A licitação do transporte público de Curitiba, realizada no ano passado, não beneficiou os usuários como esperado. As mesmas empresas continuaram operando o serviço, e a cidade perdeu a chance de reduzir o valor da tarifa. Além disso, a Urbs transformou R$ 252 milhões da outorga da licitação em apenas R$ 55 milhões, usando R$ 197 milhões para indenizar indevidamente as empresas pelos mesmos serviços.
1. Licitação complicada
Durante décadas o transporte de Curitiba foi operado
emergencialmente, sem licitação. A primeira foi realizada no
ano passado e deveria beneficiar os usuários do transporte, pois
diminuiria os custos, devido à concorrência. Mas, analisando os
números, chega-se à conclusão de que tudo foi conduzido para
que as mesmas empresas de sempre continuassem explorando
o serviço. Resultado: Curitiba perdeu a chance de diminuir o
valor da tarifa.
Como a Urbs transformou receita de R$ 252 milhões em
R$ 55 milhões
A Urbs transformou uma receita de R$ 252 milhões em R$ 55
milhões. O dado consta de um estudo técnico realizado pelos
vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
Esses R$ 252 milhões são referentes à outorga da licitação, preço
cobrado pelo município para conceder às empresas a exploração
do serviço. O recurso deveria ir para os cofres públicos,
mas foi utilizado para pagar os empresários, ressarcidos,
indevidamente, em R$ 197 milhões.
Essas compensações referem-se à indenização de frota
(porque a empresa que vencesse a licitação precisaria investir
em veículos que só poderiam ser utilizados em Curitiba);
indenização de pessoal (as empresas antigas teriam que
demitir e indenizar trabalhadores, caso perdessem licitação),
além de multas por atraso nos pagamentos. Isso mesmo! A
Urbs atrasou o pagamento das empresas e precisou pagar multa.
E os empresários foram indenizados sem necessidade, pois
continuaram no sistema!
Além disso tudo, ainda há problemas na planilha que define os
custos e o preço da tarifa. Os índices de consumo dos veículos
são os mesmos utilizados há décadas (nos últimos anos, a
tecnologia evoluiu e um ônibus consome muito menos agora do
que na década de 1980, por exemplo).
Mostre a sua indignação! Envie seu
DIGA NÃO AO protesto para a Prefeitura pelo telefone
TARIFAÇO! 156 ou direto para o email do prefeito:
gabvirtual@pmc.curitiba.pr.gov.br