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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
SERVIÇO SOCIAL 
FÁTIMA ALVES SOARES 
OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO 
DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL. 
Sete Lagoas 
2014
FÁTIMA ALVES SOARES 
OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO 
DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL. 
Trabalho de produção textual apresentado à 
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como 
requisito parcial para a obtenção de média bimestral na 
disciplina de Fundamentos Históricos, Teóricos e 
Metodológicos do Serviço Social lll, Ètica Profissional em 
Serviço Social, Fundamentos das Políticas Sociais e 
Políticas Sociais, Administração e Planejamento em 
Serviço Social. 
Orientador: Prof.Paulo Sérgio Aragão, Clarice Kernkamp, 
Maria Lúcimar Pereira e Rosane Malvezzi. 
Sete Lagoas 
2014
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3 
2 DEsenvolvimento.....................................................................................................4 
3 CONCLUSÃO............................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO 
As políticas sociais surgem através das lutas da classe trabalhadora 
que reivindicavam seus direitos de proteção social, para manterem a si e as suas 
famílias quando estivessem em situação de não o fazê-lo por não estarem 
trabalhando e recebendo seu salário. Uma vez que ele só tinha como fonte de renda 
a venda de sua força de trabalho. A luta desses trabalhadores exigia do Estado o 
reconhecimento de direitos sociais e trabalhistas junto ao capitalismo, cujo objetivo 
era acabar com a exploração a que essa classe era submetida inclusive as 
mulheres, crianças e idosos. 
Por sua vez o Estado para amenizar tais conflitos, entendia as 
políticas sociais como estratégias de intervenção para acalmar os ânimos dos 
trabalhadores. 
Foi um longo e árduo caminho percorrido até chegarmos onde 
estamos com direitos previdenciários e trabalhistas e a Constituição Federal (88) 
que garante direitos sociais a todo cidadão brasileiro e não somente aos cidadãos 
contribuintes como acontecia antigamente. 
3
2 DESENVOLVIMENTO 
4 
Até a década de 20 no Brasil a questão social era tratada como caso 
de polícia, não havia políticas sociais. 
A economia brasileira se caracterizava por uma estrutura baseada 
na agricultura, e o poder político se concentrava nas oligarquias rurais de São Paulo, 
maior produtor de café e Minas Gerais, maior produtor de leite, onde havia um 
revezamento do poder no Brasil. 
O crack da bolsa de Nova Iorque em 1929, atinge o Brasil com a 
queda nos preços do café, a diminuição de seus consumidores e consequentemente 
o desemprego, instala-se o caus, há uma extrema pobreza no campo e crescimento 
do proletariado. Em seguida temos a Revolução de 1930 e a ascensão de Vargas ao 
poder. Dai em diante o Estado começa a desempenhar funções mais complexas na 
economia com formulações de regras diretas e indiretas de desenvolvimento e 
intervenção estatal. 
Tal cenário abre as portas para as primeiras tentativas de 
planejamento no Brasil. Mas o que vem a ser planejamento? 
“Planejamento é uma palavra que significa o ato ou efeito de 
planejar, criar um plano para otimizar a alcance de um determinado objetivo. O 
planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que 
está relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado 
objetivo.”[1]. 
Oliveira (1998) distingue “três tipos de planejamentos que se 
relacionam de forma organizacional” são eles: 
 Planejamento Estratégico 
 Planejamento Tático 
 Planejamento Operacional 
Podemos citar ainda o Planejamento Tecnocrático: 
O plano opera sobrea a estrutura social, econômica e política. O planejador é um técnico, 
apolítico e neutro. Os planejadores podem e devem avaliar o interesse do povo em geral,
5 
com base em objetivos gerais de política pública; por isso criam planos que refletem o 
interesse geral e o comum. [2] 
No Brasil houve diversos tipos de planejamento. O primeiro que 
destacou um setor social foi o Plano Salte no governo Dutra nos anos de 1946 a 
1950, previa investimentos nas áreas de saúde, alimentação, transporte, energia. 
Temos também o Plano de Metas no governo de JK (1956-1960), 
era um plano que possuía 30 metas cujo objetivo encontrava-se em atingir vários 
setores na indústria, no transporte, na educação, na energia elétrica e produção de 
petróleo. 
O significado do plano de metas segundo IANNI (1977, p.146) 
”Pouco a pouco, planejamento e desenvolvimento econômico passaram a ser 
conceitos associados, tanto para governantes, empresários e técnicos como para 
boa parte da opinião publica.” 
Ressalta-se ainda o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e 
Social no Governo de João Goulart (1961-1964). 
Plano de Ação Econômica do Governo com Castelo Branco (1964- 
1967). No período de 1967 a 1976 houve o Plano Decenal, que não foi executado. 
Programa Estratégico de Desenvolvimento no Governo Costa e Silva 
(1968-1970). 
No Governo de Médici de 1972 a 1974 Primeiro Plano Nacional de 
Desenvolvimento PND-l com projetos de integração nacional (Ponte Rio-Niterói, 
Rodovia Transamazônica entre outros). O PND-ll acontece no Governo de Geisel de 
1974 a 1979 com a visão voltada para as indústrias de base siderúrgica e 
petroquímica, bens de capital e a construção de hidrelétricas como a de Itaipu. 
Acontece no ano de 1979 a 1985 o PDN-lll no Governo de 
Figueiredo que após contínuos 30 anos cessa o processo de planejamento 
econômico para o desenvolvimento por causa da crise econômica. 
Os PPAs ou Planos Plurianuais acontecem a partir da Constituição 
Federal de 1988, que no médio prazo tornou-se o principal instrumento de 
planejamento governamental brasileiro. 
As políticas sociais brasileiras são caracterizadas como elementos 
no sistema de repressão aos movimentos sociais e de controle social da burguesia, 
uma vez que não se tinha políticas sociais no Brasil até a década de 20 e neste 
período as questões sociais eram tratadas como caso de polícia, ao invés de o
6 
Estado ter respostas políticas adequadas que atendessem as demandas desses 
movimentos. 
Já na década de 30 acontece no país importantes transformações 
desempenhadas pelo Estado no que tange aos direitos sociais. O Estado então iria 
proporcionar o desenvolvimento econômico aliado ao processo de industrialização 
produzindo assim respostas aos agravamentos das condições de vida da população, 
isso aconteceria com a realização de ações de intervenção direta nas condições de 
reprodução da força de trabalho no país. 
O objetivo das políticas sociais dessa época era regular os conflitos 
surgidos a partir desse novo processo de desenvolvimento econômico. 
A primeira Constituição Federal de 1934 define como 
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organizadas pela classe trabalhadora por melhores condições de vida. 
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usava do clientelismo para manter as reivindicações populares controladas. 
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De 1945 a 1964 predomina na história brasileira a política populista 
de Getúlio Vargas, que era conhecido também como pai dos pobres. Vargas foi o 
primeiro presidente a implantar ações de políticas sociais, mas vale lembrar que 
foram implantadas a partir dos movimentos sociais dos trabalhadores de sua 
organização e reivindicação. Tem-se a nova Constituição de 1946, que atribui ao 
estado responsabilidade com a justiça social, nesse período há uma ampliação e 
modernização das políticas sociais, há a aprovação da Lei Orgânica da Previdência
7 
Social em 1960 com isso a unificação do sistema previdenciário. Em 1963 é criado o 
FUNRURAL- Fundo de Assistência do Trabalhador Rural. Em 1966 criação do INPS 
Instituto Nacional da Previdência Social. Em 1974 renda vitalícia para idosos com 70 
anos no valor de meio salário mínimo. 
O colapso do regime militar agravou as condições de vida das 
classes subalternas, trazendo de volta os movimentos sociais, só que desta vez eles 
se organizavam em campanhas pela restauração do Estado de Direito e das 
liberdades civis e políticas no país. Direitos estes que foram suspensos pelo regime 
militar que se instalou no Brasil em 1964, castigando intelectuais, políticos, 
trabalhadores e proibindo mobilizações por parte da sociedade. 
A execução das políticas sociais tinha como centro o Governo 
Federal, que ausentava os estados e munícipios para tal função. 
Na década de 70, acontece o fim do milagre econômico, e nos anos 
entre 1977 e 1982 há um agravamento nas condições de vida da população, e esta 
situação faz com que os movimentos sociais de reivindicação renascessem com 
mais força. 
A década de 80 conhecida também como década perdida, por causa 
da crise econômica, política e social vivida, agravou ainda mais as condições de vida 
da população com a generalização da pobreza e a dificuldade de manutenção das 
políticas sociais que se tornava cada vez mais precária. E na medida em que o 
desemprego e a miséria aumentavam, ampliavam também as carências sociais 
como a desnutrição e aumento da mortalidade infantil. A insatisfação é geral, e os 
movimentos sociais vão para as ruas em busca da redemocratização do país. 
A partir dai surgia reivindicação política, cujo objetivo era de 
restauração democrática e de melhores condições na qualidade de vida da 
população, a consistência dessas reivindicações era para amenizar as 
desigualdades sociais brasileiras. Mas isso só foi possível quando os trabalhadores 
se reconheceram coletivamente como classe e se uniram para mudar a situação. 
O fato é que somente após o final do último governo militar o 
reordenamento das políticas sociais aconteceria. Porque antes disso a economia 
nacional crescia, mas esse crescimento não refletia para melhorar as condições de 
vida da população trabalhadora, ao contrário, aumentava ainda mais os níveis de 
desigualdades sociais. 
Este intenso processo de negociações políticas, por meio das lutas
8 
sociais, que envolvia grupos de diferentes identidades e propostas que advinham 
das diversas condições de vida a que se encontravam resulta na instituição, 
expansão e abrangência de direitos antigos, e em uma nova Constituição Federal a 
de 1988, que em seu Art.6º “garante direitos sociais como: a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados”.
3 CONCLUSÃO 
9 
No decorrer da história podemos percebe altos e baixos na 
legislação social e no reconhecimento dos direitos sociais, foi esse descompasso 
que dificultou a concretização dos avanços. 
A caminhada foi longa, até conseguir que os benefícios e serviços 
que antes eram vistos como concessões do governo e como caridade, passassem a 
ser um direito da população. É relevante saber/ lembrar, que o governo não nos deu 
absolutamente nada, esses direitos foram uma conquista da população, dos 
trabalhadores que lutaram bravamente, por meio das manifestações, greves, 
reivindicações para garantir os direitos que temos hoje, e que é difícil pensar em 
viver sem eles, exemplos: a jornada de trabalho de 8 horas diárias, férias, décimo 
terceiro, licença maternidade entre outros. 
A história nos mostra claramente que é através do planejamento e 
da ordem que podemos conquistar o que se almeja, e foi assim que ao longo do 
tempo se alcançou tantas conquistas, mas isso aconteceu em um processo 
gradativo. 
Fica claro que é preciso agir, se mobilizar e organizar para 
conseguir, garantir, e preservar os direitos sociais por melhores condições de vida e 
sem explorações. As greves e as manifestações se tornaram a voz do povo, que 
cansado de sofrer busca condições dignas de vida, nos dias de hoje se mostra mais 
atuante e participativo nas políticas locais e luta por seus direitos não somente os 
sociais, mas os direitos de um modo geral.
REFERÊNCIAS 
1-www.significados.com.br. Acesso em: 23 out. 2014. 
2-www.jaironogueira.noradar.com/jairo15.html>. Acesso em: 25 out. 2014. 
10 
3-www.pralmeida.org/05DocsPRA/1369PlanejBr1946-2005.pdf. Acesso em: 25 out. 
2014. 
4-www.angelfire.com.br/ar/rosa01/page19.html. Acesso em 25 out. 2014. 
5-RIZOTTI, Maria Luiza do Amaral. A construção do sistema de proteção social 
no Brasil: avanços e retrocessos na legislação social. Disponível em 
http://sisnet.aduaneiras.com.br/le/doutrinas/arquivos/construcao.pdf. Acesso em: 26 
ago. 2014. 
6-BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: 
promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/constitui%C3%A7ao.html. Acesso 
em: 12 mar. 2013.

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  • 1. SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL FÁTIMA ALVES SOARES OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL. Sete Lagoas 2014
  • 2. FÁTIMA ALVES SOARES OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL. Trabalho de produção textual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social lll, Ètica Profissional em Serviço Social, Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais, Administração e Planejamento em Serviço Social. Orientador: Prof.Paulo Sérgio Aragão, Clarice Kernkamp, Maria Lúcimar Pereira e Rosane Malvezzi. Sete Lagoas 2014
  • 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3 2 DEsenvolvimento.....................................................................................................4 3 CONCLUSÃO............................................................................................................9
  • 4. 1 INTRODUÇÃO As políticas sociais surgem através das lutas da classe trabalhadora que reivindicavam seus direitos de proteção social, para manterem a si e as suas famílias quando estivessem em situação de não o fazê-lo por não estarem trabalhando e recebendo seu salário. Uma vez que ele só tinha como fonte de renda a venda de sua força de trabalho. A luta desses trabalhadores exigia do Estado o reconhecimento de direitos sociais e trabalhistas junto ao capitalismo, cujo objetivo era acabar com a exploração a que essa classe era submetida inclusive as mulheres, crianças e idosos. Por sua vez o Estado para amenizar tais conflitos, entendia as políticas sociais como estratégias de intervenção para acalmar os ânimos dos trabalhadores. Foi um longo e árduo caminho percorrido até chegarmos onde estamos com direitos previdenciários e trabalhistas e a Constituição Federal (88) que garante direitos sociais a todo cidadão brasileiro e não somente aos cidadãos contribuintes como acontecia antigamente. 3
  • 5. 2 DESENVOLVIMENTO 4 Até a década de 20 no Brasil a questão social era tratada como caso de polícia, não havia políticas sociais. A economia brasileira se caracterizava por uma estrutura baseada na agricultura, e o poder político se concentrava nas oligarquias rurais de São Paulo, maior produtor de café e Minas Gerais, maior produtor de leite, onde havia um revezamento do poder no Brasil. O crack da bolsa de Nova Iorque em 1929, atinge o Brasil com a queda nos preços do café, a diminuição de seus consumidores e consequentemente o desemprego, instala-se o caus, há uma extrema pobreza no campo e crescimento do proletariado. Em seguida temos a Revolução de 1930 e a ascensão de Vargas ao poder. Dai em diante o Estado começa a desempenhar funções mais complexas na economia com formulações de regras diretas e indiretas de desenvolvimento e intervenção estatal. Tal cenário abre as portas para as primeiras tentativas de planejamento no Brasil. Mas o que vem a ser planejamento? “Planejamento é uma palavra que significa o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar a alcance de um determinado objetivo. O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo.”[1]. Oliveira (1998) distingue “três tipos de planejamentos que se relacionam de forma organizacional” são eles:  Planejamento Estratégico  Planejamento Tático  Planejamento Operacional Podemos citar ainda o Planejamento Tecnocrático: O plano opera sobrea a estrutura social, econômica e política. O planejador é um técnico, apolítico e neutro. Os planejadores podem e devem avaliar o interesse do povo em geral,
  • 6. 5 com base em objetivos gerais de política pública; por isso criam planos que refletem o interesse geral e o comum. [2] No Brasil houve diversos tipos de planejamento. O primeiro que destacou um setor social foi o Plano Salte no governo Dutra nos anos de 1946 a 1950, previa investimentos nas áreas de saúde, alimentação, transporte, energia. Temos também o Plano de Metas no governo de JK (1956-1960), era um plano que possuía 30 metas cujo objetivo encontrava-se em atingir vários setores na indústria, no transporte, na educação, na energia elétrica e produção de petróleo. O significado do plano de metas segundo IANNI (1977, p.146) ”Pouco a pouco, planejamento e desenvolvimento econômico passaram a ser conceitos associados, tanto para governantes, empresários e técnicos como para boa parte da opinião publica.” Ressalta-se ainda o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social no Governo de João Goulart (1961-1964). Plano de Ação Econômica do Governo com Castelo Branco (1964- 1967). No período de 1967 a 1976 houve o Plano Decenal, que não foi executado. Programa Estratégico de Desenvolvimento no Governo Costa e Silva (1968-1970). No Governo de Médici de 1972 a 1974 Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento PND-l com projetos de integração nacional (Ponte Rio-Niterói, Rodovia Transamazônica entre outros). O PND-ll acontece no Governo de Geisel de 1974 a 1979 com a visão voltada para as indústrias de base siderúrgica e petroquímica, bens de capital e a construção de hidrelétricas como a de Itaipu. Acontece no ano de 1979 a 1985 o PDN-lll no Governo de Figueiredo que após contínuos 30 anos cessa o processo de planejamento econômico para o desenvolvimento por causa da crise econômica. Os PPAs ou Planos Plurianuais acontecem a partir da Constituição Federal de 1988, que no médio prazo tornou-se o principal instrumento de planejamento governamental brasileiro. As políticas sociais brasileiras são caracterizadas como elementos no sistema de repressão aos movimentos sociais e de controle social da burguesia, uma vez que não se tinha políticas sociais no Brasil até a década de 20 e neste período as questões sociais eram tratadas como caso de polícia, ao invés de o
  • 7. 6 Estado ter respostas políticas adequadas que atendessem as demandas desses movimentos. Já na década de 30 acontece no país importantes transformações desempenhadas pelo Estado no que tange aos direitos sociais. O Estado então iria proporcionar o desenvolvimento econômico aliado ao processo de industrialização produzindo assim respostas aos agravamentos das condições de vida da população, isso aconteceria com a realização de ações de intervenção direta nas condições de reprodução da força de trabalho no país. O objetivo das políticas sociais dessa época era regular os conflitos surgidos a partir desse novo processo de desenvolvimento econômico. A primeira Constituição Federal de 1934 define como responsabilidades sociais do Estado a assistência médica e sanitária ao trabalhador e a gestante. Tais obrigações do poder público eram vistas assistencialistas e eram usadas como instrumentos de controle e repressão contra as reivindicações organizadas pela classe trabalhadora por melhores condições de vida. O crescimento econômico e a organização da força de trabalho industrial, aliados às péssimas condições de trabalho, desencadearam o que se passou a chamar embate entre capital e trabalho. O crescimento e a organização da burocracia estatal, além de uma certa autonomia do Estado em relação à sociedade, traziam à luz um segundo embate entre a iniciativa privada e a estatização. Correlatamente, começa a surgir uma terceira questão referente à expansão do capital através da propriedade da terra. A disputa aqui envolverá o capital privado, o trabalho e o Estado.(Lonzar, 1987:45). Vivia-se em um constante ir e vir do Estado que sempre se posicionava do lado da burguesia e quando a situação começa a sair de controle usava do clientelismo para manter as reivindicações populares controladas. Com a revogação da Constituição de 1934, surge a Constituição de 1937, que limita os direitos à educação, a ampliação do controle estatal sobre organizações sindicais trabalhistas. De 1945 a 1964 predomina na história brasileira a política populista de Getúlio Vargas, que era conhecido também como pai dos pobres. Vargas foi o primeiro presidente a implantar ações de políticas sociais, mas vale lembrar que foram implantadas a partir dos movimentos sociais dos trabalhadores de sua organização e reivindicação. Tem-se a nova Constituição de 1946, que atribui ao estado responsabilidade com a justiça social, nesse período há uma ampliação e modernização das políticas sociais, há a aprovação da Lei Orgânica da Previdência
  • 8. 7 Social em 1960 com isso a unificação do sistema previdenciário. Em 1963 é criado o FUNRURAL- Fundo de Assistência do Trabalhador Rural. Em 1966 criação do INPS Instituto Nacional da Previdência Social. Em 1974 renda vitalícia para idosos com 70 anos no valor de meio salário mínimo. O colapso do regime militar agravou as condições de vida das classes subalternas, trazendo de volta os movimentos sociais, só que desta vez eles se organizavam em campanhas pela restauração do Estado de Direito e das liberdades civis e políticas no país. Direitos estes que foram suspensos pelo regime militar que se instalou no Brasil em 1964, castigando intelectuais, políticos, trabalhadores e proibindo mobilizações por parte da sociedade. A execução das políticas sociais tinha como centro o Governo Federal, que ausentava os estados e munícipios para tal função. Na década de 70, acontece o fim do milagre econômico, e nos anos entre 1977 e 1982 há um agravamento nas condições de vida da população, e esta situação faz com que os movimentos sociais de reivindicação renascessem com mais força. A década de 80 conhecida também como década perdida, por causa da crise econômica, política e social vivida, agravou ainda mais as condições de vida da população com a generalização da pobreza e a dificuldade de manutenção das políticas sociais que se tornava cada vez mais precária. E na medida em que o desemprego e a miséria aumentavam, ampliavam também as carências sociais como a desnutrição e aumento da mortalidade infantil. A insatisfação é geral, e os movimentos sociais vão para as ruas em busca da redemocratização do país. A partir dai surgia reivindicação política, cujo objetivo era de restauração democrática e de melhores condições na qualidade de vida da população, a consistência dessas reivindicações era para amenizar as desigualdades sociais brasileiras. Mas isso só foi possível quando os trabalhadores se reconheceram coletivamente como classe e se uniram para mudar a situação. O fato é que somente após o final do último governo militar o reordenamento das políticas sociais aconteceria. Porque antes disso a economia nacional crescia, mas esse crescimento não refletia para melhorar as condições de vida da população trabalhadora, ao contrário, aumentava ainda mais os níveis de desigualdades sociais. Este intenso processo de negociações políticas, por meio das lutas
  • 9. 8 sociais, que envolvia grupos de diferentes identidades e propostas que advinham das diversas condições de vida a que se encontravam resulta na instituição, expansão e abrangência de direitos antigos, e em uma nova Constituição Federal a de 1988, que em seu Art.6º “garante direitos sociais como: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados”.
  • 10. 3 CONCLUSÃO 9 No decorrer da história podemos percebe altos e baixos na legislação social e no reconhecimento dos direitos sociais, foi esse descompasso que dificultou a concretização dos avanços. A caminhada foi longa, até conseguir que os benefícios e serviços que antes eram vistos como concessões do governo e como caridade, passassem a ser um direito da população. É relevante saber/ lembrar, que o governo não nos deu absolutamente nada, esses direitos foram uma conquista da população, dos trabalhadores que lutaram bravamente, por meio das manifestações, greves, reivindicações para garantir os direitos que temos hoje, e que é difícil pensar em viver sem eles, exemplos: a jornada de trabalho de 8 horas diárias, férias, décimo terceiro, licença maternidade entre outros. A história nos mostra claramente que é através do planejamento e da ordem que podemos conquistar o que se almeja, e foi assim que ao longo do tempo se alcançou tantas conquistas, mas isso aconteceu em um processo gradativo. Fica claro que é preciso agir, se mobilizar e organizar para conseguir, garantir, e preservar os direitos sociais por melhores condições de vida e sem explorações. As greves e as manifestações se tornaram a voz do povo, que cansado de sofrer busca condições dignas de vida, nos dias de hoje se mostra mais atuante e participativo nas políticas locais e luta por seus direitos não somente os sociais, mas os direitos de um modo geral.
  • 11. REFERÊNCIAS 1-www.significados.com.br. Acesso em: 23 out. 2014. 2-www.jaironogueira.noradar.com/jairo15.html>. Acesso em: 25 out. 2014. 10 3-www.pralmeida.org/05DocsPRA/1369PlanejBr1946-2005.pdf. Acesso em: 25 out. 2014. 4-www.angelfire.com.br/ar/rosa01/page19.html. Acesso em 25 out. 2014. 5-RIZOTTI, Maria Luiza do Amaral. A construção do sistema de proteção social no Brasil: avanços e retrocessos na legislação social. Disponível em http://sisnet.aduaneiras.com.br/le/doutrinas/arquivos/construcao.pdf. Acesso em: 26 ago. 2014. 6-BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/constitui%C3%A7ao.html. Acesso em: 12 mar. 2013.