SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Baixar para ler offline
Cinema e Filoso a: Os lmes vistos com outros olhos



          Beleza Americana
         e as Paixões Humanas

              Profa. Dra. Luciana Zaterka
                     Diretora da Escola Carlitos
      Professora de Filoso a da Universidade São Judas Tadeu
Slides das apresentações disponíveis em:
www.lucianazaterka.com.br/apresentacoes
Cine Carlitos
Linguagem de Formação
Kevin Spacey   Annette Bening   Sam Mendes
Simulacro
Vermelho Intenso sem Aroma e Sem espinhos
Primeira chave de interpretação: A questão do Simulacro




        O que é simulacro?
               Platão e a Alegoria da Caverna
Alegoria da Caverna de Platão
        Livro VII da República
ALMA          VERDADE            BELO           BEM                      suprasensível




É esta a nítida distinção do plano meta-físico e do plano físico, feita de modo mais claro, pela
 primeira vez na história do pensamento ocidental. A distinção dos dois planos (ou das duas
    ‘regiões’ ou esferas) da realidade, o plano do inteligível e o plano do sensível, constitui
            verdadeiramente o caminho principal de todo o pensamento platônico.




            corpo           verdade           belo          bem                          sensível
A alma humana possui, para Platão, uma origem supraterrestre e sua vocação ou destinação é o conhecimento
 da verdade ou do Bem, estando orientada para o divino, como seu fim (télos) ou finalidade. A alma deseja o divino
 e tende para ele; é nossa melhor parte e o corpo é para ela prisão, túmulo, risco de perdição nas coisas corporais
 que a afastam das coisas espirituais. Lemos no Górgias:



          “Eu não ficaria admirado se Eurípedes afirmasse a verdade quando
      disse: Quem pode saber se viver não é morrer e morrer não é viver? E que
      nós, na realidade, talvez estejamos mortos. De fato, já ouvi também
      homens sábios dizerem que nós, agora, estamos mortos e que o corpo é
      um túmulo para nós (...)”.


     Enquanto temos um corpo, estamos mortos porque somos, fundamentalmente, a nossa alma, e a alma,
enquanto está no corpo, está como num túmulo, como morta; nosso morrer (com o corpo) é viver porque, com a
morte do corpo, a alma liberta-se do cárcere. O corpo é raiz de todo mal, fonte de amores insanos, de paixões,
inimizades, discórdia, ignorância e loucura: e é tudo isto que traz a alma como morta.
American Beauty   Imagem, Simulacro, Fetichismo
Sociedade Moderna Capitalista
  Tudo é Mercado de Troca
Relações Sociais Fetichizadas
Corporações capitalistas constituídas por práticas impessoais
A vida de Lester como “Stupid Little Life”
A Mercadoria como Imagem
A aparência torna-se a forma de ser das relações sociais
A direita radical ilustrada no filme por Frank Fiks
Segunda chave de interpretação:




Teoria das paixões em Spinoza
            Livro III da Ética
X
Busca de identidade por meio de objeto do desejo
 A imagem fantasiada de Angela Reis
Lester, causa adequada?
Lester em Beleza americana oferece a vantagem de nos mostrar que uma evolução é possível, uma vez que o
personagem passa, no tempo de um filme, de um estado de passividade total à atividade mais plena e alegre. Sua
passividade no início, a de um pai de família apagado pela rotina, sofre um primeiro abalo quando percebe a bela
cheerleader que o transtorna até a paixão fulminante. Na paixão fulminante, como o nome indica, mostramo-nos
essencialmente passivos, uma vez que sofremos alguma coisa do exterior que nos golpeia. Mas como a paixão
fulminante proporciona alegria, a potênciade agir do nosso corpo, paradoxalmente, vê-se aumentada, ajudada. Lester
vai subitamente ter um objetivo na vida, um objetivo cuja causa adequada não é ele, já que esse objetivo lhe é
exterior e não depende apenas dele: se ele quiser seduzir aquela garota, terá que mudar, mas nada garante que ela se
interessará por ele. Ele está correndo o risco de soçobrar numa dependência e numa passividade bem piores que
sua letargia de origem, pois a esta se acrescentará o patético de sua situação de pai de família apaixonado por uma
Lolita. Mas é o contrário que se produzirá. Após ter retomado as rédeas de sua vida e parado de sofrer vexações de
sua mulher dominadora e castradora, ou as humilhações surdas da vida no escritório, ele redescobre, pela prática
esportiva, a música e o uso recreativo de uma maconha de qualidade, uma tal alegria de viver que, quando a guria se
oferece a ele, ele não a quer mais. Repele-a não com medo das consequências, mas num gesto protetor, preocupado

sofrer uma paixão, afirma uma ação. Spinoza assim resume e generaliza a coisa:
                                                                                               “
com o desabrochar da outra. Ele se tornou ativo, é finalmente a causa adequada do que lhe acontece. Em vez de



III. Por sentimentos, entendo as afecções do corpo pelas quais a potência de agir desse corpo é aumentada ou
diminuída, ajudada ou contida, e ao mesmo tempo as ideias dessas afecções (Ética, III, Definições)
Causa inadequada
Somos causa parcial do que acontece em nós
Causa Adequada
Somos causa total do que se passa em nós
Causa inadequada
Somos causa parcial do que acontece em nós



  Causa Adequada
 Somos causa total do que se passa em nós
Desfetichização de si e retomada de valores antigos
Por quê Ricky dentro desse contexto do American Beauty
          se encanta pelas coisas inanimadas?
Cinema e Filoso a: Os lmes vistos com outros olhos



          Beleza Americana
         e as Paixões Humanas

              Profa. Dra. Luciana Zaterka
                     Diretora da Escola Carlitos
      Professora de Filoso a da Universidade São Judas Tadeu

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sexualidade recontextualizada
Sexualidade recontextualizadaSexualidade recontextualizada
Sexualidade recontextualizadaSandro Alex
 
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...Antonio Inácio Ferraz
 
O enígma da obsessão
O enígma da obsessãoO enígma da obsessão
O enígma da obsessãoHelio Cruz
 
Aula de filosofia antiga, tema: Heráclito de Éfeso
Aula de filosofia antiga, tema: Heráclito de ÉfesoAula de filosofia antiga, tema: Heráclito de Éfeso
Aula de filosofia antiga, tema: Heráclito de ÉfesoLeandro Nazareth Souto
 
Zenão de eleia
Zenão de eleiaZenão de eleia
Zenão de eleiadanikj
 
Heráclito - o filósofo do devir
Heráclito - o filósofo do devirHeráclito - o filósofo do devir
Heráclito - o filósofo do devirBruno Carrasco
 

Mais procurados (11)

Livre Arbítrio
Livre ArbítrioLivre Arbítrio
Livre Arbítrio
 
Sexualidade recontextualizada
Sexualidade recontextualizadaSexualidade recontextualizada
Sexualidade recontextualizada
 
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
 
O enígma da obsessão
O enígma da obsessãoO enígma da obsessão
O enígma da obsessão
 
Aula de filosofia antiga, tema: Heráclito de Éfeso
Aula de filosofia antiga, tema: Heráclito de ÉfesoAula de filosofia antiga, tema: Heráclito de Éfeso
Aula de filosofia antiga, tema: Heráclito de Éfeso
 
Zenão de eleia
Zenão de eleiaZenão de eleia
Zenão de eleia
 
O Livre Arbitrio
O Livre ArbitrioO Livre Arbitrio
O Livre Arbitrio
 
,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ
,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ
,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ
 
Heráclito - o filósofo do devir
Heráclito - o filósofo do devirHeráclito - o filósofo do devir
Heráclito - o filósofo do devir
 
Resumo socates
Resumo socatesResumo socates
Resumo socates
 
Livre-arbítrio e Determinismo
Livre-arbítrio e DeterminismoLivre-arbítrio e Determinismo
Livre-arbítrio e Determinismo
 

Destaque

O conceito da_moral_paim
O conceito da_moral_paimO conceito da_moral_paim
O conceito da_moral_paimDaniele Moura
 
Conceito de ética
Conceito de éticaConceito de ética
Conceito de éticaemersonx2
 
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).Josilene Braga
 
Filosofia grega!
Filosofia grega!Filosofia grega!
Filosofia grega!aloirmd
 
Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1
Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1
Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1Filosofia
 
A mitologia e a filosofia grega
A mitologia e a filosofia gregaA mitologia e a filosofia grega
A mitologia e a filosofia gregaBruno Machado
 
Filosofia ENEM Aula Palestra
Filosofia ENEM Aula PalestraFilosofia ENEM Aula Palestra
Filosofia ENEM Aula PalestraItalo Colares
 
Slide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofiaSlide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofiairanildespm
 
A filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantA filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantFilazambuja
 
Senso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaSenso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaJorge Barbosa
 
Progresso moral nova fase para humanidade
Progresso moral nova fase para humanidadeProgresso moral nova fase para humanidade
Progresso moral nova fase para humanidadeGraça Maciel
 
Senso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científicoSenso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científicoHelena Serrão
 

Destaque (20)

BICASTIRADENTES_ETICAI
BICASTIRADENTES_ETICAIBICASTIRADENTES_ETICAI
BICASTIRADENTES_ETICAI
 
Aulas ensino médio
Aulas   ensino médio Aulas   ensino médio
Aulas ensino médio
 
O conceito da_moral_paim
O conceito da_moral_paimO conceito da_moral_paim
O conceito da_moral_paim
 
Conceito de ética
Conceito de éticaConceito de ética
Conceito de ética
 
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
TRABALHO DE FILOSOFIA 3º A ( ÉTICA NA ESCOLA).
 
Ética e moral
Ética e moralÉtica e moral
Ética e moral
 
Filosofia grega!
Filosofia grega!Filosofia grega!
Filosofia grega!
 
Filosofia grega 22
Filosofia grega 22Filosofia grega 22
Filosofia grega 22
 
Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1
Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1
Trabalho de filosofia - Francine, Allana, Matheus Ferraz, João Victor 1°V1
 
A mitologia e a filosofia grega
A mitologia e a filosofia gregaA mitologia e a filosofia grega
A mitologia e a filosofia grega
 
ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA
 
Filosofia ENEM Aula Palestra
Filosofia ENEM Aula PalestraFilosofia ENEM Aula Palestra
Filosofia ENEM Aula Palestra
 
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORALLIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
LIÇÃO 02 – O PADRÃO DA LEI MORAL
 
Slide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofiaSlide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofia
 
A filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantA filosofia moral de kant
A filosofia moral de kant
 
Senso Comum e Ciência
Senso Comum e CiênciaSenso Comum e Ciência
Senso Comum e Ciência
 
Progresso moral nova fase para humanidade
Progresso moral nova fase para humanidadeProgresso moral nova fase para humanidade
Progresso moral nova fase para humanidade
 
Senso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científicoSenso comum e conhecimento científico
Senso comum e conhecimento científico
 
Mitologia Grega
Mitologia GregaMitologia Grega
Mitologia Grega
 
Senso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científicoSenso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científico
 

Semelhante a Beleza Americana - As paixoes humanas

José herculano pires pesquisa sobre o amor
José herculano pires   pesquisa sobre o amorJosé herculano pires   pesquisa sobre o amor
José herculano pires pesquisa sobre o amorClaudia Ruzicki Kremer
 
Como lidar com a morte
Como lidar com a morte Como lidar com a morte
Como lidar com a morte Felipe Cruz
 
Evangelho animais 75
Evangelho animais 75Evangelho animais 75
Evangelho animais 75Fatoze
 
Evangelho animais 67
Evangelho animais 67Evangelho animais 67
Evangelho animais 67Fatoze
 
Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Fatoze
 
Ética na Grécia antiga by Ernandez Oliveira
Ética na Grécia antiga by Ernandez OliveiraÉtica na Grécia antiga by Ernandez Oliveira
Ética na Grécia antiga by Ernandez OliveiraErnandez Oliveira
 
Luiz antonio gasparetto curso energética e mediunidade
Luiz antonio gasparetto   curso energética e mediunidadeLuiz antonio gasparetto   curso energética e mediunidade
Luiz antonio gasparetto curso energética e mediunidadesaioborba
 
Caridade e lei do amor
Caridade e lei do amorCaridade e lei do amor
Caridade e lei do amorAlice Lirio
 
Emma Jung - Anima e Animus.pdf
Emma Jung - Anima e Animus.pdfEmma Jung - Anima e Animus.pdf
Emma Jung - Anima e Animus.pdfssusere55b3f
 
Emma Jung - anima e animus psicologia analitica
Emma Jung - anima e animus psicologia analiticaEmma Jung - anima e animus psicologia analitica
Emma Jung - anima e animus psicologia analiticaHellenReisMouro
 
AS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdf
AS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdfAS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdf
AS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdfMarciaPinheiroMarcia
 
A leitura existencial_da
A leitura existencial_daA leitura existencial_da
A leitura existencial_daCardoso José
 

Semelhante a Beleza Americana - As paixoes humanas (20)

José herculano pires pesquisa sobre o amor
José herculano pires   pesquisa sobre o amorJosé herculano pires   pesquisa sobre o amor
José herculano pires pesquisa sobre o amor
 
Como lidar com a morte
Como lidar com a morte Como lidar com a morte
Como lidar com a morte
 
We robert a
We   robert aWe   robert a
We robert a
 
09 egoismo
09 egoismo09 egoismo
09 egoismo
 
09 egoismo
09 egoismo09 egoismo
09 egoismo
 
Evangelho animais 75
Evangelho animais 75Evangelho animais 75
Evangelho animais 75
 
Revista Grito de Alerta -Tema Suicídio.
Revista Grito de Alerta -Tema Suicídio.Revista Grito de Alerta -Tema Suicídio.
Revista Grito de Alerta -Tema Suicídio.
 
A contradição humana
A contradição humanaA contradição humana
A contradição humana
 
Evangelho animais 67
Evangelho animais 67Evangelho animais 67
Evangelho animais 67
 
Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95
 
Ética na Grécia antiga by Ernandez Oliveira
Ética na Grécia antiga by Ernandez OliveiraÉtica na Grécia antiga by Ernandez Oliveira
Ética na Grécia antiga by Ernandez Oliveira
 
Luiz antonio gasparetto curso energética e mediunidade
Luiz antonio gasparetto   curso energética e mediunidadeLuiz antonio gasparetto   curso energética e mediunidade
Luiz antonio gasparetto curso energética e mediunidade
 
Mediunidade o que é isso apostila 038
Mediunidade o que é isso   apostila 038Mediunidade o que é isso   apostila 038
Mediunidade o que é isso apostila 038
 
Caridade e lei do amor
Caridade e lei do amorCaridade e lei do amor
Caridade e lei do amor
 
Emma Jung - Anima e Animus.pdf
Emma Jung - Anima e Animus.pdfEmma Jung - Anima e Animus.pdf
Emma Jung - Anima e Animus.pdf
 
Emma Jung - anima e animus psicologia analitica
Emma Jung - anima e animus psicologia analiticaEmma Jung - anima e animus psicologia analitica
Emma Jung - anima e animus psicologia analitica
 
AS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdf
AS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdfAS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdf
AS_DEUSAS_E_A_MULHER_nova_psicologia_das.pdf
 
A alma voltaire
A alma   voltaireA alma   voltaire
A alma voltaire
 
Alma voltaire
Alma   voltaireAlma   voltaire
Alma voltaire
 
A leitura existencial_da
A leitura existencial_daA leitura existencial_da
A leitura existencial_da
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 

Beleza Americana - As paixoes humanas

  • 1. Cinema e Filoso a: Os lmes vistos com outros olhos Beleza Americana e as Paixões Humanas Profa. Dra. Luciana Zaterka Diretora da Escola Carlitos Professora de Filoso a da Universidade São Judas Tadeu
  • 2. Slides das apresentações disponíveis em: www.lucianazaterka.com.br/apresentacoes
  • 5. Kevin Spacey Annette Bening Sam Mendes
  • 7. Vermelho Intenso sem Aroma e Sem espinhos
  • 8. Primeira chave de interpretação: A questão do Simulacro O que é simulacro? Platão e a Alegoria da Caverna
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. Alegoria da Caverna de Platão Livro VII da República
  • 13. ALMA VERDADE BELO BEM suprasensível É esta a nítida distinção do plano meta-físico e do plano físico, feita de modo mais claro, pela primeira vez na história do pensamento ocidental. A distinção dos dois planos (ou das duas ‘regiões’ ou esferas) da realidade, o plano do inteligível e o plano do sensível, constitui verdadeiramente o caminho principal de todo o pensamento platônico. corpo verdade belo bem sensível
  • 14. A alma humana possui, para Platão, uma origem supraterrestre e sua vocação ou destinação é o conhecimento da verdade ou do Bem, estando orientada para o divino, como seu fim (télos) ou finalidade. A alma deseja o divino e tende para ele; é nossa melhor parte e o corpo é para ela prisão, túmulo, risco de perdição nas coisas corporais que a afastam das coisas espirituais. Lemos no Górgias: “Eu não ficaria admirado se Eurípedes afirmasse a verdade quando disse: Quem pode saber se viver não é morrer e morrer não é viver? E que nós, na realidade, talvez estejamos mortos. De fato, já ouvi também homens sábios dizerem que nós, agora, estamos mortos e que o corpo é um túmulo para nós (...)”. Enquanto temos um corpo, estamos mortos porque somos, fundamentalmente, a nossa alma, e a alma, enquanto está no corpo, está como num túmulo, como morta; nosso morrer (com o corpo) é viver porque, com a morte do corpo, a alma liberta-se do cárcere. O corpo é raiz de todo mal, fonte de amores insanos, de paixões, inimizades, discórdia, ignorância e loucura: e é tudo isto que traz a alma como morta.
  • 15. American Beauty Imagem, Simulacro, Fetichismo
  • 16.
  • 17. Sociedade Moderna Capitalista Tudo é Mercado de Troca
  • 19. Corporações capitalistas constituídas por práticas impessoais
  • 20. A vida de Lester como “Stupid Little Life”
  • 22.
  • 23. A aparência torna-se a forma de ser das relações sociais
  • 24. A direita radical ilustrada no filme por Frank Fiks
  • 25. Segunda chave de interpretação: Teoria das paixões em Spinoza Livro III da Ética
  • 26. X
  • 27. Busca de identidade por meio de objeto do desejo A imagem fantasiada de Angela Reis
  • 28. Lester, causa adequada? Lester em Beleza americana oferece a vantagem de nos mostrar que uma evolução é possível, uma vez que o personagem passa, no tempo de um filme, de um estado de passividade total à atividade mais plena e alegre. Sua passividade no início, a de um pai de família apagado pela rotina, sofre um primeiro abalo quando percebe a bela cheerleader que o transtorna até a paixão fulminante. Na paixão fulminante, como o nome indica, mostramo-nos essencialmente passivos, uma vez que sofremos alguma coisa do exterior que nos golpeia. Mas como a paixão fulminante proporciona alegria, a potênciade agir do nosso corpo, paradoxalmente, vê-se aumentada, ajudada. Lester vai subitamente ter um objetivo na vida, um objetivo cuja causa adequada não é ele, já que esse objetivo lhe é exterior e não depende apenas dele: se ele quiser seduzir aquela garota, terá que mudar, mas nada garante que ela se interessará por ele. Ele está correndo o risco de soçobrar numa dependência e numa passividade bem piores que sua letargia de origem, pois a esta se acrescentará o patético de sua situação de pai de família apaixonado por uma Lolita. Mas é o contrário que se produzirá. Após ter retomado as rédeas de sua vida e parado de sofrer vexações de sua mulher dominadora e castradora, ou as humilhações surdas da vida no escritório, ele redescobre, pela prática esportiva, a música e o uso recreativo de uma maconha de qualidade, uma tal alegria de viver que, quando a guria se oferece a ele, ele não a quer mais. Repele-a não com medo das consequências, mas num gesto protetor, preocupado sofrer uma paixão, afirma uma ação. Spinoza assim resume e generaliza a coisa: “ com o desabrochar da outra. Ele se tornou ativo, é finalmente a causa adequada do que lhe acontece. Em vez de III. Por sentimentos, entendo as afecções do corpo pelas quais a potência de agir desse corpo é aumentada ou diminuída, ajudada ou contida, e ao mesmo tempo as ideias dessas afecções (Ética, III, Definições)
  • 29. Causa inadequada Somos causa parcial do que acontece em nós
  • 30. Causa Adequada Somos causa total do que se passa em nós
  • 31. Causa inadequada Somos causa parcial do que acontece em nós Causa Adequada Somos causa total do que se passa em nós
  • 32. Desfetichização de si e retomada de valores antigos
  • 33. Por quê Ricky dentro desse contexto do American Beauty se encanta pelas coisas inanimadas?
  • 34. Cinema e Filoso a: Os lmes vistos com outros olhos Beleza Americana e as Paixões Humanas Profa. Dra. Luciana Zaterka Diretora da Escola Carlitos Professora de Filoso a da Universidade São Judas Tadeu