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Artigo 3
Escola Básica e Secundária Anselmo de
Andrade
Jacira Paulo nº 15
Mariana Guimarães nº21
Matilde Castanheira nº22
Tatiana Gonçalves nº26
Tiago Fernandes nº27
10ºB
Título: Pesquisa de toxicidade nos sedimentos marinhos do Ártico canadiano
Autores: João Canário; Laurier Poissant; Martin Pilote; Christian Blaise; Philippe Constant;
Jean-François Férard; François Gagné.
Ano: Publicado a 7 de outubro de 2013
Revista: Journal of Soils and Sediments
Introdução
O mercúrio (Hg) é um contaminante global altamente preocupante do ponto de vista
ambiental devido, à sua toxicidade para a vida selvagem e ao seu amplo potencial para
a bioacumulação e bioamplificação.
Ao longo do Ártico canadiano e das regiões subárticas, foram selecionados 8 locais
remotos do Ártico em função da sua proximidade às grandes correntes oceânicas e à
Northwest Passage. Como tal, serão áreas que podem ser mais sensíveis aos efeitos do
degelo devido ao aquecimento do clima.
Este artigo engloba as áreas da Química, Geologia e Toxicologia.
Objetivo
O objetivo deste artigo é determinar a toxicidade dos sedimentos marinhos do Ártico
canadiano. Visa monitorizar e compreender melhor as potenciais mudanças capazes de
impactar com este.
Este estudo foi também realizado devido ao facto das alterações que o clima global tem
vindo a sofrer:
- O degelo do “permafrost”
- O aumento dos níveis de mercúrio no escoamento fluvial.
Metodologia
1. AMOSTRAS DE SEDIMENTOS
a) Recolha dos sedimentos superficiais (<3cm) por pistão
b) Divisão dos sedimentos em duas subamostras (uma para análises FQ - granulometria
e Hg; outra para testes toxicológicos)
c) Armazenamento das amostras em câmara fria (-20ºC as subamostras para análises
FQ; -80ºC as subamostras para testes toxicológicos)
2. ANÁLISE DO MERCÚRIO NOS SEDIMENTOS
a) As amostras sólidas de peso conhecido foram pré-secas durante 24 horas e depois
homogeneizadas;
b) Determinação do Hg total (através da técnica de análise direta por pirólise,
amálgama de ouro, seguida de absorção atómica por vapor frio)
c) Utilização de instrumentos de aço inoxidável
e)Decomposição térmica
https://www.youtube.com/watch?v=j72G7T1esLE
3. OUTROS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS
a) Recurso ao kit de análise de solo La Motte para análise da textura e dos parâmetros
físico-químicos dos sedimentos
b) pH dos sedimentos foi determinado por colorimetria
c) textura do solo foi determinada por um processo de floculação e dispersão
4. TESTES TOXICOLÓGICOS
a) As amostras foram descongeladas e analisadas em 24 horas;
b) Os elutriados sedimentares foram preparados através da homogeneização manual;
c)Foram transferidas para um tubo de plástico, estes de seguida foram centrifugados.
Os resultados mostram que em relação às concentrações de Hg:
• Os sedimentos recolhidos eram maioritariamente compostos de siltes e areias.
• O pH dos sedimentos variou entre 7,1 e 7,3.
• O conteúdo em matéria orgânica variou entre 8,8% e 13,8%.
A Tabela seguinte mostra também que as concentrações de Hg total variaram entre 0,015
μg g- 1 a sudeste da Baía de Hudson, e 0,087 μg g-1 no Mar de Beaufort, com uma média
global de 0,04 μg g-1 ao longo do Arquipélago Ártico Canadiano.
Relativamente aos testes toxicológicos com os seres vivos:
Os dados toxicológicos para os sedimentos Árticos recolhidos e seus
elutriados, com exceção das estações 5 e 7 apresentam toxicidade, todas as
outras estações foram consideradas não-tóxicas para ambos os organismos
invertebrados-teste no que respeita aos elutriados.
Relativamente à fase sólida, a toxicidade foi mais aparente para as
bactérias. Quando o IC50 (concentração inibidora 50) é <0,5% , o
sedimento é considerado tóxico. Com base neste critério, os sedimentos
dos locais 5, 6 e 7 são considerados tóxicos
As conclusões a que os autores chegaram foram:
• os sedimentos revelaram ser não-tóxicos, apenas nos locais 5 e 7 sugeriu a ocorrência
de alguma toxicidade marginal para organismos bacterianos
• matéria orgânica presente nos sedimentos não está relacionada com a composição
dos mesmos mas sim com a deposição de partículas orgânicas naturais na superfície
dos sedimentos.
• As concentrações de Hg total do Rio Mackenzie, foram até 10 vezes mais elevadas
que os valores encontrados para outros locais da Baía de Hudson.
• Não obstante, este estudo demonstra que os níveis de Hg nos sedimentos variam
significativamente ao longo do Arquipélago do Ártico Canadiano.
De uma forma geral, consideramos que este estudo é importante pois transmitiu-nos
informação sobre a toxicidade por Hg nos sedimentos do Ártico, e de que forma ela
varia e é influenciada pelos diferentes agentes externos.
Permite estabelecer comparações futuras para avaliar tendências temporais e
espaciais, no entanto nós achamos que apesar deste estudo envolver analises
geológicas, acaba por não contribuir muito para esta área contribuindo mais para a
química e a biologia porque nos permitiu reconhecer os níveis de toxicidade dos
locais em estudo, que se forem muito altos poderão prejudicar habitats e,
consequentemente, os seres vivos neles existentes.
Existe também outro contributo, que é um contributo social porque, caso aconteça
alguma coisa nos polos, muito provavelmente vai se refletir no resto do planeta.

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  • 1. Artigo 3 Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade Jacira Paulo nº 15 Mariana Guimarães nº21 Matilde Castanheira nº22 Tatiana Gonçalves nº26 Tiago Fernandes nº27 10ºB
  • 2. Título: Pesquisa de toxicidade nos sedimentos marinhos do Ártico canadiano Autores: João Canário; Laurier Poissant; Martin Pilote; Christian Blaise; Philippe Constant; Jean-François Férard; François Gagné. Ano: Publicado a 7 de outubro de 2013 Revista: Journal of Soils and Sediments
  • 3. Introdução O mercúrio (Hg) é um contaminante global altamente preocupante do ponto de vista ambiental devido, à sua toxicidade para a vida selvagem e ao seu amplo potencial para a bioacumulação e bioamplificação. Ao longo do Ártico canadiano e das regiões subárticas, foram selecionados 8 locais remotos do Ártico em função da sua proximidade às grandes correntes oceânicas e à Northwest Passage. Como tal, serão áreas que podem ser mais sensíveis aos efeitos do degelo devido ao aquecimento do clima. Este artigo engloba as áreas da Química, Geologia e Toxicologia.
  • 4. Objetivo O objetivo deste artigo é determinar a toxicidade dos sedimentos marinhos do Ártico canadiano. Visa monitorizar e compreender melhor as potenciais mudanças capazes de impactar com este. Este estudo foi também realizado devido ao facto das alterações que o clima global tem vindo a sofrer: - O degelo do “permafrost” - O aumento dos níveis de mercúrio no escoamento fluvial.
  • 5. Metodologia 1. AMOSTRAS DE SEDIMENTOS a) Recolha dos sedimentos superficiais (<3cm) por pistão b) Divisão dos sedimentos em duas subamostras (uma para análises FQ - granulometria e Hg; outra para testes toxicológicos) c) Armazenamento das amostras em câmara fria (-20ºC as subamostras para análises FQ; -80ºC as subamostras para testes toxicológicos) 2. ANÁLISE DO MERCÚRIO NOS SEDIMENTOS a) As amostras sólidas de peso conhecido foram pré-secas durante 24 horas e depois homogeneizadas; b) Determinação do Hg total (através da técnica de análise direta por pirólise, amálgama de ouro, seguida de absorção atómica por vapor frio) c) Utilização de instrumentos de aço inoxidável e)Decomposição térmica https://www.youtube.com/watch?v=j72G7T1esLE
  • 6. 3. OUTROS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS a) Recurso ao kit de análise de solo La Motte para análise da textura e dos parâmetros físico-químicos dos sedimentos b) pH dos sedimentos foi determinado por colorimetria c) textura do solo foi determinada por um processo de floculação e dispersão 4. TESTES TOXICOLÓGICOS a) As amostras foram descongeladas e analisadas em 24 horas; b) Os elutriados sedimentares foram preparados através da homogeneização manual; c)Foram transferidas para um tubo de plástico, estes de seguida foram centrifugados.
  • 7. Os resultados mostram que em relação às concentrações de Hg: • Os sedimentos recolhidos eram maioritariamente compostos de siltes e areias. • O pH dos sedimentos variou entre 7,1 e 7,3. • O conteúdo em matéria orgânica variou entre 8,8% e 13,8%. A Tabela seguinte mostra também que as concentrações de Hg total variaram entre 0,015 μg g- 1 a sudeste da Baía de Hudson, e 0,087 μg g-1 no Mar de Beaufort, com uma média global de 0,04 μg g-1 ao longo do Arquipélago Ártico Canadiano.
  • 8. Relativamente aos testes toxicológicos com os seres vivos: Os dados toxicológicos para os sedimentos Árticos recolhidos e seus elutriados, com exceção das estações 5 e 7 apresentam toxicidade, todas as outras estações foram consideradas não-tóxicas para ambos os organismos invertebrados-teste no que respeita aos elutriados. Relativamente à fase sólida, a toxicidade foi mais aparente para as bactérias. Quando o IC50 (concentração inibidora 50) é <0,5% , o sedimento é considerado tóxico. Com base neste critério, os sedimentos dos locais 5, 6 e 7 são considerados tóxicos
  • 9. As conclusões a que os autores chegaram foram: • os sedimentos revelaram ser não-tóxicos, apenas nos locais 5 e 7 sugeriu a ocorrência de alguma toxicidade marginal para organismos bacterianos • matéria orgânica presente nos sedimentos não está relacionada com a composição dos mesmos mas sim com a deposição de partículas orgânicas naturais na superfície dos sedimentos. • As concentrações de Hg total do Rio Mackenzie, foram até 10 vezes mais elevadas que os valores encontrados para outros locais da Baía de Hudson. • Não obstante, este estudo demonstra que os níveis de Hg nos sedimentos variam significativamente ao longo do Arquipélago do Ártico Canadiano.
  • 10. De uma forma geral, consideramos que este estudo é importante pois transmitiu-nos informação sobre a toxicidade por Hg nos sedimentos do Ártico, e de que forma ela varia e é influenciada pelos diferentes agentes externos. Permite estabelecer comparações futuras para avaliar tendências temporais e espaciais, no entanto nós achamos que apesar deste estudo envolver analises geológicas, acaba por não contribuir muito para esta área contribuindo mais para a química e a biologia porque nos permitiu reconhecer os níveis de toxicidade dos locais em estudo, que se forem muito altos poderão prejudicar habitats e, consequentemente, os seres vivos neles existentes. Existe também outro contributo, que é um contributo social porque, caso aconteça alguma coisa nos polos, muito provavelmente vai se refletir no resto do planeta.