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O CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL E O ENSINO MÉDIO1 
Ronaldo da Silva Busse, UERJ/USS – ronaldobusse@yahoo.com.br 
Flávia dos Santos Soares, IST (FAETEC) /USS – fsoares.rlk@terra.com.br 
O Cálculo Diferencial e Integral no Currículo do Ensino Médio 
Como proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), o currículo do 
Ensino Médio deve ser estruturado de modo a assegurar ao aluno a possibilidade de 
ampliar e aprofundar os conhecimentos matemáticos adquiridos no Ensino Fundamental 
de forma integrada com outras áreas do conhecimento e orientada pela perspectiva 
histórico-cultural na qual estão ligados os temas em estudo. Isto é proposto visando a 
preparação do aluno para o trabalho e exercício da cidadania e também a continuação de 
seus estudos em níveis superiores. 
Considerando a disciplina de Matemática, resultados de avaliações institucionais 
como o SAEB (Sistema Nacional de Avaliação Escolar da Educação Básica) e o ENEM 
(Exame Nacional do Ensino Médio), promovidos pelo Governo Federal, revelam que 
muitos alunos terminam o Ensino Médio com dificuldades em conceitos e 
procedimentos fundamentais, tais como operar com números reais, interpretar gráficos e 
tabelas, dentre outras coisas. 
Ao ingressar no Ensino Superior, esses alunos defrontam-se com a disciplina de 
Cálculo Diferencial e Integral, disciplina esta que figura como obrigatória em muitos 
cursos de diversas áreas e tem um alto índice de reprovação, segundo estudos 
desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). 
Surge, assim, a seguinte questão: “Por que não preparar esses alunos no Ensino Médio, 
com a inclusão de conceitos de Cálculo Diferencial e Integral, com estratégias que 
contemplem a interdisciplinaridade e tornem mais amplo o aprendizado dos 
conteúdos?” 
O professor Geraldo Ávila, em artigo publicado na Revista do Professor de 
Matemática, questiona a inclusão de tópicos do Cálculo no Ensino Médio: 
1 Este texto é originado do Trabalho de Conclusão de Curso A Inclusão do Cálculo Diferencial e Integral 
no Currículo do Ensino Médio, desenvolvido por Damiana Santos apresentado na Universidade Severino 
Sombra em 2006, sob a orientação dos dois autores.
2 
Por que não ensinamos cálculo na escola de segundo grau? Será que é um 
assunto muito difícil? Foi sempre assim no passado, ou já houve época em que o 
cálculo era ensinado na escola secundária? E nos outros países, como é a 
situação? É ou não conveniente introduzir o cálculo no ensino? Por que? Como 
fazer isso? (ÁVILA, 1991, p.1). 
No Brasil, uma introdução ao Cálculo Diferencial e Integral já fez parte do 
currículo das escolas secundárias por duas vezes, segundo Carvalho (1996): a primeira 
em 1891, com a reforma proposta por Benjamim Constant no início da República e uma 
segunda vez, no governo de Getúlio Vargas, na Reforma Capanema, em 1942, 
constando do currículo escolar oficialmente até 1961. 
Nas décadas de 60 e 70, o ensino de matemática no Brasil e em outros países foi 
influenciado pelo movimento da Matemática Moderna e, como conseqüência, houve a 
exclusão de alguns conteúdos dos antigos programas, dentre eles o cálculo. 
Atualmente, alguns livros didáticos do Ensino Médio apresentam tópicos 
relativos ao Cálculo Diferencial e Integral, como limite, derivada e integral. Entretanto, 
esses temas, na maioria das vezes, não são ensinados sob o pretexto de serem difíceis e 
impróprios a esse segmento da educação, devendo ficar restritos ao ensino superior. 
Assim sendo, o Cálculo faz parte do livro didático, mas não do currículo do Ensino 
Médio. 
Ainda segundo Ávila (1996), “o conceito de derivada pode ser ensinado, com 
grande vantagem, logo na primeira série do segundo grau, ao lado do ensino de 
funções” (ÁVILA, 1996). Para o autor, o ensino da derivada é de grande importância, 
pelo tanto que ajuda no tratamento de inúmeras propriedades das funções. Seu ensino 
iniciado na primeira série do Ensino Médio e pode se integrar harmoniosamente com a 
Física no estudo do movimento, além de servir para o estudo de polinômios e outras 
aplicações científicas. 
Introduzir o conceito, por exemplo, de derivada no Ensino Médio não torna o 
programa relativo a funções mais longo, como pode parecer a princípio. Pelo contrário, 
a compreensão de algumas propriedades se dá de maneira mais natural e 
contextualizada. 
A introdução da derivada deve ser acompanhada de várias de suas aplicações. 
Na Física, por exemplo, ela tem inúmeras utilidades na introdução de conceitos como 
pressão, densidade da massa, densidade de carga elétrica etc. Sendo assim, o Cálculo 
Diferencial e Integral é ferramenta necessária para a compreensão da Física e a falta 
desse tópico no Ensino Médio torna para o aluno a Física mais difícil do que realmente
3 
parece ser. Exemplo disso é o ensino da mecânica newtoniana, ensinado no Ensino 
Médio que nasceu junto com o Cálculo e fica incoerente sem ele. 
O professor Roberto Costallat Duclos (DUCLOS, 1992), em seu artigo “Cálculo 
no Segundo Grau”, relata experiências pessoais e profissionais sobre o assunto, 
apoiando integralmente a opinião de Ávila. Para ambos, o Cálculo, desde que 
apresentado convenientemente, ao contrário de ser difícil, é muito gratificante pelas 
idéias novas que traz e pelo poder e alcance de seus métodos. 
Mas como introduzir o Cálculo no Ensino Médio? O professor Geraldo Ávila no 
mesmo artigo já citado diz que “...a idéia de que os programas de matemática são 
extensos e não comportariam a inclusão do cálculo é um equívoco. Os atuais 
programas estão, isto sim, mal estruturados” (ÁVILA, 1991). 
Para Geraldo Ávila, os professores insistem em cumprir programas extensos, 
com conteúdos fragmentados e sem significado. No ensino de funções, gasta-se muito 
tempo para introduzir uma extensa nomenclatura com poucos resultados práticos. Na 
sua opinião, seria mais proveitoso utilizar esse tempo com o ensino das noções básicas 
do Cálculo e de suas aplicações. Dessa forma, o ensino das funções seria feito de forma 
contextualizada e integrada, de acordo com a proposta dos PCN’s. 
Algumas Aplicações do Cálculo Diferencial e Integral para o Ensino Médio 
Nessa seção, é feita uma análise de três aplicações do Cálculo no Ensino Médio, 
sendo duas delas na Matemática e uma na Física. É apresentada a abordagem feita por 
alguns livros didáticos e, em seguida, mostra-se como é possível estudar os conteúdos 
utilizando conceitos básicos do Cálculo Diferencial e Integral. 
Por meio desses exemplos, pretende-se mostrar de que forma a utilização de 
conceitos do cálculo pode tornar o ensino da matemática básica mais amplo, 
contextualizado e em harmonia com outras áreas do ensino. 
Vértice da Parábola 
No livro Coleção Matemática Aula por Aula (BARRETO FILHO, 2003), o autor 
apresenta o vértice da parábola como sendo o ponto de interseção do eixo de simetria 
com a própria parábola. Dessa forma, para justificar as coordenadas do vértice, o autor
4 
utiliza a fórmula de Báskara e o fato da abscissa do mesmo ser a média aritmética entre 
as raízes x1 e x2 da função quadrática f (x) = ax2 +bx +c : 
- 
= 
a b 
a 
b 
x x + 
x = 
1 2 = - 
V 2 2 2 
Em seguida, obtém-se a ordenada do vértice a partir da imagem da abscissa: 
( 2 4 ) 
y ax bx c b ac v V V 4 
= 2 + + = - - . 
a 
Observa-se, inicialmente, que a definição do vértice é dada de forma 
desvinculada da função da qual a parábola é o gráfico. A definição mais natural e 
contextualizada seria a de que o vértice da parábola é o ponto que representa o extremo 
(máximo ou mínimo) da função quadrática, sendo a abscissa o ponto onde esse extremo 
é atingido e a ordenada o valor extremo assumido. Dessa forma, ao considerar uma 
função quadrática como um modelo matemático, fica clara a importância de se obter o 
vértice da parábola, ao interpretá-lo como o extremo da função. 
Outra observação a respeito da abordagem do livro é que, ao considerar a 
abscissa do vértice como a média aritmética entre as raízes, o autor parte da premissa de 
que existem raízes reais o que, sabe-se, nem sempre ocorre. Novamente, sendo a função 
quadrática um modelo matemático, pode não fazer sentido para o aluno considerar 
raízes da mesma e, nesse caso, a busca pela extremo da função estaria comprometida. 
Entretanto, utilizando a interpretação geométrica da derivada_ tendo uma de 
suas idéias relacionadas ao coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função em 
cada ponto_ pode-se obter as coordenadas do vértice da parábola sem considerar as 
possíveis raízes da função. Nota-se que, no vértice da parábola, a reta tangente é 
horizontal e, portanto, possui coeficiente angular zero.
5 
Logo, dada a função f (x) = ax2 +bx +c , tem-se que a derivada da função no 
ponto xv é igual a zero, ou seja, 
f x ax b x b V V V 2 
'( ) = 0Û2 + = 0Û = - . 
a 
Dando continuidade, como no livro analisado, a ordenada V y é obtida como 
imagem da abscissa. 
Concavidade da Parábola 
Ao analisar o mesmo livro do caso anterior nota-se que o estudo da concavidade 
da parábola se dá de maneira algébrica. Aqui o autor observa que o vértice da parábola é 
o ponto correspondente ao maior ou menor valor da função e obtém f x y a V V ( +1) = + . 
Dessa forma, 
0 ( 1) ( ) ( ) V V V a > Û f x + > f x Û f x é o menor valor Û concavidade é para cima 
0 ( 1) ( ) ( ) V V V a < Û f x + < f x Û f x é o maior valorÛ concavidade é para baixo. 
Utilizando a interpretação da derivada como taxa de variação da função, 
observa-se que a derivada segunda de uma função representa a taxa de variação da 
derivada. Dessa forma, se f ''(x) > 0 , significa que o coeficiente angular da reta 
tangente ao gráfico da função está aumentando conforme x cresce e, portanto, a 
concavidade do gráfico encontra-se para cima. Analogamente, se f ''(x) < 0 o gráfico 
da função é côncavo para baixo. 
Observe que essa análise da concavidade se dá para o gráfico de qualquer função 
que possua derivada segunda, o que é um ganho do ponto de vista da 
interdisciplinaridade, pois o estudo da concavidade do gráfico de uma função é 
fundamental para estimar o comportamento da função. Aqui, a função quadrática é 
apresentada como um caso particular: f ''(x) = 2a e, portanto,
a > 0Û f ''(x) > 0Ûconcavidade da parábola é para cima 
a < 0Û f ''(x) < 0Ûconcavidade da parábola é para baixo. 
Movimentos 
6 
Em Mecânica, o estudo dos movimentos consiste em obter uma expressão que 
represente a posição de um corpo em função do tempo. Na disciplina de Física do 
Ensino Médio, são apresentados ao aluno dois tipos de movimentos retilíneos: uniforme 
(no qual a velocidade é constante em relação ao tempo) e uniformemente variado (com 
aceleração constante em relação ao tempo). 
Em Bonjorno (1993), a autora, em ambos os casos, obtém a expressão a partir do 
gráfico da velocidade em função do tempo, ou seja, de uma função constante no 
movimento uniforme e de uma função linear no movimento uniformemente variado. 
Surge, assim, a seguinte questão: Como estudar um movimento mais geral, no 
qual a aceleração é dada como uma função do tempo? Essa pergunta é natural, visto 
que, no cotidiano, o movimento que descrevemos, por exemplo, ao andar de carro, não 
se dá com aceleração constante. 
Novamente, observando que a derivada representa a taxa de variação de uma 
função, no caso da função posição, tem-se que 
s' (t) =v(t) e v' (t) =a(t) , 
onde a(t) , v(t) e s(t) representam, respectivamente, a aceleração, a velocidade e a 
posição do corpo no instante t . Dessa forma, utilizando o conceito de integral, pode-se 
obter a expressão da posição a partir da velocidade e essa, por sua vez, a partir da 
aceleração. 
Considerações Finais 
Segundo dados do Ministério da Educação, os cursos de nível superior na área 
das Engenharias vêm sofrendo, nos últimos anos, uma considerável queda de procura 
nos concursos de vestibular. Isso se deve, principalmente, ao desinteresse dos alunos 
pela Matemática. Para tentar reverter quadros negativos como esse, é fundamental que 
se apresente a Matemática, não como um fim em si mesma, mas como um veículo que 
conduz à compreensão de outras áreas de conhecimento. 
Pôde-se observar, pelas discussões e exemplos aqui apresentado, que a inclusão 
de conceitos básicos do Cálculo Diferencial e Integral no Ensino Médio, poderia
7 
proporcionar aos alunos uma melhor preparação e motivação para o ingresso no ensino 
superior, uma vez que ilustraria a interdisciplinaridade. Além disso, poderia tornar mais 
ampla e natural a aprendizagem de conteúdos do próprio Ensino Médio, visto que 
alguns conceitos poderiam ser apresentados de forma mais generalizada e 
contextualizada. 
Entretanto, para que essa inclusão ocorra, é necessário que os cursos de 
Licenciatura em Matemática formem professores capazes de lidar com essa realidade. 
Sendo assim, o Cálculo Diferencial e Integral deve ser apresentado aos licenciandos 
como uma disciplina básica, porém ampla e integradora, propiciando aos futuros 
professores uma visão mais geral e segura dos conteúdos do Ensino Médio. 
Referências 
ÁVILA, G. O Ensino do Cálculo no Segundo Grau. In: Revista do Professor de 
Matemática, n.18, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), 1991, 
p.1-9. 
ÁVILA, G. Limtes e Derivadas no Ensino Médio? In: Revista do Professor de 
Matemática, n.60, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), 2006, 
p.30-38. 
BARRETO FILHO, B. Coleção Matemática Aula por Aula. São Paulo, FTD, 2003. 
BONJORNO, R.A. Física Fundamental, Segundo Grau, volume único, São Paulo, 
FTD, 1993. 
DUCLOS, R.C. Cálculo no Segundo Grau. In: Revista do Professor de Matemática, 
n.20, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), 1992, p.26-30. 
CARVALHO, J. B. P. de. O cálculo na escola secundária – algumas considerações 
históricas. Caderno CEDES. Campinas: Papirus, n. 40, p. 68-81, 1996. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino 
Médio (PCN-EM). Brasil.MEC/SEMTEC – Secretaria de Educação Média e 
Tecnológica, Brasília, 2002. 
SANTOS, D.A.T. A Inclusão do Cálculo Diferencial e Integral no Currículo do 
Ensino Médio. Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Matemática – 
Universidade Severino Sombra, Vassouras, 2006.

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Cálculo no Ensino Médio e suas aplicações

  • 1. O CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL E O ENSINO MÉDIO1 Ronaldo da Silva Busse, UERJ/USS – ronaldobusse@yahoo.com.br Flávia dos Santos Soares, IST (FAETEC) /USS – fsoares.rlk@terra.com.br O Cálculo Diferencial e Integral no Currículo do Ensino Médio Como proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), o currículo do Ensino Médio deve ser estruturado de modo a assegurar ao aluno a possibilidade de ampliar e aprofundar os conhecimentos matemáticos adquiridos no Ensino Fundamental de forma integrada com outras áreas do conhecimento e orientada pela perspectiva histórico-cultural na qual estão ligados os temas em estudo. Isto é proposto visando a preparação do aluno para o trabalho e exercício da cidadania e também a continuação de seus estudos em níveis superiores. Considerando a disciplina de Matemática, resultados de avaliações institucionais como o SAEB (Sistema Nacional de Avaliação Escolar da Educação Básica) e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), promovidos pelo Governo Federal, revelam que muitos alunos terminam o Ensino Médio com dificuldades em conceitos e procedimentos fundamentais, tais como operar com números reais, interpretar gráficos e tabelas, dentre outras coisas. Ao ingressar no Ensino Superior, esses alunos defrontam-se com a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, disciplina esta que figura como obrigatória em muitos cursos de diversas áreas e tem um alto índice de reprovação, segundo estudos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Surge, assim, a seguinte questão: “Por que não preparar esses alunos no Ensino Médio, com a inclusão de conceitos de Cálculo Diferencial e Integral, com estratégias que contemplem a interdisciplinaridade e tornem mais amplo o aprendizado dos conteúdos?” O professor Geraldo Ávila, em artigo publicado na Revista do Professor de Matemática, questiona a inclusão de tópicos do Cálculo no Ensino Médio: 1 Este texto é originado do Trabalho de Conclusão de Curso A Inclusão do Cálculo Diferencial e Integral no Currículo do Ensino Médio, desenvolvido por Damiana Santos apresentado na Universidade Severino Sombra em 2006, sob a orientação dos dois autores.
  • 2. 2 Por que não ensinamos cálculo na escola de segundo grau? Será que é um assunto muito difícil? Foi sempre assim no passado, ou já houve época em que o cálculo era ensinado na escola secundária? E nos outros países, como é a situação? É ou não conveniente introduzir o cálculo no ensino? Por que? Como fazer isso? (ÁVILA, 1991, p.1). No Brasil, uma introdução ao Cálculo Diferencial e Integral já fez parte do currículo das escolas secundárias por duas vezes, segundo Carvalho (1996): a primeira em 1891, com a reforma proposta por Benjamim Constant no início da República e uma segunda vez, no governo de Getúlio Vargas, na Reforma Capanema, em 1942, constando do currículo escolar oficialmente até 1961. Nas décadas de 60 e 70, o ensino de matemática no Brasil e em outros países foi influenciado pelo movimento da Matemática Moderna e, como conseqüência, houve a exclusão de alguns conteúdos dos antigos programas, dentre eles o cálculo. Atualmente, alguns livros didáticos do Ensino Médio apresentam tópicos relativos ao Cálculo Diferencial e Integral, como limite, derivada e integral. Entretanto, esses temas, na maioria das vezes, não são ensinados sob o pretexto de serem difíceis e impróprios a esse segmento da educação, devendo ficar restritos ao ensino superior. Assim sendo, o Cálculo faz parte do livro didático, mas não do currículo do Ensino Médio. Ainda segundo Ávila (1996), “o conceito de derivada pode ser ensinado, com grande vantagem, logo na primeira série do segundo grau, ao lado do ensino de funções” (ÁVILA, 1996). Para o autor, o ensino da derivada é de grande importância, pelo tanto que ajuda no tratamento de inúmeras propriedades das funções. Seu ensino iniciado na primeira série do Ensino Médio e pode se integrar harmoniosamente com a Física no estudo do movimento, além de servir para o estudo de polinômios e outras aplicações científicas. Introduzir o conceito, por exemplo, de derivada no Ensino Médio não torna o programa relativo a funções mais longo, como pode parecer a princípio. Pelo contrário, a compreensão de algumas propriedades se dá de maneira mais natural e contextualizada. A introdução da derivada deve ser acompanhada de várias de suas aplicações. Na Física, por exemplo, ela tem inúmeras utilidades na introdução de conceitos como pressão, densidade da massa, densidade de carga elétrica etc. Sendo assim, o Cálculo Diferencial e Integral é ferramenta necessária para a compreensão da Física e a falta desse tópico no Ensino Médio torna para o aluno a Física mais difícil do que realmente
  • 3. 3 parece ser. Exemplo disso é o ensino da mecânica newtoniana, ensinado no Ensino Médio que nasceu junto com o Cálculo e fica incoerente sem ele. O professor Roberto Costallat Duclos (DUCLOS, 1992), em seu artigo “Cálculo no Segundo Grau”, relata experiências pessoais e profissionais sobre o assunto, apoiando integralmente a opinião de Ávila. Para ambos, o Cálculo, desde que apresentado convenientemente, ao contrário de ser difícil, é muito gratificante pelas idéias novas que traz e pelo poder e alcance de seus métodos. Mas como introduzir o Cálculo no Ensino Médio? O professor Geraldo Ávila no mesmo artigo já citado diz que “...a idéia de que os programas de matemática são extensos e não comportariam a inclusão do cálculo é um equívoco. Os atuais programas estão, isto sim, mal estruturados” (ÁVILA, 1991). Para Geraldo Ávila, os professores insistem em cumprir programas extensos, com conteúdos fragmentados e sem significado. No ensino de funções, gasta-se muito tempo para introduzir uma extensa nomenclatura com poucos resultados práticos. Na sua opinião, seria mais proveitoso utilizar esse tempo com o ensino das noções básicas do Cálculo e de suas aplicações. Dessa forma, o ensino das funções seria feito de forma contextualizada e integrada, de acordo com a proposta dos PCN’s. Algumas Aplicações do Cálculo Diferencial e Integral para o Ensino Médio Nessa seção, é feita uma análise de três aplicações do Cálculo no Ensino Médio, sendo duas delas na Matemática e uma na Física. É apresentada a abordagem feita por alguns livros didáticos e, em seguida, mostra-se como é possível estudar os conteúdos utilizando conceitos básicos do Cálculo Diferencial e Integral. Por meio desses exemplos, pretende-se mostrar de que forma a utilização de conceitos do cálculo pode tornar o ensino da matemática básica mais amplo, contextualizado e em harmonia com outras áreas do ensino. Vértice da Parábola No livro Coleção Matemática Aula por Aula (BARRETO FILHO, 2003), o autor apresenta o vértice da parábola como sendo o ponto de interseção do eixo de simetria com a própria parábola. Dessa forma, para justificar as coordenadas do vértice, o autor
  • 4. 4 utiliza a fórmula de Báskara e o fato da abscissa do mesmo ser a média aritmética entre as raízes x1 e x2 da função quadrática f (x) = ax2 +bx +c : - = a b a b x x + x = 1 2 = - V 2 2 2 Em seguida, obtém-se a ordenada do vértice a partir da imagem da abscissa: ( 2 4 ) y ax bx c b ac v V V 4 = 2 + + = - - . a Observa-se, inicialmente, que a definição do vértice é dada de forma desvinculada da função da qual a parábola é o gráfico. A definição mais natural e contextualizada seria a de que o vértice da parábola é o ponto que representa o extremo (máximo ou mínimo) da função quadrática, sendo a abscissa o ponto onde esse extremo é atingido e a ordenada o valor extremo assumido. Dessa forma, ao considerar uma função quadrática como um modelo matemático, fica clara a importância de se obter o vértice da parábola, ao interpretá-lo como o extremo da função. Outra observação a respeito da abordagem do livro é que, ao considerar a abscissa do vértice como a média aritmética entre as raízes, o autor parte da premissa de que existem raízes reais o que, sabe-se, nem sempre ocorre. Novamente, sendo a função quadrática um modelo matemático, pode não fazer sentido para o aluno considerar raízes da mesma e, nesse caso, a busca pela extremo da função estaria comprometida. Entretanto, utilizando a interpretação geométrica da derivada_ tendo uma de suas idéias relacionadas ao coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função em cada ponto_ pode-se obter as coordenadas do vértice da parábola sem considerar as possíveis raízes da função. Nota-se que, no vértice da parábola, a reta tangente é horizontal e, portanto, possui coeficiente angular zero.
  • 5. 5 Logo, dada a função f (x) = ax2 +bx +c , tem-se que a derivada da função no ponto xv é igual a zero, ou seja, f x ax b x b V V V 2 '( ) = 0Û2 + = 0Û = - . a Dando continuidade, como no livro analisado, a ordenada V y é obtida como imagem da abscissa. Concavidade da Parábola Ao analisar o mesmo livro do caso anterior nota-se que o estudo da concavidade da parábola se dá de maneira algébrica. Aqui o autor observa que o vértice da parábola é o ponto correspondente ao maior ou menor valor da função e obtém f x y a V V ( +1) = + . Dessa forma, 0 ( 1) ( ) ( ) V V V a > Û f x + > f x Û f x é o menor valor Û concavidade é para cima 0 ( 1) ( ) ( ) V V V a < Û f x + < f x Û f x é o maior valorÛ concavidade é para baixo. Utilizando a interpretação da derivada como taxa de variação da função, observa-se que a derivada segunda de uma função representa a taxa de variação da derivada. Dessa forma, se f ''(x) > 0 , significa que o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função está aumentando conforme x cresce e, portanto, a concavidade do gráfico encontra-se para cima. Analogamente, se f ''(x) < 0 o gráfico da função é côncavo para baixo. Observe que essa análise da concavidade se dá para o gráfico de qualquer função que possua derivada segunda, o que é um ganho do ponto de vista da interdisciplinaridade, pois o estudo da concavidade do gráfico de uma função é fundamental para estimar o comportamento da função. Aqui, a função quadrática é apresentada como um caso particular: f ''(x) = 2a e, portanto,
  • 6. a > 0Û f ''(x) > 0Ûconcavidade da parábola é para cima a < 0Û f ''(x) < 0Ûconcavidade da parábola é para baixo. Movimentos 6 Em Mecânica, o estudo dos movimentos consiste em obter uma expressão que represente a posição de um corpo em função do tempo. Na disciplina de Física do Ensino Médio, são apresentados ao aluno dois tipos de movimentos retilíneos: uniforme (no qual a velocidade é constante em relação ao tempo) e uniformemente variado (com aceleração constante em relação ao tempo). Em Bonjorno (1993), a autora, em ambos os casos, obtém a expressão a partir do gráfico da velocidade em função do tempo, ou seja, de uma função constante no movimento uniforme e de uma função linear no movimento uniformemente variado. Surge, assim, a seguinte questão: Como estudar um movimento mais geral, no qual a aceleração é dada como uma função do tempo? Essa pergunta é natural, visto que, no cotidiano, o movimento que descrevemos, por exemplo, ao andar de carro, não se dá com aceleração constante. Novamente, observando que a derivada representa a taxa de variação de uma função, no caso da função posição, tem-se que s' (t) =v(t) e v' (t) =a(t) , onde a(t) , v(t) e s(t) representam, respectivamente, a aceleração, a velocidade e a posição do corpo no instante t . Dessa forma, utilizando o conceito de integral, pode-se obter a expressão da posição a partir da velocidade e essa, por sua vez, a partir da aceleração. Considerações Finais Segundo dados do Ministério da Educação, os cursos de nível superior na área das Engenharias vêm sofrendo, nos últimos anos, uma considerável queda de procura nos concursos de vestibular. Isso se deve, principalmente, ao desinteresse dos alunos pela Matemática. Para tentar reverter quadros negativos como esse, é fundamental que se apresente a Matemática, não como um fim em si mesma, mas como um veículo que conduz à compreensão de outras áreas de conhecimento. Pôde-se observar, pelas discussões e exemplos aqui apresentado, que a inclusão de conceitos básicos do Cálculo Diferencial e Integral no Ensino Médio, poderia
  • 7. 7 proporcionar aos alunos uma melhor preparação e motivação para o ingresso no ensino superior, uma vez que ilustraria a interdisciplinaridade. Além disso, poderia tornar mais ampla e natural a aprendizagem de conteúdos do próprio Ensino Médio, visto que alguns conceitos poderiam ser apresentados de forma mais generalizada e contextualizada. Entretanto, para que essa inclusão ocorra, é necessário que os cursos de Licenciatura em Matemática formem professores capazes de lidar com essa realidade. Sendo assim, o Cálculo Diferencial e Integral deve ser apresentado aos licenciandos como uma disciplina básica, porém ampla e integradora, propiciando aos futuros professores uma visão mais geral e segura dos conteúdos do Ensino Médio. Referências ÁVILA, G. O Ensino do Cálculo no Segundo Grau. In: Revista do Professor de Matemática, n.18, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), 1991, p.1-9. ÁVILA, G. Limtes e Derivadas no Ensino Médio? In: Revista do Professor de Matemática, n.60, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), 2006, p.30-38. BARRETO FILHO, B. Coleção Matemática Aula por Aula. São Paulo, FTD, 2003. BONJORNO, R.A. Física Fundamental, Segundo Grau, volume único, São Paulo, FTD, 1993. DUCLOS, R.C. Cálculo no Segundo Grau. In: Revista do Professor de Matemática, n.20, Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), 1992, p.26-30. CARVALHO, J. B. P. de. O cálculo na escola secundária – algumas considerações históricas. Caderno CEDES. Campinas: Papirus, n. 40, p. 68-81, 1996. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN-EM). Brasil.MEC/SEMTEC – Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília, 2002. SANTOS, D.A.T. A Inclusão do Cálculo Diferencial e Integral no Currículo do Ensino Médio. Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Matemática – Universidade Severino Sombra, Vassouras, 2006.