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S empre se soube que o uso de drogas acompanha o
desenvolvimento das civilizações. Embora tenhamos
consciência de que esse uso, de “forma epidêmica”, é uma
característica dos tempos mais atuais, e mesmo conside-
rando que o desejo de “transcender” é inerente ao ser
humano, verifica-se que esse desejo se tornou um risco e
um perigo, agravados pelas doenças que se desenvolveram
junto com esse avanço.
O uso de drogas acompanha o desenvolvimento da
humanidade, embora a relação estabelecida com
ela e seu uso variem de sociedade para sociedade e de tem-
pos em tempos. Compreender as diferentes formas de uso
de drogas na atualidade requer entender um pouco sobre o
seu contexto histórico, incluindo aí o consumo do ópio no
final do século XIX, a ascensão do tráfico de drogas após
a Segunda Guerra Mundial e o fenômeno de uso de drogas
na atualidade.
P essoas usam substâncias psicoativas para mudar seu
modo de sentir, pensar ou se comportar. Entre essas
estão o álcool, o tabaco e também as drogas naturais e
fabricadas. No passado a maioria das drogas eram feitas
a partir de plantas, como a folha de coca para a cocaína,
papoulas de ópio para heroína e a cannabis para maconha e
haxixe. Assim como as drogas lícitas (como remédios, álco-
ol e tabaco), compradas em farmácias, bares e supermerca-
dos, as drogas ilícitas também produzem efeitos diferentes
em cada pessoa. Uma pode usar a droga e ficar bem. Outra
pode reagir muito mal à mesma droga.
D e acordo com o Escritório das Nações Unidas con-
tra Drogas e Crime (UNODC), no mundo todo,
cerca de 200 milhões de pessoas - quase de 5% da popu-
lação entre 15 e 64 anos - usam drogas ilícitas pelo menos
uma vez por ano. Cerca de metade dos usuários usa dro-
gas regularmente; isto é, pelo menos uma vez por mês. A
droga mais consumida no mundo é a cannabis (maconha e
haxixe). Aproximadamente 4% da população mundial entre
15 e 64 anos usa cannabis enquanto 1% usa estimulantes do
grupo anfetamínico, cocaína e opiáceos. O uso de heroína
é um grave problema em grande parte do planeta: 75% dos
países enfrentam problemas com o consumo da droga.
C omo a maioria dos estudiosos, consideramos que há
muita mistificação em torno da questão das drogas,
exercendo ao mesmo tempo fascínio e provocando medo.
Isso fica evidente em vários trabalhos, como os de Bastos
(1995) Garcia (1996); Musa (1996) e outros que mostram
os efeitos paradoxais das drogas, capazes de proporcionar
desde êxtases prazerosos a estados de depressão, de viabi-
lizar a inserção em grupos sociais e de conduzir a situações
de exclusão social.
“Pessoas usam
substâncias psicoativas
para mudar seu modo
de sentir, pensar ou se
comportar”.
Relatório Mundial sobre Drogas, 2006. Escritório das Nações Unidas
sobre Drogas e Crime, UNODC.
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
– www.unodc.org.br
“Pessoas usam
substâncias psicoativas
para mudar seu modo
CARVALHO, Márcia Elisa Gonçalves; CARVALHAES, Flávia Fernandes de;
CORDEIRO, Rosely de Paula. Cultura e Subjetividade em Tempos de
AIDS. Londrina: 2005. p. 101.
Texto elaborado pela facilitadora Andréa Domanico, psicóloga, mestre
em Psicologia Social pela PUC-SP, doutora em ciências sociais pela Uni-
versidade Federal da Bahia e assessora técnica do Programa Nacional
de HepatitesVirais do Ministério da Saúde, para o módulo sobre a histó-
ria do uso de álcool e outras drogas e suas vulnerabilidades específicas,
da capacitação realizada no município de Porto Alegre/RS.
MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira. A com-
plexidade das relações entre drogas, álcool e violência. Cadernos de
Saúde Pública. Rio de Janeiro: 1998. p. 36.
O uso de álcool e drogas é um aspecto do mundo dos
adultos do qual os jovens tentam se aproximar; a
curiosidade, a busca de sensações prazerosas são motivos
relacionados ao uso inicial. A busca de autonomia na ado-
lescência envolve freqüentemente uma gama ampla de com-
portamentos de alto risco, incluindo a experimentação de
drogas. A influência social exercida através da vizinhança e
principalmente do grupo de pares é muito poderosa, sendo
que as atitudes sociais têm um “papel mais importante que
a disponibilidade de drogas ou a anomia social”. De Micheli,
em estudo feito com jovens em São Paulo aponta, entre os
fatores mais consistentemente associados ao uso de drogas
por adolescentes, o uso de drogas por seus amigos.
Os dados do Brasil apresentados no II Levantamen-
to Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas
feitas pelo CEBRID em 2005, mostram que quase 75% da
população brasileira já usou álcool algum alguma vez na vida
e quase 39% fazem uso freqüente (uso no mês). Vale ressal-
tar que o mesmo estudo realizado em 2002 mostrou que
a percentagem de entrevistados que fazem uso freqüente
de álcool era de 15%. Outros dados também pesquisados
pelo CEBRID em 1996 nos ajudam a refletir sobre o uso de
álcool e suas conseqüências na saúde da população brasi-
leira. Entre 1986 a 1993, das 19.000 autópsias feitas para as
mortes não naturais, 95% tinham álcool no sangue.
Segundo os dados do Ministério da Saúde (2000), 20%
dos pacientes atualmente internados em hospitais psiqui-
átricos são alcoolistas e 50% das mortes em acidentes de
trânsito tinham alcoolemia positiva da vítima ou do con-
dutor. Esses dados servem para que possamos pensar nas
questões relacionadas ao consumo abusivo de álcool e de
que forma poderemos discutir com a sociedade os proble-
mas relacionados a esta droga tão aceita e culturalmente
usada no nosso país.
A intersecção entre o uso de drogas e o comporta-
mento sexual nos coloca frente a um campo de es-
tudo extremamente complexo. A epidemia de HIV trouxe
o foco, inicialmente, sobre os usuários de drogas injetáveis,
devido à transmissão através de agulhas e seringas compar-
tilhadas. Muitos estudos apontam outras relações entre o
uso de drogas e comportamento de risco para HIV, atra-
vés de relações sexuais desprotegidas quando intoxicado,
já que se supõe que a intoxicação prejudica a vigilância e o
julgamento, prejudicando a adoção de práticas mais segu-
ras como o uso de camisinha.
S abe-se que o consumo de drogas não é um fato novo
na historia da humanidade, a droga apresenta uma
função lúdica e ritualística em muitas comunidades, facilita
a inserção grupal e intensifica sentimentos de pertencimen-
to e comunhão com demais pessoas, mundo ou universo
cósmico. Seus efeitos favorecem o combate às sensações
de angustia, abandono, solidão: proporcionam, enfim, um
momento de esquecimento ou suspensão das ansiedades e
incertezas de mundo indiferente ou ameaçador.
É difícil precisar exatamente quando o crack fez sua
primeira aparição no mercado brasileiro de drogas
ilícitas. Relatos de usuários em São Paulo apontam para o
ano de 1987, já os relatórios elaborados pelo Departamen-
to de Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo (DENARC)
só começam a notificá-lo em 1989. Essa discrepância é nor-
mal uma vez que, obviamente, os usuários normalmente
travam contato com novas substâncias ilícitas algum tempo
antes de ocorrerem as primeiras apreensões policiais, e as
posteriores notificações oficiais.
A divulgação de novas substâncias entre os freqüen-
SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama
Atual de Drogas e Dependências. SIMÕES, Magali Pacheco. Adoles-
cência e Uso de Drogas. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo
Horizonte:Atheneu, 2006. p. 283.
SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama
Atual de Drogas e Dependências. SIMÕES, Magali Pacheco. Adoles-
cência e Uso de Drogas. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo
Horizonte:Atheneu, 2006. p. 287.
PAULILO, Maria Ângela Silveira; JEOLÁS, Leila Sollberger. Aids, drogas,
riscos e significados: uma construção sociocultural. Londrina. p. 181.
Texto elaborado pela facilitadora Andréa Domanico, psicóloga, mestre
em Psicologia Social pela PUC-SP, doutora em ciências sociais pela Uni-
versidade Federal da Bahia e assessora técnica do Programa Nacional
de HepatitesVirais do Ministério da Saúde, para o módulo sobre a histó-
ria do uso de álcool e outras drogas e suas vulnerabilidades específicas,
da capacitação realizada no município de Porto Alegre/RS.
tadores do “mundo das drogas” ocorre de maneira ex-
tremamente eficaz e rápida, criando novos mercados. As
condições de exclusão de importantes setores jovens da
população urbana, que já haviam garantido o sucesso do
crack nas grandes metrópoles americanas, produziram
efeitos análogos no Brasil, e atualmente a maior parte dos
“craqueiros” conhecidos é proveniente das camadas mais
desprivilegiadas da população. Isso não significa que não
haja usuários de outras classes sociais, mas, além de menos
numerosos, estes conseguem utilizar suas condições de
classe para garantir maior discrição às suas práticas ilícitas
e um abrandamento das próprias seqüelas negativas. Afi-
nal, conforme demonstram estudos americanos, os danos
resultantes do uso da cocaína em suas várias formas têm
menos relação com suas propriedades farmacológicas do
que com as circunstâncias sociais do seu uso.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que
cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo consumam
bebidas alcoólicas e cerca de 76 milhões tenham diagnós-
tico de alcoolismo. Além das doenças crônicas que podem
afetar os usuários após vários anos de uso pesado, o álcool
contribui para a morte ou deficiência de pessoas relativa-
mente jovens. Há uma relação causal entre o álcool e mais
de 60 tipos de doenças. Ele é apontado como a causa de
20% a 30% dos cânceres de esôfago e fígado; cirrose; ata-
ques epiléticos; acidentes de carro e homicídios. O álcool
é responsável por 1,8 milhão de mortes (3,2% do total) e
58,3 milhões de comorbidades. Ferimentos despropositais
são responsáveis por cerca de um terço das 1,8 milhão de
mortes, e distúrbios neuropsiquiátricos chegam a 40% das
comorbidades.
Os autores sugerem que esse problema possa ser
minimizado e a prevenção primária incrementa-
da pela aplicação dos princípios de Redução de Danos tanto
para prevenção primária quanto para os programas dirigi-
dos a pessoas que já usam drogas. Desta maneira a lacuna
existente entre usuários e não-usuários será preenchida,
com todos sendo vistos como iguais e merecendo igual
cuidado de prevenção, de assistência à saúde e de suporte
social. Com base neste modelo, alguns programas deverão
ser dirigidos às comunidade sob o maior risco, como um
todo. As ações desses programas deverão estar dirigidas
tanto para usuários quanto para não-usuários. Naturalmen-
te, alguns programas específicos estarão dirigidos mais para
um ou para outro grupo. Por exemplo, a troca de seringas
estará direcionada para usuários de drogas injetáveis. Mas
outros membros serão convidados a fazer parte, sejam eles
pessoas diabéticas para quem a troca de seringa também
é importante, amigos dos UDI com maior possibilidade de
receber e retornar seringa para os programas que eles pró-
prios ou membros da comunidade que encorajam os UDI a
usarem o programa.
Nesse modelo os serviços de prevenção primária incor-
porarão as mensagens de RD. Então, junto com a discussão
baseada na realidade dos riscos do uso de drogas (em para-
lelo a uma discussão honesta de por que algumas pessoas
podem sentir prazer ao usar uma determinada droga) este
programa de prevenção primária incluirá o aprendizado so-
bre como usar drogas de forma menos perigosa, no caso do
indivíduo ou de um grupo vir a usá-las. Além do mais, incluin-
do os usuários como parte da comunidade, tais programas
poderiam treiná-los para não iniciar outras pessoas no uso
de drogas ou se eles o fizerem, como fazer de forma mais
segura. Por exemplo, o usuário deve incentivar ou sugerir
que aquelas pessoas que usam drogas pela primeira vez (ou
nas primeiras vezes) devem fazer preferencialmente por via
intranasal em lugar da via injetável, mas se o fizerem por
injetável, devem usar seringas estéreis. Se tais programas
podem ser combinados com o suporte para as famílias que
estão tentando lidar com um futuro ou atual uso de drogas
de seus membros, esta abordagem deve ser capaz de reduzir
riscos.
SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panora-
ma Atual de Drogas e Dependências. DOMANICO, Andréa; MACRAE,
Edward. Estratégias de Redução de Danos entre Usuários de Crack.
São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte:Atheneu, 2006.
p. 373.
COLAVITTI, Fernanda.Você sabe o que está fazendo? Revista Galileu.
São Paulo: Globo, Fevereiro 2006. nº. 175. início-fim: 30-49. p. 46. SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama
Atual de Drogas e Dependências. ANDRADE,Tarcísio Matos de; FRIED-
MAN, Samuel R. (PhD). Princípios e Práticas de Redução de Danos: Inter-
faces e Extensão a Outros Campos da Intervenção e do Saber. São Paulo,
Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte:Atheneu, 2006. p. 398.
O utro ponto a considerar é que a variabilidade dos
efeitos provocados por cada tipo de substância su-
gere a contribuição de fatores sócio-culturais e de perso-
nalidade. A violência tem mais chances de ser exercida em
determinados segmentos, locais e situações específicos, sob
condições específicas. Alguns bares têm mais brigas que ou-
tros, algumas comunidades e até alguns casais com mesmo
padrão de uso de álcool ou drogas são mais violentos que
outros, assim como as pessoas com um mesmo grau de in-
toxicação têm respostas emocionais diferentes. Essas com-
plexidades sugerem que a violência interpessoal que ocorre
sob o efeito de substâncias é contextualizada, ou seja, acon-
tece em locais específicos, sob normas e regras específicas
de determinados grupos e diante de expectativas que ali-
mentam e são alimentadas dentro desses grupos.
Na sociedade atual observa-se
uma tendência a
tratar todos os usuários de forma homogênea, desconside-
rando que os usos de drogas e seus significados se modifi-
cam de sujeito para sujeito, de grupo para grupo, ainda que
dentro de uma mesma cultura, sendo ainda mais distintos
em diferentes épocas e culturas.
A lei brasileira sobre drogas, sancionada no dia
23 de agosto de 2006, traz avanços ao bus-
car enfrentar o problema de maneira integrada e tratar usu-
ários e traficantes de modo diferenciado. A Lei 11.343 não
descriminaliza as drogas. Em vez de prisão para os usuários,
prevê penas alternativas, inclusive multas e serviços de as-
sistência social. Apesar de o porte continuar caracterizado
como crime, usuários e dependentes não estarão mais su-
jeitos a pena restritiva de liberdade, mas a medidas sócio-
educativas aplicadas pelos juizados especiais criminais.
Para o tráfico, a sanção será mais severa. A nova lei
brasileira tem o objetivo de contribuir para a inclusão so-
cial do cidadão e reduzir sua vulnerabilidade às situações
de risco e tráfico ilícito. A lei também instituiu o Sistema
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) para
articular, integrar organizar e coordenar as atividades re-
lacionadas à prevenção às drogas, à atenção e reinserção
social de usuários e dependentes. O Sisnad também vai
buscar conter a produção e o tráfico de drogas.
O utro ponto a considerar é que a variabilidade dos
efeitos provocados por cada tipo de substância su-
gere a contribuição de fatores sócio-culturais e de perso-
nalidade. A violência tem mais chances de ser exercida em
determinados segmentos, locais e situações específicos, sob
brasileira tem o objetivo de contribuir para a inclusão so-
cial do cidadão e reduzir sua vulnerabilidade às situações
de risco e tráfico ilícito. A lei também instituiu o Sistema
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) para
articular, integrar organizar e coordenar as atividades re-
utro ponto a considerar é que a variabilidade dos brasileira tem o objetivo de contribuir para a inclusão so-
Texto elaborado pela facilitadora Patrícia Maia, assistente social e psicó-
loga, profissional do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras
Drogas - CAPS AD, da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, para
o módulo sobre a história do uso de álcool e outras drogas e suas
vulnerabilidades específicas, da capacitação realizada no município de
Salvador/BA.
MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira.A comple-
xidade das relações entre drogas, álcool e violência. Cadernos de Saúde
Pública. Rio de Janeiro: 1998. p. 38.
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
– www.unodc.org.br, nota à imprensa de 29/08/2006.

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áLcool e outras drogas

  • 1. S empre se soube que o uso de drogas acompanha o desenvolvimento das civilizações. Embora tenhamos consciência de que esse uso, de “forma epidêmica”, é uma característica dos tempos mais atuais, e mesmo conside- rando que o desejo de “transcender” é inerente ao ser humano, verifica-se que esse desejo se tornou um risco e um perigo, agravados pelas doenças que se desenvolveram junto com esse avanço. O uso de drogas acompanha o desenvolvimento da humanidade, embora a relação estabelecida com ela e seu uso variem de sociedade para sociedade e de tem- pos em tempos. Compreender as diferentes formas de uso de drogas na atualidade requer entender um pouco sobre o seu contexto histórico, incluindo aí o consumo do ópio no final do século XIX, a ascensão do tráfico de drogas após a Segunda Guerra Mundial e o fenômeno de uso de drogas na atualidade. P essoas usam substâncias psicoativas para mudar seu modo de sentir, pensar ou se comportar. Entre essas estão o álcool, o tabaco e também as drogas naturais e fabricadas. No passado a maioria das drogas eram feitas a partir de plantas, como a folha de coca para a cocaína, papoulas de ópio para heroína e a cannabis para maconha e haxixe. Assim como as drogas lícitas (como remédios, álco- ol e tabaco), compradas em farmácias, bares e supermerca- dos, as drogas ilícitas também produzem efeitos diferentes em cada pessoa. Uma pode usar a droga e ficar bem. Outra pode reagir muito mal à mesma droga. D e acordo com o Escritório das Nações Unidas con- tra Drogas e Crime (UNODC), no mundo todo, cerca de 200 milhões de pessoas - quase de 5% da popu- lação entre 15 e 64 anos - usam drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano. Cerca de metade dos usuários usa dro- gas regularmente; isto é, pelo menos uma vez por mês. A droga mais consumida no mundo é a cannabis (maconha e haxixe). Aproximadamente 4% da população mundial entre 15 e 64 anos usa cannabis enquanto 1% usa estimulantes do grupo anfetamínico, cocaína e opiáceos. O uso de heroína é um grave problema em grande parte do planeta: 75% dos países enfrentam problemas com o consumo da droga. C omo a maioria dos estudiosos, consideramos que há muita mistificação em torno da questão das drogas, exercendo ao mesmo tempo fascínio e provocando medo. Isso fica evidente em vários trabalhos, como os de Bastos (1995) Garcia (1996); Musa (1996) e outros que mostram os efeitos paradoxais das drogas, capazes de proporcionar desde êxtases prazerosos a estados de depressão, de viabi- lizar a inserção em grupos sociais e de conduzir a situações de exclusão social. “Pessoas usam substâncias psicoativas para mudar seu modo de sentir, pensar ou se comportar”. Relatório Mundial sobre Drogas, 2006. Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, UNODC. Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime – www.unodc.org.br “Pessoas usam substâncias psicoativas para mudar seu modo CARVALHO, Márcia Elisa Gonçalves; CARVALHAES, Flávia Fernandes de; CORDEIRO, Rosely de Paula. Cultura e Subjetividade em Tempos de AIDS. Londrina: 2005. p. 101. Texto elaborado pela facilitadora Andréa Domanico, psicóloga, mestre em Psicologia Social pela PUC-SP, doutora em ciências sociais pela Uni- versidade Federal da Bahia e assessora técnica do Programa Nacional de HepatitesVirais do Ministério da Saúde, para o módulo sobre a histó- ria do uso de álcool e outras drogas e suas vulnerabilidades específicas, da capacitação realizada no município de Porto Alegre/RS. MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira. A com- plexidade das relações entre drogas, álcool e violência. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro: 1998. p. 36.
  • 2. O uso de álcool e drogas é um aspecto do mundo dos adultos do qual os jovens tentam se aproximar; a curiosidade, a busca de sensações prazerosas são motivos relacionados ao uso inicial. A busca de autonomia na ado- lescência envolve freqüentemente uma gama ampla de com- portamentos de alto risco, incluindo a experimentação de drogas. A influência social exercida através da vizinhança e principalmente do grupo de pares é muito poderosa, sendo que as atitudes sociais têm um “papel mais importante que a disponibilidade de drogas ou a anomia social”. De Micheli, em estudo feito com jovens em São Paulo aponta, entre os fatores mais consistentemente associados ao uso de drogas por adolescentes, o uso de drogas por seus amigos. Os dados do Brasil apresentados no II Levantamen- to Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas feitas pelo CEBRID em 2005, mostram que quase 75% da população brasileira já usou álcool algum alguma vez na vida e quase 39% fazem uso freqüente (uso no mês). Vale ressal- tar que o mesmo estudo realizado em 2002 mostrou que a percentagem de entrevistados que fazem uso freqüente de álcool era de 15%. Outros dados também pesquisados pelo CEBRID em 1996 nos ajudam a refletir sobre o uso de álcool e suas conseqüências na saúde da população brasi- leira. Entre 1986 a 1993, das 19.000 autópsias feitas para as mortes não naturais, 95% tinham álcool no sangue. Segundo os dados do Ministério da Saúde (2000), 20% dos pacientes atualmente internados em hospitais psiqui- átricos são alcoolistas e 50% das mortes em acidentes de trânsito tinham alcoolemia positiva da vítima ou do con- dutor. Esses dados servem para que possamos pensar nas questões relacionadas ao consumo abusivo de álcool e de que forma poderemos discutir com a sociedade os proble- mas relacionados a esta droga tão aceita e culturalmente usada no nosso país. A intersecção entre o uso de drogas e o comporta- mento sexual nos coloca frente a um campo de es- tudo extremamente complexo. A epidemia de HIV trouxe o foco, inicialmente, sobre os usuários de drogas injetáveis, devido à transmissão através de agulhas e seringas compar- tilhadas. Muitos estudos apontam outras relações entre o uso de drogas e comportamento de risco para HIV, atra- vés de relações sexuais desprotegidas quando intoxicado, já que se supõe que a intoxicação prejudica a vigilância e o julgamento, prejudicando a adoção de práticas mais segu- ras como o uso de camisinha. S abe-se que o consumo de drogas não é um fato novo na historia da humanidade, a droga apresenta uma função lúdica e ritualística em muitas comunidades, facilita a inserção grupal e intensifica sentimentos de pertencimen- to e comunhão com demais pessoas, mundo ou universo cósmico. Seus efeitos favorecem o combate às sensações de angustia, abandono, solidão: proporcionam, enfim, um momento de esquecimento ou suspensão das ansiedades e incertezas de mundo indiferente ou ameaçador. É difícil precisar exatamente quando o crack fez sua primeira aparição no mercado brasileiro de drogas ilícitas. Relatos de usuários em São Paulo apontam para o ano de 1987, já os relatórios elaborados pelo Departamen- to de Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo (DENARC) só começam a notificá-lo em 1989. Essa discrepância é nor- mal uma vez que, obviamente, os usuários normalmente travam contato com novas substâncias ilícitas algum tempo antes de ocorrerem as primeiras apreensões policiais, e as posteriores notificações oficiais. A divulgação de novas substâncias entre os freqüen- SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama Atual de Drogas e Dependências. SIMÕES, Magali Pacheco. Adoles- cência e Uso de Drogas. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte:Atheneu, 2006. p. 283. SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama Atual de Drogas e Dependências. SIMÕES, Magali Pacheco. Adoles- cência e Uso de Drogas. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte:Atheneu, 2006. p. 287. PAULILO, Maria Ângela Silveira; JEOLÁS, Leila Sollberger. Aids, drogas, riscos e significados: uma construção sociocultural. Londrina. p. 181. Texto elaborado pela facilitadora Andréa Domanico, psicóloga, mestre em Psicologia Social pela PUC-SP, doutora em ciências sociais pela Uni- versidade Federal da Bahia e assessora técnica do Programa Nacional de HepatitesVirais do Ministério da Saúde, para o módulo sobre a histó- ria do uso de álcool e outras drogas e suas vulnerabilidades específicas, da capacitação realizada no município de Porto Alegre/RS.
  • 3. tadores do “mundo das drogas” ocorre de maneira ex- tremamente eficaz e rápida, criando novos mercados. As condições de exclusão de importantes setores jovens da população urbana, que já haviam garantido o sucesso do crack nas grandes metrópoles americanas, produziram efeitos análogos no Brasil, e atualmente a maior parte dos “craqueiros” conhecidos é proveniente das camadas mais desprivilegiadas da população. Isso não significa que não haja usuários de outras classes sociais, mas, além de menos numerosos, estes conseguem utilizar suas condições de classe para garantir maior discrição às suas práticas ilícitas e um abrandamento das próprias seqüelas negativas. Afi- nal, conforme demonstram estudos americanos, os danos resultantes do uso da cocaína em suas várias formas têm menos relação com suas propriedades farmacológicas do que com as circunstâncias sociais do seu uso. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo consumam bebidas alcoólicas e cerca de 76 milhões tenham diagnós- tico de alcoolismo. Além das doenças crônicas que podem afetar os usuários após vários anos de uso pesado, o álcool contribui para a morte ou deficiência de pessoas relativa- mente jovens. Há uma relação causal entre o álcool e mais de 60 tipos de doenças. Ele é apontado como a causa de 20% a 30% dos cânceres de esôfago e fígado; cirrose; ata- ques epiléticos; acidentes de carro e homicídios. O álcool é responsável por 1,8 milhão de mortes (3,2% do total) e 58,3 milhões de comorbidades. Ferimentos despropositais são responsáveis por cerca de um terço das 1,8 milhão de mortes, e distúrbios neuropsiquiátricos chegam a 40% das comorbidades. Os autores sugerem que esse problema possa ser minimizado e a prevenção primária incrementa- da pela aplicação dos princípios de Redução de Danos tanto para prevenção primária quanto para os programas dirigi- dos a pessoas que já usam drogas. Desta maneira a lacuna existente entre usuários e não-usuários será preenchida, com todos sendo vistos como iguais e merecendo igual cuidado de prevenção, de assistência à saúde e de suporte social. Com base neste modelo, alguns programas deverão ser dirigidos às comunidade sob o maior risco, como um todo. As ações desses programas deverão estar dirigidas tanto para usuários quanto para não-usuários. Naturalmen- te, alguns programas específicos estarão dirigidos mais para um ou para outro grupo. Por exemplo, a troca de seringas estará direcionada para usuários de drogas injetáveis. Mas outros membros serão convidados a fazer parte, sejam eles pessoas diabéticas para quem a troca de seringa também é importante, amigos dos UDI com maior possibilidade de receber e retornar seringa para os programas que eles pró- prios ou membros da comunidade que encorajam os UDI a usarem o programa. Nesse modelo os serviços de prevenção primária incor- porarão as mensagens de RD. Então, junto com a discussão baseada na realidade dos riscos do uso de drogas (em para- lelo a uma discussão honesta de por que algumas pessoas podem sentir prazer ao usar uma determinada droga) este programa de prevenção primária incluirá o aprendizado so- bre como usar drogas de forma menos perigosa, no caso do indivíduo ou de um grupo vir a usá-las. Além do mais, incluin- do os usuários como parte da comunidade, tais programas poderiam treiná-los para não iniciar outras pessoas no uso de drogas ou se eles o fizerem, como fazer de forma mais segura. Por exemplo, o usuário deve incentivar ou sugerir que aquelas pessoas que usam drogas pela primeira vez (ou nas primeiras vezes) devem fazer preferencialmente por via intranasal em lugar da via injetável, mas se o fizerem por injetável, devem usar seringas estéreis. Se tais programas podem ser combinados com o suporte para as famílias que estão tentando lidar com um futuro ou atual uso de drogas de seus membros, esta abordagem deve ser capaz de reduzir riscos. SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panora- ma Atual de Drogas e Dependências. DOMANICO, Andréa; MACRAE, Edward. Estratégias de Redução de Danos entre Usuários de Crack. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte:Atheneu, 2006. p. 373. COLAVITTI, Fernanda.Você sabe o que está fazendo? Revista Galileu. São Paulo: Globo, Fevereiro 2006. nº. 175. início-fim: 30-49. p. 46. SILVEIRA, Dartiu Xavier da; MOREIRA, Fernanda Gonçalves. Panorama Atual de Drogas e Dependências. ANDRADE,Tarcísio Matos de; FRIED- MAN, Samuel R. (PhD). Princípios e Práticas de Redução de Danos: Inter- faces e Extensão a Outros Campos da Intervenção e do Saber. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte:Atheneu, 2006. p. 398.
  • 4. O utro ponto a considerar é que a variabilidade dos efeitos provocados por cada tipo de substância su- gere a contribuição de fatores sócio-culturais e de perso- nalidade. A violência tem mais chances de ser exercida em determinados segmentos, locais e situações específicos, sob condições específicas. Alguns bares têm mais brigas que ou- tros, algumas comunidades e até alguns casais com mesmo padrão de uso de álcool ou drogas são mais violentos que outros, assim como as pessoas com um mesmo grau de in- toxicação têm respostas emocionais diferentes. Essas com- plexidades sugerem que a violência interpessoal que ocorre sob o efeito de substâncias é contextualizada, ou seja, acon- tece em locais específicos, sob normas e regras específicas de determinados grupos e diante de expectativas que ali- mentam e são alimentadas dentro desses grupos. Na sociedade atual observa-se uma tendência a tratar todos os usuários de forma homogênea, desconside- rando que os usos de drogas e seus significados se modifi- cam de sujeito para sujeito, de grupo para grupo, ainda que dentro de uma mesma cultura, sendo ainda mais distintos em diferentes épocas e culturas. A lei brasileira sobre drogas, sancionada no dia 23 de agosto de 2006, traz avanços ao bus- car enfrentar o problema de maneira integrada e tratar usu- ários e traficantes de modo diferenciado. A Lei 11.343 não descriminaliza as drogas. Em vez de prisão para os usuários, prevê penas alternativas, inclusive multas e serviços de as- sistência social. Apesar de o porte continuar caracterizado como crime, usuários e dependentes não estarão mais su- jeitos a pena restritiva de liberdade, mas a medidas sócio- educativas aplicadas pelos juizados especiais criminais. Para o tráfico, a sanção será mais severa. A nova lei brasileira tem o objetivo de contribuir para a inclusão so- cial do cidadão e reduzir sua vulnerabilidade às situações de risco e tráfico ilícito. A lei também instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) para articular, integrar organizar e coordenar as atividades re- lacionadas à prevenção às drogas, à atenção e reinserção social de usuários e dependentes. O Sisnad também vai buscar conter a produção e o tráfico de drogas. O utro ponto a considerar é que a variabilidade dos efeitos provocados por cada tipo de substância su- gere a contribuição de fatores sócio-culturais e de perso- nalidade. A violência tem mais chances de ser exercida em determinados segmentos, locais e situações específicos, sob brasileira tem o objetivo de contribuir para a inclusão so- cial do cidadão e reduzir sua vulnerabilidade às situações de risco e tráfico ilícito. A lei também instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) para articular, integrar organizar e coordenar as atividades re- utro ponto a considerar é que a variabilidade dos brasileira tem o objetivo de contribuir para a inclusão so- Texto elaborado pela facilitadora Patrícia Maia, assistente social e psicó- loga, profissional do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas - CAPS AD, da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, para o módulo sobre a história do uso de álcool e outras drogas e suas vulnerabilidades específicas, da capacitação realizada no município de Salvador/BA. MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira.A comple- xidade das relações entre drogas, álcool e violência. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro: 1998. p. 38. Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime – www.unodc.org.br, nota à imprensa de 29/08/2006.