1) O documento discute a utilização segura de produtos químicos no ambiente de trabalho e a classificação e identificação de produtos perigosos.
2) Produtos químicos podem ser perigosos, mas também são essenciais para a vida. Devemos aprender a respeitá-los e manuseá-los com cuidado.
3) A classificação de produtos perigosos pela ONU os divide em nove classes de risco. A identificação no transporte é feita por meio de painéis de segurança e rótulos de risco
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
Segurança no manuseio de produtos químicos
1.
2. INTRODUÇÃO
A utilização segura de produtos químicos no seu local de trabalho é
essencial para a sua saúde e bem-estar. Por lei, o trabalhador tem o direito de
receber informações que possam ajudar a responder a estas perguntas
importantes: qual o grau de perigo das substâncias e dos produtos químicos
que manuseia e como pode utilizá-los em segurança?
Nosso objetivo final é reduzir a exposição nociva a produtos
químicos perigosos e ajudar a prevenir doenças, lesões e acidentes.
Existe a tendência de olhar para as substâncias químicas como coisas
assustadoras. Temos frequentemente a percepção de que os produtos
químicos são potencialmente perigosos e que devem ser evitados. A verdade
é que as substâncias químicas são essenciais para a vida, somos constituídos
por elas e precisamos delas. Devemos, contudo, aprender a respeitá-las.
Alguns produtos químicos são perigosos e devem ser manuseados com
cuidado.
3. DEFINIÇÕES CHAVES
O QUE SÃO PRODUTOS QUÍMICOS?
Todo tipo de material de natureza orgânica ou inorgânica, que
pode estar presente como elemento ou composto puro, ou
como a mistura ou combinação de vários. Podem ser
encontrados em estado sólido, líquido ou gasoso.
QUAIS SÃO PERIGOSOS?
São considerados materiais prejudiciais, aqueles que durante a
fabricação, manuseio, transporte, armazenamento ou uso,
possam afetar a saúde das pessoas que entrem em contato.
4. ONDE MORA O PERIGO?
Risco inerente: Característico da substância. Está
relacionado com as propriedades químicas e físicas
da mesma.
Risco efetivo: Probabilidade de contato com a
substância. Está diretamente relacionado com as
condições de trabalho com o agente de risco
Dano: Consequência da concretização do risco
6. Vias de penetração
PELA PELE (ABSORÇÃO) - Apesar de constituir-se como uma
barreira, há substâncias que conseguem atravessá-la. Quando
uma substância consegue atravessar a pele, pode passar para o
sangue e diluir-se por todo o organismo.
PELA RESPIRAÇÃO (INALAÇÃO) - a via mais importante de
entrada de substâncias tóxicas no organismo.
PELA BOCA (INGESTÃO) - as atitudes mais simples, estão
muitas vezes ligadas à ingestão de substâncias químicas
tóxicas. Exemplos: Mãos mal lavadas; Unhas compridas ou com
pouca higiene; Cigarros contaminados.
7. Fatores que influenciam a resposta
do organismo às exposições
Químicas
Factores Biológicos:
- Vias de entrada no
organismo
- Modo de difusão no
organismo
- Modo de eliminação do
organismo
Factores de exposição
- Intensidade do estímulo
- Tempo de exposição
Factores individuais
- Idade
- Sexo
- Peso
- Doenças agudas ou
crónicas
- história familiar
9. ABNT – Associação
Brasileira de Normas
Técnicas
É o órgão responsável pela normalização técnica no país,
fornecendo a base necessária ao desenvolvimento
tecnológico brasileiro.
Entre as Normas ABNT’s relativas ao transporte, manuseio e
armazenamento de produtos perigosos relacionaram-se
apenas as que trazem as diretrizes básicas do assunto.
NBR 7500 – Identificação para o Transporte Terrestre,
Manuseio, Movimentação e Armazenamento de Produtos
10. NBR 7501 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos –
Terminologia;
NBR 7503 – Ficha de Emergência e Envelope para o
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos –
Características, Dimensões e Preenchimento;
NBR 9735 – Conjunto de Equipamentos para Emergências
no Transporte terrestre de Produtos Perigosos;
NBR 10271 – Conjunto de Equipamentos para Emergências
no Transporte Rodoviário de Ácido Fluorídrico;
NBR 12982 – Desvaporização de Tanque para Transporte
Terrestre de produtos Perigosos – Classe de Risco 3 –
Líquidos Inflamáveis;
11. NBR 13221 – Transporte Terrestre de Resíduos
NBR 14064 – Atendimento a Emergência no Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos
NBR 14095 – Área de Estacionamento para Veículos
Rodoviários de transporte de Produtos Perigosos
NBR 14619 – Transporte Terrestre de Produtos Perigosos
- incompatibilidade Química
12. Classificação dos produtos perigosos:
Os produtos perigosos são classificados pela Organização das Nações Unidas
(ONU) em nove classes de riscos e respectivas subclasses, que são eles:
• CLASSE 1: Explosivo que divide-se em mais 6 subclasse:
• Subclasse 1.1: Substância e artigos com risco de explosão em massa.
• Subclasse 1.2: Substância e artigos com risco de projeção, mas sem risco de
explosão em massa.
• Subclasse 1.3: Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco
de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em
massa.
• Subclasse 1.4: Substância e artigos que não apresentam risco significativo.
• Subclasse 1.5: Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em
massa;
• Subclasse 1.6: Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em
massa.
13. EXEMPLO DE MATERIAIS EXPLOSIVOS
NITROGLICERINA: é um composto
químico explosivo obtido a partir da reação
de nitração da glicerina. Nas condições ambientes, é um
líquido oleoso com a aparência da glicerina original de
coloração amarela mais denso que a água. Solidifica-se a
13,3 °C. Encontra também uso na medicina, onde é
utilizado como vasodilatador, no tratamento de doenças
cardíacas, para o tratamento da
enfermidade isquêmica coronária, o infarto agudo de
miocárdio e na insuficiência cardíaca congestiva. Pertence
ao grupo dos fármacos antianginosos.
14. EXEMPLO DE MATERIAIS EXPLOSIVOS
TNT: Na sua forma refinada, o trinitrotolueno é
completamente estável, e, ao contrário
da nitroglicerina, é relativamente insensível à
fricção, impacto ou agitação. Isto significa que é
necessário o uso de um detonador para provocar
sua explosão. Não reage com os metais nem
absorve água, pelo que é muito estável e pode ser
armazenado por longos períodos de tempo, ao
contrário do dinamite.
15. CLASSE 2: GÁS IMFLAMÁVEL ---
Divide-se em 3 subclasses:
• Classe 2.1:Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão
normal são inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos,
em volume, com o ar ou que apresentem faixa de
inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%, independente
do limite inferior de inflamabilidade.
• Classe 2.2: Gases não-inflamáveis, não tóxicos: são gases
asfixiantes, oxidantes ou que não se enquadrem em outra
subclasse.
• Classe 2.3: Gases tóxicos: são gases, reconhecidamente ou
supostamente, tóxicos e corrosivos que constituam risco à
saúde das pessoas.
16. CLASSE 3: LIQUIDOS IMFLAMÁVEIS :
Líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas
de líquidos ou líquidos que contenham
sólidos em solução ou suspensão, que
produzam vapor inflamável a temperaturas
de até 60,5°C, em ensaio de vaso fechado, ou
até 65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, ou
ainda os explosivos líquidos insensibilizados
dissolvidos ou suspensos em água ou outras
substâncias líquidas.
17. CLASSE 4: Sólidos Inflamáveis; Substâncias sujeitas à
combustão espontânea; substâncias que, em contato
com água, emitem gases inflamáveis. Divide-se em 3 subclasses:
• Subclasse 4.1:Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e
explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em condições de
transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que por atrito
possam causar fogo ou contribuir para tal; substâncias auto-
reagentes que possam sofrer reação fortemente exotérmica;
explosivos sólidos insensibilizados que possam explodir se não
estiverem suficientemente diluídos.
• Subclasse 4.2: Substâncias sujeitas à combustão espontânea:
substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições
normais de transporte, ou a aquecimento em contato com ar,
podendo inflamar-se.
• Subclasse 4.3: Substâncias que, em contato com água, emitem
gases inflamáveis: substâncias que, por interação com água, podem
tornar-se espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis
em quantidades perigosas.
18. CLASSE 5: Substâncias Oxidantes e Peróxidos
Orgânicos, dividem-se em 2 subclasses:
• Subclasse 5.1: Substâncias oxidantes: são
substâncias que podem, em geral pela liberação de
oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou
contribuir para isso.
• Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos: são poderosos
agentes oxidantes, considerados como derivados do
peróxido de hidrogênio, termicamente instáveis que
podem sofrer decomposição exotérmica auto-
acelerável.
19. CLASSE 6: Substâncias Tóxicas e Substâncias
Infectantes, divide-se em 2 subclasses:
• Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas: são substâncias
capazes de provocar morte, lesões graves ou danos
à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se
entrarem em contato com a pele.
• Subclasse 6.2: Substâncias infectantes: são
substâncias que contém ou possam conter
patógenos capazes de provocar doenças infecciosas
em seres humanos ou em animais.
20. CLASSE 7: MATERIAL RADIOTIVO, Qualquer material ou
substância que contenha radionuclídeos, cuja concentração de
atividade e atividade total na expedição (radiação), excedam
os valores especificados.
CLASSE 8: SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS, São substâncias que,
por ação química, causam severos danos quando em contato
com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou
mesmo destroem outras cargas ou o próprio veículo.
21. CLASSE 9: Substâncias e Artigos Perigosos Diversos,
São aqueles que apresentam, durante o transporte,
um risco não abrangido por nenhuma das outras
classes.
24. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO EM UM
ACIDENTE:
A identificação de riscos de produtos perigosos para o
transporte rodoviário é realizada por meio da sinalização da
unidade de transporte, composta por um painel de
segurança, de cor alaranjada, e um rótulo de risco, bem
como pela rotulagem das embalagens interna e externa.
Estas informações obedecem aos padrões técnicos definidos
na legislação do transporte de produtos perigosos.
As informações inseridas no painel de segurança e no
rótulo de risco, conforme determina a legislação, abrangem
o Número de Risco e o Número da ONU, no Painel de
Segurança, e o Símbolo de Risco e a Classe/Subclasse de
Risco no Rótulo de Risco.
26. PAINEL DE SEGURANÇA:
NÚMERO DE RISCO
O número de risco é fixado na parte superior do Painel de
Segurança e pode ser constituído por até três algarismos (mínimo
de dois), que indicam a natureza e a intensidade dos riscos,
conforme estabelecido na Resolução n° 420, de 12/02/2004, da
Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT)/Ministério dos
Transportes.
A tabela a seguir mostrará o significado dos algarismos dos
números de risco:
27. Algarismo significado
2 Desprendimento de gás devido à pressão ou reação química.
3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito a auto-
aquecimento.
4 Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a auto-aquecimento.
5 Efeito oxidante (intensifica o fogo).
6 Toxicidade ou risco de infecção.
7 Radioatividade
8 Corrosividade
9 Risco de violenta reação espontânea
x Substância que reage perigosamente com água (utilizado como prefixo do
código numérico).
28. 1. O risco de violenta reação espontânea, representado pelo
algarismo 9, inclui a possibilidade, decorrente da natureza da
substância, de um risco de explosão, desintegração ou reação de
polimerização, seguindo-se o desprendimento de quantidade
considerável de calor ou de gases inflamáveis e/ou tóxicos;
2. Quando o número de risco for precedido pela letra X, isto significa
que não deve ser utilizada água no produto, exceto com aprovação
de um especialista.
3. A repetição de um número indica, em geral, um aumento da
intensidade daquele risco específico;
4. Quando o risco associado a uma substância puder ser
adequadamente indicado por um único algarismo, este será seguido
por zero.
O número de risco permite determinar imediatamente o risco
principal (primeiro algarismo) e os riscos subsidiários do produto
(segundo e terceiro algarismos).
29. As figuras exemplificam a identificação dos produtos no painel de segurança:
Sólido que reage perigosamente com
Água, desprendendo gases inflamáveis.
30. Número de identificação do produto
ou número da ONU:
Trata-se de um número composto por quatro algarismo, que deve ser fixado
na parte inferior do Painel de Segurança, servindo para a identificação de uma
determinada substância ou artigo classificado como perigoso.
Liquido altamente inflamável
Combustível auto-motor incluindo álcool ou gasolina
31. RÓTULO DE RISCO
Os rótulos de risco têm a forma de um quadrado, colocado num ângulo de 45°
(forma de losango), podendo conter símbolos, figuras e/ou expressões
emolduradas, referentes à classe/subclasse do produto perigoso. Os rótulos
de risco são divididos em duas metades:
1. A metade superior destina-se a exibir o pictograma, símbolo de
identificação do risco. Exceto para as subclasses 1.4, 1.5 e 1.6;
2. A metade inferior destina-se para exibir o número da classe ou subclasse de
risco e grupo de compatibilidade, conforme apropriado, e quando aplicável o
texto indicativo da natureza do risco.
A Figura, abaixo, mostra a forma de aplicação do símbolo, texto e número da
classe/subclasse no rótulo de risco.
36. BRANCO - RISCOS ESPECIAIS
Onde os riscos são os seguintes:
OXY - Oxidante forte (Ex.: Perclorato de
Potássio)
ACID - Ácido forte (Ex.: Acido Fluorídrico)
ALK - Alcalino forte (Ex.: Desengraxastes,
Soda Cáustica)
W – Reage com água (Ex.: Sódio)
SA – Gás asfixiante simples (Ex.: Hélio,
Nitrogênio, CO2)
37.
38.
39.
40.
41. Como atuar em situações de acidentes com
produtos perigosos:
Primeiras medidas de segurança
Identificação do cenário
Identificação do incidente
Avaliação de riscos
Avaliação de recursos
Ação de urgência
Redução de danos
Restauração do tráfego
42. SEQÜÊNCIA OPERACIONAL
A sequência operacional padrão em uma
ocorrência envolvendo Produtos Perigosos
será a seguinte:
• identificação
• isolamento
• salvamento
• contenção
• descontaminação
43. PRIMEIRAS MEDIDAS DE SEGURANÇA:
Preservação da sua segurança
Isolamento do local
Sinalização rodoviária de emergência
44. IDENTIFICAÇÃO DO CENÁRIO
Ações defensivas:
• Identificação dos riscos
• Definir se foi acidente ou incidente (se foi de
origem humana ou em outro fator externo a
essa causa)
• Comunicação ao Centro de Operação
Rodoviário
• Proceder ao bloqueio do trânsito automóvel*
• Solicitação de apoio*
45. IDENTIFICAÇÃO DO INCIDENTE OU ACIDENTE
Identificação do produto
Avaliação do porte do incidente
Isolamento da área*
Solicitação de apoio*
46. AVALIAÇÃO DE RISCOS
Estado da via
Condições meteorológicas presentes
Quais os riscos para o ser humano
Quais os riscos para o ambiente
Quais os riscos para o patrimônio
50. AÇÃO DE URGÊNCIA
O local do incidente ou acidente será dividido em três locais:
1. ZONA QUENTE: local onde está a origem do acidente, onde o risco é
eminente, deverá ser isolado, tendo acesso somente o pessoal da
intervenção;
2. ZONA MORNA: local onde será montado o corredor de
descontaminação, tendo acesso somente a equipe de
descontaminação.
3. ZONA FRIA: Local externo ao acidente, onde o risco será mínimo ou
inexistente. Nele deverão estar localizados todas as Equipes de
Suporte, além dos Órgãos de Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil
Municipal e outros. Nesta será também montado o Posto de
Comando, devendo estar a presença do Coordenador.
51. AÇÃO DE URGÊNCIA
Este zoneamento deverá seguir os
seguintes fatores e parâmetros:
1. Direção e velocidade dos ventos.
2. Topografia do local.
3. Lençol freático e recursos hídricos da
região.
4. População local.
5. Características do Material.
6. Previsões e condições meteorológicas.
7. Tempo previsto de trabalho.
52. FISPQ ( FICHA DE INFORMAÇÃO DE
SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUIMICOS)
8. Controle de exposição e
proteção individual
9. Propriedades físico-químicas
10. Estabilidade e reatividade
11. Informações toxicológicas
12. Informações ecológicas
13. Considerações sobre
tratamento e disposição
14. Informações sobre
transporte
15. Regulamentações
16. Outras informações
FISPQ – CONTEÚDO, CONTEM 16
SEÇÕES DE INFORMAÇÃO DO
PRODUTO
1. Identificação do produto e da
empresa
2. Composição e informação sobre
os ingredientes
3. Identificação de perigos
4. Medidas de primeiros-socorros
5. Medidas de combate a incêndio
6. Medidas de controle para
derramamento ou vazamento
7. Manuseio e armazenamento
59. ORGANOGRAMA E SISTEMAS DE TRABALHO
Em qualquer operação envolvendo produtos
perigosos deve-se trabalhar com uma equipe
especializada neste tipo de atendimento que
exige de seus integrantes um treinamento
voltado a essa atividade. Toda equipe deve
tentar obedecer o melhor possível as funções
abaixo representadas.
60. COORDENADOR: Responsável pelas ordens e
decisões no local da ocorrência, coordenando
as ações das equipes de emergência
(intervenção / descontaminação / suporte). As
decisões deverão ser apoiadas nas informações
geradas pelo AGENTE DE SEGURANÇA, pois
este detém toda a cronologia e informação de
suporte no local.
61. AGENTE DE SEGURANÇA: Deverá ser,
impreterivelmente, um profissional treinado e
especializado de maior grau hierárquico no local de
emergência, a fim de gerenciar todas as informações,
procedimentos e necessidades das equipes envolvidas.
Terá livre acesso entre as Zonas Quente, Morna e Fria,
devendo para isso estar devidamente equipado.
62. CHEFE DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado,
que irá chefiar a intervenção, ou seja, os procedimentos na Zona
Quente.
AUXILIAR DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e
especializado, que ira auxiliar ao chefe da intervenção em seus
procedimentos.
CHEFE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado e
especializado, que irá determinar: PROCESSO / MATERIAL E
CONCENTRAÇÃO DOS MATERIAIS NEUTRALIZANTES / TÉCNICA
EMPREGADA. Este profissional irá também determinar o local a
ser estabelecido o CORREDOR DE DESCONTAMINAÇÃO, além de
possíveis mudanças por agentes externos, como o vento ou
variações de risco.
63. AUXILIAR DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado
que executará os procedimentos determinados pelo
Chefe de Descontaminação.
AJUDANTE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional
encarregado de exercer a ligação das equipes
descontaminadas e a Zona Fria. Serão responsáveis pelo
auxílio na retiradas de botas, luvas, equipamentos de
proteção respiratória e roupas de proteção. Serão
responsáveis ainda, pela LAVAGEM DE CAMPO, nos
casos necessários e determinados pelo Chefe da
Descontaminação.
64. CHEFE DE SUPORTE: Profissional treinado e especializado, que
irá colher e gerenciar as informações, de forma generalizada, a
fim de subsidiar ao AGENTE DE SEGURANÇA.
AUXILIAR DE METEOROLOGIA: Responsável pelas informações
meteorológicas como: direção e velocidade do vento, umidade
do ar, possibilidade de chuvas, mapa de nuvens (fotos de
satélites) e etc. Deverá passar informações de 20 em 20 min
para o Chefe de Suporte.
AUXILIAR DE COMUNICAÇÕES: Responsável pelas
comunicações (via rádio ou telefonia móvel / celular) no local
de emergência, transmissão e receptação de ordens,
informações e necessidades com os órgãos e autoridades
envolvidas .
65. AUXILIAR DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Responsável pelo
controle dos equipamentos de proteção respiratória, como
cilindros, máscaras, filtros e etc. Deverá atentar para o tempo
de duração dos cilindros utilizados, realizar todos os testes de
segurança antes da utilização pelas equipes, providenciar a
substituição e/ou recarga dos cilindros, além de todas as ações
pertinentes ao uso de proteção respiratória.
AUXILIAR DE OPERAÇÕES DE DEFESA CIVIL: Responsável pelas
operações de defesa civil no local de emergência, ou seja,
contatos com empresas e órgãos em sua área, a fim de,
obtenção de recursos necessários a operação. Deverá ser esta
função desempenhada, se possível, pelo chefe da subseção de
defesa civil da área.
66. AUXILIAR DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS E TOXICOLÓGICAS:
Profissional da área médica responsável pelo atendimento no local
de emergência. Será responsável pela aplicação dos “Kits Hazmat”
específicos para os produtos envolvidos na ocorrência. Sua presença
será obrigatória em casos de hemotóxicos, organofosforados e
outros de risco iminente.
AUXILIAR DE LOGÍSTICA: Responsável pelo controle de todo o
pessoal envolvido e suas respectivas funções, além de todo o
material empregado nas operações, com exceção dos equipamentos
de proteção respiratória. Deverá preencher relatório padrão e
remeter ao Chefe de Suporte ao final das operações, ou quando lhe
solicitado. Deverá também providenciar e controlar o fornecimento
das etapas de alimentação e líquidos para a manutenção das
atividades no local de trabalho.
67. PRODUTOS E SEUS REAGENTES
OXIGÊNIO: O oxigênio é um gás incolor, inodoro e insípido. É aproximadamente 1,1
vez mais pesado que o ar e é levemente solúvel em água e álcool. O oxigênio é um
líquido de cor azul pálido, ligeiramente mais pesado que a água, quando submetido à
pressão atmosférica ou temperaturas inferiores a -183ºC. Sozinho o oxigênio não é
inflamável, mas ajuda na combustão. É altamente oxidante, reagindo fortemente
quando em contato com materiais combustíveis, podendo provocar incêndio ou
explosão. O oxigênio forma compostos com todos os gases, exceto com os gases
nobres.O oxigênio é o elemento mais comumente encontrado na Terra. Encontra-se
em seu estado livre na atmosfera (cerca de 20,94% por volume) ou dissolvido em rios,
lagos e oceanos.
A produção industrial de oxigênio é feita por meio de um processo de destilação que
retira o ar da atmosfera, que é então filtrado, comprimido e resfriado. Por meio
destes processos são extraídos os teores de água, gases indesejados e impurezas. O ar
purificado passa então por uma coluna onde são separados oxigênio, nitrogênio e
argônio, no estado líquido.
68. ACETILENO
O acetileno é um gás incolor, inflamável e inodoro, quando no
estado puro. O acetileno de grau industrial contém rastros de
impurezas como fosfina, arsina, sulfeto de hidrogênio e
amoníaco e tem um odor semelhante ao alho. O gás é
ligeiramente mais leve que o ar e é solúvel em água e em
algumas substâncias orgânicas. O acetileno combinado com ar
ou oxigênio produz uma chama quente, luminosa e fumegante.
O acetileno pode ser produzido por meio da reação de carbureto
de cálcio com água, ou por pirólise (cracking) de vários
hidrocarbonetos, a primeira alternativa é a mais comumente
utilizada.
69. HIDROGÊNIO
O hidrogênio é um gás incolor, inodoro, inflamável e atóxico sob temperatura
e pressão atmosférica. O hidrogênio combinado com ar produz uma chama
quase invisível, de cor azul pálido. O hidrogênio é o gás mais leve, pesando
aproximadamente um quinze avos do peso do ar.
O hidrogênio é produzido industrialmente, por eletrólise da água ou reação de
vapor de hidrocarbonetos. De todas, a mais comum é a reação do vapor de
hidrocarbonetos.
70. DIÓXIDO DE CARBONO
O dióxido de carbono é um gás ligeiramente tóxico, inodoro, incolor e de
sabor ácido. O CO2 não é combustível nem alimenta a combustão. É 1.4 vezes
mais pesado que o ar. O dióxido de carbono evapora a pressão atmosférica e -
78°C. O dióxido de carbono pode interagir de forma violenta com bases fortes,
especialmente em altas temperaturas.
O dióxido de carbono é obtido como subproduto de algumas combustões.
Entretanto, deve passar por um processo de purificação no qual são extraídos
os restos de água, oxigênio, nitrogênio, argônio, metano e etileno, entre
outros.
71. ACIDO SULFURICO-H2SO4
Líquido incolor, viscoso e oxidante. Ao diluir o ácido sulfúrico, não se deve
adicionar água, porque o calor liberado vaporiza a água rapidamente, à
medida que ela vai sendo adicionada.
É uma das substâncias mais utilizadas nas indústrias. O maior consumo de
ácido sulfúrico se dá na fabricação de fertilizantes, como os superfosfatos e o
sulfato de amônio. É ainda utilizado nas indústrias petroquímicas, de papel, de
corantes etc. e nas baterias de chumbo (baterias de automóveis).
O excesso de ácido na pele pode ser neutralizado com um solução de 2% de
bicarbonato de sódio. Procure ajuda médica.
72. AMÔNIA
Muito usado em ciclos de compressão (refrigeração) devido ao seu
elevado calor de vaporização e temperatura crítica. Também é utilizado em
processos de absorção em combinação com a água. A amônia e seus
derivados ureia, nitrato de amônio e outros são usados
na agricultura como fertilizantes. Também é componente de vários produtos
de limpeza. Outro produto importante derivado da amônia é o ácido nítrico.
Inalação: Remova a vítima para a área não contaminada e arejada e
administre oxigênio, sedisponível, sob máscara facial ou catéter nasal .
Contato com a pele: Retirar rapidamente as roupas e calçados contaminados
e lave as partes atingidas com água corrente em abundância durante 15
minutos. Se houver, aplique acido acético ou vinagre.
73. PERMANGANATO DE POTÁSSIO
É utilizado principalmente no tratamento da catapora (varicela) pois ajuda a secar os ferimentos. É
usado também como agente oxidante em muitas reações químicas em laboratório e na indústria.
Também é utilizado como desinfetante em desodorantes. É usado para tratar algumas
enfermidades parasitarias dos pés, no tratamento da água para torná-la potável e como antídoto em
casos de envenenamento por fósforo. Na África, muitos o utilizam para desinfetar vegetais com a
finalidade de neutralizar qualquer bactéria presente. Soluções diluídas (0,25%) são utilizadas como
enxaguantes bucais e, na concentração de 1 %, como desinfetante para as mãos.
O KMnO4 sólido é um forte agente oxidante e deve ser mantido longe de glicerina, etanol e outras
substâncias orgânicas além do ácido sulfúrico, sob risco de reação explosiva. Soluções diluídas de
permanganato de potássio em água são menos perigosas. A mistura do permanganato sólido
com ácido clorídrico concentrado produz o perigoso gás cloro
O permanganato mancha a pele e a roupa (ao reduzir-se para MnO2), sendo necessário, portanto,
manuseá-lo com cuidado. As manchas na roupa podem ser retiradas lavando com ácido acético. As
manchas na pele desaparecem nas primeiras 24 horas. A ingestão de 10 a 20 gramas geralmente é
fatal. Procure imediatamente um médico caso tenha qualquer tipo de ingestão.