Um caderno, uma borracha e um lápis fazem amizade dentro de um cacifo escuro. O lápis tem a ideia de desenhar um buraco para que possam sair e ajudar a sua dona Joana, que tinha esquecido a chave do cacifo. A borracha apaga o buraco depois para que a Joana não tenha problemas.
2. Era uma vez um caderno que tinha oitenta páginas, a sua
capa era preta e as folhas eram brancas
com linhas azuis. Este caderno sentia-se
triste porque não tinha nenhuma palavra
escrita e sentia-se só por estar fechado
num cacifo. Como estava escuro ele não
conseguia ver o lápis e a borracha que
estavam a seu lado.
Um dia o cacifo estremeceu porque
alguém foi contra ele. O caderno, que estava em pé, caiu com
estrondo. A borracha e o lápis assustaram-se e disseram:
-Quem está ai?
3. -Quem está aí digo eu! – disse o caderno.
-Quem são vocês!? -disseram todos.
Cada um deles apresentou-se aos outros ficando feliz por
não estar só. Começaram logo a falar da vida de
cada um.
-Eu, a borracha, sou quadrada, macia e de cor
amarela e azul com riscas brancas.
-Eu, o caderno, tenho a capa preta e folhas
brancas com riscas azuis.
4. -Eu, o lápis, sou comprido, estou
bem afiado, sou amarelo, com
riscas pretas e tenho uma bolinha
vermelha em cima. Tenho também
a marca de uma dentada da minha
dona, a Joana.
-Áh, a Joana também é a nossa
dona, disse o caderno e a borracha
ao mesmo tempo.
-Se ela é a dona de todos então somos todos parceiros.
5. O caderno, a borracha e o lápis
ficaram contentes por terem a mesma
dona e serem parceiros.
Dos três amigos quem conhecia
melhor a Joana era o lápis. Ele já tinha
sido utilizado pela Joana para fazer a
lista das compras da mãe. Foi nessa
altura que a Joana lhe deu uma dentada
ao escrever a palavra “bolachas”.
Enquanto os três amigos esperavam que
a Joana os viesse buscar iam
conversando sobre a sua dona.
6. Esperavam que ela viesse depressa.
O tempo passava e a Joana não chegava.
-Oh não, esqueci-me da chave do cacifo! –exclamou a Joana.
Ao ouvir a exclamação da Joana os três amigos ficaram com
receio.
Então, repentinamente, o lápis teve uma ideia: se era feito
para desenhar imagens então podia fazer um buraco e, assim
já podiam sair e resolver o problema da Joana.
-Mas depois fica um buraco na porta do cacifo e a Joana
pode ser chamada ao A.G.I.R?
-O que fazemos !?
7. -Lápis desenha um buraco para nós sairmos. Assim que
sairmos eu apago o buraco antes que haja problemas para a
Joana, disse a borracha.
8. Assim, quando já todos tinham saído, a Joana acordou e
disse:
-Hoje não posso esquecer-me da chave do cacifo!
9. Esta história foi criada colectivamente pelo:
Bernardo, Crislandra, Kelson, Rita, Victor, e Zenaida,
nas aulas de Apoio Pedagógico Acrescido de Língua Portuguesa
do 5ºano, turma 12.ª, com o Professor David Luna de Carvalho
no ano lectivo 2007-2008 na Escola Padre Alberto Neto de Rio
de Mouro.