Manual Bíblico do Novo Testamento

MANUAL BÁSICO DO
NOVO TESTAMENTO
Prof. Temístocles Santos
www.prtemistocles.com.br
C.C. Sal da terra/2014
e-mail: temistocles@prtemistocles.com.br
05 e 06 de dezembro de 2014

1ª PARTE
1- Introdução
2- A.T e N.T (relação)
3- Período Inter bíblico.

Meu propósito...
Que você saia da
aula do N.T, amando
a Bíblia, a Palavra
de Deus!

INTRODUÇÃO GERAL
A BÍBLIA COMO UM TODO
1- Linha de raciocínio de Deus
Isaias 55.8
Jeremias 29.11
2ª Pedro 1.21
Mateus 5.8

ISAIAS 55.8
“Porque os meus
pensamentos não são os
vossos pensamentos, nem os
vossos caminhos os meus
caminhos, diz o Senhor”.

JEREMIAS 29.11
“Porque eu bem sei os
pensamentos que tenho a
vosso respeito, diz o Senhor;
pensamentos de paz, e não
de mal, para vos dar o fim
que esperais”.

2ª PEDRO 1.21
“Porque a profecia nunca foi
produzida por vontade de
homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo”.

MATEUS 5:8
“Bem-aventurados os puros
de coração, pois verão a
(como) Deus”.

2- A.T e N.T.
“Se pudéssemos resumir em duas
palavras estas duas alianças
(definidas pelos teólogos), diríamos:
“promessa” e “cumprimento”.

PRINCÍPIO IMPORTANTE
“Deus não se preocupou em expor
seus planos todos na Bíblia.
Existem muitos princípios e
verdades que não estão revelados.
A Bíblia não encerra toda a
verdade de Deus!”

JOÃO 20.30,31
“Jesus realizou na presença dos seus
discípulos muitos outros sinais
miraculosos, que não estão
registrados neste livro.
Mas estes foram escritos para que
vocês creiam que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus e, crendo, tenham vida
em seu nome”.

DEUTERONÔMIO 29.29
“As coisas encobertas pertencem
ao Senhor, ao nosso Deus, mas as
reveladas pertencem a nós e aos
nossos filhos para sempre, para
que sigamos todas as palavras
desta lei”.

Promessa e Cumprimento
“Deus, conhecendo toda a história humana,
antes da fundação do mundo, elaborou Seu
Plano com o Filho e com o Espírito Santo,
para a salvação do homem. Veja bem, tudo
e em toda a história humana, relatada pela
Bíblia, a.C, no tempo de Cristo e d.C., tem
como foco a salvação da humanidade pela
obra do Messias Salvador”.

EFÉSIOS 1.4
“Porque Deus nos escolheu
nele antes da criação do
mundo, para sermos santos
e irrepreensíveis em sua
presença”.

EFÉSIOS 2.10
“Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus para
fazermos boas obras, as quais
Deus preparou de antemão para
que nós as praticássemos”.

ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento é o
fundamento do Novo Testamento.
Sem o A.T. não seria possível
descobrir e conhecer as profecias
cumpridas e escritas nele
apontando para a pessoa do
Messias Salvador.

Uma sombra...
“Portanto, não permitam que ninguém os
julgue pelo que vocês comem ou bebem,
ou com relação a alguma festividade
religiosa ou à celebração das luas novas
ou dos dias de sábado.
Estas coisas são sombras do que haveria
de vir; a realidade, porém, encontra-se
em Cristo”.
Colossenses 2.16,17

O tempo está chegando...
Qual o cenário que
receberia Cristo, O
Salvador do mundo?
Para quem Ele viria?

Linha de raciocínio de Deus...
“Veio para o que era
Seu, mas os seus não o
receberam”.
João 1.11

Mas, em que ambiente
Cristo veio ao mundo
como ser humano?

PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
O Antigo Testamento termina com o Livro do
Profeta Malaquias, livro este escrito por volta do
ano 400 a.C. Neste período, o povo de Israel vivia
disperso e em colônias, nas várias Províncias do
grande Império Persa. Um pequeno grupo havia
retornado a sua terra na liderança de Esdras e
Neemias. Este pequeno grupo, com muita luta e
dificuldade, conseguiu recolonizar a Judéia e
Jerusalém, reestabelecendo o culto ao
verdadeiro Deus.

ANOS DE SILÊNCIO...
Estes 400 anos, entre o V.T e o N.T,
são chamados algumas vezes
pelos estudiosos, de “anos de
silêncio”, pois não foi encontrado
qualquer registro de palavra
profética de Deus dessa época.

PERÍODOS CRÍTICOS
Neste período, o povo sofreu e passou a ser
governado por reis que os odiava. Em 63 a.C, o
general romano Pompeu conquistou a terra, e
Antipas (um idumeu – da região do mar morto)
foi nomeado governador da Judéia. Ele sucedido
pelo seu filho Herodes, o Grande, que foi em rei
de 37ª a.C a 4 d.C. Este Herodes que mandou
matar os meninos até dois anos de idade, à
época do nascimento do Messias Salvador. Foi
ele quem construiu o templo aos judeus.

Tempo de mudança
Desta forma, no meio deste povo,
governado através de um domínio romano,
por um usurpador idumeu, desunido por
controvérsias religiosas sem qualquer
espiritualidade e tristemente ásperas, povo
que mantinha um elaborado e cruel ritual
religioso, apareceu o Messias, o Salvador, o
Filho de Deus, o Rei de Israel.

Semelhança ?
O povo de Israel ficou 430 anos
escravo no Egito. Deus enviou um
homem para libertá-los: Moisés. O
povo de Israel volta a escravidão,
agora espiritual, e Deus envia Seu
Filho, após 400 anos de silêncio
profético.

Auxílios para melhor compreensão...
No N.T podemos encontrar
algumas instituições, ou grupos,
que não são mencionados nem
autorizados no A.T, pois eles
surgiram no período
intertestamentário de 400 anos:

SINÉDRIO
Era o Supremo Concílio da nação
judaica que começou na época de
Esdras e Neemias, com o objetivo de
restaurar a vida religiosa dos cativos
que voltavam da Babilônia. Era
presidido por um Sumo Sacerdote
com grande influência na nação.

SINAGOGAS
Elas surgiram durante o período de
cativeiro babilônico. Por ter sido destruído
o templo, e a nação dispersa, havia muita
necessidade de lugares onde o povo
pudesse ser instruído, e onde pudesse
adorar. Mesmo com o fim do cativeiro, as
sinagogas continuaram e hoje estão nos
diversos países onde o povo se espalhou.

FARISEUS
Nasceu de um forte espírito de grande
patriotismo e devoção religiosa,
protegendo as leis mosaicas, devido ao
paganismo que tomara conta do mundo
conhecido. Tornou-se mais tarde um grupo
de formalistas hipócritas e proclamadores
da justiça própria. Na época de Cristo eles
eram numerosos, poderosos e muito
influentes.

SADUCEUS
A seita surgiu quase que ao mesmo tempo
em que os fariseus. Eles eram judeus com
mente mais liberal, que favoreciam a
cultura e costumes gregos, que eram
predominantes. Em resumo, eram um
grupo sacerdotal, porém irreligioso.
Mesmo não tão numerosos como os
fariseus, também tinham grande
influência, devido a sua riqueza.

ESCRIBAS
De forma original, eles eram os
copistas das Escrituras. Esta era uma
vocação de grande importância,
devido o valor da Lei na vida do povo
e, consequentemente, a ausência da
imprensa mecânica.

DISPERSÃO
No fim do Exílio, muitos judeus preferiram
permanecer nos países onde foram levados
cativos. De fato, eles eram tantos, que
havia mais judeus fora de Jerusalém do
que dentro. Muitas comunidades judaicas
foram formadas em diversas cidades do
mundo.
(Tiago 1.1)

“Tiago, servo de Deus e
do Senhor Jesus Cristo, às
doze tribos dispersas
entre as nações:
Saudações”.

APÓCRIFOS
Este é o nome dado a cerca de
14 livros de escritos adicionais
que aparecem em algumas
Bíblias. A tradução,
propriamente dito, significa
“escritos espúrios”.

ANTIGO TESTAMENTO:
Tobias, Judite, 1º Macabeus,
2º Macabeus, Eclesiástico,
Baruque e 2º Esdras.

DIVISÃO BÁSICA PARA ESTUDO
1- SINÓTICOS (Mateus, Marcos e
Lucas) e João
2- ATOS
3- CARTAS (Paulo, Pedro, João,
Tiago e Judas)
4- REVELAÇÃO (Apokalipsys)

As narrativas do evangelho de Cristo Jesus,
Mateus, Marcos, e Lucas são conhecidas como Narrativas
Sinóticas devido a conterem uma grande quantidade de
histórias em comum, na mesma sequência, e algumas
vezes, utilizando exatamente a mesma estrutura de
palavras. Tal grau de paralelismo relativo ao conteúdo,
narrativa, linguagem e estruturas das frases, somente
pode ocorrer em uma literatura interdependente. Muitos
estudiosos acreditam que essas narrativas compartilham
o mesmo ponto de vista e são claramente ligados entre si.
Narrativas Sinóticas

“Mateus” – escreve de modo imediato
para os judeus e, indiretamente, para uma
comunidade gentílica. É o único dos
evangelistas bíblicos que apresenta a
palavra “Igreja” (Εκκλησία, no grego. MT
16:18). Sua “teologia da mensagem” versa
sobre a “Realeza de Cristo (Messias)”. É o
que mais fala no Reino de Deus –
particularmente no “Reino dos Céus“.
Possui a genealogia davídica.

Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão:
Abraão gerou Isaque; Isaque gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos;
Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar; Perez gerou Esrom; Esrom gerou
Arão;
Arão gerou Aminadabe; Aminadabe gerou Naassom; Naassom gerou Salmom;
Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe; Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute;
Obede gerou Jessé;
e Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, cuja mãe tinha sido mulher de Urias;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias;
Uzias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias;
e Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
Depois do exílio na Babilônia: Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiúde; Abiúde gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
Azor gerou Sadoque; Sadoque gerou Aquim; Aquim gerou Eliúde;
Eliúde gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó;
e Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
Mateus 1:1-16

“Marcos” – “Marcos” foi o primeiro em escrever a
narrativa do Evangelho, e não “Mateus”. Sabe-se que
os livros bíblicos não estão na ordem cronológica de sua
composição. Marcos é a menor narrativa (em termos de
quantidade de texto) e também traz como tema central
o messianismo de Jesus. Contudo, por causa de
características peculiares ao seu relato (pois escreve
para os romanos) – em que mostra um estilo prático no
conteúdo e na forma, mostrando em seu relato Cristo
como “Messias-Servo de Deus”. Sua narrativa rápida
retrata Jesus como um homem de ação heroica. Era o
que os romanos precisavam saber.

“Lucas” – “médico amado” (Cl 4.14). Esta narrativa leva o
nome de um dos maiores colaboradores do
apóstolo Paulo é a única que tem o destinatário
especificado, “Teófilo” (Lc 1:4). Lucas, como os demais
sinóticos, e a narrativa de João, também enfatiza o
messianismo de Jesus, com a particularidade de
evidenciar o aspecto humano deste. É a narrativa em que
mais se vê a expressão “Filho do Homem” e é a única em
que a genealogia de Jesus retroage até o primeiro
homem, Adão. Isto pode denotar a ideia de que Lucas,
que era grego, queria ressaltar que Jesus Cristo, antes de
ser “Filho de Davi” ou “Filho de Abrão” – expressões que
carregam uma forte conotação etnocêntrica, era o “Filho
do Homem”, com uma ligação com toda a Sua
humanidade.

“João” – não é considerado um sinótico com os demais, pois não é
semelhante aos mesmos. Sua única similaridade com os demais é o
aspecto messiânico de Jesus. Contudo, sua narrativa, que leva seu
nome de uma maneira mais peculiar, está evidenciada no relato dos
discursos de Jesus que O ligam à divindade, ou seja, aqueles que
revelam que Jesus era Deus. Os discursos “Eu Sou…” de Jesus,
exclusivos de João, consolidam esta ideia. Nesta narrativa Cristo é,
por exemplo, “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo14:6), aliando-se
especialmente à divindade. O “prólogo” joanino é um dos mais
conhecidos de toda a literatura bíblica (“No princípio era a Palavra
(Verbo), e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus” (Jo
1:2). Uma cristologia apurada já pode ser observada neste texto, no
qual o autor (João) liga Cristo (“a Palavra”) a Deus, sem confundi-lO
com Deus Pai. Assim, Cristo está com Deus e é Deus, corroborando
o tradicional e ortodoxo dogma da divindade e humanidade de
Jesus.

LIVRO DE ATOS DO ESPÍRITO SANTO
O livro de Atos focaliza o padrão de Deus para a Igreja que Jesus
edificou. Os princípios aqui mencionados proveem uma forma para
toda a vida cristã, para a vida da igreja e para todo procedimento
missionário, que é a chamada da Igreja (1.8). É notória a pulsação
de uma nova vida – a do Espírito Santo. Em toda parte, o Espírito
Santo é visto como Diretor, Fonte de Poder, Consolador, Edificador.
O título do livro poderia ser “Atos do Espírito Santo”. Grande
destaque é dado à pessoa de Cristo, bem como Sua ressurreição. A
Igreja, como organismo recém-formado, também é proeminente,
bem como, lugares, pessoas (110 nomes são divulgados),
testemunho, oração, pregação, perseguição e poder divino.

Passagem chave do livro
“Mas receberão poder quando o
Espírito Santo descer sobre vocês, e
serão minhas testemunhas (mártires)
em Jerusalém, em toda a Judéia e
Samaria, e até os confins da terra”.
Atos 1.8

EXEMPLOS DE TRADUÇÕES
DUVIDOSAS
E disse-lhes: “IDE por todo
mundo e pregai o evangelho
a todas as nações”. Mc. 16.15

TRADUÇÃO ORIGINAL GREGO KOINÊ
“kai eipen” autoiv
poreuyentev eiv ton kosmon
apanta khruxate to
euaggelion pash th ktisei –
Mc 16.15
VERBO NO GERÚNDIO DO INDICATIVO

“Mas receberão poder quando
o Espírito Santo descer sobre
vocês, e serão meus mártires
em Jerusalém, em toda a Judéia
e Samaria, e até os confins da
terra”. Atos 1.8
Jesus ordenou a todos os que o viram ressurecto que ficassem
em Jerusalem até a descida do ES. (mais de 500 pessoas).
Somente 120 atenderam sua ordem e ficaram
50 dias no cenáculo. (Lc 24.49)

“alla lhqesye dunamin
epelyontov tou agiou pneumatov
ef umav kai esesye moi
marturev en te ierousalhm kai en
pash th ioudaia kai
samareia kai ewv escatou tns yns”.
Atos 1.8
TEXTO ORIGINAL GREGO KOINÊ

ATOS DO ESPÍRITO SANTO
O livro de Atos focaliza o padrão de Deus para a Igreja
que Jesus edificou. Os princípios aqui mencionados
proveem uma forma para toda a vida cristã, para a vida
da igreja e para todo procedimento missionário, que é “o
chamado” da Igreja (1.8). É notória a pulsação de uma
nova vida – a do Espírito Santo. Em toda parte, o Espírito
Santo é visto como Guia, Fonte de Poder, Consolador,
Edificador. O título do livro poderia ser “Atos do Espírito
Santo”. Grande destaque é dado à pessoa de Cristo, bem
como Sua ressurreição. A Igreja, como organismo recém-
formado, também é proeminente, bem como, lugares,
pessoas (110 nomes são divulgados), testemunho,
oração, pregação, perseguição e poder divino. O Livro dos
Atos do Espírito Santo não terminou!

As Cartas de Paulo
Paulo, judeu helenístico, de formação farisaica.
Caracterizou-se pela difusão da civilização grega
numa vasta área que se estendia do Mar
Mediterrâneo Oriental à Ásia Oriental.

Análise Geral das cartas de Paulo
Aos Romanos
Aos Coríntios (2 cartas)
Aos Gálatas
Aos Efésios
Aos Filipenses
Aos Colossenses
Aos Tessalonicenses (2 cartas)
A Timóteo (2 cartas)
A Tito
A Filemon

Síntese de Romanos
Em termos doutrinários, a carta aos crentes em Roma é a maior
carta já escrita por Paulo. Na verdade, podemos afirmar que
Romanos é o coração, a alma e a revelação de Deus ao povo
desta época. Todo o conjunto da verdade da redenção,
denominado nas Escrituras de “o Evangelho”, está aqui
delineado. Romanos nos revela a mais completa graça da
história da necessidade, do remédio e dos resultados da morte
de Cristo. O pensamento chave é a “justiça de Deus”. O verso
chave é 1.16. A progressão da verdade vai da completa
condenação, até a integral e justa glorificação do homem.
Apesar da tradição, é certo que a igreja não foi fundada Pedro.
A ausência de qualquer referência a Pedro ou aos outros
apóstolos indica que a igreja romana não vivenciou um
ministério apostólico direto.

Síntese de 1ª Coríntios
Esta carta trata de procedimentos cristãos. De
modo sincero e franco Paulo trata destes assuntos.
Menciona também facções na igreja, conduta
imoral de um de seus membros, demandas contra
irmãos, casamentos e divórcios. Liberdade cristã,
separação de pecadores, conduta na ceia do
Senhor, distribuição e exercício dos dons
espirituais, problemas relacionados com o dom de
línguas e verdades sobre a ressurreição dos mortos.
A carta é específica aos problemas da Igreja em
Corínto, e não uma carta de cunho doutrinário.

Síntese de 2ª Coríntios
Esta carta refere-se aos problemas que eles se
defrontavam. Inicialmente, há conselho adicional
para a igreja em Corinto. Em seguida, devido ao fato
de que muita crítica havia se levantado com respeito
ao apostolado de Paulo, e ele escreve para vindicar a
sua posição, mostrando que realmente era o
mensageiro de Deus para àquela hora. Além disso,
expõe a sua vida sacrificial em favor das igrejas, e fala
da sua alegria em serviço em serviço, a despeito das
lutas e dificuldades do ministério.

Síntese de Gálatas
A carta aos gálatas poderia ser chamada de Carta
Magna da independência do Evangelho de Cristo, pois
a palavra chave é “liberdade”. O verso chave está em
5.11, que diz: “Irmãos, vocês foram chamados para a
liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião
à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos
outros mediante o amor” – NVI. Esta carta aos Gálatas
está intimamente ligada a Carta aos Romanos,
embora com ênfase diferente. Em Gálatas a ênfase é
que o cristão VIVE pela fé. Esta vivência é a
emancipação para todos os que querem viver na
escravidão da lei.

Síntese de Efésios
O tema principal é “igreja da qual Cristo é o
Cabeça”. As palavras importantes são:
“unidade”, “em Cristo”, “edificar”. Pode-se dizer
que esta é a mais impessoal carta que Paulo
escreveu. Sua preocupação não era tanto a
respeito de uma igreja local, mas sim, a Igreja
Universal de Cristo. A carta se divide em duas
partes: capítulos 1 a 3 (Posição); capítulos 3 a 6
(Procedimento).

Síntese de Filipenses
A carta aos filipenses é a carta mais afetuosa de todas as
cartas que Paulo escreveu. Não há censura e é cheia de
ternura e expressões de amor. O assunto principal
parece ser o de “regozijo” a despeito de qualquer
provação. As palavras chaves são: “regozijai-vos”,
“contente”, “alegria” e “paz”. O verso chave é 4.4. O
pensamento de Deus dirigindo a providência permeia
toda a carta. O apóstolo Paulo mostra isso muito bem
em 1.21 – “viver é Cristo, e o morrer, lucro”.

Síntese de Colossenses
Colossenses tem como tema principal “Cristo como
Cabeça da Igreja”, que é o Seu Corpo. A ênfase maior é
Cristo é tudo em todos. O problema maior era o
ascetismo pagão infiltrando, procurando somar as obras
humanas à Obra que Cristo fez no Calvário. O
misticismo à adoração a anjos e a consideração às
coisas secretas. A resposta de Paulo é enfática
mostrando a importância da Pessoa de Cristo.

Síntese de 1ª Tessalonicenses
O assunto proeminente nesta carta é a volta de
Cristo, respondendo às dúvidas da igreja. Paulo
teve um breve ministério na cidade de
Tessalonica, por isso, ele sentiu a necessidade e
confirmar os novos crentes nas verdades que ele
mesmo havia ministrado. Ligado a este assunto,
há uma exortação para a santificação de vida,
coragem a despeito das tribulações (3.2-4) e
consolo para os entes queridos que haviam
partido para a eternidade (4.13-18).

Síntese de 2ª Tessalonicenses
O assunto desta segunda carta também é sobre a
volta de Cristo. Os tessalonicenses estavam um
tanto perturbados devido a uma carta recebida que
se dizia ser de Paulo, falando que, as presentes
tribulações, eram o começo do grande e terrível dia
do Senhor. Isto era um contraste daquilo que Paulo
havia ensinado antes, e que a igreja de Cristo será
retirada antes deste Grande Dia do Senhor. Esta
segunda carta é também para firmar uma doutrina
já ensinada por ele.

Síntese de 1ª Timóteo
1ª Timóteo é uma das três cartas “pastorais” (as
outras são 2ª Timóteo e Tito). O assunto é ordem,
organização e procedimentos nas Igrejas. Estava
chegando o tempo final da presença dos
apóstolos como supervisores e orientadores das
igrejas e era necessário deixar orientações claras
escritas, sob a direção do Espírito Santo de Deus
para a vida da igreja que estava crescendo no
mundo.

Síntese de 2ª Timóteo
Aqui está a despedida de Paulo. Aqui estão suas últimas
palavras. Palavras finais de um grande cristão, não pela
sua perfeição, mas pela sua determinação em
“combater o bom combate, completar a carreira e
guardar a Fé”. Esta carta mostra que um pregador do
evangelho precisa de coragem, firmeza e fidelidade,
numa época em que muitos estavam dando ouvidos a
espíritos enganadores. Há uma exortação de cuidado
pelo tempo que viria para aqueles que queriam viver
uma vida piedosa.

Síntese de Tito
Esta carta de Paulo a Tito tem muito em comum com
a primeira carta a Timóteo. O assunto é o “ministério
do pastor”. Tito estava encarregado de ordenar
presbíteros e treinar os cristãos no evangelho. Talvez
haja uma dupla aplicação: primeiro, corrigir igrejas
que no decorrer do tempo perderam de vista a visão
do evangelho e seu zelo em defender a verdade de
Deus; segundo, corrigir igrejas que haviam de
tornado negligentes com a casa e Deus. Há aqui,
nesta carta, princípios para todos os tempos.

Síntese de Filemon
No início da carta Paulo começa se apresentando como
“prisioneiro de Cristo Jesus”. Esta era sua certeza de que Deus o
havia chamado para um ministério especial (Fp 1.12). Não há
duvida de que Filemon não era apenas um cristão fiel, mas um
homem de Deus, muito querido, generoso e benevolente. A
íntima relação de todos os cristãos em Cristo é claramente
ensinada através do relacionamento de Paulo e Onésimo. Ele é
chamado de “filho”, por Paulo (v.10). Apesar de sua conversão a
Cristo, que fez de Onésimo uma nova criatura, Paulo fez questão
de enviá-lo de volta a sua condição anterior, a fim de se retratar
com seu “dono”, Filemon. O oferecimento de Paulo pagar o que
Onésimo havia roubado é um dos trechos mais tocantes do N.T
(v.18).

Síntese de Hebreus
A carta fala de Cristo: inevitável, indispensável,
perfeitamente ímpar. Cristo é superior (palavra usada
13 vezes) do que qualquer outra pessoa. A carta mostra
o cumprimento de tudo o que o A.T. apresentava sobre
Cristo. Sem Cristo, todas as instituições ou personagens
do A.T. são vazias e não tem sentido. Portanto, através
destes ensinos, valia a pena permanecer firme na
Palavra de Deus e suportar com perseverança as
provações. E Cristo, que é o “Grande Sumo Sacerdote”,
que está agora a direita de Deus, fortalecerá os
corações.

Síntese de Tiago
A carta de Tiago é cheia de símbolos. De uma só
referência ele recomenda um dever, pune uma falta,
denuncia um erro e coroa uma virtude. Pode-se notar
uma diferença nos estilos entre Tiago e Paulo. Tiago
escreve mais um tratado do que uma epístola. Tiago
entra direto no assunto, sem rodeios nem menções
pessoais, e conclui com o clímax de um orador numa
plataforma. O estilo e o conteúdo do livro parecem
estar relacionados com as Escrituras do Velho
Testamento. Tiago nos mostra que a salvação é um
milagre e uma dádiva de Deus, que resulta em uma
vida transformada.

Síntese de 1ªPedro
A nota principal da carta é a “vitória sobre o
sofrimento”. Mesmo sendo difícil entender, a
ordem da vida cristã é esta: primeiro o sofrimento,
depois a glória (4.13). A palavra sofrimento, nesta
carta aprece 15 vezes. Pedro escreve também para
que o cristãos vivam de modo irrepreensível diante
dos magistrados, de forma que as acusações de
seus inimigos, de sedição e ilegalidade, não
tenham base. A palavra chave desta primeira carta
é “esperança”.

Síntese de 2ª Pedro
As igrejas da Ásia Menor estavam sendo
perseguidas e provadas por severos
problemas externos. Para ajuda-los nesta
crise, Pedro escreve a primeira carta. Agora,
estas igrejas estavam sendo agredidas por
grandes heresias e apostasias – perigos
internos. Pedro escreve esta segunda carta
exatamente para ajuda-los a enfrentar tais
perigos.

Síntese de 1ª João
Esta é uma carta familiar do Pai Celestial para com
seus filhos na fé. O mundo é visto como estando lá
fora. Aqui Deus está preocupado com o procedimento
de Seus filhos. O governo moral do universo não está
em foco. Aqui a família é importante. Enquanto a
narrativa de João do Evangelho nos leva a cruzar o
ambiente celestial da casa do Pai, esta carta nos faz
sentir-se em casa. Paulo, quando escreve, está
preocupado com nossa posição pública como filhos de
Deus; João, com a nossa proximidade com o Pai.

Esta carta é dirigida “à senhora eleita e aos seus
filhos”, o que pode significar uma senhora
proeminente e de influência cuja identidade
deveria ser preservada por razões que não são
apresentadas. Tudo indica que ela deveria ser uma
pessoa hospitaleira, sempre recebendo
missionários em sua casa. Não conhecendo os
perigos dos falsos mestres, João escreve para avisá-
la para não estender sua generosidade a estes
falsos mestres.

Havia um problema em uma das igrejas locais.
Parece que um líder da igreja, chamado Diótrefes,
estava usurpando o poder, e rejeitando a
autoridade e as cartas apostólicas. Sem dúvida
João havia escrito para a igreja (9), e agora escreve
para um membro da igreja, numa tentativa de
corrigir a desordem. Provavelmente esta é uma das
cartas semelhantes, escritas pelos apóstolos. Esta,
porém, o Espírito Santo de Deus preservou para
nossa instrução.

Síntese de Judas
É notório o desafio de “batalhar pela fé”. Na última
parte da era apostólica, apareceram muitos falsos
mestres fazendo proselitismo nas igrejas e atraindo
seguidores após si. O ensino deles, conforme escrito,
“certos indivíduos se introduziram com dissimulação”
seguiam a linha de especulação e filosofia vã, e
permitia que seus discípulos vivessem toda sorte de
licenciosidade. Uma das suas corruptas doutrinas era
que Deus era bom de demais para punir aos homens,
devido à indulgência para com o pecado. Para
desmascarar tal falsidade, Judas escreve esta carta.

Síntese de Apocalipse
As divisões são simples e claras: as
coisas que “viste” – a visão (1.19ª);
as coisas que “são” – a era da igreja
(1.19b); e as coisas “hão de
acontecer depois destas” – eventos
futuros (1.19c). Simples assim!

O livro trata da revelação (apokalupsis),
desvendamento, a exposição da verdadeira
Pessoa de Cristo em toda a Majestade e
Glória de Sua Pessoa e Obra (parousia). Este
livro é o grande clímax de todas
magnificentes verdades encontradas em
outras partes da Bíblia. Sem o Livro do
Apocalipse, a Bíblia estaria incompleta.
Neste livro se reúnem todos os fios da
verdade, que são tecidos em um quadro
simples e claro.

FIM

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