SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Portugal -Um
novo governo
Ponto 4. DR2
MUNAF - Movimento de Unidade Nacional Antifascista -
organização política clandestina que pretendia agrupar e
reorganizar a oposição.
- Teve inicio logo após à implantação da ditadura portuguesa, em 1926
- Estruturas de oposição ao regime salazarista que agrupavam individualidades oriundas dos
diferentes quadrantes políticos progressistas
Estruturas de oposição ao regime salazarista que agrupavam individualidades oriundas dos diferentes
quadrantes políticos progressistas
Organização da Oposição Democrática
Manipulação de
votos
Em 1945 Salazar sentiu-se forçado a fazer mudanças "democráticas“ para fazer uma boa imagem às democracias
capitalistas ocidentais.
MUNAF foi substituído pelo Movimento de Unidade Democrática (MUD), em 1945 – como uma organização
política autorizada por Salazar
Proporcionar um debate público em torno da questão eleitoral.
MUD -
Inclusive de opositores ao Estado Novo,
MUD foi dissolvida pelo regime em Janeiro de 1948.
Muitos dos antigos membros da MUD continuaram a opor-se ao regime e integraram-se na
comissão de apoio à candidatura do general Norton de Matos
Norton de Matos, em Abril de 1948.
Grande apoio popular
1958
1º Abalo ao regime Salazarista
Apoio popular a Humberto Delgado junto à Estação de São Bento, no Porto, 14 de Maio de 1958.
© Arquivo DN
Viveu nos EUA e conhecia as formulas utilizadas nas campanhas eleitorais daquele país. Adotou assim esse modelo na sua campanha fazendo o
regime de Salazar tremer pela primeira vez em 1958 quando assumiu a candidatura à presidência da republica pela oposição.
Numa conferencia de imprensa quando um jornalista perguntou que postura tomaria em relação ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar,
respondeu com a frase "Obviamente, demito-o!".
Essa frase incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime salazarista.
Delgado ficou conhecido como ”o General sem medo”
Apesar do esmagador apoio
popular que recebera durante a
campanha, Delgado perdeu com
23% dos votos, enquanto o
impopular e apagado candidato de
Salazar, Américo Tomás, foi eleito
com 76,4% dos votos, o que
imediatamente levantou a suspeita
de uma generalizada fraude
eleitoral, perpetrada pela PIDE e
outros apoiantes do regime.
1961 – 1974
Guerra Colonial
Guerra Colonial Portuguesa, que se desenvolveu entre 1961 e 1974, e
colocou em choque as Forças Armadas Portuguesas contra diferentes
grupos armados da Angola, da Guiné e de Moçambique. Os anos de
conflito se estenderam até 1974, ano em que a Revolução dos Cravos
estabeleceu o retorno da democracia em terras lusitanas.
Em 1975, o Tratado de Alvor previa a criação de um governo
transitório capaz de conduzir a definitiva descolonização.
O deflagrar da guerra colonial teve inicio em 1961. Conduziu ao isolamento internacional do regime, com a condenação da ONU à
atuação Portuguesa.
A inflação dispara em Portugal e o governo recorre, embora tardiamente, a racionamento de géneros e fixação de preços e aumenta a
corrupção do aparelho corporativo.
1968 – 1970
Primavera Marcelista
• Ensaio de algumas propostas de democratização do ensino, lançadas pelo ministro da
educação Veiga Simão
V Marcelo Caetano foi escolhido para suceder a António de Oliveira Salazar em Setembro de 1968
Designa o período inicial de uma certa modernização social e uma liberalização política, a “Primavera Marcelista”,
criando a expectativa de uma verdadeira reforma do regime em Portugal, o que não chegou a acontecer devido a
um acidente vascular cerebral que o impossibilitou de continuar a exercer o cargo.
• Fim do condicionalismo industrial, abrindo-se o país ao investimento estrangeiro.
• Lançamento de grandes obras públicas, tais como os do porto de Sines e a barragem de
Alqueva.
• Aproximação à então Comunidade Económica Europeia (CEE)
• Melhoria da assistência social.
Fim do Estado Novo,
inicio da Democracia
A Revolução de 25 de Abril de 1974 - O golpe militar conduzido pelo Movimento das Forças Armadas põe termo ao regime autoritário do
Estado Novo, abrindo caminho para a resolução do problema da guerra colonial e para a democratização e o desenvolvimento do país.
Destituição de Américo Tomás do cargo de Presidente da República e de Marcelo Caetano do cargo de Presidente do Conselho, a dissolução da
Assembleia Nacional e a proclamação do 1.º de Maio como feriado nacional.
A 28 de setembro de 1974, o confronto entre a designada "maioria silenciosa" de direita e a esquerda, apoiada pela Comissão Coordenadora do MFA,
resulta na demissão do general Spínola do cargo de Presidente da República e no reforço do domínio político dos militares e da esquerda, que seria
confirmado com o fracasso do golpe de 11 de março de 1975.
Entre 1974 e 1975, Portugal reconhece a independência das antigas colónias – Guiné-Bissau,
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola.
O processo de independência de Timor-Leste é interrompido na sequência dos
desentendimentos entre as forças políticas timorenses.
A 25 de abril de 1976, realizam-se as primeiras eleições para a Assembleia da República.
O PS obtém uma maioria relativa com 35% dos votos e 107 Deputados.
As eleições para as Assembleias Regionais dos Açores e da Madeira realizam-se a 27 de junho, data
da eleição do Presidente da República, Ramalho Eanes. Em julho, Mário Soares, líder do PS, toma
posse como Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional. Finalmente, a 12 de dezembro, realizam-
se as eleições autárquicas.
A Constituição de 1976 consagra direitos e deveres fundamentais:
• Princípio da igualdade;
• Liberdade de imprensa;
• Liberdade religiosa;
• Direitos laborais, sociais e culturais; etc.
• Institui como órgãos de soberania o Presidente da República, o Conselho da Revolução, a
Assembleia da República, o Governo e os Tribunais, integra as autarquias locais e as
regiões administrativas na organização política do Estado e institui as regiões autónomas
dos Açores e da Madeira.
A revolução e o processo de instauração da democracia fazem-se sentir em todos os sectores: na
comunicação social, na educação, na cultura, no trabalho, na sociedade, na economia e nas
mentalidades, alcançando-se, assim, em 1976, dois objetivos propostos pelo programa do MFA: a
democratização do país e a descolonização.
1982
Revisão Constitucional
A revisão constitucional de 1982 procurou diminuir a carga ideológica da Constituição,
flexibilizar o sistema económico e redefinir as estruturas do exercício do poder político,
sendo extinto o Conselho da Revolução e criado o Tribunal Constitucional.
Em 1989 teve lugar a 2.ª Revisão Constitucional que deu maior abertura ao sistema
económico, nomeadamente pondo termo ao princípio da irreversibilidade das
nacionalizações diretamente efetuadas após o 25 de Abril de 1974.
Vida antes e pós 25 de Abril, na ótica dos portugueses
https://www.youtube.com/watch?v=Fnj6hDimbtU
Arquivos
Comunicado Rádio Clube Português
https://www.youtube.com/watch?v=5qOL6CcTR7c
Comunicado MFA
https://www.youtube.com/watch?v=LxHShVobfvE
Musica “E depois do Adeus”
https://www.youtube.com/watch?v=pJrtNwD_r_0
Resumo animado
https://www.youtube.com/watch?v=-SV1EBNYup8
Poesia:
• “Poema de Abril” de 1974, Sidónio Muralha Sidónio Muralha
• “As Portas que Abril Abriu” de 1975, por José Carlos Ary dos santos
• Em “O nome das Coisas” de 1977
- “25 de Abril e Revolução”
- “Revolução – Descobrimento”, por Sophia de Mello Breyner Andersen
Teatro:
“A Noite” 1979, de José Saramago
Ensaio Histórico:
“Revolução do 25 de Abril” de 1989, por José Medeiros Ferreira
Músicas:
• “Grândola, Vila Morena” 1972, de José Afonso
• “E depois do Adeus” 1974, de Paulo Carvalho, José Niza e José Calvário
• “Somos livres” 1974, de Ermelinda Duarte e José Cid
• “Tanto Mar” 1975, de Chico Buarque de Holanda
• “Madrugada” 1975, de Duarte Mendes e José Luís Tinoco
• “Os índios da Meia Praia” 1976, de José Afonso
Webgrafia
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6f/Norton_de_Matos.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oposi%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_ditadura_portug
uesa
https://osfazedoresdeletras.com/2021/06/22/liberdade-sempre-jacinto-serrao
https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/construcao-democracia_1974-
1976.aspx
https://www.parlamento.pt/RevisoesConstitucionais/Paginas/default.aspx
https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial h
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_25_de_Abril_de_1974
Elaborado por:
• Sandro Faria
• Soraia Leite

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512

Um século de historia (1)
Um século de historia (1)Um século de historia (1)
Um século de historia (1)João Couto
 
Revolução 25 de abril
Revolução 25 de abrilRevolução 25 de abril
Revolução 25 de abrilCarla Teixeira
 
Trabalho 25 de abril ana alves
Trabalho 25 de abril ana alvesTrabalho 25 de abril ana alves
Trabalho 25 de abril ana alvesAna Paiva
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abriliosi2012
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abriliosi2012
 
Revolução dos escravos/25 de abril de 1974
Revolução dos escravos/25 de abril de 1974Revolução dos escravos/25 de abril de 1974
Revolução dos escravos/25 de abril de 1974Ivo Madureira
 
O estado novo e o 25 de abril afonso
O estado novo e o 25 de abril  afonsoO estado novo e o 25 de abril  afonso
O estado novo e o 25 de abril afonsoPaula Morgado
 
Do Estado Novo à Democracia
Do Estado Novo à DemocraciaDo Estado Novo à Democracia
Do Estado Novo à DemocraciaAna Barreiros
 
Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaJoão Costa
 
Do autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciaDo autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciacattonia
 
Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01
Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01
Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01becastanheiradepera
 
25 De Abril De 1974.pptx
25 De Abril De 1974.pptx25 De Abril De 1974.pptx
25 De Abril De 1974.pptxJoaoVaz26
 

Semelhante a Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512 (20)

25 de Abril
25 de Abril25 de Abril
25 de Abril
 
Um século de historia (1)
Um século de historia (1)Um século de historia (1)
Um século de historia (1)
 
Revolução 25 de abril
Revolução 25 de abrilRevolução 25 de abril
Revolução 25 de abril
 
Trab1 8a grp08
Trab1 8a grp08Trab1 8a grp08
Trab1 8a grp08
 
25 De Abril
25 De Abril25 De Abril
25 De Abril
 
Pós 25 de abril
Pós 25 de abrilPós 25 de abril
Pós 25 de abril
 
Trabalho 25 de abril ana alves
Trabalho 25 de abril ana alvesTrabalho 25 de abril ana alves
Trabalho 25 de abril ana alves
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abril
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abril
 
Revolução dos escravos/25 de abril de 1974
Revolução dos escravos/25 de abril de 1974Revolução dos escravos/25 de abril de 1974
Revolução dos escravos/25 de abril de 1974
 
O estado novo e o 25 de abril afonso
O estado novo e o 25 de abril  afonsoO estado novo e o 25 de abril  afonso
O estado novo e o 25 de abril afonso
 
25 abril
25 abril25 abril
25 abril
 
Cronologia prec
Cronologia precCronologia prec
Cronologia prec
 
Do Estado Novo à Democracia
Do Estado Novo à DemocraciaDo Estado Novo à Democracia
Do Estado Novo à Democracia
 
25 Abril
25 Abril25 Abril
25 Abril
 
Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democracia
 
Do autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciaDo autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democracia
 
O 25 de abril
O 25 de abrilO 25 de abril
O 25 de abril
 
Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01
Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01
Oestadonovoeo25deabril afonso-120525154212-phpapp01
 
25 De Abril De 1974.pptx
25 De Abril De 1974.pptx25 De Abril De 1974.pptx
25 De Abril De 1974.pptx
 

Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512

  • 2. MUNAF - Movimento de Unidade Nacional Antifascista - organização política clandestina que pretendia agrupar e reorganizar a oposição. - Teve inicio logo após à implantação da ditadura portuguesa, em 1926 - Estruturas de oposição ao regime salazarista que agrupavam individualidades oriundas dos diferentes quadrantes políticos progressistas Estruturas de oposição ao regime salazarista que agrupavam individualidades oriundas dos diferentes quadrantes políticos progressistas Organização da Oposição Democrática
  • 3. Manipulação de votos Em 1945 Salazar sentiu-se forçado a fazer mudanças "democráticas“ para fazer uma boa imagem às democracias capitalistas ocidentais. MUNAF foi substituído pelo Movimento de Unidade Democrática (MUD), em 1945 – como uma organização política autorizada por Salazar Proporcionar um debate público em torno da questão eleitoral. MUD - Inclusive de opositores ao Estado Novo, MUD foi dissolvida pelo regime em Janeiro de 1948. Muitos dos antigos membros da MUD continuaram a opor-se ao regime e integraram-se na comissão de apoio à candidatura do general Norton de Matos Norton de Matos, em Abril de 1948. Grande apoio popular
  • 4. 1958 1º Abalo ao regime Salazarista Apoio popular a Humberto Delgado junto à Estação de São Bento, no Porto, 14 de Maio de 1958. © Arquivo DN Viveu nos EUA e conhecia as formulas utilizadas nas campanhas eleitorais daquele país. Adotou assim esse modelo na sua campanha fazendo o regime de Salazar tremer pela primeira vez em 1958 quando assumiu a candidatura à presidência da republica pela oposição. Numa conferencia de imprensa quando um jornalista perguntou que postura tomaria em relação ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar, respondeu com a frase "Obviamente, demito-o!". Essa frase incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime salazarista. Delgado ficou conhecido como ”o General sem medo” Apesar do esmagador apoio popular que recebera durante a campanha, Delgado perdeu com 23% dos votos, enquanto o impopular e apagado candidato de Salazar, Américo Tomás, foi eleito com 76,4% dos votos, o que imediatamente levantou a suspeita de uma generalizada fraude eleitoral, perpetrada pela PIDE e outros apoiantes do regime.
  • 5. 1961 – 1974 Guerra Colonial Guerra Colonial Portuguesa, que se desenvolveu entre 1961 e 1974, e colocou em choque as Forças Armadas Portuguesas contra diferentes grupos armados da Angola, da Guiné e de Moçambique. Os anos de conflito se estenderam até 1974, ano em que a Revolução dos Cravos estabeleceu o retorno da democracia em terras lusitanas. Em 1975, o Tratado de Alvor previa a criação de um governo transitório capaz de conduzir a definitiva descolonização. O deflagrar da guerra colonial teve inicio em 1961. Conduziu ao isolamento internacional do regime, com a condenação da ONU à atuação Portuguesa. A inflação dispara em Portugal e o governo recorre, embora tardiamente, a racionamento de géneros e fixação de preços e aumenta a corrupção do aparelho corporativo.
  • 6. 1968 – 1970 Primavera Marcelista • Ensaio de algumas propostas de democratização do ensino, lançadas pelo ministro da educação Veiga Simão V Marcelo Caetano foi escolhido para suceder a António de Oliveira Salazar em Setembro de 1968 Designa o período inicial de uma certa modernização social e uma liberalização política, a “Primavera Marcelista”, criando a expectativa de uma verdadeira reforma do regime em Portugal, o que não chegou a acontecer devido a um acidente vascular cerebral que o impossibilitou de continuar a exercer o cargo. • Fim do condicionalismo industrial, abrindo-se o país ao investimento estrangeiro. • Lançamento de grandes obras públicas, tais como os do porto de Sines e a barragem de Alqueva. • Aproximação à então Comunidade Económica Europeia (CEE) • Melhoria da assistência social.
  • 7. Fim do Estado Novo, inicio da Democracia A Revolução de 25 de Abril de 1974 - O golpe militar conduzido pelo Movimento das Forças Armadas põe termo ao regime autoritário do Estado Novo, abrindo caminho para a resolução do problema da guerra colonial e para a democratização e o desenvolvimento do país. Destituição de Américo Tomás do cargo de Presidente da República e de Marcelo Caetano do cargo de Presidente do Conselho, a dissolução da Assembleia Nacional e a proclamação do 1.º de Maio como feriado nacional. A 28 de setembro de 1974, o confronto entre a designada "maioria silenciosa" de direita e a esquerda, apoiada pela Comissão Coordenadora do MFA, resulta na demissão do general Spínola do cargo de Presidente da República e no reforço do domínio político dos militares e da esquerda, que seria confirmado com o fracasso do golpe de 11 de março de 1975.
  • 8. Entre 1974 e 1975, Portugal reconhece a independência das antigas colónias – Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola. O processo de independência de Timor-Leste é interrompido na sequência dos desentendimentos entre as forças políticas timorenses. A 25 de abril de 1976, realizam-se as primeiras eleições para a Assembleia da República. O PS obtém uma maioria relativa com 35% dos votos e 107 Deputados. As eleições para as Assembleias Regionais dos Açores e da Madeira realizam-se a 27 de junho, data da eleição do Presidente da República, Ramalho Eanes. Em julho, Mário Soares, líder do PS, toma posse como Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional. Finalmente, a 12 de dezembro, realizam- se as eleições autárquicas. A Constituição de 1976 consagra direitos e deveres fundamentais: • Princípio da igualdade; • Liberdade de imprensa; • Liberdade religiosa; • Direitos laborais, sociais e culturais; etc. • Institui como órgãos de soberania o Presidente da República, o Conselho da Revolução, a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais, integra as autarquias locais e as regiões administrativas na organização política do Estado e institui as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. A revolução e o processo de instauração da democracia fazem-se sentir em todos os sectores: na comunicação social, na educação, na cultura, no trabalho, na sociedade, na economia e nas mentalidades, alcançando-se, assim, em 1976, dois objetivos propostos pelo programa do MFA: a democratização do país e a descolonização.
  • 9. 1982 Revisão Constitucional A revisão constitucional de 1982 procurou diminuir a carga ideológica da Constituição, flexibilizar o sistema económico e redefinir as estruturas do exercício do poder político, sendo extinto o Conselho da Revolução e criado o Tribunal Constitucional. Em 1989 teve lugar a 2.ª Revisão Constitucional que deu maior abertura ao sistema económico, nomeadamente pondo termo ao princípio da irreversibilidade das nacionalizações diretamente efetuadas após o 25 de Abril de 1974.
  • 10. Vida antes e pós 25 de Abril, na ótica dos portugueses https://www.youtube.com/watch?v=Fnj6hDimbtU Arquivos Comunicado Rádio Clube Português https://www.youtube.com/watch?v=5qOL6CcTR7c Comunicado MFA https://www.youtube.com/watch?v=LxHShVobfvE Musica “E depois do Adeus” https://www.youtube.com/watch?v=pJrtNwD_r_0 Resumo animado https://www.youtube.com/watch?v=-SV1EBNYup8 Poesia: • “Poema de Abril” de 1974, Sidónio Muralha Sidónio Muralha • “As Portas que Abril Abriu” de 1975, por José Carlos Ary dos santos • Em “O nome das Coisas” de 1977 - “25 de Abril e Revolução” - “Revolução – Descobrimento”, por Sophia de Mello Breyner Andersen Teatro: “A Noite” 1979, de José Saramago Ensaio Histórico: “Revolução do 25 de Abril” de 1989, por José Medeiros Ferreira Músicas: • “Grândola, Vila Morena” 1972, de José Afonso • “E depois do Adeus” 1974, de Paulo Carvalho, José Niza e José Calvário • “Somos livres” 1974, de Ermelinda Duarte e José Cid • “Tanto Mar” 1975, de Chico Buarque de Holanda • “Madrugada” 1975, de Duarte Mendes e José Luís Tinoco • “Os índios da Meia Praia” 1976, de José Afonso