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1
O Solar de Apolo
Romance Mediúnico
Autor: Victor Hugo
Médium: Zilda Gama
Editora: Lake
Número de páginas: 245
Edição: 3ª edição, 1983
Victor Hugo (1802-1885) foi escritor e dramaturgo
francês pertencente às escolas do Romantismo e
Realismo do século XIX. Seus mais famosos escritos são
os livros “Os Miseráveis”, “O Corcunda de Notre-
Dame” onde aborda temas políticos e sociais com
criatividade e imaginação e consciência progressista e
reformista.
Em seu exílio em Jersey, Victor Hugo, realizou sessões espíritas diariamente entre
1853 a 1855. (fonte: Le Livre des Tables: Les séances spirites de Jersey, Victor Hugo,
Édition de Patrice Boivin, 2014)
No romance mediúnico “O Solar de Apolo”, o leitor é
levado ao ano de 195 d.C, junto à cidade grega de Sicione,
pequena cidade do Peloponeso, às margens do golfo de
Corinto e província do Império Romano do qual a Grécia
fazia parte. Num momento histórico no qual o
Cristianismo era, de certa forma tolerado nas províncias e
no qual a religião predominante era o culto a vários
deuses com notável destaque à importância dos
santuários de Delfos e Elêusis onde vamos encontrar
médiuns e doutrinadores cristãos realizando importantes
tarefas evangelizadoras, em relato sequentes de
fenômenos mediúnicos que culminam com a redenção
dos personagens e uma interessante reviravolta do
pensamento reinante.
Análise de trechos
1º trecho
A personagem Emérita está inclinada a tomar péssima decisão, no que diz respeito a
seus compromissos familiares. Exausta, põe-se a dormir e percebe uma presença
espiritual.
“O desprendimento parcial do espírito, causado pela crise por que passava Emérita,
proporcionou às entidades amigas, novo ensejo de fazer ouvir as suas vozes. Entre as visões
desconexas do delírio, apareceu-lhe a figura do médico egípcio que lhe dizia:
- Infeliz Emérita, osteussofrimentosencerram uma lição que deves aprender: o erro acarreta
2
invariavelmentea dor.Quando o homem se afasta de Deus para seguir a sua fantasia, a dor o
acompanha. Não pensesque é impossível ser maisdesgraçada do que ésatualmente. Leio no teu
pensamento o propósito firmede te encontrares com Argos, a pretexto de que se trata de uma
despedida para a eternidade.Teusmartíriosatuaistêm origem em falta semelhante praticada no
pretérito, conforme já te foi explicado. Insistesem encontrar-te com Argos, mas essa ventura te
será negada enquanto não trilhareso caminho do dever e da honra. Evita, portanto, o que te for
nocivo à tua alma, para que no porvir, não se reproduzam, agravadas, as angustias da era
presente. Pensa na desilusão que irias causar aos teus filhos, cujo amor perderias
totalmente.”(p.82)
Trata-se da segura e firme orientação do guia espiritual da personagem, aparecendo-
lhe para prevenir quanto aos males que adviriam se tomasse a iniciativa que pretende.
Pode-se verificar a linguagem utilizada por este espírito, comparando-a com o
parâmetro verificador anunciado por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns:
“Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem
eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam,
nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros.” (O Livro dos
Médiuns, item 267, Allan Kardec)
2º trecho
O jovem Argos Políbio sofre acidente em uma embarcação, tendo o braço direito
mutilado. Permitindo que se estabeleça a revolta em seu coração e possuidor de
ascendentes mediúnicos, é alcançado por pensamentos negativos de um desencarnado
que deseja sua perda:
“- Não tens mais direito à felicidade! És um mutilado! Tens em perspectiva um futuro de
dores, humilhações, misérias.(p. 137)
Argos ouve também a admoestação de um espírito bom, que busca aconselhá-lo:
“- Só são ditososostriunfadoresdasdoresnobremente suportadas! Não ouças as palavras de
um infortunado irmão que quer levar-te ao cárcere do remorso que segue as almas, até depois
que se desprendem da matéria.(p. 137)
O autor Victor Hugo mostra-nos a realidade do que orientou Allan Kardec, em O
Evangelho segundo o Espiritismo:
“Quando surge em nós um mau pensamento, podemos, pois, imaginar um Espírito
maléfico a nos atrair para o mal, mas a cuja atração podemos ceder ou resistir, como se
se tratara das solicitações de uma pessoa viva. Devemos, ao mesmo tempo, imaginar
que, por seu lado, o nosso anjo guardião, ou Espírito protetor, combate em nós a má
influência e espera com ansiedade a decisão que tomemos. A nossa hesitação em
praticar o mal é a voz do Espírito bom, a se fazer ouvir pela nossa consciência.”(O
Evangelho segundo o Espiritismo, Coletânea de Preces Espíritas, cap. 28, item 20)
O Solar de Apolo é um livro cujo autor demonstra segurança quanto aos princípios
doutrinários espíritas, e nos traz literatura agradável, profunda e nobre.

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O Solar de Apolo

  • 1. 1 O Solar de Apolo Romance Mediúnico Autor: Victor Hugo Médium: Zilda Gama Editora: Lake Número de páginas: 245 Edição: 3ª edição, 1983 Victor Hugo (1802-1885) foi escritor e dramaturgo francês pertencente às escolas do Romantismo e Realismo do século XIX. Seus mais famosos escritos são os livros “Os Miseráveis”, “O Corcunda de Notre- Dame” onde aborda temas políticos e sociais com criatividade e imaginação e consciência progressista e reformista. Em seu exílio em Jersey, Victor Hugo, realizou sessões espíritas diariamente entre 1853 a 1855. (fonte: Le Livre des Tables: Les séances spirites de Jersey, Victor Hugo, Édition de Patrice Boivin, 2014) No romance mediúnico “O Solar de Apolo”, o leitor é levado ao ano de 195 d.C, junto à cidade grega de Sicione, pequena cidade do Peloponeso, às margens do golfo de Corinto e província do Império Romano do qual a Grécia fazia parte. Num momento histórico no qual o Cristianismo era, de certa forma tolerado nas províncias e no qual a religião predominante era o culto a vários deuses com notável destaque à importância dos santuários de Delfos e Elêusis onde vamos encontrar médiuns e doutrinadores cristãos realizando importantes tarefas evangelizadoras, em relato sequentes de fenômenos mediúnicos que culminam com a redenção dos personagens e uma interessante reviravolta do pensamento reinante. Análise de trechos 1º trecho A personagem Emérita está inclinada a tomar péssima decisão, no que diz respeito a seus compromissos familiares. Exausta, põe-se a dormir e percebe uma presença espiritual. “O desprendimento parcial do espírito, causado pela crise por que passava Emérita, proporcionou às entidades amigas, novo ensejo de fazer ouvir as suas vozes. Entre as visões desconexas do delírio, apareceu-lhe a figura do médico egípcio que lhe dizia: - Infeliz Emérita, osteussofrimentosencerram uma lição que deves aprender: o erro acarreta
  • 2. 2 invariavelmentea dor.Quando o homem se afasta de Deus para seguir a sua fantasia, a dor o acompanha. Não pensesque é impossível ser maisdesgraçada do que ésatualmente. Leio no teu pensamento o propósito firmede te encontrares com Argos, a pretexto de que se trata de uma despedida para a eternidade.Teusmartíriosatuaistêm origem em falta semelhante praticada no pretérito, conforme já te foi explicado. Insistesem encontrar-te com Argos, mas essa ventura te será negada enquanto não trilhareso caminho do dever e da honra. Evita, portanto, o que te for nocivo à tua alma, para que no porvir, não se reproduzam, agravadas, as angustias da era presente. Pensa na desilusão que irias causar aos teus filhos, cujo amor perderias totalmente.”(p.82) Trata-se da segura e firme orientação do guia espiritual da personagem, aparecendo- lhe para prevenir quanto aos males que adviriam se tomasse a iniciativa que pretende. Pode-se verificar a linguagem utilizada por este espírito, comparando-a com o parâmetro verificador anunciado por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns: “Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam, nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros.” (O Livro dos Médiuns, item 267, Allan Kardec) 2º trecho O jovem Argos Políbio sofre acidente em uma embarcação, tendo o braço direito mutilado. Permitindo que se estabeleça a revolta em seu coração e possuidor de ascendentes mediúnicos, é alcançado por pensamentos negativos de um desencarnado que deseja sua perda: “- Não tens mais direito à felicidade! És um mutilado! Tens em perspectiva um futuro de dores, humilhações, misérias.(p. 137) Argos ouve também a admoestação de um espírito bom, que busca aconselhá-lo: “- Só são ditososostriunfadoresdasdoresnobremente suportadas! Não ouças as palavras de um infortunado irmão que quer levar-te ao cárcere do remorso que segue as almas, até depois que se desprendem da matéria.(p. 137) O autor Victor Hugo mostra-nos a realidade do que orientou Allan Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo: “Quando surge em nós um mau pensamento, podemos, pois, imaginar um Espírito maléfico a nos atrair para o mal, mas a cuja atração podemos ceder ou resistir, como se se tratara das solicitações de uma pessoa viva. Devemos, ao mesmo tempo, imaginar que, por seu lado, o nosso anjo guardião, ou Espírito protetor, combate em nós a má influência e espera com ansiedade a decisão que tomemos. A nossa hesitação em praticar o mal é a voz do Espírito bom, a se fazer ouvir pela nossa consciência.”(O Evangelho segundo o Espiritismo, Coletânea de Preces Espíritas, cap. 28, item 20) O Solar de Apolo é um livro cujo autor demonstra segurança quanto aos princípios doutrinários espíritas, e nos traz literatura agradável, profunda e nobre.