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Roteiro 5: Violência e escola
Objetivo: O encontro pretende provocar a               Ambientação: Um espaço circular, com alguns
discussão sobre a Violência e Escola, buscando         panos coloridos no centro, bíblia, vela, caderno,
entender que este é uma construção social que          livro didático (de uso em aula), caneta, giz, uma
tem por base a desconstrução da figura do/a            folha de oficio para cada palavra escrita: Celebrar,
outro/a.                                               Esperança, Maldade, Recomeça.


          1)Acolhida: O/a animador/a acolhe com alegria os/as integrantes do grupo.
          Motiva para conversarem sobre a semana, os acontecimentos importantes da vida
          de cada um/a, do grupo, da escola, da família, etc. Após, motiva que todos/as dêem
          um abraço de boas vindas no seu irmão/ã.

          2)Dinamizando: O/a animador/a motiva o grupo a fechar os olhos, acalmar o
          corpo e a alma, motiva a lembrar da escola, dos/as professores/as, dos/as colegas,
          algum fato marcante, etc. (pode-se fazer uso de uma música suave de fundo para
          ajudar a entrar no clima).
          Após, entrega em silêncio um envelope para cada participante (dentro do envelope
          deve constar um pequeno papel em branco, mas dentro de dois deles deve ter um
          papel de cor vermelha e outro de cor verde – cada cor em um envelope diferente).
          Em seguida, pede-se para cada um/a abrir seu envelope em silêncio. O/a
          animador/a deixa os participantes reagirem ao ocorrido, observando atentamente
          as diversas reações, após, abre à discussão.
          - O que aconteceu? (reconstruir a cena)
          - O que sentimos? (reações instantâneas)
          - Por que alguns envelopes continham cores diferentes dentro?
          - Como lidamos com o/a diferente?
          - O que isso tem a ver com Violência e Escola?

          3)Diálogo: O/a animador/a pode aprofundar a reflexão valendo-se deste pequeno
          texto.

          “Escola e Violência”

          Nos dias de hoje muito se tem falado sobre a violência na escola. Isso em grande
          parte pelo assombroso destaque dado pela mídia aos casos de Bullying. Mas até
          que ponto a violência está na ou ela mesma é violenta? A Estrutura da escola, assim
          como todo o sistema educacional, produz e reproduz violência. Mas de que forma?
          Muito simples. O que são as salas de aula? O que são os uniformes escolares? O que
          são as provas e notas? Tudo isso é sinal de uma grave violência: a desconstrução
          do/a outro/a. Ou seja, a escola não sabe e não quer trabalhar com as diferenças.
          Elas assustam, pois desestabilizam nossas receitas prontas e nos deixam acuados
          diante do inesperado e da novidade. Esse é o grande, se não o cerne, da violência
          na (ou da) escola. O Bullying é apenas mais um sintoma de que não sabemos lidar
          com as diferenças.
O/a animador/a apresenta a música “Perfeição” do Legião Urbana (Anexo)
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46967/
(se possível que cada um/a tenha em mãos a letra da música). Ouve-se a música e
abre-se à discussão.
       - O que a música tem a ver com a Violência e Escola?
       - O que podemos “celebrar” no modelo de Escola atual?
       - Há motivos ou iniciativas que acendam em nós esperança de uma nova
       Escola?

4)Iluminação Bíblica:
O/a animador/a motiva os/as participantes a acolherem a Palavra de Deus com o
refrão meditativo “tua palavra é lâmpada” (ou outro de escolha do grupo)

“Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor
Lâmpada para meus pés, Senhor, luz para o meu caminho” (5x)

Em seguida, um/a jovem proclama pausadamente o texto de Lc 10, 25-37
(parábola do bom Samaritano). Deixa-se um tempo de interiorização da Palavra.
Após, cada um/a é convidado/a a repetir uma palavra ou expressão do texto. Pode-
se abrir para uma rápida conversa à luz do texto.
       - O que o gesto do Samaritano nos desafia nas relações?
       - A partir do texto lido, como seria uma Escola ideal?

Pode-se fazer uso deste pequeno texto de aprofundamento.

“O cuidado com o/a outro/a”

Jesus na história do bom Samaritano nos mostra o caminho do amor e da
solidariedade, mas acima de tudo, nos ensina a cuidar do/a outro/a. O/a diferente
para o Samaritano, excluído por sua condição social, não é algo repugnável e
desprezível, mas é o mais puro sinal do amor de Deus que se manifesta na
diversidade. Deus é plural. Pai, Filho e Espírito Santo. Nesse sentido, Deus carrega
em si a diversidade. Saber cuidar da pessoa humana é a chave de segredo para a
felicidade.

De forma orante, o/a animador/a motiva o grupo a fazer preces espontâneas de
louvor e pedidos ao bom Deus. Podem-se usar estas como sugestão.

- Bom Deus, obrigado pela vida que há nas pessoas e ajuda-nos a saber viver
respeitando e valorizando as diferenças.
- Bom Deus, ajuda-nos a sonhar e fazer uma nova escola, mais humana, aberta,
acolhedora e cuidadora de cada pessoa.
- Bom Deus, ajuda-nos a exemplo do bom Samaritano, a sermos fiéis ao teu Projeto
de Vida, Pão e Paz para todos/as.

5)Saideira: Ao final do encontro, o grupo pode assumir um compromisso prático,
seja pessoal ou grupal. Para encerrar, o/a animador/a motiva um abraço da paz e
de benção entre todos/as os/as participantes.
ANEXO 1 – Música “Perfeição” - Legião Urbana (Composição:
Renato Russo)
Vamos celebrar                      Não se ter a quem amar
A estupidez humana                  Vamos alimentar o que é maldade
A estupidez de todas as nações      Vamos machucar o coração...
O meu país e sua corja              Vamos celebrar nossa bandeira
De assassinos                       Nosso passado
Covardes, estupradores              De absurdos gloriosos
E ladrões...                        Tudo que é gratuito e feio
Vamos celebrar                      Tudo o que é normal
A estupidez do povo                 Vamos cantar juntos
Nossa polícia e televisão           O hino nacional
Vamos celebrar nosso governo        A lágrima é verdadeira
E nosso estado que não é nação...   Vamos celebrar nossa saudade
Celebrar a juventude sem escolas    Comemorar a nossa solidão...
As crianças mortas                  Vamos festejar a inveja
Celebrar nossa desunião...          A intolerância
Vamos celebrar Eros e Thanatos      A incompreensão
Persephone e Hades                  Vamos festejar a violência
Vamos celebrar nossa tristeza       E esquecer a nossa gente
Vamos celebrar nossa vaidade...     Que trabalhou honestamente
Vamos comemorar como idiotas        A vida inteira
A cada fevereiro e feriado          E agora não tem mais
Todos os mortos nas estradas        Direito a nada...
Os mortos por falta                 Vamos celebrar a aberração
De hospitais...                     De toda a nossa falta
Vamos celebrar nossa justiça        De bom senso
A ganância e a difamação            Nosso descaso por educação
Vamos celebrar os preconceitos      Vamos celebrar o horror
O voto dos analfabetos              De tudo isto
Comemorar a água podre              Com festa, velório e caixão
E todos os impostos                 Tá tudo morto e enterrado agora
Queimadas, mentiras                 Já que também podemos celebrar
E seqüestros...                     A estupidez de quem cantou
Nosso castelo                       Essa canção...
De cartas marcadas                  Venha!
O trabalho escravo                  Meu coração está com pressa
Nosso pequeno universo              Quando a esperança está dispersa
Toda a hipocrisia                   Só a verdade me liberta
E toda a afetação                   Chega de maldade e ilusão
Todo roubo e toda indiferença       Venha!
Vamos celebrar epidemias            O amor tem sempre a porta aberta
É a festa da torcida campeã...      E vem chegando a primavera
Vamos celebrar a fome               Nosso futuro recomeça
Não ter a quem ouvir                Venha!
                                    Que o que vem é Perfeição!...
ANEXO 2 – Sugestões de filmes:
Existe uma série de bons filmes que tratam da temática Violência e Escola. O grupo
pode aprofundar o tema assistindo juntos/as e após fazendo um pequeno debate.

- As melhores coisas do mundo (Brasil, 2010)
Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a
tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma
garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se
separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua
melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo
professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os
colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da
adolescência nos dias atuais.


- Entre os muros da Escola (França, 2007)
François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa
em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas
de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos
aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o
descaso e a falta de educação são grandes complicadores


                               Este roteiro foi produzido pelo jovem
                                Sérgio Hauth Júnior, militante da PJ
                                  diocesana de Santa Cruz do Sul




               MAIS INFORMAEÇÕES SOBRE A PASTORAL DA JUVENTUDE:
               *Blog da PJ do RS - http://migre.me/5kM1S
               *Site nacional da PJ - http://migre.me/5l2ZM




           COMITÊ ESTADUAL DO RS
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  • 1. Roteiro 5: Violência e escola Objetivo: O encontro pretende provocar a Ambientação: Um espaço circular, com alguns discussão sobre a Violência e Escola, buscando panos coloridos no centro, bíblia, vela, caderno, entender que este é uma construção social que livro didático (de uso em aula), caneta, giz, uma tem por base a desconstrução da figura do/a folha de oficio para cada palavra escrita: Celebrar, outro/a. Esperança, Maldade, Recomeça. 1)Acolhida: O/a animador/a acolhe com alegria os/as integrantes do grupo. Motiva para conversarem sobre a semana, os acontecimentos importantes da vida de cada um/a, do grupo, da escola, da família, etc. Após, motiva que todos/as dêem um abraço de boas vindas no seu irmão/ã. 2)Dinamizando: O/a animador/a motiva o grupo a fechar os olhos, acalmar o corpo e a alma, motiva a lembrar da escola, dos/as professores/as, dos/as colegas, algum fato marcante, etc. (pode-se fazer uso de uma música suave de fundo para ajudar a entrar no clima). Após, entrega em silêncio um envelope para cada participante (dentro do envelope deve constar um pequeno papel em branco, mas dentro de dois deles deve ter um papel de cor vermelha e outro de cor verde – cada cor em um envelope diferente). Em seguida, pede-se para cada um/a abrir seu envelope em silêncio. O/a animador/a deixa os participantes reagirem ao ocorrido, observando atentamente as diversas reações, após, abre à discussão. - O que aconteceu? (reconstruir a cena) - O que sentimos? (reações instantâneas) - Por que alguns envelopes continham cores diferentes dentro? - Como lidamos com o/a diferente? - O que isso tem a ver com Violência e Escola? 3)Diálogo: O/a animador/a pode aprofundar a reflexão valendo-se deste pequeno texto. “Escola e Violência” Nos dias de hoje muito se tem falado sobre a violência na escola. Isso em grande parte pelo assombroso destaque dado pela mídia aos casos de Bullying. Mas até que ponto a violência está na ou ela mesma é violenta? A Estrutura da escola, assim como todo o sistema educacional, produz e reproduz violência. Mas de que forma? Muito simples. O que são as salas de aula? O que são os uniformes escolares? O que são as provas e notas? Tudo isso é sinal de uma grave violência: a desconstrução do/a outro/a. Ou seja, a escola não sabe e não quer trabalhar com as diferenças. Elas assustam, pois desestabilizam nossas receitas prontas e nos deixam acuados diante do inesperado e da novidade. Esse é o grande, se não o cerne, da violência na (ou da) escola. O Bullying é apenas mais um sintoma de que não sabemos lidar com as diferenças.
  • 2. O/a animador/a apresenta a música “Perfeição” do Legião Urbana (Anexo) http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46967/ (se possível que cada um/a tenha em mãos a letra da música). Ouve-se a música e abre-se à discussão. - O que a música tem a ver com a Violência e Escola? - O que podemos “celebrar” no modelo de Escola atual? - Há motivos ou iniciativas que acendam em nós esperança de uma nova Escola? 4)Iluminação Bíblica: O/a animador/a motiva os/as participantes a acolherem a Palavra de Deus com o refrão meditativo “tua palavra é lâmpada” (ou outro de escolha do grupo) “Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor Lâmpada para meus pés, Senhor, luz para o meu caminho” (5x) Em seguida, um/a jovem proclama pausadamente o texto de Lc 10, 25-37 (parábola do bom Samaritano). Deixa-se um tempo de interiorização da Palavra. Após, cada um/a é convidado/a a repetir uma palavra ou expressão do texto. Pode- se abrir para uma rápida conversa à luz do texto. - O que o gesto do Samaritano nos desafia nas relações? - A partir do texto lido, como seria uma Escola ideal? Pode-se fazer uso deste pequeno texto de aprofundamento. “O cuidado com o/a outro/a” Jesus na história do bom Samaritano nos mostra o caminho do amor e da solidariedade, mas acima de tudo, nos ensina a cuidar do/a outro/a. O/a diferente para o Samaritano, excluído por sua condição social, não é algo repugnável e desprezível, mas é o mais puro sinal do amor de Deus que se manifesta na diversidade. Deus é plural. Pai, Filho e Espírito Santo. Nesse sentido, Deus carrega em si a diversidade. Saber cuidar da pessoa humana é a chave de segredo para a felicidade. De forma orante, o/a animador/a motiva o grupo a fazer preces espontâneas de louvor e pedidos ao bom Deus. Podem-se usar estas como sugestão. - Bom Deus, obrigado pela vida que há nas pessoas e ajuda-nos a saber viver respeitando e valorizando as diferenças. - Bom Deus, ajuda-nos a sonhar e fazer uma nova escola, mais humana, aberta, acolhedora e cuidadora de cada pessoa. - Bom Deus, ajuda-nos a exemplo do bom Samaritano, a sermos fiéis ao teu Projeto de Vida, Pão e Paz para todos/as. 5)Saideira: Ao final do encontro, o grupo pode assumir um compromisso prático, seja pessoal ou grupal. Para encerrar, o/a animador/a motiva um abraço da paz e de benção entre todos/as os/as participantes.
  • 3. ANEXO 1 – Música “Perfeição” - Legião Urbana (Composição: Renato Russo) Vamos celebrar Não se ter a quem amar A estupidez humana Vamos alimentar o que é maldade A estupidez de todas as nações Vamos machucar o coração... O meu país e sua corja Vamos celebrar nossa bandeira De assassinos Nosso passado Covardes, estupradores De absurdos gloriosos E ladrões... Tudo que é gratuito e feio Vamos celebrar Tudo o que é normal A estupidez do povo Vamos cantar juntos Nossa polícia e televisão O hino nacional Vamos celebrar nosso governo A lágrima é verdadeira E nosso estado que não é nação... Vamos celebrar nossa saudade Celebrar a juventude sem escolas Comemorar a nossa solidão... As crianças mortas Vamos festejar a inveja Celebrar nossa desunião... A intolerância Vamos celebrar Eros e Thanatos A incompreensão Persephone e Hades Vamos festejar a violência Vamos celebrar nossa tristeza E esquecer a nossa gente Vamos celebrar nossa vaidade... Que trabalhou honestamente Vamos comemorar como idiotas A vida inteira A cada fevereiro e feriado E agora não tem mais Todos os mortos nas estradas Direito a nada... Os mortos por falta Vamos celebrar a aberração De hospitais... De toda a nossa falta Vamos celebrar nossa justiça De bom senso A ganância e a difamação Nosso descaso por educação Vamos celebrar os preconceitos Vamos celebrar o horror O voto dos analfabetos De tudo isto Comemorar a água podre Com festa, velório e caixão E todos os impostos Tá tudo morto e enterrado agora Queimadas, mentiras Já que também podemos celebrar E seqüestros... A estupidez de quem cantou Nosso castelo Essa canção... De cartas marcadas Venha! O trabalho escravo Meu coração está com pressa Nosso pequeno universo Quando a esperança está dispersa Toda a hipocrisia Só a verdade me liberta E toda a afetação Chega de maldade e ilusão Todo roubo e toda indiferença Venha! Vamos celebrar epidemias O amor tem sempre a porta aberta É a festa da torcida campeã... E vem chegando a primavera Vamos celebrar a fome Nosso futuro recomeça Não ter a quem ouvir Venha! Que o que vem é Perfeição!...
  • 4. ANEXO 2 – Sugestões de filmes: Existe uma série de bons filmes que tratam da temática Violência e Escola. O grupo pode aprofundar o tema assistindo juntos/as e após fazendo um pequeno debate. - As melhores coisas do mundo (Brasil, 2010) Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da adolescência nos dias atuais. - Entre os muros da Escola (França, 2007) François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores Este roteiro foi produzido pelo jovem Sérgio Hauth Júnior, militante da PJ diocesana de Santa Cruz do Sul MAIS INFORMAEÇÕES SOBRE A PASTORAL DA JUVENTUDE: *Blog da PJ do RS - http://migre.me/5kM1S *Site nacional da PJ - http://migre.me/5l2ZM COMITÊ ESTADUAL DO RS juventudecontraviolencia@gmail.com www.juventudecontraviolencia.blogspot.com