O documento discute as várias opções de seguros e planos de saúde disponíveis no mercado português. Reconhece que escolher o melhor seguro de saúde requer avaliar as necessidades individuais e do agregado familiar, as coberturas, garantias e períodos de carência. Também destaca a importância de entender as diferenças entre um seguro de saúde e um plano de saúde para evitar surpresas.
Seguro de saúde: avalie as coberturas e necessidades
1. sexta-feira, 3 de fevereiro 2017 SEGUROSII
E
xistem no mercado português várias
modalidades, com diferentes planos
e seguros de saúde e com diferentes
condições para os clientes. Para escolher
o seguro de saúde que melhor responde
às suas necessidades e do seu agregado
familiar, o cliente deve informar-se sobre
as coberturas, garantias, percentagens de
reembolso e períodos de carência. Para
além disso, será importante avaliar as suas
necessidades específicas.
Um aspeto importante é que os consu-
midores devem também saber as diferenças
entre um seguro de saúde e um plano de
saúde, de forma a conhecerem exatamen-
te o seu funcionamento e evitar surpresas.
O plano de saúde é um plano que apenas
permite o acesso a uma rede convenciona-
da de prestadores com descontos face aos
preços praticados a título particular. Pelo
contrário, no seguro de saúde há uma as-
sunção de risco pela seguradora, que se tra-
duz na comparticipação e/ou reembolso de
despesas de saúde.
Para Sofia Tomás, responsável de seg-
mento Mass Market da Ageas Seguros, é
necessário colocar diversas questões e ava-
liar o seu impacto. “Necessita garantir o
acesso a consultas de clínica geral, especia-
lidade e exames? Ou pretende apenas fazer
face ao aparecimento de alguma doença
súbita que possa implicar uma cirurgia?
Qual a sua idade e composição do agre-
gado familiar? Quanto pretende despender
na aquisição deste produto?”.
Para Sofia Tomás, a experiência e o
aconselhamento do mediador é funda-
mental para a seleção do seguro que me-
lhor servirá as suas necessidades e da sua
família.
Na opinião de Maria Ana Martins, di-
retora Produtos Pessoais da Allianz Portu-
gal, “há muita oferta no mercado e uma
gama alargada de produtos disponíveis.
Desde soluções mais económicas em que
é garantido apenas o internamento, ou so-
luções mais completas, que contemplam
diversas coberturas. É necessário ponderar
qual o tipo de seguro que melhor se ade-
qua às necessidades do cliente e agregado
familiar”.
Paralelamente, destaca Maria Ana
Martins, no momento de subscrição de
um seguro de saúde, existem alguns con-
ceitos associados que são importantes que
o cliente saiba o que significam e qual o
impacto que têm na sua apólice. “Concei-
tos como período de carência ou doenças
preexistentes devem ficar claros no mo-
mento de contratação, bem como quais as
exclusões absolutas da apólice (ex. aciden-
tes de trabalho)”.
Para Sara Cabral, da área de subscrição,
da CA Seguros, “tendo em conta a prote-
ção e o acesso aos cuidados de saúde que os
seguros desta natureza potencializam, são
fundamentais para o cliente o acesso a uma
vasta rede clínica, de saúde e bem-estar, os
serviços disponibilizados nessa rede e as
coberturas e capitais pelos quais poderão
optar”.
Diversidade de soluções
Ana Mota, diretora da área de Em-
ployee Benefits e Seguros de Pessoas da
MDS, destaca o facto de os portugueses
terem hoje uma oferta alargada de seguros
de saúde, com múltiplas opções e planos.
Contudo, adverte, “esta diversidade de so-
luções dificulta a escolha do seguro a subs-
crever, pelo que é recomendável contar
com um apoio de um corretor ou media-
dor de seguros”.
Na opinião de Ana Mota, “a escolha de
um seguro de saúde deve ter em conta a
sua adequação às necessidades específicas
de cada pessoa, pelo que será necessário fa-
zer uma correta avaliação das coberturas e
garantias oferecidas, como hospitalização,
exames e tratamentos, estomatologia e
doenças graves, entre outras”.
Destaca que “é ainda muito importan-
te analisar a abrangência das coberturas,
o capital disponível para cada uma delas,
as situações abrangidas e as possíveis res-
trições à sua utilização, sejam ao nível da
rede de prestadores, seja no que se refere
a situações específicas que não tenham co-
bertura pelos seguros de saúde”.
Um aspeto importante, de acordo
com Ana Mota, é que os consumidores
devem também saber as diferenças entre
um seguro de saúde e um plano de saú-
de, de forma a conhecerem exatamente o
seu funcionamento e evitar surpresas. O
plano de saúde é um plano que apenas
permite o acesso a uma rede convencio-
nada de prestadores com descontos face
aos preços praticados a título particular.
Pelo contrário, no seguro de saúde há
uma assunção de risco pela seguradora,
que se traduz na comparticipação e/ou
reembolso de despesas de saúde.
Na opinião de Paulo Mascare-
nhas, health manager da Generali, “consi-
derando que o mercado disponibiliza uma
ampla oferta, é primordial perceber se está
perante um verdadeiro seguro de saúde,
ou seja, se assegura financiamento efetivo
de custos com cuidados de saúde e não se
trata apenas de acesso a preços convencio-
nados numa rede privada de cuidados de
saúde”. Acrescenta que “depois deverá afe-
rir se as coberturas disponibilizadas estão
de acordo com as necessidades de prote-
ção consoante a idade e perfil do segurado.
Tipicamente, o mercado disponibiliza a
clientes particulares as coberturas de: assis-
tência hospitalar, assistência ambulatória,
estomatologia, próteses e ortóteses, me-
dicamentos, partos e outras complemen-
tares. Finalmente, para diminuir as preo-
cupações com cuidados de saúde, deve
encontrar uma solução que compatibilize
as necessidades identificadas, pelo preço
máximo que está disposto a pagar”.
Artur Lucas, diretor de marketing &
comunicação da Zurich Portugal, destaca
que “na subscrição de um seguro de saú-
de é importante procurar planos de saúde
abrangentes, que integrem todos os atos
médicos praticados no Serviço Nacional
de Saúde, com destaque para a opção e a
valorização da cobertura de doenças gra-
ves. Para além disso, é igualmente impor-
tante considerar seguros que ofereçam um
acesso rápido e imediato a uma rede de
prestação de serviços de cuidados de saúde
abrangentes que respondam eficazmente a
determinadas patologias ou situações que
requeiram uma intervenção cirúrgica ur-
gente”.
Na sua opinião, as coberturas de hospi-
talização, ambulatório e parto são as mais
procuradas, no entanto, as coberturas de
próteses ou o montante de subsídio diário
de internamento são também aspetos rele-
vantes que devem fazer parte da análise de
um seguro de Saúde. A subscrição de segu-
ros de saúde junto da Zurich revela uma
crescente procura pela cobertura de esto-
matologia. Saliente-se que a oftalmologia,
exames e análises de diagnóstico estão
inseridas dentro das chamadas coberturas
ambulatórias.
MERCADO OFERECE VÁRIAS SOLUÇÕES DE SEGUROS DE SAÚDE
Consumidores devem avaliar
as necessidades e optar
entre plano e seguro de saúde
Seguro de saúde
A escolha de um seguro de saúde
pode acabar por ser mais difícil do
que parece. O primeiro passo a ter em
conta consiste na análise de todas as
condições do produto que pretende
contratar. Mais do que o valor do
prémio mensal do seguro, é importante
avaliar se as coberturas do produto
satisfazem as suas necessidades. Mas
há outras características que devem ser
devidamente ponderadas, sobretudo as
exclusões.
As coberturas variam de seguro para
seguro. Por isso, o segurado deve optar
pelo produto que melhor satisfizer as
suas necessidades e do seu agregado
familiar, não ignorando o seu historial
clínico e as necessidades habituais.
Os consumidores devem também saber as
diferenças entre um seguro de saúde e um plano de
saúde, de forma a conhecerem exatamente o seu
funcionamento e evitar surpresas