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INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL I 
(SENSORES INDUSTRIAIS) 
SÃO JOSÉ, AGOSTO DE 2014.
1 SENSORES DE PROXIMIDADE INDUTIVO: ................................................................................................................... 3 
2 SENSORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS ............................................................................................................................. 5 
3 - SENSORES ÓTICOS ................................................................................................................................................................. 8 
3.1 Sistema por Barreira ....................................................................................................................................................... 9 
3.2 - Sistema por Difusão (Foto sensor) ............................................................................................................................... 9 
3.3 - Sistema Refletivo ..........................................................................................................................................................10 
4 - DETECTOR ULTRA-SÔNICO ...................................................................................................................................................13 
4.1 SISTEMA TOUCH CONTROL .................................................................................................................................................13
1 SENSORES DE PROXIMIDADE INDUTIVO: 
Os sensores de proximidade indutivos são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a aproximação de peças, 
componentes, elementos de máquinas, etc, em substituição as tradicionais chaves fim de curso. A detecção ocorre sem que 
haja o contato físico entre o acionador e o sensor, aumentando a vida útil do sensor por não possuir peças móveis sujeitas a 
desgastes mecânicos 
- Princípio de Funcionamento 
fig 1 Sensor de proximidade indutivo 
A bobina faz parte de um circuito oscilador que em condição normal (desacionada) gera um sinal senoidal. Quando um metal 
aproxima-se do campo, este por correntes de superfície (Foulcault), absorve a energia do campo, diminuindo a amplitude do 
sinal gerado no oscilador. 
A variação de amplitude deste sinal é convertida em uma variação contínua que comparada com um valor padrão, passa a 
atuar no estágio de saída. 
- Fece Sensora: 
É a superfície onde emerge o campo eletromagnético. 
- Distância Sensora (S): 
É a distância em que aproximando-se o acionador da face sensora, o sensor muda o estado da saída. 
- Distância de Acionamento 
A distância de acionamento é função do tamanho da bobina. Assim, não podemos especificar a distância sensora e o 
tamanho do sensor simultaneamente. 
- Distância Sensora Nominal (Sn): 
É a distância sensora teórica, a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não considera as variações causadas pela 
industrialização temperatura de operação e tensão de alimentação. E o valor em que os sensores de proximidade são 
especificados. 
Como utiliza o alvo padrão metálico, a distância sensora nominal informa também a máxima distância que o sensor pode 
operar. 
- Distância Sensora Real 
Valor influenciado pela industrialização, especificado em temp. ambiente (20o C) e tensão nominal, desvio de 10%: 
- Distância Sensora Efetiva: 
Valor influenciado pela temp. de operação, possui um desvio máximo de 10% sobre a distância sensora real.
- Distância Sensora Operacional (Sa): 
É a distância em que seguramente pode-se operar, considerando-se todas as variações de industrialização, temperatura e 
tensão de alimentação. 
- Alvo Padrão (Norma DIN 50010): 
É um acionador normalizado utilizado para calibrar a distância sensora nominal durante o processo de fabricação do sensor. 
Consiste de uma chapa de aço de 1 mm de espessura, formato quadrado. 0 lado deste quadrado é iqual ao diâmetro do 
circulo da face sensora ou 3 vezes a distância sensora nominal quando o resultado for maior que o anterior. 
- Material do Acionador: 
A distância sensora operacional varia ainda com o tipo de metal, ou seja, é especificada para o ferro ou aço e necessita ser 
multiplicada por um fator de redução. 
Material Fator 
Aço (St 37) 1 
Latão 0,35 0,5 
Cobre 0,25...0,45 
Alumínio 0,35...0,50 
Aço inoxidável 0,6...1 
- Histerese 
É a diferença entre o ponto de acionamento (quando o alvo metálico aproxima-se da face sensora) e o ponto de 
desacionamento (quando o alvo afasta-se do sensor). Este valor é importante, pois garante uma diferença entre o ponto de 
acionamento e desacionamento, evitando que em uma possível vibração do sensor ou acionador, a saída oscile. 
fig 2 Histerese em sensores 
- Embutido (blindado) 
Este tipo de sensor tem o campo eletromagnético emergindo apenas na face sensora e permite que seja montado em uma 
superfície metálica. 
- Não embutido (não blindado) 
Neste tipo o campo eletromagnético emerge também na superfície lateral da face sensora, sensível a presença de metal ao 
seu redor. 
fig 3 Sensores embutido (direita) e não embutido (esquerda) 
- Freqüência de Comutação 
A freqüência de comutação é o máximo número de acionamentos por segundo (Hz)
fig 4 freqüência de comutação 
- Aplicações 
Os sensores indutivos substituem com muitas vantagens as chaves fim de curso. Abaixo se visualiza algumas das aplicações. 
posição por cames controle de rotação e sentido 
controle por transfer controle de de posição 
controle do número de peças posição de comportas 
fig 5 Algumas das aplicações dos sensores indutivos 
2 SENSORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS 
Os sensores de proximidade capacitivos são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a presença ou aproximação de 
materiais orgânicos, plásticos, pós, Ilíquidos, madeiras, papéis, metais, etc. 
- Principio de Funcionamento:
0 princípio de funcionamento baseia-se na geração de um campo elétrico, desenvolvido por um oscilador controlado por 
capacitor. 
0 capacitor é formado por duas placas metálicas, carregadas com cargas elétricas opostas, montadas na face sensora, de 
forma a projetar o campo elétrico para fora do senso r, formando desta forma u m capacitor que possui como dielétrico o ar. 
fig 6 princípio de funcionamento 
Quando um material aproxima-se da face sensora, ou seja do campo elétrico o dielétrico do meio se altera, alterando 
também o dielétrico do capacitor frontal do sensor. Como o oscilador do sensor é controlado pelo capacitor frontal, quando 
aproximamos um material a capacitância também se altera, provocando uma mudança no circuito oscilador. Esta variação é 
convertida em um sinal contínuo que comparado com um valor padrão passa a atuar no estágio de saída. 
fig 7 diagrama em blocos dos elementos do sensor 
- Face sensora: 
É: a superfície onde emerge o campo elétrico. É importante notar que os modelos não embutidos, com região sensora 
lateral, são sensíveis aos materiais a sua volta 
fig 8 face sensora do embutido e do não embutido 
- Distância Sensora Nominal(Sn) 
É a distância sensora teórica a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não considera as variações causadas pela 
industrialização temperatura de operação e tensão de alimentação. E a distância em que os sensores são especificados. 
- Alvo Padrão 
A distância sensora nos capacitivos são especificados para o acionador metálico de aço SAE 1020 quadrado, com lado igual a 
3 vezes a distância sensora para os modelos não embutidos (na grande maioria)e em alguns poucos casos de sensores 
capacitivos embutidos utiliza-se o lado do quadrado igual ao diâmetro do sensor. 
- Distância Sensora Efetiva (Su) 
Valor influenciado pela industrialização e considera as variações causadas pela temperatura de operação:
- Distância Sensora Operacional (Sa): 
É a distância que observamos na prática, sendo considerados os fatores de industrialização (81% Sn) e um fator que é 
proporcional ao dielétrico do material a ser detectado, pois o sensor capacitivo reduz sua distância quanto menor o dielétrico 
do acionador. 
Sa = 0,81 . Sn . F(er) 
- Material a ser Detectado 
A tabela abaixo indica o dielétrico dos principais materiais, para efeito de comparação; sendo indicado sempre um teste 
prático para determinação da distância sensora efetiva para o acionador utilizado. Deve-se no entanto considerar que em 
caso de materiais orgânicos deve-se considerar a que a distância de detecção está fortemente influenciada pela presença de 
água. 
Material 
er 
ar, vácuo 1 
óleo, papel, petróleo, poliuretano, parafina, silicone, teflon 2 a 3 
araldite, baquelite, quartzo, madeiras 3 a 4 
vidro, papel grosso, borracha, porcelana 4 a 5 
mármore, pedras, madeiras pesadas 6 a 8 
álcool 26 
água 80 
- Ajuste de sensibilidade 
0 ajuste de sensibilidade presta-se principalmente para diminuir a influência do acionamento lateral no sensor, diminuindo-se 
a distância sensora. Permite ainda que se detectem alguns materiais dentro de outros, como por exemplo: líquidos dentro 
de garrafas ou reservatórios com visores de vidro, pós dentro de embalagens, ou fluidos em canos ou mangueiras plásticas. 
Deve se tomar em conta de que existe a possibilidade de que se o detector está regulado de maneira muito sensível, que 
este seja influenciado por uma modificação do meio (temperatura, umidade, ou poluição) 
- Aplicações 
Pode-se destacar que os sensores capacitivos são mais versáteis do que os indutivos, porem podemos ressaltar que são mais 
sensíveis a perturbações externas o que torna mais atraente usar os sensores indutivos se existem metais a serem 
detectados.
Controle de nível detecção de ruptura de fio 
sinalização de corte de esteira controle de nível de garrafas 
controle de tensão em esteira Contador e controle de nível 
fig 9 aplicações de sensores capacitivos 
3 - SENSORES ÓTICOS 
Os sensores fotoelétricos, também conhecidos por sensores ópticos, manipulam a luz de forma a detectar a presença do 
acionador, que na maioria das aplicações é o próprio produto. 
- Princípio de Funcionamento 
Baseiam-se na transmissão e recepção de luz infravermelha (invisível ao ser humano), que pode ser refletida ou interrompida 
por um objeto a ser detectado. 
Os fotoelétricos são compostos por dois circuitos básicos: um responsável pela emissão do feixe de luz, denominado 
transmissor e outro responsável pela recepção do feixe de luz, denominado receptor. 
fig 10 princípio de funcionamento dos sensores fotoelétricos 
0 transmissor envia o feixe de luz através de um fotodiodo, que emite flashes, com alta potência e curta duração, para evitar 
que o receptor confunda a luz emitida pelo transmissor com a iluminação ambiente. 
0 receptor é composto por um foto transistor sensível a luz, que em conjunto com um filtro sintonizado na mesma 
freqüência de pulsação dos flashes do transmissor, faz com que o receptor compreenda somente a luz vinda do transmissor.
3.1 Sistema por Barreira 
0 transmissor e o receptor estão em unidades distintas e devem ser dispostos um frente ao outro, de modo que o receptor 
possa constantemente receber a luz do transmissor. 0 acionamento da saída ocorrerá quando o objeto a ser detectado 
interromper o feixe de luz. 
fig 11 Sistema por barreira 
- Distância Sensora Nominal(Sn): 
A distância sensora nominal (Sn) para o sistema por barreira é especificada como sendo a máxima distância entre o 
transmissor e o receptor, o que não impede o conjunto de operar com distâncias menores. 
- Dimensões Mínimas do Objeto: 
Quando um objeto possui dimensões menores que as mínimas recomendadas, o feixe de luz contorna o objeto e atinge o 
receptor, que não acusa o acionamento. Nestes casos deve-se utilizar sensores com distância sensora menor e 
consequentemente permitem a detecção de objetos menores. 
fig 12 dimensão insuficiente para ser detectada 
3.2 - Sistema por Difusão (Foto sensor) 
Neste sistema o transmissor e o receptor são montados na mesma unidade. Sendo que o acionamento da saída ocorre 
quando a objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e reflete para o receptor o feixe de luz emitido pelo 
transmissor, 
fig 13 sistema por difusão 
- Distância Sensora Nominal (Sn) 
A distância sensora nominal no sistema por difusão é a máxima distância entre o sensor e o alvo padrão. 
- Alvo Padrão: 
0 alvo padrão no caso dos sensores por difusão é uma folha de papel fotográfico branco com índice de refletividade de 90%, 
com dimensões especificadas para cada modelo de sensor. Utilizado durante a industrialização para calibração da distância 
sensora nominal (Sn). 
- Distância Sensora Efetiva (Su)
Valor influenciado pela industrialização e considera as variações causadas pela temperatura de operação: 
- Distância Sensora Operacional (Sa) 
Para os modelos tipo foto sensor existem vários fatores que influenciam o valor da distância sensora operacional (Sa), 
explicados pelas leis de reflexão de luz da física. 
Sa = 0,81 . Sn . FC (cor, material, rugosidade, outros) 
Abaixo apresentamos duas tabelas que exemplificam os fatores de redução em função da cor e do material do objeto a ser 
detectado. 
Cor FC Material Fc 
branco 0,95 a 1 metal polido 1,20 a 1,80 
amarelo 0,90 a0,95 metal usinado 0,95 a 1,00 
verde 0,80 a 0,90 papeis 0,95 a 1,00 
vermelho 0,70 a 0,80 madeira 0,70 a 0,80 
azul claro 0,60 a 0,70 borracha 0,40 a 0,70 
violeta 0,50 a 0,60 papelão 0,50 a 0,60 
preto 0,20 0,50 pano 0,50 a 0,60 
Nota: Em casos onde há a necessidade da determinação exata do fator de redução deve-se fazer um teste 
prático, pois outros fatores podem influenciar a distância sensora, tais como: rugosidade, tonalidade, cor, 
dimensões, etc. Lembramos também que os fatores são acumulativos, como por exemplo: papelão (0,5) 
preto (0,5) gera um fator de 0,25. 
-Zona Morta: 
É a área próxima ao sensor, onde não é possível a detecção do objeto, pois nesta região não existe um ângulo de reflexão da 
luz que chegue ao receptor. A zona morta normalmente é dada por: 10 a 20% de Sn. 
fig 14 zona morta onde não ha detecção 
3.3 - Sistema Refletivo 
Este sistema apresenta o transmissor e o receptor em uma única unidade. 0 feixe de luz chega ao receptor somente após ser 
refletido por um espelho prismático, e o acionamento da saída ocorrerá quando o objeto a ser detectado interromper este 
feixe. 
fig 15 sistema refletivo
- Distância Sensora Nominal(Sn): 
A distância sensora nominal (Sn) para o sistema refletivo é especificada como sendo a máxima distância entre o sensor e o 
espelho prismático, sendo possível montá-los com distância menor. Disponíveis para até 10m. 
- Espelho Prismático 
0 espelho permite que o feixe de luz refletido para o receptor seja paralelo ao feixe transmitido pelo receptor, devido as 
superfícies inclinadas a 450 o que não acontece quando a luz é refletida diretamente por um objeto, onde a luz se espalha 
em vários ângulos. A distância sensora para os modelos refletivos é função do tamanho (área de reflexão) e o tipo de espelho 
prismático utilizado. 
fig 16 funcionamento do espelho prismático 
- Detecção de Transparentes: 
A detecção de objetos transparentes, tais como: garrafas de vidro, vidros planos, etc; podem ser detectados com a angulação 
do feixe em relação ao objeto, ou através de potenciômetros de ajuste de sensibilidade, mas sempre aconselha-se um teste 
prático. A detecção de garrafas plásticas tipo PET, requerem sensores especiais para esta finalidade. 
fig 17 detecção de transparentes 
- Detecção de Objetos Brilhantes: 
Quando o sistema refletivo for utilizado na detecção de objetos brilhantes ou com superfícies polidas, tais como: engradados 
plásticos para vasilhames, etiquetas brilhantes, etc; cuidados especiais devem ser tomados, pois o objeto neste caso pode 
refletir o feixe de luz. Atuando assim, como se fosse o espelho prismático, ocasionando a não interrupção do feixe, 
confundindo o receptor que não aciona a saída, ocasionando uma falha de detecção, para se prevenir aconselha-se utilizar 
um dos métodos: 
- Montagem Angular: 
Consiste em montar o sistema sensor espelho de forma que o feixe de luz forme um ângulo de 10O a 30O em relação ao eixo 
perpendicular ao objeto.
fig 18 opção para detecção de objetos brilhantes 
- Filtro Polarizado: 
Existem sensores com filtros polarizados incorporados, que dispensam o procedimento anterior. Estes filtros mecânicos 
servem para orientar a luz emitida, permitindo apenas a passagem desta luz na recepção, que é diferente da luz refletida 
pelo objeto, que se es palha e m todas as direções. 
fig 19 polarização do feixe de luz 
- Imunidade à Iluminação Ambiente: 
Normalmente, os sensores ópticos possuem imunidade à iluminação ambiente, pois operam em freqüências diferentes. Mas 
podem ser afetados por uma fonte muito intensa (exatamente como acontece com as rádios FM), como por exemplo, uma 
Iâmpada incandescente de 60W a 15cm do sensor, ou um raio solar incidindo diretamente sobre as lentes. 
fig 20- espectro de iluminação 
- Meio de Propagação 
Entende-se como meio de propagação, o meio onde a luz do sensor deverá percorrer. A atmosfera em alguns casos pode, 
estar poluída com partículas em suspensão, dificultando a passagem da luz. A tabela abaixo apresenta os fatores de 
atmosfera que devem ser acrescidos no cálculo da distância sensora operacional Sa. 
Condições Fatm 
Ar puro, podento ter umidade sem condensação 1
Fumaça e fibras em suspensão, com alguma condensação 0,4 a 0,6 
Fumaça pesada, muito pó em suspensão e alta condensação 0 a 0,1 
4 - DETECTOR ULTRA-SÔNICO 
- Princípio de Funcionamento 
O emissor envia impulsos ultrasônicos sobre o objeto a analisado. As ondas sonoras voltam ao detector depois de um certo 
tempo, proporcional a distância. O tempo de resposta é então dependente da velocidade do som e também da distância do 
objeto. Os detectores ultrasônicos podem detectar líquidos, sólidos e granulados. 
fig 21 princípio de funcionamento do sensor ultra-sônico 
4.1 Sistema Touch Control 
Permite os ajustes dos sensores digitais através de dois botões montados, na lateral do sensor. 
Procedimento de Ajuste: Touch Control 
Pressione os Botões T1 e T2 simultaneamente por mais de 3 segundos, até, o LED D1 piscar na cor amarela, então solte os 
botões. 
Pressione o botão T1 para aumentar ou o botão T2 para diminuir a distância de atuação, observe que o LED para de piscar 
quando um objeto é detectado, se possível teste a detecção do objeto. 
O armazenamento da distância ajustada ocorre caso nenhum botão for pressionado por um intervalo de 20s. O acionamento 
da saída pode ser monitorado através do LED de sinalização que permanece verde sem objeto e torna-se laranja quando o 
objeto permanece na zona válida de detecção.
Nome: Turma: 
Exercícios - Sensores Industriais 
QUESTAO 01. Qual a diferença entre sensores indutivos e capacitivos quanto à detecção de peças. 
QUESTAO 02. Explique o princípio de funcionamento dos sensores indutivos e descreva três aplicações industriais. 
QUESTAO 03. Descreva o funcionamento dos sensores capacitivos e cite três aplicações industriais. 
QUESTAO 04. Descreva os circuitos básicos existentes nos sensores fotoelétricos. 
QUESTAO 05. Diferencie sensores óticos por barreira de sensores óticos por difusão. 
QUESTAO 06. Explique como é realizada a detecção de objetos transparente tais como garrafas de vidro. 
QUESTAO 07. Explique o funcionamento dos sensores Ultrasônicos. 
QUESTAO 08. Descreva o procedimento de ajuste Touch Control do detector Ultrasonico. 
QUESTAO 09. Relacione qual o sensor recomendado para cada aplicação industrial abaixo: 
a) Em uma fábrica de refrigerantes realiza-se o controle de nível das garrafas ao passar pela esteira 
transportadora. 
b) Na empresa de parafusos automotiva é realizado o controle do número de peças por caixas.

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Apostila sensores

  • 1. INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL I (SENSORES INDUSTRIAIS) SÃO JOSÉ, AGOSTO DE 2014.
  • 2. 1 SENSORES DE PROXIMIDADE INDUTIVO: ................................................................................................................... 3 2 SENSORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS ............................................................................................................................. 5 3 - SENSORES ÓTICOS ................................................................................................................................................................. 8 3.1 Sistema por Barreira ....................................................................................................................................................... 9 3.2 - Sistema por Difusão (Foto sensor) ............................................................................................................................... 9 3.3 - Sistema Refletivo ..........................................................................................................................................................10 4 - DETECTOR ULTRA-SÔNICO ...................................................................................................................................................13 4.1 SISTEMA TOUCH CONTROL .................................................................................................................................................13
  • 3. 1 SENSORES DE PROXIMIDADE INDUTIVO: Os sensores de proximidade indutivos são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a aproximação de peças, componentes, elementos de máquinas, etc, em substituição as tradicionais chaves fim de curso. A detecção ocorre sem que haja o contato físico entre o acionador e o sensor, aumentando a vida útil do sensor por não possuir peças móveis sujeitas a desgastes mecânicos - Princípio de Funcionamento fig 1 Sensor de proximidade indutivo A bobina faz parte de um circuito oscilador que em condição normal (desacionada) gera um sinal senoidal. Quando um metal aproxima-se do campo, este por correntes de superfície (Foulcault), absorve a energia do campo, diminuindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. A variação de amplitude deste sinal é convertida em uma variação contínua que comparada com um valor padrão, passa a atuar no estágio de saída. - Fece Sensora: É a superfície onde emerge o campo eletromagnético. - Distância Sensora (S): É a distância em que aproximando-se o acionador da face sensora, o sensor muda o estado da saída. - Distância de Acionamento A distância de acionamento é função do tamanho da bobina. Assim, não podemos especificar a distância sensora e o tamanho do sensor simultaneamente. - Distância Sensora Nominal (Sn): É a distância sensora teórica, a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não considera as variações causadas pela industrialização temperatura de operação e tensão de alimentação. E o valor em que os sensores de proximidade são especificados. Como utiliza o alvo padrão metálico, a distância sensora nominal informa também a máxima distância que o sensor pode operar. - Distância Sensora Real Valor influenciado pela industrialização, especificado em temp. ambiente (20o C) e tensão nominal, desvio de 10%: - Distância Sensora Efetiva: Valor influenciado pela temp. de operação, possui um desvio máximo de 10% sobre a distância sensora real.
  • 4. - Distância Sensora Operacional (Sa): É a distância em que seguramente pode-se operar, considerando-se todas as variações de industrialização, temperatura e tensão de alimentação. - Alvo Padrão (Norma DIN 50010): É um acionador normalizado utilizado para calibrar a distância sensora nominal durante o processo de fabricação do sensor. Consiste de uma chapa de aço de 1 mm de espessura, formato quadrado. 0 lado deste quadrado é iqual ao diâmetro do circulo da face sensora ou 3 vezes a distância sensora nominal quando o resultado for maior que o anterior. - Material do Acionador: A distância sensora operacional varia ainda com o tipo de metal, ou seja, é especificada para o ferro ou aço e necessita ser multiplicada por um fator de redução. Material Fator Aço (St 37) 1 Latão 0,35 0,5 Cobre 0,25...0,45 Alumínio 0,35...0,50 Aço inoxidável 0,6...1 - Histerese É a diferença entre o ponto de acionamento (quando o alvo metálico aproxima-se da face sensora) e o ponto de desacionamento (quando o alvo afasta-se do sensor). Este valor é importante, pois garante uma diferença entre o ponto de acionamento e desacionamento, evitando que em uma possível vibração do sensor ou acionador, a saída oscile. fig 2 Histerese em sensores - Embutido (blindado) Este tipo de sensor tem o campo eletromagnético emergindo apenas na face sensora e permite que seja montado em uma superfície metálica. - Não embutido (não blindado) Neste tipo o campo eletromagnético emerge também na superfície lateral da face sensora, sensível a presença de metal ao seu redor. fig 3 Sensores embutido (direita) e não embutido (esquerda) - Freqüência de Comutação A freqüência de comutação é o máximo número de acionamentos por segundo (Hz)
  • 5. fig 4 freqüência de comutação - Aplicações Os sensores indutivos substituem com muitas vantagens as chaves fim de curso. Abaixo se visualiza algumas das aplicações. posição por cames controle de rotação e sentido controle por transfer controle de de posição controle do número de peças posição de comportas fig 5 Algumas das aplicações dos sensores indutivos 2 SENSORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS Os sensores de proximidade capacitivos são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a presença ou aproximação de materiais orgânicos, plásticos, pós, Ilíquidos, madeiras, papéis, metais, etc. - Principio de Funcionamento:
  • 6. 0 princípio de funcionamento baseia-se na geração de um campo elétrico, desenvolvido por um oscilador controlado por capacitor. 0 capacitor é formado por duas placas metálicas, carregadas com cargas elétricas opostas, montadas na face sensora, de forma a projetar o campo elétrico para fora do senso r, formando desta forma u m capacitor que possui como dielétrico o ar. fig 6 princípio de funcionamento Quando um material aproxima-se da face sensora, ou seja do campo elétrico o dielétrico do meio se altera, alterando também o dielétrico do capacitor frontal do sensor. Como o oscilador do sensor é controlado pelo capacitor frontal, quando aproximamos um material a capacitância também se altera, provocando uma mudança no circuito oscilador. Esta variação é convertida em um sinal contínuo que comparado com um valor padrão passa a atuar no estágio de saída. fig 7 diagrama em blocos dos elementos do sensor - Face sensora: É: a superfície onde emerge o campo elétrico. É importante notar que os modelos não embutidos, com região sensora lateral, são sensíveis aos materiais a sua volta fig 8 face sensora do embutido e do não embutido - Distância Sensora Nominal(Sn) É a distância sensora teórica a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não considera as variações causadas pela industrialização temperatura de operação e tensão de alimentação. E a distância em que os sensores são especificados. - Alvo Padrão A distância sensora nos capacitivos são especificados para o acionador metálico de aço SAE 1020 quadrado, com lado igual a 3 vezes a distância sensora para os modelos não embutidos (na grande maioria)e em alguns poucos casos de sensores capacitivos embutidos utiliza-se o lado do quadrado igual ao diâmetro do sensor. - Distância Sensora Efetiva (Su) Valor influenciado pela industrialização e considera as variações causadas pela temperatura de operação:
  • 7. - Distância Sensora Operacional (Sa): É a distância que observamos na prática, sendo considerados os fatores de industrialização (81% Sn) e um fator que é proporcional ao dielétrico do material a ser detectado, pois o sensor capacitivo reduz sua distância quanto menor o dielétrico do acionador. Sa = 0,81 . Sn . F(er) - Material a ser Detectado A tabela abaixo indica o dielétrico dos principais materiais, para efeito de comparação; sendo indicado sempre um teste prático para determinação da distância sensora efetiva para o acionador utilizado. Deve-se no entanto considerar que em caso de materiais orgânicos deve-se considerar a que a distância de detecção está fortemente influenciada pela presença de água. Material er ar, vácuo 1 óleo, papel, petróleo, poliuretano, parafina, silicone, teflon 2 a 3 araldite, baquelite, quartzo, madeiras 3 a 4 vidro, papel grosso, borracha, porcelana 4 a 5 mármore, pedras, madeiras pesadas 6 a 8 álcool 26 água 80 - Ajuste de sensibilidade 0 ajuste de sensibilidade presta-se principalmente para diminuir a influência do acionamento lateral no sensor, diminuindo-se a distância sensora. Permite ainda que se detectem alguns materiais dentro de outros, como por exemplo: líquidos dentro de garrafas ou reservatórios com visores de vidro, pós dentro de embalagens, ou fluidos em canos ou mangueiras plásticas. Deve se tomar em conta de que existe a possibilidade de que se o detector está regulado de maneira muito sensível, que este seja influenciado por uma modificação do meio (temperatura, umidade, ou poluição) - Aplicações Pode-se destacar que os sensores capacitivos são mais versáteis do que os indutivos, porem podemos ressaltar que são mais sensíveis a perturbações externas o que torna mais atraente usar os sensores indutivos se existem metais a serem detectados.
  • 8. Controle de nível detecção de ruptura de fio sinalização de corte de esteira controle de nível de garrafas controle de tensão em esteira Contador e controle de nível fig 9 aplicações de sensores capacitivos 3 - SENSORES ÓTICOS Os sensores fotoelétricos, também conhecidos por sensores ópticos, manipulam a luz de forma a detectar a presença do acionador, que na maioria das aplicações é o próprio produto. - Princípio de Funcionamento Baseiam-se na transmissão e recepção de luz infravermelha (invisível ao ser humano), que pode ser refletida ou interrompida por um objeto a ser detectado. Os fotoelétricos são compostos por dois circuitos básicos: um responsável pela emissão do feixe de luz, denominado transmissor e outro responsável pela recepção do feixe de luz, denominado receptor. fig 10 princípio de funcionamento dos sensores fotoelétricos 0 transmissor envia o feixe de luz através de um fotodiodo, que emite flashes, com alta potência e curta duração, para evitar que o receptor confunda a luz emitida pelo transmissor com a iluminação ambiente. 0 receptor é composto por um foto transistor sensível a luz, que em conjunto com um filtro sintonizado na mesma freqüência de pulsação dos flashes do transmissor, faz com que o receptor compreenda somente a luz vinda do transmissor.
  • 9. 3.1 Sistema por Barreira 0 transmissor e o receptor estão em unidades distintas e devem ser dispostos um frente ao outro, de modo que o receptor possa constantemente receber a luz do transmissor. 0 acionamento da saída ocorrerá quando o objeto a ser detectado interromper o feixe de luz. fig 11 Sistema por barreira - Distância Sensora Nominal(Sn): A distância sensora nominal (Sn) para o sistema por barreira é especificada como sendo a máxima distância entre o transmissor e o receptor, o que não impede o conjunto de operar com distâncias menores. - Dimensões Mínimas do Objeto: Quando um objeto possui dimensões menores que as mínimas recomendadas, o feixe de luz contorna o objeto e atinge o receptor, que não acusa o acionamento. Nestes casos deve-se utilizar sensores com distância sensora menor e consequentemente permitem a detecção de objetos menores. fig 12 dimensão insuficiente para ser detectada 3.2 - Sistema por Difusão (Foto sensor) Neste sistema o transmissor e o receptor são montados na mesma unidade. Sendo que o acionamento da saída ocorre quando a objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e reflete para o receptor o feixe de luz emitido pelo transmissor, fig 13 sistema por difusão - Distância Sensora Nominal (Sn) A distância sensora nominal no sistema por difusão é a máxima distância entre o sensor e o alvo padrão. - Alvo Padrão: 0 alvo padrão no caso dos sensores por difusão é uma folha de papel fotográfico branco com índice de refletividade de 90%, com dimensões especificadas para cada modelo de sensor. Utilizado durante a industrialização para calibração da distância sensora nominal (Sn). - Distância Sensora Efetiva (Su)
  • 10. Valor influenciado pela industrialização e considera as variações causadas pela temperatura de operação: - Distância Sensora Operacional (Sa) Para os modelos tipo foto sensor existem vários fatores que influenciam o valor da distância sensora operacional (Sa), explicados pelas leis de reflexão de luz da física. Sa = 0,81 . Sn . FC (cor, material, rugosidade, outros) Abaixo apresentamos duas tabelas que exemplificam os fatores de redução em função da cor e do material do objeto a ser detectado. Cor FC Material Fc branco 0,95 a 1 metal polido 1,20 a 1,80 amarelo 0,90 a0,95 metal usinado 0,95 a 1,00 verde 0,80 a 0,90 papeis 0,95 a 1,00 vermelho 0,70 a 0,80 madeira 0,70 a 0,80 azul claro 0,60 a 0,70 borracha 0,40 a 0,70 violeta 0,50 a 0,60 papelão 0,50 a 0,60 preto 0,20 0,50 pano 0,50 a 0,60 Nota: Em casos onde há a necessidade da determinação exata do fator de redução deve-se fazer um teste prático, pois outros fatores podem influenciar a distância sensora, tais como: rugosidade, tonalidade, cor, dimensões, etc. Lembramos também que os fatores são acumulativos, como por exemplo: papelão (0,5) preto (0,5) gera um fator de 0,25. -Zona Morta: É a área próxima ao sensor, onde não é possível a detecção do objeto, pois nesta região não existe um ângulo de reflexão da luz que chegue ao receptor. A zona morta normalmente é dada por: 10 a 20% de Sn. fig 14 zona morta onde não ha detecção 3.3 - Sistema Refletivo Este sistema apresenta o transmissor e o receptor em uma única unidade. 0 feixe de luz chega ao receptor somente após ser refletido por um espelho prismático, e o acionamento da saída ocorrerá quando o objeto a ser detectado interromper este feixe. fig 15 sistema refletivo
  • 11. - Distância Sensora Nominal(Sn): A distância sensora nominal (Sn) para o sistema refletivo é especificada como sendo a máxima distância entre o sensor e o espelho prismático, sendo possível montá-los com distância menor. Disponíveis para até 10m. - Espelho Prismático 0 espelho permite que o feixe de luz refletido para o receptor seja paralelo ao feixe transmitido pelo receptor, devido as superfícies inclinadas a 450 o que não acontece quando a luz é refletida diretamente por um objeto, onde a luz se espalha em vários ângulos. A distância sensora para os modelos refletivos é função do tamanho (área de reflexão) e o tipo de espelho prismático utilizado. fig 16 funcionamento do espelho prismático - Detecção de Transparentes: A detecção de objetos transparentes, tais como: garrafas de vidro, vidros planos, etc; podem ser detectados com a angulação do feixe em relação ao objeto, ou através de potenciômetros de ajuste de sensibilidade, mas sempre aconselha-se um teste prático. A detecção de garrafas plásticas tipo PET, requerem sensores especiais para esta finalidade. fig 17 detecção de transparentes - Detecção de Objetos Brilhantes: Quando o sistema refletivo for utilizado na detecção de objetos brilhantes ou com superfícies polidas, tais como: engradados plásticos para vasilhames, etiquetas brilhantes, etc; cuidados especiais devem ser tomados, pois o objeto neste caso pode refletir o feixe de luz. Atuando assim, como se fosse o espelho prismático, ocasionando a não interrupção do feixe, confundindo o receptor que não aciona a saída, ocasionando uma falha de detecção, para se prevenir aconselha-se utilizar um dos métodos: - Montagem Angular: Consiste em montar o sistema sensor espelho de forma que o feixe de luz forme um ângulo de 10O a 30O em relação ao eixo perpendicular ao objeto.
  • 12. fig 18 opção para detecção de objetos brilhantes - Filtro Polarizado: Existem sensores com filtros polarizados incorporados, que dispensam o procedimento anterior. Estes filtros mecânicos servem para orientar a luz emitida, permitindo apenas a passagem desta luz na recepção, que é diferente da luz refletida pelo objeto, que se es palha e m todas as direções. fig 19 polarização do feixe de luz - Imunidade à Iluminação Ambiente: Normalmente, os sensores ópticos possuem imunidade à iluminação ambiente, pois operam em freqüências diferentes. Mas podem ser afetados por uma fonte muito intensa (exatamente como acontece com as rádios FM), como por exemplo, uma Iâmpada incandescente de 60W a 15cm do sensor, ou um raio solar incidindo diretamente sobre as lentes. fig 20- espectro de iluminação - Meio de Propagação Entende-se como meio de propagação, o meio onde a luz do sensor deverá percorrer. A atmosfera em alguns casos pode, estar poluída com partículas em suspensão, dificultando a passagem da luz. A tabela abaixo apresenta os fatores de atmosfera que devem ser acrescidos no cálculo da distância sensora operacional Sa. Condições Fatm Ar puro, podento ter umidade sem condensação 1
  • 13. Fumaça e fibras em suspensão, com alguma condensação 0,4 a 0,6 Fumaça pesada, muito pó em suspensão e alta condensação 0 a 0,1 4 - DETECTOR ULTRA-SÔNICO - Princípio de Funcionamento O emissor envia impulsos ultrasônicos sobre o objeto a analisado. As ondas sonoras voltam ao detector depois de um certo tempo, proporcional a distância. O tempo de resposta é então dependente da velocidade do som e também da distância do objeto. Os detectores ultrasônicos podem detectar líquidos, sólidos e granulados. fig 21 princípio de funcionamento do sensor ultra-sônico 4.1 Sistema Touch Control Permite os ajustes dos sensores digitais através de dois botões montados, na lateral do sensor. Procedimento de Ajuste: Touch Control Pressione os Botões T1 e T2 simultaneamente por mais de 3 segundos, até, o LED D1 piscar na cor amarela, então solte os botões. Pressione o botão T1 para aumentar ou o botão T2 para diminuir a distância de atuação, observe que o LED para de piscar quando um objeto é detectado, se possível teste a detecção do objeto. O armazenamento da distância ajustada ocorre caso nenhum botão for pressionado por um intervalo de 20s. O acionamento da saída pode ser monitorado através do LED de sinalização que permanece verde sem objeto e torna-se laranja quando o objeto permanece na zona válida de detecção.
  • 14. Nome: Turma: Exercícios - Sensores Industriais QUESTAO 01. Qual a diferença entre sensores indutivos e capacitivos quanto à detecção de peças. QUESTAO 02. Explique o princípio de funcionamento dos sensores indutivos e descreva três aplicações industriais. QUESTAO 03. Descreva o funcionamento dos sensores capacitivos e cite três aplicações industriais. QUESTAO 04. Descreva os circuitos básicos existentes nos sensores fotoelétricos. QUESTAO 05. Diferencie sensores óticos por barreira de sensores óticos por difusão. QUESTAO 06. Explique como é realizada a detecção de objetos transparente tais como garrafas de vidro. QUESTAO 07. Explique o funcionamento dos sensores Ultrasônicos. QUESTAO 08. Descreva o procedimento de ajuste Touch Control do detector Ultrasonico. QUESTAO 09. Relacione qual o sensor recomendado para cada aplicação industrial abaixo: a) Em uma fábrica de refrigerantes realiza-se o controle de nível das garrafas ao passar pela esteira transportadora. b) Na empresa de parafusos automotiva é realizado o controle do número de peças por caixas.