenvolvimento de disfunção ventricular, assim, a progressão
de HVE para IC parece ter origem multifatorial e é resultante de
uma complexa interação entre fatores intrínsecos e extrínsecos
ao miocárdio (Figura 1).
Figura 1. Mecanismos potenciais envolvidos na transição da HVE para IC.
Disfunção sistólica
Hipertensão
Obesidade
Diabetes
Infarto do
miocárdio
Hipertrofia ventricular
↓ Oferta de O2
e nutrientes
↑ Fibrose intersticial
Disfunção diastólica
Insuficiência
cardíaca
4. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca
Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W
74 Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
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