Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Fórum Internacional de Gaia sobre Construtores de Paz
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Fórum Internacional de Gaia 2019
Ubuntu Fest
Uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e da Academia de
Lideres Ubuntu
13 a 15 de setembro de 2019
A Academia de Líderes Ubuntu tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, do Programa
Escolhas e da Fundação Montepio
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O que é?
A UBUNTU FEST é uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e da
Academia de Lideres Ubuntu, no âmbito do Fórum Internacional de Gaia 2019. Visa promover
um espaço de reflexão e de intercâmbio para os participantes que promova a coesão social, a
gestão positiva da diversidade humana, a defesa de uma ética de cuidado e a educação para a
construção de pontes.
A Academia de Lideres Ubuntu é um projeto de capacitação de educação não formal, para
jovens provenientes de contextos vulneráveis ou neles intervindo, para reforço das suas
competências, inspirando-se em líderes como Nelson Mandela ou Martin Luther King.
Atualmente, a Academia está presente em 13 países. Este projeto que se desenvolve desde
2010 conta com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, do Programa Escolhas e da
Fundação Montepio.
Ubuntu significa “Tornar-se pessoa” ou “Eu sou porque tu és; eu só posso tornar-me pessoa
através das outras pessoas” e foi uma filosofia determinante para a construção de uma
“sociedade arco-íris” na visão de Nelson Mandela, para a transição do apartheid para a
democracia.
A escolha de Vila Nova de Gaia para acolher este evento decorre deste território ser líder de
referência no desenvolvimento de uma estratégia integrada de potenciar as ferramentas de
capacitação Ubuntu através de vários projetos como o “Ubuntu no Bairro” ou o “Escolas
Ubuntu”.
Quando é?
A UBUNTU FEST decorre de 13 a 15 de setembro de 2019.
Onde é?
As atividades da UBUNTU FEST decorrerão em Vila Nova de Gaia, na Biblioteca Municipal e na
Escola Secundária Almeida Garrett.
O que inclui?
A UBUNTU FEST inclui as seguintes atividades:
1- Dias 13 (tarde) e 14 de setembro – Conferência Internacional “E depois do conflito – a
missão dos construtores de paz” – Biblioteca Municipal
2- Dia 15 de setembro (manhã) - Workshops sobre “Lideres Ubuntu – Mandela, Luther
King, Madre Teresa, Malala, Gandhi, Desmond Tutu, Aristides Sousa Mendes” e
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apresentações dos países representados na UBUNTU FEST - Escola Secundária
Almeida Garrett
3- Dia 15 de Setembro (tarde) – Conferência Vidas Ubuntu – partilha de histórias de vida
de participantes na 6º edição da Academia de Lideres Ubuntu – Escola Secundária
Almeida Garrett
Quem participa?
Participam nas atividades da UBUNTU FEST membros da Academia de Lideres Ubuntu de 10
nacionalidades, com grande presença de representantes de países da CPLP, bem como
convidados internacionais que virão para a Conferência Internacional.
As atividades são abertas ao público em geral, com um particular convite aos jovens gaienses
para que participem e se encontrem com os jovens Ubuntus vindos de fora de Vila Nova de
Gaia.
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Fórum Internacional de Gaia 2019
Ubuntu Fest
Conferência Internacional
“E depois do conflito – a missão dos
construtores de paz”
Biblioteca Municipal
Programa
13 e 14 de setembro de 2019
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13 de setembro
15.00 - Documentário - In Dialogue / A difícil arte de dialogar
A filósofo Sira Abenoza acredita que a maioria dos conflitos na sociedade se deve à
falta de diálogo. Depois de colocar em prática seu método de diálogo socrático na
Espanha e na América Central, viajou para a Irlanda do Norte para reunir à volta da
mesa antigos membros e simpatizantes do IRA, ex-membros e partidários de grupos
paramilitares sindicalistas, um ex-soldado britânico e um ex-polícia. Juntos, eles
embarcam em um exercício de diálogo que, nas palavras de seus próprios
protagonistas, "é um caminho para o desconhecido" e ao mesmo tempo "é a única
maneira de construir a paz".
16.00 – Construir Pontes
Diálogo com Sira Abenoza (Inst. Diálogo Socrático – Barcelona), Jo Berry e Patrick
Magee (Associação Bulding Bridges for Peace)
Em 12 de outubro de 1984, o IRA (Exército Republicano Irlandês) fez explodir uma
bomba no Grand Hotel, Brighton, durante a Conferência do Partido Conservador,
matando cinco pessoas e ferindo muitas outras. Entre os mortos estava Sir Anthony
Berry MP.
A família de Sir Anthony Berry ficou arrasada, mas, para sua filha Jo, também iniciou
uma missão vitalícia pela paz.
“Eu tinha 27 anos quando meu pai foi morto e, dentro de dois dias, foi importante
para mim encontrar algo de positivo, trazer algum significado e até mesmo
entender aqueles que o mataram.” (Jo Berry)
16 anos depois, Patrick Magee - o homem que colocou a bomba - foi libertado da
prisão e Jo conseguiu encontrá-lo. Enquanto ouviam a história um do outro, eles
perceberam que esse era o começo de uma jornada de paz e reconciliação à qual
estavam inextricavelmente ligados.
A ONG Building Bridges for Peace foi lançada em Brighton em outubro de 2009 - no 25º
aniversário do atentado.
Esta organização tem como objectivo permitir que comunidades divididas e o público
em geral explorem e compreendam melhor as raízes da guerra, do terrorismo e da
violência. Promovem o diálogo e a mediação como meios para a paz. Jo Berry e Pat
Magee deram palestras na Palestina, no Líbano, no Ruanda e em todo o Reino Unido.
18.00 – Encerramento
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14 de setembro
9.30 – Sessão de Abertura
Eduardo Vítor Rodrigues - Presidente Câmara Municipal de Gaia
Rui Marques – Instituto Padre António Vieira
John Volmink – Ubuntu Global Network
10.30 - Intervenção de abertura: Os desafios dos construtores de paz
José Ramos Horta - Prémio Nobel da Paz
Porta-voz internacional da causa de Timor-Leste, José Ramos-Horta nasceu a 26 de
dezembro de 1949, em Timor. Incansável embaixador da causa timorense desde 1975,
aos 46 anos foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, juntamente com D. Carlos
Ximenes Belo, outro defensor dos direitos-humanos e da autodeterminação do povo de
Timor-Leste. A sua experiência e visão oferecerá uma oportunidade única de
compreender alguns dos grandes desafios para os construtores de paz.
10.45 – Pausa
11.15 – África do Sul: Depois do conflito – como construir a paz
John Volmink (Professor universitário – África do Sul)
Barney Pityana (Professor universitário – Africa do Sul)
António Mateus (jornalista – RTP)
A pátria de Nelson Mandela representa um exemplo notável de transição pacífica do
regime ignóbil do apartheid para a democracia. Com inspiração Ubuntu, logrou um
feito notável. Mas as dificuldades não desapareceram. Hoje, a África do Sul debate-se
com novos e complexos problemas associados à desigualdade social, à persistente e
preocupante sobrerepresentação da pobreza entre a maioria negra e novas tensões.
Como construir a paz, mesmo depois de se ter alcançado a democracia?
12.30 – Almoço
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14.30 - Painel: Como desenvolver (bem) um processo de reconciliação?
O caso da Guiné Bissau - Osíris Ferreira (Juiz do Supremo Tribunal da Guiné Bissau e
membro da Comissão Organizadora da Conferência Nacional para a Reconciliação)
O caso de Moçambique - José Castiano (Professor Universitário – Moçambique)
O caso da Colômbia - Gisella de Andreis (Programa de Alianzas para la
Reconciliación) e Pablo Lozano (Ubuntu / Familias En Su Tierra)
Vários países sofreram ciclos de violência e de guerra que deixaram marcas profundas. Os
desafios para os construtores de paz são muitos e vão desde os processos de justiça e
reconciliação à promoção do desenvolvimento e ao combate às desigualdades socio-
económicas. As experiências em fases diferentes do seu processo, as vozes de
Moçambique, Guiné-Bissau e Colômbia trarão experiências e respostas a partilhar. Como
abordar um processo de reconciliação? Como criar pontes? Que prioridades adotar? Como
gerir as frustrações dos retrocessos e fracassos?
16.00 –Pausa
16.15 - Painel: O papel dos jornalistas e dos media na construção da paz
Estefania Colmenares (diretora do jornal “La Opinion” – Colômbia)
Diego Fonseca (jornalista – Argentina)
Ibrahima Gassama (Radio Zig FM – Casamansa – Senegal)
Em qualquer conflito, o papel dos jornalistas é sempre muito relevante. Quer na forma
como relatam os factos associados ao conflito, quer no pós-conflito, o seu trabalho pode
fazer a diferença no curso da história. Que abordagem ao relato dos factos num conflito?
Que condicionamentos associados à responsabilidade do seu trabalho? Devem promover a
paz no pós-conflito?
18.00 – Encerramento