SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Baixar para ler offline
O Tridimensional na Arte brasileira dos
anos 80 e 90
Aline Brune
Amauri Freitas
Fabiana Hayashi
Lilian Balbino
Nerize Portela
Influências externas
Rose Selávy, 1920. Duchamp
Manifesto Dada.
Sem título, 1969 Jannis Kounellis
Linha infinita, 1960. Piero Manzoni
Para Tadeu Chiarelli, não se pode dizer que houve no Brasil
uma Arte conceitual pura.
Marcel Duchamp
Bicycle Wheel, 1913. Marcel Duchamp
• Ainda na década de 60, Duchamp já pode ser
percebido em proposições do Grupo Frente.
O grande núcleo, 1960. Hélio Oiticica
Rede de elástico. Lygia Clarck
Dadaísmo
Presente, 1921. Man Ray
Surrealismo
Déjeuner em fortune, 1936. Meret Openheim
• Anos 70: Busca por uma postura e ação política menos ingênua.
• Outras influências: questões neodadas e da Arte Povera.
Monogram, 1955. Robert Rauschenberg Venus of the rags, 1967. Michelangelo Pistarello
Waltércio Caldas Jr.
Convite ao raciocínio, 1978. Waltercio Caldas
Regina Silveira
Anamorfas, 1980. Regina Silveira
Tunga
True Rouge, 1997. Tunga
Início dos Anos 80
- Cena Internacional – o antigo “retorno aos suportes tradicionais”.
- Nova geração de artistas brasileiros atuantes no campo da pintura.
- Posteriormente parte deste grupo caminha para o espaço
tridimensional.
• Leda Catunda: “Entre o figurativo e o abstrato” (1983)
• Ana Maria Tavares: pintura-instalação apresentada mostra “Pintura
com meio” (MAC-USP 1983)
• Nuno Ramos - e suas pinturas sobrecarregadas
Leda Catunda: Entre o Figurativo e o abstrato. (1983).
Leda Catunda: Couros.(1993)
Relevo.
Leda Catunda: Quatro lagos. (1998).
Gravura.
Leda Catunda: Paisagem com lago.(1988))
Acrílico sobre colchão.
Ana Maria tavares: Container e Escada.
(1990) Escultura.
Ana Maria Tavares. Abrigo para o Sol
(1986). Escultura.
Ana Maria Tavares. Sem Título.
Série Caça Palavras. (2005)
Ana Maria tavares. Enigmas de uma
Noite com Midnight Daydreams.
(2004).
Nuno Ramos. O duelo. (1995)
Óleo sobre tela.
Nuno Ramos. Instalação 111
(1992).
Nuno Ramos. Sem título (1997).
Relevo
Nuno Ramos. Sem titulo (1994)
técnica mista sobre madeira.
ROSANGELA RENNÓ
Duas lições de realismo fantástico.
(1991).
Candelária. (1993).
Instalação.
Sem título (holocausto) da série:
Arquivo Universal. (1998)
Sem título da série: Vermelha
(1996) Foto.
Valeska Soares
Sem título. (1998).
Escultura de vidro borracha e
perfume.
Mar de rosas, 1989
colcha bordada, gancho e
cabo de aço.
Sem título (from Intimates).
1993. Pele e óleo de perfume.
Jac Leirner
Muro (1985 – 1987)
sacolas plásticas e manta de
poliéster
Pulmão (1987).
Embalagens de cigarro e cordão de
poliuretano
Lia Menna Barreto
Coelho do Avesso (1995)
coelho de pelúcia e lampião.
Sem título (1993).
objetos infantis e lã.
Iran do Espírito Santo
Felipe Chaimovich é doutor
em Filosofia, pela USP, crítico
de arte e curador.
Still
Sem título, 2009.
Edgar de Souza
Carlos Basualdo é crítico de arte,
curador independente e poeta
argentino.
Sem título (2000; 2002; 2005)
Sem título [Gota 4], 1996
Madeira laqueada, 26 X 15 X 86
Eliane Prolik
Pra Que
Defórmicas, 2011.
No Mundo Não Há Mais Lugar (2001)
Artistas que ampliaram o fator
escultórico nos dias de hoje
Ivens Machado
• Seu envolvimento com a escultura
ocorre na década de 80.
• Utiliza materiais da obra de
Engenharia.
• O artista de alguma maneira
reorganiza os códigos da escultura
convencional - trabalha ainda com
questões como volume e massa -,
e se torna um dos principais
representantes de sua geração.
Mapa Mudo (1979)
Sua obra passa perto da Arte Povera ( procura pela ossatura bruta do mundo
industrializado).
Em suas esculturas, o processo produtivo parece situar-se em um diálogo entre a
atividade do peão que ergue paredes e a do engenheiro.
José Resende
Explora a potencialidade expressiva dos materias empregados.
• Nos trabalhos de 70 e
início 80, percebe-se a
presença da
geometria.
• Em seus recentes
trabalhos percebe-se
superfícies que se
transformam, líquidos
que ao se solidificarem
adquirem novas
formas.
Na obra Bibêlo: A Secção da Montanha, 1967. Propõe uma nostalgia de uma
natureza prestes a se perder. Guarda em seu interior um punhal de vida.
Legados deixados a geração seguinte
• Perda da precessão da
verticalidade e da
necessidade de base.
• Utilização de
materiais menos
nobres.
Angelo Venosa
• “Foi com a pintura que
comecei minha disciplina
de trabalho (...). A
passagem foi um
rompimento com o que eu
considerava a linguagem
por excelência (a pintura) e
a descoberta de que era
possível criar um trabalho
pessoal, com meus
próprios meios.”
• Depoimento do artista a Marco Doctors . No
Atêlie da Lapa. RJ.1986.
• O artista incorpora
materias como cera,
chumbo, mármore e
dentes de animais.
Posteriormente também
começa a trabalhar com
vértebras e ossos.
• Suas obras diminuem e
surpreendem mais pela
estranheza e caráter
inquietante do resultado.
Turdus 170, 2009
• Identificada como
“Ossatura de boi”.
Caveiras bovinas tentam
abraçar-se e beijar-se.
Ressaltam-se as garras
negras que, apesar de
estarem em esboço do
ato amoroso, mostram-
se necrosadas.
Reanimadas como arte
apontam para A morte
do mundo vivo, mundo
capitalista selvagem.“Sem título”.1984.
Gustavo Rezende
• O que parece nelas contar é não
apenas a busca por outras
possibilidades para a concepção
tradicional do termo “escultura”,
mas igualmente a singularidade
dos materiais, a estranheza da
forma, a possibilidade do tato etc.
• As peças propõem uma
experiência em que, ao invés da
solenidade que a escultura
convencional impõe, o que
parece importar é o
entendimento da obra de arte
como propulsora de novas
experiências físicas e conceituais.
“Sem título”. 1988.
• Estes agrupamentos de artistas foram baseados em
genealogias onde não há uma hierarquia.
• Foram citadas as produções de alguns dos mais
instigantes artistas brasileiras de alguns dos mais
instigantes artistas brasileiros que, nos últimos vinte
anos, emergiram no contexto da produção
tridimensional.
• Além destes artistas, para uma maior compreensão deste
setor tão híbrido da produção de Frida Baranek, Ester
Grinspum, Ernesto Neto, José Leonilson, Adriana Varejão,
Rubens Mano e muitos outros.
Referências bibliográficas
CHIARELLI, Tadeu. O tridimensional na Arte brasileira dos Anos 80 e 90:
Genealogias e Superações.
FERRARI, Silvia. Guia de História da Arte contemporânea. 2 edição , 2008.
Editorial Presença

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral
Oswald de Andrade e Tarsila do AmaralOswald de Andrade e Tarsila do Amaral
Oswald de Andrade e Tarsila do AmaralAmadeu Wolff
 
Salvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNech
Salvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNechSalvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNech
Salvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNechfabianesalume
 
Estudando tarsila do amaral
Estudando tarsila do amaralEstudando tarsila do amaral
Estudando tarsila do amaralMaria Sallaberry
 
Vida e Obra de Tarsila do Amaral
Vida e Obra de Tarsila do AmaralVida e Obra de Tarsila do Amaral
Vida e Obra de Tarsila do Amaralcapelozza
 
Tarsila do Amaral
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral
Tarsila do Amarallatife22
 
Exposição releitura abaporu
Exposição releitura abaporuExposição releitura abaporu
Exposição releitura abaporuNancihorta
 
Salvador Dali - Surrealismo
Salvador Dali - SurrealismoSalvador Dali - Surrealismo
Salvador Dali - SurrealismoAlex Martins
 
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaralArtesElisa
 
História d e quadros de tarsila do amaral
História d e quadros de tarsila do amaralHistória d e quadros de tarsila do amaral
História d e quadros de tarsila do amaralpjss98
 
Imagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaralImagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaralNancihorta
 

Mais procurados (19)

Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral
Oswald de Andrade e Tarsila do AmaralOswald de Andrade e Tarsila do Amaral
Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral
 
Atividade1
Atividade1Atividade1
Atividade1
 
Salvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNech
Salvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNechSalvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNech
Salvador Felipe Jacinto Dalí I DomèNech
 
Estudando tarsila do amaral
Estudando tarsila do amaralEstudando tarsila do amaral
Estudando tarsila do amaral
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaralTarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
Vida e Obra de Tarsila do Amaral
Vida e Obra de Tarsila do AmaralVida e Obra de Tarsila do Amaral
Vida e Obra de Tarsila do Amaral
 
Tarsila do Amaral
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral
Tarsila do Amaral
 
Salvador dali
Salvador daliSalvador dali
Salvador dali
 
Tarsila do amaral slide
Tarsila do amaral slideTarsila do amaral slide
Tarsila do amaral slide
 
Exposição releitura abaporu
Exposição releitura abaporuExposição releitura abaporu
Exposição releitura abaporu
 
Salvador Dali - Surrealismo
Salvador Dali - SurrealismoSalvador Dali - Surrealismo
Salvador Dali - Surrealismo
 
Apresentação+tarsila 2010
Apresentação+tarsila 2010Apresentação+tarsila 2010
Apresentação+tarsila 2010
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaralTarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
 
Salvador dali
Salvador daliSalvador dali
Salvador dali
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaralTarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaral Tarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
História d e quadros de tarsila do amaral
História d e quadros de tarsila do amaralHistória d e quadros de tarsila do amaral
História d e quadros de tarsila do amaral
 
Imagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaralImagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaral
 

Semelhante a O tridimensional na Arte brasileira dos anos 80 e 90

7 História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 90
7   História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 907   História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 90
7 História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 90Paula Poiet
 
Representação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticasRepresentação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticasCEF16
 
Os anos 60 na arte brasileira
Os anos 60 na arte brasileiraOs anos 60 na arte brasileira
Os anos 60 na arte brasileirasoniamarys
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informalHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informalPaula Poiet
 
Júlio resende11
Júlio resende11Júlio resende11
Júlio resende11Maria Gomes
 
Pintura e escultura em Portugal nos finais do século XIX
Pintura e escultura em Portugal nos finais do século XIXPintura e escultura em Portugal nos finais do século XIX
Pintura e escultura em Portugal nos finais do século XIXCarlos Pinheiro
 
Nelson Leirner
Nelson LeirnerNelson Leirner
Nelson LeirnerJuli Rossi
 
Artistas da década de 1980
Artistas da década de 1980Artistas da década de 1980
Artistas da década de 1980Ipsun
 
Surrealismo 1194825845949535-3 (1)
Surrealismo 1194825845949535-3 (1)Surrealismo 1194825845949535-3 (1)
Surrealismo 1194825845949535-3 (1)WHANESSA
 
Christina Oiticica e as Artes Contemporâneas
Christina Oiticica e as Artes ContemporâneasChristina Oiticica e as Artes Contemporâneas
Christina Oiticica e as Artes ContemporâneasIvan Lucas
 
6 História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau
6  História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau6  História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau
6 História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveauPaula Poiet
 

Semelhante a O tridimensional na Arte brasileira dos anos 80 e 90 (20)

Arte pop
Arte popArte pop
Arte pop
 
7 História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 90
7   História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 907   História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 90
7 História da Arte IV: Pluralismo- artistas mulheres e eua de 70 a 90
 
Representação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticasRepresentação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticas
 
Dadaismo e duchamp
Dadaismo e duchampDadaismo e duchamp
Dadaismo e duchamp
 
Gerchman, rubens
Gerchman, rubensGerchman, rubens
Gerchman, rubens
 
Dadaísmo
DadaísmoDadaísmo
Dadaísmo
 
Os anos 60 na arte brasileira
Os anos 60 na arte brasileiraOs anos 60 na arte brasileira
Os anos 60 na arte brasileira
 
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informalHistória da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
História da Arte Brasileira: Contemporaneidade - Abstração informal
 
Júlio resende11
Júlio resende11Júlio resende11
Júlio resende11
 
Júlio Resende
Júlio ResendeJúlio Resende
Júlio Resende
 
Novas figurações
Novas figuraçõesNovas figurações
Novas figurações
 
Pintura e escultura em Portugal nos finais do século XIX
Pintura e escultura em Portugal nos finais do século XIXPintura e escultura em Portugal nos finais do século XIX
Pintura e escultura em Portugal nos finais do século XIX
 
Marcel Duchamp - Dadaismo
Marcel Duchamp - DadaismoMarcel Duchamp - Dadaismo
Marcel Duchamp - Dadaismo
 
4.pesquisas visualidade
4.pesquisas visualidade4.pesquisas visualidade
4.pesquisas visualidade
 
Nelson Leirner
Nelson LeirnerNelson Leirner
Nelson Leirner
 
Artistas da década de 1980
Artistas da década de 1980Artistas da década de 1980
Artistas da década de 1980
 
Clark, lígia
Clark, lígiaClark, lígia
Clark, lígia
 
Surrealismo 1194825845949535-3 (1)
Surrealismo 1194825845949535-3 (1)Surrealismo 1194825845949535-3 (1)
Surrealismo 1194825845949535-3 (1)
 
Christina Oiticica e as Artes Contemporâneas
Christina Oiticica e as Artes ContemporâneasChristina Oiticica e as Artes Contemporâneas
Christina Oiticica e as Artes Contemporâneas
 
6 História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau
6  História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau6  História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau
6 História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveau
 

Mais de Nerize Portela

Jornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-culturaJornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-culturaNerize Portela
 
Seminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e VídeoSeminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e VídeoNerize Portela
 
Arte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidadeArte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidadeNerize Portela
 
O estudo da arte e suas diferentes visões.
O estudo da arte e suas diferentes visões.O estudo da arte e suas diferentes visões.
O estudo da arte e suas diferentes visões.Nerize Portela
 
O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)Nerize Portela
 
Texto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernantTexto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernantNerize Portela
 
Linha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaicaLinha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaicaNerize Portela
 

Mais de Nerize Portela (10)

Paola berenstein
Paola berensteinPaola berenstein
Paola berenstein
 
Jornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-culturaJornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-cultura
 
Pontos de Cultura
Pontos de CulturaPontos de Cultura
Pontos de Cultura
 
Text daguerreotypes
Text daguerreotypesText daguerreotypes
Text daguerreotypes
 
Seminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e VídeoSeminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e Vídeo
 
Arte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidadeArte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidade
 
O estudo da arte e suas diferentes visões.
O estudo da arte e suas diferentes visões.O estudo da arte e suas diferentes visões.
O estudo da arte e suas diferentes visões.
 
O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)
 
Texto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernantTexto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernant
 
Linha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaicaLinha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaica
 

O tridimensional na Arte brasileira dos anos 80 e 90

  • 1. O Tridimensional na Arte brasileira dos anos 80 e 90 Aline Brune Amauri Freitas Fabiana Hayashi Lilian Balbino Nerize Portela
  • 2. Influências externas Rose Selávy, 1920. Duchamp Manifesto Dada. Sem título, 1969 Jannis Kounellis
  • 3. Linha infinita, 1960. Piero Manzoni Para Tadeu Chiarelli, não se pode dizer que houve no Brasil uma Arte conceitual pura.
  • 4. Marcel Duchamp Bicycle Wheel, 1913. Marcel Duchamp
  • 5. • Ainda na década de 60, Duchamp já pode ser percebido em proposições do Grupo Frente. O grande núcleo, 1960. Hélio Oiticica Rede de elástico. Lygia Clarck
  • 7. Surrealismo Déjeuner em fortune, 1936. Meret Openheim
  • 8. • Anos 70: Busca por uma postura e ação política menos ingênua. • Outras influências: questões neodadas e da Arte Povera. Monogram, 1955. Robert Rauschenberg Venus of the rags, 1967. Michelangelo Pistarello
  • 9. Waltércio Caldas Jr. Convite ao raciocínio, 1978. Waltercio Caldas
  • 12. Início dos Anos 80 - Cena Internacional – o antigo “retorno aos suportes tradicionais”. - Nova geração de artistas brasileiros atuantes no campo da pintura. - Posteriormente parte deste grupo caminha para o espaço tridimensional.
  • 13. • Leda Catunda: “Entre o figurativo e o abstrato” (1983) • Ana Maria Tavares: pintura-instalação apresentada mostra “Pintura com meio” (MAC-USP 1983) • Nuno Ramos - e suas pinturas sobrecarregadas Leda Catunda: Entre o Figurativo e o abstrato. (1983).
  • 14. Leda Catunda: Couros.(1993) Relevo. Leda Catunda: Quatro lagos. (1998). Gravura. Leda Catunda: Paisagem com lago.(1988)) Acrílico sobre colchão.
  • 15. Ana Maria tavares: Container e Escada. (1990) Escultura. Ana Maria Tavares. Abrigo para o Sol (1986). Escultura.
  • 16. Ana Maria Tavares. Sem Título. Série Caça Palavras. (2005) Ana Maria tavares. Enigmas de uma Noite com Midnight Daydreams. (2004).
  • 17. Nuno Ramos. O duelo. (1995) Óleo sobre tela. Nuno Ramos. Instalação 111 (1992).
  • 18. Nuno Ramos. Sem título (1997). Relevo Nuno Ramos. Sem titulo (1994) técnica mista sobre madeira.
  • 19. ROSANGELA RENNÓ Duas lições de realismo fantástico. (1991). Candelária. (1993). Instalação.
  • 20. Sem título (holocausto) da série: Arquivo Universal. (1998) Sem título da série: Vermelha (1996) Foto.
  • 21. Valeska Soares Sem título. (1998). Escultura de vidro borracha e perfume. Mar de rosas, 1989 colcha bordada, gancho e cabo de aço. Sem título (from Intimates). 1993. Pele e óleo de perfume.
  • 22. Jac Leirner Muro (1985 – 1987) sacolas plásticas e manta de poliéster Pulmão (1987). Embalagens de cigarro e cordão de poliuretano
  • 23. Lia Menna Barreto Coelho do Avesso (1995) coelho de pelúcia e lampião. Sem título (1993). objetos infantis e lã.
  • 25. Felipe Chaimovich é doutor em Filosofia, pela USP, crítico de arte e curador. Still
  • 26.
  • 27.
  • 29.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Carlos Basualdo é crítico de arte, curador independente e poeta argentino.
  • 34. Sem título (2000; 2002; 2005)
  • 35. Sem título [Gota 4], 1996 Madeira laqueada, 26 X 15 X 86
  • 38. No Mundo Não Há Mais Lugar (2001)
  • 39. Artistas que ampliaram o fator escultórico nos dias de hoje
  • 40. Ivens Machado • Seu envolvimento com a escultura ocorre na década de 80. • Utiliza materiais da obra de Engenharia. • O artista de alguma maneira reorganiza os códigos da escultura convencional - trabalha ainda com questões como volume e massa -, e se torna um dos principais representantes de sua geração. Mapa Mudo (1979)
  • 41. Sua obra passa perto da Arte Povera ( procura pela ossatura bruta do mundo industrializado).
  • 42. Em suas esculturas, o processo produtivo parece situar-se em um diálogo entre a atividade do peão que ergue paredes e a do engenheiro.
  • 43. José Resende Explora a potencialidade expressiva dos materias empregados.
  • 44. • Nos trabalhos de 70 e início 80, percebe-se a presença da geometria. • Em seus recentes trabalhos percebe-se superfícies que se transformam, líquidos que ao se solidificarem adquirem novas formas.
  • 45. Na obra Bibêlo: A Secção da Montanha, 1967. Propõe uma nostalgia de uma natureza prestes a se perder. Guarda em seu interior um punhal de vida.
  • 46. Legados deixados a geração seguinte • Perda da precessão da verticalidade e da necessidade de base. • Utilização de materiais menos nobres.
  • 47. Angelo Venosa • “Foi com a pintura que comecei minha disciplina de trabalho (...). A passagem foi um rompimento com o que eu considerava a linguagem por excelência (a pintura) e a descoberta de que era possível criar um trabalho pessoal, com meus próprios meios.” • Depoimento do artista a Marco Doctors . No Atêlie da Lapa. RJ.1986.
  • 48. • O artista incorpora materias como cera, chumbo, mármore e dentes de animais. Posteriormente também começa a trabalhar com vértebras e ossos. • Suas obras diminuem e surpreendem mais pela estranheza e caráter inquietante do resultado. Turdus 170, 2009
  • 49. • Identificada como “Ossatura de boi”. Caveiras bovinas tentam abraçar-se e beijar-se. Ressaltam-se as garras negras que, apesar de estarem em esboço do ato amoroso, mostram- se necrosadas. Reanimadas como arte apontam para A morte do mundo vivo, mundo capitalista selvagem.“Sem título”.1984.
  • 50. Gustavo Rezende • O que parece nelas contar é não apenas a busca por outras possibilidades para a concepção tradicional do termo “escultura”, mas igualmente a singularidade dos materiais, a estranheza da forma, a possibilidade do tato etc. • As peças propõem uma experiência em que, ao invés da solenidade que a escultura convencional impõe, o que parece importar é o entendimento da obra de arte como propulsora de novas experiências físicas e conceituais. “Sem título”. 1988.
  • 51. • Estes agrupamentos de artistas foram baseados em genealogias onde não há uma hierarquia. • Foram citadas as produções de alguns dos mais instigantes artistas brasileiras de alguns dos mais instigantes artistas brasileiros que, nos últimos vinte anos, emergiram no contexto da produção tridimensional. • Além destes artistas, para uma maior compreensão deste setor tão híbrido da produção de Frida Baranek, Ester Grinspum, Ernesto Neto, José Leonilson, Adriana Varejão, Rubens Mano e muitos outros.
  • 52. Referências bibliográficas CHIARELLI, Tadeu. O tridimensional na Arte brasileira dos Anos 80 e 90: Genealogias e Superações. FERRARI, Silvia. Guia de História da Arte contemporânea. 2 edição , 2008. Editorial Presença