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O
LIVRO
DAS
MEN
TI
RAS
2
FRATER PERDURABO
HADNU.COM 3
LIBER 333
[N.T. - Uma perfeita adaptação do texto original ao idioma PortuguĂȘs Ă©
verdadeiramente impossĂ­vel, devido aos inĂșmeros trocadilhos e detalhes de
cunho tĂ©cnico, somente apreciĂĄveis no texto em InglĂȘs. PorĂ©m, ainda
assim, o texto deixa transparecer a genialidade e o alcance da percepção
espiritual do autor.]
O LIVRO DAS MENTIRAS,
O QUAL É TAMBÉM FALSAMENTE CHAMADO
QUEBRAS,
OS DEVANEIOS OU FALSIFICAÇÕES
DO PENSAMENTO ÚNICO DE
FRATER PERDURABO
(Aleister Crowley)
CUJO PENSAMENTO É, EM SI MESMO, FALSO.
“Quebra, quebra, quebra
nos pés de tuas pedras, oh mar!
e eu pronunciaria
os pensamentos que nascem em mim!”.
4 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (PÁGINA DO TÍTULO)
O nĂșmero do livro Ă© 333, como implicando dispersĂŁo, de modo a
corresponder ao tĂ­tulo: "Quebras" e "Mentiras". De qualquer forma, o
pensamento é, em si mesmo, falso e, portanto, suas falsificaçÔes são
relativamente verdadeiras. Por conseguinte, este livro consiste em
declaraçÔes tão verdadeiras na linguagem humana quanto possíveis.
O verso de Tennyson Ă© inserido, em parte, por causa do trocadilho
com a palavra quebra e quebrar, e pela referĂȘncia do significado da pĂĄgina
do tĂ­tulo; e, em parte, por ser divertido para Crowley citar Tennyson.
HADNU.COM 5
6 O LIVRO DAS MENTIRAS
HADNU.COM 7
ΚΕΩΑΛΗΗ Ο΄Κ ΕΣ΀Ι ΚΕΩΑΛΗ
0! (1)
A Tríade Anterior Primitiva A Qual É
NÃO-DEUS
Nada Ă©.
Nada virĂĄ a ser.
Nada nĂŁo Ă©.
A Primeira TrĂ­ade A Qual Ă© DEUS
EU SOU.
Eu pronuncio A Palavra.
Eu ouço A Palavra.
O Abismo
A Palavra Ă© quebrada.
HĂĄ Conhecimento.
Conhecimento é Relação.
Estes fragmentos são Criação.
A quebra manifesta Luz. (2)
A Segunda TrĂ­ade A Qual Ă© DEUS
DEUS, o Pai e Mãe, é ocultado em Geração.
DEUS Ă© ocultado em rodopiante energia da Natureza.
DEUS é manifestado em concentração: harmonia:
consideração: o Espelho do Sol e do Coração.
A Terceira trĂ­ade
PaciĂȘncia: preparar.
Agito: fluir: flamejar.
Estabilidade: gerar.
A Décima Emanação
O mundo.
8 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (O CAPÍTULO QUE NÃO É UM CAPÍTULO)
Este capĂ­tulo, de nĂșmero 0, corresponde ao Negativo, o qual Ă©
anterior a Kether no sistema CabalĂ­stico.
Os pontos de interrogação e exclamação nas påginas anteriores são
os dois outros véus.
O significado destes dois sĂ­mbolos Ă© inteiramente explicado em O
Soldado e o Corcunda.
Este capítulo começa com a letra O, seguida por um ponto de
exclamação; sua referĂȘncia Ă  teogonia de Liber Legis Ă© explicada na
observação, mas é também referente a KTEIS PHALLOS e SPERMA, e é a
exclamação de assombro ou ĂȘxtase, a qual Ă© a natureza ultimal das coisas.
OBS.: (1) SilĂȘncio. Nuit, O; Hadit; Ra-Hoor-Khuit, 1.
COMENTÁRIO (A TRÍADE ANTERIOR PRIMITIVA)
Esta Ă© a Trindade Negativa; suas trĂȘs declaraçÔes sĂŁo, em Ășltimo
sentido, idĂȘnticas. Elas harmonizam Ser, Vir-a-Ser, e NĂŁo-Ser, os trĂȘs
modos possĂ­veis de se conceber o universo.
A expressĂŁo Nada Ă© (tecnicamente equivalente a Algo Ă©) Ă© totalmente
explicada no ensaio Berashit.
O resto do capĂ­tulo segue o sistema SephirĂłtico da Cabala e consiste
numa espécie de comento quintessencial sobre tal sistema.
Aqueles que estĂŁo familiarizados com esse sistema reconhecerĂŁo
Kether, Chokmah e Binah na Primeira TrĂ­ade; Daath, no Abismo; Chesed,
Geburah e Tiphareth na Segunda TrĂ­ade; Netzach, Hod e Yesod na Terceira
Tríade; e Malkuth na Décima Emanação.
O capĂ­tulo pode, entĂŁo, ser considerado o mais completo tratado
sobre a existĂȘncia jĂĄ escrito.
OBS.: (2) O Inteiro, absorvendo tudo, Ă© chamado EscuridĂŁo.
HADNU.COM 9
1
ΚΕΩΑΛΗΗ Α
O SABÁ DO BODE
O! o coração de N.O.X., a Noite de Pan
ΠΑΝ: Dualidade: Energia: Morte.
Morte: Geração: os mantenedores de O!
Gerar Ă© morrer; morrer Ă© gerar.
Lança a Semente no Campo da Noite.
Vida e Morte sĂŁo dois nomes de A.
Mata a ti mesmo.
Nada disto basta por si sĂł.
10 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (A)
O formato do algarismo 1 sugere o Phallus; este capĂ­tulo Ă©, entĂŁo,
chamado O Sabbath do Bode, o Sabbath das Bruxas, no qual o Phallus Ă©
adorado.
O capítulo começa com a repetição de O!, jå comentado no capítulo
anterior. É explicado que esta trĂ­ade vive na Noite, a Noite de Pan, a qual Ă©
misticamente chamada N.O.X., e este O Ă© identificado com o O nesta
palavra. N Ă© o sĂ­mbolo da Morte no TarĂŽ; e o X, ou Cruz, Ă© o signo do
Phallus. Para um comentĂĄrio completo sobre Nox, ver Liber VII , Cap. I.
Nox soma 210, o que simboliza a redução da dualidade à unidade e,
portanto, Ă  negatividade; conseqĂŒentemente Ă© um hierĂłglifo da Grande
Obra. (Nota Trad.: Em numerologia, Nox soma 17, que Ă© o nĂșmero do
arcano A Estrela no TarĂŽ, o qual Ă© associado a Nuit.)
A palavra Pan é então explicada, Π, a letra de Marte, é um hieróglifo
de dois pilares, e portanto sugere dualidade; A, por seu formato, Ă© o
pentagrama, energia; e N, pela sua atribuição com o TarÎ, é morte.
Nox Ă© mais bem explicada posteriormente, e Ă© mostrado que a
Trindade final, O!, Ă© mantida ou alimentada pelo processo de morte e
geração, os quais são a lei do universo.
A identidade destes dois Ă© explicada posteriormente.
O Estudante Ă©, portanto, incumbido de entender a importĂąncia
espiritual deste processo fĂ­sico na linha 5.
É então assegurado que a letra Α final tem dois nomes ou fases: Vida
e Morte.
A linha 7 equilibra a linha 5. Nota-se que a fraseologia dessas duas
linhas é de tal modo concebida que uma contém a outra mais do que a si
mesma.
A linha 8 enfatiza a importĂąncia de se realizar as duas.
HADNU.COM 11
2
ΚΕΩΑΛΗΗ Β
O GRITO DO FALCÃO
Hoor tem um nome secreto quĂĄdruplo: esse Ă© Faze O Que Quiseres.
(3)
Quatro Palavras: Nada - Um - Muitos - Todos.
Tu - Criança!
Teu Nome Ă© sagrado.
Teu Reino Ă© vindo.
Tua Vontade Ă© feita.
Aqui estĂĄ o PĂŁo.
Aqui estĂĄ o Sangue.
Leva-nos através da Tentação!
Livrai-nos do Bem e do Mal!
Que Minha, como Tua, seja a Coroa do Reino, mesmo agora.
ABRAHADABRA
Estas dez palavras sĂŁo quatro, o Nome do Um.
12 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (B)
O FalcĂŁo refere-se a HĂłrus.
O capítulo começa com um comento sobre Liber Legis, III, 49.
Estas quatro palavras, Faze O Que Quiseres, são também
identificadas com os quatro modos possĂ­veis de conceber o universo; Horus
unifica-os.
Segue uma versĂŁo do Pai Nosso , adequada a HĂłrus. Compare com a
versão do cap. 44. Hå dez seçÔes nesta oração, e, como a oração é atribuída
a HĂłrus, elas sĂŁo chamadas quatro, como explicado acima; mas apenas o
nome de HĂłrus Ă© quĂĄdruplo; ele em si Ă© Um.
Isto pode ser comparado Ă  doutrina cabalista das Dez Sephiroth
como uma expressĂŁo do Tetragrammaton (1 mais 2 mais 3 mais 4 = 10).
É visto agora que este FalcĂŁo nĂŁo Ă© Solar, mas Mercurial; daĂ­ as
palavras usadas, O Grito do FalcĂŁo, a parte essencial de MercĂșrio sendo a
sua Voz; e o nĂșmero do capĂ­tulo, B, sendo Beth a letra de MercĂșrio, O
Mago do TarĂŽ, o qual tem quatro armas; e deve ser lembrado que esta carta
Ă© a de nĂșmero 1, conectando novamente estes sĂ­mbolos com o Phallus.
A arma essencial de MercĂșrio Ă© o Caduceu.
OBS.: (3) Quatorze letras. Quid Voles Ilud Fac.
Q.V.I.F. 196 = 142.
HADNU.COM 13
3
ΚΕΩΑΛΗΗ Γ
A OSTRA
Os Irmãos da A.·.A.·. são um com a Mãe da Criança. (4)
Os Muitos sĂŁo adorĂĄveis ao Um, como o Um o Ă© para os Muitos.
Este é o Amor Destes; criação-parto é a Glória do Um; coito-dissolução é a
GlĂłria de Muitos. O Todo, assim combinado com Estes, Ă© GlĂłria.
Nada estå além da Glória.
O Homem delicia-se ao unir-se com a Mulher; a Mulher em parir
uma Criança.
Os Irmãos da A.·.A.·. são Mulheres: os Aspirantes à A.·.A.·. são
Homens.
14 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Γ)
Gimmel Ă© a Grande Sacerdotisa do TarĂŽ. Este capĂ­tulo fala da
iniciação sob o ponto de vista feminino; é então chamada A Ostra, um
sĂ­mbolo da Yoni. Em Equinox X, O Templo do Rei SalomĂŁo, Ă© explicado
como os Mestres do Templo, ou Irmãos da Α∮Α∮, mudaram a fórmula de
seu progresso. Estas duas fĂłrmulas, Solve et Coagula, sĂŁo agora explicadas,
e o universo é exposto como a interação entre estes dois. Isto também
explica a declaração de Liber Legis ,I, 28-30
OBS.: (4) Eles fazem com que todos os homens a adorem.
HADNU.COM 15
4
ΚΕΩΑΛΗΗ ∆
PÊSSEGOS
Suave e vazio, como tu sobrepujas o duro e cheio!
Isto morre, isto se dĂĄ; a Ti Ă© o fruto!
SĂȘ tu a noiva; tu serĂĄs a MĂŁe doravante.
Assim para com todas as impressÔes. Não as deixes sobrepujarem-te,
porĂ©m deixa que se reproduzam em ti. A Ășltima das impressĂ”es, vinda para
sua perfeição, é Pan.
Recebe mil amantes; tu carregarås apenas Uma Criança.
Esta criança serå a herdeira de Fado, o Fundador.
16 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (∆)
Daleth Ă© a Imperatriz do TarĂŽ, a letra de VĂȘnus, e o tĂ­tulo, PĂȘssegos,
de novo refere-se Ă  Yoni.
O capítulo é um conselho para aceitar todas as impressÔes, é a
fĂłrmula da Mulher Escarlate; mas nĂŁo se deve permitir dominar-se por
impresĂŁo alguma, apenas frutificar-se; como o artista que, vendo um
objeto, nĂŁo o reverencia, mas produz uma obra-prima a partir dele. Este
processo Ă© mostrado como um aspecto da Grande Obra. Os Ășltimos
parågrafos talvez se refiram ao 13°. Aethyr (veja A Visão e A Voz).
HADNU.COM 17
5
ΚΕΩΑΛΗΗ Ε
A BATALHA DAS FORMIGAS
Isso nĂŁo Ă© o que Ă©.
A Ășnica palavra Ă© SilĂȘncio.
O Ășnico Significado dessa Palavra Ă© nĂŁo.
Pensamentos sĂŁo falsos.
Paternidade é unidade disfarçada de dualidade.
Paz implica em guerra.
Força implica em guerra.
Harmonia implica em guerra.
VitĂłria implica em guerra.
GlĂłria implica em guerra.
Fundação implica em guerra.
Ai! Pelo Reino onde todos estes estĂŁo em guerra.
18 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Ε)
He é a letra de Áries, um signo de Marte; enquanto o título sugere
guerra. As formigas sĂŁo escolhidas como pequeninos objetos ocupados.
Todavia He, sendo uma letra sagrada, desperta o inĂ­cio do capĂ­tulo
para a contemplação do Pentagrama, considerado como um hieróglifo do
definitivo.
Na linha 1, Ser Ă© identificado com NĂŁo-Ser.
Na linha 2, Fala com SilĂȘncio.
Na linha 3, o Logos Ă© proclamado como o Negativo.
Na linha 4 encontra-se outra maneira de expressar a conhecida
afirmação hindu, segundo a qual aquilo em que se pode pensar é falso.
Na linha 5, chegamos a uma importante declaração, um esboço da
mais ousada tese neste livro: Pai e Filho nĂŁo sĂŁo verdadeiramente dois, mas
um; sua unidade sendo o EspĂ­rito Santo, o sĂȘmen; a forma humana Ă© um
acrĂ©scimo nĂŁo-essencial desta quintessĂȘncia.
Até aqui o capítulo seguia as Sephiroth de Kether a Chesed, e
Chesed une-se Ă  TrĂ­ade Supernal pela virtude de sua natureza FĂĄlica; pois
nĂŁo sĂł Amoun Ă© um Deus FĂĄlico, e JĂșpiter o Pai de Todos, mas 4 Ă© Daleth,
VĂȘnus, e Chesed correlaciona-se com a ĂĄgua, da qual jorra VĂȘnus, e cujo
sĂ­mbolo Ă© a MĂŁe no Tetragrammaton. Veja Cap. 0: Deus, o Pai e MĂŁe, Ă©
ocultado em geração.
Mas Chesed, no senso comum, Ă© conjugada a Microposopus. Este Ă© o
verdadeiro elo entre as esferas maiores e menores, visto que Daath Ă© a
falsa. Compare com a doutrina do mais alto e mais baixo Manas na
Teosofia.
O resto do capítulo ressalta a dualidade e, portanto, a imperfeição de
todas as Sephiroth mais baixas em sua essĂȘncia.
HADNU.COM 19
6
ΚΕΩΑΛΗΗ F
CAVIAR
A Palavra foi pronunciada: o Um explodiu em mil de milhÔes de
mundos.
Cada mundo continha mil milhÔes de esferas.
Cada esfera continha mil milhÔes de planos.
Cada plano continha mil milhÔes de estrelas.
Cada estrela continha muitos milhares de milhÔes de coisas.
Destas, aquele que raciocina tomou seis e, orgulhosamente, disse:
Este Ă© o Um e o Todo.
Estes seis o Adepto harmonizou, e disse: Este é o Coração do Um e
do Todo.
Estas seis foram destruĂ­das pelo Mestre do Templo; e ele nĂŁo falou.
A Cinza disto foi queimada pelo Magus dentro d’A Palavra.
De tudo isto o Ipsissimus nada soube.
20 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (F)
O capĂ­tulo chama-se Caviar provavelmente por tal substĂąncia ser
composta de muitas esferas.
A explicação dada para a Criação é aquela familiar aos estudantes da
tradição Cristã, o Logos transformando a unidade em muitos.
Vemos entĂŁo o que diferentes classes de pessoas fazem com os
muitos.
O Racionalista toma as seis Sephiroth de Microprosopus num estado
de crueza, e designa-as como sendo o universo. Esta tolice Ă© devida ao
orgulho da razĂŁo.
O Adepto concentra o Microcosmo em Tiphareth, reconhecendo uma
Unidade, mesmo no microcosmo, mas, qua Adepto, nĂŁo pode ir adiante.
O Mestre do Templo destrói todas essas ilusÔes, mas permanece
silente. Veja a descrição de suas funçÔes no Equinox , Liber 418 e alhures.
No prĂłximo grau, a Palavra Ă© reformulada pelo Magus em Chokmah,
a DĂ­ade, o Logos.
O Ipsissimus, no mais alto grau da A.·.A.·., estå totalmente
inconsciente deste processo, ou, seria melhor dizer, ele o reconhece como
Nada, no sentido positivo da palavra, a qual sĂł Ă© inteligĂ­vel em
Samasamadhi.
HADNU.COM 21
7
ΚΕΩΑΛΗΗ Z
OS DINOSSAUROS
NinguĂ©m sĂŁo Eles cujo nĂșmero Ă© Seis (5): mas eles foram seis, de
fato.
Sete (6) sĂŁo estes Seis que nĂŁo vivem na Cidade das PirĂąmides, sob a
Noite de Pan.
Houve Lao-tzu.
Houve Siddhartha.
Houve Krishna.
Houve Tahuti.
Houve Mosheh.
Houve DionĂ­sio (7).
Houve Mahmud.
Mas o Sétimo homem, chamado PERDURABO, por perdurar até O
Fim, no Final nĂŁo tinha Nada para perdurar (8).
Amén.
22 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Z)
Este capĂ­tulo dĂĄ uma lista dos mensageiros especiais do Infinito que
iniciaram perĂ­odos.
Eles sĂŁo chamados dinossauros, por sua aparĂȘncia de criaturas
terrĂ­veis e devoradoras. Eles sĂŁo Mestres do Templo, pois seu nĂșmero Ă© 6
(1 mais 2 mais 3), o nĂșmero mĂ­stico de Binah; mas sĂŁo chamados de
Ninguém, pois eles chegaram à consecução. Se não fosse assim, eles
seriam chamados de seis , no mau sentido do mero intelecto.
Eles sĂŁo chamados Sete. Apesar de serem Oito, porque Lao-tzu conta
como nada, devido Ă  natureza de sua doutrina.
A referĂȘncia ao fato de que eles "nĂŁo-vivem" deve ser encontrada em
Liber 418.
A palavra Perdurabo significa Eu perdurarei até o fim . A alusão é
explicada na nota.
Siddartha, ou Gautama, foi o nome do Ășltimo Buddah.
Krishna foi a principal encarnação do Vishnu Indiano, o preservador,
o principal expositor do Vedantismo.
Tahuti, ou Thoth, o Deus EgĂ­pcio da Sabedoria.
Mosheh, Moisés, o fundador do sistema hebraico.
DionĂ­sio, provavelmente um enlevado do Oriente.
Mahmud, Maomé.
Todos estes foram homens, suas Divindades são fruto da mitificação.
OBS.:
(5)Mestres do Templo, cujo grau tem o nĂșmero mĂ­stico 6 (= 1 + 2 +
3).
(6)Estes nĂŁo sĂŁo oito, como parece; pois Lao-tzu conta como 0.
(7)A lenda de Cristo é apenas uma corrupção e perversão de outras
lendas. Especialmente de DionĂ­sio: compare a narrativa de Cristo antes de
HADNU.COM 23
Herode/Pilatos nos Evangelhos, e de DionĂ­sio antes de Pentheus nas
Bacantes.
(8) O, a Ășltima letra de Perdurabo, Ă© Nada.
24 O LIVRO DAS MENTIRAS
8
ΚΕΩΑΛΗΗ Η
INFUSÃO DE CRINA DE CAVALO
A Mente Ă© uma enfermidade do sĂȘmen.
Tudo o que um homem Ă©, ou pode ser, estĂĄ ali escondido.
FunçÔes corporais são partes da måquina; silentes, a não ser em
enfermidade.
Mas a mente, nunca em descanso, range Eu . Este Eu nĂŁo persiste,
não dura através das geraçÔes; muda momentaneamente e no fim é morto.
Por conseguinte, um homem sĂł Ă© ele mesmo quando se perde de si
prĂłprio no andar da Carruagem.
HADNU.COM 25
COMENTÁRIO (Η)
Chet Ă© A Carruagem no TarĂŽ. O que dirige a Carruagem Ă© o portador
do Santo Graal. Tudo isto deverĂĄ ser estudado em Liber 418, 12Âș Aethyr.
O capĂ­tulo Ă© chamado InfusĂŁo de Crina de Cavalo por causa da
tradição medieval que diz que embebendo a crina do cavalo numa infusão
produzir-se-ia uma serpente, e a serpente é uma representação hieroglífica
do sĂȘmen, particularmente em emblemas gnĂłsticos e egĂ­pcios.
O significado do capĂ­tulo Ă© completamente claro; a total consciĂȘncia
racial, que Ă© onipotente, onisciente, onipresente, estĂĄ ali escondida.
Logo, a nĂŁo ser no caso de um Adepto, o homem sĂł ascende a um
vislumbre de consciĂȘncia universal enquanto, no orgasmo, a mente Ă©
eliminada.
26 O LIVRO DAS MENTIRAS
9
ΚΕΩΑΛΗΗ Θ
BRANKS
Ser Ă© o Nome; Forma Ă© o adjetivo.
Matéria é o nome; Movimento é o Verbo.
Por que entĂŁo o ser se vestiu com a Forma?
Por que então a Matéria se manifestou em Movimento?
NĂŁo respondas, Oh silencioso! Pois LÁ nĂŁo hĂĄ “por que ou porquĂȘ”.
O nome DAQUILO nĂŁo Ă© conhecido, o Pronome o interpreta, quer
dizer, mal interpreta.
Tempo e espaço são Advérbios.
Dualidade gera a Conjunção.
O Condicional é Pai da Preposição.
O artigo marca também Divisão; mas a Interjeição é o som que
termina em SilĂȘncio.
DestrĂłi, portanto, as Oito Partes da Fala; a Nona estĂĄ prĂłxima da
verdade.
Esta deve ser tambĂ©m destruĂ­da, antes de tu entrares n’O SilĂȘncio.
Aum.
HADNU.COM 27
COMENTÁRIO (Θ)
Theth é o arcano A Força do TarÎ, no qual uma mulher fechando a
boca de um leĂŁo Ă© retratada.
O capĂ­tulo Ă© chamado Branks , um sĂ­mbolo ainda mais poderoso,
pois ele Ă© o aparato escocĂȘs - e o Ășnico conhecido - para fechar a boca de
uma mulher.
O capĂ­tulo Ă© um ataque formal sobre as partes do discurso; a
interjeição, expessĂŁo sem sentido de ĂȘxtase, sendo a Ășnica coisa de valor
dita; porém mesmo isso deve ser visto como um lapso.
Aum representa a entrada no silĂȘncio, como serĂĄ observado ao
pronunciĂĄ-lo.
28 O LIVRO DAS MENTIRAS
10
ΚΕΩΑΛΗΗ Ι
PALHA DE TRANÇAR
O Abismo das AlucinaçÔes tem Lei e Razão; mas em verdade não hå
laço entre os Brinquedos dos Deuses.
Essa Razão e Lei é o Laço da Grande Mentira. Verdade! Verdade!
Verdade! Clamou o Senhor do Abismo das AlucinaçÔes.
NĂŁo hĂĄ SilĂȘncio em tal Abismo: pois tudo o que os homens chamam
SilĂȘncio Ă© Sua Fala.
Este Abismo Ă© tambĂ©m chamado “Inferno” e “Os Muitos”.
Seu nome entre os homens Ă© “ConsciĂȘncia” e “O Universo”.
Mas AQUELE que nĂŁo Ă© silencioso nem fala, ali regozija.
HADNU.COM 29
COMENTÁRIO (Ι)
NĂŁo hĂĄ conexĂŁo aparente entre o nĂșmero deste capĂ­tulo e seu
assunto.
De qualquer forma, refere-se Ă  chave do TarĂŽ chamada O Eremita, o
qual Ă© representado encoberto.
Jod Ă© o Phallus ocultado, como oposto a Tau, o Phallus estendido.
Este capĂ­tulo deve ser estudado Ă  luz do que Ă© dito em Aha! e no Templo do
Rei SalomĂŁo, sobre a razĂŁo.
O Universo Ă© insano, a lei de causa e efeito Ă© uma ilusĂŁo, ou assim
parece no Abismo, o qual Ă© atĂ© este ponto identificado com a consciĂȘncia,
os muitos, e ambos; mas nisto estĂĄ uma unidade secreta que regozija;
estando tal unidade além de qualquer concepção.
30 O LIVRO DAS MENTIRAS
11
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΑ
O PIRILAMPO
Concernente ao Sagrado TrĂȘs-em-Nada.
Nuit, Hadit, Ra-Hoor-Khuit, devem ser compreendidos apenas pelo
Mestre do Templo.
Eles estĂŁo acima d’O Abismo, e contĂȘm todas as contradiçÔes neles
mesmos.
Abaixo deles estĂĄ uma aparente dualidade de Chaos e Babalon; estes
sĂŁo chamados Pai e MĂŁe, mas nĂŁo Ă© assim. Eles sĂŁo chamados IrmĂŁo e
IrmĂŁ, mas nĂŁo Ă© assim. Eles sĂŁo chamados Marido e Mulher, mas nĂŁo Ă©
assim.
O reflexo de Tudo é Pan: a Noite de Pan é a aniquilação do Tudo.
Abatida atravĂ©s d’O Abismo Ă© a Luz, a Rosa Cruz, o ĂȘxtase da UniĂŁo
que destrĂłi, que Ă© o Caminho. A Rosa Cruz Ă© a embaixadora de Pan.
QuĂŁo infinita Ă© a distĂąncia Disso para Aquilo! Ainda que tudo seja
Aqui e Agora. Ali nĂŁo hĂĄ qualquer LĂĄ ou EntĂŁo; pois tudo o que Ă©, o que Ă©
senĂŁo uma manifestação, isto Ă©, uma parte, isto Ă©, uma mentira, d’AQUILO
que nĂŁo Ă©?
Porém AQUILO que não é nem é não é Aquilo que é.
Identidade Ă© perfeita; portanto a Lei da Identidade Ă© sĂł uma mentira.
Posto que nĂŁo hĂĄ sujeito e nĂŁo hĂĄ predicado; nem hĂĄ o contraditĂłrio de
qualquer destas coisas.
Sagradas, Sagradas, Sagradas sĂŁo estas Verdades que eu digo,
sabendo nĂŁo serem nada senĂŁo mentiras, espelhos quebrados, ĂĄguas
turbulentas; esconde-me, Oh Nossa Senhora, em teu Ăștero! pois eu nĂŁo
posso suportar o enlevo.
Neste pronunciamento de falsidade sobre falsidade, cujas
contradiçÔes também são falsas, parece que Aquilo que eu não pronunciei é
verdade.
HADNU.COM 31
Abençoada, indizivelmente abençoada, Ă© esta Ășltima ilusĂŁo; deixa-
me brincar com os homens, e afasta-os de mim! Amén.
32 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΑ)
O Pirilampo talvez possa ser traduzido como “uma luz na escuridão”,
embora talvez haja uma sutil referĂȘncia Ă  natureza dessa luz.
Onze Ă© o grande nĂșmero da Magick, e este capĂ­tulo indica um
método supremo de magia; mas é na verdade chamado Onze, por causa de
Liber Legis, I, 60.
A primeira parte do capĂ­tulo descreve o universo em seu mais
elevado sentido, descendendo a Tiphareth; tal Ă© a nova e perfeita
cosmogonia de Liber Legis.
Chaos e Babalon sĂŁo Chokmah e Binah, mas, na verdade sĂŁo, apenas
um; a unidade essencial da TrĂ­ade Supernal Ă© ressaltada insistentemente.
Pan é um nome genérico, incluindo esse sistema inteiro em seu lado
manifesto. Diz-se, portanto, que aqueles que estĂŁo acima do Abismo vivem
na Noite de Pan; eles são alcançados somente pela aniquilação do Todo.
Assim, o Mestre do Templo vive na Noite de Pan.
Agora, abaixo do Abismo, a parte manifestada do Mestre do Templo
também alcança Samadhi, como o caminho da Aniquilação.
O parågrafo 7 começa pela reflexão produzida pela exposição
precedente. Esta reflexĂŁo Ă© imediatamente contraditada, sendo o autor um
Mestre do Templo. Ele, logo apĂłs, entra em Samadhi, e empilha
contradição sobre contradição, e conseqĂŒentemente um degrau mais
elevado de ĂȘxtase com cada sentença, atĂ© que seu arsenal seja exaurido; e,
com a palavra Amén, ele entra no estado supremo.
HADNU.COM 33
12
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΒ
AS LIBÉLULAS
IO Ă© o clamor do mais baixo, como OI Ă© do mais alto.
Em algarismos, eles sĂŁo 1001 (9); em letras, eles sĂŁo Prazer (10).
Pois quando tudo estĂĄ equilibrado, quando tudo Ă© contemplado de
fora de tudo, hĂĄ prazer, prazer; prazer que nĂŁo Ă© senĂŁo uma faceta de um
diamante, cada outra faceta sendo mais prazeirosa que o prĂłprio prazer.
34 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΒ)
As libélulas foram escolhidas como símbolos do prazer, devido à
observação do autor como naturalista.
O parĂĄgrafo 1 meramente repete o capĂ­tulo 4 em quintessĂȘncia; 1001,
sendo 11ÎŁ (1-13), Ă© um sĂ­mbolo da unidade completa manifestada como os
muitos, pois ÎŁ (1- 13) dĂĄ toda a rota de nĂșmeros da simples unidade de 1 Ă 
complexa unidade de 13, impregnada pelo mĂĄgico 11.
Eu adicionaria um comentĂĄrio mais extenso sobre o nĂșmero 91. 13 (1
mais 3) é uma forma elevada de 4. 4 é Amoun, o Deus da geração, e 13 é 1,
a unidade Fålica. Daleth é a Yoni. E 91 é AMN (Amén), uma forma do
Phallus completada pela intervenção da Yoni. Isso se conecta novamente
com IO e OI no parĂĄgrafo 1; e, Ă© claro, IO Ă© o clamor de ĂȘxtase dos gregos.
O capĂ­tulo todo Ă©, novamente, um comento sobre Liber Legis, 1, 28-
30.
observaçÔes:
(9) 1001 = 11 ÎŁ (1 - 13). As PĂ©talas do Sahasraracackkra.
(10) Em InglĂȘs: JOY = 101, o Ovo do EspĂ­rito em equilĂ­brio entre os
Pilares do Templo.
HADNU.COM 35
13
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΓ
PAPO DE PEREGRINO
Oh, tu, que partes sobre O Caminho, falso Ă© o Fantasma que tu
buscas.
Quando tu o tiveres, tu conhecerĂĄs toda a amargura, teus dentes
cravados na Maçã-Sodoma.
Assim tu tens sido atraĂ­do ao longo d’O Caminho, cujo terror, porĂ©m,
compeliu-te longe.
Oh tu, que progrides sobre o meio d’O Caminho, nenhum fantasma
zombarĂĄ de ti. Pelo amor ao progresso, tu progrides.
Assim tu Ă©s atraĂ­do ao longo d’O Caminho, cuja fascinação, porĂ©m,
compeliu-te longe.
Oh, tu, que corres rumo ao Fim do Caminho, esforço não existe mais.
Mais e mais rĂĄpido, tu cais; tua fadiga Ă© transformada no Descanso
InefĂĄvel.
Pois não há Tu sobre este Caminho: tu te transformaste n’O
Caminho.
36 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΓ)
Este capĂ­tulo Ă© perfeitamente claro para qualquer um que tenha
estudado a carreira de um Adepto.
A Maçã-Sodoma é um fruto não comestível encontrado no deserto.
HADNU.COM 37
14
ΚΕΩΑΛΗΗ Ι∆
DESCASCAR CEBOLAS
O Universo Ă© a Piada PrĂĄtica do Geral Ă  Custa do Particular, declarou
FRATER PERDURABO, e riu.
Mas aqueles discĂ­pulos mais prĂłximos a ele choraram, vendo a
Tristeza Universal.
Aqueles perto deles riram, enxergando a Piada Universal.
Abaixo destes, determinados discĂ­pulos choraram.
EntĂŁo alguns riram.
Outros prĂłximos choraram.
Outros prĂłximos riram.
PrĂłximos outros choraram.
PrĂłximos outros riram.
Por Ășltimo vieram aqueles que choraram porque nĂŁo conseguiram
enxergar a Piada, e aqueles que riram para que nĂŁo se pensasse que eles nĂŁo
conseguiram enxergar a Piada, e acharam que seria seguro agir como
FRATER PERDURABO.
Mas, apesar de FRATER PERDURABO ter rido abertamente,
tambĂ©m Ele ao mesmo tempo chorou secretamente; e n’Ele PrĂłprio nĂŁo riu
nem chorou.
Nem quis dizer o que Ele disse.
38 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Ι∆)
O tĂ­tulo, Descascar Cebolas , refere-se ao conhecido incidente em
Peer Gynt .
O capĂ­tulo assemelha-se fortemente Ă  narrativa de Dupin de como
era capaz de ganhar no jogo de par ou Ă­mpar. (Veja o conto de Poe, A Carta
Roubada .) Mas este é um trecho mais sério de Psicologia. No avanço rumo
Ă  compreensĂŁo do Universo, pode-se mudar radicalmente seu ponto-de-
vista; quase sempre isto equivale a uma reversĂŁo.
Esta é a causa de muitas controvérsias religiosas. O parågrafo 1, de
qualquer forma, é a formulação de Frater Perdurabo sobre sua percepção da
Piada Universal, tambĂ©m descrita no capĂ­tulo 34. Toda existĂȘncia
individual Ă© trĂĄgica. A percepção deste fato Ă© a essĂȘncia da comĂ©dia. A
Família dos Deuses é uma tentativa de escrever comédia pura. As Bacantes
, de EurĂ­pede, Ă© outra.
No final do capĂ­tulo, Ă© visto que para o Mestre do Templo as
percepçÔes opostas ocorrem simultaneamente, e que ele mesmo estå além
delas.
No Ășltimo parĂĄgrafo, Ă© mostrado que ele compreende a verdade alĂ©m
de qualquer afirmação da mesma.
HADNU.COM 39
15
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΕ
O CANO DO REVÓLVER
Poderosa e ereta Ă© esta Vontade minha, esta PirĂąmide de fogo, cujo
ĂĄpice estĂĄ perdido no ParaĂ­so. Sobre isto queimei o cadĂĄver de meus
desejos.
Poderoso e ereto é este Ίαλλοζ de minha Vontade. A semente dele é
Aquilo que tenho carregado dentro de mim pela Eternidade; e ela estĂĄ
perdida no Corpo de Nossa Senhora das Estrelas.
Eu nĂŁo sou eu; eu nada sou senĂŁo um tubo oco para trazer Fogo do
ParaĂ­so.
Poderosa e maravilhosa Ă© esta Fragilidade, este ParaĂ­so que me
arrasta para dentro do Ventre Dela, esta CĂșpula que Me esconde, Me
absorve.
Esta é A Noite na qual eu estou perdido; o Amor através do qual eu
nĂŁo sou mais eu.
40 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΕ)
A carta 15 no TarĂŽ Ă© O DemĂŽnio , uma fachada medieval para Pan.
O tĂ­tulo deste capĂ­tulo refere-se ao Phallus, o qual Ă© aqui identificado
com a vontade. A palavra grega Πυρα”Îčσ tem o mesmo nĂșmero de Ίαλλοζ
.
Este capĂ­tulo Ă© bem claro, mas pode-se remarcar no Ășltimo parĂĄgrafo
uma referĂȘncia Ă  natureza de Samadhi.
Assim como o homem perde sua personalidade no amor fĂ­sico, o
magista o faz aniquilando sua divina personalidade naquilo que estå além.
A fĂłrmula de Samadhi Ă© a mesma, do mais alto ao mais baixo. A
Rosa-Cruz Ă© a Chave Universal. Mas, conforme se prossegue, a Cruz torna-
se maior, até ser o Ás; a Rosa, até ser a Palavra.
HADNU.COM 41
16
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΣ
O ESCARAVELHO
Morte implica em mudança e individualidade; se tu fores AQUELE
que não tem personalidade, que estå além da mudança e mesmo além da
imutabilidade, o que tu tens a ver com a morte?
O nascimento da individualidade Ă© ĂȘxtase; assim tambĂ©m Ă© sua
morte.
No amor, a individualidade Ă© morte; quem nĂŁo ama o amor?
Ama a morte, pois; e deseja por isto avidamente.
Morre Diariamente.
42 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΣ)
Este parece um comento sobre o capĂ­tulo anterior; o Escaravelho Ă©
uma referĂȘncia a Khephra, o Deus EgĂ­pcio da Meia-Noite, que carrega o
Sol através do Submundo; mas é chamado Escaravelho para enfatizar seus
cornos. Cornos sĂŁo um hierĂłglifo universal de energia, particularmente de
energia FĂĄlica.
A 16a chave do TarĂŽ Ă© A Torre . Neste capĂ­tulo, a morte Ă©
considerada como uma forma de casamento. Camponeses gregos, em
muitos casos, aderem à crença pagã, supondo que na morte estarão
reunidos Ă  Deidade a qual cultivaram durante a vida. Isso Ă© "uma
consumação a ser devotadamente desejada" (Shakespeare).
No Ășltimo parĂĄgrafo, o Mestre persuade seus pupilos a praticarem
Samadhi todos os dias.
HADNU.COM 43
17
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΖ
O CISNE
HĂĄ um cisne, cujo nome Ă© Êxtase; ele voa desde os Desertos do
Norte; ele voa através do azul; ele voa sobre os campos de arroz; à sua
vinda, o verde resplandece...
Em todo o Universo, esse Cisne sozinho Ă© imĂłvel: parece mover-se,
como o Sol parece mover-se; tal Ă© a debilidade de nossa visĂŁo.
Oh, tolo! tu choras?
Amén. Movimento é relativo: Nada hå que seja imóvel.
Contra este Cisne, eu atirei uma flecha; o peito branco derramou
sangue. Os homens me bateram; entĂŁo, percebendo que eu era apenas um
Mero Maluco, deixaram-me passar.
Assim, e nĂŁo de outra forma, eu cheguei ao Templo do Graal.
44 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΖ)
O Cisne é Aum. O capítulo é inspirado nas lembranças de Frater
Perdurabo sobre os cisnes selvagens que matou em Tali-Fu.
Nos parĂĄgrafos 3 e 4 reconhece-se que mesmo Aum Ă© impermanente.
NĂŁo hĂĄ sentido na palavra estabilidade, enquanto existir movimento.
Num universo sem fronteira, pode-se sempre tomar qualquer ponto,
por mĂłvel que seja, e postulĂĄ-lo como um ponto parado, calculando os
movimentos de todos os outros pontos relativos a ele.
O penĂșltimo parĂĄgrafo mostra as relaçÔes do Adepto para com os
seres humanos. O Ăłdio e o desprezo destes sĂŁo degraus necessĂĄrios para
que se adquira soberania sobre eles.
A histĂłria do Evangelho e de Parsifal virĂŁo Ă  mente.
OBS.:
(11) Esse capĂ­tulo deve ser lido em conexĂŁo com Parsifal , de
Wagner.
HADNU.COM 45
18
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΗ
GOTAS DE ORVALHO
Na verdade, amor Ă© morte, e morte Ă© vida por vir.
O Homem nĂŁo retorna; a correnteza nĂŁo flui montanha acima; a
velha vida nĂŁo existe mais; hĂĄ uma nova vida que nĂŁo Ă© sua.
PorĂ©m, aquela vida Ă© de sua essĂȘncia verdadeira; Ă© mais Ele que tudo
aquilo que ele chama Ele.
No silĂȘncio de uma gota de orvalho, estĂĄ toda a tendĂȘncia de sua
alma, e de sua mente, e de seu corpo; Ă© sua QuintessĂȘncia e o Elixir de seu
ser. Ali estão as forças que o fizeram, e ao seu pai, e ao pai de seu pai antes
dele.
Este Ă© o Orvalho da Imortalidade.
Deixa-o seguir livre, tal como Ele Quer; tu nĂŁo Ă©s seu mestre, mas
Seu veĂ­culo.
46 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΗ)
A décima oitava chave do TarÎ refere-se à Lua, a qual supunha-se
gotejar orvalho. A apropriação do título deste capítulo é óbvia.
Este capĂ­tulo deve ser lido em conexĂŁo com os capĂ­tulos 1 e 16.
No penĂșltimo parĂĄgrafo, Vindu Ă© identificado com Amrita, e no
Ășltimo parĂĄgrafo ordenase ao discĂ­pulo que o permita ter seu prĂłprio
caminho. Ele tem vontade prĂłpria, a qual estĂĄ mais de acordo com a
Vontade CĂłsmica do que a do homem, que Ă© seu guardiĂŁo e servo.
HADNU.COM 47
19
ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΘ
O LEOPARDO E O CERVO
As pintas do leopardo sĂŁo a luz solar na clareira; persegue o cervo na
calada, ao teu prazer.
O malhado do cervo Ă© a luz solar na clareira; escondido do leopardo,
tu te alimentas ao teu prazer.
Parece-te com tudo o que te cerca; porĂ©m sĂȘ Tu Mesmo - e toma teu
prazer entre os vivos.
Isto Ă© o que estĂĄ escrito - Espreitai! - no Livro da Lei.
48 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΙΘ)
19 Ă© o Ășltimo Trunfo, O Sol , o qual Ă© o representante de Deus no
Macrocosmos, como o Phallus o Ă© no Microcosmos.
HĂĄ uma certa adaptabilidade e universalidade entre seus poderes
secretos. O capĂ­tulo Ă© baseado em Rudyard Kipling.
O Mestre exige de seus discĂ­pulos um certo ato secreto sagrado; um
ocultamento do real propĂłsito de suas vidas; deste modo, fazendo o melhor
dos dois mundos. Isto torna recomendåvel um curso de ação dificilmente
distinguível da hipocrisia, mas a distinção é óbvia para qualquer bom
pensador; apesar de nem tanto para Frater P.
HADNU.COM 49
20
ΚΕΩΑΛΗΗ Κ
SANSÃO
O Universo estĂĄ em equilĂ­brio; portanto, Aquele que estĂĄ de fora,
ainda que sua força seja apenas a de uma pluma, pode revirar o Universo.
Não sejas pego nessa teia, Oh criança da Liberdade! Não te
emaranhes na mentira universal, Oh criança da Verdade!
50 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Κ)
Diz a lenda que SansĂŁo, o HĂ©rcules hebreu, demoliu as paredes de
um salĂŁo onde estava engaiolado, para zombar dos Filisteus, destruindo-os
e a si prĂłprio. Milton encontrou um poema nessa fĂĄbula.
O primeiro parĂĄgrafo Ă© o corolĂĄrio da Primeira Lei do Movimento,
de Newton. A chave para o poder infinito é alcançar o Além Inascido.
HADNU.COM 51
21
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΑ
O EMARANHADOR CEGO
NĂŁo Ă© necessĂĄrio entender; basta adorar.
O deus pode ser de barro: adora-o; ele vira DEUS.
NĂłs ignoramos o que nos criou; nĂłs adoramos aquilo que nĂłs
criamos. Criemos nada menos que DEUS!
Aquele que nos faz criar Ă© nosso verdadeiro pai e mĂŁe; nĂłs criamos Ă 
nossa prĂłpria imagem, que Ă© a deles.
Criemos, portanto, sem medo; pois nĂŁo podemos criar nada que nĂŁo
seja DEUS.
52 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΑ)
A 21a. chave do TarĂŽ Ă© chamada O Universo e refere-se Ă  letra Tau,
o Phallus em manifestação; daí o título: O Tecelão Cego.
ConcluirĂ­amos que o Universo Ă© concebido, numa mĂŁo, como o
fazem os Budista; noutra, como os Racionalistas; isto Ă© fatal e desprovido
de inteligĂȘncia. Mesmo assim, talvez cause deleite ao criador.
A moral deste capĂ­tulo, Ă©, portanto, uma exposição do Ășltimo
parĂĄgrafo do capĂ­tulo 18.
Ele Ă© o espĂ­rito crĂ­tico, que Ă© o Diabo, e dĂĄ origem ao surgimento do
mal.
HADNU.COM 53
22
ΚΕΩΑΛΗΗ KB
O DÉSPOTA
Os garçons dos melhores restaurantes zombam de todo mundo;
estimam cada cliente através de seu próprio valor.
Isto eu bem sei, pois eles sempre me tratam com profundo respeito.
Dessa forma encorajaram-me a elogiĂĄ-los publicamente.
Mas isso Ă© verdade; e eles tĂȘm este discernimento por servirem e
porque não podem ter interesse pessoal nas questÔes daqueles a quem
servem.
Um monarca absoluto poderia ser absolutamente sĂĄbio e bom.
Mas nenhum homem Ă© forte o suficiente para nĂŁo ter interesse.
Portanto, o melhor rei poderia ser o Puro Acaso.
É Puro Acaso quem rege o Universo; portanto, e apenas portanto, a
vida Ă© boa.
54 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (KB)
ComentĂĄrios apenas desfigurariam a suprema simplicidade deste
capĂ­tulo.
HADNU.COM 55
23
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΓ
DAR O FORA
Qual homem descansa em sua hospedaria?
CAI FORA.
Vasto e frio Ă© o mundo.
CAI FORA.
Tu te tornastes um in-iciado.
CAI FORA.
Mas tu nĂŁo consegues sair pelo caminho que entraste. O Caminho de
a saĂ­da Ă© O CAMINHO.
Cai fora.
Pois FORA Ă© Amor e Sabedoria e Poder. (12)
CAI FORA.
Se tu jå tiveste T; primeiro alcança UT. (13)
Então alcança O.
EntĂŁo por fim cai FORA (OUT).
56 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΓ)
Tanto 23 quanto cair fora sĂŁo termos para sair. Este capĂ­tulo descreve
a Grande Obra sob a forma de um homem livrando-se de todas as suas
contingĂȘncias.
Ele primeiramente abandona a vida de conforto; depois, o mundo por
completo; e, no fim, mesmo os iniciados.
No quarto parågrafo expÔe-se que não hå retorno para aquele que
iniciou sua jornada.
A palavra OUT (FORA em InglĂȘs) Ă© entĂŁo analisada e tratada como
um nome.
Além da explicação na nota de observação, O é a Yoni; T, o Lingam;
e U, o Hierofante, a 5ÂȘ carta do TarĂŽ, o Pentagrama. É, entĂŁo, praticamente
idĂȘntico a IAO.
O resto do capítulo aclara-se com as observaçÔes.
OBS.:
(12)O = {CapricĂłrnio}, O DemĂŽnio do Sabbath . U = 8, o Hierofante
ou Redentor. T = Força, o Leão.
(13) T, masculinidade, o signo da Cruz ou Phallus. UT, o Sagrado
Anjo GuardiĂŁo; UT, a primeira sĂ­laba de Udgita; ver os Upanishads. O,
Nada ou Nuit.
(Nota do Trad.: Refere-se a OUT, inglĂȘs para FORA).
HADNU.COM 57
24
ΚΕΩΑΛΗΗ Κ∆
O FALCÃO E A COBRA-DE-VIDRO
Este livro traduziria Além-da-Razão nas palavras da Razão.
Explica tu a neve para os atĂłis.
Os escravos da razĂŁo chamam este livro de Abuso-de-Linguagem:
eles estĂŁo certos.
A Linguagem foi feita por homens para comer e beber, fazer amor,
permutar, morrer. A riqueza da linguagem estå em suas AbstraçÔes; as mais
pobres dentre as línguas são ricas em idéias concretas.
Por isso os Adeptos tĂȘm exaltado o silĂȘncio; este ao menos nĂŁo
desencaminha, como faz a fala.
Também, Fala é um sintoma de Pensamento.
Mas o silĂȘncio Ă© apenas o lado negativo da Verdade; o lado positivo
estĂĄ mesmo alĂ©m do silĂȘncio.
NĂŁo obstante, Um Deus Verdadeiro clamou hriliu! E a risada do
Estertor Ă© semelhante.
58 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Κ∆)
O FalcĂŁo Ă© o sĂ­mbolo da VisĂŁo; a Cobra-Cega, da cegueira. Os que
estĂŁo sob o domĂ­nio da razĂŁo sĂŁo chamados cegos.
No Ășltimo parĂĄgrafo, Ă© reafirmada a doutrina dos capĂ­tulos 1, 8, 16 e
18.
Para o significado de hriliu, consulte Liber 418 .
HADNU.COM 59
25
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΕ
O RUBI ESTRELA
Encarando o Leste, no centro, inspira fundo, fundo, fundo; fechando
tua boca com teu dedo indicador direito pressionado contra teu lĂĄbio
inferior. Então, lançando abaixo a mão com uma grande varredura para trås
e para fora, expelindo violentamente teu ar, gritaÎ‘Î ÎŸÎ Î‘ÎÎ€ÎŸÎŁ
ΚΑΚΟ∆ΑΙΜΟΝΟΣ
Com o mesmo indicador, toca tua testa, e dize ΣΟΙ ; teu membro, e
dize ΩΑΛΛΕ (14); teu ombro direito, e dize Î™ÎŁÎ§Î„ÎĄÎŸÎŁ; teu ombro
esquerdo, e dize Î•Î„Î§Î‘ÎĄÎ™ÎŁÎ€ÎŸÎŁ; entĂŁo fecha tuas mĂŁos, entrelaçando os
dedos, e grita ΙΑ .
Avança para o Leste. Imagina fortemente um Pentagrama,
diretamente em tua testa. Levando as mãos aos olhos, lança-as adiante,
fazendo o sinal de Hórus, e ruge ΧΑΟΣ. Retira tuas mãos no sinal de Hoor-
pa-kraat.
Volta-te para o Norte e repete; mas grita ΒΑΒΑΛΟΝ.
Volta-te para o Oeste e repete; mas dize ΕΡΟΣ.
Volta-te para o Sul e repete; mas berra Κ΄ΧΕ.
Completando o cĂ­rculo, recua para o centro e eleva tua voz em
homenagem, com as palavras ΙΟ ΠΑΝ e com os sinais de N.O.X.
Estende os braços na forma de um Tau, e dize baixo, mas
claro:Î ÎĄÎŸÎœÎŸÎ„Î™Î„Î“Î•Î§ ΟΠΙΧ ΜΟ΄ ΀ΕΛΕ΀ΑΥΧΑΙ ΕΠΙ ∆ΕΞΙΑ
ÎŁÎ„ÎÎŸÎ§Î•ÎŁ ΕΠΑΥΙΣ΀ΕΥΑ ∆ΑΙΜΟΝΕΣ ΩΛΕΓΕΙ ΓΑΡ ΠΕΡΙ ΜΟ΄ Ο
ΑΣ΀ΗΥ ΀ Ν ΠΕΝ΀Ε ΚΑΙ ΕΝ ΀ΗΙ Σ΀ΗΛΗΙ Ο ΑΣ΀ΗΥ ΀ Ν ΕΞ
ΕΣ΀ΗΚΕ.
Repete a Cruz Cabalística, como acima, e termina como começaste.
60 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΕ)
25 Ă© o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de
Geburah.
O capĂ­tulo Ă© uma nova versĂŁo, mais elaborada, do Ritual de
Banimento do Pentagrama.
Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A.·.A.·.
OBS.:
(14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de
cada uma.
HADNU.COM 61
26
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΩ
O ELEFANTE E O CÁGADO
O Absoluto e o Condicionado juntos formam O Um Absoluto.
O Segundo, que é o Quarto, o Demiurgo, que todas as naçÔes dos
Homens chamam O Primeiro, Ă© mentira enxertada em mentira, mentira
multiplicada por mentira.
QuĂĄdruplo Ă© Ele, o Elefante, sobre quem o Universo estĂĄ equilibrado:
mas a carapaça do Cågado sustenta e cobre tudo.
Este CĂĄgado Ă© sĂȘxtuplo, o Sagrado Hexagrama. (15)
Estes seis e quatro sĂŁo dez, 10, o Um manifestado que retorna ao
Nada imanifesto.
O Todo-Poderoso, o Todo-Soberano, o Todo-Conhecedor, O Pai-de-
Todos, adorado por todos os homens e por mim abominado; sĂȘ tu maldito,
sĂȘ tu abolido, sĂȘ tu aniquilado. AmĂ©n!
62 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΩ)
O tĂ­tulo do capĂ­tulo refere-se Ă  lenda Hindu.
O primeiro parĂĄgrafo deveria ser lido em conexĂŁo com nossas
observaçÔes prĂ©vias sobre o nĂșmero 91.
O nĂșmero do capĂ­tulo, 26, Ă© o do Tetragrammaton, o criador
manifestado, Jeovah.
Ele é chamado O Segundo em relação àquele que estå acima do
Abismo, compreendido sob o tĂ­tulo de Primeiro.
Mas os vulgares não concebem nada além do criador, e portanto o
chamam O Primeiro.
Ele Ă© realmente o Quarto, estando em Chesed, e Ă© claro que sua
natureza Ă© quĂĄdrupla. Este Quatro Ă© concebido como a DĂ­ade multiplicada
pela DĂ­ade, falsidade confirmando falsidade.
O parågrafo 3 introduz uma nova concepção: a do quadrado com o
hexagrama, o universo encerrado na lei do Lingam-Yoni.
O penĂșltimo parĂĄgrafo mostra a redenção do universo atravĂ©s desta
lei.
A figura do 10, como a palavra IO, de novo sugere o Lingam-Yoni,
junto da exclamação dada no texto. O Ășltimo parĂĄgrafo amaldiçoa o
universo assim nĂŁo redimido.
As onze letras A iniciais na Ășltima frase sĂŁo Pentagramas MĂĄgickos,
enfatizando esta maldição.*
OBS.:
(1) O Cågado tem 6 membros em ùngulos de 60°.
*(No original: “The All-Mighty, the All-Ruler, the All-Knower, the
All-Father, Adored by All men And by me Abhorred, be thou Accursed, be
thou Abolished, be thou Annihilated, Amen!)
HADNU.COM 63
27
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΖ
O FEITICEIRO
Um Feiticeiro, pelo poder de sua magick, tem submetido todas as
coisas a si.
Ele viajaria? Ele poderia voar através do espaço mais rapidamente
que as estrelas.
Ele Comeria, beberia, e tomaria seu prazer? Ninguém havia que não
obedecesse instantaneamente ao seu comando.
Em todo o sistema de dez milhÔes vezes dez milhÔes de esferas,
sobre os vinte e dois milhÔes de planos, ele obteve seu desejo.
E, com tudo isso, ele era apenas ele mesmo.
Ai!
64 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΖ)
Este capĂ­tulo dĂĄ o reverso da medalha; Ă© o contraste ao capĂ­tulo 15.
O Feiticeiro deve ser identificado com O IrmĂŁo do Caminho da MĂŁo
Esquerda.
HADNU.COM 65
28
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΗ
A ESTRELA POLAR
Amor Ă© todo virtude, posto que o prazer do amor Ă© sĂł amor, e a dor
do amor Ă© sĂł amor.
O amor nĂŁo faz caso do que nĂŁo Ă©, nem do que Ă©.
A ausĂȘncia exalta o amor, e a presença exalta o amor.
O amor sempre se move de cume a cume de ĂȘxtase e nunca falha.
As asas do amor nĂŁo caem com o tempo nem se afrouxam pela vida
ou pela morte.
O amor destrĂłi o eu, unindo eu e nĂŁo-eu; entĂŁo esse Amor gera
Todos e Nenhum em Um.
NĂŁo Ă© assim?... NĂŁo?...
EntĂŁo tu nĂŁo estĂĄs perdido em amor; nĂŁo fales de amor.
Love Always Yieldeth: Love Always Hardeneth.
(O Amor Sempre Frutifica; o Amor Sempre Fortalece)
. . . . . . . . . Talvez: pois eu escrevi isto apenas para escrever o nome
Dela.
66 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΗ)
Introduz-se agora a marca principal deste livro, Laylah, que Ă© o
sĂ­mbolo feminino final, que deve ser interpretado em todos os planos.
Mas, neste capítulo, é dada uma pequena pista de algo além do amor
fĂ­sico. É a chamado Estrela Polar, pois Laylah Ă© um objeto de devoção ao
qual o autor sempre retorna. Observe a apresentação nome da Bem-Amada
em acrĂłstico na linha 15.
HADNU.COM 67
29
ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΘ
O CRUZEIRO DO SUL
Amor, eu te amo! Noite, noite, cobre-nos! Tu Ă©s noite, Oh meu amor;
e não hå estrelas além de teus olhos.
Noite escura, noite doce, tĂŁo quente e tĂŁo fresca, tĂŁo cheirosa e tĂŁo
sagrada, cobre-me, cobre-me!
Deixa-me nĂŁo mais ser! Deixa-me ser Teu; deixa-me ser Tu; deixa-
me ser nem Tu nem Eu; deixa haver amor na noite e noite no amor.
N.O.X. Ă© a Noite de Pan; e Laylah, a noite diante do Seu altar.
68 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΚΘ)
Este capítulo é a continuação do anterior.
Note que a palavra Laylah Ă© o ĂĄrabe para “Noite”.
O autor começa a identificar a Bem-Amada com N.O.X., a quem
referimo-nos antes.
O capĂ­tulo Ă© chamado “O Cruzeiro do Sul” porque, no plano fĂ­sico,
Laylah Ă© uma australiana.
HADNU.COM 69
30
ΚΕΩΑΛΗΗ Λ
JOÃO-SONHADOR
Sonhos sĂŁo imperfeiçÔes do sono; mesmo assim, Ă© a consciĂȘncia a
imperfeição do acordar.
Sonhos são impurezas na circulação do sangue; mesmo assim, é a
consciĂȘncia uma desordem da vida.
Sonhos nĂŁo tĂȘm proporção, nem bom senso, nem verdade; assim
tambĂ©m Ă© a consciĂȘncia.
Acordado do sonho, a verdade Ă© conhecida; (16) acordado do
acordar, a Verdade Ă© - O Desconhecido.
70 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Λ)
Este capítulo deve ser lido em conexão com o capítulo 8, e também
com aqueles capĂ­tulos onde a razĂŁo Ă© atacada.
A alusĂŁo ao tĂ­tulo Ă© Ăłbvia.
Isso reduz-se em proporção: sonho: acordar: :acordar:
Samadhi Ă© a analogia favorita de Frater P., que freqĂŒentemente
emprega-o em seu sagrado discurso.
OBS.: (16) Isto Ă©, a verdade de que ele dormiu.
HADNU.COM 71
31
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΑ
O GARROTE
ELE se move da ação ao repouso, e descansa do descanso em ação.
Estes ELE sempre faz, pois tempo nĂŁo hĂĄ. De modo que ELE nĂŁo faz
nenhuma destas coisas. ELE faz AQUELA Ășnica coisa que nĂłs devemos
expressar por duas coisas, nenhuma das quais possuindo qualquer
significado racional.
Apesar de SUA atitude, a qual Ă© nĂŁo-agir, ser simples ainda que
complexa, nĂŁo Ă© ela isenta nem necessĂĄria.
Pois todas estas idéias expressam Relação: e ELE, compreendendo
toda Relação em SUA simplicidade, estå fora de toda Relação mesmo
CONSIGO.
Isto tudo Ă© verdade e mentira; e Ă© verdade e mentira dizer que isso Ă©
verdade e mentira.
Estimula vigorosamente tua InteligĂȘncia, Oh homem, Oh valioso, Oh
escolhido DELE, para aprender o discurso DO MESTRE; pois assim tua
razĂŁo quebrar-se-ĂĄ por fim, como uma corrente arrancada da garganta de
um escravo.
72 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΛΑ)
O nĂșmero 31 refere-se Ă  palavra hebraica LA, a qual significa “nĂŁo”.
Um novo sinal cabalĂ­stico Ă© agora introduzido sob o tĂ­tulo IT (Nota
Trad.: todos os ELE neste capĂ­tulo foram traduzidos de IT, significando um
ser transcendente a gĂȘnero. Desta forma, este ELE nĂŁo remete
necessariamente ao sexo masculino), I sendo o Phallus secreto, e T sendo o
manifestado.
Mas este Ă© apenas um aspecto DELE (IT), o qual talvez possa ser
definido como a Realidade Final.
ELE (IT) aparentemente Ă© algo mais exaltado que AQUELA.
Este capítulo deve ser comparado ao capítulo 11; tal método de
destruição da razão através da formulação de contradiçÔes estå
definitivamente divulgado.
A razĂŁo estĂĄ situada em Daath, a qual corresponde Ă  garganta na
anatomia humana. Daí o título do capítulo, “O Garrote”.
A idéia é que, forçando sua mente a seguir e, tanto quanto possível,
realizar a linguagem do Além-Abismo, o estudante então terå sua razão sob
controle.
Assim que a razĂŁo Ă© subjugada, o garrote Ă© removido; entĂŁo as
influĂȘncias das supernais (Kether, Chokmah, Binah), nĂŁo mais inibidas por
Daath, podem descer sobre Tiphareth, onde a vontade humana estĂĄ situada,
inundando-a com sua inefĂĄvel luz.
HADNU.COM 73
32
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΒ
O MONTANHISTA
ConsciĂȘncia Ă© sintoma de doença.
Tudo que se move bem, se move sem vontade.
Toda habilidade, todo esforço, toda intenção é contråria à
naturalidade.
Pratica mil vezes, e isto se torna difĂ­cil; mil vezes mil, e isto se torna
fĂĄcil; mil vezes mil vezes mil vezes mil, e nĂŁo Ă© mais Tu que o fazes, mas
sim Ele que o faz através de ti. Até então, aquilo que é feito não serå bem
feito.
Assim falou FRATER PERDURABO enquanto pulava a pedra da
morena* sem jamais pousar os olhos sobre o chĂŁo.
74 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΛΒ)
Este tĂ­tulo Ă© uma mera referĂȘncia Ă  metĂĄfora do Ășltimo parĂĄgrafo do
capĂ­tulo.
Frater P., como se sabe, Ă© um montanhista.
Este capítulo deve ser lido em conjunção com os capítulos 8 e 30.
É uma instrução prĂĄtica, o ponto genĂ©rico desta sendo de fĂĄcil
aprendizado em uma comparativamente curta prĂĄtica de Mantra-Yoga.
Um mantra nĂŁo Ă© apropriadamente dito enquanto o homem sabe que
o estĂĄ dizendo. O mesmo se aplica a todas as outras formas de MĂĄgicka.
*(Nota trad.: (geol.) Acervo de pedras que as geleiras, quando
descem, acumulam no ponto onde se fundem)
HADNU.COM 75
33
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΓ
BAPHOMET
Uma åguia negra de duas cabeças é DEUS; mesmo um Triùngulo
Negro Ă© Ele. Em suas garras Ele traz uma espada; sim, uma espada afiada Ă©
alĂ­ carregada.
Esta Águia é queimada no Grande Fogo; ainda assim, nem uma pena
é chamuscada. Esta Águia é engolida no Grande Mar; ainda assim, nem
uma pena Ă© molhada. Assim Ele voa no ar, e ilumina a terra ao Seu prazer.
Assim disse IACOBUS BURGUNDUS MOLENSIS (17) o Grande
Mestre do Templo; e do DEUS cuja cabeça é de Burro ele não ousou falar.
76 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΛΓ)
33 Ă© o nĂșmero do Último Grau da Maçonaria, o qual foi conferido a
Frater P. no ano de 1900 da era vulgar por Don Jesus de Medina-Sidonia,
na Cidade do MĂ©xico.
Baphomet Ă© o misterioso nome do Deus dos TemplĂĄrios.
A Águia descrita no parågrafo 1 é a dos Templårios.
Este símbolo maçÎnico é, de qualquer forma, identificado por Frater
P. com um pĂĄssaro, o qual Ă© o mestre dos quatro elementos e, por
conseguinte, do nome Tetragrammaton.
Jacobus Burgundus Molensis sofreu martĂ­rio na Cidade de Paris no
ano de 1314 da era vulgar.
Os segredos de sua ordem, entretanto, nĂŁo foram perdidos, e ainda
estĂŁo sendo transmitidos aos merecedores pelos seus sucessores, como Ă©
insinuado no Ășltimo parĂĄgrafo, o qual implica em conhecimento de um
culto secreto, do qual o Grande Mestre nĂŁo falou.
A Águia pode ser identificada, apesar de não muito proximamente,
com o FalcĂŁo previamente dito.
É talvez o Sol, objeto exotĂ©rico de adoração de todos os cultos
sensíveis; não deve ser confundido com outros aviårios que são também
objetos mĂ­sticos, como o cisne, a fĂȘnix, o pelicano, a pomba e assim por
diante.
OBS.:
(1)Suas iniciais I.B.M. sĂŁo iniciais dos TrĂȘs Pilares do Templo, e
somam 52, 13x4, BN, o Filho.
HADNU.COM 77
34
ΚΕΩΑΛΗΗ Λ∆
O CÃO QUE FUMA
Cada ato do homem Ă© a artimanha de uma lebre.
Amor e Morte são os galgos que o amaldiçoam.
Deus criou os cães de caça e divertiu-se no esporte.
Esta é a Comédia de Pan: o homem pensa que ele estå caçando,
enquanto aqueles cães o caçam.
Esta é a Tragédia do Homem: quando, ao encarar o Amor e a Morte,
ele se vĂȘ cercado.
Ele nĂŁo Ă© mais lebre, mas javali.
Não hå outras comédias ou tragédias.
Deixa, entĂŁo, de ser o ridĂ­culo de Deus; em selvageria de amor e
morte, vive tu e morre!
Assim Sua risada vibrará com Êxtase.
78 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Λ∆)
O título é explicado na observação.
O capítulo não requer explicação; é um ponto de vista definitivo
sobre a vida, e recomendase um calculado curso de ação para roubar do
criador o seu esporte cruel.
OBS.:
(18) Este capitulo foi escrito para clarear χΔφ −ÎčÎŽ, do qual Ă© a origem.
FRATER PERDURABO percebeu esta verdade, ou mais precisamente sua
primeira metade, a comĂ©dia, no cafĂ© da manhĂŁ no “Au Chien qui Fume”.
HADNU.COM 79
35
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΕ
VÊNUS DE MILO
A vida Ă© tĂŁo feia e necessĂĄria quanto o corpo feminino.
A morte Ă© tĂŁo bela e necessĂĄria quanto o corpo masculino.
A alma estå além do masculino e do feminino, assim como estå além
da Vida e da Morte.
Mesmo o Lingam e a Yoni sĂŁo apenas desenvolvimentos diferentes
de Um ÓrgĂŁo; entĂŁo sĂŁo tambĂ©m Vida e Morte apenas duas fases de Um
Estado. Assim também, o Absoluto e o Relativo são apenas formas
DAQUELE.
O que eu amo? NĂŁo hĂĄ forma, nem ser, a quem eu nĂŁo me dĂȘ
totalmente.
Toma-me, quem quiser!
80 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΛΕ)
Este capĂ­tulo deve ser lido em conjunto com os capĂ­tulos 1, 3, 4, 8,
15, 16, 18, 24, 28, 29.
A Ășltima frase do parĂĄgrafo 4 conecta-se com o primeiro parĂĄgrafo
do capĂ­tulo 26.
O tĂ­tulo “VĂȘnus de Milo” Ă© um argumento de sustentação dos
parågrafos 1 e 2; sendo óbvio, a partir dessa afirmação, que o corpo
feminino torna-se belo o quanto mais se aproxima do masculino.
O feminino deve ser considerado como tendo sido separado do
masculino, para reproduzi-lo em uma forma superior, o absoluto; formando
as condiçÔes o um absoluto.
Nos dois Ășltimos parĂĄgrafos hĂĄ uma justificativa para a prĂĄtica que
poderia ser chamada de prostituição sagrada.
Na pråtica comum de meditação, a idéia é rejeitar todas as
impressÔes, mas eis aqui uma pråtica oposta, a qual é muito mais difícil, na
qual todas as coisas sĂŁo aceitas.
Isto não pode ser feito a não ser que alguém seja capaz de realizar
Dhyana ao menos em algo concebĂ­vel ao ver de outrem; de outra forma, a
pråtica seria apenas uma ordinåria divagação mental.
HADNU.COM 81
36
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΣ
A SAFIRA ESTRELA
Esteja o Adepto armado com sua Vara MĂĄgicka (e provido de sua
Rosa MĂ­stica).
No centro, que faça os sinais de L.U.X., ou, os conhecendo, se quiser
e se atrever a fazĂȘ-los, os sinais de N.O.X., sendo os sinais de Puer, Vir,
Puella, Mulier. Omita o sinal de I.R.
Então, que ele avance para o Leste, e faça o Sagrado Hexagrama, e
diga:
PATER ET MATER UNOS DEUS ARARITA.
Que ele circunde até o Sul, faça o Sagrado Hexagrama e diga:
MATER ET FILIUS UNUS DEUS ARARITA.
Que ele circunde até o Oeste, faça o Sagrado Hexagrama e, então,
diga: FILIUS ET FILIA UNUS DEUS ARARITA.
Que ele circunde até o Norte, faça o Sagrado Hexagrama e, então,
diga: FILIA ET PATER UNUS DEUS ARARITA.
Que ele, entĂŁo, retorne ao Centro, e assim ao Centro de Tudo
[fazendo a ROSA CRUZ como ele deve saber], dizendo; ARARITA
ARARITA ARARITA.
Os sinais aí devem ser os de Set triunfante e de Baphomet. Também
Set aparecerĂĄ no CĂ­rculo. Que ele beba do Sacramento e comungue do
mesmo.]
EntĂŁo que ele diga: OMNIA IN DUOS: DUO IN UNUM: UNUS IN
NIHIL: HAEC NEC QUATUOR NEC OMNIA NEC DUO NEC UNUS
NEC NIHIL SUNT.
GLORIA PATRI ET MATRI ET FILIO ET FILIAE ET SPIRITUI
SANCTO EXTERNO ET SPIRITUI SANCTO INTERNO UT ERAT EST
ERIT IN SAECULA SAECULORUM SEX IN UNO PER NOMEN
SEPTEM IN UNO ARARITA.
82 O LIVRO DAS MENTIRAS
Que ele, entĂŁo, repita os sinais de L.U.X., mas nĂŁo os sinais de
N.O.X.: pois nĂŁo Ă© ele quem deverĂĄ erguer-se no Sinal de Ísis Regozijante.
HADNU.COM 83
COMENTÁRIO (ΛΣ)
A Safira Estrela corresponde ao Rubi Estrela do capĂ­tulo 25; 36
sendo o quadrado de 6, como 25 Ă© de 5.
Este capĂ­tulo apresenta o verdadeiro e perfeito Ritual do Hexagrama.
Seria impróprio comentar além disto sobre um ritual oficial da
A.·.A.·.
84 O LIVRO DAS MENTIRAS
37
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΖ
DRAGÕES
Pensamento Ă© a sombra do eclipse de Luna.
Samadhi Ă© a sombra do eclipse do Sol.
A lua e a terra sĂŁo o nĂŁo-ego e o ego: o Sol Ă© AQUELE.
Ambos os eclipses sĂŁo escuridĂŁo; ambos sĂŁo excedentemente raros; o
Universo, em si mesmo, Ă© Luz.
HADNU.COM 85
COMENTÁRIO (ΛΖ)
No Oriente, supÔe-se que os DragÔes causam eclipses, devorando os
luminares.
Talvez haja algum significado no nĂșmero do capĂ­tulo, que Ă© o de
Jechidah, a mais alta unidade da alma.
Neste capítulo, då-se a idéia de que toda limitação e todo mal são
acidentes extremamente raros; nĂŁo pode haver noite em todo o Sistema
Solar, exceto em pontos raros, onde a sombra de um planeta Ă© volvida por
si prĂłprio. É um sĂ©rio infortĂșnio vivermos numa Ă­nfima regiĂŁo do sistema,
onde a escuridão alcança a casa dos 50 por cento.
O mesmo é vålido para condiçÔes morais e espirituais.
86 O LIVRO DAS MENTIRAS
38
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΗ
PELE DE CORDEIRO
Cowan, dĂĄ o fora!
Tyle!
Jura abarcar tudo.
Este é o mistério.
Vida!
A mente Ă© a traidora.
Mata a mente.
Que o cadĂĄver da mente jaza, sem ser enterrado, na borda do Grande
Mar!
Morte!
Este é o mistério.
Tyle!
Cowan, dĂĄ o fora!
HADNU.COM 87
COMENTÁRIO (ΛΗ)
Este Capítulo serå prontamente inteligível aos Maçons, e não pode
ser explicado a outros.
88 O LIVRO DAS MENTIRAS
39
ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΘ
O LOOBY
Apenas loobies encontram excelĂȘncia nestas palavras.
É de se pensar que A Ă© nĂŁo-A; reverter isso Ă© apenas reverter ao
normal.
Entretanto, forçando o cérebro a aceitar teoremas em que uma parte
seja absurda e a outra uma verdade, uma nova função cerebral é
estabelecida.
O conteĂșdo desta nova consciĂȘncia Ă© vago e misterioso e todo
indefinido; embora de alguma forma fundamental. Através do uso, torna-se
luminoso.
NĂŁo-RazĂŁo torna-se ExperiĂȘncia.
Isso auxilia a alma de pĂ©-de-chumbo em direção Ă  experiĂȘncia
d’AQUELE do qual RazĂŁo Ă© a blasfĂȘmia.
Mas, sem essa ExperiĂȘncia, estas palavras sĂŁo as Mentiras de um
Looby.
Assim, um Looby para ti, e um Burro para mim, e um Rubi-Espinela
para DEUS, pode ser!
HADNU.COM 89
COMENTÁRIO (ΛΘ)
A palavra Looby é encontrada no folclore, e supÔe-se que o autor, no
momento de escrever este livro (o que fez quando estava longe de livros de
referĂȘncia), buscou significar parte “booby”, parte “lout” (*Nota Trad.: DaĂ­
a impossibilidade de traduzir o nome deste capítulo; sendo “booby” burro e
“lout” estĂșpido, imbecil; “looby” seria uma conjunção destes dois termos).
Poderia ser ainda similar a “Parsifal”.
Os parågrafos 2-6 explanam o método que foi dado nos capítulos 11
e 31. Este método, de qualquer maneira, aparece ao longo do livro por
diversas ocasiĂ”es, e mesmo no prĂłprio capĂ­tulo Ă© empregado nos Ășltimos
parĂĄgrafos.
90 O LIVRO DAS MENTIRAS
40
ΚΕΩΑΛΗΗ Μ
O HIMOG
Uma rosa vermelha absorve todas as cores, menos o vermelho;
vermelho, portanto, Ă© a Ășnica cor que isto nĂŁo Ă©.
Esta Lei, Razão, Tempo, Espaço, toda Limitação, cega-nos à
Verdade.
Tudo o que sabemos sobre o Homem, Natureza, Deus, Ă© apenas
aquilo que eles nĂŁo sĂŁo; Ă© aquilo que eles rejeitam como repugnante.
O HIMOG Ă© visĂ­vel apenas na medida em que Ă© Ele imperfeito.
EntĂŁo, todos os que NĂŁo parecem gloriosos sĂŁo gloriosos, tal como o
HIMOG Ă© Todo-Glorioso por dentro?
Talvez assim seja.
Como, entĂŁo, distinguir o inglĂłrio e perfeito HIMOG do inglĂłrio
homem da terra?
NĂŁo distingas!
Mas a ti mesmo Extingue: HIMOG Ă©s tu, e HIMOG tu serĂĄs.
HADNU.COM 91
COMENTÁRIO (Μ)
O parĂĄgrafo 1 Ă©, claramente, um fato cientĂ­fico conhecido.
No parĂĄgrafo 2, sugere-se analogicamente que tudo em que se pode
pensar sĂŁo disfarces similares para a Realidade InconcebĂ­vel.
Classificando assim todas as coisas como ilusÔes, a pergunta surge
quanto à distinção entre ilusÔes; como poderemos dizer se um HIMOG o é
realmente, se podemos ver nele apenas suas imperfeiçÔes? “pode ser que
aquele mendigo seja um Rei.”
Mas estas consideraçÔes não devem causar problemas à mente do
Chela; é melhor deixå-lo ocupar-se com a tarefa de se desembaraçar de sua
personalidade; isto, e nĂŁo a crĂ­tica de seu sagrado Guru, deve ser a
ocupação de seus dias e noites.
(19) HIMOG Ă© um Notaricon das palavras Holy Illuminated Man of
God, ou Sagrado Homem Iluminado de Deus.
92 O LIVRO DAS MENTIRAS
41
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΑ
CARNE PICADA
Em V.V.V.V.V. a Grande Obra Ă© perfeita.
Portanto, ninguém hå que não pertença a V.V.V.V.V.
Em qualquer um pode ele manifestar-se; porém em um ele escolheu
se manifestar; e este deu Seu anel como um selo de Autoridade para a Obra
da A.·.A.·., através dos colegas de FRATER PERDURABO.
Mas isto diz respeito a eles e à sua administração; não se refere a
ninguém abaixo do Grau de Adepto Exempto, e tal apenas por designação.
Também - posto que, abaixo do Abismo, a Razão é o Senhor - que o
homem procure pela experiĂȘncia, e nĂŁo por perguntas.
HADNU.COM 93
COMENTÁRIO (ΜΑ)
O tĂ­tulo Ă© explicado apenas em parte na nota; significa que as
declaraçÔes neste capítulo devem ser entendidas do modo mais ordinårio e
comum, sem nenhum senso mĂ­stico.
V.V.V.V.V. Ă© o mote de um Mestre do Templo (ou tanto Ele
desvelou aos Adeptos Exemptos) a quem se refere Liber LXI. É ele o
responsåvel por todo o desenvolvimento da A.·.A.·., movimento que tem
sido associado à publicação de The Equinox; e Seu pronunciamento é
conservado nos escritos sagrados.
É inĂștil indagar sobre Sua natureza; fazĂȘ-lo conduz a certo desastre.
Sua autoridade Ă© exibida, quando necessĂĄrio, Ă s pessoas apropriadas,
mesmo assim nunca a ninguém abaixo do grau de Adepto Exempto. A
pessoa que pergunta sobre tais assuntos Ă© polidamente solicitada a
trabalhar, e a nĂŁo fazer perguntas cujos assuntos de maneira nenhuma lhe
dizem respeito.
O nĂșmero 41 Ă© o da MĂŁe EstĂ©ril.
OBS.:
(20) I.e. comida condizente aos americanos.
94 O LIVRO DAS MENTIRAS
42
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΒ
DIABOS DE PÓ
No Vento da mente, nasce a turbulĂȘncia chamada Eu.
Ele rompe; inunda os pensamentos estéreis.
Toda vida Ă© sufocada.
Este deserto Ă© o Abismo onde estĂĄ o Universo. As Estrelas sĂŁo
apenas cardos nesta aridez.
Contudo, este deserto é apenas um lugar amaldiçoado num mundo de
glĂłria.
Agora e novamente, Viajantes cruzam o deserto; eles vĂȘm do Grande
Mar, e para o Grande Mar eles vĂŁo.
Enquanto caminham, eles derramam ĂĄgua; um dia eles irrigarĂŁo o
deserto, até que floresça.
VĂȘ! cinco pegadas de um Camelo! V.V.V.V.V.
HADNU.COM 95
COMENTÁRIO (ΜΒ)
42 Ă© o Grande NĂșmero da Maldição. Veja “Liber 418”, “Liber 500”,
e o ensaio sobre Cabala em “O Templo do Rei SalomĂŁo”. Este nĂșmero Ă©
tido como sendo toda mixórdia e maldição.
O capĂ­tulo deve ser lido mais esmeradamente em conexĂŁo com o 10o
Aethyr. É a esta dramĂĄtica experiĂȘncia que o mesmo se refere.
A mente Ă© chamada de “vento” por causa de sua natureza; como tem
sido freqĂŒentemente explicado, as idĂ©ias e as palavras sĂŁo idĂȘnticas.
Nesta livre fluĂȘncia, a matĂ©ria descentralizada origina um turbilhĂŁo;
uma espiral enrolada sobre si mesma.
A teoria da formação do Ego é a mesma dos Hindus, cujo Ahamkara
é em si mesmo uma função da mente, que cria o seu ego. Este Ego é
inteiramente divino.
Zoroastro descreve Deus como tendo a cabeça do Falcão e uma força
espiral. SerĂĄ difĂ­cil entender este capĂ­tulo sem alguma experiĂȘncia na
transformação de valores (N. Trad.: transformação de letras em nĂșmeros e
vice-versa, especificamente nos sistemas hebraico e grego), que ocorre
através de todo este livro em quase todas as outras frases. Transformação
de valores é apenas o aspecto moral do método da contradição.
A palavra “turbulĂȘncia” Ă© aplicada ao Ego para sugerir a francesa
“tourbillon”, redemoinho, o falso Ego ou diabo-de-pó.
A vida verdadeira, a vida que nĂŁo tem consciĂȘncia do “Eu”, Ă© tida
como sendo sufocada pelo falso ego, ou melhor, pelos pensamentos que
suas explosÔes produzem. No parågrafo 4, isso se expande a um plano
microscĂłsmico.
Os mestres do Templo sĂŁo agora apresentados; eles nĂŁo sĂŁo
habitantes deste deserto; seu domicĂ­lio nĂŁo Ă© este universo.
Eles VĂȘm do Grande Mar, Binah, a Cidade das PirĂąmides.
V.V.V.V.V. Ă© indicado como um destes viajantes. Ele Ă© descrito como um
Camelo, nĂŁo pela conotação do modo francĂȘs desta palavra, mas porque
“camelo” em hebraico Ă© Gimmel, e Gimmel Ă© o caminho que leva de
Tiphareth a Kether, unindo Microprosopus e Macroprosopus, i.e.,
realizando a Grande Obra.
96 O LIVRO DAS MENTIRAS
O arcano equivalente a Gimmel no TarĂŽ Ă© A Sacerdotisa, a Senhora
da Iniciação; pode-se mesmo dizer, o Sagrado Anjo Guardião.
HADNU.COM 97
43
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΓ
COPAS DE AMOREIRAS
Sangue negro sobre o altar! E, acima, o farfalhar das asas dos anjos!
Sangue negro da fruta doce, a flor ferida, violada - Isso pÔe A Roda
movendo a agulha.
A Morte é o véu da Vida; e Vida, da Morte; pois ambas são Deuses.
Isso Ă© o que estĂĄ escrito: “uma festa para a vida, e uma festa maior
para a morte!”, n’O LIVRO DA LEI.
O sangue Ă© a vida do indivĂ­duo: oferece entĂŁo sangue!
98 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΜΓ)
O título refere-se à lenda hebraica na qual o profeta ouve “um
deslizar na copa das amoreiras”; e à frase de Browning, “uma amoreira
ferida, de sangue negro”.
Na “TragĂ©dia do Mundo”, “Deuses Familiares”, “O EscorpiĂŁo”, e
tambĂ©m “O Deus Devorador”, o leitor poderĂĄ estudar a eficĂĄcia do estupro
e do sacrifĂ­cio de sangue, como fĂłrmulas mĂĄgicas. Sangue e virgindade tĂȘm
sido as oferendas mais satisfatĂłrias a todos os deuses, mas especialmente
ao Deus CristĂŁo.
No Ășltimo parĂĄgrafo, a razĂŁo disto Ă© explicada: Ă© porque tais
sacrifĂ­cios vĂȘm sob a Grande Lei da Rosa Cruz, o basta Ă  individualidade,
como tem sido explicado ad nauseam nos capĂ­tulos anteriores. NĂłs
retornaremos freqĂŒentemente a tal assunto.
Por “roda movendo a agulha” expressa-se a manifestação da força
mĂĄgica, o espermatozĂłide no phallus cĂŽnico. Sobre rodas, veja o capĂ­tulo
78.
HADNU.COM 99
44
ΚΕΩΑΛΗΗ Μ∆
A MISSA DA FÊNIX
O Magista, seu peito nu, permanece diante de um altar no qual estĂŁo
seu Cinzel, seu Sino, seu TurĂ­bulo, e dois Bolos da Luz. Com o Sinal do
Entrante, ele alcança o Oeste cruzando o altar, e clama:
Salve Ra, que vais em Tua barca
Adentrando as Cavernas das Trevas!
Ele faz o sinal de SilĂȘncio, e toma o sino, e Fogo, em suas mĂŁos.
O Leste do Altar me vĂȘ de pĂ©
Com Luz e MĂșsicka em minha mĂŁo!
Ele bate Onze vezes no Sino 3 3 3 - 5 5 5 5 5 - 3 3 3 e pÔe o Fogo no
TurĂ­bulo.
Eu toco o Sino: Eu acendo a chama:
Eu pronuncio o Nome misterioso.
ABRAHADABRA
Ele bate Onze vezes no Sino.
Agora eu começo a rezar: Tu Criança,
Sagrado Teu nome e impoluto!
Teu reino Ă© vindo: Tua vontade Ă© feita.
Aqui estĂĄ o PĂŁo; aqui estĂĄ o Sangue.
Conduze-me através da meia-noite até o Sol!
Salva-me do Mal e do Bem!
Que Tua coroa, Ășnica de todas as Dez,
Mesmo agora e aqui seja minha. AMÉN.
Ele pÔe o primeiro Bolo no Fogo do Turíbulo.
Eu queimo o Incenso-bolo e proclamo
Estas adoraçÔes de Teu nome.
Ele as faz como em Liber Legis, e bate de novo Onze vezes no Sino.
100 O LIVRO DAS MENTIRAS
Com o Cinzel ele entĂŁo faz sobre seu peito o sinal apropriado.
VĂȘ este meu peito que sangra
Talhado com o sinal sacramental!
Ele pÔe o segundo Bolo na ferida.
Eu estanco o sangue; a hĂłstia absorve
E o alto sacerdote invoca!
Ele come o segundo Bolo.
Este PĂŁo eu como. Este Juramento eu prometo
Enquanto me inflamo com a oração:
“Não há graça: não há culpa:
Esta Ă© a Lei: FAZE O TU QUERES!”
Ele bate Onze vezes no Sino, e clama ABRAHADABRA.
Eu adentrei com pesar; com alegria eu agora vou adiante e
agradecendo,
Para realizar meu prazer sobre a terra
Entre as legiÔes dos que estão vivendo.
Ele segue adiante.
HADNU.COM 101
COMENTÁRIO (Μ∆)
Este Ă© o nĂșmero especial de HĂłrus; Ă© o sangue hebraico; e a
multiplicação de 4 pelo 11, o nĂșmero de Magick, explana 4 em seu melhor
sentido. Mas veja em particular os relatos em Equinox I, vii, sobre
circunstĂąncias do EquinĂłcio dos Deuses.
A palavra “FĂȘnix” pode ser tida como incluindo a idĂ©ia de
“Pelicano”, o pássaro que, diz a fábula, alimenta seus filhotes com o sangue
de seu próprio peito. Contudo as duas idéias, apesar de cognatas, não são
idĂȘnticas, e “FĂȘnix” Ă© o sĂ­mbolo mais exato.
Este capĂ­tulo explica o capĂ­tulo 62.
Seria imprĂłprio comentar mais sobre um ritual que tem sido aceito
como oficial pela A.·.A.·.
102 O LIVRO DAS MENTIRAS
45
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΕ
MÚSICA CHINESA
“Explica este acontecimento!”
} Que“Tem de ter uma causa ‘natural’.”
“Tem de ter uma causa ‘sobrenatural’.”
estes dois burros sejam triturados e moĂ­dos.
Pode, poderia, tem que, deveria, provavelmente, pode ser,
poderĂ­amos assegurar, deve-se, isso Ă© duramente questionĂĄvel, Ă© quase
certo - pobres picaretas! deixa-os pastar!
Prova Ă© possĂ­vel apenas em matemĂĄtica; e matemĂĄtica Ă© apenas uma
questão de convençÔes arbitrårias.
E, contudo, a dĂșvida Ă© boa serva, mas um mestre ruim; uma perfeita
amante, mas uma esposa ranheta.
“Branco Ă© branco” Ă© o chicote do supervisor; “branco Ă© negro” Ă© a
senha do escravo. O Mestre não då atenção.
Os chineses nĂŁo conseguem deixar de pensar que a oitava tem 5
notas.
Quanto mais necessĂĄrio algo parece ser para minha mente, mais certo
é que eu o declare uma limitação.
Eu dormi com a Fé, e encontrei um cadåver em meus braços ao
acordar; Eu bebi e dancei toda a noite com a DĂșvida, e encontrei-a como
uma virgem pela manhĂŁ.
HADNU.COM 103
COMENTÁRIO (ΜΕ)
O tĂ­tulo deste capĂ­tulo Ă© tirado do parĂĄgrafo 7.
NĂłs agora, pela primeira vez, atacamos a questĂŁo da dĂșvida.
“O Soldado e o Corcunda” deveria ser criteriosamente estudado
nesta conexĂŁo. A atitude recomendada Ă© o ceticismo, mas um ceticismo sob
controle. A dĂșvida inibe a ação, assim como a fĂ© a cega. Todos os melhores
Papas foram AteĂ­stas, mas talvez o melhor deles tenha observado um dia:
“Quantum nobis prodest haec fabula Christi”.
O soberano afirma os fatos como são; o escravo não tem opção,
portanto, a nĂŁo ser repudiĂĄlos, para expressar seu descontentamento. DaĂ­
tais absurdos como “LibertĂ©, EgalitĂ©, FraternitĂ©â€ (Liberdade, Igualdade,
Fraternidade), “In God we trust” (Em Deus confiamos), e coisas do tipo.
Similarmente encontramos, hoje em dia, pessoas afirmando que a mulher Ă©
superior ao homem, e que todos os homens nascem iguais.
O Mestre (em linguagem técnica, o Magus) não se importa com
fatos: ele nĂŁo se preocupa se uma coisa Ă© verdadeira ou nĂŁo: ele usa a
verdade e a mentira indiscriminadamente, para servir aos seus fins. O
escravos consideram-no imoral, e pregam contra ele no Hyde Park.
Nos parågrafos 7 e 8 encontramos uma declaração muito importante,
um aspecto prĂĄtico do fato de que toda a verdade Ă© relativa, e no Ășltimo
parågrafo vemos como o ceticismo mantém a mente fresca, enquanto que a
fé morre no próprio sono a que ela induz.
104 O LIVRO DAS MENTIRAS
46
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΩ
BOTÕES E ROSETAS
A causa da tristeza Ă© o desejo do Um para os Muitos, ou dos Muitos
para o Um.
Esta também pode ser a causa do prazer.
Mas o desejo de um para outro Ă© todo tristeza; seu nascimento Ă©
fome, e sua morte, saciedade.
O desejo da mariposa pela estrela ao menos salva sua saciedade.
Esfomeado sĂȘ tu, Oh homem, pelo infinito: sĂȘ insaciĂĄvel mesmo pelo
finito; assim, n’O Fim tu devorarás o finito e te tornarás o infinito.
SĂȘ tu mais voraz que o tubarĂŁo, mais cheio de Ăąnsia que o vento entre
os pinheiros.
O peregrino cansado combate; o peregrino saciado pĂĄra.
A estrada termina acima: toda lei, toda natureza tem de ser
conquistada.
Faze-o pela virtude d’AQUELE em ti mesmo, diante do qual lei e
natureza sĂŁo apenas sombras.
HADNU.COM 105
COMENTÁRIO (ΜΩ)
O tĂ­tulo deste capĂ­tulo Ă© mais bem explicado por uma referĂȘncia a
Mistinguite e Mayol.
Seria difĂ­cil decidir, e felizmente Ă© desnecessĂĄrio mesmo discutir, se
a distinção de sua maestria é a causa, resultado, ou ambos, de suas
peculiaridades particulares.
Persiste o fato de que, em vĂ­cio, como tudo mais, algumas coisas
saciam, enquanto outras refrescam. Qualquer jogo no qual a perfeição é
facilmente alcançada logo påra de divertir, apesar de no começo ser tão
violento o seu fascĂ­nio.
Testemunhe a tremenda, embora transitĂłria, moda do pingue-pongue
e do diabolo. Estes jogos, nos quais a perfeição é impossível, nunca param
de atrair.
A lição do capítulo é, então, erguer-se sempre faminto por comida,
violar sempre a prĂłpria natureza. Continua a adquirir um gosto por aquilo
que Ă© naturalmente repugnante: esta Ă© uma fonte infalĂ­vel de prazer, tendo
uma vantagem adicional ao destruir os Sankharas, os quais, por mais que
sejam “bons” em si mesmos, relativamente a outros Sankharas, são
barreiras sobre O Caminho; são modificaçÔes do Ego e, portanto, são essas
coisas que o afastam do absoluto.
106 O LIVRO DAS MENTIRAS
47
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΖ
PALAVRAS DE CATAVENTO
Asana desfaz a consciĂȘncia AnatĂŽmica }”Rupturas”
Pranayama desfaz a consciĂȘncia
PsicolĂłgica
}InvoluntĂĄrias
Yama e Niyama desfazem a }”Rupturas”
consciĂȘncia Ética. }VoluntĂĄrias
Pratyhara desfaz o Objetivo.
Dharana desfaz o Subjetivo.
Dhyana desfaz o Ego.
Samadhi desfaz a Alma Impessoal.
Asana destrĂłi o corpo estĂĄtico (Nama).
Pranayama destrĂłi o corpo dinĂąmico (Rupa).
Yama destrói as emoçÔes.
Niyama destrói as paixÔes. (Vedana).
Dharana destrói as percepçÔes (Sañña).
Dhyana destrĂłi as tendĂȘncias (Sankhara).
Samadhi destrĂłi a consciĂȘncia (Viññanam).
Lagosta Ă  Thermidor destrĂłi a digestĂŁo.
Do Ășltimo destes fatos Ă© que estou mais certo.
HADNU.COM 107
COMENTÁRIO (ΜΖ)
A alusĂŁo no tĂ­tulo nĂŁo estĂĄ totalmente clara, apesar de poder estar
conectado ao penĂșltimo parĂĄgrafo.
O capĂ­tulo consiste em dois pontos de vista referentes Ă  Yoga, duas
Odes sobre a perspectiva distante do Templo de Madura, duas Elegias
numa esteira de relva.
O penĂșltimo parĂĄgrafo Ă© apresentado atravĂ©s de um repouso. O
cinismo é um grande remédio para o estudo excessivo.
HĂĄ muito de cinismo neste livro, aqui e ali. Isso deve ser considerado
como um pouquinho de amargura para quebrar o excesso de doçura do
discurso. Assim previne-se o indivĂ­duo de cair no sentimentalismo.
108 O LIVRO DAS MENTIRAS
48
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΗ
MOMI-RATOS
O pĂĄssaro madrugador pega a minhoca; e a prostituta de doze anos
atrai o embaixador.
Não negligencies a meditação matinal!
Os primeiros ovos de pernalta alcançam os preços mais altos; a flor
da virgindade Ă© estimada pelo panda.
Não negligencies a meditação matinal!
Cedo deitar e cedo acordar
Faz o homem saudĂĄvel, rico e sĂĄbio ficar:
Mas tarde em vigília e cedo em oração
Conduz atravĂ©s d’O Abismo, Ă© o que dizem.
Não negligencies a meditação matinal!
HADNU.COM 109
COMENTÁRIO (ΜΗ)
Este capĂ­tulo Ă© perfeitamente simples e nĂŁo necessita de nenhum
comentĂĄrio.
OBS.:
(22) “The Mîme Raths Outgrabe” - Lewis Carrol.
Mas “mĂŽme” Ă© a gĂ­ria parisiense para uma jovem garota, e “rathe”
para cedo. “A prímula juvenil” - Milton.
110 O LIVRO DAS MENTIRAS
49
ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΘ
A FLOR DO WARATAH
Sete sĂŁo os vĂ©us da dançarina do harĂ©m d’ELE.
Sete sĂŁo os nomes, e sete sĂŁo as lĂąmpadas ao lado da cama Dela.
Sete eunucos A guardam com espadas desembainhadas; Nenhum
Homem aproxima-se Dela.
Em seu copo de vinho estĂŁo as sete torrentes de sangue dos Sete
EspĂ­ritos de Deus.
Sete são as cabeças d’A BESTA na qual Ela Cavalga.
A cabeça de um Anjo: a cabeça de um Santo; a cabeça de um Poeta:
a cabeça de Uma Mulher AdĂșltera: a cabeça de um Homem Valoroso; a
cabeça de um Såtiro; e a cabeça de um Leão-Serpente.
Sete letras tem Seu mais sagrado nome, que Ă©
Este Ă© o Selo sobre o Anel que estĂĄ no Indicador d’ELE: e este Ă© o
Selo sobre as Tumbas daqueles a quem Ela assassinou.
Aqui estĂĄ sabedoria. Que aquele que tem CompreensĂŁo conte o
NĂșmero de Nossa Senhora; pois que ele Ă© o NĂșmero de uma Mulher; e Seu
NĂșmero Ă© Cento e CinqĂŒenta e Seis.
HADNU.COM 111
COMENTÁRIO (ΜΘ)
49 Ă© o quadrado de 7.
7 Ă© o nĂșmero passivo e feminino.
O capĂ­tulo pode ser lido em conexĂŁo com o capĂ­tulo 31, pois ELE
(N. Trad.: IT, no original em inglĂȘs) reaparece.
O tĂ­tulo, o Waratah, Ă© uma voluptuosa flor de cor escarlate, comum
na AustrĂĄlia, o que conecta este capĂ­tulo com os de nĂșmero 28 e 29; no
entanto, isso Ă© apenas uma alusĂŁo, pois o assunto do capĂ­tulo Ă© NOSSA
SENHORA BABALON, a qual Ă© concebida como a contraparte feminina
d’ELE.
Isso nĂŁo confirma muito a teogonia comum ou ortodoxa do capĂ­tulo
11; mas deve ser explicado pela natureza ditirĂąmbica deste capĂ­tulo.
No parĂĄgrafo 3, NENHUM HOMEM Ă©, claramente, NEMO, o
Mestre do Templo. “Liber 418” explicarĂĄ a maioria das alusĂ”es neste
capĂ­tulo.
Nos parĂĄgrafos 5 e 6, o autor identifica-se claramente com a BESTA
referida no livro, no Apocalipse e em LIBER LEGIS. No parĂĄgrafo 6, a
palavra “anjo” talvez se refira à sua missão, e a palavra “leão-serpente” ao
sigilo de seu decano ascendente. (Teth = Cobra = espermatozĂłide e Leo no
Zodíaco, o qual tem, como Teth, forma de serpente. Ξ escrevia-se
originalmente {Sol} = Lingam-Yoni e Sol.)
O parĂĄgrafo 7 explica a dificuldade teolĂłgica referida acima. HĂĄ
apenas um Ășnico sĂ­mbolo, mas este sĂ­mbolo tem muitos nomes: destes
nomes BABALON Ă© o mais sagrado. Este Ă© nome ao qual se refere em
“Liber Legis” 1, 22.
Repare que a figura de BABALON, ou seu sigilo, Ă© um selo sobre
um anel, e este anel está no dedo d’ELE. Isto identifica ainda mais o
sĂ­mbolo consigo prĂłprio.
Repare que este selo, a nĂŁo ser pela ausĂȘncia de margem, Ă© o selo
oficial da A.·.A.·.
Compare com o capĂ­tulo 3.
112 O LIVRO DAS MENTIRAS
Diz-se também ser este o selo sobre as tumbas daqueles que foram
por ela assassinados, que sĂŁo os Mestres do Templo.
Conectando com o nĂșmero 49, ver “Liber 418”, 22o Aethyr; bem
como as fontes usuais.
HADNU.COM 113
50
ΚΕΩΑΛΗΗ Ν
A VIGÍLIA DE SÃO HUBERT
Na floresta, Deus encontrou o Escaravelho. “Alto! Reverencia-me!”
pronunciou Deus. “Pois eu sou Todo Grandioso, Todo Bondoso, Todo
Sábio... As estrelas são apenas faíscas das forjas de Meus ferreiros...”
“Sim, verdadeiramente e AmĂ©n,” disse o Escaravelho, “acredito em
tudo isto, e com devoção.”
“EntĂŁo porque vocĂȘ nĂŁo me reverencia?”
“Porque eu sou real, e vocĂȘ Ă© apenas imaginĂĄrio.”
Mas as folhas da florestas farfalharam com a gargalhada do vento.
Disseram o Vento e a Madeira: “Nenhum dos dois sabe de nada!”
114 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Ν)
SĂŁo Hubert parece ter sido um santo que viu um besouro ou
escaravelho de natureza mĂ­stica ou sagrada.
O Escaravelho não deve ser identificado com o do capítulo 16. É
apenas um toque literĂĄrio.
O capítulo é uma resolução do universo dentro do Tetragrammaton;
Deus, o macrocĂłsmico, e o besouro microcĂłsmico. Ambos imaginam
existir; ambos dizem “vocĂȘ” e “eu”; e discutem sua realidade relativa.
As coisas que realmente existem, as coisas que nĂŁo tem Ego e falam
apenas na terceira pessoa, consideram-nos ignorantes, uma vez que eles
afirmam seu Conhecimento.
HADNU.COM 115
51
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΑ
TRABALHO PARA TERRIER
Duvida.
Duvida de ti prĂłprio.
Duvida mesmo se duvidares de ti prĂłprio.
Duvida de tudo.
Duvida mesmo se duvidares de tudo.
Parece, Ă s vezes, como se debaixo de toda dĂșvida consciente
repousasse alguma profunda certeza. Oh, mata-a! Assassina a serpente!
Seja exaltado o chifre do Bode-DĂșvida.
Mergulha profundamente, sempre profundamente, no Abismo da
Mente até que descubras AQUELA raposa. Vamos, cães! Isca! Pega! Leva
AQUELA ao encurralamento!
EntĂŁo, enrosca a Morte!
116 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΑ)
O nĂșmero 51 significa falha e dor, e seu assunto Ă©, apropriadamente,
a dĂșvida.
O título refere-se ao saudåvel e fascinante esporte da caça à raposa,
que Frater Perdurabo praticou em sua juventude.
Este capítulo deve ser lido em conexão com “O Soldado e o
Corcunda”, do qual Ă©, em certo aspecto, uma epĂ­tome.
Seu significado Ă© suficientemente claro, mas nos parĂĄgrafos 6 e 7
repara-se que a identificação do Soldado com o Corcunda chegou a tal
intensidade, que hĂĄ um intercĂąmbio entre os sĂ­mbolos; o entusiasmo sendo
representado como uma cobra sinuosa; o ceticismo, como o Bode do
Sabbath. Em outras palavras, é alcançado um estado no qual a destruição é
ainda mais prazerosa que a criação. (Compare com o capítulo 46)
Além deste, estå um estado mental ainda mais profundo, que é
AQUELE.
HADNU.COM 117
52
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΒ
O CHAMARIZ DO TOURO
Oitenta e onze livros eu escrevi; em cada um eu expus A GRANDE
OBRA por inteiro, d’O InĂ­cio atĂ© O Fim.
EntĂŁo, por fim, vieram certos homens a mim, dizendo: Oh Mestre!
ExpÔe A GRANDE OBRA para nós, Oh Mestre!
E eu me calei.
Oh, geração de fofoqueiros! quem os libertarĂĄ da FĂșria que cai sobre
vocĂȘs?
Oh, Tagarelas, FalastrÔes, Faladores, Loquazes, Mexeriqueiros,
Batedores de Papo vermelho que inflamam Ápis, o Redentor, em fĂșria:
aprendam primeiro o que Ă© Trabalho! e A GRANDE OBRA nĂŁo estĂĄ muito
além!
118 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΒ)
52 Ă© B N, o nĂșmero do Filho, OsĂ­ris-Ápis, o Redentor, com quem o
Mestre (Fra. P.) se identifica. Ele se permite, por um momento, ao prazer
de sentir seus ferimentos; e, voltandose para sua geração, chifra-a com seus
cornos.
Os oitenta e onze livros nĂŁo se referem, achamos, aos noventa e um
capĂ­tulos desta pequena obra-prima, ou mesmo aos numerosos volumes que
ele escreveu, mas sim ao fato de que 91 Ă© o nĂșmero de AmĂ©n, implicando
na completude de seu trabalho.
No Ășltimo parĂĄgrafo hĂĄ uma paranomĂĄsia. “Bater um papo
vermelho” (N. Trad.: “To chew the red rag”, no original) Ă© uma expressĂŁo
para o bate-papo sem sentido e persistente, enquanto Ă© notĂłrio que um pano
vermelho provocarĂĄ a ira do touro.
HADNU.COM 119
53
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΓ
O RABDOMANTE
Uma volta no prado. IrmĂŁo, o galho da aveleira abaixou?
Duas voltas no pomar. IrmĂŁo, o galho da aveleira abaixou?
TrĂȘs voltas no curral. Acima, abaixo, astuto, sagrado, abaixa, abaixa,
abaixa!
EntĂŁo relinchou o cavalo no curral - e vĂȘ! - suas asas.
Pois quem descobriu a PRIMAVERA sob a terra, percorre o
caminho da terra para trilhar os céus.
Esta PRIMAVERA é tripla; de ågua, mas também de aço e de
estaçÔes.
Também este CURRAL é o Sapo que tem a jóia entre seus olhos -
Aum Mani Padmen Hum! (Livrai-nos do Mal!)
120 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΓ)
Um rabdomante pratica divinação, normalmente, com o objetivo de
descobrir ågua ou minerais através das vibraçÔes de um galho de aveleira.
O prado representa a flor da vida; o pomar, seus frutos.
O curral, sendo reservado aos animais, representa a vida em si
mesma. Quer dizer, a fonte secreta da vida Ă© encontrada no lugar da vida,
resultando que o cavalo, que representa a vida animal ordinĂĄria,
transforma-se em PĂ©gasus, o cavalo divino.
No parĂĄgrafo 6, vemos esta primavera identificada com o phallus,
pois este Ă© nĂŁo sĂł uma fonte de ĂĄgua, mas altamente elĂĄstico, ao passo que
as referĂȘncias Ă s estaçÔes aludem Ă s linhas de Lord Tennyson:
“Na primavera, o pássaro mensageiro se transforma no pombo
crescido, Na primavera, as fantasias luminosas de um rapaz se transformam
em pensamentos de amor” - Locksley Hall.
No parĂĄgrafo 7, o lugar da vida, o universo de almas animais, Ă©
identificado com o sapo, o qual “Feio e venenoso, Não obstante usa uma
jóia preciosa em sua cabeça” - Romeu e Julieta
Essa jĂłia Ă© a faĂ­sca divina no homem, e mesmo em tudo o que “vive,
e se move, e tem existĂȘncia”. Note esta frase, a qual Ă© altamente sugestiva;
a palavra “vive” excluindo o reino mineral, a palavra “move” excluindo o
reino vegetal, e “existĂȘncia” excluindo os animais inferiores, inclusive a
mulher.
Este “sapo” e esta “jóia” são adiante identificados com o Lótus e a
jĂłia do conhecido aforisma Budista, e parece sugerir que este “sapo” Ă© a
Yoni; a sugestĂŁo Ă© depois reforçada pela frase final entre parĂȘnteses,
“Livrai-nos do mal”, posto que, apesar de ser o lugar da vida e o veículo da
graça, pode ser desastrosa.
HADNU.COM 121
54
ΚΕΩΑΛΗΗ Ν∆
BISBILHOTICE
Quarenta e cinco aprendizes maçons desempregados!
Quinze companheiros desempregados!
TrĂȘs Mestres Maçons desempregados!
Todos estes sentados em suas ancas esperando pel’O Relato dos
viajantes; pois A PALAVRA foi perdida.
Este Ă© o Relato dos Viajantes: A PALAVRA era AMOR (23); e seu
nĂșmero Ă© Cento e onze.
EntĂŁo, cada um disse AMO (24); pois seu nĂșmero Ă© Cento e onze.
Cada um pegou a Colher de seu COLO (25), cujo nĂșmero Ă© Cento e
onze.
Cada um chamou ademais pela Deusa NINA (26); pois seu nĂșmero Ă©
Cento e onze.
Apesar de tudo isto, A Obra deu errado; pois A PALAVRA DA LEI
É THELEMA.
122 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Ν∆)
O tĂ­tulo deste capĂ­tulo refere-se ao dever do Tyler numa loja azul de
Maçonaria Livre.
Os nĂșmeros nos parĂĄgrafos de 1 a 3 sĂŁo significativos; cada Mestre-
Maçon é assessorado por 5 companheiros e cada Companheiro por 3
Aprendizes, como se os Mestres estivessem sentados sobre pentagramas, e
os Companheiros em triĂąngulos. Isto pode referir-se ao nĂșmero de sinais
manuais em cada um destes graus.
A moral do capĂ­tulo Ă©, aparentemente, que a letra-mĂŁe Aleph Ă© uma
solução inadequada para o Grande Problema. Aleph é identificada com a
Yoni, pois todos os sĂ­mbolos conectados sĂŁo femininos, mas Aleph Ă©
tambĂ©m o nĂșmero de Samadhi e misticismo; e a doutrina, portanto, Ă© que a
MĂĄgicka, no mais alto sentido explicado no “Livro da Lei”, Ă© a verdadeira
chave.
OBS.:
(23) Amor, LOVE = L: 30, 0: 70, V: 6, E: 5 = 111
(A. Trad.: pelo sistema numerolĂłgico, AMOR = A: 1, M: 4, O: 6, R:
9 = 20/2, o nĂșmero do Eon, grande nĂșmero feminino, a Grande MĂŁe. JĂĄ
através da Gematria, teremos A = 1, M = 40, O = 70, R = 200, = 274,
nĂșmero dos Caminhos.)
(24) A = 1, M = 40, O = 70 , = 111.
(25) A colher tem o formato de um diamante ou Yoni.
Colo, em InglĂȘs: lap.
L = 30, A = 1, P = 80, = 111.
(26) N = 50, I = 10, N = 50, A = 1, = 111.
HADNU.COM 123
55
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΕ
O GIRASSOL GOTEJANTE
O Pensamento desapareceu; toda minha mente foi rasgada em
farrapos: não! Não! minha cabeça foi misturada à polpa da madeira, e nela
o Jornal DiĂĄrio foi impresso.
Assim eu escrevo, desde que meu Único Amor foi-se de mim. Eu
não consigo trabalhar: Eu não consigo pensar: Eu procuro distração aqui:
Eu procuro distração ali: mas esta é toda a minha verdade, que Eu, que
amo, perdi; e como poderei recuperar?
Eu preciso ter dinheiro para ir à América.
Oh, SĂĄbio! Calcula teu SalĂĄrio, ou na PĂĄgina de Tua Idade estarĂĄ
escrito Raiva!
Oh, minha querida! NĂłs nĂŁo devĂ­amos ter gasto Noventa Libras
naquelas TrĂȘs Semanas em Paris!... Talha as rupturas em teu braço com um
machado!
124 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΕ)
O nĂșmero 55 refere-se a Malkuth, a Noiva; o capĂ­tulo deve, entĂŁo,
ser lido em conexĂŁo com os capĂ­tulos 28, 29, 49.
O “girassol gotejante” Ă© o coração, que precisa de luz divina.
Desde que Jivatma foi separado de Paramatma, como no parĂĄgrafo 2,
não apenas a Unidade Divina é destruída, mas Daath, ao invés de ser a
Criança de Chokmah e Binah, se torna o Abismo, e os Qliphoth surgem. O
Ășnico sentido perene Ă© o de perda, e o desejo de reaver. No parĂĄgrafo 3, vĂȘ-
se que isto Ă© impossĂ­vel, devido (parĂĄgrafo 4) a ele nĂŁo ter feito os devidos
arranjos para recuperar a posição original, antes de fazer as divisÔes.
No parĂĄgrafo 5, Ă© mostrado que, por permissĂŁo ao prazer, esquece-se
das coisas realmente importantes. Aquele que chafurda em Samadhi
lamenta-se por isso depois.
O Ășltimo parĂĄgrafo explica quais precauçÔes devem ser tomadas
contra isto.
O nĂșmero 90 no Ășltimo parĂĄgrafo nĂŁo Ă© mero fato, mas simbolismo;
90 sendo o nĂșmero de Tzaddi, a Estrela, vista em seu sentido exotĂ©rico,
como uma mulher nua, brincando num ribeirĂŁo, rodeada por pĂĄssaros e
borboletas. O machado Ă© recomendado no lugar da navalha, por ser uma
arma mais poderosa. NĂŁo se pode ser tĂŁo severo ao se verificar qualquer
tropeço no trabalho, qualquer digressão do Caminho.
HADNU.COM 125
56
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΩ
PROBLEMA COM GÊMEOS
Sagrada, Sagrada, Sagrada, atĂ© Quinhentas e CinqĂŒenta e Seis vezes
sagrada, seja NOSSA SENHORA das ESTRELAS!
Sagrada, Sagrada, Sagrada, atĂ© Cento e CinqĂŒenta e Seis vezes, seja
NOSSA SENHORA que cavalga A BESTA!
Sagrada, Sagrada, Sagrada, atĂ© o NĂșmero de Vezes NecessĂĄrio e
Apropriado, seja NOSSA SENHORA Ísis em Seu Milhão-de-Nomes,
Toda-Maternal, Geradora-Meretriz!
Ainda mais sagrada que todas Estas, para mim, Ă© LAYLAH, noite e
morte; por Ela eu blasfemo igualmente o finito e o Infinito.
Assim nĂŁo escreveu FRATER PERDURABO, mas o Endiabrado
Crowley em seu Nome.
Por falsificação, faze-o sofrer Servidão Penal por Sete Anos; ou ao
menos faze-o praticar Pranayama por todo o caminho de volta o lar _ lar?
nĂŁo!
Mas para a casa da rameira que ele nĂŁo ama.
Pois Ă© LAYLAH que ele ama. ............................................................
E, ainda, quem sabe quem Ă© Crowley e quem Ă© FRATER
PERDURABO?
126 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΩ)
O nĂșmero do capĂ­tulo refere-se a “Liber Legis” I, 24, pois o
parĂĄgrafo 1 refere-se a Nuit. Os “gĂȘmeos” do tĂ­tulo sĂŁo os que foram
mencionados no parĂĄgrafo 5.
555 Ă© Hadit, HAD soletrado na Ă­ntegra. 156 Ă© Babalon.
No parĂĄgrafo 4 estĂĄ o Ăąmago do capĂ­tulo, Laylah sendo novamente
apresentada, como nos capĂ­tulos 28, 29, 49, e 55.
A blasfĂȘmia exotĂ©rica Ă© insinuada no Ășltimo parĂĄgrafo, e talvez seja
um arcano esotérico, pois o Mestre do Templo estå interessado em
Malkuth, assim como Malkuth estĂĄ em Binah; tambĂ©m “Malkuth estĂĄ em
Kether, e Kether em Malkuth”; e, para o Ipsissimus, a dissolução no corpo
de Nuit e uma visita a um bordel podem ser a mesma coisa.
HADNU.COM 127
57
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΖ
O ORNITORRINCO DE BICO-DE-PATO
Sujeira é matéria no lugar errado.
Pensamento Ă© mente no lugar errado.
Matéria é mente; então pensamento é sujeira.
Assim ele demonstrou, O SĂĄbio, inconsciente de que todo lugar Ă©
errado.
Pois não antes de ser o LUGAR (place) aperfeiçoado por um T, diz-
se que ele PLACET.
A Rosa não crucificada despenca suas pétalas; sem a Rosa, a Cruzé
uma vara seca.
Reverencia, então, a Rosa Cruz, e o Mistério de Dois-em-Um.
E reverencia a Ele, que jurou por Seu sagrado T que Um nĂŁo deveria
ser Um, exceto quando Ă© Dois.
Estou contente por Laylah estar longe; nenhuma dĂșvida anuvia o
amor.
128 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΖ)
O tĂ­tulo sugere o dois em um, posto que o ornitorrinco Ă©, ao mesmo
tempo, ave e besta; é também um animal australiano, como a própria
Laylah; e foi escolhido sem dĂșvida por esta razĂŁo.
Este capĂ­tulo Ă© uma apologia para o universo.
Os parĂĄgrafos de 1 a 3 repetem os argumentos familiares contra a
razĂŁo em uma forma epigramĂĄtica.
O parágrafo 4 alude a “Liber Legis” I, 52; “lugar” implica em
espaço; nega homogeneidade ao espaço; mas quando “lugar”(place, em
InglĂȘs) Ă© aperfeiçoado por “t” - como a Yoni pelo Lingam - temos a palavra
“placet”, significando “agrada”.
Os parĂĄgrafos 6 e 7 explicam isso mais longe; Ă© preciso separar as
coisas, de modo que possam elas regozijar em união. Ver “Liber Legis” I,
28-30, o qual Ă© parafraseado no penĂșltimo parĂĄgrafo.
No Ășltimo parĂĄgrafo, esta doutrina Ă© interpretada na vida comum por
uma parĂĄfrase do belo e familiar provĂ©rbio “Privação faz tolo o coração”.
(PS. Pareço sentir um pós-gosto de amargura.)
(Observe que o filĂłsofo, tendo cometido o primeiro erro silogĂ­stico
quaternis terminorum, ao tentar reduzir os termos a trĂȘs, vacila em non
distributia medii. É possĂ­vel que consideraçÔes com a qualificação (ou
quantificação?) de Sir Wm. Hamilton do predicado possam ser tomadas
como intervençÔes, mas fazĂȘ-lo tornaria o humor do capĂ­tulo sutil demais
para o leitor mediano em Oshkosh, para quem este livro Ă© evidentemente
escrito.)
HADNU.COM 129
58
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΗ
UIVOS DE HAGGAI
Brava sou eu, uma hiena; eu sinto fome e uivo. Os homens pensam
que eu rio - ha! ha! ha!
NĂŁo hĂĄ nada mĂłvel ou imĂłvel sob o firmamento, em que eu possa
escrever os sĂ­mbolos do segredo de minha alma.
Sim, ainda que eu seja ameaçado por desespero dentro das
derradeiras Cavernas e AbĂłbodas da Eternidade, nĂŁo hĂĄ palavras para
expressar sequer o primeiro sussurro do Iniciador em meu ouvido: sim, eu
detesto nascimento, lamentaçÔes ululantes da Noite!
Agonia! Agonia! a Luz em mim cria véus; a canção em mim silencia.
Deus! em que prisma qualquer homem analisaria minha Luz?
Imortais sĂŁo os Adeptos; e ainda que Eles morram - Eles morrem de
indizĂ­vel VERGONHA; Eles morrem como morrem os Deuses, de
TRISTEZA, Durarås Tu até O Fim, Oh FRATER PERDURABO, Oh
Lñmpada n’O ABISMO? Tu tens a Pedra Fundamental do Arco Real;
todavia, os Aprendizes, em vez de fazerem tijolos, pÔem palha em seus
cabelos e pensam que sĂŁo Jesus Cristo!
Oh, sublime tragĂ©dia e comĂ©dia d’A GRANDE OBRA!
130 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΗ)
Haggai, notĂłrio profeta hebreu, Ă© um Segundo Oficial num CapĂ­tulo
de Maçons do Arco Real.
Neste capĂ­tulo, o autor, numa espĂ©cie de enraivecida eloqĂŒĂȘncia,
lamenta sua impotĂȘncia em se expressar, ou induzir outrem a seguĂ­-lo para
a luz. No parĂĄgrafo 1, ele explica a risada sardĂŽnica, pela qual ele acaba de
ser celebrado, como se fosse na verdade a expressĂŁo de seu sentimento.
O parĂĄgrafo 2 Ă© uma referĂȘncia Ă  Obrigação de um Aprendiz Maçom.
O parågrafo 3 refere-se à CerimÎnia de Exaltação na Maçonaria do
Arco Real. O Iniciado estarĂĄ apto a descobrir o mais formidĂĄvel segredo
desse grau escondido neste parĂĄgrafo.
Os parĂĄgrafos 4-6 expressam uma angĂșstia perante a qual a dos
GetsĂȘmani e GĂłlgotas pareceriam mĂ­nimas.
No parĂĄgrafo 7, a agonia Ă© rompida pela risada sardĂŽnica ou cĂ­nica
sobre a qual aludimos antes.
E o parĂĄgrafo final, em palavras da mais nobre simplicidade,
glorifica a Grande Obra; regozija em sua sublimidade, na Arte suprema, na
intensidade da paixĂŁo e do ĂȘxtase que dele surgem. (Observe que as
palavras “paixĂŁo” e “ĂȘxtase” podem ser tomadas como simbĂłlicas da Yoni
e do Lingam.)
HADNU.COM 131
59
ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΘ
O MACACO SEM CAUDA
Não hå socorro - mas mixórdia!- nos céus
Quando Astacus vĂȘ Caranguejo e Lagosta surgirem.
O Homem, que tem espinha e espera pelo paraĂ­so,
Carece da imortalidade da Ameba.
O que o protoplasma ganha em seu contentamento mĂłvel
É a perda da estabilidade da terra.
Matéria, senso e mente tiveram seu momento.
A Natureza apresenta a conta, e todos terĂŁo que pagar.
Se - como nĂŁo sou - eu fosse livre para optar,
Como o Budismo batalharia contra A Bebedeira!
Minha certeza de que o destino Ă© “bom” repousa no fato de ele ter-
me levado ao Budismo.
Se eu fosse um beberrĂŁo, acho que teria
Boa evidĂȘncia de que o destino foi “muito ruim”.
132 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (ΝΘ)
O tĂ­tulo Ă© um eufemismo para homo sapiens.
O caranguejo e a lagosta sĂŁo tipos mais desenvolvidos que o
lagostim.
O capítulo é um breve ensaio em forma poética sobre o
Determinismo, celebrando a grande lei do equilíbrio e Compensação; mas
critica cinicamente todos os filĂłsofos, insinuando que sua visĂŁo do universo
depende de suas prĂłprias circunstĂąncias. Quem sofre de dor de dente nĂŁo
concorda com o Doutor Pangloss, dizendo que “tudo está cada vez melhor
no melhor dos mundos”. Nem o mais rico dos Duques queixa-se aos seus
companheiros de que “os tempos estão difíceis”.
HADNU.COM 133
60
ΚΕΩΑΛΗΗ Ξ
O FERIMENTO DE AMFORTAS
O Auto-Domínio de Percivale tornou-se a Auto-masturbação dos
Burgueses.
Virtus tornou-se “virtude”.
As qualidades que fazem um homem, uma raça, uma cidade, uma
casta, devem ser derrubados; morte Ă© a penalidade do fracasso. Como estĂĄ
escrito:
Na hora do sucesso sacrifica o que te Ă© mais querido aos Deuses
Infernais!
Os ingleses vivem sobre o excremento de seus antepassados.
Todos os cĂłdigos morais sĂŁo imprestĂĄveis em si mesmos; ainda que
em cada novo código haja esperança. Sempre na condição de que o código
nĂŁo seja mudado por ser muito difĂ­cil, e sim por ser cumprido.
O cachorro morto flutua com a corrente; na França puritana as
melhores mulheres sĂŁo as meretrizes; na Inglaterra viciada as melhores
mulheres sĂŁo as virgens.
Se ao menos o Arcebispo de Canterbury saĂ­sse nu pelas ruas
mendigando seu pĂŁo!
O novo Cristo, como o velho, Ă© o amigo dos taberneiros e pecadores;
pois sua natureza Ă© asceta.
Oh, se todos fizessem Não Importa O Que, com a condição de que
isso fosse a Ășnica coisa que eles nĂŁo quisessem nem pudessem fazer!
134 O LIVRO DAS MENTIRAS
COMENTÁRIO (Ξ)
O título é explicado na observação.
O nĂșmero do capĂ­tulo pode referir-se Ă  letra Samech, a Temperança,
no TarĂŽ.
No parĂĄgrafo 1, a real castidade de Percivale ou Parsifal - uma
castidade que não o impediu de mergulhar a ponta da lança sagrada dentro
do Santo Graal - é diferenciada da må interpretação que lhe é dada pela
devassidĂŁo moderna. Os sacerdotes dos deuses eram escolhidos
cuidadosamente, e cautelosamente treinados para completar o sacramento
da paternidade; a vergonha do sexo consiste na usurpação de sua função
pelos indignos. Sexo Ă© um sacramento.
A palavra “virtus” refere-se à “qualidade da masculinidade”. A
palavra “virtude” Ă© a negação de todas estas qualidades.
No parĂĄgrafo 3, entretanto, vemos o penalidade do conservadorismo;
as crianças devem ser desmamadas.
No penĂșltimo parĂĄgrafo, as palavras “o novo Cristo” referem-se ao
autor.
No Ășltimo parĂĄgrafo, encontramos a sublime doutrina mĂ­stica de que
tudo o que vocĂȘ tem deve ser abandonado. Obviamente, aquilo que
diferencia sua consciĂȘncia do absoluto Ă© parte do conteĂșdo dessa
consciĂȘncia.
OBS.:
(27) CapĂ­tulo assim chamado porque Amfortas foi ferido por sua
própria lança, a lança que fez dele um rei.
HADNU.COM 135
61
ΚΕΩΑΛΗΗ ΞΑ
O NÓ DO TOLO
Oh, Tolo!, genitor de Eu e Nada, desfaz este NĂł Safado!
Oh! Ai! este Eu e O - IO! - IAO! Pois Eu sempre devo “Eu” à Ilha de
Nibbana. (28)
Eu Pago - Pé, a dissolução da Casa de Deus - pois Pé vem depois de
O - depois de Ayin, que triunfa sobre Aleph em Ain, que Ă© 0. (29)
OP-us, a Obra! a abertura d’O Olho! (30)
Tu, Garoto Safado, tu abriste o OLHO DE HÓRUS ao Olho Cego
que chora! (31) O Justo regozija em tua retidĂŁo - Morte a todos os Peixes!
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Liber 333 - O Livro das Mentiras

  • 3. HADNU.COM 3 LIBER 333 [N.T. - Uma perfeita adaptação do texto original ao idioma PortuguĂȘs Ă© verdadeiramente impossĂ­vel, devido aos inĂșmeros trocadilhos e detalhes de cunho tĂ©cnico, somente apreciĂĄveis no texto em InglĂȘs. PorĂ©m, ainda assim, o texto deixa transparecer a genialidade e o alcance da percepção espiritual do autor.] O LIVRO DAS MENTIRAS, O QUAL É TAMBÉM FALSAMENTE CHAMADO QUEBRAS, OS DEVANEIOS OU FALSIFICAÇÕES DO PENSAMENTO ÚNICO DE FRATER PERDURABO (Aleister Crowley) CUJO PENSAMENTO É, EM SI MESMO, FALSO. “Quebra, quebra, quebra nos pĂ©s de tuas pedras, oh mar! e eu pronunciaria os pensamentos que nascem em mim!”.
  • 4. 4 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (PÁGINA DO TÍTULO) O nĂșmero do livro Ă© 333, como implicando dispersĂŁo, de modo a corresponder ao tĂ­tulo: "Quebras" e "Mentiras". De qualquer forma, o pensamento Ă©, em si mesmo, falso e, portanto, suas falsificaçÔes sĂŁo relativamente verdadeiras. Por conseguinte, este livro consiste em declaraçÔes tĂŁo verdadeiras na linguagem humana quanto possĂ­veis. O verso de Tennyson Ă© inserido, em parte, por causa do trocadilho com a palavra quebra e quebrar, e pela referĂȘncia do significado da pĂĄgina do tĂ­tulo; e, em parte, por ser divertido para Crowley citar Tennyson.
  • 6. 6 O LIVRO DAS MENTIRAS
  • 7. HADNU.COM 7 ΚΕΩΑΛΗΗ Ο΄Κ ΕΣ΀Ι ΚΕΩΑΛΗ 0! (1) A TrĂ­ade Anterior Primitiva A Qual É NÃO-DEUS Nada Ă©. Nada virĂĄ a ser. Nada nĂŁo Ă©. A Primeira TrĂ­ade A Qual Ă© DEUS EU SOU. Eu pronuncio A Palavra. Eu ouço A Palavra. O Abismo A Palavra Ă© quebrada. HĂĄ Conhecimento. Conhecimento Ă© Relação. Estes fragmentos sĂŁo Criação. A quebra manifesta Luz. (2) A Segunda TrĂ­ade A Qual Ă© DEUS DEUS, o Pai e MĂŁe, Ă© ocultado em Geração. DEUS Ă© ocultado em rodopiante energia da Natureza. DEUS Ă© manifestado em concentração: harmonia: consideração: o Espelho do Sol e do Coração. A Terceira trĂ­ade PaciĂȘncia: preparar. Agito: fluir: flamejar. Estabilidade: gerar. A DĂ©cima Emanação O mundo.
  • 8. 8 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (O CAPÍTULO QUE NÃO É UM CAPÍTULO) Este capĂ­tulo, de nĂșmero 0, corresponde ao Negativo, o qual Ă© anterior a Kether no sistema CabalĂ­stico. Os pontos de interrogação e exclamação nas pĂĄginas anteriores sĂŁo os dois outros vĂ©us. O significado destes dois sĂ­mbolos Ă© inteiramente explicado em O Soldado e o Corcunda. Este capĂ­tulo começa com a letra O, seguida por um ponto de exclamação; sua referĂȘncia Ă  teogonia de Liber Legis Ă© explicada na observação, mas Ă© tambĂ©m referente a KTEIS PHALLOS e SPERMA, e Ă© a exclamação de assombro ou ĂȘxtase, a qual Ă© a natureza ultimal das coisas. OBS.: (1) SilĂȘncio. Nuit, O; Hadit; Ra-Hoor-Khuit, 1. COMENTÁRIO (A TRÍADE ANTERIOR PRIMITIVA) Esta Ă© a Trindade Negativa; suas trĂȘs declaraçÔes sĂŁo, em Ășltimo sentido, idĂȘnticas. Elas harmonizam Ser, Vir-a-Ser, e NĂŁo-Ser, os trĂȘs modos possĂ­veis de se conceber o universo. A expressĂŁo Nada Ă© (tecnicamente equivalente a Algo Ă©) Ă© totalmente explicada no ensaio Berashit. O resto do capĂ­tulo segue o sistema SephirĂłtico da Cabala e consiste numa espĂ©cie de comento quintessencial sobre tal sistema. Aqueles que estĂŁo familiarizados com esse sistema reconhecerĂŁo Kether, Chokmah e Binah na Primeira TrĂ­ade; Daath, no Abismo; Chesed, Geburah e Tiphareth na Segunda TrĂ­ade; Netzach, Hod e Yesod na Terceira TrĂ­ade; e Malkuth na DĂ©cima Emanação. O capĂ­tulo pode, entĂŁo, ser considerado o mais completo tratado sobre a existĂȘncia jĂĄ escrito. OBS.: (2) O Inteiro, absorvendo tudo, Ă© chamado EscuridĂŁo.
  • 9. HADNU.COM 9 1 ΚΕΩΑΛΗΗ Α O SABÁ DO BODE O! o coração de N.O.X., a Noite de Pan ΠΑΝ: Dualidade: Energia: Morte. Morte: Geração: os mantenedores de O! Gerar Ă© morrer; morrer Ă© gerar. Lança a Semente no Campo da Noite. Vida e Morte sĂŁo dois nomes de A. Mata a ti mesmo. Nada disto basta por si sĂł.
  • 10. 10 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (A) O formato do algarismo 1 sugere o Phallus; este capĂ­tulo Ă©, entĂŁo, chamado O Sabbath do Bode, o Sabbath das Bruxas, no qual o Phallus Ă© adorado. O capĂ­tulo começa com a repetição de O!, jĂĄ comentado no capĂ­tulo anterior. É explicado que esta trĂ­ade vive na Noite, a Noite de Pan, a qual Ă© misticamente chamada N.O.X., e este O Ă© identificado com o O nesta palavra. N Ă© o sĂ­mbolo da Morte no TarĂŽ; e o X, ou Cruz, Ă© o signo do Phallus. Para um comentĂĄrio completo sobre Nox, ver Liber VII , Cap. I. Nox soma 210, o que simboliza a redução da dualidade Ă  unidade e, portanto, Ă  negatividade; conseqĂŒentemente Ă© um hierĂłglifo da Grande Obra. (Nota Trad.: Em numerologia, Nox soma 17, que Ă© o nĂșmero do arcano A Estrela no TarĂŽ, o qual Ă© associado a Nuit.) A palavra Pan Ă© entĂŁo explicada, Π, a letra de Marte, Ă© um hierĂłglifo de dois pilares, e portanto sugere dualidade; A, por seu formato, Ă© o pentagrama, energia; e N, pela sua atribuição com o TarĂŽ, Ă© morte. Nox Ă© mais bem explicada posteriormente, e Ă© mostrado que a Trindade final, O!, Ă© mantida ou alimentada pelo processo de morte e geração, os quais sĂŁo a lei do universo. A identidade destes dois Ă© explicada posteriormente. O Estudante Ă©, portanto, incumbido de entender a importĂąncia espiritual deste processo fĂ­sico na linha 5. É entĂŁo assegurado que a letra Α final tem dois nomes ou fases: Vida e Morte. A linha 7 equilibra a linha 5. Nota-se que a fraseologia dessas duas linhas Ă© de tal modo concebida que uma contĂ©m a outra mais do que a si mesma. A linha 8 enfatiza a importĂąncia de se realizar as duas.
  • 11. HADNU.COM 11 2 ΚΕΩΑΛΗΗ Β O GRITO DO FALCÃO Hoor tem um nome secreto quĂĄdruplo: esse Ă© Faze O Que Quiseres. (3) Quatro Palavras: Nada - Um - Muitos - Todos. Tu - Criança! Teu Nome Ă© sagrado. Teu Reino Ă© vindo. Tua Vontade Ă© feita. Aqui estĂĄ o PĂŁo. Aqui estĂĄ o Sangue. Leva-nos atravĂ©s da Tentação! Livrai-nos do Bem e do Mal! Que Minha, como Tua, seja a Coroa do Reino, mesmo agora. ABRAHADABRA Estas dez palavras sĂŁo quatro, o Nome do Um.
  • 12. 12 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (B) O FalcĂŁo refere-se a HĂłrus. O capĂ­tulo começa com um comento sobre Liber Legis, III, 49. Estas quatro palavras, Faze O Que Quiseres, sĂŁo tambĂ©m identificadas com os quatro modos possĂ­veis de conceber o universo; Horus unifica-os. Segue uma versĂŁo do Pai Nosso , adequada a HĂłrus. Compare com a versĂŁo do cap. 44. HĂĄ dez seçÔes nesta oração, e, como a oração Ă© atribuĂ­da a HĂłrus, elas sĂŁo chamadas quatro, como explicado acima; mas apenas o nome de HĂłrus Ă© quĂĄdruplo; ele em si Ă© Um. Isto pode ser comparado Ă  doutrina cabalista das Dez Sephiroth como uma expressĂŁo do Tetragrammaton (1 mais 2 mais 3 mais 4 = 10). É visto agora que este FalcĂŁo nĂŁo Ă© Solar, mas Mercurial; daĂ­ as palavras usadas, O Grito do FalcĂŁo, a parte essencial de MercĂșrio sendo a sua Voz; e o nĂșmero do capĂ­tulo, B, sendo Beth a letra de MercĂșrio, O Mago do TarĂŽ, o qual tem quatro armas; e deve ser lembrado que esta carta Ă© a de nĂșmero 1, conectando novamente estes sĂ­mbolos com o Phallus. A arma essencial de MercĂșrio Ă© o Caduceu. OBS.: (3) Quatorze letras. Quid Voles Ilud Fac. Q.V.I.F. 196 = 142.
  • 13. HADNU.COM 13 3 ΚΕΩΑΛΗΗ Γ A OSTRA Os IrmĂŁos da A.·.A.·. sĂŁo um com a MĂŁe da Criança. (4) Os Muitos sĂŁo adorĂĄveis ao Um, como o Um o Ă© para os Muitos. Este Ă© o Amor Destes; criação-parto Ă© a GlĂłria do Um; coito-dissolução Ă© a GlĂłria de Muitos. O Todo, assim combinado com Estes, Ă© GlĂłria. Nada estĂĄ alĂ©m da GlĂłria. O Homem delicia-se ao unir-se com a Mulher; a Mulher em parir uma Criança. Os IrmĂŁos da A.·.A.·. sĂŁo Mulheres: os Aspirantes Ă  A.·.A.·. sĂŁo Homens.
  • 14. 14 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Γ) Gimmel Ă© a Grande Sacerdotisa do TarĂŽ. Este capĂ­tulo fala da iniciação sob o ponto de vista feminino; Ă© entĂŁo chamada A Ostra, um sĂ­mbolo da Yoni. Em Equinox X, O Templo do Rei SalomĂŁo, Ă© explicado como os Mestres do Templo, ou IrmĂŁos da Α∮Α∮, mudaram a fĂłrmula de seu progresso. Estas duas fĂłrmulas, Solve et Coagula, sĂŁo agora explicadas, e o universo Ă© exposto como a interação entre estes dois. Isto tambĂ©m explica a declaração de Liber Legis ,I, 28-30 OBS.: (4) Eles fazem com que todos os homens a adorem.
  • 15. HADNU.COM 15 4 ΚΕΩΑΛΗΗ ∆ PÊSSEGOS Suave e vazio, como tu sobrepujas o duro e cheio! Isto morre, isto se dĂĄ; a Ti Ă© o fruto! SĂȘ tu a noiva; tu serĂĄs a MĂŁe doravante. Assim para com todas as impressĂ”es. NĂŁo as deixes sobrepujarem-te, porĂ©m deixa que se reproduzam em ti. A Ășltima das impressĂ”es, vinda para sua perfeição, Ă© Pan. Recebe mil amantes; tu carregarĂĄs apenas Uma Criança. Esta criança serĂĄ a herdeira de Fado, o Fundador.
  • 16. 16 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (∆) Daleth Ă© a Imperatriz do TarĂŽ, a letra de VĂȘnus, e o tĂ­tulo, PĂȘssegos, de novo refere-se Ă  Yoni. O capĂ­tulo Ă© um conselho para aceitar todas as impressĂ”es, Ă© a fĂłrmula da Mulher Escarlate; mas nĂŁo se deve permitir dominar-se por impresĂŁo alguma, apenas frutificar-se; como o artista que, vendo um objeto, nĂŁo o reverencia, mas produz uma obra-prima a partir dele. Este processo Ă© mostrado como um aspecto da Grande Obra. Os Ășltimos parĂĄgrafos talvez se refiram ao 13°. Aethyr (veja A VisĂŁo e A Voz).
  • 17. HADNU.COM 17 5 ΚΕΩΑΛΗΗ Ε A BATALHA DAS FORMIGAS Isso nĂŁo Ă© o que Ă©. A Ășnica palavra Ă© SilĂȘncio. O Ășnico Significado dessa Palavra Ă© nĂŁo. Pensamentos sĂŁo falsos. Paternidade Ă© unidade disfarçada de dualidade. Paz implica em guerra. Força implica em guerra. Harmonia implica em guerra. VitĂłria implica em guerra. GlĂłria implica em guerra. Fundação implica em guerra. Ai! Pelo Reino onde todos estes estĂŁo em guerra.
  • 18. 18 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Ε) He Ă© a letra de Áries, um signo de Marte; enquanto o tĂ­tulo sugere guerra. As formigas sĂŁo escolhidas como pequeninos objetos ocupados. Todavia He, sendo uma letra sagrada, desperta o inĂ­cio do capĂ­tulo para a contemplação do Pentagrama, considerado como um hierĂłglifo do definitivo. Na linha 1, Ser Ă© identificado com NĂŁo-Ser. Na linha 2, Fala com SilĂȘncio. Na linha 3, o Logos Ă© proclamado como o Negativo. Na linha 4 encontra-se outra maneira de expressar a conhecida afirmação hindu, segundo a qual aquilo em que se pode pensar Ă© falso. Na linha 5, chegamos a uma importante declaração, um esboço da mais ousada tese neste livro: Pai e Filho nĂŁo sĂŁo verdadeiramente dois, mas um; sua unidade sendo o EspĂ­rito Santo, o sĂȘmen; a forma humana Ă© um acrĂ©scimo nĂŁo-essencial desta quintessĂȘncia. AtĂ© aqui o capĂ­tulo seguia as Sephiroth de Kether a Chesed, e Chesed une-se Ă  TrĂ­ade Supernal pela virtude de sua natureza FĂĄlica; pois nĂŁo sĂł Amoun Ă© um Deus FĂĄlico, e JĂșpiter o Pai de Todos, mas 4 Ă© Daleth, VĂȘnus, e Chesed correlaciona-se com a ĂĄgua, da qual jorra VĂȘnus, e cujo sĂ­mbolo Ă© a MĂŁe no Tetragrammaton. Veja Cap. 0: Deus, o Pai e MĂŁe, Ă© ocultado em geração. Mas Chesed, no senso comum, Ă© conjugada a Microposopus. Este Ă© o verdadeiro elo entre as esferas maiores e menores, visto que Daath Ă© a falsa. Compare com a doutrina do mais alto e mais baixo Manas na Teosofia. O resto do capĂ­tulo ressalta a dualidade e, portanto, a imperfeição de todas as Sephiroth mais baixas em sua essĂȘncia.
  • 19. HADNU.COM 19 6 ΚΕΩΑΛΗΗ F CAVIAR A Palavra foi pronunciada: o Um explodiu em mil de milhĂ”es de mundos. Cada mundo continha mil milhĂ”es de esferas. Cada esfera continha mil milhĂ”es de planos. Cada plano continha mil milhĂ”es de estrelas. Cada estrela continha muitos milhares de milhĂ”es de coisas. Destas, aquele que raciocina tomou seis e, orgulhosamente, disse: Este Ă© o Um e o Todo. Estes seis o Adepto harmonizou, e disse: Este Ă© o Coração do Um e do Todo. Estas seis foram destruĂ­das pelo Mestre do Templo; e ele nĂŁo falou. A Cinza disto foi queimada pelo Magus dentro d’A Palavra. De tudo isto o Ipsissimus nada soube.
  • 20. 20 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (F) O capĂ­tulo chama-se Caviar provavelmente por tal substĂąncia ser composta de muitas esferas. A explicação dada para a Criação Ă© aquela familiar aos estudantes da tradição CristĂŁ, o Logos transformando a unidade em muitos. Vemos entĂŁo o que diferentes classes de pessoas fazem com os muitos. O Racionalista toma as seis Sephiroth de Microprosopus num estado de crueza, e designa-as como sendo o universo. Esta tolice Ă© devida ao orgulho da razĂŁo. O Adepto concentra o Microcosmo em Tiphareth, reconhecendo uma Unidade, mesmo no microcosmo, mas, qua Adepto, nĂŁo pode ir adiante. O Mestre do Templo destrĂłi todas essas ilusĂ”es, mas permanece silente. Veja a descrição de suas funçÔes no Equinox , Liber 418 e alhures. No prĂłximo grau, a Palavra Ă© reformulada pelo Magus em Chokmah, a DĂ­ade, o Logos. O Ipsissimus, no mais alto grau da A.·.A.·., estĂĄ totalmente inconsciente deste processo, ou, seria melhor dizer, ele o reconhece como Nada, no sentido positivo da palavra, a qual sĂł Ă© inteligĂ­vel em Samasamadhi.
  • 21. HADNU.COM 21 7 ΚΕΩΑΛΗΗ Z OS DINOSSAUROS NinguĂ©m sĂŁo Eles cujo nĂșmero Ă© Seis (5): mas eles foram seis, de fato. Sete (6) sĂŁo estes Seis que nĂŁo vivem na Cidade das PirĂąmides, sob a Noite de Pan. Houve Lao-tzu. Houve Siddhartha. Houve Krishna. Houve Tahuti. Houve Mosheh. Houve DionĂ­sio (7). Houve Mahmud. Mas o SĂ©timo homem, chamado PERDURABO, por perdurar atĂ© O Fim, no Final nĂŁo tinha Nada para perdurar (8). AmĂ©n.
  • 22. 22 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Z) Este capĂ­tulo dĂĄ uma lista dos mensageiros especiais do Infinito que iniciaram perĂ­odos. Eles sĂŁo chamados dinossauros, por sua aparĂȘncia de criaturas terrĂ­veis e devoradoras. Eles sĂŁo Mestres do Templo, pois seu nĂșmero Ă© 6 (1 mais 2 mais 3), o nĂșmero mĂ­stico de Binah; mas sĂŁo chamados de NinguĂ©m, pois eles chegaram Ă  consecução. Se nĂŁo fosse assim, eles seriam chamados de seis , no mau sentido do mero intelecto. Eles sĂŁo chamados Sete. Apesar de serem Oito, porque Lao-tzu conta como nada, devido Ă  natureza de sua doutrina. A referĂȘncia ao fato de que eles "nĂŁo-vivem" deve ser encontrada em Liber 418. A palavra Perdurabo significa Eu perdurarei atĂ© o fim . A alusĂŁo Ă© explicada na nota. Siddartha, ou Gautama, foi o nome do Ășltimo Buddah. Krishna foi a principal encarnação do Vishnu Indiano, o preservador, o principal expositor do Vedantismo. Tahuti, ou Thoth, o Deus EgĂ­pcio da Sabedoria. Mosheh, MoisĂ©s, o fundador do sistema hebraico. DionĂ­sio, provavelmente um enlevado do Oriente. Mahmud, MaomĂ©. Todos estes foram homens, suas Divindades sĂŁo fruto da mitificação. OBS.: (5)Mestres do Templo, cujo grau tem o nĂșmero mĂ­stico 6 (= 1 + 2 + 3). (6)Estes nĂŁo sĂŁo oito, como parece; pois Lao-tzu conta como 0. (7)A lenda de Cristo Ă© apenas uma corrupção e perversĂŁo de outras lendas. Especialmente de DionĂ­sio: compare a narrativa de Cristo antes de
  • 23. HADNU.COM 23 Herode/Pilatos nos Evangelhos, e de DionĂ­sio antes de Pentheus nas Bacantes. (8) O, a Ășltima letra de Perdurabo, Ă© Nada.
  • 24. 24 O LIVRO DAS MENTIRAS 8 ΚΕΩΑΛΗΗ Η INFUSÃO DE CRINA DE CAVALO A Mente Ă© uma enfermidade do sĂȘmen. Tudo o que um homem Ă©, ou pode ser, estĂĄ ali escondido. FunçÔes corporais sĂŁo partes da mĂĄquina; silentes, a nĂŁo ser em enfermidade. Mas a mente, nunca em descanso, range Eu . Este Eu nĂŁo persiste, nĂŁo dura atravĂ©s das geraçÔes; muda momentaneamente e no fim Ă© morto. Por conseguinte, um homem sĂł Ă© ele mesmo quando se perde de si prĂłprio no andar da Carruagem.
  • 25. HADNU.COM 25 COMENTÁRIO (Η) Chet Ă© A Carruagem no TarĂŽ. O que dirige a Carruagem Ă© o portador do Santo Graal. Tudo isto deverĂĄ ser estudado em Liber 418, 12Âș Aethyr. O capĂ­tulo Ă© chamado InfusĂŁo de Crina de Cavalo por causa da tradição medieval que diz que embebendo a crina do cavalo numa infusĂŁo produzir-se-ia uma serpente, e a serpente Ă© uma representação hieroglĂ­fica do sĂȘmen, particularmente em emblemas gnĂłsticos e egĂ­pcios. O significado do capĂ­tulo Ă© completamente claro; a total consciĂȘncia racial, que Ă© onipotente, onisciente, onipresente, estĂĄ ali escondida. Logo, a nĂŁo ser no caso de um Adepto, o homem sĂł ascende a um vislumbre de consciĂȘncia universal enquanto, no orgasmo, a mente Ă© eliminada.
  • 26. 26 O LIVRO DAS MENTIRAS 9 ΚΕΩΑΛΗΗ Θ BRANKS Ser Ă© o Nome; Forma Ă© o adjetivo. MatĂ©ria Ă© o nome; Movimento Ă© o Verbo. Por que entĂŁo o ser se vestiu com a Forma? Por que entĂŁo a MatĂ©ria se manifestou em Movimento? NĂŁo respondas, Oh silencioso! Pois LÁ nĂŁo hĂĄ “por que ou porquĂȘ”. O nome DAQUILO nĂŁo Ă© conhecido, o Pronome o interpreta, quer dizer, mal interpreta. Tempo e espaço sĂŁo AdvĂ©rbios. Dualidade gera a Conjunção. O Condicional Ă© Pai da Preposição. O artigo marca tambĂ©m DivisĂŁo; mas a Interjeição Ă© o som que termina em SilĂȘncio. DestrĂłi, portanto, as Oito Partes da Fala; a Nona estĂĄ prĂłxima da verdade. Esta deve ser tambĂ©m destruĂ­da, antes de tu entrares n’O SilĂȘncio. Aum.
  • 27. HADNU.COM 27 COMENTÁRIO (Θ) Theth Ă© o arcano A Força do TarĂŽ, no qual uma mulher fechando a boca de um leĂŁo Ă© retratada. O capĂ­tulo Ă© chamado Branks , um sĂ­mbolo ainda mais poderoso, pois ele Ă© o aparato escocĂȘs - e o Ășnico conhecido - para fechar a boca de uma mulher. O capĂ­tulo Ă© um ataque formal sobre as partes do discurso; a interjeição, expessĂŁo sem sentido de ĂȘxtase, sendo a Ășnica coisa de valor dita; porĂ©m mesmo isso deve ser visto como um lapso. Aum representa a entrada no silĂȘncio, como serĂĄ observado ao pronunciĂĄ-lo.
  • 28. 28 O LIVRO DAS MENTIRAS 10 ΚΕΩΑΛΗΗ Ι PALHA DE TRANÇAR O Abismo das AlucinaçÔes tem Lei e RazĂŁo; mas em verdade nĂŁo hĂĄ laço entre os Brinquedos dos Deuses. Essa RazĂŁo e Lei Ă© o Laço da Grande Mentira. Verdade! Verdade! Verdade! Clamou o Senhor do Abismo das AlucinaçÔes. NĂŁo hĂĄ SilĂȘncio em tal Abismo: pois tudo o que os homens chamam SilĂȘncio Ă© Sua Fala. Este Abismo Ă© tambĂ©m chamado “Inferno” e “Os Muitos”. Seu nome entre os homens Ă© “ConsciĂȘncia” e “O Universo”. Mas AQUELE que nĂŁo Ă© silencioso nem fala, ali regozija.
  • 29. HADNU.COM 29 COMENTÁRIO (Ι) NĂŁo hĂĄ conexĂŁo aparente entre o nĂșmero deste capĂ­tulo e seu assunto. De qualquer forma, refere-se Ă  chave do TarĂŽ chamada O Eremita, o qual Ă© representado encoberto. Jod Ă© o Phallus ocultado, como oposto a Tau, o Phallus estendido. Este capĂ­tulo deve ser estudado Ă  luz do que Ă© dito em Aha! e no Templo do Rei SalomĂŁo, sobre a razĂŁo. O Universo Ă© insano, a lei de causa e efeito Ă© uma ilusĂŁo, ou assim parece no Abismo, o qual Ă© atĂ© este ponto identificado com a consciĂȘncia, os muitos, e ambos; mas nisto estĂĄ uma unidade secreta que regozija; estando tal unidade alĂ©m de qualquer concepção.
  • 30. 30 O LIVRO DAS MENTIRAS 11 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΑ O PIRILAMPO Concernente ao Sagrado TrĂȘs-em-Nada. Nuit, Hadit, Ra-Hoor-Khuit, devem ser compreendidos apenas pelo Mestre do Templo. Eles estĂŁo acima d’O Abismo, e contĂȘm todas as contradiçÔes neles mesmos. Abaixo deles estĂĄ uma aparente dualidade de Chaos e Babalon; estes sĂŁo chamados Pai e MĂŁe, mas nĂŁo Ă© assim. Eles sĂŁo chamados IrmĂŁo e IrmĂŁ, mas nĂŁo Ă© assim. Eles sĂŁo chamados Marido e Mulher, mas nĂŁo Ă© assim. O reflexo de Tudo Ă© Pan: a Noite de Pan Ă© a aniquilação do Tudo. Abatida atravĂ©s d’O Abismo Ă© a Luz, a Rosa Cruz, o ĂȘxtase da UniĂŁo que destrĂłi, que Ă© o Caminho. A Rosa Cruz Ă© a embaixadora de Pan. QuĂŁo infinita Ă© a distĂąncia Disso para Aquilo! Ainda que tudo seja Aqui e Agora. Ali nĂŁo hĂĄ qualquer LĂĄ ou EntĂŁo; pois tudo o que Ă©, o que Ă© senĂŁo uma manifestação, isto Ă©, uma parte, isto Ă©, uma mentira, d’AQUILO que nĂŁo Ă©? PorĂ©m AQUILO que nĂŁo Ă© nem Ă© nĂŁo Ă© Aquilo que Ă©. Identidade Ă© perfeita; portanto a Lei da Identidade Ă© sĂł uma mentira. Posto que nĂŁo hĂĄ sujeito e nĂŁo hĂĄ predicado; nem hĂĄ o contraditĂłrio de qualquer destas coisas. Sagradas, Sagradas, Sagradas sĂŁo estas Verdades que eu digo, sabendo nĂŁo serem nada senĂŁo mentiras, espelhos quebrados, ĂĄguas turbulentas; esconde-me, Oh Nossa Senhora, em teu Ăștero! pois eu nĂŁo posso suportar o enlevo. Neste pronunciamento de falsidade sobre falsidade, cujas contradiçÔes tambĂ©m sĂŁo falsas, parece que Aquilo que eu nĂŁo pronunciei Ă© verdade.
  • 31. HADNU.COM 31 Abençoada, indizivelmente abençoada, Ă© esta Ășltima ilusĂŁo; deixa- me brincar com os homens, e afasta-os de mim! AmĂ©n.
  • 32. 32 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΑ) O Pirilampo talvez possa ser traduzido como “uma luz na escuridĂŁo”, embora talvez haja uma sutil referĂȘncia Ă  natureza dessa luz. Onze Ă© o grande nĂșmero da Magick, e este capĂ­tulo indica um mĂ©todo supremo de magia; mas Ă© na verdade chamado Onze, por causa de Liber Legis, I, 60. A primeira parte do capĂ­tulo descreve o universo em seu mais elevado sentido, descendendo a Tiphareth; tal Ă© a nova e perfeita cosmogonia de Liber Legis. Chaos e Babalon sĂŁo Chokmah e Binah, mas, na verdade sĂŁo, apenas um; a unidade essencial da TrĂ­ade Supernal Ă© ressaltada insistentemente. Pan Ă© um nome genĂ©rico, incluindo esse sistema inteiro em seu lado manifesto. Diz-se, portanto, que aqueles que estĂŁo acima do Abismo vivem na Noite de Pan; eles sĂŁo alcançados somente pela aniquilação do Todo. Assim, o Mestre do Templo vive na Noite de Pan. Agora, abaixo do Abismo, a parte manifestada do Mestre do Templo tambĂ©m alcança Samadhi, como o caminho da Aniquilação. O parĂĄgrafo 7 começa pela reflexĂŁo produzida pela exposição precedente. Esta reflexĂŁo Ă© imediatamente contraditada, sendo o autor um Mestre do Templo. Ele, logo apĂłs, entra em Samadhi, e empilha contradição sobre contradição, e conseqĂŒentemente um degrau mais elevado de ĂȘxtase com cada sentença, atĂ© que seu arsenal seja exaurido; e, com a palavra AmĂ©n, ele entra no estado supremo.
  • 33. HADNU.COM 33 12 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΒ AS LIBÉLULAS IO Ă© o clamor do mais baixo, como OI Ă© do mais alto. Em algarismos, eles sĂŁo 1001 (9); em letras, eles sĂŁo Prazer (10). Pois quando tudo estĂĄ equilibrado, quando tudo Ă© contemplado de fora de tudo, hĂĄ prazer, prazer; prazer que nĂŁo Ă© senĂŁo uma faceta de um diamante, cada outra faceta sendo mais prazeirosa que o prĂłprio prazer.
  • 34. 34 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΒ) As libĂ©lulas foram escolhidas como sĂ­mbolos do prazer, devido Ă  observação do autor como naturalista. O parĂĄgrafo 1 meramente repete o capĂ­tulo 4 em quintessĂȘncia; 1001, sendo 11ÎŁ (1-13), Ă© um sĂ­mbolo da unidade completa manifestada como os muitos, pois ÎŁ (1- 13) dĂĄ toda a rota de nĂșmeros da simples unidade de 1 Ă  complexa unidade de 13, impregnada pelo mĂĄgico 11. Eu adicionaria um comentĂĄrio mais extenso sobre o nĂșmero 91. 13 (1 mais 3) Ă© uma forma elevada de 4. 4 Ă© Amoun, o Deus da geração, e 13 Ă© 1, a unidade FĂĄlica. Daleth Ă© a Yoni. E 91 Ă© AMN (AmĂ©n), uma forma do Phallus completada pela intervenção da Yoni. Isso se conecta novamente com IO e OI no parĂĄgrafo 1; e, Ă© claro, IO Ă© o clamor de ĂȘxtase dos gregos. O capĂ­tulo todo Ă©, novamente, um comento sobre Liber Legis, 1, 28- 30. observaçÔes: (9) 1001 = 11 ÎŁ (1 - 13). As PĂ©talas do Sahasraracackkra. (10) Em InglĂȘs: JOY = 101, o Ovo do EspĂ­rito em equilĂ­brio entre os Pilares do Templo.
  • 35. HADNU.COM 35 13 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΓ PAPO DE PEREGRINO Oh, tu, que partes sobre O Caminho, falso Ă© o Fantasma que tu buscas. Quando tu o tiveres, tu conhecerĂĄs toda a amargura, teus dentes cravados na Maçã-Sodoma. Assim tu tens sido atraĂ­do ao longo d’O Caminho, cujo terror, porĂ©m, compeliu-te longe. Oh tu, que progrides sobre o meio d’O Caminho, nenhum fantasma zombarĂĄ de ti. Pelo amor ao progresso, tu progrides. Assim tu Ă©s atraĂ­do ao longo d’O Caminho, cuja fascinação, porĂ©m, compeliu-te longe. Oh, tu, que corres rumo ao Fim do Caminho, esforço nĂŁo existe mais. Mais e mais rĂĄpido, tu cais; tua fadiga Ă© transformada no Descanso InefĂĄvel. Pois nĂŁo hĂĄ Tu sobre este Caminho: tu te transformaste n’O Caminho.
  • 36. 36 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΓ) Este capĂ­tulo Ă© perfeitamente claro para qualquer um que tenha estudado a carreira de um Adepto. A Maçã-Sodoma Ă© um fruto nĂŁo comestĂ­vel encontrado no deserto.
  • 37. HADNU.COM 37 14 ΚΕΩΑΛΗΗ Ι∆ DESCASCAR CEBOLAS O Universo Ă© a Piada PrĂĄtica do Geral Ă  Custa do Particular, declarou FRATER PERDURABO, e riu. Mas aqueles discĂ­pulos mais prĂłximos a ele choraram, vendo a Tristeza Universal. Aqueles perto deles riram, enxergando a Piada Universal. Abaixo destes, determinados discĂ­pulos choraram. EntĂŁo alguns riram. Outros prĂłximos choraram. Outros prĂłximos riram. PrĂłximos outros choraram. PrĂłximos outros riram. Por Ășltimo vieram aqueles que choraram porque nĂŁo conseguiram enxergar a Piada, e aqueles que riram para que nĂŁo se pensasse que eles nĂŁo conseguiram enxergar a Piada, e acharam que seria seguro agir como FRATER PERDURABO. Mas, apesar de FRATER PERDURABO ter rido abertamente, tambĂ©m Ele ao mesmo tempo chorou secretamente; e n’Ele PrĂłprio nĂŁo riu nem chorou. Nem quis dizer o que Ele disse.
  • 38. 38 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Ι∆) O tĂ­tulo, Descascar Cebolas , refere-se ao conhecido incidente em Peer Gynt . O capĂ­tulo assemelha-se fortemente Ă  narrativa de Dupin de como era capaz de ganhar no jogo de par ou Ă­mpar. (Veja o conto de Poe, A Carta Roubada .) Mas este Ă© um trecho mais sĂ©rio de Psicologia. No avanço rumo Ă  compreensĂŁo do Universo, pode-se mudar radicalmente seu ponto-de- vista; quase sempre isto equivale a uma reversĂŁo. Esta Ă© a causa de muitas controvĂ©rsias religiosas. O parĂĄgrafo 1, de qualquer forma, Ă© a formulação de Frater Perdurabo sobre sua percepção da Piada Universal, tambĂ©m descrita no capĂ­tulo 34. Toda existĂȘncia individual Ă© trĂĄgica. A percepção deste fato Ă© a essĂȘncia da comĂ©dia. A FamĂ­lia dos Deuses Ă© uma tentativa de escrever comĂ©dia pura. As Bacantes , de EurĂ­pede, Ă© outra. No final do capĂ­tulo, Ă© visto que para o Mestre do Templo as percepçÔes opostas ocorrem simultaneamente, e que ele mesmo estĂĄ alĂ©m delas. No Ășltimo parĂĄgrafo, Ă© mostrado que ele compreende a verdade alĂ©m de qualquer afirmação da mesma.
  • 39. HADNU.COM 39 15 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΕ O CANO DO REVÓLVER Poderosa e ereta Ă© esta Vontade minha, esta PirĂąmide de fogo, cujo ĂĄpice estĂĄ perdido no ParaĂ­so. Sobre isto queimei o cadĂĄver de meus desejos. Poderoso e ereto Ă© este Ίαλλοζ de minha Vontade. A semente dele Ă© Aquilo que tenho carregado dentro de mim pela Eternidade; e ela estĂĄ perdida no Corpo de Nossa Senhora das Estrelas. Eu nĂŁo sou eu; eu nada sou senĂŁo um tubo oco para trazer Fogo do ParaĂ­so. Poderosa e maravilhosa Ă© esta Fragilidade, este ParaĂ­so que me arrasta para dentro do Ventre Dela, esta CĂșpula que Me esconde, Me absorve. Esta Ă© A Noite na qual eu estou perdido; o Amor atravĂ©s do qual eu nĂŁo sou mais eu.
  • 40. 40 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΕ) A carta 15 no TarĂŽ Ă© O DemĂŽnio , uma fachada medieval para Pan. O tĂ­tulo deste capĂ­tulo refere-se ao Phallus, o qual Ă© aqui identificado com a vontade. A palavra grega Πυρα”Îčσ tem o mesmo nĂșmero de Ίαλλοζ . Este capĂ­tulo Ă© bem claro, mas pode-se remarcar no Ășltimo parĂĄgrafo uma referĂȘncia Ă  natureza de Samadhi. Assim como o homem perde sua personalidade no amor fĂ­sico, o magista o faz aniquilando sua divina personalidade naquilo que estĂĄ alĂ©m. A fĂłrmula de Samadhi Ă© a mesma, do mais alto ao mais baixo. A Rosa-Cruz Ă© a Chave Universal. Mas, conforme se prossegue, a Cruz torna- se maior, atĂ© ser o Ás; a Rosa, atĂ© ser a Palavra.
  • 41. HADNU.COM 41 16 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΣ O ESCARAVELHO Morte implica em mudança e individualidade; se tu fores AQUELE que nĂŁo tem personalidade, que estĂĄ alĂ©m da mudança e mesmo alĂ©m da imutabilidade, o que tu tens a ver com a morte? O nascimento da individualidade Ă© ĂȘxtase; assim tambĂ©m Ă© sua morte. No amor, a individualidade Ă© morte; quem nĂŁo ama o amor? Ama a morte, pois; e deseja por isto avidamente. Morre Diariamente.
  • 42. 42 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΣ) Este parece um comento sobre o capĂ­tulo anterior; o Escaravelho Ă© uma referĂȘncia a Khephra, o Deus EgĂ­pcio da Meia-Noite, que carrega o Sol atravĂ©s do Submundo; mas Ă© chamado Escaravelho para enfatizar seus cornos. Cornos sĂŁo um hierĂłglifo universal de energia, particularmente de energia FĂĄlica. A 16a chave do TarĂŽ Ă© A Torre . Neste capĂ­tulo, a morte Ă© considerada como uma forma de casamento. Camponeses gregos, em muitos casos, aderem Ă  crença pagĂŁ, supondo que na morte estarĂŁo reunidos Ă  Deidade a qual cultivaram durante a vida. Isso Ă© "uma consumação a ser devotadamente desejada" (Shakespeare). No Ășltimo parĂĄgrafo, o Mestre persuade seus pupilos a praticarem Samadhi todos os dias.
  • 43. HADNU.COM 43 17 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΖ O CISNE HĂĄ um cisne, cujo nome Ă© Êxtase; ele voa desde os Desertos do Norte; ele voa atravĂ©s do azul; ele voa sobre os campos de arroz; Ă  sua vinda, o verde resplandece... Em todo o Universo, esse Cisne sozinho Ă© imĂłvel: parece mover-se, como o Sol parece mover-se; tal Ă© a debilidade de nossa visĂŁo. Oh, tolo! tu choras? AmĂ©n. Movimento Ă© relativo: Nada hĂĄ que seja imĂłvel. Contra este Cisne, eu atirei uma flecha; o peito branco derramou sangue. Os homens me bateram; entĂŁo, percebendo que eu era apenas um Mero Maluco, deixaram-me passar. Assim, e nĂŁo de outra forma, eu cheguei ao Templo do Graal.
  • 44. 44 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΖ) O Cisne Ă© Aum. O capĂ­tulo Ă© inspirado nas lembranças de Frater Perdurabo sobre os cisnes selvagens que matou em Tali-Fu. Nos parĂĄgrafos 3 e 4 reconhece-se que mesmo Aum Ă© impermanente. NĂŁo hĂĄ sentido na palavra estabilidade, enquanto existir movimento. Num universo sem fronteira, pode-se sempre tomar qualquer ponto, por mĂłvel que seja, e postulĂĄ-lo como um ponto parado, calculando os movimentos de todos os outros pontos relativos a ele. O penĂșltimo parĂĄgrafo mostra as relaçÔes do Adepto para com os seres humanos. O Ăłdio e o desprezo destes sĂŁo degraus necessĂĄrios para que se adquira soberania sobre eles. A histĂłria do Evangelho e de Parsifal virĂŁo Ă  mente. OBS.: (11) Esse capĂ­tulo deve ser lido em conexĂŁo com Parsifal , de Wagner.
  • 45. HADNU.COM 45 18 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΗ GOTAS DE ORVALHO Na verdade, amor Ă© morte, e morte Ă© vida por vir. O Homem nĂŁo retorna; a correnteza nĂŁo flui montanha acima; a velha vida nĂŁo existe mais; hĂĄ uma nova vida que nĂŁo Ă© sua. PorĂ©m, aquela vida Ă© de sua essĂȘncia verdadeira; Ă© mais Ele que tudo aquilo que ele chama Ele. No silĂȘncio de uma gota de orvalho, estĂĄ toda a tendĂȘncia de sua alma, e de sua mente, e de seu corpo; Ă© sua QuintessĂȘncia e o Elixir de seu ser. Ali estĂŁo as forças que o fizeram, e ao seu pai, e ao pai de seu pai antes dele. Este Ă© o Orvalho da Imortalidade. Deixa-o seguir livre, tal como Ele Quer; tu nĂŁo Ă©s seu mestre, mas Seu veĂ­culo.
  • 46. 46 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΗ) A dĂ©cima oitava chave do TarĂŽ refere-se Ă  Lua, a qual supunha-se gotejar orvalho. A apropriação do tĂ­tulo deste capĂ­tulo Ă© Ăłbvia. Este capĂ­tulo deve ser lido em conexĂŁo com os capĂ­tulos 1 e 16. No penĂșltimo parĂĄgrafo, Vindu Ă© identificado com Amrita, e no Ășltimo parĂĄgrafo ordenase ao discĂ­pulo que o permita ter seu prĂłprio caminho. Ele tem vontade prĂłpria, a qual estĂĄ mais de acordo com a Vontade CĂłsmica do que a do homem, que Ă© seu guardiĂŁo e servo.
  • 47. HADNU.COM 47 19 ΚΕΩΑΛΗΗ ΙΘ O LEOPARDO E O CERVO As pintas do leopardo sĂŁo a luz solar na clareira; persegue o cervo na calada, ao teu prazer. O malhado do cervo Ă© a luz solar na clareira; escondido do leopardo, tu te alimentas ao teu prazer. Parece-te com tudo o que te cerca; porĂ©m sĂȘ Tu Mesmo - e toma teu prazer entre os vivos. Isto Ă© o que estĂĄ escrito - Espreitai! - no Livro da Lei.
  • 48. 48 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΙΘ) 19 Ă© o Ășltimo Trunfo, O Sol , o qual Ă© o representante de Deus no Macrocosmos, como o Phallus o Ă© no Microcosmos. HĂĄ uma certa adaptabilidade e universalidade entre seus poderes secretos. O capĂ­tulo Ă© baseado em Rudyard Kipling. O Mestre exige de seus discĂ­pulos um certo ato secreto sagrado; um ocultamento do real propĂłsito de suas vidas; deste modo, fazendo o melhor dos dois mundos. Isto torna recomendĂĄvel um curso de ação dificilmente distinguĂ­vel da hipocrisia, mas a distinção Ă© Ăłbvia para qualquer bom pensador; apesar de nem tanto para Frater P.
  • 49. HADNU.COM 49 20 ΚΕΩΑΛΗΗ Κ SANSÃO O Universo estĂĄ em equilĂ­brio; portanto, Aquele que estĂĄ de fora, ainda que sua força seja apenas a de uma pluma, pode revirar o Universo. NĂŁo sejas pego nessa teia, Oh criança da Liberdade! NĂŁo te emaranhes na mentira universal, Oh criança da Verdade!
  • 50. 50 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Κ) Diz a lenda que SansĂŁo, o HĂ©rcules hebreu, demoliu as paredes de um salĂŁo onde estava engaiolado, para zombar dos Filisteus, destruindo-os e a si prĂłprio. Milton encontrou um poema nessa fĂĄbula. O primeiro parĂĄgrafo Ă© o corolĂĄrio da Primeira Lei do Movimento, de Newton. A chave para o poder infinito Ă© alcançar o AlĂ©m Inascido.
  • 51. HADNU.COM 51 21 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΑ O EMARANHADOR CEGO NĂŁo Ă© necessĂĄrio entender; basta adorar. O deus pode ser de barro: adora-o; ele vira DEUS. NĂłs ignoramos o que nos criou; nĂłs adoramos aquilo que nĂłs criamos. Criemos nada menos que DEUS! Aquele que nos faz criar Ă© nosso verdadeiro pai e mĂŁe; nĂłs criamos Ă  nossa prĂłpria imagem, que Ă© a deles. Criemos, portanto, sem medo; pois nĂŁo podemos criar nada que nĂŁo seja DEUS.
  • 52. 52 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΑ) A 21a. chave do TarĂŽ Ă© chamada O Universo e refere-se Ă  letra Tau, o Phallus em manifestação; daĂ­ o tĂ­tulo: O TecelĂŁo Cego. ConcluirĂ­amos que o Universo Ă© concebido, numa mĂŁo, como o fazem os Budista; noutra, como os Racionalistas; isto Ă© fatal e desprovido de inteligĂȘncia. Mesmo assim, talvez cause deleite ao criador. A moral deste capĂ­tulo, Ă©, portanto, uma exposição do Ășltimo parĂĄgrafo do capĂ­tulo 18. Ele Ă© o espĂ­rito crĂ­tico, que Ă© o Diabo, e dĂĄ origem ao surgimento do mal.
  • 53. HADNU.COM 53 22 ΚΕΩΑΛΗΗ KB O DÉSPOTA Os garçons dos melhores restaurantes zombam de todo mundo; estimam cada cliente atravĂ©s de seu prĂłprio valor. Isto eu bem sei, pois eles sempre me tratam com profundo respeito. Dessa forma encorajaram-me a elogiĂĄ-los publicamente. Mas isso Ă© verdade; e eles tĂȘm este discernimento por servirem e porque nĂŁo podem ter interesse pessoal nas questĂ”es daqueles a quem servem. Um monarca absoluto poderia ser absolutamente sĂĄbio e bom. Mas nenhum homem Ă© forte o suficiente para nĂŁo ter interesse. Portanto, o melhor rei poderia ser o Puro Acaso. É Puro Acaso quem rege o Universo; portanto, e apenas portanto, a vida Ă© boa.
  • 54. 54 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (KB) ComentĂĄrios apenas desfigurariam a suprema simplicidade deste capĂ­tulo.
  • 55. HADNU.COM 55 23 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΓ DAR O FORA Qual homem descansa em sua hospedaria? CAI FORA. Vasto e frio Ă© o mundo. CAI FORA. Tu te tornastes um in-iciado. CAI FORA. Mas tu nĂŁo consegues sair pelo caminho que entraste. O Caminho de a saĂ­da Ă© O CAMINHO. Cai fora. Pois FORA Ă© Amor e Sabedoria e Poder. (12) CAI FORA. Se tu jĂĄ tiveste T; primeiro alcança UT. (13) EntĂŁo alcança O. EntĂŁo por fim cai FORA (OUT).
  • 56. 56 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΓ) Tanto 23 quanto cair fora sĂŁo termos para sair. Este capĂ­tulo descreve a Grande Obra sob a forma de um homem livrando-se de todas as suas contingĂȘncias. Ele primeiramente abandona a vida de conforto; depois, o mundo por completo; e, no fim, mesmo os iniciados. No quarto parĂĄgrafo expĂ”e-se que nĂŁo hĂĄ retorno para aquele que iniciou sua jornada. A palavra OUT (FORA em InglĂȘs) Ă© entĂŁo analisada e tratada como um nome. AlĂ©m da explicação na nota de observação, O Ă© a Yoni; T, o Lingam; e U, o Hierofante, a 5ÂȘ carta do TarĂŽ, o Pentagrama. É, entĂŁo, praticamente idĂȘntico a IAO. O resto do capĂ­tulo aclara-se com as observaçÔes. OBS.: (12)O = {CapricĂłrnio}, O DemĂŽnio do Sabbath . U = 8, o Hierofante ou Redentor. T = Força, o LeĂŁo. (13) T, masculinidade, o signo da Cruz ou Phallus. UT, o Sagrado Anjo GuardiĂŁo; UT, a primeira sĂ­laba de Udgita; ver os Upanishads. O, Nada ou Nuit. (Nota do Trad.: Refere-se a OUT, inglĂȘs para FORA).
  • 57. HADNU.COM 57 24 ΚΕΩΑΛΗΗ Κ∆ O FALCÃO E A COBRA-DE-VIDRO Este livro traduziria AlĂ©m-da-RazĂŁo nas palavras da RazĂŁo. Explica tu a neve para os atĂłis. Os escravos da razĂŁo chamam este livro de Abuso-de-Linguagem: eles estĂŁo certos. A Linguagem foi feita por homens para comer e beber, fazer amor, permutar, morrer. A riqueza da linguagem estĂĄ em suas AbstraçÔes; as mais pobres dentre as lĂ­nguas sĂŁo ricas em idĂ©ias concretas. Por isso os Adeptos tĂȘm exaltado o silĂȘncio; este ao menos nĂŁo desencaminha, como faz a fala. TambĂ©m, Fala Ă© um sintoma de Pensamento. Mas o silĂȘncio Ă© apenas o lado negativo da Verdade; o lado positivo estĂĄ mesmo alĂ©m do silĂȘncio. NĂŁo obstante, Um Deus Verdadeiro clamou hriliu! E a risada do Estertor Ă© semelhante.
  • 58. 58 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Κ∆) O FalcĂŁo Ă© o sĂ­mbolo da VisĂŁo; a Cobra-Cega, da cegueira. Os que estĂŁo sob o domĂ­nio da razĂŁo sĂŁo chamados cegos. No Ășltimo parĂĄgrafo, Ă© reafirmada a doutrina dos capĂ­tulos 1, 8, 16 e 18. Para o significado de hriliu, consulte Liber 418 .
  • 59. HADNU.COM 59 25 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΕ O RUBI ESTRELA Encarando o Leste, no centro, inspira fundo, fundo, fundo; fechando tua boca com teu dedo indicador direito pressionado contra teu lĂĄbio inferior. EntĂŁo, lançando abaixo a mĂŁo com uma grande varredura para trĂĄs e para fora, expelindo violentamente teu ar, gritaÎ‘Î ÎŸÎ Î‘ÎÎ€ÎŸÎŁ ΚΑΚΟ∆ΑΙΜΟΝΟΣ Com o mesmo indicador, toca tua testa, e dize ΣΟΙ ; teu membro, e dize ΩΑΛΛΕ (14); teu ombro direito, e dize Î™ÎŁÎ§Î„ÎĄÎŸÎŁ; teu ombro esquerdo, e dize Î•Î„Î§Î‘ÎĄÎ™ÎŁÎ€ÎŸÎŁ; entĂŁo fecha tuas mĂŁos, entrelaçando os dedos, e grita ΙΑ . Avança para o Leste. Imagina fortemente um Pentagrama, diretamente em tua testa. Levando as mĂŁos aos olhos, lança-as adiante, fazendo o sinal de HĂłrus, e ruge ΧΑΟΣ. Retira tuas mĂŁos no sinal de Hoor- pa-kraat. Volta-te para o Norte e repete; mas grita ΒΑΒΑΛΟΝ. Volta-te para o Oeste e repete; mas dize ΕΡΟΣ. Volta-te para o Sul e repete; mas berra Κ΄ΧΕ. Completando o cĂ­rculo, recua para o centro e eleva tua voz em homenagem, com as palavras ΙΟ ΠΑΝ e com os sinais de N.O.X. Estende os braços na forma de um Tau, e dize baixo, mas claro:Î ÎĄÎŸÎœÎŸÎ„Î™Î„Î“Î•Î§ ΟΠΙΧ ΜΟ΄ ΀ΕΛΕ΀ΑΥΧΑΙ ΕΠΙ ∆ΕΞΙΑ ÎŁÎ„ÎÎŸÎ§Î•ÎŁ ΕΠΑΥΙΣ΀ΕΥΑ ∆ΑΙΜΟΝΕΣ ΩΛΕΓΕΙ ΓΑΡ ΠΕΡΙ ΜΟ΄ Ο ΑΣ΀ΗΥ ΀ Ν ΠΕΝ΀Ε ΚΑΙ ΕΝ ΀ΗΙ Σ΀ΗΛΗΙ Ο ΑΣ΀ΗΥ ΀ Ν ΕΞ ΕΣ΀ΗΚΕ. Repete a Cruz CabalĂ­stica, como acima, e termina como começaste.
  • 60. 60 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΕ) 25 Ă© o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah. O capĂ­tulo Ă© uma nova versĂŁo, mais elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama. Seria imprĂłprio comentar mais sobre um ritual oficial da A.·.A.·. OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras Ă© revelado na numeração de cada uma.
  • 61. HADNU.COM 61 26 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΩ O ELEFANTE E O CÁGADO O Absoluto e o Condicionado juntos formam O Um Absoluto. O Segundo, que Ă© o Quarto, o Demiurgo, que todas as naçÔes dos Homens chamam O Primeiro, Ă© mentira enxertada em mentira, mentira multiplicada por mentira. QuĂĄdruplo Ă© Ele, o Elefante, sobre quem o Universo estĂĄ equilibrado: mas a carapaça do CĂĄgado sustenta e cobre tudo. Este CĂĄgado Ă© sĂȘxtuplo, o Sagrado Hexagrama. (15) Estes seis e quatro sĂŁo dez, 10, o Um manifestado que retorna ao Nada imanifesto. O Todo-Poderoso, o Todo-Soberano, o Todo-Conhecedor, O Pai-de- Todos, adorado por todos os homens e por mim abominado; sĂȘ tu maldito, sĂȘ tu abolido, sĂȘ tu aniquilado. AmĂ©n!
  • 62. 62 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΩ) O tĂ­tulo do capĂ­tulo refere-se Ă  lenda Hindu. O primeiro parĂĄgrafo deveria ser lido em conexĂŁo com nossas observaçÔes prĂ©vias sobre o nĂșmero 91. O nĂșmero do capĂ­tulo, 26, Ă© o do Tetragrammaton, o criador manifestado, Jeovah. Ele Ă© chamado O Segundo em relação Ă quele que estĂĄ acima do Abismo, compreendido sob o tĂ­tulo de Primeiro. Mas os vulgares nĂŁo concebem nada alĂ©m do criador, e portanto o chamam O Primeiro. Ele Ă© realmente o Quarto, estando em Chesed, e Ă© claro que sua natureza Ă© quĂĄdrupla. Este Quatro Ă© concebido como a DĂ­ade multiplicada pela DĂ­ade, falsidade confirmando falsidade. O parĂĄgrafo 3 introduz uma nova concepção: a do quadrado com o hexagrama, o universo encerrado na lei do Lingam-Yoni. O penĂșltimo parĂĄgrafo mostra a redenção do universo atravĂ©s desta lei. A figura do 10, como a palavra IO, de novo sugere o Lingam-Yoni, junto da exclamação dada no texto. O Ășltimo parĂĄgrafo amaldiçoa o universo assim nĂŁo redimido. As onze letras A iniciais na Ășltima frase sĂŁo Pentagramas MĂĄgickos, enfatizando esta maldição.* OBS.: (1) O CĂĄgado tem 6 membros em Ăąngulos de 60°. *(No original: “The All-Mighty, the All-Ruler, the All-Knower, the All-Father, Adored by All men And by me Abhorred, be thou Accursed, be thou Abolished, be thou Annihilated, Amen!)
  • 63. HADNU.COM 63 27 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΖ O FEITICEIRO Um Feiticeiro, pelo poder de sua magick, tem submetido todas as coisas a si. Ele viajaria? Ele poderia voar atravĂ©s do espaço mais rapidamente que as estrelas. Ele Comeria, beberia, e tomaria seu prazer? NinguĂ©m havia que nĂŁo obedecesse instantaneamente ao seu comando. Em todo o sistema de dez milhĂ”es vezes dez milhĂ”es de esferas, sobre os vinte e dois milhĂ”es de planos, ele obteve seu desejo. E, com tudo isso, ele era apenas ele mesmo. Ai!
  • 64. 64 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΖ) Este capĂ­tulo dĂĄ o reverso da medalha; Ă© o contraste ao capĂ­tulo 15. O Feiticeiro deve ser identificado com O IrmĂŁo do Caminho da MĂŁo Esquerda.
  • 65. HADNU.COM 65 28 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΗ A ESTRELA POLAR Amor Ă© todo virtude, posto que o prazer do amor Ă© sĂł amor, e a dor do amor Ă© sĂł amor. O amor nĂŁo faz caso do que nĂŁo Ă©, nem do que Ă©. A ausĂȘncia exalta o amor, e a presença exalta o amor. O amor sempre se move de cume a cume de ĂȘxtase e nunca falha. As asas do amor nĂŁo caem com o tempo nem se afrouxam pela vida ou pela morte. O amor destrĂłi o eu, unindo eu e nĂŁo-eu; entĂŁo esse Amor gera Todos e Nenhum em Um. NĂŁo Ă© assim?... NĂŁo?... EntĂŁo tu nĂŁo estĂĄs perdido em amor; nĂŁo fales de amor. Love Always Yieldeth: Love Always Hardeneth. (O Amor Sempre Frutifica; o Amor Sempre Fortalece) . . . . . . . . . Talvez: pois eu escrevi isto apenas para escrever o nome Dela.
  • 66. 66 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΗ) Introduz-se agora a marca principal deste livro, Laylah, que Ă© o sĂ­mbolo feminino final, que deve ser interpretado em todos os planos. Mas, neste capĂ­tulo, Ă© dada uma pequena pista de algo alĂ©m do amor fĂ­sico. É a chamado Estrela Polar, pois Laylah Ă© um objeto de devoção ao qual o autor sempre retorna. Observe a apresentação nome da Bem-Amada em acrĂłstico na linha 15.
  • 67. HADNU.COM 67 29 ΚΕΩΑΛΗΗ ΚΘ O CRUZEIRO DO SUL Amor, eu te amo! Noite, noite, cobre-nos! Tu Ă©s noite, Oh meu amor; e nĂŁo hĂĄ estrelas alĂ©m de teus olhos. Noite escura, noite doce, tĂŁo quente e tĂŁo fresca, tĂŁo cheirosa e tĂŁo sagrada, cobre-me, cobre-me! Deixa-me nĂŁo mais ser! Deixa-me ser Teu; deixa-me ser Tu; deixa- me ser nem Tu nem Eu; deixa haver amor na noite e noite no amor. N.O.X. Ă© a Noite de Pan; e Laylah, a noite diante do Seu altar.
  • 68. 68 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΚΘ) Este capĂ­tulo Ă© a continuação do anterior. Note que a palavra Laylah Ă© o ĂĄrabe para “Noite”. O autor começa a identificar a Bem-Amada com N.O.X., a quem referimo-nos antes. O capĂ­tulo Ă© chamado “O Cruzeiro do Sul” porque, no plano fĂ­sico, Laylah Ă© uma australiana.
  • 69. HADNU.COM 69 30 ΚΕΩΑΛΗΗ Λ JOÃO-SONHADOR Sonhos sĂŁo imperfeiçÔes do sono; mesmo assim, Ă© a consciĂȘncia a imperfeição do acordar. Sonhos sĂŁo impurezas na circulação do sangue; mesmo assim, Ă© a consciĂȘncia uma desordem da vida. Sonhos nĂŁo tĂȘm proporção, nem bom senso, nem verdade; assim tambĂ©m Ă© a consciĂȘncia. Acordado do sonho, a verdade Ă© conhecida; (16) acordado do acordar, a Verdade Ă© - O Desconhecido.
  • 70. 70 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Λ) Este capĂ­tulo deve ser lido em conexĂŁo com o capĂ­tulo 8, e tambĂ©m com aqueles capĂ­tulos onde a razĂŁo Ă© atacada. A alusĂŁo ao tĂ­tulo Ă© Ăłbvia. Isso reduz-se em proporção: sonho: acordar: :acordar: Samadhi Ă© a analogia favorita de Frater P., que freqĂŒentemente emprega-o em seu sagrado discurso. OBS.: (16) Isto Ă©, a verdade de que ele dormiu.
  • 71. HADNU.COM 71 31 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΑ O GARROTE ELE se move da ação ao repouso, e descansa do descanso em ação. Estes ELE sempre faz, pois tempo nĂŁo hĂĄ. De modo que ELE nĂŁo faz nenhuma destas coisas. ELE faz AQUELA Ășnica coisa que nĂłs devemos expressar por duas coisas, nenhuma das quais possuindo qualquer significado racional. Apesar de SUA atitude, a qual Ă© nĂŁo-agir, ser simples ainda que complexa, nĂŁo Ă© ela isenta nem necessĂĄria. Pois todas estas idĂ©ias expressam Relação: e ELE, compreendendo toda Relação em SUA simplicidade, estĂĄ fora de toda Relação mesmo CONSIGO. Isto tudo Ă© verdade e mentira; e Ă© verdade e mentira dizer que isso Ă© verdade e mentira. Estimula vigorosamente tua InteligĂȘncia, Oh homem, Oh valioso, Oh escolhido DELE, para aprender o discurso DO MESTRE; pois assim tua razĂŁo quebrar-se-ĂĄ por fim, como uma corrente arrancada da garganta de um escravo.
  • 72. 72 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΛΑ) O nĂșmero 31 refere-se Ă  palavra hebraica LA, a qual significa “nĂŁo”. Um novo sinal cabalĂ­stico Ă© agora introduzido sob o tĂ­tulo IT (Nota Trad.: todos os ELE neste capĂ­tulo foram traduzidos de IT, significando um ser transcendente a gĂȘnero. Desta forma, este ELE nĂŁo remete necessariamente ao sexo masculino), I sendo o Phallus secreto, e T sendo o manifestado. Mas este Ă© apenas um aspecto DELE (IT), o qual talvez possa ser definido como a Realidade Final. ELE (IT) aparentemente Ă© algo mais exaltado que AQUELA. Este capĂ­tulo deve ser comparado ao capĂ­tulo 11; tal mĂ©todo de destruição da razĂŁo atravĂ©s da formulação de contradiçÔes estĂĄ definitivamente divulgado. A razĂŁo estĂĄ situada em Daath, a qual corresponde Ă  garganta na anatomia humana. DaĂ­ o tĂ­tulo do capĂ­tulo, “O Garrote”. A idĂ©ia Ă© que, forçando sua mente a seguir e, tanto quanto possĂ­vel, realizar a linguagem do AlĂ©m-Abismo, o estudante entĂŁo terĂĄ sua razĂŁo sob controle. Assim que a razĂŁo Ă© subjugada, o garrote Ă© removido; entĂŁo as influĂȘncias das supernais (Kether, Chokmah, Binah), nĂŁo mais inibidas por Daath, podem descer sobre Tiphareth, onde a vontade humana estĂĄ situada, inundando-a com sua inefĂĄvel luz.
  • 73. HADNU.COM 73 32 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΒ O MONTANHISTA ConsciĂȘncia Ă© sintoma de doença. Tudo que se move bem, se move sem vontade. Toda habilidade, todo esforço, toda intenção Ă© contrĂĄria Ă  naturalidade. Pratica mil vezes, e isto se torna difĂ­cil; mil vezes mil, e isto se torna fĂĄcil; mil vezes mil vezes mil vezes mil, e nĂŁo Ă© mais Tu que o fazes, mas sim Ele que o faz atravĂ©s de ti. AtĂ© entĂŁo, aquilo que Ă© feito nĂŁo serĂĄ bem feito. Assim falou FRATER PERDURABO enquanto pulava a pedra da morena* sem jamais pousar os olhos sobre o chĂŁo.
  • 74. 74 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΛΒ) Este tĂ­tulo Ă© uma mera referĂȘncia Ă  metĂĄfora do Ășltimo parĂĄgrafo do capĂ­tulo. Frater P., como se sabe, Ă© um montanhista. Este capĂ­tulo deve ser lido em conjunção com os capĂ­tulos 8 e 30. É uma instrução prĂĄtica, o ponto genĂ©rico desta sendo de fĂĄcil aprendizado em uma comparativamente curta prĂĄtica de Mantra-Yoga. Um mantra nĂŁo Ă© apropriadamente dito enquanto o homem sabe que o estĂĄ dizendo. O mesmo se aplica a todas as outras formas de MĂĄgicka. *(Nota trad.: (geol.) Acervo de pedras que as geleiras, quando descem, acumulam no ponto onde se fundem)
  • 75. HADNU.COM 75 33 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΓ BAPHOMET Uma ĂĄguia negra de duas cabeças Ă© DEUS; mesmo um TriĂąngulo Negro Ă© Ele. Em suas garras Ele traz uma espada; sim, uma espada afiada Ă© alĂ­ carregada. Esta Águia Ă© queimada no Grande Fogo; ainda assim, nem uma pena Ă© chamuscada. Esta Águia Ă© engolida no Grande Mar; ainda assim, nem uma pena Ă© molhada. Assim Ele voa no ar, e ilumina a terra ao Seu prazer. Assim disse IACOBUS BURGUNDUS MOLENSIS (17) o Grande Mestre do Templo; e do DEUS cuja cabeça Ă© de Burro ele nĂŁo ousou falar.
  • 76. 76 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΛΓ) 33 Ă© o nĂșmero do Último Grau da Maçonaria, o qual foi conferido a Frater P. no ano de 1900 da era vulgar por Don Jesus de Medina-Sidonia, na Cidade do MĂ©xico. Baphomet Ă© o misterioso nome do Deus dos TemplĂĄrios. A Águia descrita no parĂĄgrafo 1 Ă© a dos TemplĂĄrios. Este sĂ­mbolo maçÎnico Ă©, de qualquer forma, identificado por Frater P. com um pĂĄssaro, o qual Ă© o mestre dos quatro elementos e, por conseguinte, do nome Tetragrammaton. Jacobus Burgundus Molensis sofreu martĂ­rio na Cidade de Paris no ano de 1314 da era vulgar. Os segredos de sua ordem, entretanto, nĂŁo foram perdidos, e ainda estĂŁo sendo transmitidos aos merecedores pelos seus sucessores, como Ă© insinuado no Ășltimo parĂĄgrafo, o qual implica em conhecimento de um culto secreto, do qual o Grande Mestre nĂŁo falou. A Águia pode ser identificada, apesar de nĂŁo muito proximamente, com o FalcĂŁo previamente dito. É talvez o Sol, objeto exotĂ©rico de adoração de todos os cultos sensĂ­veis; nĂŁo deve ser confundido com outros aviĂĄrios que sĂŁo tambĂ©m objetos mĂ­sticos, como o cisne, a fĂȘnix, o pelicano, a pomba e assim por diante. OBS.: (1)Suas iniciais I.B.M. sĂŁo iniciais dos TrĂȘs Pilares do Templo, e somam 52, 13x4, BN, o Filho.
  • 77. HADNU.COM 77 34 ΚΕΩΑΛΗΗ Λ∆ O CÃO QUE FUMA Cada ato do homem Ă© a artimanha de uma lebre. Amor e Morte sĂŁo os galgos que o amaldiçoam. Deus criou os cĂŁes de caça e divertiu-se no esporte. Esta Ă© a ComĂ©dia de Pan: o homem pensa que ele estĂĄ caçando, enquanto aqueles cĂŁes o caçam. Esta Ă© a TragĂ©dia do Homem: quando, ao encarar o Amor e a Morte, ele se vĂȘ cercado. Ele nĂŁo Ă© mais lebre, mas javali. NĂŁo hĂĄ outras comĂ©dias ou tragĂ©dias. Deixa, entĂŁo, de ser o ridĂ­culo de Deus; em selvageria de amor e morte, vive tu e morre! Assim Sua risada vibrarĂĄ com Êxtase.
  • 78. 78 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Λ∆) O tĂ­tulo Ă© explicado na observação. O capĂ­tulo nĂŁo requer explicação; Ă© um ponto de vista definitivo sobre a vida, e recomendase um calculado curso de ação para roubar do criador o seu esporte cruel. OBS.: (18) Este capitulo foi escrito para clarear χΔφ −ÎčÎŽ, do qual Ă© a origem. FRATER PERDURABO percebeu esta verdade, ou mais precisamente sua primeira metade, a comĂ©dia, no cafĂ© da manhĂŁ no “Au Chien qui Fume”.
  • 79. HADNU.COM 79 35 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΕ VÊNUS DE MILO A vida Ă© tĂŁo feia e necessĂĄria quanto o corpo feminino. A morte Ă© tĂŁo bela e necessĂĄria quanto o corpo masculino. A alma estĂĄ alĂ©m do masculino e do feminino, assim como estĂĄ alĂ©m da Vida e da Morte. Mesmo o Lingam e a Yoni sĂŁo apenas desenvolvimentos diferentes de Um ÓrgĂŁo; entĂŁo sĂŁo tambĂ©m Vida e Morte apenas duas fases de Um Estado. Assim tambĂ©m, o Absoluto e o Relativo sĂŁo apenas formas DAQUELE. O que eu amo? NĂŁo hĂĄ forma, nem ser, a quem eu nĂŁo me dĂȘ totalmente. Toma-me, quem quiser!
  • 80. 80 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΛΕ) Este capĂ­tulo deve ser lido em conjunto com os capĂ­tulos 1, 3, 4, 8, 15, 16, 18, 24, 28, 29. A Ășltima frase do parĂĄgrafo 4 conecta-se com o primeiro parĂĄgrafo do capĂ­tulo 26. O tĂ­tulo “VĂȘnus de Milo” Ă© um argumento de sustentação dos parĂĄgrafos 1 e 2; sendo Ăłbvio, a partir dessa afirmação, que o corpo feminino torna-se belo o quanto mais se aproxima do masculino. O feminino deve ser considerado como tendo sido separado do masculino, para reproduzi-lo em uma forma superior, o absoluto; formando as condiçÔes o um absoluto. Nos dois Ășltimos parĂĄgrafos hĂĄ uma justificativa para a prĂĄtica que poderia ser chamada de prostituição sagrada. Na prĂĄtica comum de meditação, a idĂ©ia Ă© rejeitar todas as impressĂ”es, mas eis aqui uma prĂĄtica oposta, a qual Ă© muito mais difĂ­cil, na qual todas as coisas sĂŁo aceitas. Isto nĂŁo pode ser feito a nĂŁo ser que alguĂ©m seja capaz de realizar Dhyana ao menos em algo concebĂ­vel ao ver de outrem; de outra forma, a prĂĄtica seria apenas uma ordinĂĄria divagação mental.
  • 81. HADNU.COM 81 36 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΣ A SAFIRA ESTRELA Esteja o Adepto armado com sua Vara MĂĄgicka (e provido de sua Rosa MĂ­stica). No centro, que faça os sinais de L.U.X., ou, os conhecendo, se quiser e se atrever a fazĂȘ-los, os sinais de N.O.X., sendo os sinais de Puer, Vir, Puella, Mulier. Omita o sinal de I.R. EntĂŁo, que ele avance para o Leste, e faça o Sagrado Hexagrama, e diga: PATER ET MATER UNOS DEUS ARARITA. Que ele circunde atĂ© o Sul, faça o Sagrado Hexagrama e diga: MATER ET FILIUS UNUS DEUS ARARITA. Que ele circunde atĂ© o Oeste, faça o Sagrado Hexagrama e, entĂŁo, diga: FILIUS ET FILIA UNUS DEUS ARARITA. Que ele circunde atĂ© o Norte, faça o Sagrado Hexagrama e, entĂŁo, diga: FILIA ET PATER UNUS DEUS ARARITA. Que ele, entĂŁo, retorne ao Centro, e assim ao Centro de Tudo [fazendo a ROSA CRUZ como ele deve saber], dizendo; ARARITA ARARITA ARARITA. Os sinais aĂ­ devem ser os de Set triunfante e de Baphomet. TambĂ©m Set aparecerĂĄ no CĂ­rculo. Que ele beba do Sacramento e comungue do mesmo.] EntĂŁo que ele diga: OMNIA IN DUOS: DUO IN UNUM: UNUS IN NIHIL: HAEC NEC QUATUOR NEC OMNIA NEC DUO NEC UNUS NEC NIHIL SUNT. GLORIA PATRI ET MATRI ET FILIO ET FILIAE ET SPIRITUI SANCTO EXTERNO ET SPIRITUI SANCTO INTERNO UT ERAT EST ERIT IN SAECULA SAECULORUM SEX IN UNO PER NOMEN SEPTEM IN UNO ARARITA.
  • 82. 82 O LIVRO DAS MENTIRAS Que ele, entĂŁo, repita os sinais de L.U.X., mas nĂŁo os sinais de N.O.X.: pois nĂŁo Ă© ele quem deverĂĄ erguer-se no Sinal de Ísis Regozijante.
  • 83. HADNU.COM 83 COMENTÁRIO (ΛΣ) A Safira Estrela corresponde ao Rubi Estrela do capĂ­tulo 25; 36 sendo o quadrado de 6, como 25 Ă© de 5. Este capĂ­tulo apresenta o verdadeiro e perfeito Ritual do Hexagrama. Seria imprĂłprio comentar alĂ©m disto sobre um ritual oficial da A.·.A.·.
  • 84. 84 O LIVRO DAS MENTIRAS 37 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΖ DRAGÕES Pensamento Ă© a sombra do eclipse de Luna. Samadhi Ă© a sombra do eclipse do Sol. A lua e a terra sĂŁo o nĂŁo-ego e o ego: o Sol Ă© AQUELE. Ambos os eclipses sĂŁo escuridĂŁo; ambos sĂŁo excedentemente raros; o Universo, em si mesmo, Ă© Luz.
  • 85. HADNU.COM 85 COMENTÁRIO (ΛΖ) No Oriente, supĂ”e-se que os DragĂ”es causam eclipses, devorando os luminares. Talvez haja algum significado no nĂșmero do capĂ­tulo, que Ă© o de Jechidah, a mais alta unidade da alma. Neste capĂ­tulo, dĂĄ-se a idĂ©ia de que toda limitação e todo mal sĂŁo acidentes extremamente raros; nĂŁo pode haver noite em todo o Sistema Solar, exceto em pontos raros, onde a sombra de um planeta Ă© volvida por si prĂłprio. É um sĂ©rio infortĂșnio vivermos numa Ă­nfima regiĂŁo do sistema, onde a escuridĂŁo alcança a casa dos 50 por cento. O mesmo Ă© vĂĄlido para condiçÔes morais e espirituais.
  • 86. 86 O LIVRO DAS MENTIRAS 38 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΗ PELE DE CORDEIRO Cowan, dĂĄ o fora! Tyle! Jura abarcar tudo. Este Ă© o mistĂ©rio. Vida! A mente Ă© a traidora. Mata a mente. Que o cadĂĄver da mente jaza, sem ser enterrado, na borda do Grande Mar! Morte! Este Ă© o mistĂ©rio. Tyle! Cowan, dĂĄ o fora!
  • 87. HADNU.COM 87 COMENTÁRIO (ΛΗ) Este CapĂ­tulo serĂĄ prontamente inteligĂ­vel aos Maçons, e nĂŁo pode ser explicado a outros.
  • 88. 88 O LIVRO DAS MENTIRAS 39 ΚΕΩΑΛΗΗ ΛΘ O LOOBY Apenas loobies encontram excelĂȘncia nestas palavras. É de se pensar que A Ă© nĂŁo-A; reverter isso Ă© apenas reverter ao normal. Entretanto, forçando o cĂ©rebro a aceitar teoremas em que uma parte seja absurda e a outra uma verdade, uma nova função cerebral Ă© estabelecida. O conteĂșdo desta nova consciĂȘncia Ă© vago e misterioso e todo indefinido; embora de alguma forma fundamental. AtravĂ©s do uso, torna-se luminoso. NĂŁo-RazĂŁo torna-se ExperiĂȘncia. Isso auxilia a alma de pĂ©-de-chumbo em direção Ă  experiĂȘncia d’AQUELE do qual RazĂŁo Ă© a blasfĂȘmia. Mas, sem essa ExperiĂȘncia, estas palavras sĂŁo as Mentiras de um Looby. Assim, um Looby para ti, e um Burro para mim, e um Rubi-Espinela para DEUS, pode ser!
  • 89. HADNU.COM 89 COMENTÁRIO (ΛΘ) A palavra Looby Ă© encontrada no folclore, e supĂ”e-se que o autor, no momento de escrever este livro (o que fez quando estava longe de livros de referĂȘncia), buscou significar parte “booby”, parte “lout” (*Nota Trad.: DaĂ­ a impossibilidade de traduzir o nome deste capĂ­tulo; sendo “booby” burro e “lout” estĂșpido, imbecil; “looby” seria uma conjunção destes dois termos). Poderia ser ainda similar a “Parsifal”. Os parĂĄgrafos 2-6 explanam o mĂ©todo que foi dado nos capĂ­tulos 11 e 31. Este mĂ©todo, de qualquer maneira, aparece ao longo do livro por diversas ocasiĂ”es, e mesmo no prĂłprio capĂ­tulo Ă© empregado nos Ășltimos parĂĄgrafos.
  • 90. 90 O LIVRO DAS MENTIRAS 40 ΚΕΩΑΛΗΗ Μ O HIMOG Uma rosa vermelha absorve todas as cores, menos o vermelho; vermelho, portanto, Ă© a Ășnica cor que isto nĂŁo Ă©. Esta Lei, RazĂŁo, Tempo, Espaço, toda Limitação, cega-nos Ă  Verdade. Tudo o que sabemos sobre o Homem, Natureza, Deus, Ă© apenas aquilo que eles nĂŁo sĂŁo; Ă© aquilo que eles rejeitam como repugnante. O HIMOG Ă© visĂ­vel apenas na medida em que Ă© Ele imperfeito. EntĂŁo, todos os que NĂŁo parecem gloriosos sĂŁo gloriosos, tal como o HIMOG Ă© Todo-Glorioso por dentro? Talvez assim seja. Como, entĂŁo, distinguir o inglĂłrio e perfeito HIMOG do inglĂłrio homem da terra? NĂŁo distingas! Mas a ti mesmo Extingue: HIMOG Ă©s tu, e HIMOG tu serĂĄs.
  • 91. HADNU.COM 91 COMENTÁRIO (Μ) O parĂĄgrafo 1 Ă©, claramente, um fato cientĂ­fico conhecido. No parĂĄgrafo 2, sugere-se analogicamente que tudo em que se pode pensar sĂŁo disfarces similares para a Realidade InconcebĂ­vel. Classificando assim todas as coisas como ilusĂ”es, a pergunta surge quanto Ă  distinção entre ilusĂ”es; como poderemos dizer se um HIMOG o Ă© realmente, se podemos ver nele apenas suas imperfeiçÔes? “pode ser que aquele mendigo seja um Rei.” Mas estas consideraçÔes nĂŁo devem causar problemas Ă  mente do Chela; Ă© melhor deixĂĄ-lo ocupar-se com a tarefa de se desembaraçar de sua personalidade; isto, e nĂŁo a crĂ­tica de seu sagrado Guru, deve ser a ocupação de seus dias e noites. (19) HIMOG Ă© um Notaricon das palavras Holy Illuminated Man of God, ou Sagrado Homem Iluminado de Deus.
  • 92. 92 O LIVRO DAS MENTIRAS 41 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΑ CARNE PICADA Em V.V.V.V.V. a Grande Obra Ă© perfeita. Portanto, ninguĂ©m hĂĄ que nĂŁo pertença a V.V.V.V.V. Em qualquer um pode ele manifestar-se; porĂ©m em um ele escolheu se manifestar; e este deu Seu anel como um selo de Autoridade para a Obra da A.·.A.·., atravĂ©s dos colegas de FRATER PERDURABO. Mas isto diz respeito a eles e Ă  sua administração; nĂŁo se refere a ninguĂ©m abaixo do Grau de Adepto Exempto, e tal apenas por designação. TambĂ©m - posto que, abaixo do Abismo, a RazĂŁo Ă© o Senhor - que o homem procure pela experiĂȘncia, e nĂŁo por perguntas.
  • 93. HADNU.COM 93 COMENTÁRIO (ΜΑ) O tĂ­tulo Ă© explicado apenas em parte na nota; significa que as declaraçÔes neste capĂ­tulo devem ser entendidas do modo mais ordinĂĄrio e comum, sem nenhum senso mĂ­stico. V.V.V.V.V. Ă© o mote de um Mestre do Templo (ou tanto Ele desvelou aos Adeptos Exemptos) a quem se refere Liber LXI. É ele o responsĂĄvel por todo o desenvolvimento da A.·.A.·., movimento que tem sido associado Ă  publicação de The Equinox; e Seu pronunciamento Ă© conservado nos escritos sagrados. É inĂștil indagar sobre Sua natureza; fazĂȘ-lo conduz a certo desastre. Sua autoridade Ă© exibida, quando necessĂĄrio, Ă s pessoas apropriadas, mesmo assim nunca a ninguĂ©m abaixo do grau de Adepto Exempto. A pessoa que pergunta sobre tais assuntos Ă© polidamente solicitada a trabalhar, e a nĂŁo fazer perguntas cujos assuntos de maneira nenhuma lhe dizem respeito. O nĂșmero 41 Ă© o da MĂŁe EstĂ©ril. OBS.: (20) I.e. comida condizente aos americanos.
  • 94. 94 O LIVRO DAS MENTIRAS 42 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΒ DIABOS DE PÓ No Vento da mente, nasce a turbulĂȘncia chamada Eu. Ele rompe; inunda os pensamentos estĂ©reis. Toda vida Ă© sufocada. Este deserto Ă© o Abismo onde estĂĄ o Universo. As Estrelas sĂŁo apenas cardos nesta aridez. Contudo, este deserto Ă© apenas um lugar amaldiçoado num mundo de glĂłria. Agora e novamente, Viajantes cruzam o deserto; eles vĂȘm do Grande Mar, e para o Grande Mar eles vĂŁo. Enquanto caminham, eles derramam ĂĄgua; um dia eles irrigarĂŁo o deserto, atĂ© que floresça. VĂȘ! cinco pegadas de um Camelo! V.V.V.V.V.
  • 95. HADNU.COM 95 COMENTÁRIO (ΜΒ) 42 Ă© o Grande NĂșmero da Maldição. Veja “Liber 418”, “Liber 500”, e o ensaio sobre Cabala em “O Templo do Rei SalomĂŁo”. Este nĂșmero Ă© tido como sendo toda mixĂłrdia e maldição. O capĂ­tulo deve ser lido mais esmeradamente em conexĂŁo com o 10o Aethyr. É a esta dramĂĄtica experiĂȘncia que o mesmo se refere. A mente Ă© chamada de “vento” por causa de sua natureza; como tem sido freqĂŒentemente explicado, as idĂ©ias e as palavras sĂŁo idĂȘnticas. Nesta livre fluĂȘncia, a matĂ©ria descentralizada origina um turbilhĂŁo; uma espiral enrolada sobre si mesma. A teoria da formação do Ego Ă© a mesma dos Hindus, cujo Ahamkara Ă© em si mesmo uma função da mente, que cria o seu ego. Este Ego Ă© inteiramente divino. Zoroastro descreve Deus como tendo a cabeça do FalcĂŁo e uma força espiral. SerĂĄ difĂ­cil entender este capĂ­tulo sem alguma experiĂȘncia na transformação de valores (N. Trad.: transformação de letras em nĂșmeros e vice-versa, especificamente nos sistemas hebraico e grego), que ocorre atravĂ©s de todo este livro em quase todas as outras frases. Transformação de valores Ă© apenas o aspecto moral do mĂ©todo da contradição. A palavra “turbulĂȘncia” Ă© aplicada ao Ego para sugerir a francesa “tourbillon”, redemoinho, o falso Ego ou diabo-de-pĂł. A vida verdadeira, a vida que nĂŁo tem consciĂȘncia do “Eu”, Ă© tida como sendo sufocada pelo falso ego, ou melhor, pelos pensamentos que suas explosĂ”es produzem. No parĂĄgrafo 4, isso se expande a um plano microscĂłsmico. Os mestres do Templo sĂŁo agora apresentados; eles nĂŁo sĂŁo habitantes deste deserto; seu domicĂ­lio nĂŁo Ă© este universo. Eles VĂȘm do Grande Mar, Binah, a Cidade das PirĂąmides. V.V.V.V.V. Ă© indicado como um destes viajantes. Ele Ă© descrito como um Camelo, nĂŁo pela conotação do modo francĂȘs desta palavra, mas porque “camelo” em hebraico Ă© Gimmel, e Gimmel Ă© o caminho que leva de Tiphareth a Kether, unindo Microprosopus e Macroprosopus, i.e., realizando a Grande Obra.
  • 96. 96 O LIVRO DAS MENTIRAS O arcano equivalente a Gimmel no TarĂŽ Ă© A Sacerdotisa, a Senhora da Iniciação; pode-se mesmo dizer, o Sagrado Anjo GuardiĂŁo.
  • 97. HADNU.COM 97 43 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΓ COPAS DE AMOREIRAS Sangue negro sobre o altar! E, acima, o farfalhar das asas dos anjos! Sangue negro da fruta doce, a flor ferida, violada - Isso pĂ”e A Roda movendo a agulha. A Morte Ă© o vĂ©u da Vida; e Vida, da Morte; pois ambas sĂŁo Deuses. Isso Ă© o que estĂĄ escrito: “uma festa para a vida, e uma festa maior para a morte!”, n’O LIVRO DA LEI. O sangue Ă© a vida do indivĂ­duo: oferece entĂŁo sangue!
  • 98. 98 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΜΓ) O tĂ­tulo refere-se Ă  lenda hebraica na qual o profeta ouve “um deslizar na copa das amoreiras”; e Ă  frase de Browning, “uma amoreira ferida, de sangue negro”. Na “TragĂ©dia do Mundo”, “Deuses Familiares”, “O EscorpiĂŁo”, e tambĂ©m “O Deus Devorador”, o leitor poderĂĄ estudar a eficĂĄcia do estupro e do sacrifĂ­cio de sangue, como fĂłrmulas mĂĄgicas. Sangue e virgindade tĂȘm sido as oferendas mais satisfatĂłrias a todos os deuses, mas especialmente ao Deus CristĂŁo. No Ășltimo parĂĄgrafo, a razĂŁo disto Ă© explicada: Ă© porque tais sacrifĂ­cios vĂȘm sob a Grande Lei da Rosa Cruz, o basta Ă  individualidade, como tem sido explicado ad nauseam nos capĂ­tulos anteriores. NĂłs retornaremos freqĂŒentemente a tal assunto. Por “roda movendo a agulha” expressa-se a manifestação da força mĂĄgica, o espermatozĂłide no phallus cĂŽnico. Sobre rodas, veja o capĂ­tulo 78.
  • 99. HADNU.COM 99 44 ΚΕΩΑΛΗΗ Μ∆ A MISSA DA FÊNIX O Magista, seu peito nu, permanece diante de um altar no qual estĂŁo seu Cinzel, seu Sino, seu TurĂ­bulo, e dois Bolos da Luz. Com o Sinal do Entrante, ele alcança o Oeste cruzando o altar, e clama: Salve Ra, que vais em Tua barca Adentrando as Cavernas das Trevas! Ele faz o sinal de SilĂȘncio, e toma o sino, e Fogo, em suas mĂŁos. O Leste do Altar me vĂȘ de pĂ© Com Luz e MĂșsicka em minha mĂŁo! Ele bate Onze vezes no Sino 3 3 3 - 5 5 5 5 5 - 3 3 3 e pĂ”e o Fogo no TurĂ­bulo. Eu toco o Sino: Eu acendo a chama: Eu pronuncio o Nome misterioso. ABRAHADABRA Ele bate Onze vezes no Sino. Agora eu começo a rezar: Tu Criança, Sagrado Teu nome e impoluto! Teu reino Ă© vindo: Tua vontade Ă© feita. Aqui estĂĄ o PĂŁo; aqui estĂĄ o Sangue. Conduze-me atravĂ©s da meia-noite atĂ© o Sol! Salva-me do Mal e do Bem! Que Tua coroa, Ășnica de todas as Dez, Mesmo agora e aqui seja minha. AMÉN. Ele pĂ”e o primeiro Bolo no Fogo do TurĂ­bulo. Eu queimo o Incenso-bolo e proclamo Estas adoraçÔes de Teu nome. Ele as faz como em Liber Legis, e bate de novo Onze vezes no Sino.
  • 100. 100 O LIVRO DAS MENTIRAS Com o Cinzel ele entĂŁo faz sobre seu peito o sinal apropriado. VĂȘ este meu peito que sangra Talhado com o sinal sacramental! Ele pĂ”e o segundo Bolo na ferida. Eu estanco o sangue; a hĂłstia absorve E o alto sacerdote invoca! Ele come o segundo Bolo. Este PĂŁo eu como. Este Juramento eu prometo Enquanto me inflamo com a oração: “NĂŁo hĂĄ graça: nĂŁo hĂĄ culpa: Esta Ă© a Lei: FAZE O TU QUERES!” Ele bate Onze vezes no Sino, e clama ABRAHADABRA. Eu adentrei com pesar; com alegria eu agora vou adiante e agradecendo, Para realizar meu prazer sobre a terra Entre as legiĂ”es dos que estĂŁo vivendo. Ele segue adiante.
  • 101. HADNU.COM 101 COMENTÁRIO (Μ∆) Este Ă© o nĂșmero especial de HĂłrus; Ă© o sangue hebraico; e a multiplicação de 4 pelo 11, o nĂșmero de Magick, explana 4 em seu melhor sentido. Mas veja em particular os relatos em Equinox I, vii, sobre circunstĂąncias do EquinĂłcio dos Deuses. A palavra “FĂȘnix” pode ser tida como incluindo a idĂ©ia de “Pelicano”, o pĂĄssaro que, diz a fĂĄbula, alimenta seus filhotes com o sangue de seu prĂłprio peito. Contudo as duas idĂ©ias, apesar de cognatas, nĂŁo sĂŁo idĂȘnticas, e “FĂȘnix” Ă© o sĂ­mbolo mais exato. Este capĂ­tulo explica o capĂ­tulo 62. Seria imprĂłprio comentar mais sobre um ritual que tem sido aceito como oficial pela A.·.A.·.
  • 102. 102 O LIVRO DAS MENTIRAS 45 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΕ MÚSICA CHINESA “Explica este acontecimento!” } Que“Tem de ter uma causa ‘natural’.” “Tem de ter uma causa ‘sobrenatural’.” estes dois burros sejam triturados e moĂ­dos. Pode, poderia, tem que, deveria, provavelmente, pode ser, poderĂ­amos assegurar, deve-se, isso Ă© duramente questionĂĄvel, Ă© quase certo - pobres picaretas! deixa-os pastar! Prova Ă© possĂ­vel apenas em matemĂĄtica; e matemĂĄtica Ă© apenas uma questĂŁo de convençÔes arbitrĂĄrias. E, contudo, a dĂșvida Ă© boa serva, mas um mestre ruim; uma perfeita amante, mas uma esposa ranheta. “Branco Ă© branco” Ă© o chicote do supervisor; “branco Ă© negro” Ă© a senha do escravo. O Mestre nĂŁo dĂĄ atenção. Os chineses nĂŁo conseguem deixar de pensar que a oitava tem 5 notas. Quanto mais necessĂĄrio algo parece ser para minha mente, mais certo Ă© que eu o declare uma limitação. Eu dormi com a FĂ©, e encontrei um cadĂĄver em meus braços ao acordar; Eu bebi e dancei toda a noite com a DĂșvida, e encontrei-a como uma virgem pela manhĂŁ.
  • 103. HADNU.COM 103 COMENTÁRIO (ΜΕ) O tĂ­tulo deste capĂ­tulo Ă© tirado do parĂĄgrafo 7. NĂłs agora, pela primeira vez, atacamos a questĂŁo da dĂșvida. “O Soldado e o Corcunda” deveria ser criteriosamente estudado nesta conexĂŁo. A atitude recomendada Ă© o ceticismo, mas um ceticismo sob controle. A dĂșvida inibe a ação, assim como a fĂ© a cega. Todos os melhores Papas foram AteĂ­stas, mas talvez o melhor deles tenha observado um dia: “Quantum nobis prodest haec fabula Christi”. O soberano afirma os fatos como sĂŁo; o escravo nĂŁo tem opção, portanto, a nĂŁo ser repudiĂĄlos, para expressar seu descontentamento. DaĂ­ tais absurdos como “LibertĂ©, EgalitĂ©, FraternitĂ©â€ (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), “In God we trust” (Em Deus confiamos), e coisas do tipo. Similarmente encontramos, hoje em dia, pessoas afirmando que a mulher Ă© superior ao homem, e que todos os homens nascem iguais. O Mestre (em linguagem tĂ©cnica, o Magus) nĂŁo se importa com fatos: ele nĂŁo se preocupa se uma coisa Ă© verdadeira ou nĂŁo: ele usa a verdade e a mentira indiscriminadamente, para servir aos seus fins. O escravos consideram-no imoral, e pregam contra ele no Hyde Park. Nos parĂĄgrafos 7 e 8 encontramos uma declaração muito importante, um aspecto prĂĄtico do fato de que toda a verdade Ă© relativa, e no Ășltimo parĂĄgrafo vemos como o ceticismo mantĂ©m a mente fresca, enquanto que a fĂ© morre no prĂłprio sono a que ela induz.
  • 104. 104 O LIVRO DAS MENTIRAS 46 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΩ BOTÕES E ROSETAS A causa da tristeza Ă© o desejo do Um para os Muitos, ou dos Muitos para o Um. Esta tambĂ©m pode ser a causa do prazer. Mas o desejo de um para outro Ă© todo tristeza; seu nascimento Ă© fome, e sua morte, saciedade. O desejo da mariposa pela estrela ao menos salva sua saciedade. Esfomeado sĂȘ tu, Oh homem, pelo infinito: sĂȘ insaciĂĄvel mesmo pelo finito; assim, n’O Fim tu devorarĂĄs o finito e te tornarĂĄs o infinito. SĂȘ tu mais voraz que o tubarĂŁo, mais cheio de Ăąnsia que o vento entre os pinheiros. O peregrino cansado combate; o peregrino saciado pĂĄra. A estrada termina acima: toda lei, toda natureza tem de ser conquistada. Faze-o pela virtude d’AQUELE em ti mesmo, diante do qual lei e natureza sĂŁo apenas sombras.
  • 105. HADNU.COM 105 COMENTÁRIO (ΜΩ) O tĂ­tulo deste capĂ­tulo Ă© mais bem explicado por uma referĂȘncia a Mistinguite e Mayol. Seria difĂ­cil decidir, e felizmente Ă© desnecessĂĄrio mesmo discutir, se a distinção de sua maestria Ă© a causa, resultado, ou ambos, de suas peculiaridades particulares. Persiste o fato de que, em vĂ­cio, como tudo mais, algumas coisas saciam, enquanto outras refrescam. Qualquer jogo no qual a perfeição Ă© facilmente alcançada logo pĂĄra de divertir, apesar de no começo ser tĂŁo violento o seu fascĂ­nio. Testemunhe a tremenda, embora transitĂłria, moda do pingue-pongue e do diabolo. Estes jogos, nos quais a perfeição Ă© impossĂ­vel, nunca param de atrair. A lição do capĂ­tulo Ă©, entĂŁo, erguer-se sempre faminto por comida, violar sempre a prĂłpria natureza. Continua a adquirir um gosto por aquilo que Ă© naturalmente repugnante: esta Ă© uma fonte infalĂ­vel de prazer, tendo uma vantagem adicional ao destruir os Sankharas, os quais, por mais que sejam “bons” em si mesmos, relativamente a outros Sankharas, sĂŁo barreiras sobre O Caminho; sĂŁo modificaçÔes do Ego e, portanto, sĂŁo essas coisas que o afastam do absoluto.
  • 106. 106 O LIVRO DAS MENTIRAS 47 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΖ PALAVRAS DE CATAVENTO Asana desfaz a consciĂȘncia AnatĂŽmica }”Rupturas” Pranayama desfaz a consciĂȘncia PsicolĂłgica }InvoluntĂĄrias Yama e Niyama desfazem a }”Rupturas” consciĂȘncia Ética. }VoluntĂĄrias Pratyhara desfaz o Objetivo. Dharana desfaz o Subjetivo. Dhyana desfaz o Ego. Samadhi desfaz a Alma Impessoal. Asana destrĂłi o corpo estĂĄtico (Nama). Pranayama destrĂłi o corpo dinĂąmico (Rupa). Yama destrĂłi as emoçÔes. Niyama destrĂłi as paixĂ”es. (Vedana). Dharana destrĂłi as percepçÔes (Sañña). Dhyana destrĂłi as tendĂȘncias (Sankhara). Samadhi destrĂłi a consciĂȘncia (Viññanam). Lagosta Ă  Thermidor destrĂłi a digestĂŁo. Do Ășltimo destes fatos Ă© que estou mais certo.
  • 107. HADNU.COM 107 COMENTÁRIO (ΜΖ) A alusĂŁo no tĂ­tulo nĂŁo estĂĄ totalmente clara, apesar de poder estar conectado ao penĂșltimo parĂĄgrafo. O capĂ­tulo consiste em dois pontos de vista referentes Ă  Yoga, duas Odes sobre a perspectiva distante do Templo de Madura, duas Elegias numa esteira de relva. O penĂșltimo parĂĄgrafo Ă© apresentado atravĂ©s de um repouso. O cinismo Ă© um grande remĂ©dio para o estudo excessivo. HĂĄ muito de cinismo neste livro, aqui e ali. Isso deve ser considerado como um pouquinho de amargura para quebrar o excesso de doçura do discurso. Assim previne-se o indivĂ­duo de cair no sentimentalismo.
  • 108. 108 O LIVRO DAS MENTIRAS 48 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΗ MOMI-RATOS O pĂĄssaro madrugador pega a minhoca; e a prostituta de doze anos atrai o embaixador. NĂŁo negligencies a meditação matinal! Os primeiros ovos de pernalta alcançam os preços mais altos; a flor da virgindade Ă© estimada pelo panda. NĂŁo negligencies a meditação matinal! Cedo deitar e cedo acordar Faz o homem saudĂĄvel, rico e sĂĄbio ficar: Mas tarde em vigĂ­lia e cedo em oração Conduz atravĂ©s d’O Abismo, Ă© o que dizem. NĂŁo negligencies a meditação matinal!
  • 109. HADNU.COM 109 COMENTÁRIO (ΜΗ) Este capĂ­tulo Ă© perfeitamente simples e nĂŁo necessita de nenhum comentĂĄrio. OBS.: (22) “The MĂŽme Raths Outgrabe” - Lewis Carrol. Mas “mĂŽme” Ă© a gĂ­ria parisiense para uma jovem garota, e “rathe” para cedo. “A prĂ­mula juvenil” - Milton.
  • 110. 110 O LIVRO DAS MENTIRAS 49 ΚΕΩΑΛΗΗ ΜΘ A FLOR DO WARATAH Sete sĂŁo os vĂ©us da dançarina do harĂ©m d’ELE. Sete sĂŁo os nomes, e sete sĂŁo as lĂąmpadas ao lado da cama Dela. Sete eunucos A guardam com espadas desembainhadas; Nenhum Homem aproxima-se Dela. Em seu copo de vinho estĂŁo as sete torrentes de sangue dos Sete EspĂ­ritos de Deus. Sete sĂŁo as cabeças d’A BESTA na qual Ela Cavalga. A cabeça de um Anjo: a cabeça de um Santo; a cabeça de um Poeta: a cabeça de Uma Mulher AdĂșltera: a cabeça de um Homem Valoroso; a cabeça de um SĂĄtiro; e a cabeça de um LeĂŁo-Serpente. Sete letras tem Seu mais sagrado nome, que Ă© Este Ă© o Selo sobre o Anel que estĂĄ no Indicador d’ELE: e este Ă© o Selo sobre as Tumbas daqueles a quem Ela assassinou. Aqui estĂĄ sabedoria. Que aquele que tem CompreensĂŁo conte o NĂșmero de Nossa Senhora; pois que ele Ă© o NĂșmero de uma Mulher; e Seu NĂșmero Ă© Cento e CinqĂŒenta e Seis.
  • 111. HADNU.COM 111 COMENTÁRIO (ΜΘ) 49 Ă© o quadrado de 7. 7 Ă© o nĂșmero passivo e feminino. O capĂ­tulo pode ser lido em conexĂŁo com o capĂ­tulo 31, pois ELE (N. Trad.: IT, no original em inglĂȘs) reaparece. O tĂ­tulo, o Waratah, Ă© uma voluptuosa flor de cor escarlate, comum na AustrĂĄlia, o que conecta este capĂ­tulo com os de nĂșmero 28 e 29; no entanto, isso Ă© apenas uma alusĂŁo, pois o assunto do capĂ­tulo Ă© NOSSA SENHORA BABALON, a qual Ă© concebida como a contraparte feminina d’ELE. Isso nĂŁo confirma muito a teogonia comum ou ortodoxa do capĂ­tulo 11; mas deve ser explicado pela natureza ditirĂąmbica deste capĂ­tulo. No parĂĄgrafo 3, NENHUM HOMEM Ă©, claramente, NEMO, o Mestre do Templo. “Liber 418” explicarĂĄ a maioria das alusĂ”es neste capĂ­tulo. Nos parĂĄgrafos 5 e 6, o autor identifica-se claramente com a BESTA referida no livro, no Apocalipse e em LIBER LEGIS. No parĂĄgrafo 6, a palavra “anjo” talvez se refira Ă  sua missĂŁo, e a palavra “leĂŁo-serpente” ao sigilo de seu decano ascendente. (Teth = Cobra = espermatozĂłide e Leo no ZodĂ­aco, o qual tem, como Teth, forma de serpente. Ξ escrevia-se originalmente {Sol} = Lingam-Yoni e Sol.) O parĂĄgrafo 7 explica a dificuldade teolĂłgica referida acima. HĂĄ apenas um Ășnico sĂ­mbolo, mas este sĂ­mbolo tem muitos nomes: destes nomes BABALON Ă© o mais sagrado. Este Ă© nome ao qual se refere em “Liber Legis” 1, 22. Repare que a figura de BABALON, ou seu sigilo, Ă© um selo sobre um anel, e este anel estĂĄ no dedo d’ELE. Isto identifica ainda mais o sĂ­mbolo consigo prĂłprio. Repare que este selo, a nĂŁo ser pela ausĂȘncia de margem, Ă© o selo oficial da A.·.A.·. Compare com o capĂ­tulo 3.
  • 112. 112 O LIVRO DAS MENTIRAS Diz-se tambĂ©m ser este o selo sobre as tumbas daqueles que foram por ela assassinados, que sĂŁo os Mestres do Templo. Conectando com o nĂșmero 49, ver “Liber 418”, 22o Aethyr; bem como as fontes usuais.
  • 113. HADNU.COM 113 50 ΚΕΩΑΛΗΗ Ν A VIGÍLIA DE SÃO HUBERT Na floresta, Deus encontrou o Escaravelho. “Alto! Reverencia-me!” pronunciou Deus. “Pois eu sou Todo Grandioso, Todo Bondoso, Todo SĂĄbio... As estrelas sĂŁo apenas faĂ­scas das forjas de Meus ferreiros...” “Sim, verdadeiramente e AmĂ©n,” disse o Escaravelho, “acredito em tudo isto, e com devoção.” “EntĂŁo porque vocĂȘ nĂŁo me reverencia?” “Porque eu sou real, e vocĂȘ Ă© apenas imaginĂĄrio.” Mas as folhas da florestas farfalharam com a gargalhada do vento. Disseram o Vento e a Madeira: “Nenhum dos dois sabe de nada!”
  • 114. 114 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Ν) SĂŁo Hubert parece ter sido um santo que viu um besouro ou escaravelho de natureza mĂ­stica ou sagrada. O Escaravelho nĂŁo deve ser identificado com o do capĂ­tulo 16. É apenas um toque literĂĄrio. O capĂ­tulo Ă© uma resolução do universo dentro do Tetragrammaton; Deus, o macrocĂłsmico, e o besouro microcĂłsmico. Ambos imaginam existir; ambos dizem “vocĂȘ” e “eu”; e discutem sua realidade relativa. As coisas que realmente existem, as coisas que nĂŁo tem Ego e falam apenas na terceira pessoa, consideram-nos ignorantes, uma vez que eles afirmam seu Conhecimento.
  • 115. HADNU.COM 115 51 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΑ TRABALHO PARA TERRIER Duvida. Duvida de ti prĂłprio. Duvida mesmo se duvidares de ti prĂłprio. Duvida de tudo. Duvida mesmo se duvidares de tudo. Parece, Ă s vezes, como se debaixo de toda dĂșvida consciente repousasse alguma profunda certeza. Oh, mata-a! Assassina a serpente! Seja exaltado o chifre do Bode-DĂșvida. Mergulha profundamente, sempre profundamente, no Abismo da Mente atĂ© que descubras AQUELA raposa. Vamos, cĂŁes! Isca! Pega! Leva AQUELA ao encurralamento! EntĂŁo, enrosca a Morte!
  • 116. 116 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΑ) O nĂșmero 51 significa falha e dor, e seu assunto Ă©, apropriadamente, a dĂșvida. O tĂ­tulo refere-se ao saudĂĄvel e fascinante esporte da caça Ă  raposa, que Frater Perdurabo praticou em sua juventude. Este capĂ­tulo deve ser lido em conexĂŁo com “O Soldado e o Corcunda”, do qual Ă©, em certo aspecto, uma epĂ­tome. Seu significado Ă© suficientemente claro, mas nos parĂĄgrafos 6 e 7 repara-se que a identificação do Soldado com o Corcunda chegou a tal intensidade, que hĂĄ um intercĂąmbio entre os sĂ­mbolos; o entusiasmo sendo representado como uma cobra sinuosa; o ceticismo, como o Bode do Sabbath. Em outras palavras, Ă© alcançado um estado no qual a destruição Ă© ainda mais prazerosa que a criação. (Compare com o capĂ­tulo 46) AlĂ©m deste, estĂĄ um estado mental ainda mais profundo, que Ă© AQUELE.
  • 117. HADNU.COM 117 52 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΒ O CHAMARIZ DO TOURO Oitenta e onze livros eu escrevi; em cada um eu expus A GRANDE OBRA por inteiro, d’O InĂ­cio atĂ© O Fim. EntĂŁo, por fim, vieram certos homens a mim, dizendo: Oh Mestre! ExpĂ”e A GRANDE OBRA para nĂłs, Oh Mestre! E eu me calei. Oh, geração de fofoqueiros! quem os libertarĂĄ da FĂșria que cai sobre vocĂȘs? Oh, Tagarelas, FalastrĂ”es, Faladores, Loquazes, Mexeriqueiros, Batedores de Papo vermelho que inflamam Ápis, o Redentor, em fĂșria: aprendam primeiro o que Ă© Trabalho! e A GRANDE OBRA nĂŁo estĂĄ muito alĂ©m!
  • 118. 118 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΒ) 52 Ă© B N, o nĂșmero do Filho, OsĂ­ris-Ápis, o Redentor, com quem o Mestre (Fra. P.) se identifica. Ele se permite, por um momento, ao prazer de sentir seus ferimentos; e, voltandose para sua geração, chifra-a com seus cornos. Os oitenta e onze livros nĂŁo se referem, achamos, aos noventa e um capĂ­tulos desta pequena obra-prima, ou mesmo aos numerosos volumes que ele escreveu, mas sim ao fato de que 91 Ă© o nĂșmero de AmĂ©n, implicando na completude de seu trabalho. No Ășltimo parĂĄgrafo hĂĄ uma paranomĂĄsia. “Bater um papo vermelho” (N. Trad.: “To chew the red rag”, no original) Ă© uma expressĂŁo para o bate-papo sem sentido e persistente, enquanto Ă© notĂłrio que um pano vermelho provocarĂĄ a ira do touro.
  • 119. HADNU.COM 119 53 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΓ O RABDOMANTE Uma volta no prado. IrmĂŁo, o galho da aveleira abaixou? Duas voltas no pomar. IrmĂŁo, o galho da aveleira abaixou? TrĂȘs voltas no curral. Acima, abaixo, astuto, sagrado, abaixa, abaixa, abaixa! EntĂŁo relinchou o cavalo no curral - e vĂȘ! - suas asas. Pois quem descobriu a PRIMAVERA sob a terra, percorre o caminho da terra para trilhar os cĂ©us. Esta PRIMAVERA Ă© tripla; de ĂĄgua, mas tambĂ©m de aço e de estaçÔes. TambĂ©m este CURRAL Ă© o Sapo que tem a jĂłia entre seus olhos - Aum Mani Padmen Hum! (Livrai-nos do Mal!)
  • 120. 120 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΓ) Um rabdomante pratica divinação, normalmente, com o objetivo de descobrir ĂĄgua ou minerais atravĂ©s das vibraçÔes de um galho de aveleira. O prado representa a flor da vida; o pomar, seus frutos. O curral, sendo reservado aos animais, representa a vida em si mesma. Quer dizer, a fonte secreta da vida Ă© encontrada no lugar da vida, resultando que o cavalo, que representa a vida animal ordinĂĄria, transforma-se em PĂ©gasus, o cavalo divino. No parĂĄgrafo 6, vemos esta primavera identificada com o phallus, pois este Ă© nĂŁo sĂł uma fonte de ĂĄgua, mas altamente elĂĄstico, ao passo que as referĂȘncias Ă s estaçÔes aludem Ă s linhas de Lord Tennyson: “Na primavera, o pĂĄssaro mensageiro se transforma no pombo crescido, Na primavera, as fantasias luminosas de um rapaz se transformam em pensamentos de amor” - Locksley Hall. No parĂĄgrafo 7, o lugar da vida, o universo de almas animais, Ă© identificado com o sapo, o qual “Feio e venenoso, NĂŁo obstante usa uma jĂłia preciosa em sua cabeça” - Romeu e Julieta Essa jĂłia Ă© a faĂ­sca divina no homem, e mesmo em tudo o que “vive, e se move, e tem existĂȘncia”. Note esta frase, a qual Ă© altamente sugestiva; a palavra “vive” excluindo o reino mineral, a palavra “move” excluindo o reino vegetal, e “existĂȘncia” excluindo os animais inferiores, inclusive a mulher. Este “sapo” e esta “jĂłia” sĂŁo adiante identificados com o LĂłtus e a jĂłia do conhecido aforisma Budista, e parece sugerir que este “sapo” Ă© a Yoni; a sugestĂŁo Ă© depois reforçada pela frase final entre parĂȘnteses, “Livrai-nos do mal”, posto que, apesar de ser o lugar da vida e o veĂ­culo da graça, pode ser desastrosa.
  • 121. HADNU.COM 121 54 ΚΕΩΑΛΗΗ Ν∆ BISBILHOTICE Quarenta e cinco aprendizes maçons desempregados! Quinze companheiros desempregados! TrĂȘs Mestres Maçons desempregados! Todos estes sentados em suas ancas esperando pel’O Relato dos viajantes; pois A PALAVRA foi perdida. Este Ă© o Relato dos Viajantes: A PALAVRA era AMOR (23); e seu nĂșmero Ă© Cento e onze. EntĂŁo, cada um disse AMO (24); pois seu nĂșmero Ă© Cento e onze. Cada um pegou a Colher de seu COLO (25), cujo nĂșmero Ă© Cento e onze. Cada um chamou ademais pela Deusa NINA (26); pois seu nĂșmero Ă© Cento e onze. Apesar de tudo isto, A Obra deu errado; pois A PALAVRA DA LEI É THELEMA.
  • 122. 122 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Ν∆) O tĂ­tulo deste capĂ­tulo refere-se ao dever do Tyler numa loja azul de Maçonaria Livre. Os nĂșmeros nos parĂĄgrafos de 1 a 3 sĂŁo significativos; cada Mestre- Maçon Ă© assessorado por 5 companheiros e cada Companheiro por 3 Aprendizes, como se os Mestres estivessem sentados sobre pentagramas, e os Companheiros em triĂąngulos. Isto pode referir-se ao nĂșmero de sinais manuais em cada um destes graus. A moral do capĂ­tulo Ă©, aparentemente, que a letra-mĂŁe Aleph Ă© uma solução inadequada para o Grande Problema. Aleph Ă© identificada com a Yoni, pois todos os sĂ­mbolos conectados sĂŁo femininos, mas Aleph Ă© tambĂ©m o nĂșmero de Samadhi e misticismo; e a doutrina, portanto, Ă© que a MĂĄgicka, no mais alto sentido explicado no “Livro da Lei”, Ă© a verdadeira chave. OBS.: (23) Amor, LOVE = L: 30, 0: 70, V: 6, E: 5 = 111 (A. Trad.: pelo sistema numerolĂłgico, AMOR = A: 1, M: 4, O: 6, R: 9 = 20/2, o nĂșmero do Eon, grande nĂșmero feminino, a Grande MĂŁe. JĂĄ atravĂ©s da Gematria, teremos A = 1, M = 40, O = 70, R = 200, = 274, nĂșmero dos Caminhos.) (24) A = 1, M = 40, O = 70 , = 111. (25) A colher tem o formato de um diamante ou Yoni. Colo, em InglĂȘs: lap. L = 30, A = 1, P = 80, = 111. (26) N = 50, I = 10, N = 50, A = 1, = 111.
  • 123. HADNU.COM 123 55 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΕ O GIRASSOL GOTEJANTE O Pensamento desapareceu; toda minha mente foi rasgada em farrapos: nĂŁo! NĂŁo! minha cabeça foi misturada Ă  polpa da madeira, e nela o Jornal DiĂĄrio foi impresso. Assim eu escrevo, desde que meu Único Amor foi-se de mim. Eu nĂŁo consigo trabalhar: Eu nĂŁo consigo pensar: Eu procuro distração aqui: Eu procuro distração ali: mas esta Ă© toda a minha verdade, que Eu, que amo, perdi; e como poderei recuperar? Eu preciso ter dinheiro para ir Ă  AmĂ©rica. Oh, SĂĄbio! Calcula teu SalĂĄrio, ou na PĂĄgina de Tua Idade estarĂĄ escrito Raiva! Oh, minha querida! NĂłs nĂŁo devĂ­amos ter gasto Noventa Libras naquelas TrĂȘs Semanas em Paris!... Talha as rupturas em teu braço com um machado!
  • 124. 124 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΕ) O nĂșmero 55 refere-se a Malkuth, a Noiva; o capĂ­tulo deve, entĂŁo, ser lido em conexĂŁo com os capĂ­tulos 28, 29, 49. O “girassol gotejante” Ă© o coração, que precisa de luz divina. Desde que Jivatma foi separado de Paramatma, como no parĂĄgrafo 2, nĂŁo apenas a Unidade Divina Ă© destruĂ­da, mas Daath, ao invĂ©s de ser a Criança de Chokmah e Binah, se torna o Abismo, e os Qliphoth surgem. O Ășnico sentido perene Ă© o de perda, e o desejo de reaver. No parĂĄgrafo 3, vĂȘ- se que isto Ă© impossĂ­vel, devido (parĂĄgrafo 4) a ele nĂŁo ter feito os devidos arranjos para recuperar a posição original, antes de fazer as divisĂ”es. No parĂĄgrafo 5, Ă© mostrado que, por permissĂŁo ao prazer, esquece-se das coisas realmente importantes. Aquele que chafurda em Samadhi lamenta-se por isso depois. O Ășltimo parĂĄgrafo explica quais precauçÔes devem ser tomadas contra isto. O nĂșmero 90 no Ășltimo parĂĄgrafo nĂŁo Ă© mero fato, mas simbolismo; 90 sendo o nĂșmero de Tzaddi, a Estrela, vista em seu sentido exotĂ©rico, como uma mulher nua, brincando num ribeirĂŁo, rodeada por pĂĄssaros e borboletas. O machado Ă© recomendado no lugar da navalha, por ser uma arma mais poderosa. NĂŁo se pode ser tĂŁo severo ao se verificar qualquer tropeço no trabalho, qualquer digressĂŁo do Caminho.
  • 125. HADNU.COM 125 56 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΊ PROBLEMA COM GÊMEOS Sagrada, Sagrada, Sagrada, atĂ© Quinhentas e CinqĂŒenta e Seis vezes sagrada, seja NOSSA SENHORA das ESTRELAS! Sagrada, Sagrada, Sagrada, atĂ© Cento e CinqĂŒenta e Seis vezes, seja NOSSA SENHORA que cavalga A BESTA! Sagrada, Sagrada, Sagrada, atĂ© o NĂșmero de Vezes NecessĂĄrio e Apropriado, seja NOSSA SENHORA Ísis em Seu MilhĂŁo-de-Nomes, Toda-Maternal, Geradora-Meretriz! Ainda mais sagrada que todas Estas, para mim, Ă© LAYLAH, noite e morte; por Ela eu blasfemo igualmente o finito e o Infinito. Assim nĂŁo escreveu FRATER PERDURABO, mas o Endiabrado Crowley em seu Nome. Por falsificação, faze-o sofrer ServidĂŁo Penal por Sete Anos; ou ao menos faze-o praticar Pranayama por todo o caminho de volta o lar _ lar? nĂŁo! Mas para a casa da rameira que ele nĂŁo ama. Pois Ă© LAYLAH que ele ama. ............................................................ E, ainda, quem sabe quem Ă© Crowley e quem Ă© FRATER PERDURABO?
  • 126. 126 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΊ) O nĂșmero do capĂ­tulo refere-se a “Liber Legis” I, 24, pois o parĂĄgrafo 1 refere-se a Nuit. Os “gĂȘmeos” do tĂ­tulo sĂŁo os que foram mencionados no parĂĄgrafo 5. 555 Ă© Hadit, HAD soletrado na Ă­ntegra. 156 Ă© Babalon. No parĂĄgrafo 4 estĂĄ o Ăąmago do capĂ­tulo, Laylah sendo novamente apresentada, como nos capĂ­tulos 28, 29, 49, e 55. A blasfĂȘmia exotĂ©rica Ă© insinuada no Ășltimo parĂĄgrafo, e talvez seja um arcano esotĂ©rico, pois o Mestre do Templo estĂĄ interessado em Malkuth, assim como Malkuth estĂĄ em Binah; tambĂ©m “Malkuth estĂĄ em Kether, e Kether em Malkuth”; e, para o Ipsissimus, a dissolução no corpo de Nuit e uma visita a um bordel podem ser a mesma coisa.
  • 127. HADNU.COM 127 57 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΖ O ORNITORRINCO DE BICO-DE-PATO Sujeira Ă© matĂ©ria no lugar errado. Pensamento Ă© mente no lugar errado. MatĂ©ria Ă© mente; entĂŁo pensamento Ă© sujeira. Assim ele demonstrou, O SĂĄbio, inconsciente de que todo lugar Ă© errado. Pois nĂŁo antes de ser o LUGAR (place) aperfeiçoado por um T, diz- se que ele PLACET. A Rosa nĂŁo crucificada despenca suas pĂ©talas; sem a Rosa, a CruzĂ© uma vara seca. Reverencia, entĂŁo, a Rosa Cruz, e o MistĂ©rio de Dois-em-Um. E reverencia a Ele, que jurou por Seu sagrado T que Um nĂŁo deveria ser Um, exceto quando Ă© Dois. Estou contente por Laylah estar longe; nenhuma dĂșvida anuvia o amor.
  • 128. 128 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΖ) O tĂ­tulo sugere o dois em um, posto que o ornitorrinco Ă©, ao mesmo tempo, ave e besta; Ă© tambĂ©m um animal australiano, como a prĂłpria Laylah; e foi escolhido sem dĂșvida por esta razĂŁo. Este capĂ­tulo Ă© uma apologia para o universo. Os parĂĄgrafos de 1 a 3 repetem os argumentos familiares contra a razĂŁo em uma forma epigramĂĄtica. O parĂĄgrafo 4 alude a “Liber Legis” I, 52; “lugar” implica em espaço; nega homogeneidade ao espaço; mas quando “lugar”(place, em InglĂȘs) Ă© aperfeiçoado por “t” - como a Yoni pelo Lingam - temos a palavra “placet”, significando “agrada”. Os parĂĄgrafos 6 e 7 explicam isso mais longe; Ă© preciso separar as coisas, de modo que possam elas regozijar em uniĂŁo. Ver “Liber Legis” I, 28-30, o qual Ă© parafraseado no penĂșltimo parĂĄgrafo. No Ășltimo parĂĄgrafo, esta doutrina Ă© interpretada na vida comum por uma parĂĄfrase do belo e familiar provĂ©rbio “Privação faz tolo o coração”. (PS. Pareço sentir um pĂłs-gosto de amargura.) (Observe que o filĂłsofo, tendo cometido o primeiro erro silogĂ­stico quaternis terminorum, ao tentar reduzir os termos a trĂȘs, vacila em non distributia medii. É possĂ­vel que consideraçÔes com a qualificação (ou quantificação?) de Sir Wm. Hamilton do predicado possam ser tomadas como intervençÔes, mas fazĂȘ-lo tornaria o humor do capĂ­tulo sutil demais para o leitor mediano em Oshkosh, para quem este livro Ă© evidentemente escrito.)
  • 129. HADNU.COM 129 58 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΗ UIVOS DE HAGGAI Brava sou eu, uma hiena; eu sinto fome e uivo. Os homens pensam que eu rio - ha! ha! ha! NĂŁo hĂĄ nada mĂłvel ou imĂłvel sob o firmamento, em que eu possa escrever os sĂ­mbolos do segredo de minha alma. Sim, ainda que eu seja ameaçado por desespero dentro das derradeiras Cavernas e AbĂłbodas da Eternidade, nĂŁo hĂĄ palavras para expressar sequer o primeiro sussurro do Iniciador em meu ouvido: sim, eu detesto nascimento, lamentaçÔes ululantes da Noite! Agonia! Agonia! a Luz em mim cria vĂ©us; a canção em mim silencia. Deus! em que prisma qualquer homem analisaria minha Luz? Imortais sĂŁo os Adeptos; e ainda que Eles morram - Eles morrem de indizĂ­vel VERGONHA; Eles morrem como morrem os Deuses, de TRISTEZA, DurarĂĄs Tu atĂ© O Fim, Oh FRATER PERDURABO, Oh LĂąmpada n’O ABISMO? Tu tens a Pedra Fundamental do Arco Real; todavia, os Aprendizes, em vez de fazerem tijolos, pĂ”em palha em seus cabelos e pensam que sĂŁo Jesus Cristo! Oh, sublime tragĂ©dia e comĂ©dia d’A GRANDE OBRA!
  • 130. 130 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΗ) Haggai, notĂłrio profeta hebreu, Ă© um Segundo Oficial num CapĂ­tulo de Maçons do Arco Real. Neste capĂ­tulo, o autor, numa espĂ©cie de enraivecida eloqĂŒĂȘncia, lamenta sua impotĂȘncia em se expressar, ou induzir outrem a seguĂ­-lo para a luz. No parĂĄgrafo 1, ele explica a risada sardĂŽnica, pela qual ele acaba de ser celebrado, como se fosse na verdade a expressĂŁo de seu sentimento. O parĂĄgrafo 2 Ă© uma referĂȘncia Ă  Obrigação de um Aprendiz Maçom. O parĂĄgrafo 3 refere-se Ă  CerimĂŽnia de Exaltação na Maçonaria do Arco Real. O Iniciado estarĂĄ apto a descobrir o mais formidĂĄvel segredo desse grau escondido neste parĂĄgrafo. Os parĂĄgrafos 4-6 expressam uma angĂșstia perante a qual a dos GetsĂȘmani e GĂłlgotas pareceriam mĂ­nimas. No parĂĄgrafo 7, a agonia Ă© rompida pela risada sardĂŽnica ou cĂ­nica sobre a qual aludimos antes. E o parĂĄgrafo final, em palavras da mais nobre simplicidade, glorifica a Grande Obra; regozija em sua sublimidade, na Arte suprema, na intensidade da paixĂŁo e do ĂȘxtase que dele surgem. (Observe que as palavras “paixĂŁo” e “ĂȘxtase” podem ser tomadas como simbĂłlicas da Yoni e do Lingam.)
  • 131. HADNU.COM 131 59 ΚΕΩΑΛΗΗ ΝΘ O MACACO SEM CAUDA NĂŁo hĂĄ socorro - mas mixĂłrdia!- nos cĂ©us Quando Astacus vĂȘ Caranguejo e Lagosta surgirem. O Homem, que tem espinha e espera pelo paraĂ­so, Carece da imortalidade da Ameba. O que o protoplasma ganha em seu contentamento mĂłvel É a perda da estabilidade da terra. MatĂ©ria, senso e mente tiveram seu momento. A Natureza apresenta a conta, e todos terĂŁo que pagar. Se - como nĂŁo sou - eu fosse livre para optar, Como o Budismo batalharia contra A Bebedeira! Minha certeza de que o destino Ă© “bom” repousa no fato de ele ter- me levado ao Budismo. Se eu fosse um beberrĂŁo, acho que teria Boa evidĂȘncia de que o destino foi “muito ruim”.
  • 132. 132 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (ΝΘ) O tĂ­tulo Ă© um eufemismo para homo sapiens. O caranguejo e a lagosta sĂŁo tipos mais desenvolvidos que o lagostim. O capĂ­tulo Ă© um breve ensaio em forma poĂ©tica sobre o Determinismo, celebrando a grande lei do equilĂ­brio e Compensação; mas critica cinicamente todos os filĂłsofos, insinuando que sua visĂŁo do universo depende de suas prĂłprias circunstĂąncias. Quem sofre de dor de dente nĂŁo concorda com o Doutor Pangloss, dizendo que “tudo estĂĄ cada vez melhor no melhor dos mundos”. Nem o mais rico dos Duques queixa-se aos seus companheiros de que “os tempos estĂŁo difĂ­ceis”.
  • 133. HADNU.COM 133 60 ΚΕΩΑΛΗΗ Ξ O FERIMENTO DE AMFORTAS O Auto-DomĂ­nio de Percivale tornou-se a Auto-masturbação dos Burgueses. Virtus tornou-se “virtude”. As qualidades que fazem um homem, uma raça, uma cidade, uma casta, devem ser derrubados; morte Ă© a penalidade do fracasso. Como estĂĄ escrito: Na hora do sucesso sacrifica o que te Ă© mais querido aos Deuses Infernais! Os ingleses vivem sobre o excremento de seus antepassados. Todos os cĂłdigos morais sĂŁo imprestĂĄveis em si mesmos; ainda que em cada novo cĂłdigo haja esperança. Sempre na condição de que o cĂłdigo nĂŁo seja mudado por ser muito difĂ­cil, e sim por ser cumprido. O cachorro morto flutua com a corrente; na França puritana as melhores mulheres sĂŁo as meretrizes; na Inglaterra viciada as melhores mulheres sĂŁo as virgens. Se ao menos o Arcebispo de Canterbury saĂ­sse nu pelas ruas mendigando seu pĂŁo! O novo Cristo, como o velho, Ă© o amigo dos taberneiros e pecadores; pois sua natureza Ă© asceta. Oh, se todos fizessem NĂŁo Importa O Que, com a condição de que isso fosse a Ășnica coisa que eles nĂŁo quisessem nem pudessem fazer!
  • 134. 134 O LIVRO DAS MENTIRAS COMENTÁRIO (Ξ) O tĂ­tulo Ă© explicado na observação. O nĂșmero do capĂ­tulo pode referir-se Ă  letra Samech, a Temperança, no TarĂŽ. No parĂĄgrafo 1, a real castidade de Percivale ou Parsifal - uma castidade que nĂŁo o impediu de mergulhar a ponta da lança sagrada dentro do Santo Graal - Ă© diferenciada da mĂĄ interpretação que lhe Ă© dada pela devassidĂŁo moderna. Os sacerdotes dos deuses eram escolhidos cuidadosamente, e cautelosamente treinados para completar o sacramento da paternidade; a vergonha do sexo consiste na usurpação de sua função pelos indignos. Sexo Ă© um sacramento. A palavra “virtus” refere-se Ă  “qualidade da masculinidade”. A palavra “virtude” Ă© a negação de todas estas qualidades. No parĂĄgrafo 3, entretanto, vemos o penalidade do conservadorismo; as crianças devem ser desmamadas. No penĂșltimo parĂĄgrafo, as palavras “o novo Cristo” referem-se ao autor. No Ășltimo parĂĄgrafo, encontramos a sublime doutrina mĂ­stica de que tudo o que vocĂȘ tem deve ser abandonado. Obviamente, aquilo que diferencia sua consciĂȘncia do absoluto Ă© parte do conteĂșdo dessa consciĂȘncia. OBS.: (27) CapĂ­tulo assim chamado porque Amfortas foi ferido por sua prĂłpria lança, a lança que fez dele um rei.
  • 135. HADNU.COM 135 61 ΚΕΩΑΛΗΗ ΞΑ O NÓ DO TOLO Oh, Tolo!, genitor de Eu e Nada, desfaz este NĂł Safado! Oh! Ai! este Eu e O - IO! - IAO! Pois Eu sempre devo “Eu” Ă  Ilha de Nibbana. (28) Eu Pago - PĂ©, a dissolução da Casa de Deus - pois PĂ© vem depois de O - depois de Ayin, que triunfa sobre Aleph em Ain, que Ă© 0. (29) OP-us, a Obra! a abertura d’O Olho! (30) Tu, Garoto Safado, tu abriste o OLHO DE HÓRUS ao Olho Cego que chora! (31) O Justo regozija em tua retidĂŁo - Morte a todos os Peixes!