1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Cândido Eugênio Domingues de Souza
“Perseguidores da espécie humana”:
capitães negreiros da Cidade da Bahia na primeira metade do século XVIII
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eugênio Líbano Soares
Salvador, 2011
2. ____________________________________________________________________________
Souza, Cândido Eugênio Domingues de
S729 “Perseguidores da espécie humana”: capitães negreiros da Cidade da Bahia na
primeira metade do século XVIII / Cândido Eugênio Domingues de Souza. – Salvador,
2011.
218 f.: il.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eugênio Líbano Soares
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas, 2011.
1. Brasil – Colônia. 2. Escravos – Tráfico – África. 3. Escravos – Bahia –
História. I. Soares, Carlos Eugênio Líbano. II. Universidade Federal da Bahia,
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. III. Título
CDD – 326
3. CÂNDIDO EUGÊNIO DOMINGUES DE SOUZA
“Perseguidores da espécie humana”: capitães negreiros da Cidade da
Bahia na primeira metade do século XVIII
Dissertação apresentada ao Programa de Pós
Graduação em História Social da Universidade Federal
da Bahia, como requisito parcial para a obtenção do
grau de Mestre em História.
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Dr. Carlos Eugênio Líbano Soares
Universidade Federal da Bahia
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Profª Drª Maria José Rapassi Mascarenhas
Universidade Federal da Bahia
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Prof. Dr. Toby Green
King's College London,
Departments of History and Spanish, Portuguese and Latin American Studies
4. Para Luiza Izabel, minha mãe e vó Irá (in memorian)
À memória de aproximadamente 554.223 africanos sequestrados de seus lares,
que, de algum modo, fazem parte desta pesquisa
5. AGRADECIMENTOS
Por longos momentos pensei nestas longas páginas. Foram muitas as vezes que
essas pessoas povoaram meus pensamentos acerca da forma e das palavras para cada
agradecimento. Não fiz economia de palavras, confesso, afinal não vi economia de
atenção e carinho de amigos, conhecidos, professores e orientador nesses anos de
pesquisa. O texto foi escrito por mim, uma obra de autor único e gestada ao longo de
muitas madrugadas. É, no entanto um texto de contribuições múltiplas! A todos minha
gratidão por tudo o que vocês me proporcionaram.
No caso dessa dissertação agradecer ao orientador não algo meramente
burocrático. Carlos Eugênio Líbano Soares, ou apenas Líbano como me acostumei a
chamá-lo, acreditou em mim nas primeiras semanas de Bahia I, e corajosamente
indicou-me para pesquisar com um amigo seu. Ao longo dessas seis anos, ele foi
sempre uma fonte de incentivo, diálogo, negociação e sabedoria para lidar com os
inúmeros conflitos que eu criava comigo mesmo e com meus objetos. Mais que
agradecê-lo, devo-lhe também desculpas pelas vezes que o fiz perguntar quem era o
orientador. Um grande abraço!
Flávio dos Santos Gomes foi o amigo a quem fui indicado por Líbano. Com
Flávio tive o prazer de iniciar na pesquisa histórica e aprendi muito do mundo
acadêmico. Sou-lhe grato, também, aos seus bons ensinamentos e incentivos. Ao
professor João José Reis, agradeço as boas conversas, sempre momentos de aprendizado
sobre a pesquisa e a crítica histórica.
Nos arquivos, talvez o melhor achado que fiz foi um grande parceiro e, hoje,
mais que um irmão: Urano de Cerqueira Andrade. Urano não apenas está presente nessa
dissertação com os vários documentos, livros, textos e prosas, foram muitas as leituras,
críticas, preocupações, confiança e amizade a mim dispensadas. Sou grato, ainda, aos
seus pais sempre carinhosos e amigos.
Ainda na iniciação, pude conhecer outro pesquisador que, assim como eu,
engatinhava no Setecentos baiano: Carlos Silva Jr. Convivemos esses seis últimos anos
forjando uma grande amizade e aprendendo o quanto a pesquisa compartilhada rende
muito mais frutos. Isso nos possibilitou debatermos fortemente nossos temas e escolhas.
6. 6
Não posso me esquecer da viagem para pesquisar que fizemos com seus pais e de sua
acolhedora família no Rio de Janeiro.
Ediana Ferreira Mendes na seleção e disciplinas foi sempre fonte de bons
diálogos e apoio. Seu realismo em lidar com as coisas e desafios sempre são
ensinamentos. Uma amiga sempre presente, compartilhamos grandes momentos e
viagens. Camila Amaral, Ediana e eu estudamos e comemoramos todos os momentos da
seleção, apoiando-nos sempre que um fraquejava. Camila, fora ainda, uma amiga
sempre pronta para ouvir. Rebeca Vivas, fecha este trio de pesquisadoras da Igreja e
seus mundos. Além da amizade, sou-lhe grato à atenção aos meus personagens e
interesses de pesquisa.
Maria Ferraz veio da Católica para somar num grupo de jovens historiadores em
busca de um entendimento de um tempo tão distante. Aprendi muito com Maria, tanto
sobre o hoje quanto acerca de seus conventos.
No ingresso no mestrado Carlos, Ediana, Camila, Rebeca e eu demos vido a uma
ideia recente, dessa nasceu o Grupo de Estudos de História Colonial local onde tivemos
grandes discussões sobre a História colonial brasileira e, onde hoje já discutimos nossos
próprios textos. Outro reconhecido espaço de debate de ideias e pesquisas é a Linha de
Pesquisa Escravidão e Invenção de Liberdade, da qual tive a honra de participar desde a
iniciação científica. Aos membros de ambos os grupos agradeço a atenção e as críticas
feitas nos textos discutidos, as quais foram muito importantes para pensar vários pontos
dessa dissertação.
A David Barbuda devo um agradecimento especial pelos quatro meses que nos
aturamos na Missão Estudantil PROCAD na Unicamp. Sempre paciente, David soube
lidar com meu tempo rápido e impaciente. Foi sempre bom as discussões sobre as
nossas pesquisas o que fizeram desses meses uma viagem de amizade a aprendizado.
No IFCH, em aula ou tomando um café em Marcão, sempre foi bom contar com
as boas discussões e descontração dos colegas Marcus Rosa, Marcos Abreu, Adalberto
Paz, Cristiane Melo, Cássia Silveira, Andrea Mendez, Emília Vasconcelos.
Ana Flávia Magalhães Pinto foi mais um grande achado na faina desta
dissertação. Conhecida de vista na Bahia, foi na Unicamp que esta planaltinense veio a
mostrar-se uma grande amiga. Sem dúvida compartilhar de sua amizade e bons
7. 7
questionamentos de suas fontes e das minhas, fez-me crescer enquanto crítico da nossa
formação histórica, além de aprender, sempre, sobre os movimentos da nossa sociedade.
Aos professores Robert Slenes e Sydnei Chalhoub pelas discussões nas
disciplinas e dicas para o projeto final. A professora Sílvia Lara, que me recebeu em sua
disciplina de graduação, mostrou-me meandros de uma Bahia colonial até então não
atentado por mim.
Por fim, pare me despedir de Campinas, não posso deixar de lembrar dos
companheiros do 1004, com os quais conviver foi sempre um estado de aprendizado,
boas conversas e entendimento de uma parte dos Brasis: Bartira Cortez (Paraíba), José
Dantas (Alagoas), Tatiana Rovaris (Paraná), Gabriel (DF) José Portugal (luso-baiano) e
os paulistas Diego Silva, Alan e William. E quando Barão já estava no limite de minha
paciência era na casa de meus tios Clodoaldo e Lourdes que encontrava carinho e
conforto. A eles, a meus primos Marcelo e Rodrigo, e aos amigos da família minha
gratidão por todas as vezes que compartilhamos bons momentos e cafés.
Dos Colegas da turma de mestrado e doutorado de 2009 levarei sempre boas
recordações das aulas, das conversas sob as mangueiras, dos almoços e descontrações
nos botequins e das viagens e encontros. Foi muito bom trocar um dedo de prosa e fazer
novas amizades e parcerias historiográficas.
Luciana Onety, Bruno Pastre, Poliana Cordeiro, Obede Guimarães, Raíza
Canuta, Darlan Gomes, Jacira Primo, Vinicius Gesteira e os professores Tiago Gil e
Gustavo Acioli indicaram-me ou enviaram-me textos, discutiram questões ou
compartilhamos momentos da vida acadêmica. E a Juliana Henrique que
atenciosamente me recebeu na Cátedra Jaime Cortesão (USP) dando início a um bom
diálogo acerca da Bahia Colonial e seu serão pecuarista. Agradeço, ainda, a todos que
ao assistirem apresentações minhas ao longo da construção desse texto, opinaram,
questionaram termos e números, deram boas ideias. Sou grato a Leonardo Coutinho, por
todas as vezes que meu computador e eu o incomodamos. A Abner Viana e Phelipe
Sena pelo auxílio final de formatação.
Lucas Porto, Taíse Teles e Vinícius Mascarenhas mostraram-se grandes colegas
da graduação e, o que é melhor: bons amigos. Hoje mestrandos, partilhamos as
experiências e incertezas da vida além formatura.
8. 8
À minha primeira turma depois de formado, cativantes e guerreiras estudantes da
Licenciatura em Educação no Campo (UFBA/UFRB) e às coordenadoras em especial
Tere Perin, pessoas com as quais muito aprendi e fizeram-me gostar mais de lecionar.
Pelos debates em sala de aula, conversas informais e apoio sempre que
lembrávamos a solitária lida do historiador: por um lado cheio de personagens e colegas
de arquivo (também solitários) e, por outro, tão distante de seu mundo ao escrever por
madrugadas a fio, não posso deixar de mencionar os professores: Maria José Rapassi
Mascarenhas, Evergton Sales Souza, Gabriela dos Reis Sampaio, Edilece Souza Couto e
Adriana Reis. Amélia Polónia e Armândio Barros, da Universidade do Porto, foram
sempre atenciosos com minhas dúvidas sobre o mare lusitanum. Com Cristiana Lyrio
compartilho boas conversas sobre os caminhos tortuosos do estudo do tráfico negreiro.
Renata Bahia, as professoras Venétia Durando e Ana Maria Vilar e os
estagiários, lembrados nas pessoas de Urano Andrade, Luciana Burgos (in memoriam),
Felipe, Saulo, Jetro Luz, Sandra, Hugo Santiago, agradeço a sempre atenciosa acolhida
e profissionalismo Laboratório Eugênio Veiga (UCSal). Neste laboratório onde se
encontra o acervo da Cúria Metropolitana de Salvador, fiz minhas primeiras tentativas
(muitas delas infrutíferas, num primeiro momento) da leitura paleográfica em fins de
2005. No CEDIG/UFBA contei com o apoio de Luís Borges e Fábio. No encalorado
AMS foram-me sempre solícitos Felisberto e Adriana. Na rápida passagem pelo
Arquivo Santa Casa, pude contar com o conhecimento e atenção de Neuza Esteves e
Rosana Souza. Os atenciosos funcionários do Arquivo Nacional/RJ sempre atuaram
com presteza fosse ao fazer o pedido via mensagem eletrônica, fosse quando do
atendimento local. Na Unicamp, conhecer e pesquisar no Arquivo Edgard Leuenroth
(AEL) mostrou-me o primoroso exemplo de difusão de fontes e de conhecimento que
tanto a atual conjuntura ainda debate. Na Cátedra Jaime Cortesão (USP), sempre contei
com valoroso atendimento de seus funcionários.
Foi no APB, principalmente que esta pesquisa tomou corpo. Verão que a grande
parte das fontes aqui citadas está ali guardada. Não à toa sou grato a muitos de seus
funcionários. No Setor de Microfilmes sempre contei com Marlene Moreira, Jacira
Vitório e Valda Santana. No Colonial agradeço a Raimunda Borges e Carmosina do
Nascimento. É no Judiciário, no entanto, por onde minha ficha mais andou, que devo
muito pela atenção e paciência no atendimento. Ali sou grato a Maria Ângela Pereira,
Edilza do Espírito Santo, Janice Machado, Marlene Oliveira e muitos de seus
9. 9
estagiários lembrados nas pessoas de Ana Maria, Michel e Kleber. Não posso esquecer,
ainda, daqueles que mais estão em contato com os pesquisadores. A todos os atendentes
especialmente lembrados em Djalma Melo e Uiara, e àqueles que buscam a
documentação para a consulta, em especial o senhor Mário, Lázaro e Roman meu
sincero agradecimento pelas múltiplas vezes que solicitei suas atenções.
Assim como os arquivos, as bibliotecas também foram importantes para a
composição desse texto. Lembro a atenção despendida pelos funcionários à minhas
buscas – nem sempre bem referenciada – no Setor de Referências da Biblioteca Central
(UFBA), na Biblioteca do APB, na Biblioteca do Estado da Bahia (em especial nas
Coleções História da Bahia e Waldeloir Rego). Na Biblioteca de São Lázaro (FFCH/
UFBA) pude contar com o atendimento do senhor Davi, Dilzaná Oliveira (Nana) e dos
estagiários. Ainda aqui, foi importante a atenção de Ana Portela e Hosana Azevedo para
consultas aos periódicos e na elaboração da ficha catalográfica.
Em meu ingresso no PPGH/UFBA fui recebido pela professora Lígia Bellini à
qual foi sucedida pelo professor Evergton Sales Souza como coordenador. A ambos
agradeço pela atenção sempre quando necessária nesses dois anos. Sou grato, ao PPGH
que, com recursos PROAP, financiou uma viagem para pesquisar no Rio de Janeiro.
Para desenvolver esta pesquisa contei com a bolsa integral do CNPq. Sou grato
também ao PROCAD/Capes quando contei com a coordenação do professor Antônio
Luigi Negro a quem também agradeço a atenção e preocupação pelo bom desempenho
do período de estudos na Unicamp.
Na banca de qualificação os professores Lucilene Reginaldo e João José Reis
fizeram importantes críticas e (re)direcionamentos com os quais cheguei ao texto final.
Muitos momentos deste lembram as boas discussões daquele momento de aprendizado.
Agradeço a disponibilidade dos professores Toby Green e Maria José Rapassi
Mascarenhas (a sempre querida Zezé) por aceitarem ler e avaliar o trabalho que ora
apresento como minha candidatura a mais um seguidor de Clio. Contar com as
observações e discussões de ambos será, certamente, muito enriquecedor.
Sou grato ao Núcleo Universitário de Telessaúde do Complexo HUPES
(NUTS/UFBA) nas pessoas da professora Suzy Cavalvante (coordenadora) e dos
funcionários Mara, João Paulo e Rabelo e Adewale D'Alcântara. Sem a competência e
atenção suas a webconferência de defesa seria mais um página de transtornos.
10. 10
Com meu primo Edison Rodrigues compartilhei as agruras do mundo de dúvidas
que é o mestrado. Antropólogo zeloso e atento, desde cedo me apresentou as
preocupações de sua área de conhecimento o que, não apenas, auxiliou-me na prova da
seleção quanto me fez pensar meus próprios problemas de entender a sociedade baiana
colonial. Na memória e aprendizado ficam os muitos momentos de grandes discussões
sobre nossos objetos de pesquisa, quando começávamos discutindo, no religioso café da
tarde – que nos acordava para continuar a escrita –, o povo Enawene-nawe e
findávamos pensando os traficantes de escravos coloniais.
Nesses sete anos de Tororó não fui buscar água, mas encontrei-a por algumas
vezes em seu largo. Esse bairro antigo e repleto de estudantes, um território do interior
baiano na capital, sempre me contagiou. Nele, imperam o samba, as casas de estudantes,
seus bares, ladeiras e mistérios a serem, ainda, descobertos.
Por fim, agradeço a mainha a atenção e apoio sempre presentes. Os anos de
distância e as vezes que a proibi de perguntar “quando termina?” sempre permearam
nossa convivência de cumplicidade e confiança mútuas. De vozinha, ficou o apoio e
suas histórias. Memória viva e precisa, assim como Dermival Souza (Derne),
certamente, ambos foram os grandes responsáveis pela minha escolha por História. Sou
grato também a meu pai, Osvaldo Souza, a meu avô, Benedito Rodrigues (Dote) e a
meu irmão, Tarcísio Domingues.
Não à toa dedico essa dissertação a Iraildes Domingues e Luiza Izabel, mãe e
filha, personagens de momentos distintos da educação nacional e que sempre foram
incentivadoras e porto seguro. Se uma não concluiu os estudos devido à situação
familiar e histórica da educação nacional, a outra conseguiu fazê-lo apesar dos muitos
percalços. Ambas, no entanto, nunca esqueceram a importância do estudo. A minha mãe
devo toda a dedicação e desprendimento para que eu chegasse aqui.
A orientação cuidadosa do professor Líbano, foi importante para este trabalho,
mas tomo como meus todos os deslizes e a responsabilidade por muitas escolhas,
inclusive pelo tema aqui desenvolvido. Sou-lhe grato por estar sempre pronto a ouvir
minhas ideias e entender minhas vontades. Defendi arduamente meu pensamento até
que ele me provasse que eu estava errado e me dissuadisse, por vezes, isso não fora
possível.
11. 11
São tão rudes, ou tão ambiciosos, que os não
desengana, que os não persuade, e que os não
convence o acaso, de que quando querem
trazem um maior número de escravatura, e a
trazem até nas câmaras dos navios, vindo ela
aliás, sempre presa…
Luís Antônio de Oliveira Mendes, Memória a respeito
dos escravos e tráfico da escravatura, 1793. Sobre os
capitães negreiros.
12. 12
RESUMO
O objetivo desta dissertação é um estudo dos capitães negreiros atuantes no
tráfico atlântico de escravos africanos na Cidade da Bahia na primeira metade do século
XVIII. Esta pesquisa intentou compreender as experiências destes sujeitos em busca de
riqueza e distinção social na Salvador setecentista, suas condições materiais e os perigos
enfrentados na lida no mar. Por fim, analiso a vida econômica desses sujeitos que além
de comandar as embarcações, faziam o comércio na costa africana para os proprietários
das embarcações, para outras pessoas e para eles mesmos, uma vez que eles também
investiam no tráfico de escravos. O conhecimento de tais indivíduos lança luz sobre um
lado da História da Diáspora Africana, que é conhecer os agentes responsáveis pela
condução forçada dos africanos em diversos tipos de embarcações à vela, sob condições
higiênicas e sanitárias inapropriadas que atingiam todos os presentes: africanos
escravizados, tripulantes e os capitães negreiros.
PALAVRAS-CHAVE – Salvador (Bahia); Capitães negreiros; tráfico de escravos.
13. 13
SUMÁRIO
Agradecimentos 5
Resumo 12
Abstract 13
Abreviaturas usadas 14
Lista de tabelas 15
Lista de mapas e figuras 16
Unidades de pesos e medidas 17
Introdução 20
Capítulo 1 – CIDADE DA BAHIA: TRÁFICOS… ESPAÇOS… SUJEITOS… 36
1 Fumo baiano, traficantes poderosos e outras histórias do 36
comércio de escravos na Bahia
2 Conceição da Praia – a Praya de Nossa Senhora e dos 49
traficantes
3 Trapiches e mercadorias 61
4 Armadores: a economia de grosso trato 70
Capítulo 2 – HOMENS DO MAR NA TERRA DE TODOS OS SANTOS 84
1 Riqueza e status 85
2 “Posuho mais so trastes de caza”: família, residência e 91
mobília
3 Escravos da casa, da rua e do mar 108
4 Irmandade e morte 116
14. 14
Capítulo 3 – NEGREIROS AO MAR 125
1 Capitães e mestres: a burocracia lusitana 128
2 O governante do “reino de madeira” 134
3 “Pelo risco que lhe vai correndo no dito Navio de mar e fogo e 143
corsário”: turno e giro da Costa da Mina
4 “A fazer meu negócio e o que levo de minha conta e de partes”: 158
a economia dos capitães-armadores
Capitães-armadores 160
Créditos e carregações 163
A última viagem de Manoel da Fonseca 169
Viagens Conclusivas 181
Fontes e bibliografia 186
Glossário 203
Glossário de embarcações 204
Alvará para viagem negreira, 1702 206
Anexo I
Anexo II Certidão da Alfândega sobre a entrada de um navio negreiro, 1759 208
Anexo III Lista de preços na Cidade da Bahia, primeira metade do século 209
XVIII
Anexo IV Embarques e desembarques de africanos para o Brasil e a Bahia, 213
1690-1760
Anexo V Africanos nos inventários post-mortem de Salvador, 1700-1750 214
Anexo VI Dados biográficos dos capitães negreiros 215
Anexo VII Autógrafos de capitães negreiros 217