O documento discute epistemologia e apresenta cinco filósofos e seus pensamentos sobre o assunto: 1) Gaston Bachelard e seu trabalho sobre a natureza do conhecimento científico, 2) Ludwik Fleck e seu livro defendendo o caráter histórico e social da epistemologia, 3) Karl Popper e sua teoria da falsificação, 4) Thomas Kuhn e sua teoria das revoluções científicas, 5) Paul Feyerabend e seu anarquismo metodológico. Também reflete sobre como ensinar ciências de forma não posit
2. Alguns aspectos que remetem aos estudos da Filosofia e da historia da
Ciência:
Estudos de alguns temas que procuram desvendar um pouco o mistério sobre
a natureza do conhecimento científico;
O que se entende por metodologia da construção da ciência,
Como se processa a evolução de uma teoria para outra – a chamada
mudança científica,
Qual o papel desempenhado pelas observações e pelas experiências,
Como entender o papel desempenhado pela linguagem e pela matemática,
o conceito de verdade na ciência,
A ideia de progresso científico, entre outros.
3. Estudaremos...
1. Gaston Bachelard, filósofo francês com graduação
inicial em química, nasceu em 1884 e faleceu em 1962.
Bachelard dedicou-se tanto ao diálogo com a filosofia da
ciência quanto com o desenvolvimento do pensamento
poético, tendo publicado cerca de uma dezena de livros
em cada uma dessas áreas do conhecimento. Entre
outras atividades profissionais, foi funcionário dos
correios, vindo dessa experiência sua “conduta da
balança”, presente no seu livro A filosofia do não. Foi
professor secundário das mais variadas disciplinas tendo
terminado sua carreira como professor e pesquisador na
Universidade Sorbonne.
4. 2. Ludwik Fleck, médico polonês
nascido em 1896, especialista em
microbiologia. Foi perseguido
pelos nazistas durante a Segunda
Guerra e trabalhou em campos de
concentração. Possui poucos
trabalhos no campo da filosofia da
ciência, sendo o principal deles
um livro escrito em 1935 em que
defende o caráter histórico e
social da epistemologia16. Sua
obra, que ficou pouco conhecida e
só foi “resgatada” após ser citada
por Thomas Kuhn, apresenta
várias relações com a desse outro
autor. Fleck faleceu em 1962.
5. 3. Karl R. Popper, filósofo austríaco
nascido em 1902 e que abandonou a
Áustria em 1937, como consequência
da ameaça nazista naquele país, indo
lecionar filosofia na Nova Zelândia,
onde permaneceu até 1946 quando
viajou para a Inglaterra onde veio a
falecer, em 1995. Seu mais importante
trabalho17 foi publicado em alemão,
em 1934, e traduzido para o inglês
apenas em 1959, época em que
Popper começou a ser conhecido
como um influente filósofo da ciência.
Ele também publicou várias obras de
natureza mais política18 que o
transformaram em figura polêmica.
6. 4. Thomas S. Kuhn, norte americano nascido
em 1922, originalmente educado como físico
profissional e que, ao tomar contato com a
obra de alguns historiadores e filósofos da
ciência, começou a investigar problemas da
história da física e de seu desenvolvimento
conceitual e metodológico. Embora tenha
publicado uma série de importantes
trabalhos no campo da história da física19,
seu nome é mais lembrado no terreno da
filosofia da ciência a partir da publicação, em
1962, do seu mais importante livro20. Kuhn
faleceu em 1996.
7. 5. Paul Feyerabend, filósofo austríaco
nascido em 1924 é autor de inúmeros
trabalhos sobre história e filosofia da ciência.
Embora seja originário da escola do
racionalismo crítico de Popper, ele se tornou
mais conhecido como um crítico mordaz das
ideias do próprio Popper. Ele baseava seus
principais argumentos no anarquismo
metodológico, tendo se dedicado ao que ele
chamava de resgate do humanismo na
ciência.21 Feyerabend faleceu em 1994.
8. Algumas considerações
Frequentemente a discussão sobre o “método
científico” acaba se resumindo numa visão
positivista extremamente ingênua, para se
dizer o menos, e portanto, danosa à
aprendizagem de ciências.
9. A excessiva ênfase na aplicação de fórmulas na solução de
exercícios, como base para a aprendizagem de física, leva-
me a compará-la com a “unidimensionalidade” cultural
acentuada por Herbert Marcuse (1898-1979)
10. Jürgen Habermas, filósofo alemão nascido em 1929,
destaca que Marcuse criticava o papel negativo da ciência
nesse tipo de sociedade e, em particular, alertava que o
“método científico” era um instrumento de dominação não
só da natureza pelo homem, como do próprio homem, em
nome de uma racionalidade neutra.
11. Temos que organizar e implementar as experiências
educacionais de tal forma que elas sejam significativas
para a totalidade desses adolescentes. E