O documento discute a arte tridimensional brasileira dos anos 80 e 90, citando diversos artistas que ampliaram conceitos de escultura nesse período. Apresenta influências externas como Dadaísmo, Surrealismo e Arte Povera, e como artistas brasileiros como Leda Catunda, Nuno Ramos e Rosângela Rennó incorporaram essas tendências. Também reflete sobre legados deixados à geração seguinte, como o uso de materiais menos nobres.
5. • Ainda na década de 60, Duchamp já pode ser
percebido em proposições do Grupo Frente.
O grande núcleo, 1960. Hélio Oiticica
Rede de elástico. Lygia Clarck
8. • Anos 70: Busca por uma postura e ação política menos ingênua.
• Outras influências: questões neodadas e da Arte Povera.
Monogram, 1955. Robert Rauschenberg Venus of the rags, 1967. Michelangelo Pistarello
12. Início dos Anos 80
- Cena Internacional – o antigo “retorno aos suportes tradicionais”.
- Nova geração de artistas brasileiros atuantes no campo da pintura.
- Posteriormente parte deste grupo caminha para o espaço
tridimensional.
13. • Leda Catunda: “Entre o figurativo e o abstrato” (1983)
• Ana Maria Tavares: pintura-instalação apresentada mostra “Pintura
com meio” (MAC-USP 1983)
• Nuno Ramos - e suas pinturas sobrecarregadas
Leda Catunda: Entre o Figurativo e o abstrato. (1983).
20. Sem título (holocausto) da série:
Arquivo Universal. (1998)
Sem título da série: Vermelha
(1996) Foto.
21. Valeska Soares
Sem título. (1998).
Escultura de vidro borracha e
perfume.
Mar de rosas, 1989
colcha bordada, gancho e
cabo de aço.
Sem título (from Intimates).
1993. Pele e óleo de perfume.
22. Jac Leirner
Muro (1985 – 1987)
sacolas plásticas e manta de
poliéster
Pulmão (1987).
Embalagens de cigarro e cordão de
poliuretano
23. Lia Menna Barreto
Coelho do Avesso (1995)
coelho de pelúcia e lampião.
Sem título (1993).
objetos infantis e lã.
40. Ivens Machado
• Seu envolvimento com a escultura
ocorre na década de 80.
• Utiliza materiais da obra de
Engenharia.
• O artista de alguma maneira
reorganiza os códigos da escultura
convencional - trabalha ainda com
questões como volume e massa -,
e se torna um dos principais
representantes de sua geração.
Mapa Mudo (1979)
41. Sua obra passa perto da Arte Povera ( procura pela ossatura bruta do mundo
industrializado).
42. Em suas esculturas, o processo produtivo parece situar-se em um diálogo entre a
atividade do peão que ergue paredes e a do engenheiro.
44. • Nos trabalhos de 70 e
início 80, percebe-se a
presença da
geometria.
• Em seus recentes
trabalhos percebe-se
superfícies que se
transformam, líquidos
que ao se solidificarem
adquirem novas
formas.
45. Na obra Bibêlo: A Secção da Montanha, 1967. Propõe uma nostalgia de uma
natureza prestes a se perder. Guarda em seu interior um punhal de vida.
46. Legados deixados a geração seguinte
• Perda da precessão da
verticalidade e da
necessidade de base.
• Utilização de
materiais menos
nobres.
47. Angelo Venosa
• “Foi com a pintura que
comecei minha disciplina
de trabalho (...). A
passagem foi um
rompimento com o que eu
considerava a linguagem
por excelência (a pintura) e
a descoberta de que era
possível criar um trabalho
pessoal, com meus
próprios meios.”
• Depoimento do artista a Marco Doctors . No
Atêlie da Lapa. RJ.1986.
48. • O artista incorpora
materias como cera,
chumbo, mármore e
dentes de animais.
Posteriormente também
começa a trabalhar com
vértebras e ossos.
• Suas obras diminuem e
surpreendem mais pela
estranheza e caráter
inquietante do resultado.
Turdus 170, 2009
49. • Identificada como
“Ossatura de boi”.
Caveiras bovinas tentam
abraçar-se e beijar-se.
Ressaltam-se as garras
negras que, apesar de
estarem em esboço do
ato amoroso, mostram-
se necrosadas.
Reanimadas como arte
apontam para A morte
do mundo vivo, mundo
capitalista selvagem.“Sem título”.1984.
50. Gustavo Rezende
• O que parece nelas contar é não
apenas a busca por outras
possibilidades para a concepção
tradicional do termo “escultura”,
mas igualmente a singularidade
dos materiais, a estranheza da
forma, a possibilidade do tato etc.
• As peças propõem uma
experiência em que, ao invés da
solenidade que a escultura
convencional impõe, o que
parece importar é o
entendimento da obra de arte
como propulsora de novas
experiências físicas e conceituais.
“Sem título”. 1988.
51. • Estes agrupamentos de artistas foram baseados em
genealogias onde não há uma hierarquia.
• Foram citadas as produções de alguns dos mais
instigantes artistas brasileiras de alguns dos mais
instigantes artistas brasileiros que, nos últimos vinte
anos, emergiram no contexto da produção
tridimensional.
• Além destes artistas, para uma maior compreensão deste
setor tão híbrido da produção de Frida Baranek, Ester
Grinspum, Ernesto Neto, José Leonilson, Adriana Varejão,
Rubens Mano e muitos outros.
52. Referências bibliográficas
CHIARELLI, Tadeu. O tridimensional na Arte brasileira dos Anos 80 e 90:
Genealogias e Superações.
FERRARI, Silvia. Guia de História da Arte contemporânea. 2 edição , 2008.
Editorial Presença